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1º Encontro: 23/08/06
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CURSO DE FORMAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Realização: Conectas Direitos Humanos e Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos
Apoio: PNUD-Brasil, SEDH e UNESCO
Período: 23 de agosto a 22 de novembro de 2006
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CURSO DE FORMAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Realização: Conectas Direitos Humanos e Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos
Apoio: PNUD-Brasil, SEDH e UNESCO
Período: 23 de agosto a 22 de novembro de 2006
“proibido”, a não ser com base na lei. Mas “lei” não é a lei natural, mas sim aquela
fabricada pelo Parlamento.
São os delegados dos cidadãos ativos que fazem a lei. Esses delegados são eleitos
pelos cidadãos ativos (primeira condição: ser cidadão francês do sexo masculino,
proprietário e que pague uma contribuição anual – são os burgueses). O liberalismo
francês era o liberalismo burguês, regido segundo os interesses de quem mandava;
portanto, cheio de restrições.
Nos Estados Unidos, esses delegados se opunham ao absolutismo e queriam um
governo democrático (O federalista, obra de James Madison). Como fazer esse governo,
tendo uma população tão numerosa e vivendo tão distantes uns dos outros? Para
Madison, já que não era possível ter a democracia, sugere ter a república (poder por
representação).
Em 1804 é publicado o 1º Código Civil, elaborado sob o comando de Napoleão.
Esse Código é todo focado no individualismo e no patrimonialismo. Não se fala em direitos
coletivos.
A mulher só pode ocupar o cargo de juíza a partir de 1946.
Durante todo o século XIX, todos eram afirmados como sendo livres e iguais, mas
muitos não tinham condições de exercer e usufruir dessa liberdade e dessa igualdade.
Vivia-se uma injustiça legalizada (que perdura até os dias de hoje). A lei passa a ser
instrumento de injustiça.
As mudanças profundas virão após a 2ª Guerra, quando é publica a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (1948): enquanto não houver justiça, não haverá paz. Os
“Direitos Humanos” corrigiram a distorção de gênero da declaração francesa, que falava
dos “Direitos do Homem.”
“Justiça é o novo nome da paz.” – Papa João Paulo II.
Em seu artigo I: todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos e
dignidade. Mas os homens não têm o poder de exercer sua liberdade: nem todos têm a
liberdade de escolher o que comer, onde morar.
Hoje existem dois pactos de direitos humanos, que surgiram entre 1940 e 1966:
- Direitos Civis e Políticos (DCP);
- Direitos Civis, Políticos, Econômicos, Sociais e Culturais (DCPESC).
Cada Estado tem liberdade em assinar aquele que quiser. Os EUA assinaram o
pacto de DCP. No Brasil, os pactos só têm valor de aprovados no Congresso. O Brasil
assinou o pacto DCPESC em 1966, mas somente em 1986 o pacto é encaminha ao
Congresso, que o aprova em 1992. Hoje, o pacto está incorporado na Constituição
(exemplos: artigos 5º, 6º, 14).