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Nome: José Edson Soares dos Santos

Turma: 4°Ano turno: Matutino


Curso: Agroindústria

Grão- cevada
A produção brasileira de cevada, para fins cervejeiros, está concentrada nos três
estados da Região Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). Clima,
genética e manejo são fatores determinantes da produção de cevada com padrão de
qualidade para malteação, particularmente em relação ao poder germinativo,
tamanho, teor de proteína e à sanidade dos grãos. Por isso, seguir as indicações
técnicas da Comissão de Pesquisa de Cevada, no tocante às práticas de manejo da
cultura, é fundamental para a obtenção de um produto com a qualidade exigida pela
indústria.
A cevada cervejeira é uma excelente alternativa de cultivo para o inverno na Região Sul
do Brasil. Entre seus principais benefícios, destacam-se a precocidade, a liquidez e a
rentabilidade. A área fomentada com esse cereal no país oscila em torno de 100 mil
hectares (IBGE, 2007), conforme a política de compra definida pelas empresas
malteiras e previsões climáticas do ano.
A cevada caracteriza-se por ser altamente sensível a precipitações pluviométrias no
momento da colheita, principalmente pelo prejuízo promovido à germinação de grãos.
A manutenção do poder de germinação dos grãos em pós-colheita é essencial para a
viabilidade do processo de malteação, com isso o beneficiamento é um dos passos a
serem seguidos para obtenção de sementes de alta qualidade numa empresa de
sementes. A máxima qualidade de um lote de sementes é função direta das condições
de produção no campo, ou seja, semente se obtém no campo. onde há a
transformação da cevada em malte, que é utilizado como insumo primário na
fabricação de cerveja. A desuniformidade na maturação, intrínseca à cultura é, em
muitas situações, acentuada por práticas de manejo inapropriadas, como a adubação
nitrogenada de cobertura tardia (elongação), que induz o acamamento e o rebrote.
Como forma de superar esses problemas, muitos produtores têm optado pela
dessecação da lavoura com herbicidas, para uniformizá-la e antecipar a colheita.
Trabalhos com a cevada, indicam que há variabilidade na germinação e no vigor das
sementes, quando dessecadas com o princípio ativo glifosato que, aplicado ainda
durante o processo de maturação, se acumula no embrião e ocasiona anormalidades
no seu desenvolvimento. Trabalhos realizados, mostraram que a viabilidade e o vigor
das sementes de cevada foram reduzidos quando o glifosato foi aplicado no momento
em que a lavoura apresentava grãos com 40% de umidade; no entanto, em sementes
de trigo, não houve quaisquer alterações sobre essas mesmas características. ao
avaliar o comportamento de herbicidas dessecantes, em diferentes culturas e
situações, concluíram que, em razão da variabilidade na maturação das lavouras, a
utilização da dessecação não é benéfica. há alto risco de redução nos componentes
vitais dos grãos. Considerando-se que a cultura da cevada tem como pré-requisito a
necessidade de grãos viáveis e com alto vigor para a malteação, os riscos seriam,
logicamente, maiores.
Como a cevada é malteada durante todo o ano, além de não interferir sobre a
germinação e o vigor das sementes, o uso de herbicidas dessecantes não pode acelerar
a deterioração dos grãos durante o período de armazenamento, em comparação com
a observada em grãos colhidos sem uso de herbicida. Em soja, por exemplo, sementes
dessecadas e armazenadas por seis meses não apresentaram qualidade fisiológica
aceitável.
Aconselha-se efetuar a colheita em dias secos, evitando-se as primeiras horas da
manhã e, sempre que possível, quando o teor de umidade do grão estiver abaixo de
15%, de maneira a evitar o processo de secagem artificial e a colheita de grãos verdes.
A máquina colhedora deve ser adequadamente regulada, a fim de se evitar perdas de
grãos retidos nas espigas, descascamento e quebra de grãos e o recolhimento de
materiais estranhos. Deve-se colher as áreas da lavoura com manchas de
plantas/espigas/grãos ainda verdes em separado das áreas maduras/secas.

Referência Bibliográfica:
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria
nº 177, de 20 de novembro de 2014. Aprova o Zoneamento Agrícola
para a cultura de cevada de sequeiro no Estado do Paraná, ano-safra
2014/2015. Diário Ofi cial [da] República Federativa do Brasil, Brasília,
DF, 24 nov. 2014a. Seção 1. Disponível em: <http://sistemasweb.
agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=visualizar
AtoPortalMapa&chave=2002714425>. Acesso em: 17 jun. 2015.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria


nº 178, de 20 de novembro de 2014. Aprova o Zoneamento Agrícola
para a cultura de cevada de sequeiro no Estado do Rio Grande do
Sul, ano-safra 2014/2015. Diário Ofi cial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 24 nov. 2014b. Seção 1. Disponível em: <http://
sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=v
isualizarAtoPortalMapa&chave=158181312>. Acesso em: 17 jun. 2015.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria


nº 179, de 20 de novembro de 2014. Aprova o Zoneamento Agrícola
para a cultura de cevada de sequeiro no Estado de Santa Catarina,
ano-safra 2014/2015. Diário Ofi cial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 24 nov. 2014c. Seção 1. Disponível em:<http://
sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=v
isualizarAtoPortalMapa&chave=505717781>. Acesso em: 17 jun. 2015.
MANUAL de adubação e de calagem para os Estados do
Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 10 ed. Porto Alegre:
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo - Núcleo Regional Sul
- Comissão de Química e Fertilidade do Solo, 2004. 400 p.

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