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INTRODUÇÃO

VELOCIDADE DE INFILTRAÇAO

A infiltração da água no solo é um processo dinâmico de penetração vertical da água


através da superfície do solo e o conhecimento da taxa de infiltração da água no solo é de
fundamental importância para definir técnicas de conservação do solo, planejar e delinear
sistemas de irrigação e drenagem, bem como auxiliar na composição de uma imagem mais real
da retenção da água e aeração no solo (GONDIM et al., 2010) . Segundo BERNARDO et al.
(2006), a velocidade de infiltração (VI) depende diretamente da textura e da estrutura dos solos;
pode variar com a percentagem de umidade do solo, na época de irrigação; a temperatura do
solo; a porosidade do solo; a existência de camada menos permeável ao longo do perfil; e
cobertura vegetal; entre outros.
Esse processo, contudo, não é constante ao longo do tempo. Por ocasião de uma
chuva ou irrigação, a velocidade de infiltração é máxima no início do evento, e decresce
rapidamente, de acordo com as condições do solo. Sob chuva ou irrigação contínua, a
velocidade de infiltração se aproxima, gradualmente, de um valor mínimo e constante.
Esse valor constante que a velocidade de infiltração atinge com o passar do tempo é
conhecido por velocidade de infiltração básica (Bernardo, 1989).
Uma das metodologias utilizadas para determinar a taxa de infiltração do solo é
utilizando o infiltrômetro de Anel.
Os valores obtidos com a aplicação do Método do Infiltrômetro de Anel do
exercício prático podem ser considerados significativamente consistentes, pois Paixão
et al. (2009) trabalhando com as equações de Kostiakov, Kostiakov-Lewis e Horton,
mostraram que os resultados obtidos com os três métodos são muito semelhantes.

OBJETIVOS

Determinar a velocidade de infiltração do solo.

MATERIAL E MÉTODOS

 Dois cilindros de metal;


 Baldes;
 Régua;
 Cronômetro;
 Marreta;

A prática foi realizada próximo ao laboratório de hidráulica do ICA-UFMG. Os


Anéis foram colocados no solo, deixando apenas 15 cm para fora do mesmo. A régua
foi ajustada para ficar imóvel dentro do cilindro menor. Iniciou-se colocando água entre
o cilindro menor e o maior, posteriormente colocou-se a água dentro do cilindro menor
e iniciou-se a cronometragem.
Primeiro a contagem foi de um em um minuto, depois de dois em dois minutos e
posteriormente de cinco em cinco minutos. Após o tempo determinado observava-se a
altura de água contida no cilindro menor e anotava-se a posição do nível d’água. Cada
vez que o nível d’água abaixasse dois centímetros, ocorria reposição de água no cilindro
menor. Dentro do cilindro maior a água era reposta sempre que o nível abaixava.
A prática durou aproximadamente 2 horas até a infiltração começar a estabilizar-
se. Os dados foram tabulados e anexado no final desse relatório.
Os dados fornecidos foram agrupados utilizando o Excel 2013 onde foi gerado
os gráficos apresentados.

RESULTADOS E DISCURSÕES

Após a apresentação desses dados foi feito uma definição analítica dos mesmos,
utilizando o método de regressão linear. Para esse método, primeiro se determinar o B,
com a fórmula abaixo.

Em seguida obtém-se os valores de A e k utilizando a seguinte fórmula.

Substituindo os valores temos:


B = m = 0,73479
A = 0,0166
K = 1,039

Substituir os valores na fórmula de infiltração acumulada:

Tem-se :
I =1,039 T 0,73479

Derivando essa equação temos a fórmula de Velocidade de Infiltração (VI) do


solo. Multiplica-se o novo valor de K, o K’, por 60 para converter a velocidade de
infiltração em mm.h-1.

Tem-se:
VI =45,80 T −0,2652

100.00

90.00

80.00
Velocidade de Infiltração (mm/h)

70.00 f(x) = 74.32 x^-0.3


60.00 R² = 0.65
50.00

40.00

30.00

20.00

10.00

0.00
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Tempo Acumulado (min)

Observa-se no gráfico que a infiltração se estabiliza a com o decorrer do tempo

Gráfico 1: curva da velocidade de infiltração em função do tempo acumulado.


O valor de acumulo de infiltração era de se esperar aumentar-se como o tempo
mais a medida que o solo ia preenchendo os seus espaços vazios, o acumulo de
infiltração ocorria com intensidade menor.

80

70

f(x) = 1.51 x^0.73


60
R² = 1
Acumulo de Infiltração (cm)

50

40

30

20

10

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Tempo Acumulado (min)

Gráfico 2: Representação da curva de infiltração acumulada em função do tempo.


100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Infiltração Acumulada (cm) Linear (Infiltração Acumulada (cm))
Velocidade de Infiltração (mm/h) Logarithmic (Velocidade de Infiltração (mm/h))

Comparando a velocidade de infiltração e a infiltração acumulada, pode-se


observar que com o passar do tempo a velocidade de infiltração decresce e a infiltração
acumulada tende a se estabilizar.

Gráfico 3: Comparação entre a infiltração acumulada e velocidade de infiltração.


CONCLUSÃO

Conclui-se que os objetivos foram alcançados com coerência , uma vez que foi
possível a determinação da velocidade de infiltração do solo, sendo que para fins
didáticos foi de grande relevância a aula pratica para reforço do conteúdo teórico
adquirido em aula.

REFERÊNCIAL TEÓRICO

BERNARDO, S; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8. Ed. Atual. e


Ampl. Viçosa: UFV, 2006. 625p

GONDIM, T. M. S.; WANDERLEY, J. A. C.; SOUZA, J. M.; FEITOSA FILHO, J. C.;


SOUSA, J. S.; Infiltração e velocidade de infiltração de água pelo método do
infiltrômetro de anel em solo areno-argiloso. Revista Brasileira de Gestão Ambiental,
(Pombal – PB – Brasil) v.4, n.1, p. 64-73 janeiro/ dezembro de 2010.

CUNHA, J. L. X. L.; ALBUQUERQUE, A. W.; SILVA, C. A.; ARAÚJO, E. SANTOS


JUNIOR, R. B. Velocidade de infiltração da água em um latossolo amarelo submetido
ao sistema de manejo plantio direto. Caatinga (Mossoró, Brasil), v.22, n.1, p.199-205,
janeiro/março de 2009.
MANTOVANI, E. C.; BERNARDO, S.; PALARETTI, L. F. Irrigação: princípios e métodos. 3
ed. Viçosa: UFV, 2009. 355 p.

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