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GVT 1948 01 FR
GVT 1948 01 FR
“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias da Vida Eterna)
Í N D I C E
ED ITORIAL
Mensagem do Presidente ............................... Presidente Harold M. Rex 2
“ Dois Mestres” ............................................................do “ D eseret News” Capa
“ Ovos de Pithon” ..........................................................Marvin O. Ashton
ARTIGOS ESPECIAIS
O Resumo de uma Vida Pura ....................................... C. Elmo Turner 4
Concretização dum Sonho ........................................... Alfredo Lima Vaz 6
“ Nosso Completo Dever ...........................Pres. George A lbert Smith 7
À Espera do Fim ................................................... Marquerite J. Griffin 8
A U X IL IA R E S
Escola Dominical
Como Jesus Ensinou ....................................... Marion G. M erkley 12
Verso Sacramental ................................................................................
Primária
Quanto Custou uma Bola ...........................Daisy W right Field 15
Sociedade de Socorro
Saudações a Todos ............................................... Diania H. Rex 17
SACERDÓCIO
Carta da Primeira Presidência ................................................................ 18
VÁRIOS
A Consciência Acusadora ........................................... Richard L. Evans 19
Enfrentamos a Incerteza ........................................... Richard L. Evans 19
Evidências e Reconciliações ....................................... John A. Widtsoe 20
“ O Rumo dos Ramos” ................................................... C. Elmo Turner 22
Você Sabia q u e ...? ...................................................................................... Capa
S i . . . (Poesia) ................................................................Rudyard Kipling Capa
Mensagem do Presidente
Harold M. Rex.
0 Resumo de Uma Vida Pura
O nosso querido Presidente e pro velha loja cooperativa de departamen
feta, George Albert Smith, cuja foto tos da A m erica, e organizada pela Igre
grafia embeleza a capa de nossa pri ja. Mas foi desobrigado deste serviço
meira edição, é um homem bem qua quando, no dia 1 de Setembro de 1891,
lificado para tal posição. É com as Autoridades chamaram-no para uma
grande orgulho que oferecemos um missão de 3 meses para servir nas Es
resumo da sua vida; uma existência tacas de Juab, M iliard, Beaver e Pa
abundante e cheia de serviço à Igre rowan, no estado de Utah para traba
ja e também aos seus companheiros e lhar com a mocidade em conjunção da
irmãos do mundo. É nossa intenção A.M.M. (Associação de Melhoramento
publicar a fotografia e curta história Mutuo).
da vida de todas as Autoridades Ge Quando voltou desta, sua primeira
rais nos seguintes números da G aivo missão, casou-se com a sua namorada
ta. Seria interessante si você guar de meninice, L ucy Emily W oodruff, no
dasse todos os exemplares desta revis templo de M anti, Utah, no dia 25 de
ta para referência futura. Maio, 1892. Uma semana mais tarde,
O Presidente Smith nasceu num m o no dia 1 de Junho, partiu para uma
desto lar e de humildes pais, no dia missão de 2 anos à Missão dos Sul-
4 de Abril, 1870. Nasceu ao oeste Estados nos E .E .U .U . Isto mostra
do templo em Lago Salgado, donde grande fé da parte do Presidente Smith.
vem as doutrinas e revelações da Igre Mais tarde a sua jovem esposa jun
ja, e ele nunca se desviou destas dou tou-se com ele quando ele se tornou
trinas. O pai dele era John Henry secretário da Missão. Estes foram
Smith, uma vez Apóstolo e mais tarde abençoados com 2 filhas e 1 filho e
um conselheiro do Presidente Joseph viveram muito alegres com sua fa m ília
F. Smith, e também o Presidente da . Ela morreu no dia 5 de Novem
Missão Europêa. O avô do Presiden bro, 1937.
te Smith, George A . Smith, era tam Depois de sua missão ele tornou-se
bém um apóstolo e um conselheiro de muito ativo, aceitando posições civis e
Brigham Young, de sorte que ele vem posições na Igreja. Foi o Presidente
duma linhagem de antepassados fieis geral da, “ Associação de Melhoramen
e retos. to Mutuo dos Mo ços” e tambem traba
lhou na curadoria geral da organização
Quando o Presidente Smith fala da
da Escola Dominical. Foi escoteiro e
sua mãe, fala com grande deferência,
agora possui a maior honra dos esco
respeito e amor. Ela chama-se Sarah
teiros, “ The Silver Beaver A w ard”
Farr, uma mulher bondosa, prudente,
(A Medalha do Castor Argenteo).
carinhosa e verdadeira mãe pioneira.
Hoje, ele é o presidente ou alto oficial
Como todos os outros jovens, ele foi de várias organizações nacionais. Nas
a escola e obteve uma firme base para suas jornadas e viagens tem visitado
o seu grande serviço futuro, cursando diversos presidentes dos E .E .U .U . e
à Academia de Brigham Young (agora foi amigo pessoal do Presidente Theo
a Universidade de Brigham Young) e dore Roosevelt.
à Universidade de Utah. Foi abençoa Foi ordenado Apóstolo em 8 de Ou
do ele com um espírito independente tubro de 1903 pelo Presidente Joseph
e quis ganhar o seu próprio sustento; F. Smith quando tinha apenas 33 anos.
assim, com a idade de 19 anos ele dei Serviu com o apóstolo para 42 anos e
xou a escola e começou a sua carreira seus deveres o levaram a todas as par
como negociante para Z.C.M.I., a mais tes do mundo. Durante este tempo,
presidiu à Missão Europêa para 3 anos depois de um dia de jejuarem , ora
(1919-1922) no difícil período de re rem, prestarem os testemunhos e pro
construção depois da primeira guerra curarem o guia divino, escolheram e
m undial. Quando o Presidente Grant ordenaram George Albert Smith o P ro
o ordenou Presidente do Conselho dos feta, Vidente, Revelador e oitavo P re
Doze, no dia 8 de Julho de 1943, f ora sidente da Igreja de Jesus Cristo dos
apóstolo para 40 anos e trouxe muita Santos dos Últimos Dias.
experiência à posição. O Presidente tem sido muito ativo
desde a sua ordenação à esta posição
Durante a guerra ocorreram duas
sagrada. Numa visita ao M exico pre
catástrofes em sucessão, a morte do
gou com tanto poder e espírito que
Presidente Franklin D. Roosevelt e,
1.200 membro s da Igreja que se apar
uma semana mais tarde, a do Pre
taram durante a guerra, voltaram à
sidente Heber J. Grant no dia 14
comunhão completa. Tambem visitou
de Maio de 1945. Estes choques foram
o Presidente do Mexico e lhe apresen
rudes para todos os santos fieis por
tou um Livro de Mormon especial
que eles honravam o Presidente Roosevel
mente encadernado.
t como presidente dos E .E .U .U . e
amavam e reverenciavam o Presidente Sim, meus irmãos e irmãs, somos
Grant como o profeta e presidente da abençoados com um grande e inspira
Igreja de Jesus Cristo. Mas apenas dor lider, em verdade um “ homem de
uma semana mais tarde, segunda-feira, Deus” e certamente podemos ser or
dia 21 de Maio de 1945, no templo de gulhosos dele.
Lago Salgado, as Autoridades Gerais, C. Elmo Turner
“ Ovos de Pithon99
por Marvin O. Ashton
“A Concretização de Um Sonho
por A lfredo Lima Vaz
A Espera do Fim
por Marguerite J. Griffin
A velhinha era tão pequena e ma muito tempo, sabe? Está muito v e
gra, que mal se podia notar as suas lhinho, tem quasi 95 anos! Não está
form as por entre as cobertas da ca doente, mas o seu corpo está desapa
ma. Eu estava preocupada com o que recendo aos poucos, ronando-se cada
deveria dizer a ela, ao vê-la pela pri dia mais fraco. Nada se pode fazer,
meira vez, e em tão tristes condições a não ser esperar assim; e ela que
A sua neta, a quem fora visitar, não sempre amou as pessoas! Sei que ao
deixar-m e-ia sair sem que primeira ver você, ficará feliz o dia inteiro.”
fosse vê-la. Esta sugestão não me pareceu mui
“ Venha vê-la, pediu-m e a moça, to boa. Eu não tinha coragem para
porque ela não estará conosco por entrar no quarto. Sempre imaginei
que a velhice seria uma época trágica seus pensamentos estivessem viajando
da nossa vida, e agora, ter que enca longe e apressadamente, e então
rar um ser humano que só estava recuperou as forças para voltar à con
esperando o seu maquinismo parar de versa. Rapidamente começou a falar
funcionar, que só esperava a hora em em outro assunto. “ Jenny,” disse ela
que a morte iria entrar pela sua por à sua neta, “ mostre à senhora o meu
ta, fazia-m e desencorajada. Mas eu vestido” !
não podia fazer nada. Não podia Um vestido novo na sua idade, e
recusar, sabendo que faria alguém fe especialmente nas suas condições! Era
liz nos seus últimos momentos. Mas fantástico! Será que ainda restavam
como? Que deveria eu dizer a ela? vaidades, depois de tantos anos, nesta
Preocupei-me desnecessariamente. enrugada creaturinha?
Isso compreendi, no momento em que Jenny trouxe-o como si nada fo ra
ví naquelas faces completamente en do natural houvesse no pedido. Era
rugadas pelos anos, dois brilhantes um crepe de seda branca, delicada
olhos castanhos, que viareiros, pro mente bordado. Eu sei que a surpre
curaram-me. Aqueles olhos disseram- za estampou-se em minha face, pois a
me imediatamente que no interior da velhinha disse: “ Não se assuste, são
quele corpo fragil, estava um espírito minhas vestes fúnebres, sabe? Eu as
bem vivo e alerto. As suas mãos sô usarei bem breve.”
bre a colcha, eram tã o brancas quan As palavras foram tão graciosas que
to esta, e tão transparentes que as nada pude dizer, apenas meu coração
veias azues eram completamente visi bateu mais apressadamente. Era a
veis. Seus cabelos eram com o o mais coisa mais estranha que eu houvera
macio e ondulado fio de seda, bem visto até então. Um lindo enxoval co
escassos, mas graciosamente dispostos mo os enxovais das noivas, e a velhi
ao redor de seu rosto. Quando entrei nha positivamente estava antecipando
os seus olhos brilhantes procuraram - o seu u so. . .
me ancio samente. Um sorriso trans
“ M ostre-lhe o resto, Jenny,” disse
portou aquelas rugas para novos lu
ela. “ M ostre-lhe a combinação e as
gares, fazendo com que seu semblan
meias.” Virando-se para mim disse:
te se enchesse de um encantador bri
“ Você parece surpreza. Talvez você
lhantismo.
não tenha pensado que a ressurreição
“ Sente-se minha querida, disse ela. seja um fato, mas esteja certo que sim.
A sua voz era macia e trêmula. Sin Não há realmente morte, o que há é
to-me tão feliz em vê-la, continuou; uma separação, uma mudança. O es
você parece tão cheia de vida! A pos pírito deixa o corpo até a manhã da
to que tem filhos para cuidar.” ressurreição.”
“ Sim ” , respondi, “ Tenho três filhos. Foi então que compreendi a razão
Mas algumas vezes não me sinto tão daquela calma e daquela filosofia.
cheia de vida” . Compreendí porque é que sua neta
“ São danados, esses pequerruchos,” mantinha-se tão carinhosa, tão pacien
disse-me ela. “ Mas é o tempo mais te em suas atenções para com a ve
feliz da sua vida. Eu não sei, acho lhinha.
que tudo na vida é bom. E olha, te “ É uma maravilhosa crença,” disse
nho visto muito dela. Não existe eu.
nada semelhante a netos, bisnetos e “ Não uma crença, minha querida,”
mesmo tataranetos. Oh! estou muito disse ela, “ mas uma verd a d e.”
velha, tenho visto muitas e muitas As suas palavras eram calmas e sua
m udanças. . . ” ve. Não se via nela uma centelha de
A sua voz silenciou-se como si os fanatismo, mas apenas a seguridade de
suas convições. E além disso, eu não ver isso pela maneira como ela cari
queria argumentar com ela. Invejava nhosamente vira as suas páginas. Não
a sua paz de pensamento, as suas con há dúvida de que ela gastou grande
vições tão seguras. parte da sua vida lendo aquele Livro,
“ É uma maravilhosa história, a his pela maneira com que tão facilmente
tória de um homem,” ela continuou. acha as suas passagens.
“ É a história de mudança e progressão, “ Ouça as palavras do Senhor a
e nós devemos estar sempre prontos Job” , disse-me ela. — “ Onde estava
para todas as coisas novas. Nós vive tu, quando eu fundei a mundo? D e
mos antes de vir para cá, sabe? A n clare si m e entendeste” . A doce ve
tes mesmo deste mundo ter sido cons lhinha olhou-m e por sôbre os óculos
truido. Nossos espíritos foram filhos como si esperasse de mim uma res
e filhas de Deus, nosso Pai Eterno, e posta. Continuando, leu: “ Quando as
nós antes viviamos com Ele.” estrelas da manhã cantaram juntas, e
todos os filhos do Senhor foram cha
Havia um brilho macio nas suas fa
mados para alegrarem” . — “ Nós esta
ces. Os seus olhos iluminavam-se
vamos lá” , ajuntou ela, “ e estavamo s
quasi com o si a visão estivesse diante
contente por causa da terra que Deus
dela, ou com o si por estar da morte,
estava construindo para nós.” Fechou
retornando ao lugar de onde veio, ela
então o Livro e pôs de lado os óculos.
pudesse pegar a luz do entendimento,
"P ois é, minha querida, mas o tempo é
e pudesse lembrar daquilo que para
pouco. Nós nascemos, vivem os e cres
tantos é m istério.
cemos e justamente quando alcança
Então ela olhou para mim rapida mos a m elhor parte de nossa vida,
mente, com o si sentisse os meus pen
quando os nossos poderes mentais
samentos. “ Está tudo na Bíblia, sabe?
alcançam um nível mais alto, nossos
Não é nada que eu mesma tenha in corpos mirram -se, enfraquecem -se, e
ventado. Está lá, mas o mundo ten nós morremos.” E ’ como Paulo disse:
ta explicá-lo de outra maneira. Os
. . . E aqui começou a cotar as escri
homens pensam que são tão grandes,
turas de memória:
e em serem filhos de Deus, eles tem
“ Pois si não há ressurreição de m or
realmente uma grande herança. Mas
tos, nem Cristo ressu scitou . . . E si
podem eles compreender os negócios
Cristo não ressuscitou, então é vã a
de nosso Pai celestial, mais do que
vossa fé . . . Si nesta vida tão som en
uma creança pode entender os traba
te esperamos em Cristo, somos nós os
lhos de seu pai, na terra? Uma crean
mais infelizes de todos os homens.
ça não pode compreender com o é que
Mas agora ressuscitou Cristo d’entre os
sua mãe faz as suas bolachas, mas ela
mortos, sendo Ele as prmicias dos que
aceita-as pelo menos, e mastiga-as com
d orm em . . . então se cumprirá a pala
facilidade. Portanto, comeremos nós
vra que está escritas “ Tragada foi a
do Pão da vida? Portanto, aceitare
m orte na vitória. Oh! m orte, onde
mos nós esse Pão, sem nos preocupar
está o teu aguilhão? Oh! sepulcro,
mos com a maneira pela qual fo i
onde está a tua vitória?”
feito?
Ouvindo estas coisas fiquei sem sa
“ Deus falou. Isso devia ser bastan ber o que falar. Eu, que tinha vindo
te. Jenny, traga a minha Bíblia e os para dar alegria aos últimos momen
meus oculos.” tos da velhinha, descobri que ela é
O que? pensei eu. Poderá esta quem tinha muito para dar.
exausta creaturinha usar ainda os Ela compreendeu o meu silêncio, e
seus brilhantes olhos para ler? É disse: “ Mas, sinto muito. Eu cancei
admiravel! E que benção maravilhosa você com as minhas pregações, você
para ela que tanto o Livro! pode-se deve perdoar-m e.”
— 10 —
“ Oh! não, por favor,” respondi eu. pureza de sua cor e na simplicidade
Eu sou quem deve agradecer à senho de seu corte. Cada cacho de seus pra
ra, muito, muito!” teados cabelos estava carinhosamente
Desde então, eu sabia que jamais arrumado. Suas mãos sem adorno
me esqueceria daquela creatura m a algum, com exceção de seu doirado
ravilhosa. Que glória poder chegar- anel nupcial, estavam quietas e des
se à velhice tão cheia de fé e de gra cançavam para sempre. A morte ali
ça, e mesmo assim fraca ser uma veia zara a sua face, com o si a fizesse ben
fortalecedora àqueles que atravessam vinda. Nenhuma noiva jamais pare
o seu caminho! ceu-m e tão linda! Era como si esti
A próxima vez que a vi, e não foi vesse dormindo graciosamente, e espe
muito tempo depois, ela repousava pa rando somente a voz do Mestre que
ra sempre, vestida delicadamente na haverá de acordá-la.
quele enxoval cuja beleza estava na Trad. por A lfredo Lima Vaz
D 1T i M B S
— J. B. Say
* * * ANEDOTA
— 11 —
ESCOLA DOMINICAL
E ’ aqui, meus imãos da Escola Do O VERSO SAC RA M E N TAL POR
JAN EIRO E F E V E R E IR O !
minical, que se encontrará o Verso Sa
cramental e outras informações perten “ Deus, nosso Pai, ouça-nos orar
E sôbre êste dia, derrame teu amor
centes à Escola. Esta é sua coluna —
A o tornarmos do Emblema abençoado
aguardem-na bem! E xulte-nos na paz do Salvador” .
C O M O JESUS E N S I N O U
por Marion G. M erkley
Ainda m ais. . . os m estres desta Igre tar, perícia em motivar o interêsse, pe
ja ensinarão os princípios do meu Evan rícia em valorizar o progresso.
g e lh o ... E observarão os convenios e Interessemo-nos mais pelas A T IT U
cumprirão os artigos da Igreja, e isto D E S. O mestre preparado crê em si
será os seus ensinamentos, quando di mesmo, na habilidade dos mestres efei
rigidos pelo E sp írito ... e si não rece tuarem mudanças na vida do povo, mu
berdes o Espírito, vós não ensinareis. danças na natureza humana, como tam
(Doutrinas e Convênios 42:12-14.) bém mudanças no ambiente.
O mestre preparado realiza que é sua
Introdução responsabilidade fornecer o conhecimen
to. cultivar as habilidades e construir as
Atravez do ensino damos os braços
atitudes. Tornemos à vida de Jesus para
aos líderes do mundo na tarefa criadora
as demais chaves necessárias em tor
de melhoramento não só dos materiais,
nar-se um mestre preparado.
dos processos, e das coisas, mas o me
lhoramento das pessoas: alunos — nos- Preparação
os irmãos e irmãs. Neste trabalho o A Bíblia contém 200 referências a
mestre preparado é sustentado pelo po Jesus como mestre; e o verbo “ ensinar”
der da fé e os sinais seguem o minis é usado tão frequentemente como todos
tério de tal mestre. os outros. Jesus foi um mestre proemi
Em um dos textos dos ditos de Jesus nentemente. Ensinava nas colinas, nas
encontra-se a chave do melhor no ensi sinagogas, e passou muitas horas ensi
no evangélico: Pede e dar-se-vos-á; bus nando aos discípulos fiéis.
cae e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Jesus levou tempo preparando-se para
(M at. 7 :7.) P -B -B : Pedir — buscar — ensinar. Passaram-se trinta anos e Êle
bater. Três objetivos do bom ensino con ia crescendo em sabedoria (intelectual
cernem-se com as 3 seguintes palavras: mente), estatura (fisicam ente), em fa
atitudes, perícia, conhecimento. vor de Deus (espiritualmente) e do ho
Precisamos SABER as respostas. Je mem (socialmente).
sus perguntou: Como é que não enten A sua preparação inicial fo i num lar
des? Com que autoridade fazes estas ideal, rodeado pelos irmãos e irmãs, e
cousas? E tu, Pedro, quem dizes que ensinado por uma mãe que obedecia ao
sou Eu? mandamento das Escrituras: Estas pa
Precisamos de perícia para fazer o lavras com que eu hoje te admoesto, es
trabalho de ensinar: Perícia em pergun tarão sôbre o teu coração; tu as inclui-
— 12 —
rás em teus filhos, e delas falarás, sen ligiosas; pelas grandes experiências es
tado em tua casa, e andando pelo ca pirituais e visitas pessoais ao Templo;
minho e ao deitar-te e ao levantar-te. e por meio da meditação quando no de
(Deuteronômio 6:6-7.) serto. (Livros, pessoas, meditação — es
Na idade de seis anos, provavelmente tes recursos são aproveitáveis a todos
êle freqüentava a “ Casa do Livro” , onde os mestres.)
estudava o Velho Testamento; aprendeu Jesus ensinou com convicção: tinha
os hinos que foram ensinados aos alu uma mensagem vital. Nada podia pará-
nos na escola Judaica. Mais tarde, pro Lo — a influência da família, o ridícu
vavelmente entrou no colégio dos escri lo, a oposição dos líderes sectários, in
bas aonde era o mais zeloso aluno de li terferência do governo, estratigemas
teratura religiosa. contra a sua vida. Nada havia que O
Na idade de doze anos ouvimos da podia desviar de seu objetivo.
sua visita ao Templo, aonde as suas O reino de Deus era o tema! Cada
perguntas penetrantes, e sua profunda exemplo, cada história, cada ilustração,
curiosidade intelectual espantou os sá e cada pergunta relacionava-se ao tema.
bios rabinos.
Princípios do Ensino
Os pais judeus eram obrigados pela
lei a ensinar um ofício aos filhos. Jesus Jesus usou princípios de ensino que
tornou-se carpinteiro; mas enquanto tra eram psicologicamente corretos e peda
balhava nesta ocupação, ia enchendo a gogicamente aprovados.
sua memória com cenas do campo: na 1. Percepção: Mudou o conhecido para
vios, pessoas, condições sociais, observa o desconhecido. Com os Judeus, êle era
ções sôbre os homens e a natureza — Judeu trabalhando com os Judeus; e
circunstâncias que mais tarde deram pro baseou os ensinamentos nas familiares
fundidades aos sentidos religiosos. leis e profecias judaicas: Ouvistes que
Jesus aprendeu muito das escrituras. tem sido d ito. . . Êle deu aos velhos
Facilmente combinava Deuteronômio 6:5 mandamentos novos significados, cen
com Levítico 19:18, para responder à trando atenção nas profundas interpre
pergunta: “ Qual é o maior mandamen tações espirituais muito mais que na ob
to? servança superficial das letras da lei.
Isto é suficiente da preparação de 2. Diferenças individuais: adatou a
Jesus. instrução às capacidades e às necessi
dades da ocasião. Falando do divórcio
Objetivos
uma vez disse: “ Todos Os homens não
Jesus não deixa nenhuma dúvida que podem receber estas palavras. Numa ou
o tema de seus ensinos é O Reino de tra ocasião observou concienciosamente:
Deus. Nem usa êle apenas uma apro Tenho muitas coisas a dizer-vos mas
ximação; mas três: não podeis suportá-las agora.
O Reino de Deus está no meio de vós. Lucas 19:1-8 dá-nos a história dum
O reino de Deus será estabelecido na pequeno homem chamado Zaqueus, um
terra quando, fo r feita a vossa von coletor de taxas. Jesus convidou-se a fi
tade, assim na terra, como no céu. car com Zaqueus por chamá-lo onde
O reino de Deus é para receber os achara um conveniente ponto de obser
dignos, e foi preparado antes de serem vancia numa árvore. H oje, permaneço,
lançadas as fundações do mundo. contigo. Seria interessante saber exata
Quando falhava uma aproximação êle mente como apresentou Jesus o seu
tentava outra. tema, fazendo Zaqueus a declarar: Ora,
Os seus objetivos tornaram-se mais metade de meus bens vou dar aos po
claros quando começou seu trabalho: bres e si em alguma coisa defraudei a
através dos estudos das escrituras re alguém, lh’ o restituir ei quadruplicado.
— 13 —
3. Psicologicamente lógico: Jesus usa 4. Êle usa a aproximação variada.
símbolos lingüísticos que são compreen Com a mesma facilidade Jesus usa
síveis: Uma galinha e pintos — não Provérbios: O homem que pôs sua
ajunteis para vós tesouros na terra — mão no arado” e “ vinho novo em odres
ovelhas perdidas, moeda perdida— semen velhos.
tes e o semeador — grão de mostarda Paradoxos: Bem-aventurados os man
— fermento — rêdes — casa sôbre a sos, porque êles herdarão a terra.
areia e sôbre a rocha — lírios — vir Exagerism o: Pois, mais fácial é pas
gens, sábias e tolas — credores — sal sar um camelo pelo fundo de uma agu
— festas de casamento — tesouros en lha, do que entrar um rico no reino de
terrados. Deus. (Lucas 18:25.)
Jesus desafia-os a verdes com vossos 5. Êle usa o humor.
olhos; ouvirdes cora vossos ouvidos; e Sem dúvida os seus ouvidores riram
estenderdes com vossos corações e ser- quando fez delicadamente as seguintes
des convertidos. (M at 13:13-15). Sen referências irônicas às pessoas que to
tidos, intelecto, e inspiração — tudo em dos conheciam tão bem : Aqueles ju s
harmonia. tos que não necessitam de arrependim
ento. (Lucas 1 5 :7 ); e os que com con
Métodos de ensinar
fiança escolhem os primeiros lugares a
Jesus mostra-nos como usar os melho uma festa, e depois são pedidos a ocupar
res métodos e técnicas de ensino. um lugar inferior. (Lucas 14:7-14.)
1. Êle ataca os problemas reais. 6. Êle não se desanima pela falta de
Quando os seus discípulos se queixa apreciação.
vam entre si, próprios a respeito de Salientes em Jesus são as qualidades
quem seria o maior no Reino, ensinou de brandura, varonilidade, doçura, ter
que “ Aquele que se humilha a si mesmo nura, perdão. Mas ficou firm e em ju s
como uma criança será o candidato tiça e para os princípios.
aprovado para possuir a cidadania do Quando os mensageiros informaram-
Reino. lhe que Herodes procurava tirar-lhe a
“ Quem é meu próxim o? Desta pergun vida, e O mataria se não partisse de
ta surgiu a inesquecível história do bom Peréa, Êle anunciou acridamente: Ide di
Samaritano. zer a esse Raposo que hoje e amanhã ex
E nós todos relembramo-nos da lição pulso os demônios e faço curas, e no
dada pela pergunta: Quantas vezes per terceiro dia serei consumado. (Lucas
doarei eu? 13:32.)
2. Era habil em responder de ime
Avaliação
diato .
Relembramo-nos de dois incidentes: E ’ coisa emocionante contemplar o po
Primeiro, a conversa d’Êle com a mulher der do Mestre — poder para transfor
Samaritana à quem pediu um pouco de mar a vida do povo.
água. (João 4 :6 -3 0 ). E segundo, a sua O mestre preparado é : absorvido na
resposta ao desafio, E ’ lícito pagar tri sua tarefa; atento ao povo, e a obra
buto a César? de edificar atitude salutar (ela é mais
3. Êle usa argumentos desafiantes. facilmente apanhada do que ensinada);
Mesma a mais fraca imaginação fi avaliador cuidadoso do motivo, do inten
caria impressionada com a história do to e dos objetivos alcançados.
publicano e o pecador, quando entraram Possivelmente dia virá quando as esco
no templo para o ra r. las seculares de treinamento dos mestres
Jesus desperta a atenção; estimula o não esquecerão de dar sua atenção a
pensamento; impressiona a memória; Jesus como o Mestre dos mestres, justa
eleva ao mais alto da espiritualidade. mente como nas classes do treinamento
— 14 —
dos mestres da Escola Dominical, Êle suais, instrumentos de aprendizagem, e
é nosso exemplo e modêlo. técnicas de ensino.
Conclusão Bater, vigorosamente: ao êrro, à in
diferença, ao mal e edificar agressiva
Precisa você de ajuda para se tornar
mente para a vida bôa.
A Força da Escola Dominical — O Mes
Que o Senhor abênçoe os trabalhos de
tre Preparado?
vós, os mestres; pois, vós sois, “ a força
Pedir, em humildade: “ o que devo eu da Escola Dominical.”
fazer agora?” •
P R I M Á R I A
QUANTO CUSTOU UMA BOLA
por Daisy W right Field
Ralph Wheeler era apenas um men qualquer maneira não há nada que im
sageirinho, empregado no escritório dum porta.”
advogado rico. Um mal dia, ao espanar Todavia êle saiu do escritório com
a escrivaninha do seu mestre, descobriu um ar de condenado, diferente do que a
uma moeda de 2 cruzeiros meia-escondi livre e leve maneira usual, e entrou na
da sob o canto dum grande livro de di loja de brinquedos na esquina, onde ha
reito, encadernado de couro. Hesitou um via certas bolas de borracha muito bem
minuto, pegou a moeda, tornou-a por no feitas por apenas Cr$ 2,00. Presente
lugar, e continuou a espanar. Mas a mente êle saiu da loja com uma nas mãos
tentação era muito fo r te . Quando se revolvendo-a e a admirando enquanto
aprontou para sair do escritório, êle dei andava na rua apertada de gente.
xou cair a moeda no bolso, tentando si “ Essa é uma linda bola que você tem
lenciar a voz de consciência com o pen aí.”
samento que não se podia saber a quem Ralph saltou como se tivesse sido ba
pertencia, porque o mestre recebia tan tido. Era a voz bondosa e simpatêtica
tos freguêses na escrivaninha durante de seu patrão, mas pela primeira vez na
o dia. história da sua amizade, Ralph não pôde
“ Ninguém sentirá falta duma moeda encontrar os olhos bondosos e morenos.
tão pequenina” , pensou êle, “ que real ■“ S-Sim, senhor” , êle gaguejou, e se
mente não vale a pena devolve-la. De apressou para ir embora quando seu
— 15 —
mestre acrescentou a pergunta, ‘'Quan “ Muito mais do que você jamais pode
to pagou pela bola?” ria pagar, e por isso eu resolvi o assun
“ Doi-Dois cruzeiros, senhor” , hesitou to. Mas daqui em diante, mestre Ralph,
o envergonhado menino e logo correu da deixe que seus esportes sejam um pou
presença de seu espantado amigo. co menos caro.”
Havia um lugar vazio em baixo do “ Ora, não, não posso permitir que o
escritório do mestre, onde os meninos senhor pague; não posso, não posso” , ex
jogavam diversos esportes, e aí Ralph clamou Ralph, dominado por remorso e
passou a próxima meia hora, e não mui vergonha.
to feliz, pois Ralph nunca tinha feito
qualquer coisa antes que pesasse tanto “ O senhor tem que me deixar pagar,
sôbre sua mente. Primeiro, achou que o senhor tem que — ou e u .
a bola tinha custado muito barato, por Então, de repente o miserável segre
que na verdade era muito boa, mas iria do tornou-se muito grande para o seu
ser o brinquedo mais caro que jamais guarda, e saiu à luz do dia. Era mara
conhecera. Pois que tinha vendido o seu vilhoso, a que proporções medonhas pa
estrito senso de honestidade pela bola e recia ter crescido em constrangimento
isto não era pouca coisa. — a história daquele pequeno roubo que
êle primeiramente pensara não ser nada
Repentinamente, a bola subiu muito
de importante.
e mudando de direção, inesperadamente,
entrou e espatifou uma janela do escri O seu ouvidor parecia triste em vez
tório próximo ao do seu mestre. Po de espantado. Ralph pensou ser despedi
bre Ralph saiu dalí com o coração pe do, peremptóriamente. Mas este homem
sado, pois bem sabia a natureza do ran usou métodos estranhos para efetuar a
coroso homem que ocupava o aparta sua vontade.
mento, e que teria de pagar pelos estra
gos o qual tomaria o seu magro salário Tirou uma chave das muitas que êle
duma semana, pelo menos. tinha no bolso do seu colete e abriu uma
gaveta na qual havia uma quantidade
Quando entrou no escritório do seu de moedas soltas.
mestre na manhã seguinte, esse virou
com leve sinal de amolação, e entregou “ Eu vou fazê-lo o guarda desta gave
a bola perdida. ta” , disse a Ralph, pondo a chave em um
outro chaveiro, o qual deu ao menino.
“ O velho Sr. Seeley informou-me que "N ela se guarda o dinheiro para as des
você quebrou a sua janela ontem de tar pesas pequenas do escritório. A s vezes,
de” , êle anunciou. em minha ausência entregam-se livros e
papelaria que tem que se pagar no mo
“ Eu-Eu quebrei, sim senhor” , admitiu
mento e você encontrará aí o dinheiro
Ralph.
para tôdas as contas.
“ Com certeza insistiu no pagamento
completo das despesas. Parece que a Ralph não podia achar palavras para
bola golpeou um tinteiro e ruinou um exprimir sua gratidão. Mas quando si
tapete valioso.” lenciosamente deitou sua magrinha mão
ao alcance do seu mestre, aquele sabia
“ Quanto é que custará, senhor?” per que êle seria digno de confiança.
guntou Ralph tremendo e agora muito
pálido. Trad. por C. Elmo Turner
— 16 —
SOCIEDADE DE SOCORRO
SAUDAÇÕES A TODOS, DA
SOCIEDADE DE SOCORRO!
por Diania Rex
— 17 —
SACERDÓCIO
2 de Maio de 1946 à autoridade que está presidindo, os que
o oficiam podem passa-lo consecutivamen
Aos Presidentes das Estacas e te aos membros da Igreja que estiverem
Bispos dos Ramos sentados no púlpito e na audiência.
Queridos Irmãos, Foi também determinação do conselho
recomendar à Superintendência e ao Co
Informações recebidas no escritório da
mitê Geral da União das Escolas Do
Primeira Presidência revelaram o fato
minicais do Deseret que as escolas do
de que existem divergências de opiniões
minicais do lugar sejam informadas de
e diferentes práticas entre os oficiais dos
que o significado da repartição do sacra
ramos com respeito à espécie de música
mento será realçado si não houver músi
e qual delas deveria ser usada durante a
ca naquele período. Indubitavelmente,
administração do sacramento.
existirão os que reclamarão dizendo que
Esta questão foi recentemente apre
a música suave é apropriada e contribue
sentada à Primeira Presidência e aos
para melhor ordem; mas uma cuidado
Doze, que aprovaram unanimemente a
sa consideração da instituição e do pro
recomendação de que a condição ideal é
pósito do sacramento trará à conclusão
ter absoluto silêncio durante a passa
que nada que distraia o pensamento do
gem do sacramento, e que são desacon
comungante, dos convênios que êle ou
selhaveis os solos vocais, duetos, grupos
ela estejam fazendo não estará de acor
de vozes, ou música instrumental du
do com a condição ideal que deveria exis
rante a administração dessa sagrada or
tir sempre que esta ordenança sagrada
denança. Não há objeção em haver
e comemorativa seja administrada aos
música apropriada durante a prepara
membros da Igreja.
ção dos emblemas sacramentais mas de
Reverência a Deus e às coisas sagra
pois que a oração seja oferecida, perfei
das é fundamental na religião pura.
to silêncio deverá prevalecer até que o
Deixemos que cada rapaz ou moça, cada
pão e a água tenham sido repartidos
homem ou mulher na Igreja, manifeste
entre todos os congregados.
esse princípio por manter perfeita or
E ’ sugerido, além disso, e de acordo
dem na sua comunhão sempre e em qual
unanime, que o sacramento seja dado
quer lugar onde seja administrado o
primeiro à autoridade presente à reu
sacramento.
nião. Este poderá ser o bispo, talvez
Sinceramente seus,
um da presidência da paróquia, ou um
George A lbert Smith
dos visitantes das Autoridades Gerais.
J. Reuben Clarli, F .°
E ’ o dever do sacerdote oficiante, de
David O. M cKay
terminar quem é no momento a autori
(Prim eira Presidência)
dade que preside, assim sendo, mesmo
que não haja administração do sacra Sejamos fiéis a estas recomendações
mento, os membros oficiantes do Sacer para que se melhorem cada vez todos os
dócio Aarónico terão uma lição de di ramos da Missão e que todos os ramos
ciplina na Igreja. sejam uniformes na administração des
Quando o sacramento é dado primeiro ta ordenança sagrada.
— 18 —
A Conciência Acusadora
por Richard L. Evans
Enfrentamos Incerteza
por Richard L. Evans
Com u m outro novo ano que logo na mais em nossas mentes é a sua in
se tornará uma parte da realidade das certeza — todos os seus acontecimen
nossas vidas, contemplamos outra vez tos desconhecidos. Algumas vezes pen
as coisas que pertencem ao imutável samos que si apenas soubéssemos, p o
passado, e as coisas que ainda hão de deríamos suportar tudo — mas essa
surgir. E enquanto que olhamos ao não. é a maneira desta vida. Depois
prospecto do ano que fica em nossa de nos fortificarm os à nossa melhor
frente, talvez a coisa que se impressio- habilidade e de acordo com o melhor
— 19 —
conhecimento que possuímos, temos imortal ainda há apenas um grupo de
que aceitar o que vier — sem saber regras para seguir. Regulações cor
m os. rentes podem mudar; os hábitos exte
Mas os anos novos sempre tem guar riores de nossas vidas podem ser m o
dado os seus próprios segredos e não dificados, se fôr necessário; mas em
se importa que o mundo espere que paz ou em guerra, em casa ou fora,
o ano novo lhe dê, há alguma finali não deitemos perder a vista dos últi
dade no pensamento, e talvez algum mos objetivos, nem os princípios, nem
conforto também, que sempre ho uve a as padrões, nem as crenças, nem as
incerteza. Neste respeito o ano novo ideais, e nenhuma benevolência da v i
não é diferente dos outros. No ano da. Podemos passar pelo fogo, mas
passado haviam incertezas, também, e fazendo assim, não devemos nos fazer
não gostávamos do prospecto, mas te com o espuma.
mos comportado o ano, com muitas E assim, com o temos suportado os
compensações para aliviar o quadro ano s que se passaram e achado que a
sem atrativos. vida é bôa apesar de todas as coisas
E agora, outra vez, com o sempre, não desejadas, também podemos supor
enfrentamos a incerteza — mas só a tar os anos vindouros, até o tem po que
incerteza em que se concernem os nos fôr dado, até que sejamos chama
acontecimentos correntes, além dos dos outra vez àquele lar donde v ie
quais ficam certezas fundamentais e mo s, onde os anos não mais se con
imutáveis; e as circunstâncias dum dia tam e onde a varredoura de tempo
não devem ser permitidas a confun mede-se somente pela eternidade da
dir os fundamentos que regem nossas imortalidade.
vidas. Na longa vista do homem Trad. por C. Elmo Turner
Evidências e Reconciliações
(do ERA, Janeiro de 1943)
Por João A. W idtsoe
— 20 —
rios sentidos, esclarecidos por outros lógico. O homem e o universo exter
auxilios que obtenha. Isto é, os fatos no não podem estreitarem-se dentro
de observação, no mundo visivel ou do s limites do materialismo. Portanto,
invisível, conduzem à verdade; e a o homem, em busca da verdade, pode
verdade tem que se conformar à e x chegar à fonte da vida, assim como a
periência humana. Ao pesquizador do pedra imóvel; o eterno passado como
conhecimento, a verdade constante também o eterno futuro; o Senhor dos
mente revela-se. céus, tanto com o o mais humilde de
Numa de suas diversas definições, o Suas criaturas; o mundo espiritual
dicionário concorda bem com a do como o material.
Profeta: “ A verdade conforma com o É claro que na busca da verdade
fato ou com a realidade; concordância torna-se evidente que há divisões de
exata daquilo que é, era ou será” . Esta conhecimento. Uma pertence somente
definição também exprime o pensa aos fatos; outra ao uso dos fatos para
mento que a verdade vem do conhe o bem ou o mal; ainda outra, aos que
cimento. crêm em Deus, com a conformidade
das exposições ou ações •às leis d ivi
Isto lança no indivíduo o fardo de
nas.
descobrir a verdade. Quando obtem
Num mundo de criaturas vivas, o
conhecimento em qualquer campo, ga
conhecimento que ajuda ao homem é
nha verdade. Porém, o conhecimento
da maior importância e do maior va
tem que ser correto ou não conduz à
lor. Realmente, o conhecimento tem
verdade.
somente valor quando ajuda ao ho
Tem se falado e escrito infinitamen mem em sua jornada progressiva. As
te sobre a verdade. Deve ser admiti
verdades de religião ficam dentro des
do agora, e sem reservas, que o ho ta elocução e ali a importância da re
mem mortal, enquanto adquire conhe ligião torna-se evidente. Apenas obter
cimento pelos sentidos imperfeitos — a verdade sem respeito ao bem-estar
seus únicos meios a chegar à verdade
do homem, denota uma vida vazia.
— tem que ficar contente, em muitos Ou, adquirir a verdade para prejudi
campos de esforço, com verdade par car o homem, faz do tal pesquizador
cial. Os olhos do homem, contemplan da verdade um demônio. Somente os
do os céus, obtem algum conhecimento que tentam achar o uso da verdade
do universo; adquirem ainda mais com para o melhoramento do homem, são
o auxílio do telescópio e do espectros aceitos pesquizadores da verdade.
cópio; mas completo conhecimento do No sentido mais nobre, a verdade é
céu estrelado fica ainda longe do alcan conhecimento obtido e usado para o
ce do homem. Contudo, o conhecimento bem-estar da humanidade.
ganho pelo olho nú, ou com o auxilio A verdade é a mais preciosa pos
de instrumentos, revela a verdade — sessão do homem. A luz acompanha
parcial mas nobre verdade, digno de sempre essa verdade. Ele que conhe
ficar ao lado de toda a outra verda ce essa luz caminhará inteligentemen
de. Com o decorrer do tempo o ho te e em segurança (D. & C. 93:29,36.)
mem — pesquizador de conhecimen
Ali, também, é prova à verdade (D.
to e amante da verdade, — sempre & C. 50:23,24.)
aproximará à plenitude da verdade.
* * *
Já foi tentado limitar ao mundo ma
terial a busca do homem à verdade. " E ’ preciso saber calar, tanto quanto
Isto implica que não haja outro uni saber fa la r . Tu te arrependerás rara
verso, ou que o homem seja incapaz mente de haver falado pouco; frequent
de explorar o domínio espiritual. A m emente, de haver falado demais.”
bas alternativas são inaceitáveis ao — La Bruyére.
— 21 —
“ O Rumo dos Ramos ”
Este cantinho da Gaivota é reservado começar a mútuo e outras reuniões em
às informações e notícias dos ramos da português.
Missão e seus missionários. Este mês
apresentamos todos os ramos e os mis Ribeirão Preto
sionários que neles trabalham. Já sa
* Elder Grant C. Tucker
bemos que muitos dos membros estão
Elder Sanford S. Walker
pensando a respeito de alguns Elders
e esta é a oportunidade informarem-se Este é um ramo reaberto mas es
deles e apanhar as novidades dos ramos tes missionários aplicados estão cons
da Missão. truindo uma base firm e alí e lhes dize
Estamos contentes em noticiar que to mos: Bôa sorte. Eles também procuram
dos os missionários estão bem e alegres. sala. Não há membros lá ainda.
Elder Rubens e Elder Fowles recente
mente foram operados de apêndice, e Piracicaba
após rápida convalescença acham-se no
vamente fortes. * Elder Jay R. Fowles
Elder Rubens Pellegrini foi desobriga Elder Harry Maxwell
do da sua missão em Dezembro. Cum Elder Fowles já voltou a trabalhar
priu uma missão de um ano e trabalhou depois da sua operação e por isso o tra
em diversos ramos. Os membros e mis balho estava restringido mas daqui em
sionários aprenderam a amá-lo e apre diante, aguarde Piracicaba. Ambos deles
ciar seu caráter maravilhoso. Êle reali possuem vozes lindas e atrairão muita
zou um trabalho formidável e nós todos atenção nesse particular.
vamos sentir muito a sua falta. Unimo-
nos em lhe exprimir a nossa profunda Campinas
gratidão pelo serviço dele e sabemos
que continuará ativo na Igreja. Que * Elder Wayne M. Beck e sua espôsa
Deus o abençoe! / Irmã Evelyn M. Beck, e a família deles
Os missionários se encontram longe e § Elder Arnold E. Maas
dispersados agora porque o trabalho Elder Joseph William Lewis
cresce e novos ramos foram abertos há
Sendo que Elder Beck, o primeiro con
pouco tempo. Começemos ao norte do
selheiro do Presidente Rex, é o responsá
país e desçamos:
vel em Campinas e com estes outros mis
sionários sabemos que Campinas está
Rio de Janeiro
“ O. K.” . Este talvez seja o mais vivo
ramo da missão. Dois missionários bra
* Elder Wallace Lynn Pinegar
sileiros. desobrigados, Elder Alfredo e
Elder Blaine Orson Tew
Elder Remo, apoiam a organização e
um corpo de jovens membros ativos au
Há dois gigantes agora no Rio e eles xiliam a fazer este ramo um dos melho
estão fazendo um gigante serviço lá.
res.
Quasi todos os membros são Americanos
e os que não são Americanos falam in São Paulo (D istrito)
glês, de sorte que a reunião de domingo
(Centro)
se fala em inglês. Esta reunião reali
za-se nas casas dos membros; um domin * Elder Warren J. Wilson
go aqui, outro alí etc. Mas os missio Elder Jesse L . McCulley
nários procuram sala e esperam logo Elder W alter J. Boehm
— 22 —
Estes irmãos estão desempenhando bem zação da Igreja lá. Isto é devido, e de
o seu trabalho e o maior ramo na mis um modo acentuado, ao grupo de apli
são (em população) está bem cuidado. cados missionários que se encontram lá
Os missionários são aplicados. Já acha e também aos membros firm es.
ram outra casa e abriram um novo dis
trito para distribuir folhetos. As coi Ipomeia (? )
sas estão progredindo. A média de fre * Elder Dale S. Bailey
quência às reuniões sacramentais é cer Elder Floyd A. Johnson
ca de 50 pessoas.
Muitas pessoas imaginam onde fica
Santo Amaro (Ram o) "Ipom eia” — e poucas realmente sa
bem. Algumas pessoas contam que é “ No
§ Elder John A . Alius fim do mundo.” Mas onde quer que seja
Elder Dean Clark estes irmãos podem lhe dizer. Sabe-se
Encontra-se funcionando aqui um que fic a lá no interior do Estado de San
ramo muito bom com Escola Dominical, ta Catarina e é- quasi isolada. Porém,
Mútuo, Sociedade de Socorro e tudo. há alguns membros lá, quasi todos ale
Esse é um progresso real e eles mere mães, e são fiéis. Estes Elders estão fa
cem congratulações de coração! zendo um trabalho esplêndido, não só
de dirigirem as atividades da Igreja
mas também de ensinarem uma escola
Santo André (Ram o)
da Igreja . Os membros possuem uma
§ Elder Cecil J . Baron Igreja própria e há uma boa organiza
Elder Raymond Maxwell ção funcionando lá.
ANEDOTAS
Hoje meu coração palpitou 103.389 SABEDORIA
vezes; meu sangue circulou 269.000.000
— Mas filhinho, como é que adian
quilometros; respirei 23.040 vezes;
ta íão pouco em teus estudos? Eu, à
inhalei 48 metros cúbicos de ar; comi
tua idade, já lia rapidamente.
um quilo e meio de comida; bebi um
— V ê-se que você teve melhor mes
litro e um quarto de líquido; transpi
tre do que e u . ..
rei 3/4 litros; deixei sair 35 centígra
dos de calor e produzi 450 toneladas
DIMINUTO
de energia. Falei 4.800 palavras;
movi 750 músculos maiores; minhas Um negrinho estava passando mui
unhas cresceram 0,00115 m .m .; meus to trabalho tratando de comer um
cabelos cresceram 0,4285 m .m .; exer enorme melão.
citei 7.000.000 células dos miolos. “ Demaisiado melão, não é m enino?”
Estcu cansado. . . — disse-lhe um homem.
Bob Hope “ Não senhor, mui pouco negrinho.” !
DOIS MESTRES
Uma das mais conhecidas passagens os inimigos do Senhor, conforme acre
na Bíblia é aquela em que disse o Se ditava êle. Em vez de indicar aberta
nhor: '‘ Ninguém pode servir a dois se mente ao Senhor, Judas empregou a
nhores; pois ou há de aborrecer a um traição. Empregou o beijo para parecer
e amar ao outro, ou há de unir-se a <;omo devoto ao Senhor, ao mesmo tem
um e desprezar ao outro. Não podeis po que era o sinal à turba que aquele
servir a Deus e as riquezas.” que beijara dessa maneira seria o Se
nhor a quem prenderiam. Dizendo, “ Sal
Judas Iscariotes havia sido chamado
ve, Mestre” , quis que o Senhor acreditas
tom os demais dos doze, e havia sido
se que todavia era um dos seus fiéis
man-ilado sair com a mesma instrução
seguidores; não obstante, havia combina
recebida pelos demais, para curar os
do com os traidores para que este fosse
infermos, levantar os mortos, mesmo de
o sinal de traição. Paltando-Jhe a cora
lançar demônios. A êle foi dada a mes
gem para declarar-se inimigo do Senhor
ma promessa de ajuda divina, e lhe foi
ou talvez não desejando fazê-lo, tratou
explicado que seria aborrecido e perse
guido, mas também lhe foi assegurada a de receber o dinheiro da traição e ao
salvação si perservasse até o fim . mesmo tempo sustentar sua amizade
Mas Judas era um homem que ten com Cristo.
tou servir a dois mestres — Deus e Ma- Tais eram os pensamentos dele que
mona. Evidentemente êle desejava con traiu ao Senhor. Não obstante, seus
tinuar viajando com o Senhor, e ainda três anos de ensinamentos que não po
sair a pregar quando era mandado. dia servir a dois mestres; o quis fazer.
Ladrão, um “ amante da bolsa” ; co Havendo sido ensinado què “ não podia
biçava o conteúdo valoroso e o queria servir a Deus e a Mamona” , saudando o
vender por dinheiro o que roubara. Êle Senhor, o beijou enquanto apertava em
amava as coisas deste mundo e sem em sua mão as trinta peças de prata
bargo se ostentava embaixo da capa
Mui£os são os que nesta vida seguem
de justiça. Enquanto era um ladrão de
o exemplo de Judas, que aman, as coi
coragem, êle se aderia ao Mestre e aos
sas do mundo, que seguem concupiscên-
Doze.
cias mundanas e depois tentam cobrin-
Em Gethsemane, aquela noite fatal, se com as vestes da espiritualidade.
Judas quis navegar outra vez em baixo
Como disse o Senhor, nenhum homem
das bandeiras. Havia tratado com os
pede servir a Deus e a Mamona T e
crucificadores do Senhor. Estava dis
mos que escolher a quem servir. Nin
posto a entrega-Lo em suas mãos. Não
guém se engane em pensar que p< de
obstante, aparentemente tinha medo de
servir a dois Senhores. Judas quis e
declarar-se na frente do Mestre. No
fracassou. Náo sigamos seu exemplo.
mesmo ato de traição Judas quis pare
cer amigo de Jesus, não como um trai Do “ Deseret N ew s”
dor. A traição era segredo entre êle e Trad. por C. Elmo Turner