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Desafios

Soluções do Número Anterior


Solução dos problemas da XIV A aceleração da partícula será
Olimpíada Internacional de Física –
Bucareste, Romenia (1988) . O sinal de “–” na fren-

te de indica que o atrito sempre es-

1
Do gráfico vemos que a força
tem magnitude de 10 N e está tá na direção oposta da direção de v.
aplicada na direção de x positi-
vos. No caso da partícula movendo- .
se na direção de x positivo, a força de

2
atrito estará direcionada ao longo de Da formula v2 = v02 + 2ax, a) A condição para que o raio
x negativo. No caso oposto, a partícula sendo v a velocidade no tempo t, v0 a de luz de comprimento de onda
deslocando-se na direção de x nega- velocidade inicial e x a distância da par- λ0, incidindo com qualquer ân-
tivo a força de atrito apontará na tícula medida a partir da origem, e gulo em AB não seja refletido na su-
direção de x positivo. Resulta para a perfície AC é
descrição geral do movimento da par-
tícula que |v| a magnitude da veloci-
dade da partícula continua decres- e também
cendo enquanto vai se refletindo nas .
n1 = n2 = 1,5.
paredes até que sua velocidade final Para a luz vermelha tendo um
seja nula. A partícula estará comple- Se v for positivo, então e comprimento de onda de 500 nm os
tamente parada em x = 0. índices de refração n1 e n2 devem ser
Do problema, (1) menores do que 1,5. De mesma forma
para a luz azul tendo um comprimen-
Se v for negativo, então e to de onda menor do que 600 nm, os
Escolhendo U(x) = 0 para x = 0, índices de refração serão maiores do
→U(x) = 10x. que 1,5.
A energia perdida na forma de ca- . (2)
A natureza da variação do índice
lor = energia potencial inicial + ener-
Ou seja, se a partícula move-se se de refração como função de ∆λ ao
gia cinética inicial é
afastando da origem, a trajetória de v redor de λ0 é:
é uma parábola (Eq. 1), caso contrário n1 = a1 + b1/λ12 e n2 = a2 + b2/λ22
a trajetória é dado pela Eq. (2).
Se s for a distância percorrida pela
A representação gráfica para um Para a luz vermelha λvermelha > λ0,
partícula até sua parada completa,
caso e para outro pode ser visto a se- ∆λ é positivo.
Fs = 10x0 + 10 guir: Para a luz azul λazul < λ0, ∆λ é
negativo.
Substituindo F = 1 N →s = 10x0 Isto significa que o desvio da luz
+ 10. vermelha torna-se menor no primeiro
prisma, mas aumenta no segundo,
enquanto que o desvio da luz azul
aumenta no primeiro prisma mas de-
cresce no segundo.
b) A solução gráfica do problema
é vista a seguir:

32 Problemas Olímpicos Física na Escola, v. 5, n. 1, 2004


servação de energia,
E + hv0 = E0 + hv0’ (1)
2
sendo E a energia total mc do elétron
em movimento antes da colisão, m
sua massa relativística, v0 a freqüên-
cia do fóton correspondente ao com-
primento de onda λ0, v0’ a freqüência
do fóton após a colisão e correspon-
dendo ao comprimento de onda λ’0,
A partir da lei de refração no lado E0 = m0c2 a energia total do elétron
AB resulta no repouso.
c) Para a luz de comprimento de Do princípio de conservação do
onda λ0 os dois prismas podem ser sen 30 = n1 sen r momentum, aplicado ao longo da dire-
considerados como um único prisma em AC, ção do movimento resulta em
uniforme. Prolongando os lados AB e
CD, os mesmos irão se interceptar em sen (60 - r) = n2 sen 30 .
O (veja figura abaixo). Resolvendo para n1 e n2 resulta em
Normal a esta direção
n22 + n2 + (1 - 3n12) = 0.
Substituindo os valores forneci- ,
dos pelo problema,
sendo p o momento do elétron antes
n1 = 1,1 + 105/λ2 e n2 = 1,3 + da colisão.
0.5 × 105/λ2 resulta para n1 e n2 Lembrando que E2 = m02c4 + p2c2,
e manipulando as equações acima
n12 = 1,21 + 2.2 × 105/λ 2 + 104/λ4
resulta que
e
n22 = 1,69 + 1.3 × 105/λ2 +0.25 × 104/λ4 .
resolvendo as equações resultará
λ = 1.18 µm. Isto implica que na primeira
colisão o elétron doa energia para o

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A colisão entre fóton e elétron fóton.
em movimento resultando em A segunda colisão tem um pro-
um elétron em repouso somen- cesso similar ao da primeira colisão.
Da lei de refração, te é possível se o choque for frontal, A mudança no comprimento de onda
sen i = nar sen r mas não necessariamente ao longo da do fóton pode ser imediatamente es-
sendo i o ângulo de incidência no ar, mesma linha de movimento. Na figu- crita como segue:
r o ângulo de refração no prisma e nar ra, o elétron se nove na direção fazen-
o índice de refração relativo ao ar (luz do um ângulo φ com a direção inicial .
viaja do ar para o prisma). do fóton.
Da geometria, Adicionando estas duas últimas
equações resulta em
r = 90° - 75° = 15°
sen i = 1.5 sen 15 = 22°50’, λ0 = λ0” = 1,25 × 10-10.
i - r = 6°10’, e portanto o ângulo de Substituindo os valores nas equa-
mínimo desvio será 2(i - r) = 12°20’. ções acima, resulta finalmente em
d) A partir da geometria do pro-
blema, o raio incidente na direção de , e como λ = h/p,
30° paralelo a BC terá um ângulo de
incidência de 30° e o raio refratado Após a colisão o fóton viaja fa- o comprimento de onda de de Broglie
sairá do prisma na lado CD normal a zendo um ângulo de 60° em relação do primeiro elétron será:
CD ( ângulo de refração no ar de 90°). a direção inicial. Do princípio de con- λ = 1,24 × 10-10 m

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Novos Problemas

1 3
Uma pequena coluna de ar de nectadas por uma barra rígida, sem Ao aumentarmos a tempera-
altura h = 76 cm é tampada peso, isolante de comprimento L. Ca- tura do ar, este se torna menos
por uma coluna de mercúrio da partícula tem cargas elétricas +Q denso. A velocidade do som no
através de um tubo e –Q. Este dipolo está rodando com ar aumenta com o aumento da tem-
vertical de altura uma velocidade angular no plano peratura. Explique este aparente para-
H = 152 cm. A pres- horizontal ao redor do eixo que passa doxo.
são atmosférica é de pelo centro do dipolo. Em algum ins-

4
105 Pa e a temperatu- tante, um campo magnético vertical Encontre a for-
ra é de T0 = 17 °C. B é aplicado. Descreva o movimento ma da super-
Para qual tempera- de estado estacionário do dipolo. fície de um lí-
tura T1 deve o ar do Quantum quido, em um reci-
tubo ser aquecido pa- Março/Abril 1999 piente cilíndrico, que
ra remover todo o gira com velocidade
mercúrio do tubo? angular constante
Quantum em redor do eixo ver-
Março/Abril 1999 tical.

2
Um dipolo elétrico é feito de
duas partículas de mesma mas-
sa m. As partículas estão co-

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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