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sebáceas no lado para o qual o pelo “aponta” ao emergir da pele.

Assim, a contração dos músculos eretores deixa os pelos


mais retos, comprimindo as glândulas sebáceas e facilitando a liberação de sua secreção oleosa na superfície cutânea. A
evaporação da secreção aquosa (suor) das glândulas sudoríferas da pele é um mecanismo termorregulador para perda de
calor (resfriamento). As pequenas artérias (arteríolas) da derme também participam da perda ou retenção do calor corporal.
Elas se dilatam para encher os leitos capilares superficiais e irradiar calor (a pele fica vermelha) ou contraem-se para
minimizar a perda de calor na superfície (a pele fica azulada, principalmente nos lábios e nas pontas dos dedos das mãos).
Outras estruturas ou derivados da pele incluem os pelos, as unhas (dos pés e das mãos), as glândulas mamárias e o esmalte
dos dentes.
Situado entre a pele sobrejacente (derme) e a fáscia muscular subjacente, a tela subcutânea (fáscia superficial) é formada
principalmente por tecido conjuntivo frouxo e depósito de gordura, contém glândulas sudoríferas, vasos sanguíneos
superficiais, vasos linfáticos e nervos cutâneos (Figura I.6). As estruturas neurovasculares seguem na tela subcutânea,
distribuindo apenas seus ramos terminais para a pele.
A tela subcutânea é responsável pela maior parte do reservatório de gordura do corpo, assim sua espessura varia muito,
dependendo do estado nutricional da pessoa. Além disso, a distribuição da tela subcutânea é muito variável em diferentes
locais no mesmo indivíduo. Compare, por exemplo, a relativa abundância da tela subcutânea evidente pela espessura da prega
cutânea que pode ser pinçada na cintura ou nas coxas com a parte anteromedial da perna (a margem anterior da tíbia) ou o
dorso da mão; essas duas regiões quase não têm tela subcutânea. Reflita também sobre a diferente distribuição da tela
subcutânea e da gordura nos sexos masculino e feminino: em mulheres maduras, o acúmulo tende a ocorrer nas mamas e nas
coxas, ao passo que nos homens, a gordura subcutânea acumula-se na parede abdominal inferior.
A tela subcutânea participa da termorregulação, funcionando como isolamento e retendo calor no centro do corpo.
Também oferece acolchoamento que protege a pele da compressão pelas proeminências ósseas, como nas nádegas.
Os retináculos da pele, faixas fibrosas numerosas e pequenas, estendem-se através da tela subcutânea e fixam a
superfície profunda da derme à fáscia profunda subjacente (Figura I.6). O comprimento e a densidade desses ligamentos
determinam a mobilidade da pele sobre estruturas profundas. A pele é mais móvel nas áreas onde os ligamentos são mais
longos e esparsos, como o dorso da mão (Figura I.8A e B). Nos locais onde os ligamentos são curtos e abundantes, a pele está
firmemente fixada à fáscia profunda subjacente, como nas palmas das mãos e plantas dos pés (Figura I.8C). Na dissecção, a
retirada da pele nas áreas em que os retináculos da pele são curtos e abundantes requer o uso de um bisturi afiado. Os
retináculos da pele são longos mas particularmente bem desenvolvidos nas mamas, onde formam ligamentos suspensores para
sustentação do peso (ver Capítulo 1).

Figura I.7 Linhas de clivagem na pele. As linhas tracejadas indicam a direção predominante das f ibras colágenas na derme.

TEGUMENTO COMUM

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