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Controlo Estatístico do Processo

Controlo Estatístico do Processo


A Necessidade do Controlo do Processo

Detecção - Tolera o Desperdício

Prevenção - Evita o Desperdício


Controlo Estatístico do Processo
A Necessidade do Controlo do Processo
Controlo Estatístico do Processo
Um Sistema de Controlo do Processo

vo z d o p ro c e s s o
Ti Ts

M
Méétotoddooss
Cp<1
Cpk<1 EEssta
tatís
tístic
ticooss

m ã o d e o b ra
m á qu in a s
m a te ria is P ro c e s s o
m é to d o s
P ro d u to s/S e rviço s CClie
liennte
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m e io a m b ie n te
m e d id a s
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tificaaççããooddaass
nneecceessssididaaddeess
eeeexp xpeecctatativa
tivass
in p u t o u tp u t

vo z d o s c lie n te s
Controlo Estatístico do Processo
Sistema de Controlo do Processo

1- Processo é a combinação de pessoas, materiais,


máquinas e equipamentos,medições, métodos e
ambiente que contribuam para a concretização de
um produto final.
2- Informações sobre o Processo pode ser aprendida
através de estudo do resultado do processo.
3 - Acções sobre o Processo são acções de
prevenção para diminuir a variação das
características face ao valor alvo.Mais económica.
4 - Acções sobre o Resultado são acções de
detecção e correcção do produto fora de
especificação. Geram refugo e retrabalho, logo
menos económica.
Controlo Estatístico do Processo
Variação

As distribuições podem diferir quanto:

Localização Dispersão Forma

... ou quaisquer combinações sobre essas


Controlo Estatístico do Processo
Variação
Controlo Estatístico do Processo
Causas Comuns e Especais

Variação Total

Natural Acidental

Causa Aleatórias Causa Especiais

FA
C Máquina M.P.não conforme
T Métodos Avaria
O Matéria Prima Desgaste equipa-
R Mão-de-Obra mento
E Meio ambiente Equipamento de
S medida

Não podem ser Podem ser eliminadas


completamente
eliminadas

Controlo Estatístico
do Processo
Controlo Estatístico do Processo
Causas Comuns e Especais

Se apenas causas comuns de variação estiverem


presentes o resultado do processo forma uma
distribuição que é estável ao longo do tempo e
previsível

Se causas especiais de
variação estiverem presentes o
resultado do processo não é
estável ao longo do tempo
Controlo Estatístico do Processo
Causas Comuns e Especais
Controlo Estatístico do Processo
Causas Comuns e Especais
Controlo Estatístico do Processo
Variação

6 pontos antes de começar com SPC:

• Coletar dados e usar métodos estatísticos não é o objetivo.


• SPC deveria ser usado para entender o processo e melhorar.
• Os sistemas de medição devem estar sob controle antes que o SPC
possa ser iniciado
• SPC é usado para estudar a variação no processo e usando métodos
estatísticos para melhorar o desempenho –
• SPC têm sido aplicados rotineiramente às peças (produtos acabados,
componentes). Mas esta é apenas a primeira etapa, em uma próxima
etapa o foco deve estar no processo que gera as peças –
• O SPC precisa de prática, olhar os dados não é suficiente, bom
conhecimento sobre o processo é necessário
• O conhecimento do SPC deve ser aumentado, talvez entrando em
contato com outros especialistas
Controlo Estatístico do Processo
Classical Quality Control
Controlo Estatístico do Processo
Ciclo SPC:

No SPC, o processo é monitorado durante a produção.


Os registros são mantidos sobre como o processo está funcionando.
Com base nesses registros, uma ação é realizada para garantir o
processo está sempre produzindo produtos bons, não ruins
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Causas Comuns e Especais

Causas Comuns: Estão sempre presentes no processo,


são previsíveis, seguem uma distribuição aleatória e são
estáveis ao longo do tempo
Redução  Acções de gestão, ex: novos
equipamentos,mudança de fornecedor
Causas Especiais: São esporádicas, imprevistas ,
instáveis ao longo do tempo e quando estão presentes
indicam que o processo está fora de controlo
Remoção  Acções realizadas por pessoas ligadas ao
processo
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Causas Comuns e Especais
Controlo Estatístico do Processo
Acções Locais e Acções sobre o Sistema

Acções sobre o Sistema:


•Eliminam causas comuns
•Executado por pessoal gestão
•Podem corrigir cerca de 85 % dos problemas

Acções Locais:
•Eliminam causas especiais
•Executado por pessoas próximas ao processo
•Podem corrigir cerca de 15 % dos problemas
Controlo Estatístico do Processo
Etapas de um Estudo Estatístico

Recolha de
Dados

Ordenar os
Dados

Sim
É conveniente
agrupar os Dados?
Em intervalos
de classes
Não
Determinar o
centro das
classes
Distribuição de
frequências
Caracterização Representação
numérica gráfica

Análise

Conclusões

Decisões
Controlo Estatístico do Processo
Etapas de um Estudo Estatístico
Controlo Estatístico do Processo
Variáveis: Discretas e Contínuas

Variável: Entende-se a característica do universo que se pretende analisar. Esta


pode ser discreta ou contínua

Variável Discreta: Podem tomar um nº finito ou numeráveis de valores


ex: Nº peças com defeito, nº de carros vendidos, nº de
clientes
Variável Contínua: Pode tomar qualquer valor dentro de um intervalo ou domínio

ex: Peso, altura, % projecto executado, % erro de medição


Controlo Estatístico do Processo
População e Amostra

População: conjunto de Amostra: subconjunto dos


habitantes de Portugal habitantes de Portugal
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Distribuição de Frequências

Objectivos das distribuições de frequências:


✓Apresentação dos dados de uma forma mais clara
✓Dar-nos a tendência Central
✓Dar-nos a dispersão
✓Frequência relativa da ocorrência

Frequência Absoluta (fa)


É o número de dados que fazem parte do referido intervalo
Frequência Relativa (fr)
A frequência realativa de um dados intervalo é o resultado da divisão da
frequência absoluta pelo número de dados da experiência (n), e expressa a
proporção total de dados nesse intervalo.
fa
fr = *100
n
Controlo Estatístico do Processo
Distribuição de Frequências

Exercicio 1-Quadro de dados

Cada valor da seguinte tabela representa o número de unidades defeituosas


encontradas em 40 amostras.

5 6 6 3 3 5 5 3

3 7 4 4 6 4 6 4

4 3 7 5 7 4 5 4

4 4 4 4 5 3 4 5

3 5 5 6 4 4 5 3
Controlo Estatístico do Processo
Distribuição de Frequências

Exercicio 1-Resultados

Nº de unidades Freq. Freq. Absoluta Freq. Relativa Freq. Relativa


defeituosas Absoluta Acumulada (fr) (%) Acumulada
(fa) (%)

f a = f r =
Controlo Estatístico do Processo
Distribuição de Frequências

a) Quantas amostras existem com menos de 6 unidades defeituosas?

b) Em quantas amostras existem 4 ou menos unidades defeituosas?

c) Qual a percentagem de amostras com 5 unidades defeituosas?

d) Qual a percentagem de amostras com quatro ou menos unidades?


Controlo Estatístico do Processo
Representações Gráficas

Representações Gráficas

As representações gráficas permitem-nos:

o Melhor compreensão dos dados


o Facilitar a análise dos mesmos

Diagrama Linear: Diagrama de barras Histograma

Histograma de Frequências
60 frequência
8
8
100
50 7
7

80
6
40 5 5
60 5

30 Velocidade 4
4

40
3
20 20
2
10 0 1
1

1Q/99 2Q/99 3Q/99 4Q/


0 0
9,775 10,075 10,375 10,675 10,975 11,275

t1 t2 t3 t3 valor médio das células

Variável Variável
discretas. Contínuas
Controlo Estatístico do Processo
Representações Gráficas - Histograma

De um processo foram retiradas 30 peças, depois de medidas, obtiveram-se os


seguintes resultados, em cm:

9.67 10.37 11.05 10.64 10.49

10.09 10.02 9.90 10.64 10.51

10.60 9.91 10.23 10.61 10.63

10.52 11.06 10.12 10.23 10.61

11.09 10.92 10.45 10.11 10.24

9.63 11.11 9.95 11.27 10.54


Controlo Estatístico do Processo
Representações Gráficas - Histograma

Para construção de um histograma sete passos são necessários executar:

1º Passo – Contar o nº de observações N =

2º Passo – Determinar o valor máximo (Vmax) e o valor mímino (Vmín)

Vmax = ; Vmin =

3º Passo – Determinar o nº de células (k) Nº de obsr. (N) Nº de Células

de acordo com a tabela 20-50 6

51-10 7

No nosso caso N= ,k= . 101-200 8

201-500 9

501-1000 10
Controlo Estatístico do Processo
Representações Gráficas - Histograma

4º Passo – Determinar o intervalo de célula – h

Max − Min ____− ____


h= =
____
= _____
k
Arredondar o valor resultante
5º Passo – Determinar as fronteiras das classes
i. Subtrarir a Vmin uma casa decimal (em relação aos valores
analisados) e a terminar em 5.
• 0 casas decimais  ½ = 0.5
• 1 casa decimal  0.1/2 =0.05
• 2 casas decimais  0.01/2 = 0.005
• 3 casa decimais  0.001/2 = 0.0005
Xmin = Vmin - ________=_______ - ________= ________
Xmax = Vmax + ________= _______- ________=_________
Controlo Estatístico do Processo
Representações Gráficas - Histograma

ii. Somar ao valor resultante de 1) o intervalo de classe – h


_________ + ________(h) = ___________

iii. Executar a tarefa até à última classe – Valor Máx

Xmin = ______-___________ - 1ª célula


____________-___________ - 2ª célula
____________-___________ - 3ª célula
____________-___________ - 4ª célula
____________-___________ - 5ª célula
____________-___________ - 6ª célula
: :
____________-Xmax=______ - i ª célula
Controlo Estatístico do Processo
Representações Gráficas - Histograma

6º - Passo - Construir uma tabela, indicando:

Fronteira Valor Nº de observações Freq


Células Médio
Controlo Estatístico do Processo
Representações Gráficas - Histograma

7º Passo - Construir o histograma:

Histograma de frequências
Frequência

Vmed 1= Vmed 2= Vmed 3= Vmed 4= Vmed 5= Vmed 6=


Valor médio das células
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central
As medidas de tendência central de uma distribuição são:
•Média
•Moda
•Mediana

Média
A média aritmética de uma série de valores é obtida somando todos os valores e
dividindo este pelo nº deles.
x1 + x2 + x3 + x4 + ... + xn
X =
n
Quando os valores se apresentam sob a forma de frequências a fórmula que se
aplica é: X1=valor central do primeiro intervalo
Xn=valor central de cada intervalo
x f + x 2 f 2 + x3 f 3 + x4 f 4 + ... + xn f n
X = 1 1 f1=frequência do primeiro intervalo
f1 + f 2 + f 3 + f 4 + ... + f n
fn=frequência do último intervalo
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central

Exemplo:
Pretende-se calcular a idade média dos jogadores de um determinado grupo
de futebol. As idades dos jogadores são as seguintes:
22 21 23 26
23 19 22 27
20 25 25

253

_______________________________________ 23
X = = _______
11 _____________
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central
Exemplo:
Pretende-se calcular a média dos alunos de um determinado curso. Os
alunos apresentam as seguintes idades:
Idades Nº de alunos de Soma das idades
frequência (fa) dos alunos (x.f)
21 10

22 35

23 50

24 42

25 30

26 8

x1 f1 + x2 f 2 + x3 f 3 + x4 f 4 + x5 f 5 + x6 f 6
X =
f1 + f 2 + f 3 + f 4 + f 5 + f 6
_______________________________________
X = = _________
_____________
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central

Moda
A Moda(Mo) de uma série de valores é o valor da observação que se repete
o maior nº de vezes.
Método de càlculo da Moda
Caso discreto
1º Classificar os dados
2º Determinar as frequências relativas e absolutas
3º Verificar qual a classe que apresenta maior frequência, a moda (classe
modal) é o valor dessa classe.
Exemplo
Em 12 jogos de futebol consecutivos, usou os cartões amarelos. O nº de
cartões amarelos amostrados são os seguintes:
3 5 1 6 9 8 6 6 1 8 3 6
O valor mais frequente é o _____ , logo Mo = _____
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central

Caso Contínuo
1º Calcular as frequências relativas ou absolutas de todas as classes
2º Verificar qual a classe que apresenta maior frequência. Chama-se classe
modal
3º Calcular

1
M 0 = l mo + * hmo
1 +  2
Onde : lmo = limite inferior da classe modal
hmo=amplitude da classe modal
1= diferença entre a frequência normalizada da classe modal e a
frequência normalizada da classe anterior.
2= diferença entre a frequência normalizada da classe modal e a
frequência normalizada da classe seguinte
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central

Exemplo
Numa maternidade, o consumo diário de leite em pó po cada bebé está
registado na tabela:

Leite (em gramas) Nº de bébés A classe modal é:__55__ 60


45 - 50 11
Portanto a moda pertence a
50 - 55 31 este intervalo
55 - 60 65
lmo = __55__
60 - 65 48
hmo= _5___
65 - 70 60
70 - 75 46 1= _65_ – _31_ = 34__
75 - 80 30 2= __65 – 48__ = _17_
80 - 85 31
55+(34/(34+17)*5)= 58.3g
Calcular :
1 __
M 0 = l mo + * hmo = ___+ * ___ = ____
1 +  2 __ + __
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central

Mediana

A mediana (Md) de n valores observados e ordenados de grandeza é o valor


que divide a série em dois grupos com o mesmo nº de elementos

Caso Discreto
Se n impar: M d = x n +1
2
Se n é par x n / 2 + x n / 2+1
Md =
2
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central

Exemplo
(22+23)/2
Considerando a série ordenados de valores: =22,5
n é par, visto ter 10 observações:
19 20 21 22 22 23 23 25 26 27
x __ + x __/ 2+1
xn / 2 + xn / 2+1 ____+ ____ ___+ ___
Md = = 2
= = =
2 2 2 2
N é ímpar , visto ter 9 observações
• 20 21 22 22 23 23 25 26

M d = x n +1 = x __ +1 = x = 23

2 2
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central

Caso Contínuo
A mediana é o valor de x tal que F(x) = 50%

1º. Calcular as frequências relativas acumuladas (Fi).


2º. Determinar qual a 1ª classe em que a frequência relativa acumulada passa
de 50%. Essa é a classse mediana.
3º Calcular
0,5 − F
Me = L + *h
fr
Em que:
L=Limite Inferior da Classe Mediana
F=Frequência Relativa Acumulada de todas as classes abaixo da classe
mediana
fr=Frequência Relativa da Classe Mediana
h= Amplitude de Classe
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central

Classes ni fi=ni/N F=Ni/N

145 - 150 1 1/25=0.04 0.04

150 - 155 3 3/25=0.12 0.16

155 - 160 5 5/25=0.2 0.36

160 - 165 7 7/25=0.28 0.64

165 - 170 4 4/25=0.16 0.80

170 - 175 5 5/25=0.20 1

Total 25 1

A classe mediana é : _160___ - __165____


Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Tendência Central

L = Limite Inferior da Classe Mediana = __160__


F = Frequência Relativa Acumulada de todas as classes abaixo da classe
Mediana = __0,36___
Fr = Frequência Relativa da Classe Mediana = _0,28_____
H = Amplitude da Classe = __5____

0,5 − F 0,5 − ____


Me = L + * h = ___+  _____ = _______
Fr ____

160+(0,5-0,36)/0,28*5 =162,5
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Dispersão

As medidas de dispersão são:


•Amplitude
•Desvio Padrão
•Variância

Amplitude
É a diferença entre o valor máximo e o mínimo da distibuição, e representa-se
por R.
R = X max − X min

Nota: Esta medida não é sensível aos valores intermédios que constituem a
distribuição.
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Dispersão

Exemplo
Rendo em conta os seguintes valores:
19 23 22 20 21 23 25 22 26 22 22 27

R = __ - ___ = ____
Desvio Padrão
É a raiz quadrada do quociente entre a soma dos quadrados das
distâncias de cada valor à média e o número de valores dado.
Desvio Padrão da Amostra

( x1 − X ) 2 + ( x2 − X ) 2 + ( x3 − X ) + ... + ( xn − X ) 2
S=
n −1
Desvio Padrão da População
( x1 − X ) 2 + ( x2 − X ) 2 + ( x3 − X ) + ... + ( xn − X ) 2
=
n
Controlo Estatístico do Processo
Medidas de Dispersão

Para dados agrupados

( x1 − X ) 2  f1 + ( x2 − X ) 2  f 2 + ( x3 − X ) 2  f 3 + ... + ( xn − X ) 2  f 3 )
S=
f1 + f 2 + f 3 + ... + f n

Onde x1- valor centarl do intervalo , f1 – frequência do primeiro intervalo

Também pode ser dado por:


Em que:
k


fi=frequência absoluta
f i * x'i2 − N * x
2

S2 = i =1 x’i=valor central do primeiro


N intervalo
Controlo Estatístico do Processo
Distribuições Estatísticas

Distribuição Normal
A maior parte dos Processos Industriais seguem uma distribuição Normal

A variável aleatória é contínua, não discreta.


A função matemática é dada por:
2
−1
1 X −X 
Y = e 2 
 S


S 2  
Onde:
S = Desvio Padrão
= Média
X = Qualquer valor da variável
 = 3,1416....
e = 2,7182...
Controlo Estatístico do Processo
Distribuições Estatísticas

0,003% 99,994% 0,003%


0,135% 99,73% 0,135%
95,44%
68,26%

-1S +1S
- 2S + 2S
- 3S + 3S

- 4S + 4S

Controlo Estatístico do Processo
Distribuições Estatísticas

A função cumulativa é dada por:


x 1  x−  2
1 −  
P( X  x) = F ( x) = s e 2 s 

− 2
Distribuição Normal Reduzida

Para facilitar o cálculo adopta-se, em vez de X, a variável reduzida


x−
Z=
s
A função densidade passa ser dada por:

z2
1 −
f (Z ) = e 2

2
Controlo Estatístico do Processo
Distribuições Estatísticas

A distribuição Normal Reduzida de média zero e desvio padrão unitário,


encontra-se tabelada e é extremamente útil em controlo estatístico do
processo.
Y

Z → N (0;1)

O valor de Z será o numero S=1

de desvio padrões que X está


afastado da média Z=0

Calculando Z e utilizando os valores da tabela podemos conhecer a área


entre duas ordenadas.
Controlo Estatístico do Processo
Distribuições Estatísticas
Exemplo
O peso dos sacos de determinado produto que saí de uma fábrica é
normalmente distribuído de valor médio 70 Kg e desvio padrão 5 Kg, pretende-
se determinar a percentagem de sacos cujo peso :
a) é inferior a 67 Kg.

?
Z → N (__; __ __ )
67 70
A percentagem de sacos cujo peso é inferior a 67 Kg vai ser dada pela probabilidade
da variável X ser inferior a 67

X−X ___− ___


Z= = = − ____
 ____
 ___− ___ 
P( X  __ ) = P Z   = P(Z  ___) =  (___) = ___ −> ____%
 ___ 
Controlo Estatístico do Processo
Distribuições Estatísticas

b) é superior a 78 Kg. ?

70 78
 __ − __ 
P( X  __ ) = 1 − P Z   = 1 − P (Z  __ ) = 1 −  (__) = 1 − ____ =
 __ 
_____ −  ____ % ?
c) é superior a 68 Kg e inferior
a 80.
68 70 80

 __ − __   __ − __ 
P(__  X  __ ) = P( X  __) − P( X  __) = P Z   − P Z   =
 __   __ 
= P( Z  __) − P(Z  − ___) =  (_) −  (___) = _____− ____ = ____ -> ____%
Controlo Estatístico do Processo
Distribuições Estatísticas

Teste à Normalidade – Recta de Henry


Transforma a curva Normal numa linha recta, se a distribuição é Normal.

Em abcissas as probabilidades de ocorrência .

A “marcação” da recta faz-se pelos pontos extremos, e recta deverá passar pelos
pontos centrais onde a concentração da população é mais forte.

Com a recta de Henry podemos também calcular:


• A média
•Desvio padrão
•Determinar indíces de capacidade
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

Anos 20, Walter Schewart , fez a distinção entre variação controlada e


variação não controlada.

Variação Controlada – Estamos apenas na presença de causas comuns

Variação não Controlada – Estamos na presença de causa comuns +


causa especiais

Desenvolveu uma técnica simples de separar dinamicamente as duas


variações – Cartas de Controlo

As cartas de Controlo podem ser por variáveis contínuas ou por atributos


Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

As principais vantagens da utilização das cartas de controlo são:


•Facilidade de utilização das cartas pelo operador no seu posto de trabalho
•Consistência e previsão da qualidade e custos
•Menor custos por unidades produzida
•Utilização de uma linguagem comum
•Distinção entre causas comuns e causas especiais

Condições para o êxito na implantação das Cartas de Controlo:


•- criar um ambiente de trabalho propício para actuar;
•- definir o processo;
•- determinar as características a serem controladas;
•- definir o sistema de medição adequado;
•- minimizar a variação desnecessária;
•- ter em atenção o tipo de variável a controlar (qualitativa ou mensurável).
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

0,003% 99,994% 0,003%


0,135% 99,73% 0,135%
95,44%
68,26%

-1S +1S
- 2S + 2S
- 3S + 3S

- 4S + 4S

10 horas

9 horas

A média e a dispersão variam


ao longo
do tempo

8 horas

7 horas
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

Assim os limites de controlo tal como foram definidos por Shewart são:

x
LSC = x + 3*
n
x
LIC = x - 3*
n
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

Definição dos Limites de Controlo


É comum fixar-se os limites de controlo considerando três vezes o desvio
padrão da população.
A escolaha dos limites a 3 vezes o desvio padrão é consequência de uma
análise económica.
Desta forma é possível detectar uma alteração ao controlo do processo
Teorema do Limite Central:
“Suponhamos x1,...., xn são n observações de uma população com média  e

variância ², e x a média da amostra. Então, a média, a variância e o desvio


padrão de x são:

 2

E( x) =  ; V( x) = ; D( x) =
n n
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

CARTA DE CONTROLO DE VARIÁVEIS ( X ,R) PEÇA N.º CARTA N.º

NOME DA PEÇA (PRODUTO) OPERAÇÃO (PROCESSO) ESPECIFICAÇÃO

OPERADOR MÁQUINA APARELHO DE MEDIDA UNIDADES DE MEDIDA

DATA
HORA

1
VALORES 2
3
MEDIDOS 4
5
MÉDIA X
VARIAÇÃO R
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
LSCX =
MÉDIAS

X=
LICX =
VARIAÇÃO
LSCR
= R
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

Considerações na Construção de uma Carta X − R

i. Selecção das Variáveis – Deve ser mensurável e expressa num valor


numérico (peso, altura, amplitude,dureza,tensão, etc). A distribuição da
variável na população deverá ser normal.
ii. Dimensão e Frequência da Amostra – É normalmente igual a 5. Quanto à
frequência não deve ultrpassar periodos de 1 hora.
iii. Nº de subgrupos – Para obter uma boa estimação da localização da
dispersão e da localização, o nº deverá ser maior ou igual a 20 (
normalmente é 25).
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

Etapas para a Implantação das Cartas de Média e Amplitude


1º Etapa – Recolha de Dados
a)Na parte superior do gráfico regista-se para cada amostragem: Data e hora de
amostragem.
b) Cáculo da média ( X ) e amplitude ( R ) para cada amostra

X =
 x i
R = x max − x min
n
2ª Etapa – Cálculo dos limites de Controlo
a) Estimação da média e do desvio padrão

O estimador das Médias é a Média das Médias ( X )


A estimação do desvio padrão é dado por: R
s=
d2
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

N 2 3 4 5 6 7 8 9 10

D2 1.128 1.693 2.059 2.326 2.534 2.704 2.847 2.970 3.078

Se s é uma estimação do desvio padrão da distribuição de valores individuais,


de acordo com o teorema do limite central a estimação do desvio padrão da
distribuição de médias é:

s R
sx = sx =
n d2 n
b) Cálculo dos limites de Controlo

LSC = X + 3 x LIC = X − 3 x
3 3
LSC = X + R LSC = X − R
d2 n d2 n
LSC = X + A2 R LSC = X − A2 R
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

n 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A2 1,880 1.023 0.729 0.483 0.419 0.373 0.337 0.337 0.308

Para o gráfico das Amplitudes

LSC = D4 R LSC = D3 R

N 2 3 4 5 6 7 8 9 10

D4 3.267 2.574 2.282 2.114 2.004 1.924 1.864 1.816 1.777

D3 0 0 0 0 0 0.076 0.136 0.184 0.23


Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

3ª Etapa – Traçar as linhas correspondentes aos valores calculadso da :


-Média das Médias
-Média das amplitudes
-Limite Superior e Inferior de controlo da Média
- Limite Superior e Inferior de controlo da Amplitude

4ª Etapa – Marcar os pontos nos gráficos das Médias e Amplitudes,


correspondentes às amostragens.

Médias
Carta de Controlo das Médias Carta de Controlo da Amplitude
2,80
Amplitude
0,80 LSC
LSC
2,60 0,60

X 0,40
R
2,40
0,20

2,20
LIC 0,00 LIC
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
nº amostra nº amostra
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

Valores
observad
os
N.º da
n1 n2 n3 n4 X R
amostra
1 2,35 2,30 2,57 2,55 X = (x 1 + x 2 + x 3 + x 4 )
4
2 2,55 2,35 2,48 2,75

3 2,47 2,25 2,45 2,50

4 2,40 2,37 2,65 3,00


R = Xmax − Xmin
5 2,85 2,55 2,65 2,75

6 2,50 2,63 2,35 2,40

7 2,35 2,65 2,50 2,25

8 2,30 2,60 2,25 2,45

9 2,35 2,69 2,50 2,72

10 2,20 2,05 2,35 2,38

11 2,30 2,45 2,45 2,40

12 2,20 2,52 2,55 2,47

13 2,52 2,25 2,55 2,30


Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

X = (x1 + x2 + x3 + x 4 + ... + x13 )


13
X = (____+ ____+ ____+ ____+ ... + ____) = ____
___

R = (r1 + r2 + r3 + r4 + ... + r13 ) N=______


13 A2=______
R = (___+ ____+ ____+ ____+ ... + ____) = _____
___

LSC = X + A2 .R LSC = ____+ _____ ____ = _____

LIC = X − A2 .R LIC = ____− _____ ____ = _____


Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

LSC = D4 .R = _____*____ = ____ N=_____


D4=_____
LSC = D3 .R = _____*____ = ____
D5=_____
Controlo Estatístico do Processo
Cartas de Controlo por Variáveis Contínuas

Limites de Controlo
Recalcular Limites de Controlo
•No estudo inicial, quando estamos na presença de causas especiais de variação
•Deve-se excluir os pontos fora de controlo e recalcular os limites, após
eliminação das causas que deram origem ao descontrolo.
•Se forem muitos pontos, deve-se recorreer a um novo estudo. Nova série de
amostragens.
•Quando retiramos um valor de um subgrupo, o valor correspondente no outro
gráfico deve ser retirado.
Extensão dos Limites de Controlo para o Controlo Contínuo
•Qd os dados iniciais são consistentes, estender os limites para cobrir períodos
futuros.
•Se, no entanto, houver evidência que a média ou a amplitude do processo tenha
mudado (em uma ou outra direcção), as causas deveriam ser determinada e, se a
mudança é justificável, os limites de controlo ser recalculados baseados no
desempenho actual.
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Capacidade do Processo

As cartas de controlo mostram se o processo está ou não sob controlo


estatístico. No entanto é também necessário saber se este tem capacidade
de produzir de acordo com as especificações estabelecidas para o
produto.
Um estudo de capacidade consiste na comparação entre o comportamento do processo e a
respectiva especificação. Isto só pode ser feito se o processo estiver sob controlo estatístico,
isto é, apenas sujeito a causas comuns de variação
Para melhorar a capacidade do processo (e assim o desempenho), devemos
concentrarmo-nos em reduzir as causas comuns.Tal normalmente requer acções de
gestão para correcção do sitema.
Capacidade Potencial do Processo
Faz a avaliação de como o processo é capaz de produzir de acordo com as especificações
em termos de dispersão.
Compara a amplitude toatal da especificação para uma determinada característica, com a
dispersão total do processo.
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Capacidade do Processo

Através do estudo potencial do processo podemos ficar de imediato com a


noção se o processo é ou não possível de fabricar dentro dos valores que são
especificados. LIE LSE
Índice de Potencial do Processo(CP) X

O índice é dado pela seguinte expressão:


Amplitude = LSE − LIE
Cp = 6S
6 6 Amplitude da Especificação
Quando fazemos esta relação um dos três valores é possível obter:
- A relação é inferior à unidade
- A relação é igual à unidade
- A relação é superior à unidade
1) Cp<1
Nesta situação podemos concluir que o processo está a produzir fora da
especificação
Distinguir Cp de um Cpk
LIE LSE
Cp - Indíce Potencial Processo

Amplitude LSE − LIE


Cp = =
6 6 +3
-3 X
Amplitude da Especificação

Cpk - Indíce Capacidade do Processo


LIE LSE
X -LIE
LSE - X
 X − LIE LSE − X 
Cpk= min  , 
 3 3 
-3 +3
X
T

Um processo é capaz quando Cp e Cpk é superior a 1,33


Relação entre Cp e Cpk

1) Alto Cp e baixo Cpk 2) Baixo Cp e baixo Cpk 3) Alto Cp e alto CpK

Mau Cp Bom
Processo não Processo não
capaz capaz
Mau Ajuste ou A média
alteração precisa de ser
Ferramenta ajustada
CpK
Processo
capaz
Não é
Bom possível
e bem
ajustado
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Capacidade do Processo

2)Cp=1
Nesta situação a amplitude da especificação e a dispersão do processo estão
coincidentes. Este tipo de situação não é aconselhável, pois qualquer pequena
variação no processo fará com que se começe a produzir fora de
especificação.
3) Cp>1
Nesta situação a amplitude da especificação é superior à dispersão do
processo, logo, pode-se concluir que “tudo” o que se produz está dentro da
especificação.
Capacidade do Processo
Faz a avaliação de como o processo é capaz de produzir de acordo com as especificações, em
termos de dispersão e localização.
O índice de capacidade do processo é dado pelo menor valor obtido entre as duas expressões
seguintes:
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Capacidade do Processo

 X − LIE LSE − X 
Cpk= min  , 
 3 3 
sendo  = desvio padrão estimado da população

R
= sendo d2 uma constante que depende do tamanho da amostra
d2
= Variação Inerente ao Processo – Variação do processo devido somente às causas comuns.
Esta variação pode ser estimada das cartas de controlo
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Capacidade do Processo

Após o cálculo de Cpk podemos obter 3 situações diferentes descritas nas figuras seguintes:

LIE LSE
X
Cpk > 1,33
Processo dentro
das especificações.
Processo capaz

LIE LSE

X Cpk = 1
Processo
coincidente com a
especificação

LIE LSE

Cpk < 1,33


Processo
fora de
especificaçã
o
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Capacidade do Processo
LIE X -LIE LSE

LSE -X

-3 -3
A capacidade do Processo, só pode ser determinada pela aplicação de
cartas de controlo e por processamento de dados, como a seguir se indica:
•- Recolha de dados
•- Elaboração das cartas de controlo
•- Cálculo dos limites de controlo respeitantes ao funcionamento do
processo
•- Avaliação e confirmação da estabilidade do processo
•- Cálculo dos índices
Na eventualidade de não se poder demonstrar a estabilidade(ausência de
causas especiais), não se permite o cálculo dos índices.
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Capacidade do Processo

Relação Cpk com índice de falhas (ppm)

CpK PPM
1,0 1500-3000
1,33 32-64

1,66 0,3-0,6

Desempenho de um Processo, Pp, Ppk


A diferença entre os índices de desempenho de um processo (Pp,Ppk) e os de
capacidade do processo (Cp,Cpk) vem do facto que no primeiro o processo está
fora de controlo estatístico (presença de causa especiais) e no segundo o
processo está em controlo estatístico (só existem causas comuns).
Esta diferença é traduzida pelo modo de cálculo da variação do processo. Em
baixo seguem definições que ajudam a compreender as diferenças.
 = Variação Inerente ao Processo – Variação do processo devido somente às
causas comuns. Esta variação pode ser estimada das cartas de controlo.
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Capacidade do Processo

s = Variação Total ao Processo – Esta variação é devida tanto às causa


comuns e às causas especiais. Esta variação é estimada pelo cálculo do desvio
padrão das amostras, usando todas as medidas individuais registadas numa
carta de controlo. A expressão
é:
n
( xi − x) 2

s= = s

i =1 n −1
x
em que: - leituras individuais ;
i x - média das leituras individuais ; n= nº total de
leituras individuais

Índices de Desempenho
Pp: é o índice de desempenho que é definido amplitude da especificação dividida por 6 :
s

Pp =
LSE − LIE
6 s
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Capacidade do Processo

Pp : é o índice de desempenho que entra em conta com a centragem do processo dividida por
6s: É definida como o mínimo de

 X − LIE LSE − X 
 , 
 3 s 3 s 
Os índices de desempenho servem para verificar se o meu processo mesmo sendo instável é ou
não capaz. Logo a condição de capacidade é: Ppk>1,33.
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Reprodutibilidade e Repetibilidade

Variabilidade Total = Variabilidade do Produto + Variabilidade da medição

Método da Média e Amplitude para o cálculo da Repetitividade e


Reprodutibilidade (R&R)

Repetitibidade – Variação das medições obtidas pelo mesmo operador, usando o


mesmo equipamento, quando faz várias medições da mesma característica na
mesma unidade.
Se a Repetitividade é grande comparada com a Reprodutibilidade, as causas
podem ser :
•O instrumento de medição (dispositivo de medição) necessita de manutenção
• O instrumento deveria ser mais robusto
• A localização do instrumento para a medição necessita de ser melhorado.
Controlo Estatístico do Processo
Estudos de Reprodutibilidade e Repetibilidade

Reprodutibildade – Variação na média das medições feita por vários operadores


que usam o mesmo equipamento para medir as mesmas características nas
mesmas unidades do produto.
Se a reprodutibilidade é grande comparada com a repetitividade, as causa podem
ser:
•Formação ao operador como usar e ler o instrumento de medição
•Um dispositivo pode ser necessário para ajudar o operador a usar o instrumento
de medida mais consistentemente
Controlo Estatístico do Processo
Cartas por Atributos

Os atributos são utilizados sempre que é difícil, ou impossível, medir a


característica da qualidade.
Geralmente são consideradas quatro tipo de cartas de controlo por atributos
agrupadas em famílias:
Cartas do número de peças não conformes:
a) a) Carta “p” para proporções de peças não conforme
b) b) Carta “np” para o número de peças não conformes
Cartas do número de não conformidades
a) Carta “u” para o número de não conformidade por unidade
b) Carta “c” para o nº de não conformidades constatadas
Controlo Estatístico do Processo
Cartas por Atributos
Cartas de Controlo para proporções de peças não conformes (p)
A carta tipo p utiliza-se para o controlo de percentagem de unidades não
conformes ou defeituosas
Neste tipo de carta a dimensão da amostra pode ser constante ou não, podendo
esta variar entre 50 a 200, ou até mais unidades. Escolhe-se n por forma a que :
np0 > 5 em que p0 é estimativa da proporção de produtos não conformes.
A dimensão da amostra pode variar porém, para simplificar o cálculo dos limites , é
recomendável que a variação da dimensão da amostra não ultrapasse 25% do
valor nominal estabelecido.

np em que np – nº de unidades não conformes na amostra e


p= n – dimensão da amostra
n
p = Nº total de unidades não conformes observadas
Nº total de unidades observadas

p(1 − p) p(1 − p)
LSC = p + 3  LIC = p − 3 
n n
Controlo Estatístico do Processo
Cartas por Atributos

Cartas de Controlo “np” do número de peças não conformes (np)


A carta de controlo np pode ser utilizada sempre que o processo de fabrico
delimita um dado número de produtos. É o caso da produção por lote.

Nº total de unidades não conformes observadas


np =
Nº total de subgrupos

np(1 − np) np(1 − np)


LSC = np + 3  LIC = np − 3 
n n
Controlo Estatístico do Processo
Cartas por Atributos

Cartas de Controlo de controlo para o nº de não conformidades ( c)


As etapas a percorrer para implantar uma carta “c” são idênticas às referidas para
a implantação da carta “p”.
Tal como na carta “p”, para calcular os limites de controlo começa-se por eliminar
todas as causas especiais de variação identificadas. Após a estabilização do
processo e recolha de 25 amostras calculam-se os limites de controlo.

1)O nº médio de defeitos por unidade:

c= Nº total de defeitos observados


Nº total de subgrupos

2) LSC = c + 3 c LIC = c − 3 c
Controlo Estatístico do Processo
Cartas por Atributos

Cartas de controlo para o número de defeitos por unidades (u)


A carta “u” mede o número de não conformidade, ou defeitos, por unidade
controlada. A dimensão da amostra pode variar de amostragem para
amostragem.

1)Número de defeitos por unidade e por amostra:


ci
ui =
ni
u= Nº total de defeitos observados
Nº total de unidades observada

u u
LSC = u + 3 LIC = u − 3
n n

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