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Então anarquismo parece Ótimo. né? Mas será que funciona? Esse tipo de
romantismo e utopian:srno não temo ar no mundo real ... crreto? Falso. Na verdade
anarquistas já sucedrarn acm v.rias 'ozes (mesma que temporárias e rna(-conriectdas).
A Esparitizi e a França por exerripto, tém histórias compridas co atividade anarquista, e
foi nesses dois paises que achei as concretizações mais interessantes do anarquismo
teórica.
C'est pour foi que tu tais 1c., rei,o!ijt,on - Daniel e (jbreg Cot1n-Befidit
O povo da França estava na beira d'uma revolução total. Urna greve gera tinha
paratizada o país, os estudantes tinham ocupado as universidades e os trabahdores
,tinham ocupado as fábricas. Só faltava os trabalhadores tomar ação dreta e come:,ar
trabalhar nas fábricas usando os princípios da autogestào. sem fazer corces.s3es.
Infelizmente isso não aconteceu. É dfcil acabar com urna política autoritária e métodos
burocráticos, e a maioria dos sindicatos franceses continha os dois. Corno aconteceu na
Espanha. o Partido Comunista lutou contra as ações espontâneas do povo nas ruas: a
Revolução tinha que ser dirigida de cima. Os lideres do CGT (o sindicato comunista)
tentaram frustrar a comunicaçâo entre estudantes e trabalhadores, e ficou impossível
fazer urna isquerda unida. As forças da polícia mobilizaram, e confrontados com mais
violência, muitos trabalhadores/as aceitaram reformas limitadas (salários melhores, uma
jornada menor, etc.) Os/as estudantes continuaram as suas brigas sangrentas com a
polícia mas o momento já tinha passado. No fim de .unho França já tinha voltada à
'normalidade. -
É muitas vezes dito que os anarquistas vivem num mundo de sonhos e não véem as
coisas que acontecem hoje. Na verdade vemos bom essas coisas, nas suas cores
verdadeiras, e é isso que nos faz levantar o machad:nho na floresta dos preconceitos
que nos tormentam. Kropotkin -
São duas as razões que - a revolução falhou na França: (1) a preparação teórica e
prática do anarquismo foi inadequada e (2) o poder -acto do Estado e o autoritarismo e
burocracia dos outros grupos da isquerda. Na Espanca a revolução era mais ampla e
persistente por causa da preparação extensa. É importante considerar esses fatores
quando vemos a situação nos Estados Unidos (ou qualquer outro pais) hoje. Enfrentamos
não apenas um Estado poderoso com forças armadas, policia e armas nucleares, mas
também um respeito perverso pela autoridade e as fcrrnas hierárquicas do cotidiano
criado na família, - nas escotas, na Igreja e na televisão. Num país grande corno os EUA,
que tem uma história pequena de anarquismo, podia parecer quase impossivel alcançar o
nível de preparação necessário. Mas aefinir o lnimio ccrno um gigante invencível flàO
aluda ninguem. .,. -
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Se nào rios deixamos ca ir no fatalismo ou na dep-. ,ssãr p rtjt»1n,r
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A preparação anarquista já existe neste pais: existe nas mentes e nas ações das
Mulheres que estão se preparando (multas vezes sem saber) para urna revokJço que vai
fragmentar os próprios processos de história.
Mary Daly
Não falei da posição da mulher na Espanna u na França porque basta Quer apenas duas
palavras: sem mudança. Os homens anarquistas ttun sido souco meihor na sua opressão
das mulheres que homens ruo munco inteiro, portanto a necessidade absoluta d'uma
revolução anarquista feminista. Senão os princip:oz anarçusstas se tornam hupocracia "..
tstal.
/
das anos 50 o ferninsmo se espalhou nos EUA
que eram trequentemente libertárias nas estruturas
'grupos de ccnscier'tizaçâo" pequenos, sem !,,'deres, - pssc do
dotdicno. revoltando contra os jogos de
organização de massa, todos inerentes à poft:ca
entender os razes da nassa opressão. falando ca: '.
coisas desvalorizadas artes disso. Aprendei—r---,. .,.
"lá fora', mas nos nossos corpos e mentes . . .. ,
que as relações pessoais opimem nós mul:--. ..:..- .-.
miséria e o nosso ^ódio de nós mesmas eram e . CUTj O
na rua, no emprego e nas or iaões poícz
Mas ao mesmo tempo não podemos subestimar o poder do lnirn!gO. A pior forma
desse poder é a cooptação, que destrói o anarquismo no feminismo dizendo que é
apenas 'mudança social". Dizer que o machismo podia ser cestruido através da
parti c:paço feminina no iste'i CXTente é rr n cantinuaçà da dmnação e
oppressào. Capitalismo 'feminista" á uma contradição. Quando estabelecemos livrarias,
uniões de crédito e restaurantes feministas, ternos que lembrar que estamos fazendo
essas coisas para a nossa sobrevivéncia, para criar um "contra-sistema" cu;os métodos
(;ofltradiZem e disputam a competição pelo lucro e todas as outras formas da cprc-io
econômica. Ternos que adotar valores anti-capitalista e não consumistas, e viver nas
margens do sistema. Não queremos riem a integração nem a zranscncia de raer.
Queremos nada menos que uma rc''oiuçáo total para um futuro sem esiguadode nem
aominação nem desrespeito pea iaredadc iridvduaI. Creio que as rnuheres jã saoem do
caminho pela libertação humana: apenas precsamos rios livrar das formas políticas
machistas e enfocar nariossa própria análise temninista anárquica.