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8ºano PT Aluno-4ºbi
8ºano PT Aluno-4ºbi
Textual
Aluno
Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 04
8º Ano | 4° Bimestre
Habilidades Associadas
1. Relacionar a lógica que presidiu a divisão das cenas aos efeitos criados por tal divisão.
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Caro aluno,
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Sumário
Introdução....................................................................................................... 3
Aula 1: O que é teatro? ........................................................................................ 5
Aula 02: Interjeição ........................................................................................... 11
Aula 3: Adjetivo .................................................................................................. 14
Avaliação ............................................................................................................ 19
Referências ......................................................................................................... 21
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Aula 1: O que é teatro?
O texto teatral é um texto narrativo que dispensa o narrador, uma vez que no
teatro a história não nos é contada, mas “mostrada” pelos atores representando as
personagens. Em virtude da falta do narrador, o diálogo constitui-se o elemento
determinante da ação dramática. O texto teatral encenado exige elementos como o
cenário, luz, figurino, maquiagem, gestos, movimento, etc. No texto teatral escrito,
esses elementos estão presentes nas rubricas, que aparecem em letras de tipos
diferentes, em itálico, por exemplo.
A história pode ser contada por um personagem ou não. Isso depende do foco
narrativo:
Foco narrativo de terceira pessoa – o narrador não participa dos fatos
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relatados.
Foco narrativo de primeira pessoa – o narrador se torna também um
personagem, assumindo a condição de narrador protagonista ou narrador
coadjuvante.
Agora, iremos apresentar um trecho de uma obra teatral do autor “Dias Gomes”
chamado de o “Pagador de Promessas”.
Introdução
A primeira cena da peça teatral inicia-se às quatro horas e trinta minutos. Ainda
não havia amanhecido na cidade de Salvador e o casal Zé do Burro e sua esposa Rosa,
chegam a frente à igreja de Santa Bárbara. Saíram às cinco da manhã do interior
baiano e caminharam sete léguas até que chegam à igreja um pouco antes desse
horário. Zé do Burro era um homem muito simples, proprietário rural de um pequeno
pedaço de terra no interior do nordeste, donde tirava o sustento de sua família e
possuía um burro, o Nicolau por quem tinha muito apego e que acreditava que tinha
“alma de gente”. Uma fatalidade mudou o rumo de sua vida: um dia o burro foi
atingido por uma queda de uma árvore, em virtude de um raio, deixando-o
gravemente ferido. Zé do Burro desesperado ante essa situação, fez uma promessa à
Santa Bárbara: caso seu burro se recuperasse, ele dividiria suas terras entre os
necessitados e carregaria uma cruz tão pesada como a de Jesus até a igreja da Santa.
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Como em sua cidade não havia a respectiva igreja, fez a promessa em um terreiro de
candomblé, onde ela é conhecida pelo nome de Iansã. Seu burro se recupera e assim,
ele e sua esposa, partem em via crucis para cumprir o prometido e oferecer ao padre
responsável pela referida igreja, à sua cruz.
Zé — (Olhando a igreja.) É essa. Só pode ser essa. (Rosa pára também, junto aos
degraus, cansada, enfastiada e deixando já entrever uma revolta que se avoluma.)
Rosa — (Olha-o com raiva e vai sentar-se num dos degraus. Tira o sapato.) Estou com
cada bolha d’água no pé que dá medo.
Zé — Eu também. (Contorce-se de dor. Despe uma das mangas do paletó.) Acho que os
meus ombros estão em carne viva.
Rosa — Bem feito. Você não quis botar almofadinhas, como eu disse.
Zé — (Convicto) Não era direito. Quando eu fiz a promessa, não falei em almofadinha.
Rosa — Então: se você não falou, podia ter botado; a Santa não ia dizer nada.
Zé — Não era direito. Eu prometi trazer a cruz nas costas, como Jesus. E Jesus não usou
almofadinhas.
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fazer nova promessa. Pois vá fazer promessa pro diabo que o carregue, seu caloteiro
duma figa! E tem mais: santo é como gringo, passou calote num, todos os outros ficam
sabendo.
Rosa — Será que você ainda pretende fazer outra promessa depois dessa? Já não
chega?
Zé — Sei não... a gente nunca sabe se vai precisar. Por isso, é bom ter sempre as contas
em dia. (Ele sobe um ou dois degraus. Examina a fachada da igreja à procura de uma
inscrição.)
Zé — Qualquer coisa escrita, pra a gente saber se essa é mesmo a igreja de Santa
Bárbara.
Rosa — Claro que é essa. Não lembra o que o vigário disse? Uma igreja pequena, numa
praça, perto duma ladeira...
Rosa — Essa hora está todo mundo dormindo. (Olha-o quase com raiva.) Todo o
mundo... Menos eu, que tive a infelicidade de me casar com um pagador de promessas.
(Levanta-se e procura convencê-lo.) Escute, Zé... já que a igreja está fechada, a gente
podia ir procurar um lugar para dormir. Você já pensou que beleza agora uma cama?
...
Zé — E a cruz?
Zé — Podem roubar...
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Rosa — Quem é que vai roubar uma cruz, homem de Deus? Pra que serve uma cruz?
Zé — Tem tanta maldade no mundo. Era correr um risco muito grande, depois de ter
quase cumprido a promessa. E você já pensou: se me roubassem a cruz, eu ia ter que
fazer outra e vir de novo com ela nas costas da roça até aqui. Sete léguas.
Rosa — Pra quê? Você explicava à santa que tinha sido roubado, ela não ia fazer
questão.
Atividade 1
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2. Qual era a condição financeira da família de Zé?
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4. Zé cumpriu a promessa feita?
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Observe:
Rosa — (Olha-o com raiva e vai sentar-se num dos degraus. Tira o
sapato.) Estou com cada bolha d’água no pé que dá medo. Discuta com
seus colegas e responda: qual é a função das rubricas nesse tipo de texto?
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Atividade 02
O que você acha que Zé deveria fazer? Deixar a cruz e ir para um quarto para
poder descansar? Ou cumprir a risca a promessa feita para a recuperação de seu
animal de estimação?
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Caro aluno, vimos na primeira aula o que é um texto teatral e vamos a partir
disso nos aprofundar nas características de um texto teatral.
No exemplo acima, quem fala está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa
palavra: Droga!
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Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente
uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
Exemplos:
Exemplos:
1. Psiu!
2. Psiu!
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Puxa: interjeição
Puxa: interjeição
Atividade 1
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Atividade 2
A - admiração
B - espanto
C - aversão
D - alívio
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( ) Nossa! Como você é formidável!
Aula 3: Adjetivo
Caro aluno, vimos na primeira aula o que é um texto teatral e vamos a partir
disso nos aprofundar nas características de um texto teatral.
II - Composto
Se formado por dois ou mais elementos:
guerra franco-prussiana
produto anglo-brasileiro
III - Primitivo
Quando não deriva de outra palavra:
dinheiro falso
marido fiel
situação real
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IV - Derivado
Caso derive de um substantivo, um verbo ou outro adjetivo:
dinheiro falsificado
marido infiel
situação irreal
V - Pátrio ou Gentílico
Trata-se daqueles que se referem a países, continentes, cidades e regiões, exprimindo
nacionalidade ou origem:
Acre - acreano
Afeganistão - afegão, afegane
Amapá - amapaense
Angola - angolano
Índia - indiano, hindu
Pequim - pequinês
Atividade 1
A partir dos poemas a seguir, destaque os adjetivos que fazem parte do poema.
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Que nem se mostra.
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Atividade 2
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Qual a relação do ritmo do verso com a mudança sugerida no rosto do eu
lírico?
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3) Observe a segunda estrofe.
Nos dois primeiros versos, o eu lírico observa a mudança ocorrida em suas
mãos, partes significativas e simbólicas do corpo e que simbolizam força e luta
pela vida.
a. Como as mãos são caracterizadas no poema? Pode-se deduzir como elas
eram no passado? Por quê?
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b. Nos dois últimos versos, o eu lírico descreve seu coração, metáfora para os
seus sentimentos.
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4) Quais são os adjetivos usados para mostrar como eram seus sentimentos
antes? E quais foram empregados para mostrar como eles estão agora?
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5) Na terceira estrofe, no primeiro verso, o eu lírico percebe e assume que
mudou fisicamente e interiormente. Transcreva os adjetivos usados para
marcar como o eu lírico vê essa mudança.
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Avaliação
Caros alunos, agora vocês terão a oportunidade de fazer sua própria peça
teatral! A letra da música “Romaria” de Renato Teixeira servirá como tema para a peça
teatral. A proposta para a realização do texto será da seguinte forma:
Reúna-se com seus colegas e juntos criem um texto teatral a partir da história
do romeiro da canção de Renato Teixeira.
Criem outras personagens e deem nome a todas elas. Coloque seus nomes
antes de suas falas.
Insiram nas rubricas de movimento e de interpretação informações detalhadas
sobre as cenas.
Na peça destaque os adjetivos e interjeições que foram retirados na canção.
Romaria
Renato Teixeira
Refrão
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O meu pai foi peão, minha mãe solidão
Em busca de aventuras
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Referências
[1] Gomes, Dias. O pagador de promessas. 176 pgs. Ed. Bertrand Brasil.
[2] Meireles, Cecília. Obra poética, Volume 4, Biblioteca luso-brasileira: Série brasileira.
Companhia J. Aguilar Editora, 1958, p. 10.
[3] Teixeira, Renato. Álbum Romaria de 1978.
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COORDENADORES DO PROJETO
PROFESSORES ELABORADORES
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