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Desempenhos do agronegócio e participação nas exportações

brasileiras

2013-
Segundo CepeaA receita com as exportações do agronegócio
brasileiro foi de US$ 101,5 bilhões em 2013, % superior ao do
ano anterior e novo recorde de acordo com o levantamento do
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Essa
expansão se deu via volume, que alcançou nova máxima
histórica, com alta de 14,2%, já que os preços médios de
exportação em dólar recuaram 7,5% no período. Como a balança
comercial brasileira apresentou superávit de apenas US$ 2,5
bilhões. Apesar de terem recuado em um ano, os preços médios
de exportação em dólar mantiveram-se elevados, com a
demanda seguindo firme a ponto de elevar o volume ao recorde.
Nesse período, houve desvalorização do real, de 1,2% em relação
a 2012, mas não foi suficiente para compensar toda redução nos
preços médios em dólares. Assim, a atratividade das exportações
apresentou variação negativa no ano, de 7%. Segundo o Cepea,
de 2000 a 2013, o agronegócio brasileiro tem contribuído
bastante para a geração de divisas para o país. No período, o
volume exportado cresceu 230% e os preços externos, 101%. O
saldo comercial mais que quintuplicou, com crescimento de
468%.

2014-
As exportações do agronegócio brasileiro em 2014 totalizaram
US$ 96,75 bilhões, um decréscimo de 3,2%. As importações
seguiram tendência semelhante, com queda de 2,6% e montante
de US$ 16,61 bilhões no acumulado do ano. Dessa forma, em
2014, o saldo da balança comercial do agronegócio
brasileiro ficou positivo em US$ 80,13 bilhões, o Ministério da
Agricultura, informou que no que se refere aos setores que
compõem o agronegócio, o principal destaque de 2014 foi o
complexo soja, com exportações totais de USS 31,40 bilhões e
60,71 milhões de toneladas comercializadas, o que incrementou
de 1,4% e 5,6%, respectivamente. O produto mais exportado foi
a soja em grão, com a cifra de US$ 23,27 bilhões e crescimento
de 2%. O segundo principal setor do agronegócio brasileiro em
valor exportado foi o de carnes, com vendas externas de US$
7,43 bilhões e 6.38 milhões de toneladas negociadas.
Os cinco principais setores exportadores tiveram uma
participação de 78,4% no total das exportações do agronegócio
em 2014, mesma participação dos cinco maiores setores de
2013. A Ásia continuou, em 2014, como o principal destino dos
produtos brasileiros do agronegócio. As vendas para o
continente atingiram a marca de US$ 39,32 bilhões, o que
representou uma diminuição de 2.996 em relação aos valores
registrados em 2013. Em virtude de um recuo nas exportações
dos produtos não agrícolas da ordem de 25,8%, a participação do
agronegócio nas exportações totais no último mês de 2014 foi de
38,7%. As importações do segmento foram de US$ 1,25 bilhão.
Desta maneira, o saldo da balança comercial do agronegócio
computado em dezembro de 2014 foi de US$ 5,52 bilhões.

2015-
A participação dos produtos do agronegócio entre todas as
exportações brasileiras cresceu para 46,2% em 2015. O ano
passado viu o Brasil exportar volumes recordes de soja em grão,
milho, frango in natura, café e celulose, à medida que o dólar
tornou os produtos nacionais ainda mais competitivos no
mercado externo e na esteira de boas safras de alguns destes
itens. O complexo soja ocupou a primeira posição no ranking do
faturamento com exportações, totalizando 27,9 bilhões de
dólares em 2015. As carnes ficaram em segundo lugar nas
vendas externas, somando 14,7 bilhões de dólares, sendo quase
metade deste valor em carne de frango. A Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) disse que houve queda de
9 por cento nas exportações em 2015. Ainda assim, dos dez
principais produtos da pauta exportadora no ano passado, oito
foram do setor agropecuário e responderam por 31,2 por cento
do total dos embarques, totalizando 59,7 bilhões de dólares.
Apenas minério de ferro e petróleo acompanham a lista. A CNA
destacou que os embarques de milho faturaram 27,3 por cento a
mais em 2015, totalizando 4,94 bilhões de dólares.

2019-
As exportações do agronegócio brasileiro em 2019 tiveram um valor
acumulado de US$ 96,79 bilhões, 4,3% a menos que em 2018, quando a
soma foi de US$ 101,17 bilhões, os números estão em relatório divulgado
pelo Ministério da Agricultura. Essa redução ocorreu em função da queda
do índice de preço das exportações do agronegócio brasileiro, que caiu
6,9% em 2019. Essa queda foi compensada pela elevação de 2.7% no
índice de quantum das exportações, ou o equivalente ao incremento de
2.7% no volume exportado em 2019 ", diz o relatório. Ainda assim, o agro
conseguiu aumentar sua participação nas exportações do Brasil, de 42,3%
do total em 2018 para 43.2% em 2019, De acordo com o Ministério, foi
possível porque o recurso no setor foi menor que o do resultado geral. No
ano passado, os embarques totais do Brasil renderam US$ 224 bilhões,
6,4% menos que no ano anterior.  Responsável pelo relatório, a Secretaria
de Comércio e Relações Internacionais do Ministério avaliou que o
desempenho negativo do complexo soja foi determinante do desempenho
do setor, compensando resultados positivos de outras cadeias produtivas
do agronegócio. Somados os embarques de grão, óleo e farelo, o
faturamento caiu de USS 40.70 bilhões para US$ 32,64 bilhões de 2018
para 2019. Essa diminuição de cerca de US$ 8 bilhões em valores
absolutos nas exportações do setor foi responsável pela queda global das
exportações do agronegócio no ano de 2019, ainda que outros setores
tenham obtido absoluto positivo, abrandando a redução das exportações
do Principal produto de exportação do agronegócio brasileiro, a soja em
grão respondeu por quase um terço dos embarques. Mas o volume caiu
11,1% no comparativo de 2019 com 2018, de 83,2 milhões para 74
milhões de toneladas. A receita foi 21.1% menor, passando de US$ 33,04
bilhões para US$ 26,112 bilhões de um ano para outro. As vendas de
farelo caíram 12%, de USS 6,62 bilhões para USS 5,83 bilhões, e as de óleo
de soja foram 32,1% Inferiores caindo de US$ 1,03 bilhão para US$ 696
milhões.

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