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JrJ^H
•
TRATADO DA GRAVURA.
TRATADO DA GRAVURA
A
ABRAHAM BOSSE
G R A V A D O R REGIO.
M O V A E D I Ç Ã O
TRADUZIDA DO FRANCEZ
DEBAIXO DOS AUSPÍCIOS E ORDEM
D E
SUA A L T E Z A R E A L ,
o PRÍNCIPE REGENTE,
N O S S O S E N H O R ,
POR
JOSÉ JOAQUIM VIEGAS MENEZES
FRESBITERO JMÁRrANKfiNSE.
L I S B O A .
K A TYPOGRAPHIA CHALCOGHAPTIICA , TYPOr^ASTICA,
E E 1 T T E R A R I A DO .ARCO DO CF.GQ.
M . DCCCI.
SENHOR
De V A. R.
SENHOR
MO-
MODO D E G R A V A Pc
A
Á G U A F O R T E , E A B U R I L.
PRIMEIRA P A R T E
D A G R A V U R A A V E « N I Z DL' K O.
I N T R O D U C C A Ô .
só s e i v e paia o verniz m o l e , e n a ô p a i a o ü u i o ,
poi q u e o d i s o h e.
A o u u a , q u e h e s o m e n t e f e r v i d a , s e r v e igual-
m e n t e p a i a a m b a s as soiteS de verniz , por isso
m e s m o , q u e o*, n ó dissolve.
N e s t e 1'r.itado . v u l mais e x t e n s o sobre o mo-
d o de g r a v u r a verniz d u r o q u e a vei niz mole , por-
q u e o p r i m e i r o m e p a r e c e digno de p r e f e r e n c i a ;
c«*m t u d o , dai ei t. rnbem o m o d o de gravar a ver-
niz mole q u e prova b e m e m niuia.s o c c a s i ó e s ,
c o m o depois se v e i a ; por qur.nto a m i n h a tençaõ
n e s t a o b i a he e x p o r ã o Publi» o os m e i o s , de que
m e sirvo para g r a v a r , c o m o e m talho d o c e , por meio
da. água i b i i e .
Obser ruiaõ.
Mo-
A AGUA F O R T E , E A BURIL.
Observação.
Meio
A AGUA F O R T E E A BURIL.
3/o-
A ACUA. FORTE E A BURIL. I3
( Estamp. 1. )
Observação.
gro h e , t o m a r h u m p e d a ç o de a r c h o t e , ou rolo
d o b i a d o , c o m o a c i m a d i c e , e tendo-o f.ceso , a p -
p b c a r sobre a sua c h a m a a face e n v e i n i z a d a d a c h a •
pa , e n c o s t a n d o á p a r e d e h u m dos seus c a n t o s , c o -
r r o m o s t i a a figura inferior da E s t a m p a 1. t e n d o
cuidado em que os dedos , q u e a seguraõ , n a ô
t o q u e m o v e r n i z , o q u e a p p l i c a n d o a luz á c h a p a ,
seja s e m p r e de m o d o , q u e o m c r r a õ a naõ t o q u e ;
e assim se hirá a p p l i c a n d o por toda a e x t e n ç a õ d o
v e r n i z , a t é q u e ciie fique bem n e g r o , a t i ç a n d o - a
d e t e m p o s e m t e m p o s , para q u e pussa e x p e d i i m e -
lhor o fumo.
F e i t o isto , h e p r e c i s o c o z e r , o u seecnr o di>o
v e r n i z , c o m o vou a d i z e r ; e e n t r e t a n t o h e preciso
t e r a c h a p a assim e n v e n i i s a d a de m o d o , q u e l h e
n a õ Cuia p o e i r a .
Mo-
i6 M O D O D E G R A V A R
&
( Estampa 2.)
1 1 F, p r e c i s o a c e n d e r h u m a g r a n d e q u a n t i d a d e de
n u voei , q u e n a ô e s t a l e m a o q u e i m a r , se for pos-
sível e p r e p a r a r h u m fogareiro c h a t o , e da forma
d i m e s m a c h a p a , p o r é a i d e m a i o r e x t e n ç a õ , para
a por e m c i m a .
Esta íigurn m o s t r a , c o m o se p ô d e fazer isto era
h u m fogaó c o m h u m a t r e m p e para s u p p o r t a r a c h a -
p a ; e a n t e s d e a pôr abi s e i á bom atar ao a l t o ,
c í t m o B C D , h u m l e n ç o l i m p o , ou cousa s e m e l h a n -
t e es endida sobre o fogo , para i m p e d i r , q u e lhe
caia da c h n n i n é algum si^-co.
E u direi a m a n e i r a de p r e p a r a r o f o g a r e i r o ,
p o r q u e ella he d e c o n s e q ü ê n c i a , naõ o b s t a n t e q u e ,
bem e x p l i c a ç ã o , a sua figura possa dar a intelli-
gencia.
Pri n e i r a m e n t e e s t a n d o a c c e s o o carvaô de sor-
t e . q u e n iô laça c h a m a , n e m est.de m a i s , he pre-
c i s o arr n j d h ) d e huin.i fur.ua s e m e l h a n t e á da clia-
p.» , p o i é m c o m t u d o m a i o r q u a t i o d e d o s , pouco
m a i s ou m e n o s e m toda .1 e x t e n ç a õ , ou de cadi
l a d o , p o n l o mais Liazas nas extremidade.» , c mui-
t o p o u c a s 110 m e i o .
l'.s r ; u d o pois a-sim di pos*o o fogo , .ncenta-se a
í h a o t ( ) t om as c o :.:•% s o i n e a U e m p e bem nomeio
th» Io u e i . o c o m o t 111 P , e lendo-a conservado
nhi por e |> « o de d o u s m i n u t o s , pouco mais ou
j n e i i " s |ti 111 ;> b n e n e nu i n v e r n o , se verá que eu*
l i a .1 I m .-i t r i a o ; e IIIIÍTIIM se vir que esie bi-
l u o oe Ciuiiiiuc , lira-sc .1 c-i ».[ a d e ci.ua do io^o,
e
A ÁGUA. F O R T E E A B U R I L . 17
e com h u m p e q u e n o p e d a ç o de páo d u r o e p o n t u -
<lo toca-se h u m a borda sobre o verniz , e se elle
Ja< .'ibuente o í e v . o i t a r , a c h o r l o - o ainda mole , h e
p r e c i s o [>ôr o u t r a vez a c h a p a s o b i e o f o g o , c o m o
estava ; u derx ndo-a ainda abi p>r íium p o u c o , t o -
ca-se d e n o v o com o páosinho , e &e elle naõ tirar
o verniz sem se fazer força , d e v e - s e tirar logo a
c h a p a d é c i m a do fogo e deixalla e.-diiar. Se o ver-
niz posem lesiste m u i t o ao páo , he p r e c i s o l a n ç a r
a g u a poi d e t r a z da chapa , p ra a fazer e fiiar p r o u t -
p t a i n e n t e , t e m e n d o , que o seu calor e n d u r e ç a m u i -
to o verniz e o o u e i m e .
1
Mo-
;8 M O D O " B G R A V A R.
"••A
C 2 For-
20 M O D • » B G » A V A R
•s.r - . <.*;
s o b r e o c o b r e e o verniz ; p o r q u e m o s e n d o a s -
í.im , b e m se vé , q u e ellns n i õ correi úô s e m p r e do
m e s m o m o d o sobre o veiniz e seiá diffieultoso
c o n d u z i d a s á v o n t a d e : q u i n t o ás c b o p a s q u e sei
d e s t i n a õ para grossos talhos u i ó se lhes d e v e fa-
zer m u i t o c o m p r i d o o oval ou face oblíqua.
Se , depois de ter t r a b a l h a d o h u m p o u c o s o -
b r e a chapa , se s e n t e , q u e as pontas , ou c b o p a s
n a ô c o r t a ó l i m p a m e n t e , he p o r q u e a t e m p e r a das
a g u l h a s naõ presta p a r a esta obra e n a õ se c o n t i -
n u e m is a usar dellas , p o r q u e seria preciso a m o -
laljas a cada talho , q u e se fizesse.
B e s t a dizer o m o d o de «aguçar o p o n t e i r o d e
e s t a i s i r para c o n t r a t u a l - os d e s e n h o s s o b i e o vei niz..
Torna-se h u m a das p o n t a s m e a n s , e a m o l a - s e
na p e d i a de afiar c o m h u m tal geito , q u e ella pos-
sa ao depois c o i r e r para tod ;s as partes no p a p e l ,
sem o e s f a r p a r ; por q u a n t o , se ficar m u i t o potrtu-
da , vindo a voltar de h u m a ou de o u t r a p a r t e s o -
b r e o p a p e l , s e g u n d o os c o n t o r n o s , q u e c o m p õ e m
o d e s e n h o , ella naõ deixaria de o e s f a r p a r ; e he a
razaõ p o r q u e se d e v e amolar de sorte q u e ella fique
h u m p o u c o r o m b a , e polida , para c o r r e r livie e>
d o c e m e n t e , sem r o m p e r , n e m e s f u p . t r o p a p e i
q u a n d o for mais c a r r e g a d a .
E u faço ver t a m b é m na figura inferior d e s t a
e s t a m p a a forma de h u m grosso p i n c e l A feito d e
pello de g r i s , q u e se d e v e ter servindo c o m o d e
escova para tirar de cima o v e i n i z , que dtdlo s-.ir ,
q u a n d o se g r a v a , e m e s m o o pó que lhe tiver c a -
b i d o em cima ; isío se pôde fazei l a m b e m com a
barba ou pluma de h u m a p e n a , p o r é m a c h o m o l h o s
h u m semulluuua; piuceL
Mo-
2â M ò s o DE G R A T A *
$ % >;
Meio
a4 : M O D O DE G R A V A »
& — - &
Mo-.
A AGUA F O R T E E A BURIL. a5
- ''•*£
D Ob-
a6 M O D O DE G R A V A R
Observação.
Mo*
x AGUA F O R T E E A BURIL. £7
'.'1%; Vi- í«
. rr. _?«*. .•<•..
( Estampa 4. )
M&~
3e M O D O D E G R A V A R
( Estampa 5. )
Mo-
34 M O D O D E G R A V A R
Ma-
A ÀGÚA-FORTM fi A B%R?JU fy
m m T.—-*&
C Estampa 6. )
On
A ÀG*A FORTE E A BURÍL. 3o,
C Estampa y, e 8.)
-w
jl/czo J<? que usava Mr. le Clerc para applicar a sua
agua Jbrte.
( Estampa 9.)
Mo-
3$ MònOíffK G R A v AR
J i i S c o l h e - s e h u m c a r v a ô de salgueiro b e m m a c i o ,
e s e n o queimar se l h e tira a c a s c a ; molhando-»
d e p o i s e m a g u a liiripa , e m e s m o d e i t a n d o na cha-
p a a l g u m a s g o t a i , se esfrega c o m o carvaô sobre
o v e r n i z , s e m p r e e m h u m l o e e m o s e n t i d o , come
q u a n d o se pule o c o b r e e isto faiá sahir o verniz.
Haja n u b l o c u i d a d o em q u e üie naõ caia entaõ al-
g u m a a r e i a , e q u e o carvaô nr õ tenha algum n ó ;
p o i q u e f i i i a riscos e mossas na c h a p a , que seria
b e m difíicuboso tirar , p r i n c i p a l m e n t e nos toques
b r a n d o s , e n o ; l o n g e s ; pelo q u e naô se deve usar
d o c a r v a ô q u e tiver 'Servido para pnlir, porque a
pagai ia estes t r a ç o s ; n e m tao pouco do que naô for
r e q u e i m a d o , p o r q u e m u i t o pouca ou nenhuma mor-
d i c a ç a õ faz sobre o c o b r e .
T i r a d o o v e r n i z , fica a c h a p a de huma còr d e -
s a g r a d á v e l por ( a u s a do fogo e da agua , que tem
o b r a d o s o b i e ella ; e fiara dar ao cobre a sua còr
o r d i n á r i a , t o m a - s e a agua forte , da que usaô os
J i e í i n a d o r e s e O u r i v e s , e ainda muitos Gravadores,
q u e t r a b d h i õ e m verniz m o l e ( de que tratarei de-
pois ) e ajunta-se se ella h e pura com os dous
t e r ç o s de agua c o m m u m ou mais ; toma-se depois
h u m p e d a c i n h o de p a n o , .,molha,ndo-0 nesta agua
m i s t u r a d a , e^frega-se com elle toda a superfície da
c h a p a , e logo se vota q u e ella se t o m a bella , e
l i m p a , e de còr o r d í n a i i a do c o b r e . Enxugando-a
e n t a õ prompt u n e n t e com h u m p a n o d e d i l h o s e c c o ,
d e sorte q u e lhe naô fique p o r ç a ó a l g u m a da agua,
faz-se a q u e c e r h u m i n s t a n t e , e d e i t a n d o - l h e hum
p o u c o d e a z e i t e , esfrega-se c o m h u m retalho de
cha-
A AGUA FORTE E A BURIL. 47
UOt
MODO DE GRAVAR
A
A G U A F O R T E , E A B U R I L .
SEGUNDA PARTE
DA GRAVURA A VERNIZ MOLE.
T o m a - s e h u m a o n ç a d e c e r a virgem ; meia<
ca d j alm '."g.t e maia o n ç a de espalto palciii
ou (b: ;air!jir Fizi-sc- s e p a r a d a m e n t e a almecega
e s p a h o ; lança-se p o u c o a p o u c o d e s t e pó na cei
q u e já c i t a r á ao ío^o d e r r e t i d a •• n bu.n vaso
d r a d o e n o v o , m e c h e n d o s e m p r e , a t é que tudo es*
tej i b e m m í s t u r r d o . e n e s t e e - í ' d o se despeja em
a g u a l i m p a , p i r a formar In: n i oll i q u e se guafr
d a r á para s e r v i r , q u a n d o for pna?i»o. Aqui se deve
a d v e r t i r três cousa ; : 1. naõ . p i e u i a r muito a^lia-
p t , q u a n d o se quiz.--r e n v e i n i . r . d h ; 2. appucàt-lhè
a m e n o r q u a n t i d a d e possivi v d d- primeiro vernw,
n fim de se Iho p o d e r ao d e p o i s dar o verniz hflL*
c o por c i m a , s e m fazer g r o s s u r a c o n s i d e r a * » ^ *
n a ô e n e g r e c e r «este v e r n i z c o m o fumo , tètH*.
se hrz ao verniz ordiu rio 'nas a n t e s , dei*lfc»
d o - o esfriar ., HIOOAC m.".->; m u i t o b e m h u m pouoeel
ah-aiade li rio , d e « m a n c h a - * e e s t e pó em AguA ga-
mada q u e n 'õ li pie m u b o osposs.i , e depõtt
c o m hum pincel se pa-s i i, u d m e n r e por t o d a * * *
peiíi. (o d.i c h a p a r n v ^ r i u / a d a b u n i a cama destt
apuada, D e s t e m o d o e u v e : ni.-.ava E i m b r a n t «s soU
chapas.
í
HA . / • • , . , .
mo/t tirado d,- /?•>,•// mamtsc, riptb*
( t i / / , ) / .
VIII
A AGUA FORTE E A BURIL* 53
Mo-
Modo de applicar à chapa o verniz mole.
m w.
Modo de enegrecer o verniz mole.
Mo:
A AGUA. F O R T E E A BURIL. 5J
, - , , i „ a,,ni m e f t e n d o entre
p a r t e d e s e n h a d a sobre a c h a p r , ui<- O _o w
i r ., ,i-, n liii-n D i p r u n o , estieça-
a m b o s , c o . n o lica d u o , n u n |J H> * o
i ^ r^A ,1,» l i m s v e r m e l n o : calca-
do no r e v e r s o co n o po <10 iapi-> » -
se c l q o i s c o m o estilete o , t r a ç o s d o d e s e n h o as.
MM. v o l t u l o em s e n t i d o c o i r r a t m p i r a q u e a final
a e s t a m p a s u a no senti Io d o seu original.
Para gr.nmr a rv(mlho , q u a n d o o desenho foi
c a l c i d ) n i c l n p i e m s e n t i d o o p p o s t o , deve o Gra-
v a d o r ter d: in:-; de -i hu n e s p a l h o e apresentar-
lhe o orig. n l d- m o d o q u e o possi ver direitamen-
te na mi!an i e . p e ü i ? ; e. i u c l i n m d o mais ou menos
q u a l q u e r delle-» p ra h u m a ou outra parte pira que
l i i r n a p u i h e i m dlior l u z , e o u t r o reluta coinmo*
d a m ri;e veia i-ataô no e s p e l h o o original era sen-
tid ) o p p o . l o e ( o : e q u i i d e u t e ao calco , que ti-
v e r feito sobre a eli-ipi. Isto o r d i n a r i i m e n t e só se
pr.itic i g r a v a n d o em p e q u e n o ; p a r q u e seria muito
í n c o m m o d o , q u a n d o se houvesse de gravar huma
chapa grande.
Da q u . i b p i i r m o d o q u e seji he preciso sem-
p r e q u e .se tiver cale ido h u m d e s e n h o sobre o ver-
n i z , fizello se pin 1 • v ;z d-rrreter p a r i se n a j apa-
g a r e m os traços do c a l c o , o q u e se fará aquecendo
a c h a p a c o m p i p e l q u e se lhe q u e i m a por baixo,
e mu 1.indo a s e m p r e d ' po-braõ para tpie se naõ
e s q u e n t e mais em l u r a i q u e e m outra p i r t e , e o
verniz se naô q u e i m e , r e t i r a m ! » a chapa a esfriar,
logo q u e estiver i g u a l m e n t e d e r r e t i d o .
l'an verniz m o l e se t r i b l l h . i c o m as mesmas
p o n t v i d q u e falei t r a t a n d o do verniz d u r o , á
e x c e p r i õ das c h o p a s , de q u e m n i r o s se naô podem
servir p r r a o verniz m o l e , b>m q i e e l l i s sej ;ó com
tudo muito o o m m o d r s p i i i n i p a h n e i i t e p i r a gravar
arvhiteeruras. F i e i ú escolha dos G r a v a d o r e s o ser-
vir» m - e d-lfis ou n.iõ , c o n f o r m e lhes p a r e c e r mais
coinniodo.
Ob-
A AGUA FORTE E A BURIL. 6i
t o m , q u e sirva , c o m o de e s p a n a d o r , para l i m p a r
a c b q i i do v e r n i z , (pie for Subindo ; s e n d o piesen*
te a doarada attencaõ q u e he precisa para c o n -
s e r v a r o verniz mole a i c s p e i t o do d u r o ; m o t i v o ,
p o r q u e i\]r. bosse a b a n d o n o u a q i n l l e e s p e c i a l m e n t e
p a i a obras d e Jon.^o t r a b a l h o ; a l é m d e q u e os Lra-
c o s bole.idos se J a / e m mais l i v r e m e n t e e m veiniz
• . . .
d u r o , pois q u e a sua m e s m a c o n s i s t ê n c i a resis-
t i n d o a l g u m t a n t o á ponta t z q u e esta c o n v e n h a
n a direcc.iô q u e com p r o p o r c i o n a d a l o i c a H e dá
o G r a / . i d o r ; ficando .assim os seus iracos mais fran-
c a m e n t e p u x a d o s , e mais s e m e l h a n t e s n a iur.peza
aos do buril.
E v i t a r - s e ha q u a n t o for possivel , q u e pessoa
a l g u m a t o q u e na c h a p a e n v t i nizad.i , e m u i t o mais
n a õ s e n d o da profissão : o a z e i t e , a m a n t e i g a e outras
c o u s a s gordui os as d e v e r ã o tambt-m t tf, s t a i - s e da ciia.
p i, para q u e alguma delbis lhe n a o c a i a ; p o r q u e em tal
c a s o , s ó , s e n d o o vei niz d u r o , he q u e c o m h u m p a n o
fino ou miolo de pao se p e d e i i a l i m p a r .
Se o v e r n i z , ao i o m p e l l o c o m a ponta estalla isto
h e , se s e n a õ t r a ç a l i m p a m e n t e , c o m o a c o n t e c e no in-
v e r n o , he prova de estar m u i t o s e c c o : he p r e c i s o en-
t a õ c o b r i r esses traços com o .sobiedito vei niz de V e -
n e z a , e m e t t o r t n t i e a m e / a e a e s t a n t e , s o b r e que
d e v e e s t a r a chapa h u m p e q u e n o fogo ou rescaldo
para e n t r e t e r o veiniz mole e pegajoso.
Q u a n t o aos q u e t i a h a l h a õ e m v e i n i z m o l e , t e n d o a
chapa em h u m c a v a i l e t e , nao saõ taó suggeitos a esma-
gar lhe o v e r n i z , n e m a espanalia t a n t a s vezes . p o r q u e
e s t a n d o quasi a pluino , deixa por si m e s m a c a i u r todo
o verniz , q u e s a h e , á p r o p o i ç a ü rpm se vr.i g r a v a n d o ,
U c a v a l e t e Io1 m e s m o c o m o o dos P i n t o r e s ; e naõ ha
aqui o u t i a differença m a i s , d o i p i e t i a b a l h a r c o m a
ponta ou c o m o pincel ; d e v e n d o t a m b é m o G r a v a d o r
c o u s e i v a r s e m p r e a sua ch; pa bem l i i m e , principal-,
i n e u t e q u a n d o l h e he p i e r i s o c a r r e g a r mais para fa-
zer os grossos talhos. D e s t e m o d o se diz q u e Callot
ua-
A AGUA FORTE E A BURIL. 65
3"
d o d e s e n h o , as t e r m i n a ç õ e s das s o m b r a s e as meiag
t i n t a s ; t u d o ftbto o u c a l c a d o pelo m e s m o d e s e n h o ,
p a r a ficar o m a i s c o r r e c io possível ; por q u a n t o , ain-
da q u e seji í",• cii c o i i e g i l l u d e p o i s n i G r a v u r a , c o m
t u d o m e l h o r he segui ar-se para u ió titooi r ; ídém
d e q u e , q u a n t a s fali as involuniai i a m e n t e e s c a p a õ , a
jHí/.nr de h u m g r a n d e c u i d a d o , s e m se e x p o r ainda
a fazclf» por n e g l i g e n c i a l
A ( i r a v u i a diíVere do d e s e n h o e m q u e , n e s t e
se c o m e ç a por b r a u l a s s o m b r a s para ao d e p o i s lhes
d u- por c i m a os toques.* na G r a v u r a p o r é m se daõ
logo os t o q u e s e depois se a c o m p a n h a õ d e som-
b r a s por isso m e s m o ciue se naõ r e t o c a ó os t r a ç o s
n o verniz mole q u e nao t e m toda a r e s i s t ê n c i a pa-
r a s u s t e r a p o n t a , e i m p e d i r q u e e s c a p e do traço
h u m a vez feito. N a õ h e n e c e s s á r i o a c a b a r logo da
p r i m e i r a vez c o m toda a força os traços do q u e se
q u e r g r a v a r a n t e s das s o m b r a s ; p o r q u e p ô d e b e m
fwicceder , q u e na c o n t i n u a ç ã o da obra se a c h e t e r
feito alguns e m c e r t o s lugares p o u c o a p r o p ó s i t o ;
por isso se d e v e ir t r a ç a n d o l e v e m e n t e por p e q u e -
n a s p a r t e s , q u a n t o bastar para m e t t e r as s o m b r a s ,
m a r c a n d o os t o q u e s p r i n c i p i e s e depois a p a r t e da
luz c o m h u m a p o n t a m u i t o delgada ou m e s m o c o m
p e q u e n o s p o n t i n h o s ; e s e n d o c a r n e s , naõ fazer ab-
s o l u t a m e n t e traço a l g u m nos lugares que devem
»er h u m p o u c o r e s s e n t i d o s , lie preciso t a m b é m acom-
p a n h a r estes traços ou de p o n t o s , se for e m c a r n e s ,
ou de p e q u e n o s r i s c o s , se for e m r o u p a s , para naô
p a r e c e i em magros , e seccos e s t a n d o sós.
A G r a v u r a he de si m e s m o m u i t o s e c c a pela
n e c e s s i d a . d e , q u e l n . d e se d e i x a r b r a n c o e n t r e os
talhos ; por isso se d e v e s e m p r e a d o p t a r o gosto de
h u m m e t h o d o o mais c h e i o , q u e for possível.
C o m o se nao p ô d e lazer h u m grosso t a l h o ,
q u e n iõ seja ao m e s m o t e m p o mui n e g r o ; para imi-
tar o inacio do p i n c e l ou lápis q u e os faz l a r g o s ,
e c o m t u d o b r a n d o s , h e p r e c i s o servir-se d e m u i t o s
tra-
A. AGUA FORTE E A BURIL. 67
I 2 Dos
68 M o n o D R G R A V A R
# "
Dos primeiros , segundos , e terceiros talhos.
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Das Roupagens.
Das
7 a M o n o n n G R A V A R
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. D A Í meias tintas.
Do
A AGUA FORTE E A BURIL. 73
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Da
A AGUA FORTE R A BURIL. 76
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Dou longes.
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D E
M .* » o G R A V A R
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U S t e r r e n o s , p i r e d e s , t r o n c o s d e arvores , e pafr
e a g e n i d e v e m ser g r a v a d a s c o m t i a ç o s tremidos;
tihi se p ô d e m i s t u r a r com a c e i t o o q u a d r o cont ex-
t r e m o l o z a n g o , e servir-se da c h o p a pela parte mais
l i i g - . A p lisagem se d e v e fazer toda c o m o meí-
i n o l o z a n g o , p a r a q u e os talhos a c o m p a n h e m cojg
m a i s m . e i e z i os i r a ç o s , q u e os d e s i g n a ô , e dentem
m e n o s s e n t i r a s e c c u i a dos c o n t o r n o s q u e formai
a s suas folhas. Os t e r r e n o s se p o d e m gravar com
p e q u e n o s t . l h o s c u r t o s e lozangos , para q n e a s a t s j í
t u r a s de s e u s â n g u l o s os r e p r e s e n t e m t o s c o s , efor-
m a d o s por toda a s o r t e de t i a b a l h o s livres , que ahi
saõ mui c o n v e n i e n t e s . As p o n t a s i h o m b a s , ou emos-
fiadus saõ mais p r ó p r i a s a gravar a paisagem, que
as a g u ç a d a s ; p o r q u e estas i n t r o d u z i n d o - s e peJo co-
b r e , n a õ d e i x a ô á m a õ a libeida.de de as conduzir
e m todos os s e n i d o s , q u e c o n v é m , sobre tudo na
( i i * i viu a das a r v o r e s . A a r c h i t e c t u r a quadrada se
g r a v a o r d i n a r i a m e n t e á r e g r n ; c o m tudo quando
t lia n õ he mais q u e a c e e s s o r i a , c o m o em hum as*
s u m p t o de historia , o n d e ella se faz por figuras,he
m e l h o r gravaila á uinò , a fim d e q u e a sua limpeis
n a õ d i s p u t e as figuras. l i e p r e c i s o t a m b é m trema-
I r h u m p o u c o os seus t r a ç o s , mas s e m p r e comor-
<bun ; p o t q u e g e r a l m e n t e q u a l q u e r c o u s a deste gê-
n e r o ainda m e s m o aquellas , q u e saõ menos sus«
c e p t i v e i s de l i m p e z a , se d e v e m gravar sempre com
i g u d d . i d o , e a r r a n j o , com t a n t o q u e isto seja sem
«fferiaeaõ n fim de evitar q I J t í S t í ajuritem alguns
nacos q u e vaô i n t e r r o m p e r a i g u a l d a d e das massas
c o m t o q u e s d e hum á s p e r o e s c u r o : p o r q u p naõ se
p o d e a c e r t a r n e s t e e í l e i t o , se n a õ por g r a n d e s massas
uni-:
A AGUA fdúit; tr A EITRI*. f§>
Das
8o M o n o DR G R A V A R
-.,.- .*•.*. A\
Da
D G K A T A n
Si M o » o *
->*•
G r a v u r a e m p e q u e n o se d e v e t r a t a r differen-
t e m e n t e . da G r a v u r a e m g r a n d e . O seu principal
m é r i t o c o n s i s t e e m ser d e s e n h a d a , e tocada com
m é r i t o e s p i i í t o e g r a ç a ; e c o m o assim s e j a , he pre-
c i s o , q u e os seus t r a ç o s t c n h a ô toda a f o r ç a , e vi-
v e z a , q u e se lhes p o d e r a d m i n i s t r a r com a ponta.
O s toques q u e na G r a v u r a e m g r a n d e poderiaô
p e r t u r b a r o s< u r e p o u s o . e igualdade , nesta fazem
t o d a a sua a l m a , conserva n d o - l b e sem pie as mas-
sas d e c l a r o s t e n r a s , e largas. T o d a a sua excellea»
c i a d e p e n d e da agua forte , e o buril só lhe der*
a j u n t a r alguns toques , h u m p o u c o mais fortes , e
a l g u n s a d o ç a m e n t o s ; pois s e n d o o seu trabalho mui
l e n t o , e fiio , h e m u i t o provável , q u e diminua,
o u q u e tire m e s m o t o t a l m e n t e a a l m a , e a ligeire-
z a , q u e a p o n t a de h u m G r a v a d o r versado Uie tem
p o d i d o c o n f e r i r ; por t a n t o delle se uzará com dis-
c r i ç ã o , e s o m e n t e para ajudar o effeito, e harmo-
nia da m i s t u r a e m a l g u m a s p a n e s . He preciso
pois ter mais v a n t a g e m da agua forte , e que esta
haja de t r a b a l h a r mais nas obras p e q u e n a s , que nas
g r a n d e s , e q u e só c o m e s t e s e u bosquejo ella pa-
r e ç a logo satisfazer á iiitelligencia das pessoas de
gosto e cpie o b u n l só sej i e m p r e g a d o para a tor-
n a r mais a g r a d á v e l aos olhos do Publico , de que a
m a i o r p a r t e naõ t e m aqueJle c o n h e c i m e n t o neces-
sário para j u l g a r , e s e n t i r o q u e seja este espirito
d e h u m a tal G r a v u r a . Elle foi bem c o n h e c i d o do
c e l e b r e Picart : as suas p r i m e i r a s obras , m e n o s car-
r e g a d a s d e t r a b a l h o , o p o s s u e m m a i s , q u e as ou-
t i a s ; p o r é m s e d u z i d o pelos aplausos da multidão,
elle se e n t r e g o u depois a h u m a m a n e i r a pezada,
e
A ACUA FOHTE R A BURIL. 83
Mc-
A AfivA. FORTE S A BURIL. 87
«. & &
* • *.
JI/OÍ/O </e applicar a cera A borda da chapa , para
conter a agua Jòrte.
-:#
Mo-
A ACUA F O R T E E A B U R I L . g*.
Mo-,
A AGUA FORTE E A BURIL. Q5
A G U A F O R T E , E A B U R I L .
TERCEIRA PARTE
DA G R A V U R A A B U R I L .
JTT E inútil dizer, que o desenho he o fundamento
desta Arte , o que he necessário a hum Gravador o
saber desenhar correctamente ; porque sem isto naõ
podeiá já mais imitar bem hum quadro , ou hum de-
senho , pois que a sua obra he feita por assim dizer ,
as apalpadelias ; poderá sim fazella com muito cui-
d a d o , e mesmo huma Gravura macia , mas sem es-
pirito , sem a r t e , e sem intelligencia.
Deixando em silencio a maneira de desenhar
do Gravador, que deve ser a m e s m a , que a do Pin-
tor , diremos somente , que elle deve fazer hum
grande exercicio em desenhar pés , màos , e outras
partes do corpo s e p a r a d a m e n t e , copiando-as do an-
tigo, do n a t u r a l , dos quadros , e dos desenhos de
insignes mestres , e que naõ deve desprezar ver as
estampas gravadas de Agostinho Carrache , e de
Ptllamene, que desenharão perfeita e facilmente
estas extremidades. Diremos em fim , que o Gravador
adquirirá por este meio huma liberdade de as fazer
de bom gosto, quando lhe seja preciso copiar para
a Gravura alguma obra de Pintores medíocres , ou
desenhos nao acabados.
Mas
9<3 M o n o DB G R A V A R
Pre-
A ACUA FORTE E A BURIL. 97
SÍ—' & yn
Mo-
A AGUA F O R T E E A BURÍL. gg
-£
Modo Jacil de saber afiar hum buril.
C Estampa 10. )
Mo*
A AGUA F O R T E B A BURIL. IO*
( Estampa H.)
Das
io4 M o n o n t G R A T A R
"*~.w.
O Do
*o6* M o n o O E G R A V A R
Da
A AGUA F O R T E E A BURIL. 107
y&
Da Esculptura.
-.*«• •_»•
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-v. v, — --.'
Dos Estofos.
Da
A AGUA F O R T E E A BURIL. 109
#»
Da Architectura.
Da Paj sagem.
p S q „ e t e m p l , t i . a e . 1 g u a r o I t e , ^ m l W
lhe os contornos , particularmente da folhagem das
arvores: isto he mais p r o m p t o , e naõ poderá fazer
mal, com tanto que haja a discrição de os naõ fa-
zer muito fortes , e que , acabando-os com o buril ,
se naõ perceba mais agua forte; porque de outro
modo naõ teriaõ a mesma doçura.
Para bem executar este trabalho , acho que
he preciso conformar-se á maneira de Agostinho
Carrache , que o tocava maravilhosamente ; mas
pode-se acaballo ainda mais , segundo a occasiaõ.
Villamene, e Joaò Sadeler também nisto foraô ia-
signes , assim como Cometiio Corte , que gravou
neste gênero muitos desenhos de Mucionno , bem
dignos de servirem de norma pela sua beileza.
Dos
IIO M O T» O B E . <5TÍR A. V A K
.-•" Sr.
Dos Montes.
Das
.. A AGUA FC*ITB jt A^BÜRÍL. r. **»
V. rvrr "••••
Z/r« águas.
Das
ii.5 M o n o » E G R A V A R
Z)aí nuvens.
Afa-
A AGUA F O R T E E A BURIL. JI3
-.w. * .v.
Da
A AGUA F O R T E E A BURIL. n5
Í«Í - „. t'i-
c o m o os q u a d r o s p i n t a d o s , q u e r e q u e r e m muito
m a i s c u i d a d o , e m razaõ de s u a s differentes cores.
T a l v e z m e o b j e e t a r a õ , q u e he impossível imi-
t a r as c o r e s , visto n ò h a v e r mais q u e o branco e
p r e t o . Mas q u a n d o eu f lü e m i m i t a d a s , naõ pre-
t e n d o fa/cr liII na d i . t i n c ç a ò do v e r d e < o azul do
a i i i i i e l i o ao v e i m e i i i o o assim das outras céres
m a s s o m e n t e imirar os seus t o q u e s , c o m o felizmen-
te o p r a t i c a r ã o tJroslermans , Bolsweit e outros
m a i s (pie g r a v á i a ó as obras de R u b e n s . O certo he
q u e as o b r a s as-im e x e e u t a d a s por hum Grav.dor
li d>il e e n t e n d i d o , seráõ m u i t o mais agradáveis e
faraó in.os bello ei feito. He preciso pois, como aca-
bo d e d i z e r , q u e o G r a v a d o r seja hum homem in-
t e l b g e n t e e h á b i l ; p o r q u e algumas vezes succcdeen-
c o n t r - r e m - s e c o r e s claras sobre outras claras , que
n a ô fazem e f f e i t o , senaô pela sua dirferença , e qne
caus.iõ o q u e n ó i c h a m a m o s hum corpo roto ou fu-
r a d o a c c i d e n t e q u e se deve evitar, porque destroe
a íiitellig» ;u ia do c b u o - e s c u r o . Também senaô de-
v e m e x t e r m i n a r as principaes l u z e s , affectando com
i s t o h u m a rigorosa imitação das cores , sebre tudo
n o s figur. s da ftenre , porque isto mesmo impediria
o s e u n v ô n ç a m e m o , e estorvaria de todo a intenção
d o Pintor.
Só com esta parte da Gravura se poderia en-
cher h u m tratado i n t e i i o , quando se cuizesse en-
t r a r no d e t a l h e de todas as suas p a r t e s , e dar con-
ta de tod í as suas circunstancias ; mas eu naõ pas-
60 a fv-ta e x t e n s ã o ; e o que fica dito , parece-me
«••r muito bastante para huma pessoa intelligente;
nléui de que o soecorro das estampas dos giandes
m e s t r e s , (pie se tem citado nesta obra e alguma
pratica , a poderão condn/.ir a huma maior perfei-
ç ã o . A c a b a r e m o s sim este tratado com huma pai titu-
l a r maneira de gravar , c h a m a d a maneira negra,
q u e á t e m p o s a n d a muito em moda especialmente
n o s paizes e s t r a n g e i r o s , c da qual n i n g u é m até aqui
tem
A ACUA FORTE E A BURIL. 117
\__ Vi \*f"
M >- -v-
Da Gravura em maneira negra.
Da
n8 M O D O » E G R A V A R
•>.-,•• ••*•'
'JÍ-
-,v, .%*
Dos
A AGUA F O R T R E . A BURIL. 121
W '•.*,'
-.v .V.
Z)Ò5 instrumentos que servem para gravar em ma-
neira negra.
r e s t a b e l e c e r a g r a m . A sua figura se vé na e s t a m -
pa !•_>. fig. í7.
N e m ( d o s os objectos saõ irrealmente próprios
para. c-.te g ê n e r o de g i a v u i a : os < uo r e q u e r e m es-
c u r i d ã o couro os e l e i t o , d i r.oií. , ou e s q u a d r o s ,
e m que |,.i mui;.'! '«•íithr.i c u . o os ,(,• J;, r.iltrant, de
liened';,'/O;. e t c . iõ os m..i.'. i..c< is de tiat. r e qu©
jModuzem m e l h o r elfeilo. Os r e t r a t o s c o n v é m ainda
»n*dhoi nest* g ê n e r o c o m o se p o d e vér nos bellus-
p e d a ç o s d e Smifli e de O. PVhite , q u e saõ os mais
Jiab-is <>iavadoicN , q u e t e m o s tido neste gênero..
As p n y - a g - n s n a õ saõ taõ p r ó p r i a s para i s t o ; e ge-
r a l m e n t e os objectos claros , e de larga luz saõ o*
m a i s difíiceis , e m u i t o p o u c o ou nada podem res-
saltar , por ser p:e<i.so raspar m u i t o a chapa par*
dftir o e f f e i t o , q u e elles r e q u e r e m .
O defeito de^ta gravura finalmente he , fal-
t a r - l h e a firmeza ; e pela maior p a r t e esta g r a m , de
qim ella se c o m p õ e m , lhe dá h u m a certa molleza f
q u e naõ he facilmente sus< eptivel de h u m toque
s-ubio , e v a l e n t e . Ella pinta do h u m a maneira mais
1-i'ga , e mais (h-licrün q u e o talho doce ; dá nvaior
u r u n d meia de < -òr e be capaz de hum maior el-
tvito p Ia uni iõ e o V . ui idade q u e deixa nas mas-
sas ; mss o seu des. nho h«; de m e n o r espirito e
nAõ tem toda aquelí.i presteza para a valentia de hum
rble.vo , que a gravura á agua forte jn.de receber
d e h u m hábil D e s e n h a d o r . Em fim os q u e melhor;
tem a c e i t a d o na gravura em maneira negra naô po-
d e m r e c e b e r o u t r o louvor senaô o cuidado com
q u e elles a tem t r a t a d o ; mas d e ordinário esie mes-
ino trato he sem vive/n , mio por ralm uos u r a v,-ado-
ros , mas pela ingratidão d-este g ê n e r o de g r a v u r a ,
q u e naõ favorece ás suas i n t e n ç õ e s .
Do
A AGUA F O R T E E A BURIL. .23
Do modo de Imprimir.
Q a Da
;*; y& SC
1 \ M a n e i r a n e g r a d e o oec.isiaô de se i n v e n t a r hu-
m a s o i t e de-gravura coloi ida , q u e imita muito bem
fl p i n t u i a . Ella se f.iz c o m m u i t a s c h a p a s , q u e de-
v e m r e p r e s e n t a r h u m só o b j e c t o , e q u e se impri-
mern por ve/.es sobre o m e s m o papel com a côí
p a r t i c u l a r a cada h u m a della.s. Estas c ó i e s pelos
s e u s differentes grãos e por sua mistura pioduzero
tO(|iies bf-ni s e m e l h a n t e s aos dos q u a d r o s originaes.
P . i a e s t e effeito h a v e r ã o três c h a p a s de cobre do
m e s m o t a m a n h o , bem igualadas , e esquadrejadas
d e m o d o , q u e e x a c t a m e n t e c o r r e s p o n d a õ huma com
a o u t r a ; estas scraõ g r a v a d a s , e preparadas , como
para a m a n e i r a negra , e em todas ellas se calcará
o m e s m o d e s e n h o , s e n d o cada h u m a d e s t i n a d a , co-
m o fica d i t o , para i m p r i m i r h u m a só c ò r ; isto h e ,
h u m a para o azul o u t r a para o a m a r e l l o , e a ter-
ceira para o v e r m e l h o : n e s t a ultima se apagaô to-
d o s a q u e l l e s lugares , em q u e naô d e v e e n t r a r esta
tinta , c o m o por e x e m p l o a pupiila do olho , os pa-
n o s de o u t r a còr , etc. E o r m a ó - s e s o m e n t e as par-
tes , e m q u e d o m i n a o v e r m e l h o , c o m o os beiços
as faces , e t c . e as outrr.s , q u e naõ levaõ
m a i s , q u e h u m leve t o q u e a v e i m e l h a d o c o m o as
massas de -ortdua, e g e r a l m e n t e toda a pelle dei-
x a - s e d h e s huma p e q u e n a gram t e n r a e capaz de
f '/.cr s e m e n t e pela c o m b i n a ç ã o com as outras cò-
r.-s, h u m t o q u e m i s t u r a d o t a l , (piai se dezej.i.
Na c h a p a do azul se apagaô i n t e i r a m e n t e to-
das as c o u s a s , q u e na outra saõ e m v e r m e l h o , dei-
x a n d o s o m e n t e mui b r a n d a s aqneílas , que devem
paiii ipar destas duas c o r e s ; e com toda a f o i t a l e z a
as q u e forem i n t e i r a m e n t e a z u e s . O m e s m o se pra-
ti-
A AGUA F O R T E E A BUHIL. IZ5
a i n d a q u e , depois da i n v e n ç ã o do t a l h o d o c e , se fí*
z e r a õ m u i t a s t e n t a t i v a s i n ú t e i s para c h e g a r a esta
pratica julgando-a m e s m o i m p o s s i v e l , a t é q u e Mr.
le Bl<>n a c h o u o meio de a publicar á p e r t o de trin-
ta n o n o s , por alguns p e d a ç o s do seu t r a b a l h o , que
elle fez a p a r e c e r e n t ã o .
P a r a este íim , d e p o i s de ter d e t e r m i n a d o o
objecto , q u e se q u e r r e p r e s e n t a r , e de ter destri-
b n i d o os d e s e n h o s sobre c a d a c h a p a , segundo o
e f f e b o , q u e ella d e v e produzir sobre hum mesmo
papel gravaò-se estas c h a p a s quasi i n t e i i a m e n t e em
m a n e i r a n e g r a , e x c e p t o as sombras mais fortes, e
a l g u n s c o n t o r n o s , q u e saõ gravados a b m i l , do mo-
do o r d i n a i i o h go q u e o t o q u e houver de ser íirine.
N a ô se grava í n t e i i a m e n t e o objecto sobre ca-
da c h a p a , mas s o m e n t e aquella e x t e n ç a ô de c ò r ,
q u e cada h u m a d e v e r e c e b e r para c o n c o r d a r com
as outras duas , e dar c o m ellas a p i n t u r a completa.
Por t a n t o a a t i e de e s t a m p a r em còr se reduz
i . ° A r e p r e s e n t a r h u m o b j e c t o , q u a l q u e r que seja ,
c o m três c o r e s , e por m e i o de três c h a p a s , que se
d e v e m i m p r i m i r sobre o m e s m o pspel. 2. ° A fazer
os d e s e n h o s sobre c a d a h u m a das três chapas de mo-
d o q u e se ajustem a formar e x a c t r u n e n t e hum objecto.
3. ° A gravar estas m e s m a s chapp.s de modo, que naô
possaô discrepar Iiiiina da outra na o r d e m da sua im-
p r e s s ã o . 4. ° A e s c o l h e r as três verdadeiras cores ma-
t e r i a e s p r i m i t i v a s , e p r e p a r a d a s e m t e r m o s , que se
possaô imprimir ter bclleza , o d u r a r m u i t o tempo.
5 ° E m fim a tirar as três c h a p a s com todo o cui-
d a d o e destreza , para que se n a ô p e r c e b a depois da
i m p r e s s ã o o m o d o , p o r q u e ellas foraô tiradas.
O p r i m e i r o d e s t e s a r t i g o s , q u e he o mais con-
siderável , p e r t e n c e á t h e o r i a da i n v e n ç ã o ; e os
o u t r o s saô a b s o l u t a m e n t e n e c e s s á r i o s para a prati-
t i n i m e c h a n i c a , d e q u e depois f a l a r e m o s : elles saô
n a v e r d a d e d e tanta i m p o r t â n c i a , q u e pela menor
foi-
A AGUA FOI\TB E A Bunit. mp,
•v.
Da
i34 M O D O DE G R A V A R
->'
JPra»
*36 M O D O D B- G R A V A R
das opperações q u e a c a b a m o s d e e s t a b e l e c e r . E s -
ta sorte de g r a v u r a se p ô d e p r o f u n d a r por q u a l q u e r
das duas águas fortes , á e s c o l h a do Artistas , d e c o r -
rer , ou de p a r t i r ; t e n d o só o c u i d a d o de d e i x a r
profundar por m e n o s t e m p o as p a r t e s vizinhas ás
luzes assim c o m o por mais cs t o q u e s mais vigo-
rosos. O m a l . q u e nisto p o d e h a v e r , h e , q u e os
pontos , cjue formaõ os t r a ç o s de lápis m a i s r e f o r ç a -
dos, venbaõ a cravar-se h u m p o u c o h u n s nos o u t r o s ;
porém d; c to m e s m o j e s u í t a h u m t r e m i d o s i n g u l a r ,
e huma d e s o i d e m mais a l f e c t a d a , e ao m e s m o t e m -
po mais v e i d a d e i r a .
A figura i4 , naõ t e n d o todo o effeito do o r i -
ginal , se t o r n a r á a g r a n i z a r em t o d c s os l u g a r e s ,
que disso forem susceptíveis , c o m o bb (fig. í í ) ) , o
que se p e d e fazer c o m a ponta (iig. 1 , est. 14 ) , o u
com o buiil , (fie. 10 da m e s m a e s t . ) Se o primei»
ro trabalho he e m geral mui t r a n s p a r e n t e nas massas
de sombras , u s a r - s e - h a dos p o n ç õ e s de fosco ( P,g.
5 , 6 , e 7 , ) p a i a espalhar por toda ÍI p a r t e h u m a
gram, que , a b s o r v e n d o os p e q u e n o s b r a n c o s , p r o -
duza toques mais t e m o s , ou a s s o m b r a d o s . D a - s e
maior vii,cr acs t r a ç o s , u s a n d o do b u r i l , para cra-
var mais o t r a b a l h o da p r e p a r a ç ã o . P r o c u r a - s e e m
fim imitar a gram do p a p e i , f o r m a n d o e s p é c i e s d e
pequenos rasgos , q u e c o r t a õ os traços do lápis h o -
risontal , ou p e r p e n d i c u l a r m e n t e , c o m o m o s t r a r o
defenho original , os q u a e s se elevem e x p r i m i r p o r
pontos feitos com p e q u e n o s golpes de b u r i l , ou com.
a ponta nos lugares q u e r e p r e s e n t a õ força d e lá-
pis , porém m e n o s sensíveis , e m e n o s a p p a r e n t e s
nos p idos, e nos claros : nos e x e m p l o s c,d, (fig. 11.
desta estampa , ) e ,f,( fig. i 5 da estampa i 5 , ) se v e m
totalmente acabados estes t o q u e s e m d i r e c ç õ e s p e r -
pendiculares. Esta gravura d e v e ser d e s b a r b a d a a n -
tes de passar á i m p r e s s ã o , b e m c o m o se clesbarbaõ
as c h a p a s gravadas c m talho d o c e .
INaõ p e r t e n d e m o s por isto , q u e esta m a n e i r a
S de
*38 Mouo nis G R A V A R
Ex*
A AGUA FORTE E A B U R I Í . tSg
.. —————————————————~^——————
. ———————• . ——————————_—_————. y ^
#'••. .-«••. ,-»\
( Estampa 14 , e i5. )
Observação.
v a n t a g e n s l h e t e m facilitado o m e i o d e represen-
tar a p i n t u r a e m pastel. Elle a c a b a agora de dar
h u m a prova disto pela e x e c u ç ã o de h u m a cabeça
d e m u l h e r c o p i a d a de o u t r a e m pastel de Mr.
Boutlier, q u e na v e r d a d e p a r e c e ter satisfeito a to-
d o s os a m a d o r e s . Mr. o Marquez de Marigny , a
q u e m esta obra foi a p r e s e n t a d a c o m todas as cha-
p . s , q u e f.izi..õ p a r t e desta e s t a m p a , a c o m p a n h a d a s
d e h u m a i n s t r u e ç a õ para cada h u m a dellas , tendo
e x p e r i m e n t a d o esta d e s c o b e r t a , h o u v e por bem re-
p r e s e n t a d a a l-.lHei: S. M.agestade a vio com pra-
zer , e para dar ao A u t h o r h u m a prova da sua
satisfação , a l é m de o h o n r a r c o m h u m a gratifi-
c a ç ã o , l h e o r d e n o u gravar o seu R e t r a t o nesta
m a n e i r a , pelo q u a d r o d e Mr. Carlos Vanloo.
Dos
A AGUA FORTE E A BURIL. 513
Dos
A AGUA F O R T E E A BURJI.. 147
-&
Em cada h u m a destras c h a p a s se p o r á h u m a
prova do lado i m p r e s s o , s o b r e a qual se tem passa-
do antes h u m a ligeira a g u a d a de goma com h u m p i n -
cel ou esporija , para que o papei facilmente se c o n -
serve seguro , sem e s c o r r e g a r sobre a c h a p a : o u
tambern , se o papel n a õ for bem e s p e s s o , se p o d e -
rá passar esta a g u a d a sobre a m e s m a c h a p a . Os qua-
tro ângulos do h l e t e da estajnpa seraõ e x a c t a m e n t e
Situados sobre os q u a t r o c a n t o s do "mesmo h l e t e , e u
borda , q u e se t e m traçado sobte a c h a p a .
Faz-se logo passar p e l o t o r c u l o esta chapa cojn
a prova coJlada em c i m a , e esta d e i x a r á i m p r e s s o s
na chapa todos os t r a ç o s do d e s e n h o . Assim se fa-
rá imprimir o m e s m o d e s e n h o «obre as outras c h a -
pas , que h o u v e r e m de e n t r a r h u m a depois da o u -
tra , por m e i o de h u m a prova , q u e á c a d a h u m a
dellas se applica.
T e n d o d e i x a d o s e c e a r por algum t e m p o esta
impressão , se c o b r i r á em huma das c h a p a s com h u m
pincel da côr mais clara, q u e o t r a ç o i m p r e s s o . o cpre
no d e s e n h o d e v e ser m e n o s c a r r e g a d o , e assim t a m -
bém na s e g u n d a c h a p a . O m e s m o se fará para a t i n -
ta mais clara , ou t e r c e i r a c h a p a ; e assim das m a i s
por d e g r a d a ç ã o de t i n t a s , ou roques , s e g u n d o n q u a n -
tidade das c h a p a s , s n p p o n d o s e r e m mais ele t r ê s .
Feitos estes ensaios á v o n t a d e , e n o gosto dese] d o ,
se e n c h e r á na s e g u n d a c h a p a com h u m pincel t u -
do , o q u e d e v e f o r m a r a s e g u n d a tinta , r e g u l a u d o - s e
pela primeira prova ou c h a p a q u e se h o u v e r c ô r a -
do. Passa-se depois a ver a p r i m e i r a chapa , isto he
acpiella , e m q u e estaõ os traços do d e s e n h o , e c o m
que se fizeraõ todas as provas , q u e t e m servido pr.ra
contraprovar nas o u t r a s c h a p a s para delia ti...r e
evacuar p r o f u n d a m e n t e todos aquelles tr ;ços que
houverem nos lugares , ou e n t r a d a s , q u e a s e g u n d a
chapa d e v e o e c u p a r . (*) I g u a l m e n t e se s u b í r a b i r á a
e^ta
Da
MODO DE IMPRIMIR
E M
• 11 ... i - I.I
QUARTA PARTE
A D V E R T Ê N C I A .
£-CT
A AGUA F O R T E E A Buait. a55
(.Est. 16, 17 , 18 , 19 , 30 , e a i . )
Re-
i58 MÒB« DE G R A V A R
( Estampa 16. )
Rei
xGo M O D O D E G R A V A R
( Estampa 17. )
Perspectiva da Cruzeta.
( Estampa 18. )
X 2 -Re-.
164 M O D O D E G R A V A R
.••*-.
( Estampa 19. )
/•\
( Estampa 20. )
b r e a t a b o a ou b a n c o T: t o m a d e p o i s a c h a p a , &
a vai pôr sobre a grelha , p a r a l h e dar n o v a m e n t e a
t i n t a , c o m o depois se d i i á .
T e n d o o u t i a vez tingido , e e n x u g a d o a c h a p a ,
elle volta a polia, s o b r e a m e z a do t o r c u l o , preciza-
m e n t e no m e s m o lugar , em que a poz da primei-
ra v e z , c o b r i n d o a da m e s m a sorte com outra fo-
I h i de p i p e l m o l h a d o , e depois com o p a r d o , que
já serviu s e m o m o l h a r de novo , lança também
s o b i e t u d o i-.ro o-> p a n n o s , c o m o tinha feito , e
poiulo-se do lado Jl , volta c o m m u i t a igualdade a
c r u z e t a ; ia/, r e p a s s a r a meza , e a chapa pelos cy-
l i n d r o s c o m o d.i p i i m e i r a vez. T o r n a depois a le-
v a n t a r os panm..-, o papel p a r d o , e n folha impres-
sa d e c i m a da c h a p a , da-lhe outra vez t i n t a , e as-
sim c o n t i n u a a sua i m p r e s s ã o , seguindo s e m p r e a
mesma ordem.
Bom h e a d v e r t i r , q u e para a c o m o d i d a d e do
I m p r e s s o r , d ove haver de cada lado do torculo e m
lugar a c o m m o d a d o h u m a taboa levantada sobre seus
p é s da a l t u r a de h u m t a m b o r e t e , c o b e r t a c o m h u -
m a folha de papel pardo , sobre a qual irá pondo
as e s t a m p a s a r r u m a d a s h u m a s sobre as outras , da
m e s m a s o r t e q u e as tira da prensa ; e n t r e tanto
q u e sobre o c a p i t e i do torculo está h u m a t a b o a ,
e m q u e se a c h a o papel m o l h a d o , q u e deve servir
p a r a as e s t a m p a s , c o m o se vé e m JC.
O Impressor , tendo acabado o seu trabalho,
e s t e n d e logo á n o i t e , ou a i n d a de m a n h à a c e d o ,
e m c o r d a s limpas e bem tezas , as e s t a m p a s , que
t e m t i r a d o , d e i x a n d o - a s assim e s t e n d i d a s , até que
o papel , e a tinta estejaõ bem s e c c o s . N e s t e esta-
d o as lira e n t a õ das c o r d a s , a r r u r n a n d o - a s ás du**
zi.is para p e r d e r e m a dobra da corda ; e tendo-as
c o m o em p r e n s a por h u m dia , as g u a r d a r á depois
s e m p r e a p e r t a d a s em h u m a c a i x a , p o r q u e isto faz
avivar, e secear perfeitamente a tinta.
A n t e s d e c o n c l u i r e s t e artigo , explicarei o
que
A AGUA FORTE R A BURIL. \^q
Mo-
i68 M o D c .§ * " O""* A V AR
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C Estampa 21. )
11-
174 M o n o DE G R A V A »
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176 M o n o » E G R A V A R
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'Estampa 21.)
Dos pannos.
Dos
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de fazer o verniz duro para gravar a
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