um conjunto de condições específicas – chamada proteoestase – envolve um O arranjo espacial dos átomos em uma conjunto elaborado de vias e processos que proteína ou qualquer parte da proteína dobram, redobram e degradam cadeias polipeptídicas. As conformações possíveis de uma proteína ou de qualquer segmento proteico incluem A estrutura tridimensional e a função da qualquer estado estrutural que ela possa maioria das proteínas podem ser destruídas assumir sem a quebra de suas ligações pela desnaturação, demonstrando uma covalentes. relação entre estrutura e função. Algumas proteínas desnaturadas podem renaturar A necessidade de múltiplas conformações espontaneamente para formar proteínas estáveis reflete as mudanças que devem Corfomação biologicamente ativas, mostrando que as ocorrer na proteína quando ela se liga a estruturas terciárias são determinadas outras moléculas ou catalisa reações pela sequência de aminoácidos. As conformações que existem em Desnaturação e enovelamento das determinadas condições são, normalmente, O enovelamento de proteínas nas células é proteínas aquelas termodinamicamente mais estáveis geralmente hierárquico. Inicialmente, regiões Para a grande maioria das proteínas, uma de estrutura secundária podem se formar, o estrutura em particular ou um pequeno que é seguido pelo enovelamento em Visão grupo de estruturas é crucial para a função. motivos e domínios. Grandes conjuntos de intermediários dobrados são rapidamente geral A estrutura da proteína é estabilizada em conduzidos a uma única conformação nativa. sobre a grande parte por múltiplas interações fracas. estrutura As interações hidrofóbicas, derivadas do O enovelamento errado é a base molecular das aumento da entropia da água circundante de uma grande variedade de doenças quando moléculas ou grupos apolares estão humanas, incluindo as amiloidoses. proteínas agrupados, são os principais contribuintes para a estabilização da forma globular da maioria das proteínas solúveis; as interações A estrutura terciária é a estrutura de van der Waals também contribuem. tridimensional da cadeia polipeptídica. Muitas proteínas se encaixam em uma ou As ligações de hidrogênio e interações duas classes de proteínas em geral, com iônicas são otimizadas nas estruturas Estabilização da conformação Estrutura base na estrutura terciária: fibrosa e globular. termodinamicamente mais estáveis. de uma proteína As proteínas fibrosas, utilizadas Ligações covalentes não peptídicas, principalmente para funções estruturais, são formadas por elementos de estrutura tridimensional das particularmente ligações dissulfeto, são importantes na estabilização da estrutura de secundária que se repetem. proteínas algumas proteínas. As proteínas globulares têm estruturas terciárias mais complicadas, geralmente contendo diversos tipos de estruturas Estrutura secundária é o arranjo espacial dos secundárias na mesma cadeia polipeptídica. átomos da cadeia principal em um determinado segmento da cadeia As estruturas complexas das proteínas polipeptídica. globulares podem ser analisadas pela observação dos padrões de enovelamento As estruturas secundárias regulares mais chamados de motivos (também chamados comuns são as hélices α, as conformações β de enovelamentos ou estruturas e as voltas β. supersecundárias). Os milhares de Estrutura secundária das proteínas A estrutura secundária de um segmento estruturas proteicas conhecidos geralmente polipeptídico pode ser completamente são formados por um repertório de apenas definida se seus ângulos são conhecidos poucas centenas de motivos. Os domínios para todos os aminoácidos do segmento. são regiões de uma cadeia polipeptídica que podem se dobrar de forma estável e independente. Estruturas terciária e quaternária das A estrutura quaternária resulta de interações proteínas entre as subunidades de proteínas com múltiplas subunidades (multiméricas) ou grandes associações de proteínas. Algumas proteínas multiméricas possuem unidades repetidas, formadas por uma única subunidade ou grupos de subunidades, cada unidade chamada protômero. Algumas proteínas ou segmentos proteicos são intrinsecamente desordenados, carecendo de estruturas definidas. Essas proteínas têm composições distintas de aminoácidos que permitem uma estrutura mais flexível. Algumas dessas proteínas desordenadas funcionam como componentes estruturais ou sequestradoras; outras podem interagir com muitas proteínas parceiras, servindo como inibidores versáteis ou como componentes centrais de redes de interação de proteínas.