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ESCALAS DE VALIDADE
Escala ‘?’
O resultado desta escala é simplesmente constituído pelo número total de itens colocados na
categoria Não Sei. O resultado desta escala pode-nos dar uma indicação sobre os factores de
personalidade como:
negligência/ falta de cooperação
preocupação em não se comprometer/ desconfiança
impossibilidade de tomar decisões
...mas não nos dá um estudo sobre o material clínico específico.
Um resultado bruto elevado (>30) levará à invalidação do perfil; um resultado bruto >10 aconselha a
uma correcção do perfil. Em ambos os casos significa sempre que o sujeito teve uma excessiva
cautela em não revelar informação significativa acerca de si próprio.
Escala L (lie=mentira)
A escala L permite ver em que medida o sujeito se esforça em falsear os seus resultados, escolhendo
para isso, a resposta que lhe parece ser a mais favorável, do ponto de vista social. É constituída por
15 itens que referem situações socialmente desejáveis mas raramente verdadeiras.
Quanto maior for o valor de L, menor será o valor nas escalas clínicas, o que leva a supor que os
valores reais seriam superiores aos que o sujeito obteve. (Excepção para indivíduos muito
conscienciosos, rígidos, exigentes e intolerantes no respeito pelas regras e valores.)
O resultado L, por si só, pode funcionar como indicador de uma tendência particular de determinada
personalidade. A maior frequência de resultados elevados aparece nas:
Histerias
Paranóia e psicopatia
Hipomania
Escala F
É constituída por 64 itens de baixa frequência de resposta - <10% no grupo normal. Esta escala
permite identificar conteúdos, comportamentos, experiências e pensamentos atípicos.
Um resultado baixo constitui uma excelente indicação do carácter lógico e pertinente das respostas
do sujeito.
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Escala K
Integra 30 itens seleccionados para identificar atitude defensiva vs hipercrítica face às dificuldades e
sintomas psicológicos. Esta atitude implica uma distorção não deliberada, no sentido favorável ou
desfavorável, na avaliação dos itens de algumas escalas clínicas.
Se K for elevado
Nos sujeitos com patologia, indica atitude defensiva, negando a patologia e apresentando uma
imagem favorável;
Nos indivíduos normais, resultados relativamente elevados podem identificar uma personalidade bem
adaptada e integrada.
Se K for baixo
Indicará tendência exagerada para a autocrítica, para admitir o mínimo sintoma ou falha psicológica,
para apresentar uma imagem desfavorável.
ESCALAS CLÍNICAS
O mais importante na análise é o perfil global. Cada escala por si só não tem um valor absoluto, o
resultado pode ter significados diferentes consoante os resultados de outras escalas.
Hipocondria é uma síndroma caracterizada por preocupação excessiva com o corpo e com a saúde,
acompanhada por medos de doença orgânica e exagero das sensações cenestésicas normais, que
são vividas desagradavelmente. Surgem queixas físicas persistentes ou recorrentes, de natureza e
localização instáveis e difusas e para as quais não se encontra causa orgânica.
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Os resultados nesta escala funcionam como uma medida da preocupação do indivíduo com o
funcionamento somático; a elevação dos resultados não tem diagnóstico unívoco e sinaliza
características de personalidade relativamente estáveis e resistentes a mudança.
Resultados elevados
Indica a tendência a queixas e inquietação exagerada com o corpo, acompanhada, geralmente, de
pessimismo, derrotismo, sentimentos de infelicidade, inadequação e ineficácia pessoal. Normalmente
surge associada uma certa passividade, defensividade e dificuldade em lidar com emoções negativas.
Resultados baixos
Indica uma não preocupação com o funcionamento somático (ou até denegação de queixas
hipocondríacas) e, em principio, assinala interesse e capacidade para interagir com os outros de
forma mais eficiente e gratificante.
Os resultados têm significados específicos no conjunto do perfil, de acordo com a idade e condição
actual do sujeito. A sintomatologia depressiva pode estar presente em numerosos quadros clínicos,
pelo que:
Na população normal estes dois grupos de características são relativamente independentes, mas não
nos grupos patológicos.
A elevação nesta escala assinala a presença de características dos dois tipos e pode ocorrer em
pessoas que geralmente mantêm uma fachada de ajustamento superior e só em situações de stress
manifestam vulnerabilidade e desenvolvem sintomas de conversão.
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Resultados muito baixos, podem indicar conformismo, isolamento social, desconfiança em sujeitos
pouco amistosos.
É uma escala difícil e dificilmente falsificável e de grande utilidade clínica. Pode elevar-se em
indivíduos que nunca apresentaram comportamentos patológicos, mas as características subjacentes
podem revelar-se em situações de falha de mecanismo inibidores.
Escala de atitude e interesses sexuais, útil combinada com escalas clínicas. Resulta da comparação
entre heterossexuais e homossexuais masculinos e entre os sexos masculino e feminino.
Resultados elevados indicam: interesses e atitudes próprias do sexo oposto; mas nunca permite
identificar homossexualidade para qualquer um dos sexos.
No caso masculino os resultados estão relacionados com o nível cultural intelectual e social. No caso
feminino os dados experimentais são escassos.
Escala desenvolvida para detectar sintomas paranóides como ideias de referência, sentimentos de
perseguição, conceito de self grandioso, hipersensibilidade interpessoal e rigidez psicológica.
Resultados elevados:
Indicam:
Desconfiança, interpretatividade, hostilidade, egocentricidade e grandes dificuldades
interpessoais;
Delírio sistematizado, de mecanismo interpretativo; escala muito sensível à intensidade do delírio.
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6. Psicastenia (Pt)
Escala validade com indivíduos caracterizados por grande fadiga física e intelectual, dúvidas
sistemáticas e excessivas, indecisão, medos injustificados (fobias), obsessões e compulsões,
grandes níveis de ansiedade.
Escala validade com grupo de sujeitos muito heterogéneo que apresentavam em comum
características psicóticas, designadamente: perturbações do pensamento, da percepção, do afecto,
dificuldades de controlo dos impulsos e alterações da sociabilidade.
Estudos de validade mostraram que a escala detecta 60% dos casos diagnosticados como
esquizofrénicos, mas não detecta certos tipos de esquizofrenia (p. Ex. esquizofrénicos paranoides).
Nos casos de esquizofrenia a elevação nesta escala não é proporcional à gravidade ou cronicidade
do quadro.
Resultados elevados
Escala desenvolvida para identificar sintomas hipomaníacos aos quais está subjacente uma
hiperactividade do pensamento e da acção.
Este quadro caracteriza-se por uma instabilidade e labilidade do humor, euforia, excitação
psicomotora auto-conceito grandioso, egocentricidade, impulsividade e facilidade de passagem ao
acto.
Esta escala indica o nível de energia do sujeito, se ele for elevado pode activar as qualidades
identificadas pela elevação de outras escalas clínicas.
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Resultados muito baixos podem indicar níveis de energia reduzidos, fadiga crónica, depressão
acompanhada por tensão e ansiedade.
ESCALAS ADICIONAIS
Introversão Social (Sl)
A escala reflecte tanto a tendência para o isolamento como sintomas de depressão, pelo que ambos
podem contribuir para a elevação dos resultados.
Resultados elevados indicam introversão social e são mais frequente em indivíduos tímidos,
reservados e isolados, descritos como frios, distantes e com dificuldade em expressar sentimentos.
Resultados baixos ocorrem em indivíduos gregários, sociáveis e versáteis no contacto com os outros.
Indivíduos autoconfiantes, expressivos e vigorosos ou que, por vezes, têm um estilo exibicionista e de
ostentação nos contactos sociais.