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Curso Preparatório
Certificação CPA-20

CEBESA
Curso Preparatório
Certificação Profissional
ANBIMA série CPA-20
(atualização Março/2017)

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Curso Preparatório
Certificação CPA-20
Índice
MÓDULO 1 – SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTES DO MERCADO (ATÉ 10%) .......................... 6
1.1 ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, AUTOREGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO ................................................................... 8
1.2 INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS (SUBSISTEMA OPERATIVO).................................................................... 12
1.3 TIPOS DE INVESTIDORES ..................................................................................................................... 14
MÓDULO 2 – COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E API (ATÉ 25%)................................................................................ 18
2.1 RISCO DE IMAGEM E RISCO LEGAL ....................................................................................................... 19
2.2 CONTROLES INTERNOS – RESOLUÇÃO CMN 2.554/98.......................................................................... 19
2.3 PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO................................................................................................. 21
2.4 NORMAS E PADRÕES ÉTICOS .............................................................................................................. 24
2.5 API (CÓDIGO ANBIMA / INST. CVM 539) ............................................................................................ 25
2.6 FATORES DOMINANTES DE SUITABILITY AO INVESTIDOR ......................................................................... 27
2.7 DECISÕES DO INVESTIDOR NA PERSPECTIVA DE FINANÇAS COMPORTAMENTAIS ......................................... 29
MÓDULO 3 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS (ATÉ 10%) ....................................................... 37
3.1 NOÇÕES GERAIS DE ECONOMIA .......................................................................................................... 38
3.2 POLÍTICA ECONÔMICA ....................................................................................................................... 41
3.3 NOÇÕES GERAIS DE FINANÇAS ............................................................................................................ 45
MÓDULO 4 – INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL, RENDA FIXA E DERIVATIVOS (ATÉ 25%) ...................... 54
4.1 MERCADO FINANCEIRO – CONCEITO GERAL ......................................................................................... 55
4.2 INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL .................................................................................................. 57
4.3 INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA ......................................................................................................... 66
4.4 DERIVATIVOS .................................................................................................................................... 79
4.5 COE – CERTIFICADO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS ............................................................................ 88
4.6 NEGOCIAÇÃO, LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA .............................................................................................. 90
4.7 OFERTA PÚBLICA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ......................................................................... 92
MÓDULO 5 – FUNDOS DE INVESTIMENTOS (ATÉ 25%) .................................................................................... 100
5.1 FUNDOS DE INVESTIMENTOS – CONCEITOS, FUNÇÕES, REGULAMENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS ................ 101
5.2 PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE GESTÃO ................................................................................................ 110
5.3 CLASSIFICAÇÃO CVM ...................................................................................................................... 113
5.4 DEMAIS FUNDOS DE INVESTIMENTOS................................................................................................. 116
5.5 PERCENTUAIS DOS FUNDOS.............................................................................................................. 119
5.6 TRIBUTAÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS ................................................................................... 120
5.7 CÓDIGO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS (FUNDOS DE INVESTIMENTO ........................................ 123
5.8 CLASSIFICAÇÃO FUNDOS INVESTIMENTO ANBIMA ............................................................................... 127
MÓDULO 6 – PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL (ATÉ 10%) .......................................... 131
6.1 PREVIDÊNCIA SOCIAL X PREVIDÊNCIA PRIVADA ................................................................................... 132
6.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS QUE INFLUENCIAM O PRODUTO ................................................................ 133
6.3 PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL) ............................................................................... 138
6.4 VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (VGBL) .................................................................................. 138
6.5 ADEQUAÇÃO DOS PRODUTOS E MODALIDADES................................................................................... 139
MÓDULO 7 – MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO (ATÉ 20%) ............................................. 143
7.1 RISCO – ESTATÍSTICA APLICADA........................................................................................................ 144
7.2 RISCO, RETORNO E DIVERSIFICAÇÃO ................................................................................................. 149
7.3 CONTROLE DE RISCO E PERFORMANCE .............................................................................................. 155
7.4 ADMINISTRAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCO ................................................................................... 162

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AVISOS IMPORTANTES

 Objetivo do Curso: englobar o conteúdo exigido no exame online de


CERTIFICAÇÃO CPA-20 ANBIMA.

 Conforme ARTIGO 59 do Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas


Para o Programa de Educação Continuada, isenta-se a INSTITUIÇÃO ANBIMA
de qualquer responsabilidade, utilização, elaboração, bem como publicação
ou qualquer meio de divulgação deste curso.

 Serão apresentados de maneira clara e objetiva todos os tópicos para a


devida preparação na certificação ao aluno.

 Segundo a Anbima, autorizada pela CVM, a CERTIFICAÇÃO CPA-20 se faz


necessária a profissionais que desempenham atividades de comercialização
e distribuição de produtos de investimento diretamente junto a investidores
alta renda, bem como aos gerentes de agências que atendam aos segmentos
private, corporate, investidores institucionais, e a profissionais que atendam
aos mesmos segmentos em centrais de atendimento.o objetivo é com que
você, aluno, tenha sucesso na certificação, obtendo no mínimo 70% de
aproveitamento para estar apto a atuar com produtos de investimento do
mercado financeiro.

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PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO CONTINUADA ANBIMA

A ANBIMA é a principal entidade representante das instituições financeiras que


atuam no mercado financeiro brasileiro, certificando profissionais para atuação com
produtos financeiros junto ao público investidor em geral.

Em conformidade com a Resolução 3.158 e 3.309 do Conselho Monetário Nacional


houve, por meio de autorização da CVM e por iniciativa da ANBIMA (união da ANDIMA e
da antiga ANBID) em conjunto com a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos),
estabelecimento de exame de certificação (objeto deste curso preparatório) destinado a
elevar significativamente a qualidade no conhecimento e propagação do mercado
financeiro e seus produtos de investimento.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Neste curso serão abordados os módulos abaixo relacionados (percentual de


composição do conteúdo no Exame de Certificação CPA 10):

1º Módulo: Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado (até 10%);


2º Módulo: Compliance Legal, Ética e API (até 25%);
3º Módulo: Princípios Básicos de Economia, Finanças (até 10%);
4º Módulo: Instrumentos de Renda Variável, Renda Fixa e Derivativos (até 25%);
5º Módulo: Fundos de Investimentos (até 25%);
6º Módulo: Previdência Complementar Aberta: PGBL E VGBL (até 10%);
7º Módulo: Mensuração, Gestão de Performance e Risco (até 25%).

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Módulo 1 – Sistema
Financeiro Nacional e
Participantes do Mercado
(até 10%)

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1.1 Órgãos de Regulação, Autoregulação e Fiscalização
1.1.1 Conceito de Sistema Financeiro Nacional
Conjunto de instituições públicas e privadas. O SFN se divide em dois grupos:
Normativo e Operativo. Possui como principais objetivos viabilizar, intermediar, regular e
coordenar a relação geral nos mercados financeiros entre os Agentes Poupadores
(Superavitários em Recursos) e os Agentes Tomadores (Deficitários em Recursos).

1.1.2 Órgãos Normativos e Supervisores


CMN – Conselho Monetário Nacional
(Min. Fazenda / Min. Planejamento / Presidente Bacen)
• Normatizar a constituição e regulamento das instituições financeiras;
• Determinar/Estabelecer a Política Economica em geral
• Aprovar as emissões de papel moeda (R$ - reais);
• Estabelecer as medidas e políticas necessárias para o equilíbrio econômico
(Redesconto e Compulsório);
*****DEFINE A META DE INFLAÇÃO – IPCA*****

BACEN – Banco Central do Brasil


Autarquia Federal. Principal órgão executor da economia onde sua principal função
é de praticar as disposições da legislação em curso do CMN.
• Controlar o Crédito!
• Executar as políticas econômicas estabelecidas no CMN (Fiscal, Monetária e
Cambial);
• Efetuar as emissões de papel moeda (R$ - reais);
• Compra e venda de Títulos Públicos Federais (Open Market);
• Fiscalizar as Instituições Financeiras

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CMN x BACEN (competências)


CMN é um órgão unicamente
NORMATIVO, Verbos: Determinar,
Disciplinar, Limitar, Definir,
Estabelecer e Regular.

BACEN é o órgão executor da


POLÍTICA ECONÔMICA. Verbos:
Regular, administrar, emitir, receber,
autorizar, fiscalizar, controlar e
exercer.

CVM – Comissão de Valores Mobiliários


A CVM é uma autarquia subordinada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de órgão
normativo que executa as diretrizes definidas para o mercado de valores mobiliários. Neste
mercado, são negociados diversos - Valores Mobiliários e Títulos – tais como: Ações,
Debêntures e Fundos de Investimento (cotas). Os principais objetivos da CVM são:
 Medidas de incentivo aos investimentos junto ao mercado de valores
mobiliários;
 Regular e coordenar o funcionamento das bolsas de valores;
 Garantir a legalidade e procedimentos transparentes na negociação dos
títulos e valores mobiliários;
 Fiscalização de emissão de títulos, ofertas de distribuição, registro, e demais
atividades de negociação utilizadas nas Bolsas pelas firmas de capital aberto
(S/A’s) e Corretoras e Distribuidoras de Valores Mobiliários.

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Organograma Normativo - Sistema Financeiro Nacional

CMN
Min. Planej / Min. Fazenda / Pres. Bacen

BACEN CVM
(Executa – Fiscaliza – (Fiscaliza – Regula) S/A’s,
Regula – Cumpre) normas Bolsas, Agentes Financeiros
definidas para as (Corretoras). Protege
Instituições Financeiras. Investidores.
Ampara Clientes

Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP


Órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;
é composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça,
representante do Ministério da Previdência Social, Superintendente da Superintendência
de Seguros Privados, representante do Banco Central do Brasil e representante da
Comissão de Valores Mobiliários. Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição,
organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao
SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características gerais dos
contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; estabelecer as
diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e
Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e
disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor.

Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) – Supervisor


Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. Responsável pelo controle e
fiscalização do mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. Dentre suas
atribuições estão: fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e
Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; cumprir e fazer

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cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas;
prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.

Conselho Nacional de Previdencia Complementar - CNPC


Órgão com a função de regular o regime de previdência complementar operado
pelas entidades fechadas de previdência complementar. O CNPC é presidido pelo ministro
da Previdência Social e composto por representantes da Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (Previc), da Secretaria de Políticas de Previdência
Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministérios da
Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência
complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades
fechadas de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de
benefícios das referidas entidades.

Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC (Supervisor)


A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma
autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as
atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). A
Previc atua como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades
fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de
previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência
complementar, observando, inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário
Nacional e pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar. O Decreto nº 7.123, de 03
de março de 2010, dispõe sobre a organização e o funcionamento do Conselho Nacional de
Previdência Complementar (CNPC) e dá outras providências.

1.1.3 Anbima – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados


Financeiro e de Capitais (Autorregulação)
Órgão de classe – União das IF’s – AUTORREGULAÇÃO
 Representa os interesses das instituições participantes (SIGNATÁRIAS).

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 Autorregula suas atividades com normas mais rigorosas e detalhadas que as
determinadas pela CVM, estabelecendo códigos próprios de regulação.
 Promove a busca pela educação e informação de investidores e profissionais de
mercado.

Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação


Continuada:
http://www.anbima.com.br/data/files/92/36/9F/4D/9B7675106582A275862C16A8/Codigo_
Certificacao_20150620_1_.pdf
- CPA-10 se destina a certificar Profissionais das instituições participantes que atuam
na prospecção ou venda de produtos de investimento diretamente junto ao investidor,
inclusive em agências bancárias ou Plataformas de Atendimento.;
- CPA-20 se destina a certificar Profissionais das instituições participantes que atuam
na prospecção, venda de produtos de investimento ou manutenção de carteira de
investimentos diretamente junto a investidores atendidos nos segmentos Varejo Alta
Renda, Private Banking, Corporate e Investidores Institucionais.
- CEA se destina a certificar Profissionais das instituições participantes que
assessoram os gerentes de contas de investidores pessoas físicas em investimentos,
podendo indicar produtos de investimento.
- CGA se destina a certificar Profissionais das instituições participantes que
desempenham atividades de gestão profissional de recursos de terceiros.

1.2 Intermediários Financeiros (Subsistema Operativo)


Viabilizam a transferência de recursos dos Agentes Superavitários (poupadores)
aos Agentes Deficitários (captadores) da economia. As Instituições Financeiras realizam
“operações ativas” (ex: empréstimos, financiamentos, CDC) e/ou “operações passivas”
(poupança, CDB, aplicações).

1.2.1 Bancos Comerciais


São as instituições financeiras mais comuns do sistema financeiro operativo.
Realizam a intermediação financeira quando adquirem recursos financeiros numa ponta, e

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em outra, lançam empréstimos de curto a médio prazo destinados a pessoas físicas e
jurídicas (comerciais, de serviços e da indústria). Captam $$ recursos por meio de depósitos
à vista em contas correntes; à prazo em CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou RDB
(Recibo de Depósito Bancário). Ofertam $$ recursos através de empréstimos gerando
moeda escritural, na forma de operações de ativos financeiros como CDC (Crédito Direto
ao Consumidor)

1.2.2 Bancos de Investimento


Instituições Financeiras que ofertam crédito em prazo médio a longo (mínimo de 1
ano) por meio de financiamentos e capital de giro. Pela Resolução 2624/99, estas IF’s
podem ter contas correntes, desde que não tenham remuneração, não ofertem depósitos
a vista, nem serviços com emissão de cheques pelos Titulares.
**NÃO POSSUEM CONTAS CORRENTES C/ CHEQUES**

1.2.3 Bancos Múltiplos


Efetuam a conjunção de diversas carteiras em um mesmo conglomerado financeiro.
Trata-se de uma mesma instituição que possui mais de um CNPJ com diferentes
(CARTEIRAS) atividades de intermediação. Algumas carteiras principais são: comercial,
investimento, crédito imobiliário, crédito, financiamento e investimento, desenvolvimento
e leasing.

SEMPRE CAI NO EXAME!


LEMBRE-SE QUE, PARA SER DENOMINADA
COMO BANCO MÚLTIPLO, A INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
DEVE POSSUIR PELO MENOS (2) CARTEIRAS
DISTINTAS, SENDO UMA DELAS OBRIGATORIAMENTE,
OU COMERCIAL OU DE INVESTIMENTO!

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1.2.4 Bolsa de Valores: BM&F Bovespa
Instituição Financeira na forma de sociedade anônima, resultante da fusão em 2008
da Bolsa de Mercadorias e Futuros (antiga BM&F) com a Bolsa de Valores de São Paulo.
Fiscalizada pela CVM, a Bolsa de Valores coordena diversas operações no mercado de
balcão organizado à vista ou futuro de compra e venda de: ações, derivativos,
commodities, entre outros títulos e contratos.

1.2.5 Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários


São as instituições financeiras do sistema operativo, fiscalizadas pela CVM, que
operam no mercado acionário de bolsas de valores e mercadorias. Efetuam a compra,
venda e distribuição de ações, títulos e valores mobiliários, e derivativos diversos
(contratos, mini-índices, opções). Funções:
 Emitir ordens de própria titularidade;
 Atuar em operações de câmbio;
 Gerir fundos de investimento.
 Homebroker – serviço de compra e venda de ações on line, via internet, pelo próprio
titular.

1.2.6 Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários


Instituições Financeiras que facilitam a liquidez dos mercados. Possuem como
finalidade a intermediação de valores mobiliários. Também são fiscalizadas pela CVM, e até
2009, se distinguiam das corretoras por não poderem operar no recinto das bolsas de
valores. Por decisão do BACEN e da CVM as distribuidoras já podem atuar nos mercados
organizados das Bolsas. Funções:
 Participar de ofertas públicas de ações;
 Operar nos mercados financeiro e de capitais por conta e ordem de terceiros;
 Intermediar operações de câmbio.

1.3 Tipos de Investidores


1.3.1 Investidor Profissional
Conforme Instrução CVM 554, consideram-se investidores profissionais:
I. instituições financeiras e demais autorizadas pelo BACEN;
II. companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
III. entidades abertas e fechadas de previdência complementar;

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IV. pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor
superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente, atestem por
escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
V. fundos e clubes com carteira gerida por profissional autorizado pela CVM;
VI. agentes de investimento, administradores de carteira e consultores de valores
mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
VII. investidores não-residentes

1.3.2 Investidor Qualificado


Conforme Instrução CVM 554, consideram-se investidores qualificados:
I. Investidores profissionais;
II. pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor
superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por
escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
III. clubes de investimento geridos por investidores qualificados.

1.3.3 Investidor Não-Residente


Considera-se investidor não residente, individual ou coletivo, as pessoas físicas ou
jurídicas, os fundos ou outras entidades de investimento coletivo, com residência, sede ou
domicílio no exterior. As movimentações financeiras com o exterior, decorrentes das
aplicações de não-residentes somente podem ser efetuadas mediante câmbio.
O investidor não-residente deve:
I. Constituir um representante legal no Brasil;
II. Obter registro junto à Comissão de Valores Mobiliários.
III. Nomear instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central, caso não seja instituição
financeira.
IV. Registrar os recursos financeiros oriundos das aplicações no Banco Central do Brasil,
na forma da regulamentação.

Compete ao representante constituído:


I. Responder pelo Investidor Não-Residente junto à CVM e Bacen.
II. Manter atualizados os registros do não-residente.
III. Comunicar imediatamente ao Banco Central do Brasil e à Comissão de Valores
Mobiliários o cancelamento do contrato de representação observadas as respectivas
competências, e a ocorrência de qualquer irregularidade de seu conhecimento.
Os ativos financeiros e os valores mobiliários negociados devem:
I. ser registrados, custodiados ou mantidos em conta de depósito em instituição ou
entidade autorizada à prestação desses serviços pelo Banco Central do Brasil ou pela
Comissão de Valores Mobiliários; ou
II. estar devidamente registrados em sistemas de registro, liquidação e custódia
reconhecidos pelo Banco Central do Brasil ou autorizados pela Comissão de Valores
Mobiliários, em suas respectivas esferas de competência.

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III. Ficam vedadas quaisquer transferências ou cessões de titularidade, no exterior, de
investimentos ou de títulos e valores mobiliários pertencentes a investidor não
residente.

1.3.4 EFPC – Entidade Fechada de Previdência Complementar


São os fundos de pensão, constituídos como Fundações, sem fins lucrativos, o
propósito de formar planos privados de ofertas de rendas, de pecúlio (indenizações) e
benefícios semelhantes como os da previdência social, mediante aportes de seus
participantes e de seus empregadores. São INVESTIDORES PROFISSIONAIS. Dependem de
prévia autorização do Conselho Nacional de Previdência Complementar, vinculado ao
Governo Federal, através da PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência
Complementar. A EFPC deve definir a política de investimento para a aplicação dos
recursos de cada plano por ela administrado. Os recursos das carteiras de investimentos
das EFPC devem ser alocados em:

RENDA FIXA (art.18 Res. CMN 3792)


I. os títulos da dívida pública mobiliária federal;
II. os títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais;
III. os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições
autorizadas a funcionar pelo Bacen;
IV. os depósitos em poupança em instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen;
V. os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão de companhias abertas,
incluídas as Notas de Crédito à Exportação (NCE) e Cédulas de Crédito à Exportação
(CCE);
VI. as obrigações de organismos multilaterais emitidas no País;
VII. os certificados de recebíveis de emissão de companhias securitizadoras;
VIII. as cotas de fundos de investimento em direitos creditórios e as cotas de fundos de
investimento em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios;
IX. as debêntures de infraestrutura emitidas na forma disposta no art. 2º da Lei nº 12.431,
de 24 de junho de 2011, por sociedade por ações, aberta ou fechada, cuja oferta pública
tenha sido registrada na CVM, ou que tenha sido objeto de dispensa, e que possuam
garantia de títulos públicos federais que representem pelo menos trinta por cento do
principal na data de vencimento dos compromissos estipulados na escritura de
emissão, observadas as normas da CVM; e
X. as cotas de fundos de investimento admitidas à negociação no mercado secundário
por intermédio de bolsa de valores, na forma regulamentada pela CVM, cujas carteiras
visem refletir as variações e rentabilidade de índices de referência de renda fixa e que
apresentem prazo médio de repactuação igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias,
(Fundo de Índice de Renda Fixa), conforme regulamentação estabelecida pela CVM.
§ 1º Os títulos ou valores mobiliários de emissores não relacionados nos incisos deste artigo somente
podem ser adquiridos se observadas as seguintes condições:
IV. com coobrigação de instituição financeira autorizada a funcionar pelo Bacen;

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V. com cobertura de seguro que não exclua cobertura de eventos relacionados a casos
fortuitos ou de força maior e que garanta o pagamento de indenização no prazo
máximo de 15 (quinze) dias após o vencimento do título ou valor mobiliário;
VI. com coobrigação de instituição financeira, no caso de cédula de crédito imobiliário
(CCI); ou
VII. com emissão de armazém certificado, no caso de warrant agropecuário (WA).
§ 2º Os títulos e valores mobiliários recebidos como lastro em operações compromissadas são
classificados no segmento de renda fixa e devem ser considerados no cômputo dos limites
estabelecidos nesta Resolução

RENDA VARIÁVEL (art.19 Res. CMN 3792)


I. as ações de emissão de companhias abertas e os correspondentes bônus de subscrição,
recibos de subscrição e certificados de depósito;
II. as cotas de fundos de índice, referenciado em cesta de ações de companhias abertas,
admitidas à negociação em bolsa de valores;
III. os títulos e valores mobiliários de emissão de sociedades de propósito específico (SPE),
com ou sem registro na CVM, excetuando-se as debêntures de infraestrutura
mencionadas no inciso IX do art. 18;
IV. as debêntures com participação nos lucros;
V. os certificados de potencial adicional de construção (CEPAC), de que trata o art. 34 da
Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001;
VI. os certificados de Reduções Certificadas de Emissão (RCE) ou de créditos de carbono
do mercado voluntário, admitidos à negociação em bolsa de valores, de mercadorias
e futuros ou mercado de balcão organizado, ou registrados em sistema de registro,
custódia ou liquidação financeira devidamente autorizado pelo Bacen ou pela CVM,
nas suas respectivas áreas de competência; e
VII. os certificados representativos de ouro físico no padrão negociado em bolsa de
mercadorias e de futuros.
Parágrafo único. A SPE, mencionada no inciso III deste artigo, deve:
I. ser constituída para financiamento de novos projetos;
II. ser constituída para financiamento de novos projetos, incluindo aqueles decorrentes
de concessões e permissões de serviços públicos;
III. ter prazo de duração determinado e fixado na data de sua constituição;
IV. ter suas atividades restritas àquelas previstas no objeto social definido na data de sua
constituição
Embora seja considerado Investidor Profissional, o Fundo de Previdência deverá respeitar os
critérios aplicados aos Fundos de Varejo caso exista taxa de performance (COBRANÇA SEMESTRAL /
LINHA DE ÁGUA E MÍN 100% BENCHMARK). Podem ainda realizar investimentos estruturados,
investimentos no exterior, investimentos em imóveis e financiar seus participantes.

Itens VEDADOS às EFPC:


 Aquisição de ações de companhias sem registro na CVM (exceto as que integram o
Novo Mercado, Nível 2 ou Bovespa Mais da BM&FBovespa, salvo se estas tiverem
realizado sua primeira distribuição pública em data anterior a 29 de maio de 2001).
 Utilização de estratégia de alavancagem em derivativos.
 Efetuar operações day trade.
 Concessão de operações de crédito aos patrocinadores.

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Módulo 2 – Compliance
Legal, Ética e API (até 25%)

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2.1 Risco de Imagem e Risco Legal
2.1.1 Risco de Imagem
Pode-se conceituar risco de imagem como risco de reputação. É gerado quando a
opinião pública responde de forma negativa a algum fato envolvendo a organização. Trata-
se da possibilidade de resposta negativa do mercado frente alguma noticia ou fato que
desabone o bom conceito da organização. Alguns dos exemplos de ocorrências que
arriscam a reputação das companhias são:
 Situação financeira questionável;
 Falta de compromisso com a governança corporativa ou responsabilidade social;
 Suspeitas de fraudes ou participação em má gestão do dinheiro público.
Obs: a ausência do procedimento de marcação a mercado da carteira dos Fundos de
Investimento também coloca em risco a imagem das Instituições.
Algumas das conseqüências deste risco são:
 Queda do valor de mercado das ações em Bolsa
 Em Bancos, aversão a risco e rejeições a depósitos, gerando falta de liquidez ao
mercado financeiro
 Redução de negócios e perda de clientes.

2.1.2 Risco Legal


Risco (jurídico) de perda pela dificuldade de conseguir cobrar legalmente as
cláusulas de um contrato. Engloba os riscos gerados de formalizações com pendências,
incorretas ou de documentação escassa, ausência de poderes aos procuradores da
contraparte para manter o compromisso, desconhecimento de algum fato envolvido
relevante de Direito.

2.2 Controles Internos – Resolução CMN 2.554/98


O Conselho Monetário Nacional estabeleceu que as instituições financeiras e
demais autorizadas a funcionar pelo BACEN devem possuir sistemas internos de controle
e compliance para as atividades desenvolvidas, a fim de mantê-las em conformidade com

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os procedimentos pré-definidos e normas legais aplicáveis. Estes controles internos são
definidos pela Diretoria das Instituições Financeiras, e devem compreender:
I. Definição das responsabilidades dentro da instituição;
II. Segregação das atividades a fim de evitar o conflito de interesses na
organização;
III. Existência de adequados canais de comunicação que assegurem o acesso
confiável às informações;
IV. Monitoramento e medidas necessárias e cabíveis em desvios.
Os relatórios devem estar disponíveis ao Banco Central do Brasil por um período de
5 anos.
2.2.1 Segregação de Atividades (Chinese Wall) e procedimentos para
evitar conflitos de interesses.
Uma das medidas utilizadas pelas Instituições a fim de ser evitado o conflito de
interesses é a separação das atividades das organizações em departamentos ou diretorias
diferentes, ou até mesmo a separação das áreas em empresas distintas. Esta prática se
denomina “muralha da China”. As resoluções que determinam esta separação são (2451,
2486 e 2616).

2.2.2 Política de Segurança da Informação


Os colaboradores das Instituições Financeiras não devem expor nenhuma
informação da Empresa ou de seus Clientes sem o seu prévio consentimento, salvo sob
determinação da justiça, inclusive, mas não limitado a, defender-se contra acusações de má
prática de sua parte e/ou em relação a uma disputa civil entre o Agente Certificado e o
cliente.
Este principio vai ao encontro da Lei Complementar nº105/01 que trata do Sigilo
Bancário.
Das atividades de Política de Informação:
 Procedimentos que garantam a segurança física dos dados;
 Procedimentos que garantam a correta classificação das informações
(Confidenciais, Uso Interno, Pública);
 Controles e níveis de acesso a fim de manter a segurança, integridade e
confidencialidade das informações.

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2.3 Prevenção à Lavagem de Dinheiro
2.3.1 Dos crimes precedentes
(Lei 9613/98) - antiga
 Tráfico de drogas
 Terrorismo e seu financiamento
 Contrabando e tráfico de armas
 Corrupção
 Seqüestro
 Crime contra o sistema financeiro
 Praticado por organização criminosa (quadrilha)
(Lei 12683/12) - nova
“Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição,
movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou
indiretamente, de INFRAÇÃO PENAL.”
***Prestem atenção. Dentre os crimes acima (lei 9613), furto ou assalto (apenas 1
delinqüente) não estava qualificado como crime precedente. Se a prova estiver atualizada,
a nova lei que rege a lavagem é a 12.683/12 deste ano, onde qualquer crime que gere infração
penal poderá ser considerado como precedente de lavagem de dinheiro.

2.3.2 Pena (leis 9613/98 e 12683/12)


Pena de 3 a 10 anos E multa. (***cuidado, na prova colocam OU, e se marcar como
correta você poderá perder a questão).
Obs: Nova lei (A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos
nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de ORGANIZAÇÃO
CRIMINOSA.)

2.3.3 Princípio da Boa Fé e Transparência no inquérito de Lavagem


“§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime
aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer
tempo, por pena restritiva de direitos, se o AUTOR, COAUTOR OU PARTÍCIPE

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(funcionários das instituições financeiras e agentes certificados pela Anbima) colaborar
espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à
apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à
localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.”

2.3.4 Sonegação Fiscal


Conforme a lei 9613/98, NÃO se caracteriza como crime precedente. Cuidado!

2.3.5 Responsabilidade pelo processo de Lavagem


Todos os envolvidos. Os agentes certificados e as instituições financeiras também.
Cuidado com algumas questões “sem ônus para as IF’s”. Isto é falso.

2.3.6 Fases (Ciclo da Lavagem)


1º. Colocação – inserir dinheiro do crime / infração penal no sistema financeiro,
compra de bens negociáveis (apartamentos, jóias, ouro, VALORES
MOBILIÁRIOS, abertura de conta com depósito de valores oriundos “dinheiro
sujo”)
2º. Ocultação – efetuar movimentações para numerosas contas que em sua soma
total gerem significativas quantias. A ocultação serve para distorcer o
rastreamento. Diversos valores transacionados abaixo do limite estabelecido
(atualmente R$ 10.000,00) que em sua habitualidade e soma total configurem
uma burla deste mesmo limite.
3º. Integração – a última fase onde se consegue “esquentar o dinheiro”, pois após
a ocultação estes valores que retornam podem ser utilizados para declaração de
IR parecendo dinheiro “limpo”.

2.3.7 Indícios
• Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio/atividade do cliente;
• Resistência em facilitar informações;
• Numerosos depósitos em pequeno valor a um mesmo cliente;
• Câmbio sem causa plausível;
• Praças de fronteiras.

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2.3.8 Prevenção e controle Anti-Lavagem
Princípio KYC – Conheça seu Cliente (Distribuidores de Investimentos e Agentes
Certificados):
Cada instituição é responsável dentro de um sistema próprio de controle anti-
lavagem. Operações suspeitas acima do limite estabelecido deverão ser reportadas ao
SISCOAF / SISBACEN (órgãos competentes).
 O Cadastro dos clientes sempre deverá estar atualizado. Este mesmo cadastro e as
transações dos clientes deverão estar armazenadas até 5 ANOS após o
encerramento da conta e/ou última movimentação ocorrida.
 Deverão comunicar ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras –
órgão subordinado também ao Ministério da Fazenda) as suspeitas, ABSTENDO-SE
DE DAR CIÊNCIA DE TAL ATO A QUALQUER PESSOA, inclusive àquela à qual se refira
a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou realização. Ou
seja CUIDADO!! NUNCA DEVEREMOS INFORMAR O CLIENTE QUE ELE ESTÁ SENDO
ALVO DE INVESTIGAÇÃO!

IF’S que não observarem as regras:


“...II - multa pecuniária variável não superior:
a) ao dobro do valor da operação;
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela
realização da operação; ou
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação
ou funcionamento.
§ 2º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no art. 9o, por culpa ou
dolo:
II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10;
III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição formulada nos
termos do inciso V do art. 1;...

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2.3.9 Valores da Comunicação Anti–Lavagem
a) Transações acima de R$ 10.000,00 (inclusive) e não suspeitas deverão ficar
registradas internamente na instituição financeira.
b) Transações acima de R$ 10.000,00 (inclusive) e suspeitas deverão ficar
registradas internamente, assim como enviadas ao conhecimento do SISCOAF / SISBACEN
c) Transações acima de R$ 100.000,00 (inclusive) independentemente de aparente
idoneidade ou suspeita, deverão ser comunicadas ao SISCOAF/SISBACEN

2.4 Normas e Padrões Éticos


2.4.1 Informações Privilegiadas
Também conhecida como “insider information” a informação privilegiada tende a
gerar benefícios somente aquele que a utiliza. Porém, esta informação utilizada em
benefício próprio ou para benefício de terceiros representa prejuízo de outra parte. Diante
disto, como boa conduta ética se recomenda:
 Manter as informações em nível de confidencialidade até que possam ser
levadas a domínio público.
 Informações Relevantes sejam divulgadas como tal.
 Não utilizá-las em benefício próprio ou de terceiros.

2.4.2 Insider Trading


É vedada pela CVM a prática do “insider trading” na qual o investidor se posiciona
de acordo com informações privilegiadas a fim de obter ganhos em benefício próprio ou
de terceiros. Por exemplo, se o alto executivo de uma companhia XYZ sabe que ela está
prestes a ser adquirida por sua concorrente. Isto é um fato que irá elevar os preços da XYZ,
pelo aumento da procura e alta dos papéis. Este executivo vende ou revela esta informação
a um grupo de amigos, recomendando a compra destes papéis.

2.4.3 Front Running


Prática relacionada também a informações de cunho confidenciais, na qual são
utilizadas em benefício próprio ou de terceiros.
Por exemplo, um operador recebe uma ordem de compra de volume expressivo,
que gera alta de preços deste ativo, porém se antecipa e adquire estes ativos antes de sua

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solicitação. Irá se beneficiar pela alta de preços. Esta prática também é vedada conforme
as normas da CVM.

2.4.4 Confidencialidade
O Agente Certificado não deve expor nenhuma informação do cliente sem o seu
prévio consentimento, salvo sob determinação da justiça, inclusive, mas não limitado a,
defender-se contra acusações de má prática de sua parte e/ou em relação a uma disputa
civil entre o Agente Certificado e o cliente. Este principio vai ao encontro da Lei
Complementar nº105/01 que trata do Sigilo Bancário.

2.4.5 Objetividade e Conflito de Interesses


Objetividade pressupõe prudência e imparcialidade. O Profissional de finanças deve
ser objetivo na prestação de serviços profissionais aos clientes., tendo como foco a
necessidade do cliente. Na oferta diária e recomendações de carteiras e produtos de
investimentos é exigido do profissional que este seja imparcial. Trata-se de uma qualidade
essencial a qualquer profissional. Isoladamente ao serviço prestado ou da competência
aplicada em seu trabalho, deve-se agir de acordo com o interesse do cliente. O profissional
não deve:
 Tolerar o conflito de interesses nas negociações;
 Ofertar produtos que não atendam a vontade do cliente.
 Evitar possuir atividades paralelas
 Realizar suas operações financeiras de forma aberta

2.5 API (Código Anbima / Inst. CVM 539)


Análise de Perfil do Investidor é o processo de diagnóstico dos investidores,
estabelecido de acordo com critérios próprios, e controles internos. Obrigatório API para
produtos de investimentos conforme regulamentação em vigor (Inst. CVM 539). Todos os
clientes que solicitarem aplicações iniciais nos produtos de investimentos, exceto
Poupança e Previdência, serão submetidos ao processo de Análise de Perfil do Investidor
(API). Não se aplica a pessoa jurídica considerada investidor qualificado (ou profissional).
API Simplificado é opcional apenas para os Produtos Automáticos (operações
compromissadas ou fundos com resgates automáticos). Realizado através de questionário,

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traz informações suficientes para estabelecer o Perfil de Investidor – Princípio do
Suitability (adequação devida dos investimentos). As instituições participantes têm
responsabilidade integral e não delegável pela aplicação do processo de API, regularmente
num prazo que não exceda 24 meses (validade), contendo:
I. Coleta de Informações: descrição detalhada do mecanismo de coleta das informações junto
ao Investidor para definição de perfil;
II. Classificação do Perfil: descrição detalhada dos critérios utilizados para a classificação de
perfil do Investidor;
III. Classificação dos Produtos de Investimento: descrição detalhada dos critérios utilizados
para a classificação de cada Produto de Investimento;
IV. Comunicação com o Investidor: descrição detalhada dos meios, forma e periodicidade de
comunicação utilizada entre a Instituição participante e o Investidor para: a. Divulgação do seu
perfil de risco após coleta das informações; e b. Divulgação referente ao desenquadramento
identificado entre o perfil do Investidor e seus investimentos;
V. Procedimento Operacional: descrição detalhada dos procedimentos utilizados para a
aferição periódica entre o perfil do Investidor e seus investimentos;
VI. Atualização do Perfil do Investidor: descrição detalhada dos critérios utilizados para
atualização do perfil do Investidor, incluindo a forma como a instituição dará ciência a este de
tal atualização.
VII. Controles Internos: descrição detalhada dos controles/mecanismos adotados para o
processo de API com o objetivo de assegurar a efetividade dos procedimentos estabelecidos
pelas instituições participantes.

É vedado às instituições participantes recomendar Produtos de Investimento


quando o perfil do investidor não seja adequado ao produto, ou as informações do perfil
estejam desatualizadas. Em caso de desenquadramento do perfil a instituição deve:
I. Alertar o Investidor acerca da ausência ou desatualização de perfil ou da sua inadequação,
com a indicação das causas da divergência; e
II. Obter declaração expressa do Investidor de que ele deseja manter a decisão de investimento
neste produto, mesmo estando ciente da ausência, desatualização ou inadequação de perfil.

Perfis Diagnosticados:
 Conservador: investidor que procura garantia e segurança acima de tudo em
seus investimentos. Perfil voltado para aplicações em renda fixa e baixa volatilidade.
 Moderado: investidor que pretende obter maiores ganhos e suporta risco
calculado para superar a inflação e obter retornos em taxas reais. Este perfil indica adquirir
fundos de renda fixa, multimercados, podendo destinar pequena parte em fundos de
ações.
 Agressivo: investidor que busca maximizar ganhos no médio e longo prazo,
apesar de um risco mais acentuado que esteja correndo. Este perfil indica que se pode
destinar um maior percentual da carteira em fundos multimercados e fundos de ações.

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Suitability: Sugestão de investimentos coerente e adequada ao perfil do investidor.
Deverá ser readequada caso haja disparidade. Se um investidor conservador quiser investir
em fundos com produtos alavancados de renda variável, o profissional certificado deve
informar as conseqüências desta escolha por escrito, a fim deste investidor julgar melhor
sua opção frente a atual carteira mantida.

2.6 Fatores Dominantes de Suitability ao Investidor


2.6.1 Ciclo de Vida, Conhecimento de Mercado, Objetivo e Horizonte
de Investimento
De uma maneira geral existem três fases que enquadram um investidor:
 Até 35 anos é a fase de acumulação de reservas, onde deseja guardar para aumentar
suas reservas ou adquirir algum bem (carro, imóvel, etc...)
 De 36 a 60 anos é a fase da consolidação (estabilidade), já pensa nos estudos dos filhos
e começa a pensar na aposentadoria.
 Acima de 60 anos que é a fase do consumo.

Quanto maior a idade do investidor, menor sua tolerância a riscos. O efeito do


suitability é eficaz até mesmo dentro de um mesmo mercado, como a bolsa de valores,
bastando para isso que se escolha empresas de diferentes setores e que sejam afetadas
por diferentes fatores econômicos, internacionais, etc. Para investimentos de longo prazo,
os ativos devem ser alocados seguindo-se as demais restrições estabelecidas pelo cliente,
como:
 necessidade de indexação (a um índice de inflação, ao dólar, aos juros de mercado)
 vínculo de risco de crédito (apenas títulos do governo, diversificação de outros papéis
em instituições com o rating mínimo aceito pelo cliente)
 metas financeiras estabelecidas (ter atingido um patrimônio de um determinado
montante ou pagar uma dívida específica)
Estes objetivos e metas, bem como os riscos associados devem ficar muito claros
aos investidores para evitar insatisfação com os resultados alcançados. Também se leva
em conta:

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a) histórico de investimento: se o cliente sempre aplicou de uma determinada
forma, pode demonstrar um perfil mais conservador (não fica confortável ao experimentar
aplicações diferentes)
b) conhecimento de mercado: quem conhece o mercado compreende melhor as
sugestões tecnicamente corretas. No entanto muitos investidores aparentam entender os
mecanismos do mercado financeiro e na verdade não o conhecem (até eles mesmos
pensam que conhecem). A troca de informações mais técnicas, ajuda a identificar o nível
de conhecimento que o investidor possui.
c) restrições momentâneas: em função de momentos de mercado ou momento de
vida do cliente, o investidor pode se declarar conservador (não pretende assumir riscos
momentaneamente)

2.6.2 Finanças Pessoais


Serve como um guia, para ajudar a encontrar maneiras para poupar dinheiro, e
cumprir os nossos objetivos financeiros pessoais. “As contas que assustam mais, são
sempre as menores, porque nunca temos verdadeiramente a noção de quanto gastamos”.
Ou seja, se gastar todos os dias 10 reais, chegará a uma conta de 300 reais no final do mês.
O orçamento deve ser elaborado por um período de um ano, para evitarmos que algumas
despesas e ou receitas não sejam contempladas, como aquelas que ocorrem apenas em
determinados períodos do ano. As despesas e receitas têm de ser listadas, analisadas e
avaliadas mensalmente, para verificar possíveis desvios e rota ou despesas extras não
contempladas no plano original.
Fluxo de Caixa - é o mecanismo que permite um perfeito monitoramento das
entradas e saídas de recursos previstos ou não, no orçamento. Possibilita a identificação
das sobras e faltas no caixa, possibilitando planejar melhor suas ações futuras e
acompanhar o seu desempenho dentro do orçado. O orçamento é considerado um
instrumento que permite o Planejamento Financeiro Pessoal mostrar uma visão com o
horizonte de tempo maior (um ano pro exemplo), enquanto o Fluxo de Caixa para ser
acompanhado no curto prazo, pois os seus dados são praticamente diários.

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Índice de Endividamento – Cálculo que utiliza o fluxo de caixa.
 1. Calcula-se a renda:
Basta pegar o salário líquido (descontado INSS e IR) e acrescentar o 13º proporcional
(multiplicar o salário por 13 e dividir por 12). Somar demais rendas líquidas (como
aluguéis)
 2. Soma-se as dívidas
Ponha no papel as parcelas de compromissos financeiros que são pagas mensalmente.
Financiamento de imóvel ou carro? Empréstimo consignado? Some as parcelas de cada
um.
 3. Calcula-se o índice
Divida o total das parcelas pela renda líquida e multiplique o resultado por 100. Esse
será o percentual da renda mensal dedicada ao pagamento das dívidas.

Como entender este índice:


 Até 30% ou um terço da renda – Parcela administrável pela maioria da população. Entre
30% e 35% – Importante trabalhar para reduzir as dívidas, mantendo-as dentro do
máximo administrável anterior;
 Entre 35% e 40% – O aperto financeiro não permite nehuma mudança estrutural ou nas
receitas, o que é perigoso. É necessário reduzir as dívidas imediatamente, ou corre-se
o risco de inadimplência e problemas em caso de emergências;
 Acima de 40% – Com quase metade da renda comprometida, fica quase impossível
honrar todos os compromissos financeiros e o efeito “bola de neve” dos empréstimos
e financiamentos pode transformar a situação em um verdadeiro caos.

Ativos – compostos pelos bens de um indivíduo como (imóveis, aplicações


financeiras, valores em espécie e em conta corrente, ações judiciais transitadas e julgadas
com valores a auferir, veículos e empresas das quais o indivíduo tenha participação)
Passivos – conjunto das obrigações de um indivíduo, tais como (empréstimos,
financiamentos, compras parceladas e demais obrigações de curto ou longo prazo). Os
custos fixos e variáveis mensais não são contemplados nesta análise, pois tratam-se de
despesas.
Patrimônio Líquido – valor ou equivalente financeiro dos ativos do indivíduo,
descontando o valor total de suas dívidas (passivo).

2.7 Decisões do Investidor na perspectiva de Finanças


Comportamentais
2.7.1 A decisão do investidor na perspectiva das Finanças
Comportamentais
Finanças comportamentais e um novo entendimento sobre os mercados financeiros
que emergiu em parte como uma resposta às dificuldades encontradas pelos paradigmas
tradicionais. Alguns fenômenos financeiros são melhor entendidos usando modelosem
que alguns agentes não são completamente racionais.

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Teoria do Prospecto: afirma que um indivíduo é avesso ao risco no campo dos
ganhos, porém é propenso ao risco no campo das perdas. Com a aversão ao risco no campo
dos ganhos, um indivíduo escolheria um ganho certo a um ganho de maior valor, porém
provável. No entanto, quando se trata da possibilidade de perda, a escolha se inverte, ou
seja, o indivíduo tende a escolher uma perda de maior valor, que seja provável, a uma perda
de menor valor, porém certa. A Teoria do Prospecto é o principal pilar de estudos mais
importantes das Finanças Comportamentais, onde se combina conceitos de Economia,
Finanças e Psicologia, e tem o intuito de explicar a tomada de decisão dos investidores,
considerando as limitações da racionalidade.
Ilusão cognitiva: cometimento de erros sistemáticos no processo de tomada de
decisão dos humanos. Os indivíduos não processam de forma objetiva todas as
informações para se chegar a uma decisão racional, ao invés disto, utilizam atalhos mentais
ocasionando em importantes vieses de decisões.
Heurísticas: Os humanos procuram simplificar o processo de decisão e, na tentativa
de tornar a tarefa mais simples e mais rápida, fazem uso de “atalhos mentais” ou regras
heurísticas para tomar decisões. As decisões dos investidores passam por processo
heurístico, ou seja, são criados modelos equivocados para tomar decisões complexas em
um ambiente de risco e incerteza.

2.7.2 As principais Heurísticas (regras práticas que orientam o


julgamento e avaliação dos investidores)
Heurística é um conjunto de regras e métodos que conduzem à resolução de
problemas, ou ainda, como metodologia ou algoritmo usado para resolver problemas por
métodos que, embora não rigorosos, geralmente refletem o conhecimento humano e
permitem obter solução satisfatória. Significam atalhos mentais utilizados pelo cérebro no
intuito de facilitar a tomada de decisão, que podem levar o tomador de decisão a cometer
erros de julgamento.
Heurística da disponibilidade; (decisões influenciadas por ocorrências e eventos
recentes na memória do investidor)
O ser humano julga como mais provável a repetição no resultado de acontecimento
que já tenha ocorrido recentemente. Relacionado ao acionamento de freqüências de um

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acontecimento pela facilidade de lembrar acontecimentos parecidos. Este tipo de
heurística costuma se manifestar quando as pessoas avaliam a probabilidade de um evento
pela facilidade com a qual exemplos ou acontecimentos podem ser trazidos a mente.
Superestima a estatística (moda). Pode-se usar como exemplo desta heurística a
probabilidade de uma pessoa ter ganhos em um determinado investimento devido a
ganhos passados. Alguém pode prever a possibilidade deste ganho acontecer ao recordar
a ocorrência deste tipo de aplicação entre seus conhecidos.
A heurística da disponibilidade ocorre porque os indivíduos tendem a concentrar sua
atenção em um fato particular ao invés da situação completa de maneira holística, apenas
porque este fato está mais presente a sua mente. Isso significa que os eventos mais
prováveis são mais lembrados que os improváveis.
Heurística da representatividade; (decisões a partir de associações com
estereótipos formados e desprezo à informações relevantes para a tomada de decisão)
É uma heurística baseada em estereótipos, utilizado por pessoas que tentam, de
forma intuitiva, determinar um determinado acontecimento ou fato. Subestima a
probabilidade (média).
Para tentar esclarecer de que forma a heurística da representatividade funciona no
cérebro humano, tomem-se as seguintes seqüências de caras (K) e coroas (C) de uma
moeda não-viciada. CCCKKK CKCKKC
Foi perguntado a grupos de alunos de programas de MBA e Aperfeiçoamento na
área de Operações e Logística qual das duas seqüências é a mais provável de ocorrer e a
maioria (80%) respondeu que é a segunda. A resposta correta, neste caso, é que a
probabilidade de qualquer uma das seqüências ocorrer é igual. Este problema de
julgamento probabilístico ocorre também nos jogos de loteria. Apesar de qualquer
seqüência de seis números sorteados ter a mesma probabilidade de ocorrer, poucas
pessoas apostam dinheiro em seis números 3 consecutivos, pois o cérebro humano tem
dificuldades para reconhecer este tipo de seqüência como aleatória.Torna a decisão
suscetível à verossimilhança com eventos passados. A regra da representatividade pode
levar as pessoas a ignorarem o tamanho de uma amostra, negligenciando o conhecimento
sobre o processo que gerou a base de dados, julgando probabilidades de maneira rápida.
A heurística da Representatividade, freqüentemente faz com que as pessoas confundam

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bons investimentos com boas companhias e que nem sempre uma boa companhia é um
bom investimento.
Ancoragem e ajuste (decisões com base em conhecimentos prévios ou
preconcebidos, decisões com base em track-record)
Surge quando as pessoas fazem estimativas de uma determinada probabilidade
baseadas em uma informação inicial ou ponto de partida. Este tipo de heurística pode fazer
com que os investidores marquem uma “âncora” (ou informação base) mental para a
tomada de decisão de compra ou venda de uma ação. Exemplos de Ancoragem podem ser
observados no nosso dia a dia. Pode-se citar o exemplo de um vendedor de carros. Este

vendedor, ao apresentar um determinado carro, começa a negociação apresentando um


preço alto, com o objetivo de ancorar o comprador neste preço. Desta forma, ao oferecer
um desconto sobre o preço do veículo, o comprador irá analisar o preço final como um
preço melhor.

2.7.3 Vieses comportamentais do investidor


Efeito Disposição - É um viés psicológico que faz com que os investidores tenham a
tendência a manter por muito tempo carteiras de ações com desempenho baixo e
venderem muito rápido, aquelas com desempenho positivo. Quanto mais recente for o
ganho ou a perda com a ação, comparando a semana anterior com o mês anterior, mais
forte é a propensão para vender as ganhadoras e manter as perdedoras.
Viés do Arrependimento - O arrependimento e a emoção experimentada por não
ter tomado a decisão certa. É a dor associada com o sentimento responsável pela perda.

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Os investidores que sentem arrependimento intensamente. Razão pela qual os
investidores evitam vender ações que caíram de preço de maneira a não finalizar o erro
que eles cometeram e para não sentir a dor do arrependimento, ou vendem as ações que
subiram de preço para que não sintam arrependimento por falhar em fazê-lo antes que a
ação caia posteriormente. O efeito disposição e o viés do arrependimento dão prejuízo aos
investidores de duas formas:
 Primeiro, porque pagam mais taxas devido à disposição de vender as
ganhadoras, ao invés de vender as perdedoras.
 Segundo, porque tem um retorno menor em sua carteira por venderem
prematuramente as ações que estão dando lucro e reterem as ações que têm
mal desempenho.
Falácia dos custos afundados (perdidos) – o custo é afundado, quando não pode
ser recuperado. O dinheiro investido se torna uma justificativa plausível para continuar,
mesmo quando, objetivamente, não faz sentido nenhum. É considerado um
comportamento mal-adaptativo que é manifestado pela grande tendência em continuar
um empreendimento uma vez que tenha sido em dinheiro, esforço ou tempo. É como se
um investidor de bolsa não vendesse de jeito algum a ação que mais tiver dado prejuízo.
Contabilidade Mental - o processo de codificar, categorizar e avaliar resultados
financeiros. Esse viés faz com que as pessoas vejam o mesmo problema em partes
separadas e avaliem as opções de resolução sem considerar o problema como um todo.
Uma das conseqüências dessa contabilidade imaginária é o fato de não considerar que a
interação entre essas contas mentais, afeta a construção da carteira.
Ex: Investimento em Debêntures por R$ 10.000,00 e manutenção em conta de outros R$
10.000,00 em dinheiro por 1 ano para uma reforma.
 Ao final, perda do valor das debêntures (empresa faliu). Assume-se a perda e
leva os R$ 10.000,00 pra casa fazendo a reforma pela metade sem reaplicar
para tentar recuperar o prejuízo.
 Ao final, a debênture está no mesmo nível de preço, mas houve desembolso
dos R$ 10.000,00 sem devido controle. Se permanece com a debênture sem
liquidá-la, pois não se associa esse dinheiro desembolsado ao valor investido.
Em ambos os casos, o valor contábil ao final do período é igual.

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Excesso de Otimismo - humor ou atitude associada a uma expectativa positiva
frente ao futuro. O excesso de otimismo é prejudicial porque gera muito mais entusiasmo
do que o realismo, dificultando uma avaliação adequada da realidade por parte dos
investidores.
Excesso de Confiança - tendência humana de ser excessivamente confiante em seus
conhecimentos, atributos e características. Quando as pessoas são excessivamente
confiantes acreditam que sabem mais do que de fato sabem, ou acreditam que sua
acuidade é maior do que de fato é. Isto leva os investidores a superestimar suas opiniões,
habilidades e à crença de que podem se antecipar ao mercado.
Investidores com excesso de confiança:negociam em excesso; superestimam seus
conhecimentos; subestimam os riscos; exageram na sua capacidade de controlar os eventos
e; têm dificuldade em assimilar novas informações.
Viés da confirmação - tipo de percepção que enfatiza idéias que confirmam nossas
crenças, enquanto desvalorizam tudo que é contrário a estas crenças. É a habilidade de nos
convencermos de tudo que acreditamos, independentemente dos fatos que possam
alterar esta crença. Em termos financeiros, isto pode causar que procuremos somente
informações que confirmem nossas decisões de investimento e que não contrariem o
cenário da economia que acreditamos ser mais favorável.
Armadilha da Confirmação - Muitas decisões estão baseadas em evidências não
confirmadas, mas assumidas de forma que as pessoas só enxergam fatos que as
confirmam. Consiste na busca de informações que evitem conflito com aquilo que já se tem
em mente. É fundamental, buscar evidências contraditórias ao invés de evidências
confirmatórias, pois certamente, trarão mais benefícios para o processo de resolução de
problema.
Ilusão do Controle - Percepção irreal de um evento onde evidências empíricas
sugerem que a crença de controle pessoal dos agentes são maiores do que se poderia
justificar. As crenças diárias dos indivíduos são baseadas em probabilidades de eventos
incertos fundamentada na experiência anterior do indivíduo ou no senso comum de uma
coletividade. A maioria dos agentes demonstra acreditar ter mais controle do que
realmente possuem. Os indivíduos geralmente tomam suas decisões baseadas na crença
de que possuem controle sobre uma situação envolvendo escolha. Mas os resultados

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associados a esta situação são determinados por probabilidades independentes de
qualquer envolvimento dos indivíduos. Daí a conclusão de que o fenômeno de ilusão de
controle refere-se à crença de que se podem influenciar eventos aleatórios. As pessoas
supervalorizam sua influência sobre eventos de probabilidade quando lhes são dados
opções de escolha.

2.7.4 Efeitos de estruturação-influência de investimento em função da


forma como o problema é apresentado
Ao se verem diante de uma situação em que devem tomar uma decisão, as pessoas
formam uma concepção a respeito das possíveis opções, resultados e probabilidades
associando-as às escolhas que poderão fazer. Em parte, esta concepção é controlada pelo
framing ou problema. Além disso, determinam tal concepção, as características e atos
peculiares de cada pessoa.
Efeito framing - possibilidade de influenciar a decisão de um determinado indivíduo
sem, contudo, distorcer ou suprimir a informação dada. O efeito framing pode ser utilizado
para reverter um comportamento avesso ao risco em um comportamento propenso ao
risco. Isto, graças ao fato de que as variações no ponto de referência podem determinar se
um resultado será avaliado como ganho ou como perda. As escolhas dependem menos das
suas características objetivas do que da forma como o problema, propriamente dito, é
apresentado.

2.7.5 Aversão à perda: manutenção de investimentos não lucrativos e


venda de investimentos com ganho certo
Este conceito diz que as pessoas não têm aversão ao risco e sim à perda. “Não se
trata tanto de que as pessoas odeiam a incerteza – mas, pelo contrário, de que odeiam
perder”. Existe, ainda, outra característica do comportamento humano relacionada à
aversão à perda que é trabalhada pelos estudiosos das Finanças Comportamentais: o medo
do arrependimento. É muito doloroso para os investidores assumirem seus erros, fazendo
com que eles tenham um comportamento que não proporciona o maior lucro possível em
uma operação somente para evitar reportar uma perda.

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Exemplo: indivíduos que evitam vender papéis por um preço inferior ao da compra,
mantendo-os em sua carteira de investimentos por longos intervalos de tempo e
comprometendo sua liquidez conscientemente, deixando de realizar melhores opções de
negócios nesse período devido ao medo de arrependimento. A vergonha ou
constrangimento de informar de que se realizou um mau investimento acaba por fazer com
que alguns participantes do mercado façam opções somente por ações de grandes
empresas ou assumam posições sempre com a maioria do mercado. Isso parece explicar,
em parte, o grande medo que uma parcela considerável da população tem de aplicar em
Bolsa de Valores.
O medo de sentir arrependimento pode explicar por que tantos potenciais investidores
preferem oferecer a gestão de seu patrimônio a um terceiro, mesmo sem exigir uma
comprovação clara de sua capacidade. Isto parece acontecer porque, em caso de erro, os
investidores podem atribuir culpa a outro.
Algumas vezes, o investidor “esquece” uma ação que caiu muito de preço e vende muito
rápido todas as ações com boa performance. Isso faz com que alguns investidores tenham
carteiras que são verdadeiras amostras de empresas que não deram certo, ou que se
denomina no mercado financeiro de “jaula de micos”. E porque fazem isto? Basicamente
para sentir prazer ou se sentir inteligente ao vender um investimento com lucro e não ter
de vender um investimento no qual tiveram prejuízos.

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Módulo 3 – Princípios
Básicos de Economia,
Finanças (até 10%)

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3.1 Noções Gerais de Economia
3.1.1 PIB (Produto Interno Bruto)
Representa a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país em
determinado período. O PIB Anual Brasileiro leva em consideração somente bens e serviços
finais (agregados). Por exemplo, quando somamos no PIB um leite longa vida, a etapa de
ordenha animal (intermediário e custos) já está embutida no preço final.
INDEPENDE DA NACIONALIDADE DOS AGENTES – Ex. Produção da Bosch e
Volkswagen no Brasil é somada no PIB!!

PIB = CIGEI
Consumo: totalidade dos bens e serviços adquiridos no consumo das famílias, entre bens
duráveis, bens não-duráveis e serviços.
Investimento: totalidade adquirida pelas empresas de bens de capital e de ativos
financeiros que geram recursos.
Gastos Governamentais: despesas do Estado (consumo público).
(X) Exportações: total dos produtos e serviços nacionais consumidos por outros países
(M) Importações: total dos produtos e serviços estrangeiros consumidos no país.

3.1.2 BENCHMARKS: ÍNDICES E TAXAS


Palavra ÍNDICE na prova: indicará INFLAÇÃO (variação percentual do preço de
produtos e serviços, em um período de tempo, que influencia o nosso poder aquisitivo de
compra).
Palavra TAXA na prova: indicará JUROS (variação percentual do custo do dinheiro
de quem está emprestando)
Lembre-se!
Quanto maiores os JUROS, mais caras as parcelas, menos consumo,
reduzindo a INFLAÇÃO.

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3.1.3 IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
Índice oficial da inflação no Brasil. Calculado de forma SETORIAL pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A colheita dos dados para o cálculo se
desenvolve em nove capitais. É o índice estabelecido como parâmetro para meta de
inflação definida pelo CMN desde 1999.

3.1.4 IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado)


Índice Geral de Preços - Inflação do Aluguel
IGP-M/FGV é composto pelos índices:
 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA)
 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
 10% Índice Nacional de Custo de Construção (INCC)
Índice que mais afeta o IGP-M é o IPA

3.1.5 COPOM – Comitê de Política Monetária


• Executa as diretrizes da Política Monetária.
• Define a taxa de juros básica (TAXA SELIC META) da economia.
• A cada 45 dias têm reunião.
• Cumpre a meta da inflação do CMN. (Quanto maiores os JUROS, mais caras as
parcelas, menos consumo, reduzindo a INFLAÇÃO.)

3.1.6 Taxa SELIC Meta


A taxa de juros SELIC Meta fixada na reunião do Copom regula todas as outras taxas
do Brasil. Expressas de forma anual (252 dias úteis).
Regime de Metas da Economia:
1º CMN – IPCA (anual)
2º COPOM - Taxa Selic Meta (45 dias)

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3.1.7 Taxa SELIC Over (diária)
Formada no financiamento interbancário para operações compromissadas de um
dia, ou overnight, com garantia de TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS, listados e negociados no
SELIC (COISA DO GOVERNO>TPF).
Expressa de forma anual em dias úteis – 252 dias.

3.1.8 Taxa DI CETIP - CDI


Os Certificados de Depósito Interbancário são Títulos Privados de emitidos pelos
Bancos, nas operações de final de dia.
• Empréstimos entre Bancos (prazo de 1 dia apenas), com objetivo de cobrir o caixa
negativo que o banco possa vir a apresentar.
• Somente entre dois BANCOS!!
• Taxa Média Mensal das transações envolvendo o CDI.
• Custo do dinheiro negociado entre os bancos.
• Expressa de forma anual em dias úteis – 252 dias.
• Chama-se CETIP, pois o CDI é Título Privado
• Utilizada também como parâmetro para analisar a rentabilidade de fundos, como
os DI, por exemplo.

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3.1.9 TAXAS REFERENCIAL e BÁSICA FINANCEIRA – TR e TBF
• CALCULADAS pelo BACEN
• TR – Taxa com redutor sobre a TBF.
• Índice da Poupança, FGTS, Capitalização.
• TBF (taxa básica financeira – média da taxa CDB’s de 20 IF’s maiores e selecionadas
pelo BACEN).

3.2 Política Econômica


3.2.1 Política Monetária
Metas de Inflação
A meta para a inflação é determinada de acordo com o IPCA. Responsável por este
cálculo é o IBGE. A opção de um Índice que reflete a variação de preços ao consumidor é
habitual na maioria dos demais regimes de metas em outros países. Este regime de metas
demonstra melhor correspondência para calcular o poder aquisitivo frente o aumento da
renda da população.

Política Monetária Básica:

Conselho Monetário Nacional (CoMandaN)


define a Meta da Inflação (IPCA).

COPOM (cumprem a inflação) e definem a


Taxa Selic Meta (“Coisa do Governo”).

IPCA é a referência utilizada (Inflação Oficial).

*Meta alcançada – IPCA dentro do viés*

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Em caso de descumprimento deste viés, o Presidente do BACEN deverá relatar o
ocorrido por meio de carta aberta ao CMN - Conselho Monetário Nacional dando
explicativas das causas deste descumprimento. Pronunciando quais serão as medidas
tomadas para devida correção e o tempo de seu efeito, a fim de retornar à meta
estabelecida.

Instrumentos utilizados na Política Monetária


Depósito Compulsório
Valor recolhido diretamente ao BACEN sobre os depósitos a vista, à prazo ou
poupanças das Instituições Financeiras, de acordo com percentual definido pelo CMN.

Open Market
O Open Market (mercado aberto) é a forma que o BACEN utiliza para atuar
diretamente na liquidez do sistema econômico brasileiro. O open market é o mercado
secundário dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. No mercado primário (geração de
caixa para o governo), o Tesouro Nacional realiza leilões toda quarta. O BACEN tem duas
alternativas no mercado secundário:
1º. Comprar estes Títulos Públicos emitindo meios de pagamento em papel-
moeda e aumentando a liquidez do sistema. (quantidade de $$ no Sistema
Financeiro).
2º. Vender estes Títulos Públicos aos Agentes Superavitários da Economia,
“retirando” o papel-moeda anteriormente emitido.

Redesconto de Liquidez
Situação na qual o BACEN “empresta dinheiro” a uma Instituição Financeira que
esta necessitando de liquidez ($). Cobra neste empréstimo a taxa de redesconto
(geralmente a Selic Meta – limitadora das taxas over). Trata-se de outra medida que
influencia a liquidez.

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Política Monetária x Resultados
Resultado
Expansionista (Aumento de Liquidez)
Juros Consumo e Inflação
Diminuição de % recolhido nos
Compulsório REDUZ ELEVA
Bancos
Aquisição de Títulos Públicos c/
Open Market REDUZ ELEVA
Emissão de Moeda
Aumento de Prazo das operações
Redesconto REDUZ ELEVA
e/ou redução da taxa
Resultado
Contracionista (Redução de Liquidez)
Juros Consumo e Inflação
Aumento de % recolhido nos
Compulsório ELEVA REDUZ
Bancos
Venda de Títulos Públicos (Recolhe
Open Market ELEVA REDUZ
moeda dos Bancos)
Redução de prazo das operações
Redesconto ELEVA REDUZ
e/ou aumento da taxa

3.2.2 Política Fiscal


Política Fiscal é a forma como o governo efetua seu fluxo de caixa através de
diversas medidas que suprem as despesas públicas. A política fiscal determina qual ajuste
será feito entre suas receitas com impostos arrecadados e as despesas e gastos do setor
público. *POLÍTICA FISCAL EXPANSIVA X RESTRITIVA*
Política Expansiva
Gera déficit primário, ou seja, quando os gastos superam as receitas. Essa política é
adotada quando há uma diminuição de demanda em geral.
 Redução de impostos e da arrecadação pública.
 Elevação das despesas do governo com injeção de liquidez.
 Apoio às exportações (redução da carga tributária).
Política Restritiva
Política utilizada nos casos em que o consumo e a demanda estiverem superando
capacidade produtiva da economia, podendo gerar um indesejado efeito inflacionário.
Gera superávit primário, quando o governo arrecada mais do que gasta. As providências
tomadas neste caso seriam:
 Corte de gastos do governo;
 Aumento da tributação sobre os bens de consumo.
 Incentivo às importações, reduzindo barreiras e tarifação.

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3.2.3 Política Cambial
PTAX - Taxa de Câmbio
PTAX (Reais/Dólar). Divulgada pelo BACEN e calculada pela média das negociações
praticadas durante o dia, com liquidação das operações em até (D+2). As operações de
câmbio devem manter registros atualizados no SISBACEN pelas instituições financeiras. A
taxa de câmbio é determinada pelo mercado através do equilíbrio entre a demanda e a
oferta da moeda estrangeira.
***POLÍTICA ATUAL – CÂMBIO FLUTUANTE LIVRE ou FLUTUAÇÃO SUJA ***

Cupom Cambial

1 + Variação da Taxa de Juros (SELIC ou DI)


Cupom Cambial =
1 + Variação da PTAX (Câmbio)

Utilizado pelo governo para proteger por meio de hedge em operações que estejam
atreladas à variação do Dólar.

3.2.4 Balanço de Pagamentos e Contas Externas


São as negociações que ocorrem entre o Brasil e os outros Países. Toda a
contabilização destas Contas e Transações Externas é realizada em moeda norte-
americana. Duas grandes contas formam o Balanço de Pagamentos.

Conta Corrente
Balança de Balança Comercial Contas de
= + Capitais
Pagamentos Contas de Serviços
Transferências Unilaterais

Transações Correntes ou Conta Corrente


Balança comercial: Disponibiliza a diferença entre os registros das exportações e
das importações de bens entre o Brasil. Superávit (Exportação supera Importação). Déficit
(Importação supera Exportação)

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Conta de Serviços: Os itens mais representativos neste cálculo são as despesas
relacionadas com o pagamento dos títulos da dívida externa, remessas externas de
proventos de capital estrangeiro (lucros de multinacionais).
Transferências Unilaterais: contabilizado pela diferença entre recebimentos e
remessas relacionadas com a manutenção de residentes estrangeiros, tais como doações
e salários.

Conta de Capitais
Contabilização da diferença entre a entrada de capitais estrangeiros e a saída de
capitais nacionais, relacionados à aquisição de bens e direitos no Brasil ou no Exterior
respectivamente.

Conta Corrente
Balança de Balança Comercial Contas de
= + Capitais
Pagamentos Contas de Serviços
Transferências Unilaterais

Reservas Internacionais
As reservas internacionais, que ficam mantidas junto ao FMI, são formadas após
sucessivos superávits na Balança de Pagamentos. Caso o País apresente saldo negativo na
Balança, recorrerá a suas Reservas para fechar a conta. Quanto mais expressivas forem as
Reservas mantidas, melhor será o controle de um País em épocas de recessão.

3.3 Noções Gerais de Finanças


3.3.1 Taxa de Juro Nominal e Taxa de Juro Real
Nominal ou Aparente: considera a totalidade de uma aplicação na diferença entre
o capital inicial e o final. Podemos analisar como exemplo, que um valor investido em certa
fundo de investimento investimento durante determinado ano, obteve +10% de variação.
A Poupança em 2014 teve uma variação de +6,44%. Estas taxas dadas são NOMINAIS.

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Real: Leva em consideração a Inflação. (Taxa Nominal descontando Inflação = Taxa
Real). Ex: O fechamento acumulado do IPCA no ano: +6,41%.
Segundo a fórmula de cálculo:

TAXA REAL da Poupança:


Taxa Real=[(1+0,0644/1+0,0641)-1]x100
Taxa Real = 0,028%

TAXA REAL do Fundo de Investimento:


Taxa Real=[(1+0,1000/1+0,0641)-1]x100
Taxa Real = 3,37%

1. Um investimento poderá obter a Taxa Nominal igual à Taxa Real, se a inflação do período
for de 0%.
2. Um investimento poderá auferir uma Taxa Real acima da Taxa Nominal, caso a inflação do
período seja menor que 0% (deflação)
3. Um investimento poderá apresentar uma Taxa Real Negativa, caso a inflação do período
seja superior à Taxa Nominal.

3.3.2 Regimes de Capitalização (Simples x Composto)


Capitalização Simples: os juros resultantes no final de cada período têm sempre
como base de cálculo o capital inicial (valor presente) de maneira linear.

Juros: J = C x i x t
Montante (Capital + Juros): M = C (1 + i.t)

Capitalização Composta: os juros obtidos ao final de cada período “n” de


capitalização se adicionam ao Capital Inicial e passam a render juros no período seguinte.
 M: Montante Futuro
 C: Capital Inicial
 i: taxa de juros
 t: período de capitalização

M = C (1+i)t

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3.3.3 Taxas de Juros (Proporcional e Equivalente)
Taxa proporcional: utilizada em capitalização simples.
• 1% ao mês é proporcional a 12% ao ano
• 15% ao semestre é proporcional a 2,5% ao mês
Basta multiplicar ou dividir a taxa de juros proporcionalmente nos períodos
Taxa de juros equivalentes: utilizada em capitalização composta. ieq = [(1 + iFORNECIDA)n – 1]
• 1% ao mês é equivalente a 12,68% ano
• 15% ao semestre é equivalente a 2,35% ao mês
 Ao calcular um prazo maior que o tempo da taxa fornecida do investimento
(Capitalizando os Juros) o regime de Juro Composto fornece como resultado uma taxa
superior (maior montante) ao regime de Juros Simples. A Taxa Equivalente é maior que a
Proporcional.
 Ao ser calculado um prazo menor que o tempo da taxa fornecida do
investimento (Descapitalizando os Juros) o regime de Juro Composto gera uma taxa menor
(menor montante) que o regime de Juros Simples. Neste caso, a taxa Equivalente é menor
que a Proporcional.

3.3.4 Fluxo de Pagamentos em Títulos de Renda Fixa


M ou FV (Valor Futuro)
Valor Nominal, Valor de Face ou Valor de Resgate. Valor a ser recebido em uma
aplicação no seu vencimento, de acordo com um período de fluxo de caixa.

PMT (Parcelas Periódicas / Cupons)


Pagamentos mensais para uma aplicação dentro de um fluxo de caixa. Algumas
aplicações não fazem pagamentos periódicos, denominadas “zero cupom”.

VPL - PU (Preço Unitário - Valor Presente Líquido)


É o valor de uma aplicação (preço do investimento) para negociação num exato
momento. As aplicações pré-fixadas são negociadas entre investidores mediante o cálculo
de seu preço unitário, após a dedução da taxa de desconto (taxa exigida do título po
projeto).

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N ou t (períodos de pagamentos)
Toda aplicação de renda fixa possui diversos períodos de pagamentos dentro de um
prazo final definido (maturidade). Este prazo conta-se a partir da emissão de um título até
o seu vencimento. Podemos calcular o prazo médio ponderado de um título de acordo com

as suas PMT (parcelas periódicas) em seu fluxo de caixa e a i (rentabilidade embutida da

aplicação). Títulos “zero cupom” possuem prazo médio ponderado igual ao seu prazo de
vencimento.

i (Taxa de Desconto e Taxa Interna de Retorno)


Rentabilidade embutida em um investimento. Também denominada de “juros
acruados”. Estas taxas permitem para calcular o valor presente de uma aplicação. *a

relação entre i (juros) e pv (preço do título) é inversamente proporcional*


Fluxos de Caixa (Juros e Amortizações)

PMT PMT
Cupons de Juros Cupons de Juros + Amortização
(Parcelas periódicas) (Parcelas periódicas)
FV

PV Prazo (n) = 6 PV Prazo (n) = 5

PMT = 0
“ZERO CUPOM”
FV
PV Amortização
+ Juros no final

Valor Futuro
Valor Presente (Preço Unitário)
= Taxa de Desconto (Taxa Interna de Retorno)

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3.3.5 Formas de Precificação
 Marcação a Mercado: A Taxa de Desconto utilizada é a taxa de juros básica
da economia, acrescida de um prêmio pelo risco de crédito apresentado.
 Curva de Juros do Papel: A Taxa de Desconto utilizada é a mesma que a
utilizada na aplicação inicial. Forma atualmente impedida pela CVM para
precificações em fundos de investimentos.
Precisamos calcular, além do valor presente de uma aplicação, o seu prazo médio
ponderado (de acordo com o valor dos pagamentos periódicos). Os títulos “zero cupom”
não apresentam pagamentos mensais e o seu prazo médio ponderado se iguala ao seu
prazo até o vencimento (maturidade).

3.3.6 Custo de Oportunidade


Custo de oportunidade é um conceito de economia que mede o quanto está se
deixando de ganhar em outra aplicação viável, que não foi escolhida.
Por exemplo, um investidor optou por aplicar em um fundo de renda fixa que lhe
rendeu 12% ao ano, frente à poupança. Neste caso podemos dizer que o Custo de
Oportunidade do dinheiro foi o ganho da poupança neste mesmo período.

3.3.7 Taxa Livre de Risco X Ativos Livres de Risco


A primeira característica da taxa livre de risco é que sua rentabilidade deve ser
completamente desvinculada com a de qualquer ativo presente na economia.
Nesta circunstância, um ativo livre de risco, seria uma aplicação com liquidez
imediata, sem volatilidade de mercado e que o seu emissor não apresentasse nenhum risco
de crédito. Esta aplicação livre de risco estaria em quadrada nas seguintes condições:
 Aplicação de valor futuro conhecido;
 Sem dúvidas quanto ao recebimento do mesmo e a qualquer tempo
desejado;
 Mercado de juros constantes, sem volatilidade, sendo esta aplicação pré ou
pós-fixada.
Nos EUA aproximações cabíveis para esta situação seriam os retornos das
Treasuries (10 a 30 anos de maturidade).

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Analogamente, no Brasil os títulos com menor risco de crédito são os emitidos pelo
Tesouro Nacional (que podem emitir papel moeda). A taxa que se aproximaria a um ativo
livre de risco no Brasil seria a SELIC.

3.3.8 Mercado Primário, Mercado Secundário


Mercado primário é o conceito dado para aquele onde os títulos estão gerando
captação de recursos, sendo negociados pela primeira vez, entre emissor (deficitário) e
investidor (superavitário). No mercado secundário estes títulos são negociados entre dois
investidores diferentes, gerando liquidez ao vendedor do título, porém não alterando as
condições para o emissor (sem nova captação de recursos). O mercado secundário tem a
função de fornecer liquidez aos investidores que compram e vendem títulos de diferentes
emissores, diariamente.

3.3.9 Marcação a Mercado


Precificação diária de títulos e posições prefixadas que compõem as carteiras de
investimento dos Fundos.
“A variação da taxa de juros do mercado atua de forma inversamente proporcional
ao preço de um título pré-fixado”.
Muitas vezes nos confundimos, achando que os títulos pré-fixados não possuem
variações de preços devido a sua nomenclatura. Na verdade estes títulos denominados
prefixados possuem:
a) Data de Vencimento determinada
b) Valor do Resgate ao vencimento (Valor de Face).

Variação dos Juros - Cenário de Queda dos Juros:


Suponha que você aplicou em um título que lhe pagará 10% em um prazo de um ano:
Aplicação inicial - R$1.000,00
Resgate ano seguinte – R$ 1.100,00. (Título Pré-Fixado)
Decidiu vender com antecipação. A taxa de juros atual CAIU para 8% a.a.
O que ocorreu com o preço do título?
Analisando o título pré-fixado (LTN):

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Face
R$ 1.100,00

Emissão Vencimento 12 meses


R$ 1.000,00

R: foi negociado no mercado secundário por um preço SUPERIOR ao adquirido


(ágio), por que a taxa do vencimento (10%) remunera MAIS que a taxa do momento (8%),
exigida pelo novo investidor. Esta diferença de 2% é agregada ao valor do título e o
investidor anterior sai ganhando com a queda dos juros.

Variação dos Juros - Cenário de Elevação dos Juros:


Suponha agora que você aplicou neste mesmo título que lhe pagará 10% em um prazo de
um ano:
Aplicação inicial - R$1.000,00
Resgate ano seguinte – R$ 1.100,00.
Decidiu vender com antecipação. A taxa de juros atual SUBIU para 12% a.a.
O que ocorreu com o preço do título?

Face
R$ 1.100,00

Emissão Vencimento 12 meses


R$ 1.000,00

R: foi negociado no mercado secundário por um preço INFERIOR ao adquirido (DESÁGIO),


por que a taxa do vencimento (10%) remunera MENOS que a taxa do momento (12%) exigida
pelo novo investidor. Esta diferença de 2% é descontada do valor do título e o investidor
anterior sai perdendo na alta de juros.

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3.3.10 Custo Médio Ponderado de Capital


Mede o retorno exigido sobre o capital aplicado em uma empresa. Essa taxa mede
também o custo de oportunidade dos investidores ou credores do negócio. Os termos
(Médio e Ponderado) são utilizados, pois os acionistas (capital próprio) e os credores
(capital de terceiros) exigem taxas distintas de remuneração sobre o capital aplicado.

Ativo (Aplicações) Passivo (Fontes)


Circulante Circulante
 Caixa  Notas Promissórias
 Estoques  Fornecedores e
 Contas a Receber salários

Longo Prazo
Permanente  Debêntures
 Terrenos
 Barracões Capital Social
 Máquinas  Acionistas

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3.3.11 Alavancagem Financeira
Grau de utilização de capitais de terceiros frente à utilização dos capitais próprios.
Quanto maior for a utilização de capital de terceiros no negócio, mais alavancada estará a
empresa. Índice de Basiléia mede a alavancagem das instituições financeiras em geral.

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Módulo 4 – Instrumentos
de Renda Variável, Renda
Fixa e Derivativos (até 25%)

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4.1 Mercado Financeiro – Conceito Geral
O Mercado Financeiro é o ambiente em que os agentes econômicos tramitam os
recursos financeiros de acordo com suas necessidades e disponibilidades. Essa negociação
é intermediada por instituições financeiras. O Mercado Financeiro pode ser dividido em
quatro mercados distintos:
 Crédito: onde é realizada a intermediação financeira direta via empréstimos
bancários aos agentes deficitários.
 Monetário: onde são transacionadas operações entre as instituições financeiras,
como os Bancos Comerciais e o Tesouro Nacional, funcionando como eficiente
mecanismo de controle de liquidez de Open Market1. Grande volume de valores
diariamente.
 Cambial: em que se realizam operações de compra e venda de moeda
estrangeira.
 Capitais: agentes poupadores adquirem valores mobiliários emitidos
diretamente pelos agentes deficitários da economia, capitalizando-os.

4.1.1 Mercado de Capitais: Bolsa de Valores e Mercado de Balcão


Mercado de Bolsa de Valores
Sociedades Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários atuam neste
mercado. Existem 4 formas de negociação no ambiente das bolsas: mercado à vista;
mercado a termo; mercado de opções e mercado futuro de ações. As partes que negociam
em bolsa permanecem no anonimato, e os contratos são pré-estabelecidos e
padronizados. Maior liquidez com maior número de participantes.

Investimentos Comercializados em Bolsa de Valores


Ações
BDRs Debêntures
CRI’s (Certificados de Depósito Imobiliário) Notas Promissórias
Fundos Inv. Imobiliários Bônus de Subscrição
PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa)
FIDC (Fundos Inv. Direitos Creditórios)

1
Reveja os conceitos política monetária e operações interbancárias no módulo 1

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Mercado de Balcão Organizado
Negociações de títulos e contratos de origem particular onde estes parâmetros são
menos rígidos e estabelecidos entre os próprios agentes (customizados) de forma
eletrônica. A Sociedade Operadora do Mercado de Ativos S/A – SOMA é uma instituição
auto-reguladora responsável por administrar o mercado de balcão organizado.
Investimentos Comercializados em Balcão Organizado
Ações Debêntures
CRIs Notas Promissórias
Fundos Inv. Imobiliários Bônus de Subscrição
FIDC (Fundos Inv. Direitos Creditórios)

Mercado de Balcão Não-organizado


Não há local físico próprio. Não existe a coordenação de uma bolsa de valores, nem
da SOMA, sendo negociadas ações de empresas não registradas e outras espécies de
títulos. As transações são normalmente conduzidas pelo telefone. Participam deste
mercado corretoras, distribuidoras, alguns bancos e pessoas físicas. Não há supervisão
nem registro de liquidação dos ativos.

4.1.2 Imposto de Renda no Mercado Financeiro


Fato Gerador – ocorrência em uma aplicação, tal como ganho de capital ou
rendimento, na qual é gerada a necessidade de pagamento do IR conforme determinação
da Receita Federal.
Contribuinte – titular da operação no mercado financeiro.
Responsável Tributário – quem recolhe o IR.
Alíquota do Imposto – percentual que deverá ser destinado como pagamento de
Imposto. Varia conforme a natureza e prazo das aplicações.
Regime de Tributação – poderão admitir 3 modalidades:
a) Exclusiva na Fonte (Definitiva): o Rendimento (fato gerador) não entra na base de cálculo
de imposto na Declaração Anual de Ajuste;
b) Rendimento Tributável: entra no cálculo de IR a pagar na Declaração Anual de Ajuste
c) Isento: Não incide alíquota de IR neste tipo de tributação.

Base de Cálculo – valor referência de uma aplicação financeira para o cálculo do IR.
Compensação de Perdas – algumas perdas poderão ser compensadas de acordo
com a natureza da aplicação.

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4.2 Instrumentos de Renda Variável
A renda variável possui no mercado de capitais ativos tais como ações, fundos de
renda variável (fundo de ação, multimercados e outros), quotas ou quinhões de capital,
Commodities (ouro, moeda e outros) e os derivativos (contratos negociados nas Bolsas de
valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas).

Muito comum confundirmos renda variável com


taxa pós-fixada. NÃO podemos confundir um
investimento Renda Fixa de taxa pós-fixada com
o conceito de renda variável. Taxa pós-fixada é
atrelada à um benchmark determinado (índices
ou taxas), o que não ocorre na renda variável.

4.2.1 Ações
É o instrumento de renda variável mais difundido no mercado financeiro, e único
cobrado em prova. Cada Ação representa uma fração ou cota, ou seja, a mínima parte do
capital social (Patrimônio) de uma empresa. Quando um investidor adquire ações, ele está
fazendo parte da sociedade de uma empresa.

Ações – Características
Home Broker: acesso via internet ao pregão eletrônico do Bovespa. Fornecido por
Corretora ou Distribuidora de Valores, para efetuarem as ordens de compra e venda
de ações durante o pregão da Bovespa - Megabolsa (sistema eletrônico de
informações da Bolsa de Valores).
***Banco Comercial é do braço do BACEN, não entra na BOLSA***

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• Ação Ordinária: direito de voto nas assembleias da empresa. Poder de controle da
companhia. Foco é mandar.
• Ação Preferencial: preferência na distribuição de lucros ou dividendos (resultados)
auferidos, e no reembolso de capital. Foco é lucrar.
 Recebe um valor no mínimo 10% maior que o dividendo distribuído às ações
ordinárias;
 Tag along: na transferência do controle da companhia (ações ordinárias), o
preferencial receberá no mínimo, 80% do valor pago pelas ações ordinárias
negociadas, para cada ação que possuir.
***3 anos consecutivos sem dividendos – Direito a voto***

MERCADO PRIMÁRIO: Colocação de títulos resultantes de novas emissões,


intermediadas por uma instituição financeira.

MERCADO SECUNDÁRIO: investidores compram e vendem ações em busca de


lucratividade e liquidez, transferindo, entre si, os títulos anteriormente adquiridos no
mercado primário.

Oferta Pública Primária (IPO – Initial Public Offering): mercado primário, também
conhecido como Underwriting, realizada por meio de um Banco de Investimento e por uma
Corretora de Valores. S/A Fechada se transforma em S/A Aberta

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Oferta Pública Secundária: ações já existentes, de modo que os recursos não
serão aportados na empresa, mas serão direcionados aos acionistas vendedores.
**Transferência de Controle – Ações Ordinárias**

Ações – Formas de Comercialização


Operações Comuns: operações de compra e venda na qual o investidor permanece
com a posição (comprada ou vendida) em sua carteira de investimentos por pelo menos 1
dia. São operações realizadas no Mercado Secundário.
Operações Daytrade: ocorre no mercado secundário, quando um investidor realiza
a aquisição e a venda de ações de uma mesma empresa, no mesmo dia. Cerca de 80% de
todo volume financeiro comercializado diariamente na Bovespa se concentra neste tipo de
operação.

Ações – Tipos de Ordens


Ordem Limitada: o investidor fixa no envio o limite máximo e mínimo de valor para
a corretora executar a ordem.
Ordem a Mercado: o investidor paga o valor definido pelo mercado.
Toda ordem de compra ou venda de Ações executada por um investidor via Home
Broker possui uma liquidação financeira D+3, ou seja, receberá ou pagará de fato em 3 dias
úteis.

Ações – Proventos e Remuneração


• Dividendos: lucro líquido (após IR) de uma empresa ao final do período contábil
repartido entre os sócios acionistas. São isentos de IR.
• Juros S/ Capital Próprio: lucro bruto da empresa, porém distribuído aos acionistas
antes da incidência do IR na empresa. Acionista tem que pagar IR.
• Ganho de Capital: diferença obtida entre a compra e venda de uma ação. (Comprei
por 10 e vendi por 11)
• Bonificação: Distribuição gratuita de novas ações, devido à incorporação de
reservas e lucros no capital social.

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• Subscrição: direito de o acionista manter sua atual participação por meio da compra
proporcional de novas ações, em caso de um novo underwriting.

Ações – Alterações Estruturais


Agrupamento (Inplit): no agrupamento, diminui-se a quantidade de ações em
circulação, aumentando o valor de cada ação.
Desdobramento (Split): Aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da ação,
para maior negociabilidade e liquidez.

Ações – Despesas e Custos


• Corretagem: cobrança da Corretora de Valores para ordens de compra ou venda
de ações via homebroker.
• Custódia: taxa cobrada pelo Agente de Custódia (corretora ou distribuidora) pela
guarda e manutenção das ações de um investidor junto à CBLC.
• Emolumentos: taxa cobrada pela Bovespa na negociação de uma ordem executada
no pregão, correspondente a 0,035% do valor financeiro da operação.
**Não há IOF em operações de compra e venda de Ações**

4.2.2 ADR’s e BDR’s e Bônus de Subscrição


São valores mobiliários representados na forma de recibos, negociados em um
determinado país, que têm como representação direta ações de uma empresa estrangeira.
Por exemplo, não possuímos acesso à Bolsa de Valores Norte-Americana, porém através
destes recibos podemos negociar ações de empresas americanas via Bovespa, e vice-versa.
Cada Certificado de Depósito (ADR ou BDR) representa uma ação negociada em seu país
de origem.

ADR’s – American Depositary Receipts


São certificados de depósito localizados nos EUA que representam
uma ação emitida por empresa estrangeira (Brasileira). Possui 2
intervenientes para emissão:

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a) Banco Custodiante (Brasil): Mantém as ações brasileiras em custódia, tirando-as
de comercialização na Bovespa.
b) Banco Emissor (EUA): Emite o Certificado de Depósito (ADR) referente à ação
custodiada no Brasil, ora lastreado por esta, para livre comercialização na Dow
Jones (Bolsa Norte-Americana)
Níveis de ADR’s:
Nível 1 – ações já existentes, mercado secundário. Apenas mercado de balcão
americano. Sem maiores exigências.
Nível 2 – ações já existentes, mercado secundário, porém em bolsa de âmbito nacional
dos EUA. As empresas representadas deverão ter demonstrações financeiras de acordo com
US GAAP (Princípios de contabilidade Norte-Americanos).
Nível 3 – Vinculado a oferta pública - novas ações emitidas (captam recursos no
mercado primário). Demonstrações de acordo com a US GAAP.

BDR’s – Brasilian Depositary Receipts


São certificados de depósito localizados no Brasil que representam
uma ação emitida por empresa estrangeira (Americana). A Instituição
Emissora é nacional. Estes certificados estão lastreados por ações
emitidas em seu país de origem (EUA).
Nível I – somente Investidores Qualificados em mercado de balcão.
Nível II – Normas contábeis Brasileiras. Registro da empresa na CVM.
Nível III – Normas contábeis Brasileiras. Capta recursos para a empresa. Registro da
empresa e da emissão na CVM.
BDR’s podem ser Patrocinados (apenas 1 instituição emissora da BDR, permitido os
níveis I,II e III) ou não Patrocinados (mais instituições emissoras, porém somente nível I).

Bônus de Subscrição
Direito conferido ao acionista de uma empresa, no sentido de manter sua atual
participação por meio da compra proporcional de novas ações, caso haja aumento do
capital da empresa (novo lançamento de ações na Bovespa). Esta condição o acionista
poderá adquirir novas ações proporcionalmente de acordo com o seu atual percentual de
participação.
Ex. Investidor que possui 1000 ações (a um preço de mercado de 10 reais cada), possui
participação atual de 1% do capital social na empresa (100.000 ações total). A empresa optou
por efetuar um aumento de capital social de 10% em ações, precificadas a 8 reais cada,
emitindo 10000 ações. Este investidor tem a opção de comprar 100 ações (1% da nova

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emissão) pagando 800 reais, ou vender seu direito de subscrição por R$ 200,00 a outro
investidor interessado na subscrição. (Caso o investidor interessado não comprar este
direito, de qualquer forma pagará a diferença se comprar a mercado).

4.2.3 Ações – Precificação


Análise Fundamentalista
Busca primordialmente avaliar a saúde financeira das empresas delineando seus
retornos futuros e estabelecendo o preço justo de suas ações. Neste sentido, os analistas
se baseiam nos fundamentos da empresa. Todos os fatores macroeconômicos e setoriais
(microeconômicos) que afetam a sua performance são levantados. Avalia parâmetros de
mercado (inflação, taxas de juros, câmbio, Produto Interno Bruto (PIB), balança de
pagamentos) comparando-os com as características do micro setor da empresa (seus
concorrentes e para os resultados da empresa, como balanços, dividendos, lucro,
governança corporativa etc.) A análise fundamentalista enxerga fatores quantitativos
(financeiros) e qualitativos (governança e sustentabilidade).
São ferramentas de análise fundamentalista
 Múltiplos de Mercado: É necessário dividir variáveis como valor de mercado da
empresa frente a demais indicadores presentes em demonstrativos financeiros. A
comparação entre os múltiplos de empresas é chamando Análise Comparativa, no caso
das empresas pertencerem ao mesmo setor chamamos de Análise Setorial.
 Índice Preço por Lucro: determina o valor de mercado da empresa em termos de seu
lucro líquido. Quanto menor o indicador, mais barata a ação está em relação a sua
capacidade de retorno do capital investido.**Índice Preço-Lucro = Cotação/Lucro por
Ação – Quanto menor for, mais indicada será a compra desta ação.**
 Valor da Empresa (EV Enterprise Value) / Lajida (Ebitda): EBITDA (Lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização) é a avaliação do fluxo de caixa
operacional da empresa. Esse múltiplo relaciona o valor da empresa com a sua
capacidade de geração de caixa (fluxo de caixa). ** Valor da Empresa/Ebitda –
Quanto menor for, mais indicada será a aquisição da ação**
 Fluxo de Caixa Descontado: o valor da ação é calculado descontando os futuros
valores a receber de uma empresa de um custo de capital exigido pelo investidor. Estes
valores a receber devem ser líquidos de juros e amortizações, investimentos e IR. Este
custo de capital exigido é a soma da uma taxa livre de risco acrescida de um spread
pelo risco apresentado pela empresa.

Análise Técnica ou Grafista


Utilizada por diversos investidores e homebrokers. Traders (investidores
profissionais) e alguns amadores para estudar o mercado de renda variável baseando se na

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idéia de que os preços dos ativos se movem de acordo com padrões repetitivos e
identificáveis. Na Análise Gráfica, o preço de mercado inclui todas as variáveis possíveis (o
preço da ação desconta tudo). O comportamento futuro das ações pode ser analisado
através de gráficos que traduzem tendências (alta ou baixa futura) de uma determinada
ação. Posicionamento Especulativo (comprado ou vendido).

4.2.4 Governança Corporativa


Definição de parâmetros dentro das empresas para garantir a aderência de todos
principais atores aos códigos de conduta existentes, através de uma estrutura que busca
mitigar conflitos de interesses. (Transparência / Redução de Conflitos de Interesses /
Informações Privilegiadas).

Princípios do IBGC
Segundo o IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, a verificação de práticas
de governança corporativa aplicada às organizações de capital aberto fundamentalmente
abrangem.
Transparência a Accountability (responsabilidade e boa conduta na prestação de contas) - a
administração deve embutir na cultura da empresa a vontade de transparecer informações.
Eqüidade de tratamento dos acionistas – garantir igualdade de todos os acionistas perante os
objetivos da sociedade e proteção aos minoritários.
Responsabilidade Corporativa - As organizações devem ser projetadas para servir todas as
partes da comunidade em geral.
É de suma importância que:
 Haja na organização um conselho de administração responsável e independente.
 Maior parte indispensável será formada por conselheiros independentes, todos com
excelente reputação no mercado, experiência e firme compromisso de dedicação ao
Conselho.
 Auditores Independentes, onde seus membros não estejam vinculados à organização
auditada.
Mandato único sem reeleição, onde o CHAIRMAN (Presidente do Conselho de
Administração) , o CEO (Presidente Executivo) e o CFO (Conselheiro Fiscal / Diretor
Financeiro) serão cargos com pessoas distintas.

4.2.5 Novo Mercado Bovespa e os Níveis de Governança Corporativa


Implantados em dezembro de 2000 pela antiga Bolsa de Valores de São Paulo
(BOVESPA), o Novo Mercado e os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa são

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segmentos especiais de listagem desenvolvidos com o objetivo de proporcionar um
ambiente de negociação que estimulasse, ao mesmo tempo, o interesse dos investidores
e a valorização das companhias.

Exigências Companhias Nível 1:


 Apresentação de calendário anual que conste toda a programação das
atividades corporativas (assembléias, resultados, tele-conferências etc)
 Realização de no mínimo 1 reunião pública anual com investidores e analistas
 Free Float de 25% (no mínimo um quarto do capital social deverá estar
disponível em circulação e negociação na Bolsa)

Exigências Companhias Nível 2:


 Demonstrações contábeis dos resultados nos padrões internacionais (IASB).
 Câmara de Arbitragem de Mercado em conflitos na sociedade.
 Tag along de 100% aos acionistas ordinários minoritários, estendendo os
mesmos 100% existentes aos preferencialistas.
 Direito de voto aos preferencialistas em alterações na estrutura da
organização (incorporação, fusão ou cisão da companhia).
 Conselho de Administração com mínimo de 5 (cinco) membros e mandato
unificado de até 2 (dois) anos, permitida a reeleição. No mínimo, 20% (vinte
por cento) dos membros deverão ser conselheiros independentes.
 Free Float de 25%

Novo Mercado Bovespa:


 Não existem nesta classificação emissão de ações preferenciais - 100% das
ações são ordinárias nominativas;
 Garante-se neste nível 100% de tag along aos acionistas minoritários;
 IPO – Ofertas Primárias de Ações (Underwriting mínimo de R$ 10 milhões);
 Período de Lock-up - os majoritários controladores somente poderão vender
ações após o 6º mês a contar da oferta primária, nas seguintes condições:
 7º ao 12º mês: 40% de suas ações
 Acima do 12º: o restante

4.2.6 Imposto da Renda Variável


Fato Gerador - Operações com instrumentos de renda variável, realizados junto
ao Mercado de Capitais, em mercado à vista que envolvam a alienação em ordens de venda
executadas destes instrumentos.
Base de Cálculo - Ganho líquido auferido nestas operações, deduzidos os custos
e as despesas desembolsadas pelos participantes.

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Alíquotas – Proventos de Ações
Dividendos: isentos de Imposto de Renda e IOF
Juros Sobre Capital Próprio: 15% com recolhimento na fonte. Isento de IOF.
 PJ Simples e PF - Tributação Exclusiva (não dedutível na Declaração Anual).
 PJ com Lucro Real – Tributável (desconta o pagamento da Fonte)

Operações de Renda Variável (Comuns X Daytrade)
ALÍQUOTA S/ Ganho de RECOLHIDO NA FONTE
NATUREZA
Capital
0,005% (Valor financeiro
Operações Comuns 15%
de Venda)
1% (Valor do Ganho de
Operações Day Trade 20%
Capital)
CORRETORA DE
RECOLHIMENTO INVESTIDOR (DARF)
VALORES (FONTE)
Fato Gerador: ordem executada de venda de ações.
Recolhimento IR Investidor: através de (DARF), prazo máximo: o último dia útil do
mês subseqüente ao da operação.

Isenção de Operações de Renda Variável

ISENÇÃO EM OPERAÇÕES COMUNS!!!

INVESTIDOR PESSOA FÍSICA, que tenha realizado


VENDA TOTAL DE AÇÕES À VISTA dentro do PRÓPRIO
MÊS NO VALOR IGUAL OU INFERIOR A R$ 20.000,00,
NÃO PAGA IMPOSTO!

Exemplo IR Operação Comum:

Data Ordem Executada Valor


01/mar Compra PETR4 1.000 ações R$ 9.000,00

Corretagem e Custódia: 04/mar Venda PETR4 1.000 ações R$ 8.700,00


R$ 120,00 08/mar Compra VALE5 2.500 ações R$ 40.000,00
11/mar Venda VALE5 2.500 ações R$ 50.000,00
Ganho de Capital: Compra R$40.000,00 e Venda
R$10.000,00
R$50.000,00
Compensação de Prejuízo ANTERIOR*: compra R$
(R$300,00)
9.000,00 venda R$8.700,00
Ganho de Capital Compensado R$9.700,00
Despesas R$120,00
Ganho Líquido R$9,580,00
IR Devido (15% de R$ 9.580,00) R$1.437,00
IR Fonte - Corretora (0.005% de R$58.700,00) (R$2,94)
Valor da DARF a Recolher em Abril (Investidor) R$1.434,06

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Exemplo IR Operação DAYTRADE:
Operação Daytrade (17/05/xxxx)
• Aquisição 1000 ações Petr4 (14:16)
R$ 15,00 x 1.000 ações – Desembolso de R$ 15.000,00
• Venda 1000 ações Petr4 (16:41)
R$ 17,00 x 1.000 ações – Recebimento de 17.000,00
Ganho de Capital: R$ 2.000,00
IR Fonte (dedo-duro): 1% sobre Ganho = R$ 20,00
IR a pagar: 19% x 2.000,00 = R$ 380,00 (via DARF até o último dia útil do mês de Junho).

Compensação de Perdas – Operações Renda Variável - É admitida a eventual compensação


de perda em ganho de capital futuro, correspondente a uma mesma natureza de operação
(Comum X Comum / Day Trade X Day Trade).

4.3 Instrumentos de Renda Fixa


4.3.1 Definição
Títulos de renda fixa são títulos de crédito, ou de emissão de dívida, os quais
circulam no mercado financeiro e de capitais, destinados a captar recursos na forma de
empréstimos. Os emissores destes títulos podem ser:
 Governo (Títulos Públicos).
 Instituições Financeiras e Demais Empresas (Títulos Privados).

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MARCAÇÃO A MERCADO (Títulos Pré-Fixados)


Muitas vezes nos confundimos, achando que os Títulos Pré-Fixados não possuem
variações de preços devido a sua nomenclatura.
Título Pré-fixado se comercializa com ágio ou deságio no mercado financeiro e deve
ter seu valor calculado diariamente.
“A VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS DO MERCADO ATUA DE FORMA INVERSAMENTE
PROPORCIONAL AO PREÇO DE UM TÍTULO PRÉ-FIXADO”.

Marcação a Mercado:

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MARCAÇÃO PELA CURVA DE JUROS
Significa precificar o com o juro projetado pela curva de juros na aquisição - emissão
em caso de mercado primário - ao prazo restante (duration) até o vencimento. Ocorre que
este tipo de precificação não condiz com a realidade, pois quem põe preço é quem paga
(mercado secundário). Hoje esta prática é proibida pela CVM. Apenas Fundos EXCLUSIVOS2
podem realizar a contabilidade da carteira pela CURVA.

4.3.2 Características dos Instrumentos de Renda Fixa

Formas de Pagamento3 - Títulos geralmente são amortizados no vencimento.


Existem Títulos que pagam Cupom de Juros (entre períodos determinados subseqüentes)
até o vencimento. Título Zero Cupom é aquele que paga a remuneração e a amortização
somente no vencimento (Ex. LTN).
Resgate Antecipado – Caso o Título permita, o emissor poderá efetuar
antecipadamente o pagamento do título, efetuando o resgate antecipado. Títulos
Privados, como por exemplo, as Debêntures e os CDB’s, poderão possuir cláusulas
relativas.
Opção de Compra – o emissor poderá adquirir seu próprio Título. Difere-se de
resgate, pois o Título recomprado junto ao credor poderá ser comercializado novamente a
outro investidor (mercado secundário) pelo próprio emissor.
Vencimento – Assim como os Fundos Fechados, existem Títulos que não possuem
vencimento específico. É o caso das Debêntures Perpétuas.
COVENANTS – cláusulas e condições acessórias na emissão de um Título que
determinam limitações ao Emissor na condução de sua gestão financeira. A quebra destas
cláusulas propicia os credores a tomarem ações preventivas ou corretivas e podem gerar
o vencimento antecipado de um Título.
CROSS DEFAULT –Torna o Emissor automaticamente inadimplente ou em atraso
caso descumpra pagamentos em quaisquer outros Títulos por ele emitidos. Também pode
gerar Vencimento Antecipado de um título.

2
Veja FUNDOS EXCLUSIVOS
3
Reveja as noções de finanças

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4.3.3 Diagrama Instrumentos de Renda Fixa

4.3.4 Principais Instumentos de Renda Fixa


TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS
Emitidos pelo Tesouro Nacional para cobrir gastos e cumprir o planejamento do
orçamento da União. São encontrados com regularidade em carteiras de Fundos de
Investimentos, devida a sua ótima liquidez e baixo risco de crédito.
• Prazo: sem obrigatoriedade de prazo máximo ou mínimo para vencimento.
• Valor Nominal Mínimo: R$1.000,00. Dealers: Instituições Financeiras autorizadas que
intermedeiam negociações com papéis do Tesouro Nacional no mercado primário.
• Letras: “Zero cupom”. Pagamento da dívida do governo somente no vencimento
do título.
• Notas: Cupom Semestral de Juros (governo se “cumpreméti” a cada seis meses).
***TDA – Títulos da Dívida Agrária (benchmark TR)*** são emitidos pelo Tesouro

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Títulos Públicos: Características

Forma de Cenário / Expectativa /


Título Rentabilidade
Pagamento Objetivo
Juros
Zero Cupom LTN Queda da Selic Meta
Prefixados
LFT Selic Over Alta da Selic Meta
Aumento da inflação
NTNB Principal IPCA + X% ou manter poder
aquisitivo
IPCA + X% Aumento da inflação
Vencimento +
NTNB (cupom ou manter poder
Semestral
semestre) aquisitivo
PTAX + X% Desvalorização do
NTND (cupom Real ou dívida /
semestre) viagem ao exterior
Juros
Prefixados +
NTNF Queda da Selic Meta
(cupom
semestre)

TESOURO DIRETO
Programa de compra de títulos da dívida pública por pessoas físicas diretamente
pela Internet. É uma ótima opção para quem quer investir com baixo custo, boa
rentabilidade e liquidez quase imediata. Diariamente, o investidor PF poderá revender os
títulos antes do vencimento pelo seu valor de mercado, uma vez que o Tesouro Nacional
garante a recompra dos títulos. É possível inclusive autorizar uma das instituições
financeiras habilitadas a operar no Tesouro Direto (Agentes de Custódia) para efetuar
compras e vendas dos títulos públicos. Forma de Tributação é idêntica ao utilizado nas
operações com Títulos Públicos Federais. Limite Máximo a ser investido por PF é mensal.

Título Oficial Nomenclatura Tesouro Remuneração


LTN Tesouro Prefixado Vencimento
NTNF Tesouro Prefixado com Juros Semestrais Semestral + Vencimento
NTNB Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais Semestral + Vencimento
NTNB Principal Tesouro IPCA+ Vencimento
LFT Tesouro SELIC Vencimento

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FGC – FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS (IF)
Entidade sem fins lucrativos. Administrada pelo BACEN é um mecanismo de
proteção de créditos contra instituições financeiras. Criado pela Resolução 2.211/95 com
personalidade jurídica de direito privado, estabelecendo-se o sistema de garantia de
depósitos no Brasil.
FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS:
Valor de
Até R$ 250.000,00 por CPF ou CNPJ
Cobertura
 Depósitos a vista;
 Depósitos de poupança;
O que o fundo
 Depósitos a prazo (com CDB) ou depósitos sem certificado;
garante?
 Letras de Crédito Imobiliário
 Demais Produtos da Tesouraria do Banco

POUPANÇA (IF)
É a modalidade de investimento mais difundida entre as pessoas. As poupanças
mantidas por prazo inferior a um mês (aniversário) não recebem rendimento, que se torna
a carência de sua rentabilidade. Possui a garantia do FGC frente insolvência da instituição,
até o valor estipulado. Rentabilidade igual para qualquer if:

 Caso Taxa Selic seja maior que 8,5% ano: (6,17% ano + TR)

 Caso Taxa Selic esteja igual ou menor que 8,5% ano: (TR + 70% Selic)

CDB – CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO (IF)


Título Privado emitido por uma Instituição Financeira. O CDB é a representação
formal de uma operação passiva (depósito a prazo). Operação de Funding que conta com
a garantia do Fundo Garantidor de Créditos*.

CDB: Características
Rentabilidade Prazo Mínimo Prazo Máximo
Pré-Fixado, DI e Selic 1 dia De acordo com política da
TR / TJLP 1 mês instituição financeira emissora
IGPM 1 ano

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Certificação CPA-20
LCI – LETRAS DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (IF)
Títulos emitidos por instituições financeiras com carteira de crédito imobiliário.
Atendem a financiamentos com recursos do SFH - Sistema Financeiro da Habitação e
Financiamentos com garantia real de imóveis. As garantias solicitadas em créditos
imobiliários serão Alienação Fiduciária ou Hipoteca de Imóveis para emissão de LCI’s.
$ Investidores
$

Créditos LCI’s
Imobiliários

Letras de Crédito Imobiliário: Características


• Prazo de Emissão e Lastro: de acordo com a Instituição Emissora. Emitidas até o
valor total de créditos imobiliários ao favor da IF. Não poderá exceder este valor.
• Rentabilidade: Pré-Fixada ou Pós-Fixada (qualquer benchmark). ***Não há IR para
investidor PF*** (isenção de rendimentos não existe em caso de Pessoas Jurídicas)
• Modalidades: com ou sem SWAP (semelhante ao CDB)

CRI – CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS


Somente Companhias de Securitização poderão emitir essa modalidade. Créditos
com habite-se são obrigatórios para ofertas a Investidores Comuns (não-qualificados). As
contraprestações securitizadas de compra e venda ou o aluguel de um empreendimento
imobiliário de uma IF são garantia ao investidor. São ofertas públicas com um mínimo de
50 investidores iniciais. O CRI não possui garantia do FGC. PF Isentos de IR (rendimentos).

$ $ $

Bolsa de Valores

$ Securitização
(venda dos CRI’s
Créditos Imobiliários créditos)

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Curso Preparatório
Certificação CPA-20
DPGE - DEPÓSITO A PRAZO COM GARANTIA ESPECIAL
O DPGE é um título de renda fixa representativo de depósito à prazo emitido por
instituições financeiras – bancos comerciais, múltiplos, de desenvolvimento, de
investimento, além de sociedades de crédito, financiamento e investimentos e caixas
econômicas – de porte pequeno e médio a captar recursos. Confere ao seu detentor um
direito de crédito contra o emissor. Em 2012, o CMN, por intermédio da Resolução no. 4415,
criou uma nova modalidade do ativo, conhecida como DPGE II. Esta versão tem como
diferencial ser elegível ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Apenas o “Depósito a Prazo
com Garantia Especial do FGC” tem garantia com limite superior a R$ 250 mil – que
atualmente é de R$ 20 milhões.

Além disso, os prazos devem se ajustar aos empréstimos que os bancos usarão
como lastro. Os DPGEs podem remunerar a taxas pré ou pós-fixadas. O prazo de resgate é
determinado no momento da contratação, mas não pode ser inferior a 6 meses nem
superior a 36. Uma característica importante é a não poder resgatar antecipadamente nem
parcialmente.

LETRA FINANCEIRA
Títulos emitidos por instituições financeiras, que consistem em promessa de
pagamento. Não possuem garantia pelo FGC. Características de longo prazo.
 Remuneração: qualquer forma (Pré, Pós, Flutuante)
 Prazo mínimo: 24 meses, vedado o resgate total ou parcial antes do vencimento;
 Devem ter valor nominal unitário igual ou superior a R$ 300 mil;
 Pagamento de rendimentos em intervalos de, no mínimo, 180 dias.

DEBÊNTURES
Valores Mobiliários emitidos por empresas não-financeiras de capital
aberto (S.A’s). Estes títulos são responsáveis por captar recursos
financeiros no médio e no longo prazo (acima 1 ano), que serão destinados
à compra de bens de capital, novas instalações e desenvolvimento de novos produtos e
serviços (financiar produção).
***Exceção (IF permitida): Sociedades de Arrendamento Mercantil – LEASING.***

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Certificação CPA-20
 O valor total de debêntures de uma empresa não poderá ultrapassar o seu capital
social (PL).
 Não há garantia do FGC, para qualquer modalidade.
Debêntures – Características
Prazos Mínimos de Emissão:
 1 ano - Debêntures Simples (Pré ou Pós)
 3 anos – Debêntures Conversíveis (Pré ou Pós)
Natureza:
Debêntures Simples: O resgate é realizado em dinheiro.
Debêntures Conversíveis: direito concedido (faculta ao credor) de transformá-la em
ação da empresa emissora, ao vencimento. A conversão é um direito ao investidor, e não
uma obrigação.
Debêntures - Escritura
Escritura é o documento que formaliza todas as condições de emissão de determinada
debênture. Relaciona todos os direitos dos titulares e os deveres dos emissores. Especifica
a forma de remuneração e os pagamentos dos juros, forma de amortização e fluxo de
caixa. Inclui cláusulas padrão referentes às garantias reais e adicionais caso existam. As
Debêntures não possuem padrão específico de remuneração ou amortização, ficando tais
escolhas livres a critério da empresa emissora. A remuneração da Debênture pode ser pré-
fixada (taxa definida no Título), pós-fixada (atrelada a algum índice de correção), ou ainda,
atrelada ao Resultado Financeiro da empresa emissora (% dos lucros e receitas)
Debêntures – Garantias
O total dos títulos de dívida emitidos pela empresa na forma de debêntures não pode
ultrapassar o seu patrimônio liquido. Classificação das garantias.
 Real: cláusulas na escritura da debênture que alienam bens da empresa ou dos
recursos do título em favor dos credores.
 Flutuante: são cláusulas que garantem privilégio ou preferência de alienação sobre
alguns ativos da empresa caso ocorra falência, porém não impede a emissora de
negociar estes ativos sem comunicar os debenturistas.

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Certificação CPA-20
 Quirografária: sem privilégios sobre os ativos da empresa, concorrendo
diretamente com os demais credores (também quirografários) caso exista
liquidação judicial da companhia.
 Subordinada: caso a empresa entre em falência, esta garantia oferece prioridade de
pagamento apenas sobre os valores a receber antes de seus acionistas.
Debêntures – Agente Fiduciário
Protege os interesses dos credores da debênture, realizando a
vistoria alerta e contínua do cumprimento das condições
registradas na escritura da debênture. A relação fiduciária entre
o agente (instituição financeira envolvida na emissão da
debênture) e os debenturistas. Esse agente deve ser ou uma
pessoa natural habilitada ou uma instituição financeira autorizada pelo BACEN.
Podem ser agentes: Corretoras, Distribuidoras, Bancos de Investimento entre outras
Instituições (que possuam carteira de investimento). O agente fiduciário não garante a
emissão nem presta aval ou fiança em debêntures.
O agente fiduciário não garante a emissão nem presta aval ou fiança em debêntures.
São funções do Agente:
 Pedir execução dos ativos relacionados em garantias reais, recebendo o
valor, e repassá-lo aos credores;
 Solicitar o processo de falência da empresa emissora;
 Representar legalmente os debenturistas perante o mercado e a justiça,
salvo deliberação em contrário da assembléia dos debenturistas.

NOTAS PROMISSÓRIAS (COMMERCIAL PAPERS)


São os valores mobiliários emitidos pelas companhas privadas não-
financeiras para captar recursos de curto prazo. Podem ser emitidas por
S.A’s ou empresas de capital fechado. Destinam recursos para capital de
giro junto ao mercado primário.
Notas Promissórias – Características e Riscos Associados
Empresas de Capital Aberto – 30 a 360 dias
Empresas de Capital Fechado – 30 a 180 dias
Remuneração: pré ou pós-fixada, a critério do emissor (não poderá ser remunerada
por índices de inflação). Este investimento não possui garantia do FGC.
Forma de Emissão: Nominativa, podendo circular aos diversos portadores.

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CCB – CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO e CCI – CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO
Título que os correntistas (PF e PJ) emitem a favor do Banco quando
efetuam uma operação de crédito. Representa confissão de dívida e
promessa de pagamento em dinheiro pelo emissor. A Instituição Financeira
titular desta cédula deve possuir autorização de funcionamento emitida pelo BACEN e deve
compor o SFN - Sistema Financeiro Nacional. Quando possuem como lastro imóveis, são
regulamentadas pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação.

CÉDULA DE PRODUTO RURAL – CPR


Emissor é o Produtor Rural (PF ou PJ) e cooperativas de produção.
Recebem antecipadamente a venda de certa quantidade de
mercadoria, recebendo o valor negociado no ato da venda e
comprometendo-se a entregá-la em uma data futura. Uma IF ou uma
Securitizadora deverá dar garantia à CPR, para que esta possa ser
negociada no mercado secundário. Lastro para LCAs. Não possuem IOF.

LCA – LETRA DE CRÉDITO DO AGRONEGÓCIO


Títulos de dívida de obrigação futura de pagamento ao credor. Sua
garantia são os recebíveis gerados em comercialização de produtos
do agronegócio entre diversos produtores agropecuários e as
respectivas cooperativas. Emitidos por Bancos, onde o lastro são os
empréstimos rurais. **Investidor PF NÃO PAGA IR!**

CRA - CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO


Emitido por companhias securitizadoras, utilizam os recursos da
CRA para adquirem das IFs os títulos com direitos creditórios do
agronegócio de negócios entre produtores rurais (ou suas
cooperativas). O título pode conter cláusula expressa de variação
do seu valor nominal, desde que seja a mesma dos direitos
creditórios a ele vinculados.
**Investidor PF NÃO PAGA IR!**

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CDCA – Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio
Título vinculado a direitos creditórios originários de negócios
realizados entre produtores rurais (ou suas cooperativas) e
terceiros. É emitido por produtores rurais ou cooperativas
envolvidas no ramo agropecuário ou de máquinas e implementos
utilizados na produção agropecuária. Produtores podem emitir via
oferta pública. Utilizado como lastro para as operações com LCA.

OPERAÇÕES COMPROMISSADAS E CDI


O CDI – Certificado de Depósito Interbancário são títulos emitidos por Bancos que
possuem como favorecido titular apenas outra Instituição Financeira. As operações
compromissadas são realizadas entre as próprias Instituições Financeiras (títulos com
compromisso de recompra em uma determinada data) ou com IF’s versus Correntistas, a
fim de que possam melhorar a liquidez em geral do sistema financeiro. Para o investidor, é
uma aplicação de renda fixa, em que o banco vende um título de emissão do próprio
conglomerado ou grupo, e se compromete a recomprá-lo a qualquer momento por uma
taxa percentual (%) do CDI acordada no momento da aplicação. Não conta com a garantia
do fundo garantidor de crédito (FGC).

4.3.5 Tributação na Renda Fixa


TABELA DE ALÍQUOTAS IR E IOF

Prazo do Investimento Alíquota


0 – 180 dias (inclusive) 22,5%
181-360 dias (inclusive) 20,0%
361-720 dias (inclusive) 17,5%
Acima de 721 dias 15,0%
IOF (até 30º dia)
PRAZO (dias) Alíquota PRAZO (dias) Alíquota PRAZO (dias) Alíquota
01 96 11 63 21 30
02 93 12 60 22 26
03 90 13 56 23 23
04 86 14 53 24 20
05 83 15 50 25 16
06 80 16 46 26 13
07 76 17 43 27 10
08 73 18 40 28 06
09 70 19 36 29 03
10 66 20 33 30 0

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CÁLCULO DE IMPOSTO
Rendimento Líquido = Rendimento Bruto – {IOF – (IR líquido de IOF)}

Tabela Resumo IR – Instrumentos de Renda Fixa


TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS / CDB / POUPANÇA / DEBÊNTURES / NOTAS
PROMISSÓRIAS / LETRAS (LH, LCI ,LCA) / CRI / CPR / CCB E COMPROMISSADAS
Resgates; Pagamentos de Rendimentos; Recebimentos
Fatos Geradores de Cupons; Cessão ou Repactuação; Ganho de Capital
na Alienação do Título “DARF”
Ganho de Capital na Cessão / Alienação e Rendimentos
Base de Cálculo
Auferidos
Responsável pelo Na fonte pelo Emissor (fonte pagadora dos
Recolhimento “RESGATE” Rendimentos)
PJ com regime de
PF e PJ optante pelo
tributação de lucro real
“Simples”
ou presumido
Tributável. Rendimentos
Regime de Tributação
Não incide na base de auferidos integram o
cálculo no Ajuste Anual. resultado final do
Exclusiva na Fonte exercício. Compensável
no IR devido
Rendimentos gerados por Poupança, pelas Letras (LH,
LCI, LCA), por CPR - Certificados de Produtor Rural e
CRI – Certificados de Recebíveis Imobiliários são
ISENÇÃO PF
isentos de IR em rendimentos ou resgates. Isenção não
contempla ganhos na alienação ou cessão destas
aplicações

1.3.1 Exemplos IR na Renda Fixa


Forma de cálculo: IOF, se aplicável, sendo deduzida Alíquota IR sobre o rendimento
líquido de IOF.
Ex. 1: CDB Caixa Econômica – R$ 100.000,00
Prazo: 01/03 (aplicação) a 15/03 (resgate) – 15 dias.
Rentabilidade Bruta: 0,40% / Saldo Bruto = R$ 100.400,00
IOF: 50% (15 dias) s/ rendimento (R$ 400,00) = R$ 200,00
IR sobre o rendimento líquido de IOF: 22,5% x (200,00) = R$ 45,00
Resgate líquido: R$ 100.155,00

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Ex. 2: Cupom de Juros de NTN-B – R$ 100.000,00
01/01 (aplicação). 30/06 (ganho do cupom) – Prazo: 181 dias.
Valor do Cupom: 1,5% semestre s/ capital investido = R$ 1.500,00
IOF: não há. Prazo ultrapassou 30 dias!
IR sobre o rendimento líquido IOF: 20% x (1.500,00) = R$ 300,00
Pagamento líquido: R$ 1.200,00

4.4 Derivativos
Instrumentos Derivativos são contratos que derivam dos preços praticados pelo
Mercado à Vista. Firmados pela necessidade de gerar maior circulação para os negócios.
Admite que um produtor possa vender previamente uma determinada mercadoria que
está produzindo, garantindo com antecipação a venda do seu produto e sua margem.
 Mercado a Termo
 Mercado Futuro
 Mercado de Swap
 Mercado de Opções

Aspectos Gerais
 Geram movimentações de recursos em data futura e necessidade de aumento de
crédito entre (comprador e vendedor).
 Contratos de Balcão (Termo e Swap): São contratos negociados entre as
partes diretamente, isto é, onde cada um assume o risco do negócio. O ônus destes
contratos é o risco de liquidez, pois os contratos não são padronizados, sem um mercado
secundário atuante.
 Contratos dos Mercados Futuro, Swap e Termo são simétricos, isto é, o
ganho de uma parte é o prejuízo da outra, onde os fluxos de caixa se igualam. O crédito de
uma parte será exatamente os débitos da outra.

4.4.1 Mercado a Termo


O contrato a termo é o tipo mais simples de derivativo. São realizadas operações de
compra e venda em pregão, no mercado de balcão organizado e autorizados pela

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BM&FBovespa. Nele, uma das partes se compromete a comprar e a outra a vender um
ativo, por um preço fixado, geralmente em D + (30/60/90/120/150/180).
 Fluxo de Caixa: não há movimentação financeira no início do contrato.
 Liquidação Física e Financeira (Entrega e Pagamento) no vencimento.
 Customização: negociados em mercado de balcão, sua formalização busca atender
o interesse específicos das partes envolvidas. Ativos financeiros (dólar, ações), não
possuem entrega física e estes contratos a termo são liquidados por diferença de
fluxo, ao vencimento.
Contrato a termo - Demonstração
DADOS DO CONTRATO CENARIO ELEVAÇÃO PTAX CENÁRIO QUEDA PTAX
(01/06) – 1 US$ = R$ 3,10 (01/06) – 1 US$ = R$ 2,90

Data: 01/02 Termo D + 120 CEBESA: Saldo = R$1.000,00 CEBESA: Saldo = R$ -1.000,00

Comprador: CEBESA Crédito a receber Débito (a pagar) Crédito (a receber) Débito (a pagar)

Vendedor: ALUNO R$ 31.000,00 R$ (30.000,00) R$ 29.000,00 R$ (30.000,00)

Ativo: US$ Qtde: 10.000,00 ALUNO: Saldo = R$ (1.000,00) ALUNO: Saldo = R$ 1.000,00

Valor 1 US$ = R$ 3,00 Crédito a receber Débito (a pagar) Crédito a receber Débito (a pagar)
em (01/06) R$ 30.000,00 R$ (31.000,00) R$ 30.000,00 R$ (29.000,00)

Lógica desta nossa negociação:


Porque o ALUNO vendeu dessa forma para CEBESA? Não gostaria de se surpreender em caso de
elevação da cotação do dólar. Porque a CEBESA comprou dessa forma do ALUNO? Crê neste aumento da
cotação do dólar, ou não quer se surpreender na queda da cotação.

NDF – Non Deliverable Forward (Mercado de Balcão)


Contrato a Termo de Moeda sem Entrega Fisica é um derivativo operado em
mercado de balcão, que tem como objeto a taxa de câmbio de uma determinada moeda. É
uma operação utilizada como instrumento de hedge, pois o contratante de um NDF
garante uma taxa de câmbio futura para a moeda base do contrato. No Brasil, as operações
de NDF são contratadas nas mesas de operações (balcões) dos bancos comerciais.

4.4.2 Mercado Futuro


Acordo entre duas partes para comprar um ativo a certo preço em uma
determinada data. A diferença existente frente aos termos (item anterior) é que estes
contratos futuros são padronizados e negociados exclusivamente pela bolsa de valores.

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Estes contratos futuros exigem ajustes diários de caixa, onde a contraparte central é a
própria (BM&F e BOVESPA).
 Padronização: são contratos negociados em mercado de bolsa. A Bovespa
estabelece o ativo (mercadoria, título, moeda ou índice de referência), quantidade
contratada, vencimento.
 Alta liquidez: mercado secundário amplo.
 Ajuste Diário: mecanismo por meio do qual as posições mantidas em aberto são
acertadas diariamente com os recursos disponíveis em conta.
 Margem: caução requerida para assegurar que haverá fundo suficiente para cobrir
prejuízos no caso de inadimplência do cliente. Ambas as partes (comprador e
vendedor) devem manter depositada uma margem (em dinheiro, títulos públicos
ou privados, ações, carta de fiança, seguro de crédito e certificado de ouro).
 Liquidação antecipada: as posições podem ser liquidadas a qualquer momento
anterior ao vencimento do contrato, bastando simplesmente se fazer a operação
inversa da que está em aberto. Quem está comprou contratos de câmbio futuro,
deverá vendê-los para encerrar sua posição.

Ativo US$ 100.000,00


Data do Contrato 01/03/xx
Vencimento 01/09/xx Contrato Futuro de Compra de US$ 100.000,00 em 180 dias
Cotação R$ 3,20 (cotação R$ 3,20 ao vencimento)
Valor Contrato R$ 320.000,00
Margem 10% R$ 32.000,00
Ajuste Diário de Caixa
Data Cotação Futura US$ Valor Fechamento Ajuste Comprador Ajuste Vendedor Saldo Comprador Saldo Vendedor
02/mar R$ 3,25 R$ 325.000,00 R$ 5.000,00 -R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 -R$ 5.000,00
03/mar R$ 3,18 R$ 318.000,00 -R$ 7.000,00 R$ 7.000,00 -R$ 2.000,00 R$ 2.000,00
04/mar R$ 3,10 R$ 310.000,00 -R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 -R$ 10.000,00 R$ 10.000,00
05/mar R$ 3,25 R$ 325.000,00 R$ 15.000,00 -R$ 15.000,00 R$ 5.000,00 -R$ 5.000,00
06/mar R$ 3,15 R$ 315.000,00 -R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 -R$ 5.000,00 R$ 5.000,00
07/mar R$ 3,25 R$ 325.000,00 R$ 10.000,00 -R$ 10.000,00 R$ 5.000,00 -R$ 5.000,00
08/mar R$ 3,25 R$ 325.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.000,00 -R$ 5.000,00
09/mar R$ 3,10 R$ 310.000,00 -R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 -R$ 10.000,00 R$ 10.000,00
10/mar R$ 3,20 R$ 320.000,00 R$ 10.000,00 -R$ 10.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00

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4.4.3 Mercado de Swap
 O contrato de Swap é um contrato particular entre duas partes (negociado em
Balcão ou Bolsa).
 O SWAP permite trocar a taxa de uma operação em curso. Ex. taxa pré para
taxa DI.
 Nesta operação, quem está com uma taxa pré, paga a esta taxa (ex. 8%) e
recebe a taxa pós resultante do período.
 Lucro de uma parte corresponde simetricamente ao prejuízo de outra.
Ex. Cenário Alta Juros: taxa pré 8% (passivo) ; projeção DI – 10% (ativo)
Valor Nocional: 1.000.000,00
Contratante do Pós: Tinha Pré (Paga - Passivo) – Quer Pós (Recebe-Ativo)
8% x 1.000.000,00: Paga (-80.000,00)
10% x 1.000.000,00: Recebe (100.000,00)
Diferença Positiva: 20.000,00
Contratante do Pré: Tinha Pós (Paga) – Quer Pré (Recebe)
10% x 1.000.000,00: Paga (-100.000,00)
8% x 1.000.000,00: Recebe (80.000,00)
Diferença Negativa: 20.000,00

4.4.4 Mercado de Opções


Opção é um contrato de negociação futura de ações. O titular do contrato de opção
(comprador) possui o direito de comprar ou vender (exercer a opção) desta ação ao
vencimento do contrato. Ao lançador cabe a obrigação respectivamente contrária ao
titular de comprar ou vender de acordo com as condições previamente estabelecidas.

Elementos de um contrato de opção


Titular: Comprador (Direito) Prêmio: Valor da Opção
Lançador: Vendedor (Obrigação) Ativo Objeto ou Principal: Ação objeto da negociação
Call: Opção de “compra” Strike: Preço Ativo do Exercício (no vencimento)
Put: Opção de “venda” Vencimento: data que ocorrerá a compra ou venda do ativo
Opção Americana: Pode ser exercida antes do vencimento
Opção Européia: Exercício apenas no vencimento

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Opção de Compra (call) – Posição Comprada (Titular)
Estratégia utilizada quando o Investidor estima o aumento futuro do valor da ação
frente a seu valor atual. Neste caso, o Investidor entra no contrato com posição comprada
(Titular), paga o prêmio e adquire o direito de comprar o ativo-objeto pelo preço de
exercício.

Suponha que um investidor invista na posição Titular da CALL (PetrF17):


 Preço de Exercício: R$ 16,80
 Prêmio: R$ 1,60 (perda máxima)
Valor da Ação no Valor Intrínseco: (Preço a vista Resultado – Decisão
Vencimento – Preço exercício) Prêmio Investimento
R$ 15,40 - R$ 1,40 - Não exerce
R$ 16,70 - R$ 0,10 - Não exerce
R$ 18,50 R$ 1,70 1,70 - 1,60 = 0,10 Exerce
R$ 18,70 R$ 1,90 1,90 - 1,60 = 0,30 Exerce
R$19,10 R$ 2,30 2,30 - 1,60 = 0,70 Exerce

Opção de Compra (call) – Posição Vendida (Lançador)


Estratégia utilizada quando se projeta a queda do preço do ativo objeto. Neste caso
entra no contrato com a posição vendida (lançador), recebe o prêmio e adquire a
obrigação de vender o ativo-objeto pelo preço de exercício.

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Curso Preparatório
Certificação CPA-20
Suponha que um investidor invista na posição Lançador da CALL (PetrF17):
 Preço de Exercício: R$ 16,80
 Prêmio: R$ 1,60 (ganho Máximo)

Valor da Ação no Valor Intrínseco: (Preço Resultado – Decisão


Vencimento exercício – Preço a vista) Prêmio Investimento
R$ 15,40 R$ 1,40 - Não exercido
R$ 16,70 R$ 0,10 - Não exercido
R$ 18,50 - R$ 1,70 -1,70 + 1,60 = -0,10 Exercido
R$ 18,70 - R$ 1,90 -1,90 + 1,60 = -0,30 Exercido
R$19,10 - R$ 2,30 -2,30 + 1,60 = - 0,70 Exercido

Opção de Venda (put) – Posição comprada (titular)


Utiliza-se esta estratégia quando é projetada queda do preço do ativo objeto. O
comprador do direito (titular) paga um prêmio e adquire o direito de vender o ativo-objeto
pelo preço de exercício. Aposta que o preço à vista será inferior ao preço de exercício.

Suponha que um investidor invista na posição Titular da PUT (PetrU17):


 Preço de Exercício: R$ 16,80
 Prêmio: R$ 1,60
Valor da Ação no Valor Intrínseco: (Preço Resultado – Decisão
Vencimento exercício – Preço a vista) Prêmio Investimento
R$ 14,20 R$ 2,60 2,60 - 1,60 = 1,00 Exerce
R$ 15,10 R$ 1,70 1,70 - 1,60 = 0,10 Exerce
R$ 18,50 - R$ 1,70 - Não Exerce
R$ 18,70 - R$ 1,90 - Não Exerce
R$19,10 - R$ 2,30 - Não Exerce

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Certificação CPA-20
Opção de Venda (put) – Posição Vendida (lançador)
Estratégia utilizada na projeção do aumento do preço do ativo objeto. Neste caso
entra no contrato com a posição vendida (lançador), recebe o prêmio e adquire a obrigação
de comprar o ativo-objeto pelo preço de exercício.

Suponha que um investidor invista na posição Lançador da PUT (PetrU17):


 Preço de Exercício: R$ 16,80
 Prêmio: R$ 1,60 (Ganho Máximo)

Valor da Ação no Valor Intrínseco: (Preço a vista Resultado – Decisão


Vencimento – Preço exercicio) Prêmio Investimento
R$ 14,20 -R$ 2,60 -2,60 + 1,60 = -1,00 Exercido
R$ 15,10 -R$ 1,70 -1,70 + 1,60 = -0,10 Exercido
R$ 18,50 R$ 1,70 - Não Exercido
R$ 18,70 R$ 1,90 - Não Exercido
R$19,10 R$ 2,30 - Não Exercido

Análise de Opções e Viabilidades


CALL (opção de compra): Preço a Vista de Mercado – Preço do Exercício
PUT (opção de venda) Preço de Exercício – Preço a Vista de Mercado
Observe os termos:
 Opção ITM (IN THE MONEY): expressão utilizada para uma opção que apresenta um
valor intrínseco maior que zero.
 Opção ATM (AT THE MONEY): se refere a uma opção que possui valor intrínseco igual
a zero.
 Opção OTM (OUT OF THE MONEY): neste caso a opção não apresenta valor
intrínseco (resultado negativo)

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Certificação CPA-20
Efeitos de mercado nas opções

4.4.5 Estratégias com Derivativos


Proteção (Hedge)
Diminui a exposição ao risco de variações indesejáveis nos preços. Neste caso, o
risco à oscilação de preços é transferido ao investidor que tenha posição divergente à sua
ou para investidores que queiram aceitar esta oscilação face uma oportunidade de lucro
(especuladores). Contrapartida: ele prejudica lucros que poderiam ocorrer futuramente.
Hedge para cobertura (quedas): quem já possui o ativo no mercado a vista e deseja
garantir o preço, deverá atuar vendido nos futuros.
Hedge para exposição (altas): quem precisa do ativo no mercado a vista ou possui
dívidas atreladas a este ativo e deseja proteger-se da elevação do preço, deverá atuar
comprado nos futuros.
Especulação ou Posicionamento
A estratégia de posicionamento é tomada pelo investidor que está favorável ao
risco frente maior rentabilidade. Quando este investidor projeta elevação no preço de um
determinado ativo se coloca em posição “comprada” (beneficiada pelo aumento dos
preços). No caso da aposta na baixa do preço deste ativo objeto, se coloca na posição
“vendida”, que é favorecida na queda dos preços. Caso o posicionamento afete um valor
maior que o investido ou recebido na negociação, isto gera alavancagem.
Alavancagem
O uso de derivativos admite ao investidor adotar posições de risco de valor superior
ao seu patrimônio (ou de uma carteira em um Fundo). Essa estratégia é chamada de
alavancagem porque ela expande os efeitos de perdas, podendo até mesmo caracterizar
uma situação de aporte de capital, quando o investidor é chamado para cobrir os
compromissos.

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Certificação CPA-20
Arbitragem
Utilização de derivativos aproveitando distorções de preços de mercado. Significa
estar passivo (posição comprada) e ativo (posição vendida) em determinado ativo e/ou
derivativo a fim de limitar perdas e determinar ganhos antecipadamente, correndo menos
risco que o simples posicionamento ou alavancagem.

4.4.6 Tributação dos Derivativos


Imposto de Renda sobre os Mercados TERMO, FUTURO E OPÇÕES
Alíquota: 15% regime definitivo PF ou PJ Simples. (20% em caso de DAYTRADE).
Fato Gerador: fechamento de posição (liquidação do contrato) com ganho ou
exercício (opções).
Base de cálculo: diferença positiva auferida na liquidação do contrato ou exercício.
Responsável pelo Recolhimento: próprio investidor através de DARF até o último
dia útil do mês seguinte.
Compensação de Perdas: perdas nestes contratos apenas compensam em ganhos
futuros em demais contratos a vista, termos, futuros e opções (comuns x comuns;
daytrade x daytrade).

Exemplo: Um investidor comprou 50.000 opções de compra de uma ação por R$ 2,00 por
opção. Passados 21 dias úteis, o valor do prêmio da mesma série de opções estava sendo negociado no
mercado a R$ 4,00, e ele resolveu realizar o ganho. Houve na operação R$ 1.200,00 de despesas de
corretagem e emolumentos. Ele não tem perdas anteriores a serem compensadas.

Data Ordem Executada Valor


01/mar Compra Call 50.000 opções R$ 100.000,00
30/mar Venda Call 50.000 opções R$ 200.000,00
Corretagem e Custódia:
R$ 1200,00

Ganho de Capital: Compra R$100.000,00 e Venda


R$100.000,00
R$200.000,00
Compensação de Prejuízo ANTERIOR* R$0,00
Ganho de Capital Compensado R$100.000,00
Despesas R$1.200,00
Ganho Líquido R$98.800,00
IR Devido (15% de R$ 98.800,00) R$14.820,00
IR Fonte - Corretora (0.005% de R$200.000,00) (R$10,00)
Valor da DARF em Abril (Investidor Recolhe) R$14.810,00

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Imposto de Renda sobre os Contratos de SWAP
Alíquota: tabela regressiva de IR (semelhante aos instrumentos de renda fixa)
conforme o prazo de permanência.
Fato Gerador: fechamento de posição com ganho de capital.
Base de cálculo: diferença positiva auferida na liquidação do contrato.
Responsável pelo Recolhimento: Fonte pagadora do rendimento. Deverá recolher
o imposto com prazo máximo findo no terceiro dia útil da semana seguinte à liquidação ou
cessão do contrato.
Compensação de Perdas: perdas nestes contratos apenas compensam em ganhos
futuros em demais contratos de swap. Não é permitida a compensação com demais
instrumentos de renda variável. SOMENTE PJ poderá compensar IR em SWAP.

4.5 COE – Certificado de Operações Estruturadas


4.5.1 Definição e finalidade
O Certificado de Operações Estruturadas - COE é um investimento que passa a ser
disponibilizado ao mercado brasileiro. Une elementos de Renda Fixa e Renda Variável. Traz
o diferencial de ser formado com base em cenários de ganhos e perdas selecionadas de
acordo com o perfil de cada investidor. Representa uma alternativa de captação de
recursos para os bancos. Similar às Notas Estruturadas dos EUA.

Créditos
$ Investidores
$

COE
Derivativos

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Certificação CPA-20
4.5.2 Modalidades e Características
As estruturas estão divididas nas seguintes famílias:
 Digital: a taxa de remuneração depende da observação de regras estabelecidas pelo
preço do ativo subjacente;
 Duplo Indexador: a remuneração é dada por um de dois indexadores, de acordo com
a regra de comparação entre eles estabelecida;
 Participação: a remuneração replica a compra/venda de um ativo subjacente, com o
proprietário recebendo a participação sobre o desempenho positivo e/ou negativo
desse ativo em relação a um preço de exercício estabelecido; e
 Volatilidade: replica ao proprietário a compra / venda de opção de compra e de opção
de venda, recebendo a participação sobre o desempenho positivo/negativo desse
ativo em um cenário de alta/baixa volatilidade em relação ao(s) preço(s) de
exercício(s) estabelecido(s) no momento do registro.

Este tipo de investimento pode não ser recomendável a investidores com perfil
conservador, especialmente nos casos em que se tratar de uma aplicação com
possibilidade de perda de capital. Não há garantia do FGC para este investimento. Os COES
se atrelam a:
 Ações: Ambev, Banco do Brasil, Bradesco, BM&FBOVESPA, Itaú, Petrobras e Vale;
 Commodities: Ouro e Petróleo (WTI);
 Índices de Ações: Ibovespa, IBrX50, DJIA, NASDAQ e S&P 500;
 Índices de Juros: DI e Selic;
 Inflação: IPCA; e
 Taxa de Câmbio: Simples (BRL) ou Paridade (USD), estando disponível em EUR, USD e JPY.

Modalidades
 Valor Nominal Protegido: quando há garantia do valor principal investido
 Valor Nominal em Risco: quando há possibilidade de perda até o limite do capital
investido

4.5.3 Comercialização e Distribuição do COE


 Distribuição através de Oferta Pública diretamente em balcão pelo Emissor
ou por Intermediários do Sistema de Distribuição de Títulos e Valores
Mobiliários. Não obrigatório registro na CVM. Aplicação de Questionário de
Suitability, API (dispensável para investidores profissionais PJ)
 Termo de adesão e ciência de risco: assinado uma única vez pelo investidor,
dando ciência dos riscos do COE (dispensável para Investidores Profissionais
em geral)
 DIE (Documento de Informações Essenciais): documento com explicações
sobre o funcionamento, fluxo de pagamentos e riscos do COE. Entregue ao
investidor antes da realização de cada investimento. (dispensável para
Investidores Profissionais em geral)

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4.5.4 Tributação dos Certificados de Operações Estruturadas
Alíquota: tabela regressiva de IR (semelhante aos instrumentos de renda fixa)
conforme o prazo de permanência.
Fato Gerador: resgate ou venda antecipada do COE, ou nos pagamentos
intermediários.
Base de cálculo: diferença positiva (rendimento)
Responsável pelo Recolhimento: Fonte pagadora do rendimento.

TABELA DE ALÍQUOTAS IR E IOF


CÁLCULO DE IMPOSTO e RECOLHIMENTO
Rendimento Líquido = Rendimento Bruto – {% IOF (se aplicável) – % IR (líquido de IOF)}

Prazo do Investimento Alíquota


0 – 180 dias (inclusive) 22,5%
181-360 dias (inclusive) 20,0%
361-720 dias (inclusive) 17,5%
Acima de 721 dias 15,0%
IOF (até 30º dia)
PRAZO (dias) Alíquota PRAZO (dias) Alíquota PRAZO (dias) Alíquota
01 96 11 63 21 30
02 93 12 60 22 26
03 90 13 56 23 23
04 86 14 53 24 20
05 83 15 50 25 16
06 80 16 46 26 13
07 76 17 43 27 10
08 73 18 40 28 06
09 70 19 36 29 03
10 66 20 33 30 0

4.6 Negociação, Liquidação e Custódia


4.6.1 Clearing Houses - Sistemas de Liquidação e Custódia
Asseguram as liquidações das transações dos valores mobiliários. Reduzem o risco
de liquidação.

SELIC (D+0)
Títulos Públicos Federais: LFT, LTN e NTN (B , B principal e F).
O Selic é o depositário central dos títulos que compõem a dívida pública federal interna
(DPMFi) de emissão do Tesouro Nacional e, nessa condição, processa a emissão, o resgate, o

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pagamento dos juros e a custódia desses títulos. É também um sistema eletrônico que
processa o registro e a liquidação financeira das operações realizadas com esses títulos pelo
seu valor bruto e em tempo real, garantindo segurança, agilidade e transparência aos
negócios.

CETIP (D+1)
Títulos Privados Derivativos (Termo, Futuros, Swaps e Opções), Títulos de Renda
Fixa (CDB, RDB, LF e DI), Títulos Agrícolas (CPR, CRA e LCA), Títulos de Crédito (CCB),
Títulos Imobiliários (CCI, CRI e LCI), Valores Mobiliário (Debêntures e Nota Comercial), COE
e Cotas de Fundos Renda Fixa e Multimercado
A Cetip é a integradora do mercado financeiro. É uma companhia de capital aberto que
oferece serviços de registro, central depositária, negociação e liquidação de ativos e títulos.
Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura, proporciona liquidez, segurança e
transparência para as operações financeiras. A maior depositária de títulos privados de renda
fixa da América Latina e a maior câmara de ativos privados do país.

CLEARING BMF&BOVESPA (D+V)


Segmento Bovespa (mercado à vista de ações e ativos, derivativos, câmbio, COTAS
FIA)
A Clearing BM&FBOVESPA realiza o registro, a compensação, a liquidação e o
gerenciamento de risco de operações com derivativos financeiros e de commodities, mercado
de balcão (swaps, termo de moeda e opções flexíveis) e mercado a vista de ações e ouro.
Todas essas operações são contratadas pelos participantes compradores e vendedores por
meio dos sistemas de negociação da BM&FBOVESPA.

Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB


Compreende as entidades, os sistemas e os procedimentos relacionados com o
processamento e a liquidação de operações de transferência de fundos, de operações com
moeda estrangeira ou com ativos financeiros e valores mobiliários. São integrantes do SPB,
os serviços de compensação de cheques, de compensação e liquidação de ordens
eletrônicas de débito e de crédito, de transferência de fundos e de outros ativos

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financeiros, de compensação e de liquidação de operações com títulos e valores
mobiliários, de compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de
mercadorias e de futuros, e outros, chamados coletivamente de entidades operadoras de
Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF). Conjunto dos procedimentos e regras
estabelecidas com finalidade de transferir recursos e liquidar operações financeiras
realizadas na forma eletrônica diariamente entre os agentes econômicos.

4.7 Oferta Pública de Títulos e Valores Mobiliários


4.7.1 Principais Instituições: funções e características
Banco Coordenador ou Líder: AGENTE UNDERWRITER
Nenhuma empresa pode vender diretamente seus
valores mobiliários no mercado quando a emissão é pública. É
necessária a intermediação e coordenação de uma instituição
financeira, normalmente um Banco de Investimento, que
processa este trabalho de colocação das ações no mercado e
recebe uma comissão pelo serviço prestado.

4.7.2 Tipos de Ofertas e Responsabilidades


STRAIGHT - Underwriting Puro / Oferta Firme
O Banco compromete-se a adquirir as ações não colocadas no mercado. Risco é do
agente underwriter.
BEST EFFORTS - Melhores Esforços
O Banco devolve à empresa emissora os valores não colocadas no mercado. Risco é
do emissor.
Atribuições do Agente Underwriter
O banco coordenador tem as seguintes atribuições e responsabilidades:
 Elaboração a documentação e o processo do início ao fim da distribuição;
 Faz prospecto, marketing e efetua registro na CVM;
 Due Diligences: análise do destino dos recursos e histórico da oferta, averiguando o seu
objetivo;
 Pool: convites, tamanho dos lotes, procedimentos extras;
 Bookbuilding (formação de preços)

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4.7.3 Participantes da Oferta
Agência de Rating
O código de auto-regulação ANBIMA dispõe que seja obtido o rating da empresa
emissora ou lançadora da oferta. O rating é concedido pelas Agências de Classificação de
Risco que elaboram análises e opiniões sobre o risco de crédito da empresa, ou seja, sua
capacidade para honrar os compromissos assumidos.

Agente Fiduciário (IN 28 da CVM)


Podem ser nomeados agentes fiduciários:
a) Pessoas físicas que satisfaçam os requisitos para o
exercício de cargo em órgão de administração de companhia
ou;
b) instituições financeiras, autorizadas pelo BACEN,
que tenham por objeto a administração ou a custódia de
bens de terceiros. Escolhido em decisão conjunta entre a
Emissora e o Coordenador. Sua principal função é efetivar a escritura de emissão, que deve
ser registrado na Junta Comercial competente. O Agente fiduciário deverá proteger
os direitos e interesses dos Credores, tomando as medidas necessárias cabíveis ao fiel
cumprimento de todas as cláusulas da emissão.
Não poderá ser agente fiduciário (gera conflitos de interesses):
 Aqueles que já exercem a função em outra emissão da mesma companhia ou de seu mesmo
grupo econômico.
 Prestadores de serviços de qualquer natureza à companhia emissora, ou demais de um mesmo
grupo econômico.
 Entidades que possuam sócios em comum com a emissora ou com o seu grupo econômico.
 Banco Coordenador da Emissão Pública.
 Credores da Emitente.

Banco Escriturador e Mandatário


Banco Escriturador: responsável pela escrituração e a guarda dos livros de registro
e transferência de valores mobiliários. Na emissão de valores mobiliários deve haver um
Agente Escriturador que poderá também assumir as funções de Banco Mandatário.
Banco Mandatário: Responsável pela existência, autenticidade, validade e
regularidade dos títulos emitidos. É também o fiel depositário (Agente de Custódia) dos

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certificados de debêntures. Registra as movimentações dos valores mobiliários. Estas
instituições devidamente credenciadas para prestação destes serviços, pela Comissão de
Valores Mobiliários
Market Maker – Formador de Mercado
Seu atributo é a sustentação de ordens de compra e venda de determinada ação,
com o intuito de manter a liquidez e o preço justo deste ativo no Mercado. Papel
desempenhado por Bancos de Investimento, Corretoras e Distribuidoras de Valores
Mobiliários.
Companhias Securitizadoras
As companhias securitizadoras são sociedades anônimas, classificadas como
instituições não financeiras, que tem por finalidade a aquisição de recebíveis imobiliários e
sua securitização, mediante emissão e colocação, no mercado financeiro e de capitais, de
Certificados de Recebíveis Imobiliários CRI e Certificados de Recebíveis Agropecuários
CRA.

4.7.4 Aspectos Legais e Normativos


Companhias Abertas (IN 202 – CVM)
Oferta Pública em Bolsa ou balcão depende de prévio registro da Companhia na
CVM. Considera-se mercado de balcão a negociação feita fora das Bolsas de Valores, com
a intermediação de bancos de investimentos, bancos múltiplos com carteira de
investimento, sociedades corretoras, sociedades distribuidoras e agentes autônomos
credenciados por essas instituições. O pedido de registro de companhia poderá ser
submetido à CVM juntamente com o pedido de distribuição pública de valores mobiliários.
Para a companhia ser registrada na CVM, o estatuto social ou o Conselho de Administração
deve atribuir a um diretor a função de relações com investidores

São informações periódicas obrigatórias:


 Demonstrações Financeiras
 Informações Trimestrais e Anuais
 Edital de Convenção da Assembléia Geral Ordinária
 Ata da Assembléia e resumo de decisões

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São informações eventuais obrigatórias:
 Edital de convocação da assembléia geral extraordinária
 Ata da assembléia e sumário das decisões
 Comunicação sobre fato relevante
 Acordos de Acionistas
 Informações sobre pedidos de recuperação judicial e/ou falências

Concedido o registro, deverá a companhia adotar os seguintes procedimentos:


 Enviar à CVM e à Bolsa informações periódicas e eventuais.
 Colocar as informações referidas à disposição dos titulares de valores mobiliários.
 Proceder à atualização, junto à CVM, dos seus dados cadastrais, até cinco dias
após a ocorrência de qualquer alteração.

Ofertas Públicas Primárias e Secundárias (Instrução CVM 400)


Atos de distribuição pública
São atos de distribuição pública a venda, promessa de venda, oferta à venda ou
subscrição, assim como a aceitação do pedido de venda ou subscrição de valores
mobiliários, desde que conste:
I - A utilização de listas ou boletins de venda ou subscrição, folhetos, prospectos ou anúncios
destinados ao público;
II - A procura de subscritores ou adquirentes indeterminados;
III - A utilização de qualquer forma de comunicação dirigida ao público em geral coma
finalidade de promover a negociação dos valores mobiliários.
As distribuições públicas somente serão realizadas através do intermédio das Instituições
integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários.
Efeitos da suspensão ou cancelamento da oferta
 Emissora – notificará os investidores que já tenham aceitado a mesma, facultando-
lhes a possibilidade de, revogar a aceitação em até 8 dias úteis contados a partir
do recebimento da notificação.
 Investidores - direito à restituição integral dos valores, bens ou direitos oferecidos
na oferta.
Lote suplementar (Green Shoe)
Em caso de existir uma demanda superior à oferta pública o ofertante poderá
outorgar à instituição intermediária a opção de distribuição, em idênticas condições, de

lote suplementar, o qual não poderá ultrapassar 15% da quantidade inicialmente ofertada.

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Modificação da Oferta
Poderá ser solicitada junto a CVM em caso de alterações relevantes da conjuntura
que ocasionem maior risco ao ofertante. É sempre admitida para melhorá-la em benefício
dos investidores.
Distribuição Parcial
Na hipótese de não terem sido distribuídos integralmente os valores mobiliários
objeto da oferta e não tendo sido autorizada a distribuição parcial, os valores, bens ou
direitos dados em contrapartida aos valores mobiliários ofertados deverão ser
integralmente restituídos aos investidores
Prospecto
Documento obrigatório, elaborado pela companhia emissora ofertante em
conjunto com o Banco Coordenador (Líder).
 Os valores mobiliários ofertados e os direitos que lhes são próprios;
 A Companhia Emissora e sua situação patrimonial, econômica e financeira;
 Outros garantidores de obrigações relacionadas com os valores
mobiliários objeto da oferta e terceiros que forem destinatários dos recursos
captados.
É indispensável a entrega de exemplar do Prospecto Definitivo ou Preliminar ao
investidor, admitindo-se seu envio ou obtenção por meio eletrônico. O Prospecto
Preliminar não possui revisão da CVM. Deverá estar disponível nos mesmos locais
do Prospecto Definitivo para os investidores pelo menos 5 dias úteis antes do prazo inicial
para o recebimento de reserva. Caso não exista Prospecto Preliminar, o Definitivo deverá
estar disponível 5 dias antes da data de início da oferta.
Veracidade das informações
O ofertante é o responsável pela veracidade, consistência, qualidade e suficiência
das informações prestadas por ocasião do registro e fornecidas ao mercado na
distribuição. A Instituição Líder responde pela falta de diligência ou omissão para assegurar
que essas informações são verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes para uma
tomada de decisão por parte do investidor

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Certificação CPA-20
Lock-up Period – Período de Bloqueio
Tempo predeterminado após uma Underwrinting (Oferta Pública Inicial) na qual os
majoritários controladores somente poderão vender ações após o 6º mês a contar da
oferta primária, nas seguintes condições:
 7º ao 12º mês: 40% de suas ações
 Acima do 12º: o restante
Silent Period – Período de Silêncio
Antecede uma Oferta Pública de valores mobiliários. Também conhecido como
período de silêncio, possui como parâmetro a Instrução CVM 400, onde a ofertante, os
coligados e controlados, as instituições intermediárias (Líder e Coordenadores) e demais
envolvidos na oferta deverão abster-se de fornecer informações a respeito da empresa
emissora, a oferta e os objetivos da emissão.
Esforços Restritos
Ofertas destinadas apenas a investidores profissionais, com procura de no máximo
75 destes, e aceitação de pelo menos 50. Mercado Secundário permitido apenas após 90
dias a contar da oferta primária.

4.7.5 OPA – Oferta Pública de Ações


A Instrução CVM 361 dispõem sobre as normas de ofertas públicas de aquisição de
ações. O preço das ações pode ser variável desde que justificada por laudo enviado à CVM.

Classificação da OPA
Finalidade Descrição Registro na CVM
Cancelamento de Registro Obrigatória OPA a fim de fechamento de capital
Aumento de Participação Obrigatória OPA a fim de proibir o fechamento branco4 SUJEITA A REGISTRO NA CVM
Alienação de Controle Obrigatória OPA e aplicação do direito de TAG ALONG
Voluntária Não obrigatório o procedimento da OPA.
SUJEITA A REGISTRO NA CVM
OPA voluntária com participação de instituição
Aquisição de controle de CASO ENVOLVA TROCAS DE
intermediadora de garanta o cumprimento das condições
companhia aberta VALORES MOBILIÁRIOS
propostas pelo ofertante
SUJEITA A REGISTRO
Formulada por outra parte que não a empresa ou
SOMENTE SE A OPA EM
Concorrente vinculados, que abrangem as ações disponíveis de uma
ANDAMENTO FOR
OPA em andamento
REGISTRADA
Elementos da OPA

Companhia Ofertante Controlador


Sócio ou grupo econômico
Empresa emissora das ações que possui a condição de
Parte proponente da compra das ações da oferta
da Oferta majoritário e dirige a
empresa

4
Ocorre quando algum majoritário consegue adquirir a totalidade das ações presentes da empresa no mercado
via pregão regular.

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Procedimentos de precificação para venda
Preço Fixo - definido pela Assembléia Geral Extraordinária ou pelo Conselho de
Administração, da emissora, sem sofrer alterações ao longo do prazo de execução da OPA,
e válido para todos os valores mobiliários emitidos no mercado local.
Bookbuilding - usado no mercado americano e adaptado para o mercado local. Este
procedimento faz com que as operações sejam realizadas com um grau de certeza muito
maior que os tradicionais, pois os investidores definem previamente as condições em que
estão dispostos a comprar um determinado ativo.
Leilão em Bolsa - processo de precificação através de um leilão em bolsa de valores
feito em pregão da Bolsa de Valores. Os investidores farão as suas ofertas de preços e
quantidades, para um determinado ativo.

4.7.6 Código de Auto Regulação Anbima de Ofertas Públicas de


Títulos e Valores Mobiliários
Capítulo III – Propósito e Abrangência
Art. 1º - O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas para as Ofertas
Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários (Código) é estabelecer
princípios e regras que devem ser observados pelas instituições participantes nas ofertas
públicas de valores mobiliários com a finalidade de propiciar a transparência e o adequado
funcionamento do mercado.

I. Não contempla as ofertas restritas (sem prospecto), ou de autarquias e órgãos


públicos.
II. Deve ser respeitada pelas filiadas (participantes) ou que exercem as atividades
envolvidas e venham expressamente a aderir ao código (Aderir ao código sempre será
obrigatório às instituições filiadas).

Capítulo III – Princípios Gerais


Art. 5º - As Instituições Participantes devem observar os seguintes princípios e regras em
suas atividades relacionadas às operações de Oferta Pública de que participem:
I. nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da livre
concorrência;
II. evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios
contidos neste Código, na legislação pertinente e/ou nas demais normas estabelecidas pela
ANBIMA; e
III. evitar a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições
não equitativas, bem como de quaisquer outras práticas que contrariem os princípios
contidos no presente Códig, respeitando os princípios de livre negociação.

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Capítulo VI – Documentos da Oferta
Art. 10 - Nas Ofertas Públicas em que atuem na qualidade de coordenadores, as instituições
participantes devem, na forma deste Código, zelar pela elaboração do prospecto e do
formulário de referência, a fim de que apresentem informações suficientes, claras e
precisas, para que o investidor tome a decisão de investimento com as informações
necessárias disponíveis. Devem, ainda:

I. Incluir a descrição de práticas de governança corporativa do Código de Melhores


Práticas de Governança Corporativa publicado pelo IBGC – Instituto Brasileiro de
Governança Corporativa;
II. Incluir, no formulário de referência, a análise e os comentários da administração
sobre as demonstrações financeiras, balanços, adesão à boas práticas de responsabilidade
social, pendências relevantes, partes relacionadas, eventuais conflitos de interesses com
mecanismos para reduzí-los, dos gerenciamentos de risco do emissor e da destinação dos
recursos objeto da oferta.

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Módulo 5 – Fundos de
Investimentos (até 25%)

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5.1 Fundos de Investimentos – Conceitos, Funções,
Regulamentação e Características
A prestação de serviços de Administração, Gestão, Custódia e Distribuição dos
Fundos de Investimentos são realizadas no regime de melhores esforços por profissionais
devidamente certificados, Não há nenhum mecanismo de garantia com relação aos valores
aplicados ou rentabilidade esperada.
**Os Fundos de Investimento não possuem garantia do FGC.**
***Valor da cota = Patrimônio Liquido/Número de cotas***

5.1.1 Fundo de Investimento (FI) versus Fundo de Investimento em


Cotas (FIC)
FI: Composto pela aquisição de valores mobiliários (títulos públicos federais, CDB,
Notas Promissórias, Ações, Debêntures, Derivativos, entre outros), realizada pelo Gestor
do Fundo conforme a classificação CVM e o
Regulamento do Fundo.
FIC: 95% do patrimônio líquido de um
Fundo de Investimento em Cotas é composto
pela aquisição de cotas de Fundos de
Investimentos. O FIC é cotista de outros
Fundos de Investimentos.

5.1.2 Segregação de Funções e Responsabilidades


ADMINISTRADOR: Instituição Financeira responsável legal de um Fundo de
Investimentos.
• Responder pelo Fundo de Investimento frente ao Mercado Financeiro.
• Registrar o Fundo na CVM.
• Contratar os prestadores de serviço do Fundo de Investimento (demais atividades);
• Convocar os cotistas à participação das Assembleias Gerais Ordinárias.
• Recolher o come cotas (imposto de renda)

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GESTOR: Responsável pela compra e venda dos ativos do fundo (decisão dos ativos
da carteira) e por implementar política de investimento estabelecida em Regulamento.
Quando há aplicação no fundo, cabe ao gestor comprar ativos para a carteira. Quando
houver resgate o gestor terá que vender ativos da carteira.
Cotistas GESTOR CARTEIRA FI
Aplicam $ Compra $

Resgatam $ Vende $

CUSTODIANTE: realiza a guarda e a liquidação física e financeira de ativos


que compõem o Fundo. A atividade de custódia separa a atividade de decisão de
investimentos da guarda dos ativos da carteira, dando mais segurança e clareza ao
processo.***Marcação a Mercado (MaM) dos ativos da carteira do Fundo***

DISTRIBUIDOR: vende as cotas do Fundo. Possui relação comercial com o


Investidor. O Administrador pode acumular esta função ou contratar terceiros (Corretoras
e Distribuidoras de Valores Mobiliários).
• Manutenção/Atualização de cadastro dos Investidores;
• Comercialização direta e prestação de informações do Fundo
aos cotistas (Regulamento, Prospectos);

AUDITOR INDEPENDENTE: efetua a auditoria de todas as demonstrações contábeis


do Fundo. Deve possuir registro na CVM. As despesas de auditoria
integram os encargos do Fundo. Somente pode haver assembleia após um
período mínimo de 15 dias após balanço divulgado. **Deverão ser
realizadas auditorias no Fundo pelo menos uma vez ao ano.**

AGÊNCIA DE RATING: classifica um fundo quanto ao seu risco de crédito. As


despesas com as agências deverão estar incluídas na Taxa de
Administração do Fundo. Devem possuir sede no BRASIL.

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5.1.3 Chinese Wall (Segregação de gestão entre Recursos Próprios x
Recursos de Terceiros)
A CVM determina que a Instituição Financeira (CNPJ) responsável pela
administração de recursos de terceiros deve ter sua atividade completamente separada da
administração de seus recursos próprios. Muralha da China, no mercado financeiro
significa barreira do fluxo de informação (segregação) entre dois setores diferentes de
uma mesma empresa, como a Administração e a Gestão de Fundos de investimento.
Objetivo: EVITAR CONFLITO DE INTERESSES.

5.1.4 Direitos e Deveres dos Cotistas (Condôminos)


O cotista deve ser informado:
• Do objetivo, da política de investimento do fundo e dos riscos associados a essa
política de investimentos.
• Das taxas de administração e de desempenho e outras.
• Prazo de emissão e resgate de cotas do Fundo e (carência ou de atualização da
cota).
• Contratação de terceiros como gestores dos recursos, se houver.
• Que não há cobertura do FGC para o Fundo.
• A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade
futura.
• Para avaliação da performance do fundo de investimento, é recomendável uma
análise de período de, no mínimo, 12 meses.
• Rentabilidade de Fundo Novo: após 6 meses da abertura.
O cotista deve ter acesso:
• Ao regulamento, lâmina de informações essenciais e ao prospecto (formulário de
informações complementares) do Fundo.
• Ao valor do PL, valor da cota e a rentabilidade no mês e no ano civil.
• A composição da carteira do fundo (o administrador deve colocá-la disposição dos
cotistas).
• Extrato (mensal) e Demonstrativo do IR (anual)

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Deveres dos Cotistas:
 Aporte de recursos ao fundo nas situações em que o PL do fundo se tornar negativo.
(cobrir eventual rombo gerado por ALAVANCAGEM COM DERIVATIVOS)
 Pagar taxa de administração, de acordo com o percentual e critério do fundo.
 Observar as recomendações de prazo mínimo de investimento e os riscos que o
fundo pode incorrer.
 Acatar o recolhimento dos impostos devidos pelo Fundo.
 Manter seus dados cadastrais atualizados.
 Assinar o TERMO DE ADESÃO, atestando que recebeu o prospecto e o regulamento
do fundo e está ciente da política de investimento do fundo bem como todos os
riscos envolvidos.

5.1.5 Assembleia Geral de Cotistas


A maior autoridade no fundo são os Cotistas (Donos das Cotas e do Fundo). A
Assembleia Geral Ordinária é anual, onde são debatidos assuntos referentes ao Fundo. Em
até 120 dias após a virada do ano deverá ocorrer a Assembleia Geral, na qual as
demonstrações contábeis auditadas, emitidas a no mínimo 15 dias anteriores à data da
realização desta assembleia, serão discutidas.
Funções da Assembleia
• Alteração dos prestadores de serviço;
• Fusão, incorporação, cisão, e liquidação do Fundo;
• Aumento da Taxa de Administração;
• Alteração da política de investimentos (Ativa/Passiva);
• Emissão de novas cotas em Fundos fechados;
• Alteração do Regulamento do Fundo.
Convocação da Assembleia Geral
• 10 dias de antecedência à realização por correspondência.
• Comparecimento de todos os Cotistas no ato da Assembleia repara eventual falha
na convocação.
• Administrador do Fundo e cotista ou grupos de Cotistas detentores de pelo menos
5% das cotas poderão convocar assembleias.

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Realização da Assembleia Geral
• Não há a necessidade de quórum mínimo para a realização da assembleia.
• O resumo (ata) da Assembleia deverá ser encaminhado em no máximo 30 dias a
todos os Cotistas do Fundo.
• Assembleias Gerais Extraordinárias (AGE) poderão ser realizadas em caso de demais
necessidades urgentes.

5.1.6 Documentos Obrigatórios


LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS - Documento que contém as informações
PRIMÁRIAS relevantes para o investidor relativas a todos os principais aspectos do Fundo.
Sua entrega é obrigatória segundo a Anbima.
(Formulário de Informações Complementares Ex-PROSPECTO) - Documento de
natureza virtual que contém as informações relevantes para o investidor relativas à
Política, Riscos e Objetivos de investimento do fundo e os riscos envolvidos. Não
obrigatório em Fundos Exclusivos.
REGULAMENTO - Documento que estabelece as Regras de Funcionamento e
operacionalização de um Fundo de Investimento, segundo legislação vigente.
TERMO DE ADESÃO E CIÊNCIA DE RISCO - todo cotista assina um termo
confirmando (DÁ CIÊNCIA) que recebeu o regulamento e os demais documentos do fundo
e tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de investimento. Caso não haja alteração
no regulamento, dispensável para ex-cotista. Texto limitado a 5.000 caracteres para
facilitar a leitura pelo investidor.

Desde que previsto em regulamento, é possível utilizar meio eletrônico para:


1 – Envio ou divulgação de comunicados aos cotistas;
2 – “Manifestação de voto”, “Ciência”, “atesto” ou “concordância” dos cotistas;
3 – Fundos poderão ser totalmente eletrônicos.

***O investidor deve receber os documentos citados sempre ANTES da primeira


aplicação no fundo. OBS: A elaboração de prospecto é facultativa para os Fundos
Exclusivos, por decisão do cotista.***

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5.1.7 Disclaimers (Informações Relevantes com o Selo Anbima)

DISCLAIMERS - AVISOS OBRIGATÓRIOS


CAPA, CONTRACAPA OU 1ª PÁGINA
ESTE PROSPECTO FOI PREPARADO COM AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO ATENDIMENTO DAS DISPOSIÇÕES
DO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO, BEM COMO
DAS NORMAS EMANADAS DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. A AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO
E/OU VENDA DAS COTAS DESTE FUNDO DE INVESTIMENTO NÃO IMPLICA, POR PARTE DA COMISSÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS OU DA ANBIMA, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS, OU JULGAMENTO
SOBRE A QUALIDADE DO FUNDO, DE SEU ADMINISTRADOR OU DAS DEMAIS INSTITUIÇÕES PRESTADORAS DE
SERVIÇOS.

O INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO APRESENTA RISCOS PARA O
INVESTIDOR. AINDA QUE O GESTOR DA CARTEIRA MANTENHA SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS, NÃO HÁ
GARANTIA DE COMPLETA ELIMINAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE PERDAS PARA O FUNDO DE INVESTIMENTO E PARA
O INVESTIDOR.

O FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO NÃO CONTA COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR
DO FUNDO, DO GESTOR DA CARTEIRA, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU, AINDA, DO FUNDO
GARANTIDOR DE CRÉDITOS – FGC.

A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA; e AS


INFORMAÇÕES CONTIDAS NESSE PROSPECTO ESTÃO EM CONSONÂNCIA COM O REGULAMENTO DO FUNDO DE
INVESTIMENTO, MAS NÃO O SUBSTITUEM. É RECOMENDADA A LEITURA CUIDADOSA TANTO DESTE PROSPECTO
QUANTO DO REGULAMENTO, COM ESPECIAL ATENÇÃO PARA AS CLÁUSULAS RELATIVAS AO OBJETIVO E À
POLÍTICA DE INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO, BEM COMO ÀS DISPOSIÇÕES DO PROSPECTO E DO
REGULAMENTO QUE TRATAM DOS FATORES DE RISCO A QUE O FUNDO ESTÁ EXPOSTO.

PARA AVALIAÇÃO DA PERFORMANCE DO FUNDO DE INVESTIMENTO, É RECOMENDÁVEL UMA ANÁLISE DE


PERÍODO DE, NO MÍNIMO, 12 MESES.

É RECOMENDÁVEL A LEITURA CUIDADOSA DO PROSPECTO E REGULAMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO PELO


INVESTIDOR AO APLICAR SEUS RECURSOS.

DA ALAVANCAGEM E RISCOS ASSOCIADOS


ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA
POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM
PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS; ou ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM
DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA
COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS; ou
ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DA SUA
POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM
SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS, PODENDO INCLUSIVE ACARRETAR PERDAS
SUPERIORES AO CAPITAL APLICADO E A CONSEQUENTE OBRIGAÇÃO DO COTISTA DE APORTAR RECURSOS
ADICIONAIS.

TEXTO OBRIGATÓRIO PARA O SELO ANBIMA


PROSPECTO DE ACORDO COM O CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE
INVESTIMENTO.

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5.1.8 Tipos de Fundos
Fundos Abertos
Os cotistas podem solicitar periodicamente o resgate de suas cotas: DIARIAMENTE
OU CONFORME REGULAMENTO. É o tipo mais comum de FI’s e FIC’s no mercado
financeiro. Caracterizado basicamente pelo seguinte aspecto: não existe restrição, no
Fundo Aberto, quanto ao número de cotas RESGATADAS do fundo, que sofrem variação.
Fornecem alta liquidez ao Investidor (Cotista).
Fundos Fechados
 Cotas: somente poderão ser adquiridas durante um prazo determinado.
Poderá ou não ter vencimento. Não há variação no número de Cotas. Ex.: FII
- Fundos de Investimento Imobiliário.
 Resgates (somente no vencimento, se houver, ou na liquidação do fundo).
Para liquidez maior ao cotista existe Mercado Secundário.
Fundos Exclusivos
Os Fundos classificados como "Exclusivos" são aqueles constituídos para receber
aplicações exclusivamente de um único cotista. Somente será destinado a 1 único Investidor
Qualificado ou Profissional.
***SERÁ DISPENSADA A API E O SUITABILITY PARA NOVAS APLICAÇÕES DE INVESTIDORES
QUALIFICADOS OU PROFISSIONAIS, QUANDO ESTES NÃO FOREM PESSOAS NATURAIS.***

***CARTEIRAS ADMINISTRADAS SÃO SIMILARES A FUNDOS PORÉM NÃO POSSUEM CNPJ. PODEM SER
CRIADAS PARA ABRIGAR INVESTIMENTOS DE INVESTIDORES QUE NÃO SÃO QUALIFICADOS***
Fundos Restritos
Já os Fundos classificados como “Restritos” são aqueles constituídos para receber
investimentos de um grupo restrito de cotistas, normalmente os membros de uma única
família, ou empresas de um mesmo grupo econômico (máximo 50 integrantes).
Fundos com Carência
O regulamento do fundo pode estabelecer prazo de carência para rentabilidade. Os fundos
com carência têm pagamento da rentabilidade após o término da carência. Muito similar à
poupança. NÃO CONFUNDA FUNDO COM CARÊNCIA COM FUNDO FECHADO!!!
Fundos sem Carência
Rentabilidade diária.

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5.1.9 Aplicações, Resgates e Taxas
Prazos de Conversão
 Aplicações: cota de D+0 ou D+1
 Resgates: conforme o Regulamento do Fundo.

Prazos de Liquidação Financeira


 A CVM admite até 5 dias úteis.
 Fundos de Ações: Cota de D+1 e Liquidação em D+3 (após conversão)

Ex. Fundos de Ações. Prazo de Conversão (D+1). Prazo de


Pagamento (D+3) – a partir da conversão. (D+4 a partir da data da
solicitação de resgate):
(1º) Cotista solicitou (Resgate) na segunda-feira dia
10/10/xxxx.
(2º) Fundo vendeu cotas (Conversão) na terça-feira dia
11/10/xxxx.
(3º) Cotista recebeu (Liquidação) $$ em sua conta na sexta-
feira dia 14/10/xxxx.

Cota de Abertura
Patrimônio Líquido da carteira do Fundo do dia Anterior ÷ nº de cotas. Fundos que
admitem COTA DE ABERTURA:
• Fundo Curto Prazo; Fundo Referenciado (Curto ou Longo Prazo - IR); Renda Fixa
(Curto Prazo - IR); Exclusivos ou Previdenciários.

Cota de Fechamento
Na Cota de Fechamento os valores das cotas são apurados ao Final do dia. As cotas
sofrem variações de preço refletidas no encerramento do dia. Ao aplicar ou resgatar, não
se sabe quantas cotas serão negociadas. O PL do Fundo considera a variação do próprio
dia da Aplicação ou Resgate.

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Taxa de Administração
Remunera todos os prestadores de serviço. É uma taxa expressa ao ano calculada e
deduzida diariamente sobre o Patrimônio Líquido do Fundo (252 dias úteis). A cobrança de
taxa de administração afeta o valor da cota. A rentabilidade divulgada pelos fundos de
investimento é sempre NOMINAL e líquida de taxa de administração.
 A provisão diária de Taxa de Administração tem efeito no Valor da Cota.
 A Rentabilidade Bruta apresentada pelo Fundo é liquida - não sofre débito posterior -
já deduzida de Taxa de Administração.
 Somente aumentada se houver aprovação pela Assembleia Geral de Cotistas.
 Em caso de FIC (Fundos de Investimentos em Cotas): Tx. Adm Máxima inclui a taxa
dos fundos da carteira do FIC. Tx. Adm. Mínima desconta a taxa dos fundos que
compõem a carteira do FIC

Taxa de Performance
Quando a rentabilidade do fundo supera o seu Benchmark (mín. 100%). Podem cobrar
semestralmente taxa de performance (Renda Fixa LP, Multimercado, Cambial, Ações,
outros). Cobrança após a dedução de todas as despesas.. Linha d’água: Metodologia
utilizada para cobrança de taxa de performance (com base no valor da última cobrança de
taxa atualizada pela variação semestral do benchmark). Reset da linha apenas se trocado
o Gestor. Não será zerada caso o mesmo Gestor não atinja em 6 meses, tendo que recuperar
a performance perdida.
Importante:
 Periodicidade da Taxa de Performance será Semestral (Fundos de Varejo em Geral)
ou conforme regulamento específico (Fundos Exclusivos para Qualificados).
 Não há Taxa de Performance para classificações CVM: Curto Prazo, Referenciado,
Renda Fixa (curto prazo IR)
 Formas de Cálculo: Método do Ativo (com base no resultado geral) / Método do
Passivo (por aplicação efetuada pelo cotista) / Método do Ajuste (individualizado
por aplicação e despesas a partir do último pagamento).

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Taxa de Ingresso e Saída
Alguns tipos de fundos de investimentos permitem a cobrança destas taxas quando
da solicitação de compra ou venda de cotas por algum investidor. Atualmente, é rara a
cobrança destas taxas na maioria dos Fundos de Investimento abertos existentes. É
cobrada habitualmente em Fundos de Previdência Privada, de algumas Companhias
Seguradoras, que cobram estas taxas na forma de Taxa de Carregamento.
Demais despesas e encargos
 Impostos e contribuições que ocorram sobre o Patrimônio Líquido e
obrigações do Fundo;
 Despesas com operações financeiras, fechamento de câmbio, registros
diversos, impressão, expedição e publicação de relatórios, formulários e informações
periódicas, previstas nesta Instrução;
 Honorários dos auditores independentes;
 Despesas relacionadas em realizações de Assembleias Gerais

5.2 Principais Estratégias de Gestão


5.2.1 Fundos de Gestão Passiva (fundo indexado)
• Buscam seguir um benchmark específico acompanhando seu desempenho. Não
permite Taxa de Performance (para mercado de Renda Fixa).
• Representam a fiel performance de taxas de juros ou índices de preços.
• Podem utilizar papéis do índice ou instrumentos financeiros derivativos que
sintetizem a variação de seu Benchmark

5.2.2 Benchmarks de Renda Variável e Renda Fixa


Ibovespa
No mercado de capitais, trata-se do índice de ações mais empregado e mais
relevante ao investidor brasileiro. Representa o desempenho médio geral de uma carteira
teórica das ações que possuem maior liquidez na bolsa. Emprega a mesma metodologia
desde a sua criação, em 1968. Cálculo e ajuste: Cada 4 meses (jan - abril / maio - ago / set -
dez) e leva em conta o volume financeiro de cada ação que integra o índice. Ações do índice
obedecem seguintes critérios:
a) Ação que foi negociada em mais de 85% de todos os pregões do período;

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b) Ação que proporcionou em volume uma participação superior a 0,1% do total de
negócios realizados.

IBrX – Índice Brasil / IBrX-50


Índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica das 100 ações (50
ações, caso do IbrX-50) com o maior número de volume negociado na Bovespa nos
últimos 12 meses. Pondera-se o cálculo pelo número de ações disponíveis para negociação
no mercado (floating).
***Diferencia-se do IBOV, pois não calcula o volume financeiro negociado, mas a
quantidade de ações em negociação.

ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial


Carteira teórica com ações de emissão das empresas melhor classificadas em
termos de responsabilidade social e sustentabilidade (entre as mais negociadas da
BOVESPA). Critérios de Inclusão de Ações no Índice ISE:
a) ser uma das 200 ações com maior índice de negociabilidade apurados nos doze
meses anteriores ao início do processo de reavaliação;
b) ter sido negociada em pelo menos 50% dos pregões ocorridos nos doze meses
anteriores ao início do processo de reavaliação;
A Anbima faz parte do atual Conselho Deliberativo do ISE.

IMA – Índice de Mercado Anbima (Renda Fixa)

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Fundos de Gestão Ativa
• Posição de superação frente a um determinado benchmark financeiro. O Gestor atua
de forma mais agressiva, com mais opções de ativos que compõem a carteira.
Podem cobrar Taxa de Performance.
• Fundos Renda Fixa (Títulos Pré)
• Fundos Multimercados
• Fundos Ações

Estratégias de Gestão em Utilização de Instrumentos Derivativos

Alavancagem – aumento
de risco de mercado com
maiores ganhos esperados

Hedge – proteção de
risco de mercado
Futuros / Termos / Opções / SWAP

Arbitragem – aproveita a
volatilidade para obter
ganhos em cenários de
distorções de preços.

Fundo com Alavancagem


Um fundo é considerado alavancado sempre que existir possibilidade de perda superior
ao patrimônio do fundo, utilizando derivativos em posições de elevado risco. Nem todas as
Classificações de Fundos CVM* (veremos adiante) admitem seu emprego. Deverá ser citada
a utilização desta estratégia na lâmina dos Fundos, na capa.

DISCLAIMERS - AVISOS OBRIGATÓRIOS

DA ALAVANCAGEM E RISCOS ASSOCIADOS


ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE
SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR
EM PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS; ou ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO UTILIZA
ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS
ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS
PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS; ou ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM
DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DA SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA
FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS
COTISTAS, PODENDO INCLUSIVE ACARRETAR PERDAS SUPERIORES AO CAPITAL APLICADO E A
CONSEQUENTE OBRIGAÇÃO DO COTISTA DE APORTAR RECURSOS ADICIONAIS.

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5.3 Classificação CVM
5.3.1 Fundo RENDA FIXA
Os fundos classificados como “Renda Fixa”, devem ter
como principal fator de risco de sua carteira a variação da taxa
de juros, de índice de preços, ou ambos. Mínimo 80% nestes
papéis. % exigido aumenta de acordo com sufixos abaixo.

CURTO PRAZO (Instrução CVM 555, artº 111)


 100% do PL (carteira) em Títulos do Tesouro Nacional (dívida pública) ou de
Emissores com Baixo Risco de Crédito pelo Gestor.
 60 dias prazo médio (porém com máximo para os títulos em 375 dias).
 Derivativos apenas para hedge (proteção de risco de mercado) não podendo
alavancar em derivativos. Vedada Tx. Performance nesta Classificação.

REFERENCIADO (Instrução CVM 555, artº 112)


 95% do PL (carteira) em ativos atrelados ao Benchmark (taxas de juros ou índices de
preços). Permite até 5% do PL: operações não vinculadas.
 Mínimo 80% do PL (carteira): Títulos Públicos Federais e/ou Títulos Privados com
Baixo Risco de Crédito. Permite até 20% do PL: títulos privados com maior risco de
crédito.
 Gestão Passiva, pode efetuar operações de hedge (proteção de risco de mercado)
mas sem performance ou alavancagem.

SIMPLES (Instrução CVM 555, artº 113)


 95% do PL (carteira) em Títulos do Tesouro Nacional (dívida pública), de Instituições
Financeiras (não superior a 50% PL), ou de operações compromissadas com baixo
risco de crédito. GESTÃO PASSIVA COM BENCHMARK SEMPRE SELIC!
 Serão necessariamente Fundos Abertos.
 Itens proibidos: Alavancagem com Derivativos, TX. Performance, Investimentos no
Exterior. Vedada a alteração de classificação em assembleia e/ou mudança para
Fundo Fechado.

*** não há necessidade, nesta classificação, de aplicação de API (Suitability), nem de


assinatura de Termo de Adesão. NUNCA SERÃO “CRÉDITO PRIVADO” ***

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DÍVIDA EXTERNA (Instrução CVM 555, artº 114)
 80% do PL do Fundo deverá aplicar em Títulos da Dívida Externa Brasileira
comercializados fora do País, no qual o Emissor é a União.
 20% poderão ser comercializados em outros títulos de crédito negociados no
exterior (concentração máxima de 10% do PL por Emissor).
 Permitida cobrança da Taxa de Performance, porém com derivativos apenas em
Hedge.
 Admitido o sufixo inclusive para a classificação Multimercado (veja adiante).

Observações Gerais dos FI da Classificação Renda Fixa:


 Serão fundos com COTA DE ABERTURA quando forem da categoria de Curto Prazo para fins de
imposto (IR – igual / inferior a 365 dias). Caso sejam Fundos de Longo Prazo (IR – duração acima
365 dias) ou Dívida Externa apresentarão COTA DE FECHAMENTO e poderão ter cobrança de taxa
de performance.
 Não pode, sob hipótese nenhuma, haver alavancagem com derivativos nestas classificações.

5.3.2 Fundo de Ações


 67% mín. do PL do Fundo serão aplicados em: Ações /
Bônus de subscrição / BDR’s (Recibos de ações de
empresas estrangeiras negociados no Brasil) / Cotas
de Fundos de Ações ou Fundos de Índices de Ações.

 Podem ser ações de 1 só empresa. Quando for constituído por ações do


Administrador, Gestor ou Custodiante do Fundo, o mínimo nestes papéis sobe para
95% do PL (administrador deve adotar medidas que garantam o correto
entendimento pelos investidores acerca do risco de concentração).

 Fundo de Ações – Mercado de Acesso: adquire no mínimo 67% (dois terços, 2/3) da
carteira em empresas S/A’s fechadas com excelente governança corporativa (ainda
não houve IPO destas), e que fazem parte desta listagem (Ex. Bovespa MAIS)
instituído pela Bolsa de Valores. Quando forem constituídos como Fundos
Fechados, poderão adquirir em demais companhias fechadas (ver FIP).

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Certificação CPA-20
Clubes de Investimento
Constituído como condomínio (CNPJ próprio). Compostos de 3 a 50 pessoas, com
destino de investir em Ações (mínimo 67% do total da carteira) entre outros Valores
Mobiliários. Tem registro na Bovespa e CVM (NÃO precisa registrar na Anbima). O
Administrador dessa carteira grupo é um Banco de Investimentos, Corretora ou
Distribuidora de Valores Mobiliários. Para funcionários de uma mesma empresa, não há
limite de participantes. Apresentam custos inferiores que os Fundos.
*Máximo de único investidor - 40% sobre o Patrimônio*

5.3.3 Fundo Cambial


• 80% do PL em ativos atrelados à variação do câmbio.
• Até 20% do PL investidos livremente em ativos quaisquer.
• Alavancagem com Derivativos permitida.
• Protege os investidores que possuem dívida em moeda estrangeira, mantendo seu
poder de compra.
• São favoráveis em cenários de elevação da PTAX (desvalorização do Real).

5.3.4 Fundo Multimercado


 Livre utilização de Alavancagem. Sem concentração em um mercado específico.
 Podem possuir Gestão Ativa.
 Permitida aplicação de até 20% do PL em ativos no exterior.
 Recomendados no horizonte de médio ou longo prazo, para Investidores de perfil
Moderado a Agressivo, dispostos a correr maiores riscos em prol de seu retorno.

5.3.5 Fundos com expressão “Crédito Privado”


Fundo de Investimentos (Curto Prazo, Referenciado, Renda Fixa, Cambial ou
Multimercado) que realizar aplicações em quaisquer ativos ou modalidades operacionais
de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado ou de emissores
públicos outros que não a União Federal que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50%
(cinqüenta por cento) de seu PL.

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5.3.6 Limitações dos Fundos de Investimentos
Ativos Financeiros no Exterior (expressão “investimento no exterior”) nas classificações
Renda Fixa, Multimercado e Ações.
 Até 100% do PL: Dívida Externa, Fundos Exclusivos - Investimento no Exterior
(para Investidores Profissionais).
 Até 40% do PL: Fundos Exclusivos - Investimento no Exterior (para Investidores
Qualificados).
 Até 20% do PL para as demais Classificações.

Exposição por Emissor (máximo permitido na carteira)


Tesouro Nacional (Títulos Públicos Federais) 100%
Instituição Financeira (inclui papéis do próprio Administrador) 20%
Fundo de Investimento (cotas FIC’s); S/A’s de Capital Aberto (Debêntures, CRIs) 10%
Empresas de Capital Fechado e Pessoas Naturais 5%
*** não há necessidade deste controle em fundos exclusivos***

5.4 Demais Fundos de Investimentos


5.4.1 FII - Fundos de Investimento Imobiliário
Denominados FII, são fundos que concentram suas aplicações em ativos
relacionados à construção de empreendimentos imobiliários, alienações e locações.
Procuram diversificar sua carteira de investimentos, saindo da renda fixa ou variável e
alocando no setor imobiliário. Ganho deste investimento apresentado na valorização dos
imóveis da carteira, e rendimento seqüente em aluguéis. Trata-se de um Fundo Fechado.
Características:
 75% da carteira (mín.) do fundo serão aplicados em ativos imobiliários.
 Até 25% (máx.) em títulos de renda fixa. Não pode: renda variável (ações, derivativos,
mercado futuro etc.)
 Liquidez ao cotista no Mercado Secundário. FUNDO FECHADO
 95% de todo o rendimento gerado pelo fundo deverá ser distribuído aos cotistas.

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Certificação CPA-20
5.4.2 ETF – Fundos de Índice (Exchage Traded Fund)
Aplicam em valores mobiliários que oscilam de acordo com um benchmark de
Renda Variável (IBRX ou IBOVESPA). Todos os fundos desta categoria deverão possuir a
nomenclatura “Fundo de Índice”.
Deverá possuir aplicado pelo menos 95% dos ativos que integram o índice de
referência e representa fielmente a oscilação de tal índice. No Brasil, existe o PIBB,
constituído pelo Fundo Índice Brasil 50, onde suas cotas são negociadas no mercado
secundário da Bovespa. Busca reproduzir com proximidade as variações do Índice IBrX-50.

5.4.3 FIP - Fundos de Investimento em Participações


Abrigam recursos destinados a aquisição de ações, bônus e debêntures, e demais
valores mobiliários que possam se tornar em ações emitidas por companhias abertas ou
fechadas, tais quais se traduzam em poder de mando na empresa. Caso seja um FIC FIP
(90% do PL do fundo em cotas de FIP’s). São Fundos Fechados. O FIP Poderá aplicar valores
em Companhias Fechadas que atendem os seguintes pré-requisitos de Governança
Corporativa:
 Proíbem emissão de partes beneficiárias (títulos que dão direito a seus titulares de
participarem dos lucros anuais da empresa.)
 Fornecem mandato único para os membros do conselho de administração.
 Aderem à câmara de arbitragem.
 Realizam auditoria contábil anual por auditores registrados CVM.

5.4.4 Fundos de Investimento em Direitos Creditórios


São Fundos compostos por Títulos de Crédito a receber de empréstimos cedidos
por Instituições Financeiras, Sociedades de Arrendamento Mercantil e por Empresas
Privadas (indústria, comércio, prestação de serviços). Inclui também demais títulos que
possam ser aprovados como valores mobiliários com direito de crédito pela CVM.
Benefícios aos vendedores dos Direitos Creditórios: liquidez, redução de riscos.
Benefícios aos cotistas: rentabilidade maior que demais Fundos RF.
Há maior risco de crédito para o investidor em FIDC pela carteira de recebíveis
concentrada em títulos privados (maior probabilidade de inadimplência). Os FIDC utilizam

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derivativos somente para proteger suas posições em carteira.
Requisitos:
 INVESTIDOR PARTICIPA APENAS SE FOR QUALIFICADO.
 Cotas: Sêniores – prioridade no resgate / Subordinadas – menor liquidez se houver
resgate.
 Mínimo de 50% da carteira do FIDC será composta por direitos creditórios.
 FIDQ Não-Padronizado: mercado primário em oferta de esforços restritos (máximo
50 Investidores Profissionais). Investidores Qualificados apenas poderão acessá-
los no mercado secundário.

5.4.5 Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes


Tipo de fundo de investimento que deve ser constituído sob a forma
de condomínio fechado, cujos recursos sejam destinados à aplicação em carteira
diversificada de valores mobiliários de emissão de empresas emergentes - companhias
que apresentem faturamento líquido anual, ou faturamento líquido anual consolidado,
inferiores a R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais). Também conhecido como fundo
de venture capital. INVESTIDOR PARTICIPA APENAS SE FOR QUALIFICADO.

Como funciona um FIDC, Factoring ou Fundo Mútuo de


Fomento?
LTDA ou S/A Fechada $ $ Investidores
FUNDO

Valores
Mobiliários e
Cotas
Créditos
a receber

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Certificação CPA-20
5.5 Percentuais dos Fundos

Carteira Descrição
 Máx. aos TPF’s em qualquer Fundo
 Máx. investir exterior aos Fundos OFF SHORE, aos Fundos destinados a Inv.
100%
Profissionais.
 Máx. ao DÍVIDA EXTERNA (investir exterior)

 FIC (mínimo em cotas de FI)


 REFERENCIADO (mínimo atrelado ao benchmark)
95%
 ETF’s (mínimo em papéis atrelados ao índice de mercado)
 FII (mínimo de distribuição dos rendimentos aos cotistas)

90%  FIC – FIP (mínimo em cotas de Fundos de Investimento em Participações)

 RENDA FIXA (mínimo em ativos ou sintetizados em derivativos)


 REFERENCIADO (mínimo papéis de baixo risco de crédito)
80%
 CAMBIAL (mínimo atrelado à PTAX)
 DÍVIDA EXTERNA (mínimo em títulos soberanos da dívida externa)
 FUNDO DE AÇÕES (mínimo em papéis de Renda Variável)
67%
 CLUBE DE INVESTIMENTO (mínimo em papéis de Renda Variável)
 FIDC (mínimo em recebíveis)
50%
 CRÉDITO PRIVADO (pode aplicar acima em títulos da dívida privada)
 INVESTIMENTO NO EXTERIOR (máx. investir exterior aos Fundos destinados Inv.
40% Qualificados)
 CLUBE DE INVESTIMENTO (máx. PL para um único investidor)
 RENDA FIXA (máx. em ativos que não sejam do Mercado Renda Fixa)
20%
 REFERENCIADO (máx. em títulos privados com maior risco de crédito)
 CAMBIAL (máx. em papéis não atrelados à PTAX)
 DÍVIDA EXTERNA (máx. em outros títulos de dívida externa)
 máx. em Investimento no Exterior de qualquer Fundo (Investidor Comum)
 FIC (máx. em TPF’s, Op. Compromissadas ou demais Papéis)
5%
 REFERENCIADO (máx. em papéis não indexados ao benchmark)
 ETF’s (máx. papéis não atrelados ao índice de mercado)

Atenção: A CVM é assim: 8 ou 80.


 Permitido um FIA aplicar em ações do próprio Administrador somente se
este FIA adquirir no mínimo 95% destes papéis.
 O máximo para ou Fundo destinado a Inv. Qualificados aplicar no exterior é
40%. Porém caso o Fundo queira, poderá aplicar a totalidade fora, e os 40%
máximo viram um mínimo de 67% no exterior (com regras mais rígidas).

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5.6 Tributação dos Fundos de Investimentos
5.6.1 Incidência em Fundos de Investimento
Fato Gerador: Come-Cotas semestral (últimos dias úteis de maio e novembro) pela
alíquota mínima da tabela (conforme classificação do fundo, curto ou longo prazo). e
Resgates ou Pagamento de Rendimentos, caso ocorram antes do come-cotas
Base de cálculo: Rendimento total, líquido de IOF (se aplicável)
Responsável pelo Recolhimento: Administrador do Fundo

5.6.2 Regime de Come-Cotas


A cada período de um semestre, nos últimos dias úteis dos meses de Maio e
Novembro, o imposto de renda incide sobre os rendimentos obtidos nos Fundos de
Investimentos. Chamamos este fato de Come-Cotas. O imposto é pago na forma de
redução da quantidade de cotas que o investidor possui no Fundo. Ou seja, é como se
houvesse um resgate com a intenção de se pagar o imposto de renda. Nesse caso o valor
da cota não se altera, mas sim o número de cotas que o investidor possui. O resgate das
cotas para o IR é realizado pelo Administrador do Fundo.

 Fundos de Longo Prazo: alíquota semestral de 15%


 Fundos de Curto Prazo: alíquota semestral de 20%
***Fundos com carência inferior a 90 dias – nas datas que completam a carência do Fundo.
(neste caso o come cotas ocorre a cada período de carência, ou seja, antes dos seis
meses.)***
***NÃO HÁ COME-COTAS EM FUNDOS DE AÇÕES E FUNDOS FECHADOS.***

5.6.3 Compensação de Perdas


Os rendimentos obtidos nos Fundos de Investimento poderão ser compensados
com as perdas (prejuízos) anteriores. Porém, para que o Investidor possa gozar deste
direito de compensação, existem algumas regras que seguem:
 Os Fundos a serem compensáveis deverão ser Administrados pela mesma
Instituição Financeira, ou seja, o mesmo Administrador.
 Os Fundos devem possuir o mesmo Perfil Tributário. Fundo de Longo Prazo
compensa prejuízos em Fundo de Longo Prazo. Fundo de Curto Prazo compensa prejuízos
com Fundo de Curto Prazo. Fundos de Ações compensam Fundos de Ações
 O prazo máximo para que ocorra a compensação de perdas será o último dia
do ano subseqüente ao resgate feito com prejuízo ao Investidor.

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5.6.4 IOF em Fundos de Investimento


Sujeitos à incidência de IOF caso resgate ocorra até o 30º dia do mês. Rendimento
Líquido = Rendimento Bruto – {IOF – (IR líquido de IOF)}
**************Fundos de Ações: ISENTO de IOF!*****************
IOF (até 30º dia)
PRAZO (dias) Alíquota PRAZO (dias) Alíquota PRAZO (dias) Alíquota
01 96 11 63 21 30
02 93 12 60 22 26
03 90 13 56 23 23
04 86 14 53 24 20
05 83 15 50 25 16
06 80 16 46 26 13
07 76 17 43 27 10
08 73 18 40 28 06
09 70 19 36 29 03
10 66 20 33 30 0
Fundos com Carência, com prazo mínimo para pagamento de Rendimentos, a
alíquota chega ao valor máximo de 0,5% ao dia sobre o valor do resgate, limitado a 100% do
rendimento.
Fundos sem Carência, a alíquota chega a 1% do valor do resgate, limitado a 100% do
rendimento.

5.6.5 Prazo Médio da Carteira (Duração) e Classificação IR


 Fundo de Curto Prazo: Prazo Médio da Carteira igual ou inferior a 365 dias.
 Fundo de Longo Prazo: Prazo Médio da Carteira acima de 365 dias.
Importante! Fundos (Referenciado, Renda Fixa, Cambial, Dívida Externa ou
Multimercado que possuírem carteira de títulos com prazo médio superior a 365 dias, com
o tratamento fiscal destinado a fundos de longo prazo na regulamentação fiscal vigente
estarão obrigados a constar a expressão “Longo Prazo ou LP”

Longo Prazo (IR) ***Conclusões de


Come Cotas (15%)
Nomenclatura dos Fundos***
Possui a expressão LP ou Longo Prazo:
Prazo acima 365 dias e Come Cotas de 15%.
365 dias IR
Curto Prazo (IR) Não possui a expressão LP ou Longo Prazo:
Come Cotas (20%) Prazo inferior 365 dias e Come Cotas de 20%

Possui a expressão CP ou Curto Prazo:


60 dias CVM Pertence à Classificação CVM Renda Fixa – Curto
Curto Prazo (CVM) Prazo e Come Cotas de 20%

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Tabela de Alíquotas de Fundos de Investimento em Geral
FUNDO DE CURTO PRAZO FUNDO DE LONGO PRAZO
(PRAZO MÉDIO ATÉ 365 DIAS) (PRAZO MÉDIO SUPERIOR A 365 DIAS)
Prazo de Aplicação Prazo de Aplicação
0 – 180 dias (inclusive) 22,5% 0 – 180 dias (inclusive) 22,5%
181 – 360 dias (inclusive) 20% 181 – 360 dias 20%
361 – 720 dias 17,5%
Acima de 721 dias 15%

5.6.6 Fundos de Ações e Clubes de Investimentos


 Alíquota – 15%
 Base de cálculo: rendimento total.
 Fato Gerador: Resgates; (não há Come-Cotas).
 Agente Responsável pelo Recolhimento: Administrador do Fundo.
*********IMPORTANTE! Qualquer Clube de Investimento ou Fundo de Investimento que
possua mais de 67% de sua carteira investida em ações, será tributado como Fundo de
Ações.***********************

5.6.7 Tributação de Fundo de Investimento Imobiliário


 Haverá incidência de 20% sobre o ganho de capital obtido na venda das cotas
no mercado secundário, que deverá ser recolhido pelo próprio Investidor
mediante DARF.
 A carteira de investimentos de um FII, que deverá distribuir 95% de seu lucro
líquido aos cotistas, é tributada a uma alíquota de 20% quando houver esta
distribuição.
 ISENÇÃO IR: Cotistas Pessoa Física nas seguintes condições:
a) Fundo possua MAIS DE 50 cotistas;
b) Cotista possua menos que 10% das cotas do fundo, ou receba menos que
10% do total de rendimentos do fundo;
c) As cotas devem ser negociadas única e exclusivamente através de bolsa
de valores ou mercado de balcão organizado
Alíquota IR: 20% (PJ ou PF - desenquadrados na isenção)

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5.6.8 Tabela Resumo Tributação Fundos

5.7 Código de Regulação e Melhores Práticas (Fundos de


Investimento
PROPÓSITO E ABRANGÊNCIA
Sua função é estabelecer parâmetros pelos quais as atividades das instituições
participantes abaixo definidas, relacionadas à constituição e funcionamento de fundos de
investimento, devem se orientar e definir:
I. A concorrência leal;
II. A padronização de seus procedimentos;
III. A maior qualidade e disponibilidade de informações sobre fundos de investimento,
especialmente por meio do envio de dados pelas instituições participantes à ANBIMA; e
IV. A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado.

O código é obrigatório para as instituições participantes, assim entendidas as


instituições filiadas à ANBIMA , ou para as não associadas que aderirem ao seu termo de
adesão. Não se sobrepõe à legislação, e em caso de contradição com as intruções CVM, a
disposição deverá ser desconsiderada. Na hipótese de cancelamento da adesão da

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instituição participante, independentemente do motivo, a instituição participante deve
comunicar o fato aos cotistas dos fundos de investimento por ela administrados, por meio
de correspondência com aviso de recebimento, de modo que o cancelamento apenas será
efetivo após a comprovação à ANBIMA do envio de tal correspondência.

PRINCÍPIOS GERAIS
Entende-se por relação fiduciária a relação de confiança e lealdade que se
estabelece entre os cotistas dos fundos de investimento e a instituição participante, no
momento em que é confiada à mesma a prestação de serviço para a qual foi contratada.
As instituições participantes devem:
I. Buscar atender aos objetivos descritos nos documentos dos FI observada a regulamentação
aplicável a cada tipo de fundo, e divulgar de informações a eles relacionadas, inclusive no que
diz respeito à remuneração por seus serviços, visando sempre ao fácil e correto entendimento
por parte dos investidores;
II. Cumprir todas as suas obrigações, com diligência como costuma dispensar à administração
de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que
venham a ser cometidas;
III. Evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária mantida com os cotistas dos fundos
de investimento; e
IV. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a indústria de fundos de investimento.

DOCUMENTOS, INFORMAÇÕES, PUBLICIDADE


Os documentos contém as principais características do FI, sobre políticas de
investimento, riscos envolvidos, bem como direitos e responsabilidades dos cotistas. Todo
o material publicitário, material técnico ou propaganda institucional dos fundos de
investimento é de responsabilidade de quem o divulga. Os FI devem ser registrados na
ANBIMA no prazo máximo de 10 (dez) dias, contados da data de: I. Início de captação; II.
Associação da instituição administradora do fundo à ANBIMA; ou III. Adesão da instituição
administradora do fundo ao presente Código. O encerramento de FI deve ser comunicado
à ANBIMA em até 20 (vinte) dias contados da Assembleia que deliberou pelo encerramento
do fundo ou termo de encerramento. O selo anbima será inserido na CAPA do Prospecto
ou Formulário de Informações Complementares:
I. No caso do prospecto: PROSPECTO DE ACORDO COM O CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E
MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO.
II. No caso do formulário: A PRESENTE INSTITUIÇÃO ADERIU AO CÓDIGO ANBIMA DE
REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO.

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A autorização para funcionamento e/ou venda das cotas dos FI não implica, por
parte da CVM ou da ANBIMA, garantia de veracidade das informações prestadas. Deve
constar com destaque, na capa, na contracapa ou na primeira página do prospecto ou no
formulário, aviso com o seguinte teor:
“Este [prospecto ou formulário] foi preparado com as informações necessárias ao
atendimento das disposições do código anbima de regulação e melhores práticas para os fundos de
investimento, bem como das normas emanadas da comissão de valores mobiliários.a autorização para
funcionamento e/ou venda das cotas deste fundo não implica, por parte da comissão de valores
mobiliários ou da anbima, garantia de veracidade das informações prestadas, ou julgamento sobre a
qualidade do fundo, de seu administrador ou das demais instituições prestadoras de serviços.”

MAM (Marcação a Mercado), SERVIÇOS e SUITABILITY

MARCAÇÃO a MERCADO
Consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de cotas,
pelos respectivos preços de mercado em casos de ativos líquidos ou, quando este preço
não é observável, por uma estimativa adequada de preço que o ativo teria em uma eventual
negociação feita no mercado. A MaM tem como principal objetivo evitar a transferência de
riqueza entre os cotistas, melhorando assim a comparabilidade entre a performance dos
FI. Deve ser realizada diariamente para fundos de Varejo em geral.

ADMINISTRAÇÃO
Compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao
funcionamento e manutenção do fundo. A instituição participante que exercer a
administração do FI e contratar somente prestadores de serviço aderentes a este Código
ou ao Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Serviços Qualificados ao
Mercado de Capitais. A instituição participante administradora de FI que contratar
prestadores de serviço, deve manter política interna que descreva os processos de seleção,
contratação e monitoramento desses prestadores.
a. Para o gestor de recursos: questionário padrão ANBIMA de due diligence (“questionário due
diligence para gestores”), conforme modelo disponibilizado pela ANBIMA, verificar a
experiência do gestor para a estratégia de investimento proposta, verificar a estrutura de
gestão de riscos; (iii) Verificar a política utilizada para rateio e divisão de ordens, verificar as
políticas e processos de PLDFT referente aos ativos negociados pelo fundo;

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b. Para o distribuidor: metodologia de verificação para a adequação dos investimentos
recomendados (suitability), processo cadastral e política KYC (know your client - conheça seu
cliente);
c. Para os prestadores de serviços acima descritos, bem como para os prestadores de serviços
qualificados (custodiante, escriturador e controlador): plano de continuidade de negócios,
ferramentas e procedimentos de proteção de dados incluindo procedimentos de segurança
contra ameaças externas de sistemas, relatório de controles internos e política de segurança
da informação.

GESTÃO DE FUNDOS
Formação de carteiras de investimentos dos FUNDOS. Deve ser exercida por gestor
que autorizado pela CVM para o exercício da administração de carteira de valores
mobiliários, e devidamente certificado, nos termos do Código ANBIMA de Regulação e
Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada (CGA – Certificação de
Gestor Anbima). Deverá garantir que as operações realizadas no FI tenham sempre
propósitos econômicos compatíveis com sua política de investimento. Deve haver contrato
específico formalizando a relação entre gestor e administrador, se este último não for o
responsável pela gestão do fundo de investimento. O Gestor deve manter política interna
de gestão de riscos (“política de riscos”) com o objetivo de descrever o controle, o
gerenciamento, o monitoramento, a mensuração e o ajuste permanente dos riscos
inerentes a cada uma das carteiras dos fundos, inclusive em situações de estresse.As
instituições participantes somente podem administrar fundos de investimento exclusivos
fechados* com vencimento máximo de 12 meses (*ver fundos exclusivos).

DISTRIBUIÇÃO DE FUNDOS E SUITABILITY


É a oferta de cotas de fundos de investimento a investidor ou potencial investidor,
de forma individual ou coletiva, resultando ou não em captação de recursos para o Fundo.
Deve ser exercida por distribuidor habilitado e autorizado pela CVM. É responsabilidade do
distribuidor, em relação a seus clientes:
I. A prestação adequada de informações sobre o fundo de investimento, esclarecendo suas
dúvidas e recebendo reclamações;
II. O fornecimento dos documentos do fundo, termo de adesão e/ou demais documentos
obrigatórios;
III. O controle e manutenção de registros internos referentes à compatibilidade entre as
movimentações dos recursos dos clientes e sua capacidade financeira e atividades econômicas,
nos termos das normas de PLDFT (Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao
Financiamento do Terrorismo) e KYC (Conheça seu Cliente – know your costumer);

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IV. O atendimento aos requisitos da legislação e da regulamentação e melhores práticas em
relação à adequação dos investimentos recomendados (suitability).

As instituições participantes que distribuem cotas de fundos de investimento


devem dispor de central de atendimento aos investidores, e central de atendimento aos
gerentes e prepostos, devendo os profissionais destas centrais possuir a Certificação
Profissional ANBIMA CEA. Quando a distribuição ocorrer na rede de agências, deve-se
manter à disposição:
I. Categoria ANBIMA dos fundos de investimento distribuídos na agência;
II. Telefone da central de atendimento aos investidores; e
III. Ao final da tabela, valendo para todas as categorias de fundos de investimento ali contida,
Selo ANBIMA e Avisos com o seguinte teor: TODAS AS INFORMAÇÕES SOBRE OS PRODUTOS,
BEM COMO O [REGULAMENTO, FORMULÁRIO E LÂMINA OU REGULAMENTO E PROSPECTO]
AQUI LISTADOS, PODEM SER OBTIDAS COM SEU GERENTE OU EM NOSSO SITE NA INTERNET;

As instituições participantes que atuem na distribuição de cotas de fundos de


investimento têm a responsabilidade não delegável e integral pela aplicação do processo
de suitability, exceto em caso de novos investidores ingressantes em Fundo RF Simples
ainda sem aplicações no mercado de capitais, e devem adotar procedimentos formais, que
possibilitem verificar a adequação da recomendação de investimento feita, ao perfil do
investidor, observadas as Diretrizes do Processo de Suitability expedidas pelo Conselho de
Regulação e Melhores Práticas.

5.8 Classificação Fundos Investimento Anbima


Na Classificação de Fundos ANBIMA, os investimentos estão divididos em três níveis
sendo: Classes de Ativos, Riscos e Estratégias de investimento.

1º. Nível (Classes de Ativos) – Define os ativos e mercado do fundo


2º. Nível (Riscos) - Tipo de Gestão e Riscos, ou seja, o risco que o investidor está
disposto a correr
3º. Nível (Estratégias) - Principais Estratégias que se adequam aos objetivos e
necessidades daquele investidor

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5.8.1 Tabela Resumo Classificação Anbima

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5.8.2 Classificação Anbima x Classificação CVM

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Módulo 6 – Previdência
Complementar Aberta:
PGBL E VGBL (até 10%)

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6.1 Previdência Social x Previdência Privada

6.1.1 RGPS - Regime Geral de Previdência Social


É um regime de caráter contributivo e de filiação obrigatória para os empregados
regidos pela legislação trabalhista (CLT). A contribuição é obrigatória. Sua administração é
feita pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Todo cidadão tem direito de
vinculação a esse regime e o mesmo proporciona cobertura tanto para o segurado quanto
para seus dependentes.

6.1.2 RPPS - Regimes Próprios de Previdência Social


Servidores públicos e militares da União, Estados, Distrito Federal e Municípios: são
regimes especiais de aposentadoria, de filiação obrigatória, aplicável aos servidores
públicos e militares, com regras próprias e distintas das do RGPS. Este regime também
garante tanto o segurado quanto seus dependentes.

6.1.3 Previdência Complementar – Entidades Fechadas ou Abertas


Os planos de previdência privada complementar englobam duas fases: uma de
acumulação de recursos (diferimento) e outra de recebimento dos benefícios. Durante o
período de acumulação, a pessoa contribui com dinheiro que é aplicado em um fundo cuja
rentabilidade varia conforme o seu perfil.

6.1.4 Avaliação de Necessidade


Os planos de previdência privada complementar se fazem necessários nos seguintes
exemplos:
I) Funcionário CLT que deseja se aposentar com o mesmo rendimento que o da data da
aposentadoria, porém projeta vencimentos superiores ao teto do INSS;
II) Funcionário de Regime Próprio que deseja se aposentar com o mesmo rendimento que
o da data da aposentadoria e o benefício mensal calculado se projeta inferior ao último
salário.
III) Sucessão Patrimonial (planos de previdência não entram em inventário, reduzindo
custos da sucessão em eventual falta do titular)

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6.2 Características Técnicas que influenciam o produto
6.2.1 Taxas de Administração
Similar aos FI, os produtos de previdência sofrem incidência de Taxa de
Administração em % sobre o valor do patrimônio líquido, cobrado diariamente. O
percentual da taxa tem que ser aprovado pela Susep e constar do contrato. Nos planos
VGBL e PGBL, o custo varia de 2% a 5%, em geral sendo cobrada diariamente. Já no FAPI
(Fundo de Aposentadoria Programada Individual), costuma ser maior, entre 3% e 6% ao ano,
podendo ser cobrada a cada mês ou ano.

6.2.2 Taxas de Carregamento


Corresponde às despesas administrativas das instituições financeiras com pessoal,
emissão de documentos e lucro. É cobrada de forma percentual o qual pode ser cobrado
quando do pagamento das contribuições e/ou das portabilidades e resgates. As
instituições financeiras têm liberdade de cobrar taxas de até 10% nos planos VGBL e PGBL,
com aprovação da SUSEP. No FAPI, por sua vez, a taxa de carregamento não é cobrada. A
taxa de carregamento costuma ter percentuais decrescentes, a partir da entrada no plano,
sendo um recurso das EAPC – Entidades Abertas de Previdência Complementar e
seguradoras para motivar a permanência no plano e evitar que o participante transfira suas
aplicações para outra instituição financeira. O percentual máximo de carregamento
permitido pela legislação vigente é de 30% para aqueles na modalidade de benefício
definido.

6.2.3 Portabilidade
Os recursos transferidos jamais poderão passar pelo participante. A transferência
tem de ser feita diretamente de uma instituição para outra. A portabilidade poderá ser total
ou parcial a critério do participante a partir de 60 dias da contratação do plano. Qualquer
investidor pode migrar seus recursos de um plano de previdência para outro, desde que a
mudança seja feita entre produtos da mesma modalidade. Veja as transferências entre
planos permitidas:

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 De PGBL para PGBL
 De VGBL para VGBL
 De PGBL para EFPC
 De EFPC para PGBL

 60 dias (mínimo) - prazo mínimo de início de qualquer plano para solicitar a


portabilidade de instituição.

 + 5 dias - a entidade cedente (remetente do recurso) deverá emitir o Termo de


Portabilidade e encaminhá-lo ao participante no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis,
contados do protocolo da solicitação.

 Até 2º dia útil mês seguinte – a cedente deverá calcular o valor com base na provisão
matemática de benefícios a conceder e da provisão técnica de excedentes financeiros
até esta data.

 + 10 dias – a cedente deve finalizar o processo enviando os recursos à cessionária


dentro deste prazo.

 + 7 dias - a entidade cessionária (destinatária do recurso) deverá emitir documento ao


participante contendo informações sobre a data do recebimento dos recursos
financeiros, o valor e o plano receptor.

6.2.4 Transferências entre planos


A transferência entre planos ou migração não deve ser confundida com a
portabilidade. Pois, refere-se à transferência de recursos dentro da mesma entidade. Em
relação à tributação, a regra utilizada é idêntica a da portabilidade: não são cobrados
impostos ou contribuições na transferência entre planos de uma mesma entidade.

6.2.5 Resgates
Pagamento ao participante do montante acumulado na provisão matemática, que
pode ser parcial ou total, respeitando os seguintes prazos:
Prazos de carência:
Resgate Total: Mínimo 2 meses e máximo 24 meses
Resgate Parcial: Mínimo 2 meses e máximo 6 meses

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6.2.6 Regimes de tributação (compensável ou definitivo) e as tabelas
de imposto de renda progressivas e regressivas. Base de cálculo
na incidência do imposto

Fato Gerador
Resgate de contribuições de PGBL, VGBL e de FAPI, renda gerada pelos respectivos
planos, pagos a pessoa física residente no Brasil. Importâncias pagas a título de cobertura
por sobrevivência em apólices de seguros de vida, PGBL e VGBL. FAPI possui come cotas,
VGBL e PGBL são imunes.

Base de Cálculo (Resgate Parcial ou Resgate Total)


 PGBL - valor total do resgate
 VGBL – rendimentos do período

Base de Cálculo (Período de Diferimento)


 VGBL ou PGBL - valor do benefício mensal concedido

Agentes Responsáveis pelos Recolhimentos


Definitiva – Regressiva: O imposto será retido na data do pagamento ou crédito,
diretamente pela fonte pagadora (instituição cessionária), de acordo com o prazo de
aplicação.
Tributável – Progressiva: O recolhimento sobre o resgate ou benefícios é de 15%, pela
fonte pagadora (instituição cessionária). Eventual compensação acontece na Declaração de
Ajuste Anual IR, pelo próprio participante ou beneficiário.

Importante: O regime escolhido na data de contratação pelo participante não poderá


ser alterado, sendo irretratável (para ter outro regime de tributação, o investidor deverá
contratar um novo plano de previdência).

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Alíquotas e Regimes de Tributação
(Regressiva - Exclusiva na Fonte / Definitiva)

Prazo de permanência Alíquota de IR


Até 2 anos 35%
Até 4 anos 30%
Até 6 anos 25%
Até 8 anos 20%
Até 10 anos 15%
Acima de 10 anos 10%

Na tributação regressiva, não há compensação da declaração de ajuste anual, pois


o recolhimento é definitivo na Fonte. No entanto, o interessado terá vantagem tributária
se for investir por muito tempo, pois, como o próprio nome já diz, as alíquotas vão
diminuindo de acordo com o tempo de aplicação.

(Progressiva – Tributável na Declaração Anual)


A tributação progressiva é feita com
base na tabela mensal de desconto do IR na
fonte (com alíquotas de 0%, 7,5%, 15%, 22,5% e
27,5%). Haverá alíquota única de 15% a título
de antecipação em caso de resgate parcial
ou total.
Em PGBL (sobre o valor resgatado)
Em VGBL (sobre o valor do
rendimento)

6.2.7 Glossário de Previdência


 Proponente: pessoa interessada em contratar o plano.
 Apólice: documento que formaliza o plano de previdência
 Assistido: pessoa física em gozo do benefício sob a forma de renda
 Beneficiários: as pessoas indicadas na proposta de inscrição ou em documento específico,
para receber o pagamento relativo ao benefício contratado

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 Carregamento (ingresso ou saída): o percentual incidente sobre as contribuições pagas ou
resgates feitos pelo participante
 Contribuição, Aporte ou Prêmio: o valor repassado pelo participante à EAPC para o custeio
do plano contratado
 FIE: fundo de investimento especialmente constituído para um plano de
previdência (exclusivo)
 Participante: a pessoa física que contrata o plano
 Período de Carência: ao período de tempo, contado a partir do início de vigência do plano,
durante o qual, na ocorrência do evento gerador, os beneficiários não terão direito ao
recebimento do benefício ou resgate
 Fundo Acumulado: reserva acumulada, de acordo com as contribuições efetuadas
 Portabilidade: instituto que permite a movimentação de planos entre instituições
mantenedoras distintas
 Prazo de diferimento: período entre a data da contratação do plano e a data do início da
concessão do benefício
 Resgate: pagamento ao participante do montante acumulado na provisão matemática, que
pode ser parcial ou total
 Indenização: pagamento ao participante por ocasião de acidente pessoal ou doença
durante o plano
 Instituidora / Patrocinador: pessoa jurídica que propõe a contratação de plano coletivo,
definindo as normas e participando das contribuições
 Tábuas biométricas: utilizadas para analisar a perspectiva de sobrevivência, morte ou
invalidez dos participantes de um plano

6.2.8 Benefícios e Coberturas dos Planos de Previdência Privados


 Renda vitalícia: pagamento mensal até o falecimento do participante, após diferimento.
 Renda temporária: pagamento mensal ao participante por um período determinado, após
diferimento.
 Renda vitalícia reversível ao beneficiário: pagamento mensal até o falecimento do
participante. No caso de falecimento do participante, o beneficiário continua recebendo
até seu falecimento.
 Renda vitalícia com prazo mínimo garantido: pagamento mensal até o falecimento do
participante. Em de falecimento antes do prazo mínimo garantido, o beneficiário
continuará recebendo a renda até o seu término.
 Renda por invalidez com prazo mínimo garantido: pagamento mensal vitalício ao
participante em caso de invalidez, com a renda sendo transferida para os beneficiários
indicados até o fim do prazo mínimo garantido, em caso de seu falecimento antes desse
prazo.
 Pagamento único: toda a reserva acumulada durante o diferimento é paga ao participante
na data contratada.
 Pensão ao cônjuge ou companheiro: pagamento mensal ao beneficiário a partir do
falecimento do participante.

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 Pecúlio por morte: pagamento de valor único aos beneficiários indicados, em caso de
falecimento do participante durante o diferimento.
 Pensão a filhos menores: pagamento mensal aos filhos e dependentes econômicos
menores, até que completem 21 anos, em caso de falecimento do participante.
 Pensão por prazo certo: pagamento mensal temporário aos beneficiários indicados pelo
participante, em caso de seu falecimento durante o diferimento.

6.3 Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL)


O PGBL é um plano de previdência complementar aberta, com contribuições
mensais e/ou esporádicas. Não oferece garantia de rentabilidade mínima, mas repassa
integralmente para o beneficiário os rendimentos obtidos no fundo em que os recursos
foram aplicados. Neste plano há a possibilidade de deduzir as contribuições da base de
cálculo do Imposto de Renda (IR), desde que elas não ultrapassem 12% da renda bruta anual
do investidor. Por esse modelo, o IR é pago apenas no momento de resgate das aplicações,
com base no próprio resgate. Para o resgate total, o prazo de carência estará
compreendido entre 60 (sessenta) dias e 24 (vinte e quatro) meses, de acordo com o
estabelecido no regulamento. Para os resgates parciais, o prazo de carência estará
compreendido entre 60 (sessenta) dias e 6 (seis) meses, de acordo com o estabelecido no
regulamento.

6.4 Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL)


VGBL é um seguro de vida com cobertura por sobrevivência. Modelo de plano que
apresenta hoje maior crescimento na previdência aberta brasileira. Tem as mesmas
características do PGBL, sem rentabilidade mínima garantida, mas com uma diferença
fundamental: as aplicações não podem ser deduzidas da base de cálculo do Imposto de
Renda. Em compensação, no momento do resgate, a alíquota incide apenas sobre a
rentabilidade do investimento e não sobre o valor resgatado.

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6.5 Adequação dos Produtos e Modalidades

Modalidades
Soberano: investe apenas em títulos do governo, ou seja, títulos ou Crédito Securitizados do
Tesouro Nacional;
Renda Fixa: permite o investimento em outros tipos de títulos de renda fixa, como CDBs,
Debêntures, etc.;
Composto: também permite aplicações em renda variável, como, por exemplo, ações ou fundos de
ações, commodities, desde que não ultrapassem 49% do patrimônio do fundo.

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Planejamento Tributário Utilizando Planos de Previdência: PGBL

O benefício fiscal pode aumentar a restituição, se for o caso, ou reduzir o valor do


imposto a ser pago no acerto de contas, já que reduz a base de cálculo do imposto. Quem
tem renda de R$ 100 mil, mas só contribui com R$ 6 mil para seu PGBL durante o ano,
poderá deduzir apenas 6%, metade do limite. Nesse caso, se a pessoa tiver condição, vale a
pena aumentar a contribuição até o limite para ter o benefício da dedução na íntegra (R$
12.000,00). Ou seja, quem ganha R$ 100 mil em um ano e contribuiu com R$ 12.000,00 para
um PGBL, pode abater esse valor da base de cálculo do imposto, que cai para R$ 88 mil. Em
vez de pagar R$ 27.500,00 de Imposto de Renda, o contribuinte vai pagar R$ 24.200,00
(incentivo fiscal de R$ 3.300,00).
Para quem tem uma renda mensal de R$ 5 mil, a contribuição mensal para o PGBL deve ser
de R$ 600 mensais, para que ele obtenha o máximo do benefício fiscal de 12%. Neste
segundo caso, a base de cálculo será de R$ 52.800,00, sendo que o imposto a pagar, sem o
desconto da tabela de IR, será de R$ 14.520,00 (seria de R$ 16.500,00). Incentivo fiscal
(economia) de R$ 165,00 por mês ou R$ 1.980,00 por ano. Para ter o benefício fiscal do
PGBL, o contribuinte precisa fazer a declaração completa.

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VGBL
Numa situação em que a declaração de IR é simplificada, que tem desconto padrão de 20%
(independentemente de gastos com saúde e educação, por exemplo), o ideal é escolher
um Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). O VGBL não oferece nenhuma vantagem fiscal
durante o período de contribuição, mas tem apenas o rendimento tributado quando chega
a hora do resgate (no PGBL a base é o valor total do capital investido + rendimentos)

PGBL + VGBL
Uma pessoa que tem renda anual de R$ 100 mil e contribui nesse período com R$ 20 mil só
poderá abater até o limite de R$ 12 mil da base de cálculo, conforme a regra da Receita. O
investidor poderá, por exemplo, contribuir até o limite de R$ 12 mil no PGBL e os R$ 8 mil
restantes podem ser investidos num VGBL. Assim se consegue o máximo de dedução
permitida no PGBL e leva vantagem tributária no momento do saque com o VGBL.

Tributação na Renda Recebida de Previdência Complementar. Escolhendo o melhor regime:


Caso 1
 Valor do Benefício = 2.000,00
 Prazo Diferimento = 5 anos

Tabela Regressiva
Alíquota: 25%
0,25 x 2.000,00 = 500,00
Renda será de R$ 1.500,00 por mês (2.000 – 500)

Tabela Progressiva
7,5% com dedução de 142,80.
(este valor pode alterar anualmente a maior)
0,075 x 2.000 = 150,00
150,00 –142,80 = R$ 7,20
Renda será de R$ 1.992,80 por mês (2.000 – 7,20)
Caso 2

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 Valor do Benefício = 3.000,00
 Prazo Diferimento = 7 anos

Tabela Regressiva
Alíquota: 20%
0,20 x 3.000,00 = 600,00
Renda será de R$ 2.400,00 por mês (3.000 – 600)

Tabela Progressiva
15% com dedução de 354,80.
(este valor pode alterar anualmente a maior)
0,15 x 3.000 = 450,00
450,00 – 354,80 = R$ 95,20
Renda será de R$ 2.904,80 por mês (3.000 – 95,20)

Caso 3
 Valor do Benefício = 6.000,00
 Prazo Diferimento = 12 anos

Tabela Regressiva
Alíquota: 10% (ver tabela)
0,10 x 6.000,00 = 600,00
Renda será de R$ 5.400,00 por mês (6.000 – 600)

Tabela Progressiva
27,5% com dedução de 869,36.
(este valor pode alterar anualmente a maior)
0,275 x 6.000 = 1.650,00
1.650,00 – 869,36= R$ 780,64
Renda será de R$ 5.219,36 por mês (6.000 – 780,64)

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Módulo 7 – Mensuração,
Gestão de Performance e
Risco (até 20%)

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7.1 Risco – Estatística Aplicada
7.1.1 Média (Rentabilidade Esperada)
Medida utilizada para determinar o centro mensurável de uma
amostra ou série de valores.
Aplicação Rentabilidade
Ações Gerdau 52%
CDB Itaú 9%
Debêntures BNDESPAR 8%
Fundo de Ações Petrobrás -4%
Fundo Multimercado Caixa 9%
Fundo RF Santander 10%
Poupança Bradesco 7%

A Média será o total destes percentuais (91%) dividido pelo número de ocorrências
(7), que será de 13%.
Embora a maioria das rentabilidades esteja no intervalo (7 – 10%), o valor obtido para
a média está muito afastado deste intervalo. A Média mensura todos os valores de uma
amostra, sendo influenciada por valores distantes dos demais.

7.1.2 Mediana
Medida de posição central na distribuição dos valores de uma amostra.
1º - Colocamos a amostra em sequência crescente:
Petrobrás Bradesco BNDESPAR Itaú Caixa Santander Gerdau
-4% 7% 8% 9% 9% 10 52%

2º - A mediana será representada pelo elemento central, neste caso, o valor que
divide a amostra exatamente no meio.
Petrobrás Bradesco BNDESPAR Itaú Caixa Santander Gerdau
-4% 7% 8% 9% 9% 10% 52%

Obs: Caso tivéssemos 8 valores, tiraríamos a média aritmética da quarta e da quinta


posição para encontrarmos a mediana, conforme outro exemplo:
Petrobrás Bradesco BNDESPAR Itaú BB Caixa Santander Gerdau
-4% 7% 8% 9% 10% 11% 12% 52%

Mediana = (9+10)/2 = 9,5%

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7.1.3 Moda
Numa amostra encontramos a moda verificando os valores que surgem com maior
freqüência. A moda estabelece uma rotina a qual os dados representam valores iguais,
muitas vezes utilizado para análises de salários de uma categoria de trabalhadores.
Petrobrás Bradesco BNDESPAR Itaú Caixa Santander Gerdau
-4% 7% 8% 9% 9% 10% 52%

7.1.4 Variância
Um ponto relevante na análise de uma amostra é determinar a sua dispersão, ou
seja, o quão longe os valores da amostra se situam da média. A variância é a primeira forma
de se iniciar a análise desta dispersão.
1º. Calculada a média de um conjunto, posteriormente se calcula a diferença de cada
valor ante esta média aritmética encontrada;
2º. Deve-se elevar ao quadrado o resultado de cada diferença encontrada (algumas
serão negativas).
3º. Por fim, é necessário somar o total destes resultados. Dividindo este total pelo
número de ocorrências, chega-se ao resultado da Variância.
Aplicação Rentabilidade Média (Rent - Média) (Rent - Média)2
Fundo de Ações Petrobrás -4% 13% -17 289
Poupança Bradesco 7% 13% -6 36
Debêntures BNDESPAR 8% 13% -5 25
CDB Itaú 9% 13% -4 16
Fundo Multimercado Caixa 9% 13% -4 16
Fundo RF Santander 10% 13% -3 9
Ações Gerdau 52% 13% 39 1521
TOTAL 91,00% 0 1912
Variância = 1912/6
Variância = 318,66

Amostras que possuem valores diferentes e que tenham a mesma média aritmética
poderão ter valores de variância diferentes. A unidade de medida da variância não igual à
média. Deve-se neste caso encontrar uma maneira mais definida para observarmos esta
dispersão numa amostra.

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7.1.5 Desvio Padrão (Risco)
A variância relaciona a soma de quadrados de suas diferenças dos valores das
amostras ante a sua média aritmética, ela deve ser melhor trabalhada para se conseguir
fazer devidas comparações a respeito da dispersão desta amostra. Extraindo a raiz
quadrada desta variância (318,66) se obtém o DESVIO PADRÃO de uma amostra, que é
dispersão dos dados na mesma unidade de medida da média aritmética.
Desvio padrão de 17,85%. Ante a média aritmética de 13%, pode se concluir:
(1º) O desvio médio em relação à média desta carteira de investimentos é de 17,85%
acima ou abaixo desta média.
(2º) Pode-se dizer que na média a maioria das rentabilidades desta carteira, se
encontra entre -4,85% e 30,85%.
Caso eliminássemos desta carteira as medidas extremas, teríamos uma média
aritmética mais próxima dos valores centrais da amostra, assim como um desvio padrão
menor. Veja abaixo.
Aplicação Rentabilidade Média (Rent - Média) (Rent - Média)2
Poupança Bradesco 7% 8,60% -1,60% 2,56
Debêntures BNDESPAR 8% 8,60% -0,60% 0,36
CDB Itaú 9% 8,60% 0,40% 0,16
Fundo Multimercado Caixa 9% 8,60% 0,40% 0,16
Fundo RF Santander 10% 8,60% 1,40% 1,96
TOTAL 43,00% 0,00% 5,20
Variância = 5,20/4
Variância = 1,30 Desvio padrão= 1,14%

Estes cálculos são utilizados por sistemas


de gerenciamento de riscos a fim de
serem feitas as opções em diferentes
carteiras de investimentos. Quanto
maior for o desvio padrão detectado em
uma carteira de investimentos, maior
será sua oscilação e seu risco.

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7.1.6 Distribuição Normal
Uma Distribuição Normal é uma curva simétrica que gera um padrão de
comportamento na Estatística. Uma distribuição normal é caracterizada por:
1º. Os valores de medição tendem a se agrupar em torno da média.
2º. A representação de dados é simétrica em ambos os lados da média.
3º. Os desvios padrão estão localizados a uma distância igual entre si.
4º. A proporção de medições situada entre a média e o desvio é uma constante na
qual:
 O desvio padrão da média ± = 1 * abrange 68,3% dos casos.
 A média ± 2 * = desvio padrão abrange 95,5% dos casos.
 O desvio padrão da média ± = 3 * abrange 99,7% dos casos.

Desvio Padrão Fundo X Fundo Y


& Rentabilidade Média 10% Rentabilidade Média 11%
Probabilidade Desvio Padrão 2% Desvio Padrão 4%
1 desvio (68%) Retorno entre 8 e 12% Retorno de 7 a 15%
2 desvios (95%) Retorno entre 6 e 14% Retorno de 3 a 19%
3 desvios (99%) Retorno entre 4 e 16% Retorno de -1 a 23%
Conseguiu perceber como o Fundo Y, apesar de apresentar uma média maior de
rentabilidade, é mais arriscado? A curva normal permite um melhor Gerenciamento de
Riscos dentro destes intervalos de confiança determinados pelos desvios padrões para
diversas carteiras de investimentos.

7.1.7 Covariância
A covariância na estatística é demonstrada por um sinal (positivo ou negativo) que
serve para verificar se duas variáveis aleatórias movimentam-se ou não no mesmo sentido.

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Por exemplo, se quando uma variável X (Ibovespa) aumenta a variável Y (Petrobrás)
também aumenta; e se quando X diminui, Y também diminui, covariam no mesmo sentido,
a covariância é positiva (+).
Ao contrário, quando X aumenta, Y diminui ou quando X diminui, Y aumenta, ou seja,
as variáveis covariam em sentidos opostos, a covariância é negativa (-).

No período destacado pelo Retângulo, as ações da Petrobrás caíram, ao par que o

índice Bovespa registrou alta. Nesse período houve covariância negativa (-) entre as duas

variáveis, pois as tendências foram opostas. Já no período destacado pelo Círculo houve

covariância positiva (+) entre a Petrobrás e o Ibovespa, pois as duas variáveis tiveram
comportamentos semelhantes nas tendências.

7.1.8 Correlação
A correlação é uma avaliação de forma quantificada que relaciona a tendência entre
duas variáveis.

Correlação Negativa Correlação Positiva


Duas Variáveis possuem tendências Duas Variáveis possuem tendências
opostas. Quanto mais aproximada de -1 semelhantes. Quanto mais aproximada de
estiver esta correlação maior a +1 estiver esta correlação maior a
intensidade desta relação intensidade desta relação
-1.........................-0,3...-0,2...-0,1 0,1...0,2...0,3............................+1

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Uma boa diversificação poderá ser alcançada adquirindo aplicações que
correlacionam-se negativamente (próximo a -1). Também poderá ser utilizada se o gestor
deseja proteger posições específicas em carteira.

Ações Santander Brasil Foods Vale Tam


Santander 1 0,6 -0,23 -0,61
Brasil Foods 0,6 1 0,74 0,82
Vale -0,23 0,74 1 0,35
Tam -0,61 0,82 0,35 1
Caso o gestor queira diversificar uma carteira em um fundo de ações qualquer,
mediante escolha de 2 Ações acima, muito provavelmente escolheria as ações TAM e
SANTADER. Uma queda em qualquer uma destas duas possui correlação negativa (sugere
a alta da outra).

7.1.9 Coeficiente de Determinação


O coeficiente de determinação (R2) é o quadrado do coeficiente da correlação. Ao
elevarmos a correlação ao quadrado, o sinal (covariância) desaparece. Este coeficiente
exibe o quanto da variação de um elemento é justificada pela variação de outro elemento.
Por exemplo, a correlação entre TAM e Brasil Foods conforme a última tabela é de
0,82. Quando calculamos o seu coeficiente de determinação teremos: (0,82)2 = 0,6724.
Assim sendo, 67,24% da variação dos preços da ação da TAM pode ser explicada pela
variação da Brasil Foods. Os outros 32,76% correspondem a fatores aleatórios de mercado.

7.2 Risco, Retorno e Diversificação


Ao analisar as diferentes opções de investimento encontradas no mercado, os
clientes utilizam alguns critérios ligados as suas expectativas e objetivos. Eles estão
relacionadas aos principais fatores de análise de investimentos: retorno ou rentabilidade,
liquidez e risco. Aperfeiçoar a relação destes três pilares de forma equilibrada é o que o
profissional certificado busca diariamente para formação de carteiras de investimento. De
certa forma podemos dizer que não existe forma de conseguir
perfeitamente estas três características em um único investimento.
Não existem ativos livres de risco!!!

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7.2.1 Retorno (rentabilidade)
Rentabilidade Observada x Rentabilidade Esperada
Rentabilidade Observada: ganho obtido no passado. É a rentabilidade divulgada
pelos fundos de investimento e pela poupança em um período anterior (ex. ano 2005).
Trata-se de um fato consolidado (CDI out/11 0,88%)
Rentabilidade Esperada: É o ganho que o investidor pressupõe obter em um ativo
dentro de uma perspectiva de retorno para os próximos períodos. Trata-se de uma
expectativa futura (projeção CDI Nov/11 0,86%)
Rentabilidade Absoluta x Rentabilidade Relativa (Benchmark)
Rentabilidade Absoluta: O Fundo de renda fixa do banco X rendeu 0,80% no ultimo
mês.
Rentabilidade Relativa: O fundo de renda fixa do banco X teve um rendimento de
97% do CDI no ultimo mês.

7.2.2 Liquidez
Grau de facilidade para o investidor negociar seus ativos, por um preço justo,
transformando-os em novos recursos financeiros.
Alta Liquidez: Fundos de Investimento com resgates automáticos, Poupança e
Ações.
Baixa Liquidez: Planos de Previdência e Imóveis.

7.2.3 Risco

Probabilidade da rentabilidade observada


de um investimento ser diferente da
rentabilidade esperada.

Risco de Mercado (δ – Desvio Padrão)


Volatilidade: O preço dos ativos oscila de acordo com diversos fatores (sentimento
dos investidores, taxas de juros e conjuntura econômica setorial ou global). Pode ser
relacionado diretamente com o conceito de Volatilidade que é a mensuração desta
variação. É o DESVIO-PADRÃO! Em geral, as Ações possuem maior volatilidade que os

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Títulos de Renda Fixa. Risco de Mercado, Volatilidade e Desvio-Padrão, na prática,
possuem o mesmo significado.
**Volatilidade é uma medida de risco de um investimento**
Quanto maior a volatilidade apresentada em um ativo financeiro, maior será o risco
assumido pelo investidor, e conseqüentemente, a sua expectativa de retorno.

Tabela de Rentabilidades:

Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Volatilidade


(diferença)
Fundo A 12,00% 12,50% 11,90% 11,50% 1,00% 3º
Fundo B 12,00% 15,00% 20,00% 11,50% 8,50% 2º
Fundo C 2,00% 10,00% 15,00% 11,50% 13% 1º

Risco de Liquidez
Probabilidade de não se conseguir compradores em um valor mobiliário pelo seu preço
justo em um instante necessário. Quando um valor mobiliário no mercado secundário
apresenta diversos vendedores e poucos compradores, se concretiza o risco de liquidez.
Aplicações em imóveis geralmente apresentam maior risco de liquidez que demais ativos.

Risco de Crédito
Possível perda dos investidores caso haja default (atraso
ou falta de pagamento pelo Emissor do Título). Risco
apresentado pelo emissor do título. O mercado possui
agências de classificação de riscos, as quais determinam o
rating dos emissores dos títulos em circulação.

1) Títulos públicos federais são os que possuem menor risco de crédito no mercado.
2) Ações e demais instrumentos de Renda Variável não apresentam risco de crédito ao
investidor. Para OS ACIONISTAS o Risco de falência é RISCO DA EMPRESA.

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7.2.4 Diversificação de Investimentos
Aplicar em diferentes ativos reduz o risco
total e volatilidade dos investimentos. Mitiga-se o
risco diversificável (não-sistemático), e diminui a
oscilação (Volatilidade Total) da carteira de
investimentos.

Risco Diversificável (Não-Sistemático)


Trata-se do risco que impacta na oscilação de preço dos ativos relacionados
somente a um determinado setor ou área da economia. Aumento do preço do cimento e
do aço, entre outros fatos que aumentem os custos da construção civil, são riscos que
afetam somente o setor da Construtora X.

Risco Sistemático
Por mais que fosse feita uma excelente diversificação da carteira, nunca seria
possível escapar do Risco Sistemático. O Risco Sistemático ou Sistêmico é a possível
oscilação sob todos ativos financeiros, e quando esta volatilidade é procedência dos
fatores externos macroeconômicos em geral.

A diversificação alcança a redução SOMENTE do risco


NÃO SISTEMÁTICO. O risco sistemático não poderá ser
evitado, nem mesmo com uma diversificação plena.

Relação entre Risco e Retorno e o Princípio da Dominância


 Sob um mesmo risco: o Investidor irá optar pelo melhor retorno.
 Sob um mesmo retorno: o Investidor irá optar pelo menor risco

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Rentabilidade

1 3
25% Alta Rentabilidade Alta Rentabilidade
Baixo Risco Alto Risco
20%
2 4
15% Baixa Rentabilidade Baixa Rentabilidade
Baixo Risco Alto Risco
10%

5%
1% 2% 3% 4% .......................................10% Risco

Conforme escolhas acima, O cenário ideal seria o do quadrante 1 (alta rentabilidade


com risco baixo). O pior cenário seria o do quadrante 4 (baixo retorno e elevado risco).

Maior
Rentabilidade
E

C D

A B
Menor
Rentabilidade

Baixo Risco Alto Risco

O principio de dominância parte da seguinte teoria: para um baixo risco, o melhor


investimento é representado por C. Já para o investidor que está disposto a correr mais
riscos, a melhor carteira é representada por E. Observe que o princípio de dominância
indica o melhor investimento a partir do risco que se pretende correr.

7.2.5 Risco de Ativos


Ativos Livres de Riscos e Ativos com Risco de Crédito
Ativo livre de riscos é aquele que não possui riscos de crédito, risco de liquidez e
volatilidade. O ativo que não se enquadra nestas características, porém utilizado como
referência deste conceito junto ao mercado financeiro, são os títulos públicos federais.

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Nas carteiras dos fundos de investimento e no mercado em geral, encontramos
outros papéis com riscos de crédito tais como CDBs – Certificado de Depósito Bancário e
as Letras Hipotecárias, ambos com risco de crédito atrelado à instituição financeira
emissora.

Preço do
Ativo
Ativo com risco

Prêmio exigido para o risco

Ativo livre de Risco

Prazo

Risco Relativo X Risco Absoluto


Risco relativo: é o risco de um evento (ou um fato) relativo à exposição de outro. O
risco relativo é uma relação entre a probabilidade da oscilação de um ativo determinado
frente a outro ativo ou índice se acatará como parâmetro. Significa dizer o quanto
percentualmente um risco está relacionado a outro risco que não se optou.

Rentabilidade FIA X
Risco Relativo =
Rentabilidade IBR X

A probabilidade de um fundo de investimento em ações (FIA X) ter uma


rentabilidade negativa neste mês é de 20%. A probabilidade de acontecer a mesma coisa
com o IBRX é de 10%. Logo, o risco relativo de rentabilidade negativa associada ao FIA X
seria igual a 200%. Em outras palavras, os investidores do FIA X teriam duas vezes mais
chances de ter uma rentabilidade negativa quando comparados aos investidores em geral
do IBRX.
Risco Absoluto em geral significa o risco observado ou calculado de um
acontecimento em um ativo único. Exemplo: probabilidade de rentabilidade negativa no
FIA X.

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7.2.6 Mensuração do risco de crédito
Quanto maior o crédito do emissor, maior o preço à vista do título e
conseqüentemente menor o spread (prêmio) do investidor. Se a probabilidade do não-
pagamento (inadimplência) de juros ou do principal em relação ao ativo é grande, menor
será o seu preço à vista.
Formas de minimizar o risco de crédito:
 Segregar os ativos com boa qualidade de crédito (rating);
 Diversificar papéis da carteira ou fundo de investimento em vários emissores.

Rating (classificação)
AGÊNCIA FITCH
NÍVEL DE CLASSIFICAÇÃO NOTA
Mais Elevado Crédito AAA
Elevado Crédito AA+ Investment Grade
Bom Crédito A
Média Classificação BBB
Grau de Especulação BB
Grau Altamente Especulativo B
Substancial Risco de Crédito CCC
Risco de Inadimplemento eminente CC Especulative Grade
Default DDD a D
Sem Classificação N

7.3 Controle de Risco e Performance


7.3.1 Limites de Exposição em Relação ao Mercado e a sua Carteira
Nesta exposição também está relacionado o risco não-sistemático. Quanto maior a
diversificação, menos tenderá a carteira a verificar grandes oscilações de preços.
Lembramos que a CVM estipula os limites de composição da carteira para cada modalidade
de fundos. Para controle de liquidez em ações, é muito utilizado, além da diversificação
em emissores de primeira linha, o bid/ask spread (diferença entre preços de compra e
venda e volume negociado no período).
Os fundos de investimento podem estar dispostos a aumentar a exposição
financeira do fundo, correndo mais riscos para uma melhor rentabilidade. (Lembre-se que
a assembléia poderá alterar a política do fundo!). Cada gestor deve observar os limites de
exposição do fundo em relação ao mercado e a sua carteira.

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7.3.2 Instrumentos Estatísticos
Relação entre Variância, Desvio-Padrão e Valores Esperados
Fundo de Investimento Vila Rica
Cenários Probabilidade Rentab. Esperada P1 x r1 r1 - ṝ (r1 - ṝ)2 (r1 - ṝ)2 * P1
A 10% 12,00% 1,20% -10,50% 1,10% 0,11%
B 40% 21,00% 8,40% -1,50% 0,02% 0,01%
C 40% 24,00% 9,60% 1,50% 0,02% 0,01%
D 10% 33,00% 3,30% 10,50% 1,10% 0,11%
2
ṝ (média ponderada) 22,50% σ 0,24% variância
σ 4,88% desvio-padrão

Fundo de Investimento Costa Funda


Cenários Probabilidade Rentab. Esperada P1 x r1 r1 - ṝ (r1 - ṝ)2 (r1 - ṝ)2 * P1
A 25% 12,00% 3,00% -10,50% 1,10% 0,28%
B 25% 21,00% 5,25% -1,50% 0,02% 0,01%
C 25% 24,00% 6,00% 1,50% 0,02% 0,01%
D 25% 33,00% 8,25% 10,50% 1,10% 0,28%
ṝ (média ponderada) 22,50% σ2 0,56% variância
σ 7,50% desvio-padrão

Podemos considerar que ambos fundos possuem as mesmas rentabilidades. Porém


ao levarmos em conta as probabilidades dos cenários distintos verificamos que a medida
de dispersão Desvio Padrão no Fundo Vila Rica é inferior ao Costa Funda. Por mais que as
rentabilidades e suas médias ponderadas sejam exatamente iguais, precisamos analisar a
medida de dispersão do Desvio-Padrão a fim de ser diagnosticado qual dos fundos
apresenta uma maior possibilidade de Oscilação de Preços e conseqüente Risco de
Mercado.

Probabilidade do Retorno se concentrar entre:


Desvio Padrão
VILA RICA COSTA FUNDA
68%---------------1 σ 17,62% a 27,38% 15% a 30%
95%---------------2 σ 12,74% a 32,26% 7,50% a 37,50%
99%---------------3 σ 7,86% a 37,14% 0% a 45%

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Covariância

A covariância na estatística é demonstrada por um sinal (positivo ou negativo) que


serve para verificar se duas variáveis aleatórias movimentam-se ou não no mesmo sentido.
Por exemplo, se quando uma variável X (Ibovespa) aumenta a variável Y (Petrobrás)
também aumenta; e se quando X diminui, Y também diminui, covariam no mesmo sentido,
a covariância é positiva (+) “Área do Círculo”. Já na região do Retângulo, a covariância é
negativa (tendências tomam sentidos opostos).

Covariância Tendência
COV < 0 (negativa) Associação oposta entre duas variáveis
COV = 0 (neutra) Não apresenta associação
COV > 0 (positiva) Associação direta das variáveis

Correlação
Valor da Correlação Interpretação
0,0 a 0,19 Muito fraca
0,20 a 0,39 Fraca
0,40 a 0,69 Moderada
0,70 a 0,89 Forte
0,90 a 1,00 Muito forte
Na correlação temos 2 conclusões:
a) O índice, quanto mais próximo estiver de 1, maior será a interdependência
de dois ativos.
b) Se a covariância (sinal) for positiva, esta interdependência é direta. Caso seja
negativa (-), será inversamente relacionada.

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Ação Ambev Ação Vale
120 48
113 55
110 53
125 45
122 48
130 49
Neste período a correlação entre as ações destas empresas é de – 0,86. Logo sua utilização
para diversificar é ótima, pois a cada 100 pregões, em 86 as movimentações são contrárias.

7.3.3 Beta (β) da Carteira (ações)


O Beta (β) é uma medida muito importante que demonstra a sensibilidade do ativo
ou de uma carteira em relação ao parâmetro de mercado, que no Brasil é representada
pelo IBOVESPA (benchmark). Considera-se o Beta (β) do Ibovespa igual a 1. Portanto o Beta
mede a variação de um ativo ou de um fundo frente ao Ibovespa. Quanto mais próximo o
risco absoluto de uma carteira estiver do seu Beta, mais diversificada ela estará.

****O Beta (β) mede o risco sistemático de um ativo em


relação ao mercado*****

****Ativos Livres de risco possuem Beta (β) igual a


zero*****

Beta (β) – Exemplo de Análise


Investimento Beta (β) Interpretação Retorno esperado
Petrobrás 0,97 “beta neutro” – acompanha o Próximo ao Ibovespa
Ibovespa
Fundo 1,17 “beta Agressivo” – oscilação Maior que o Ibovespa c/
Multimercado ampliada frente ao Ibovespa, tanto Maior Risco Sistêmico
Bradesco em rentabilidade positiva quanto
negativa
Fundo Ações 0,55 “beta defensivo” – menos sensível Menor que o Ibovespa c/
Infraestrutura às oscilações de mercado Menor Risco Sistêmico

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7.3.4 Medidas de Performance
Índice de Sharpe
Mede o princípio da dominância e a relação entre risco total e retorno de um
investimento.
**Mede o prêmio (ganho acima da taxa livre de risco) frente ao risco assumido na
carteira/ativo**
** Quanto maior, melhor!**

% Rent. Ativo/Carteira - % Taxa Livre Risco


Índice Sharpe =
Ativo / carteira

Retorno Desvio Padrão Índice de Sharpe


Ativo Livre de Risco 10% 0% Não há
Fundo A 25% 30% (25-10)/30 = 0,50
Fundo B 20% 15% (20-10)/15 = 0,67
Interpretando o Índice: Embora o Fundo a tenha apresentado maior rentabilidade frente ao risco
assumido, o Fundo B apresentou uma melhor relação Risco X Retorno.

Índice de Sharpe quanto Maior for, Melhor será a relação Risco x Retorno

Índice de Sharpe Modificado


O Índice de Sharpe Modificado é comumente utilizado em Fundos de Investimento
de Gestão Ativa, para medir a relação entre o risco total e o retorno das carteiras de
investimento frente ao Benchmark a ser superado.

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Aplicabilidade do Índice de Sharpe
Fundo Retorno Desvio Padrão Índice de Sharpe
Fundo A 21,00% 8% 0,375
Fundo B 18,25% 0,50% 0,50
Fundo C 19,00% 1% 1,00
Prováveis Recomendações
Investidor Conservador (avesso ao risco): investimento “B”, pois apresenta a menor volatilidade;
Investidor Moderado (avalia a relação risco/retorno): se o investidor não está nos extremos,
recomenda-se aplicar no fundo “C”, pois esse apresenta o melhor índice de Sharpe que mostra que
o prêmio por unidade de risco é o maior.
Investidor Agressivo: como está disposto a correr riscos para obter maiores ganhos, o investimento
“A” é o recomendado, pois tem a esperança de proporcionar maiores resultados apesar de seu maior
risco.

Índice de Treynor
O Índice de Treynor é a relação de prêmio da carteira (diferença entre a
rentabilidade da carteira e a rentabilidade da taxa livre de risco) ante a volatilidade
sistêmica. Ganho por unidade de risco assumido, em termos de beta da carteira. O índice
é calculado por:

onde Tp é o índice de Treynor; Rp é o retorno médio da carteira; Rf a taxa livre de risco;


e βp é o beta da carteira. Quanto maior, melhor, pois maior foi prêmio da carteira analisada
ante um risco sistêmico padrão para todas as demais carteiras.

Tracking Error
Metodologia de avaliação de risco que mede a diferença entre a rentabilidade da
carteira de investimentos e o desempenho de seu benchmark. Podemos afirmar também
que o tracking error mede o risco associado ao descolamento entre o retorno da carteira e
o benchmark que se pretende chegar.

TRACKING ERROR: Quanto MENOR for, MELHOR para as carteiras de Gestão Passiva. O
oposto beneficia carteiras de Gestão Ativa.

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Tracking error é o desvio padrão da diferença entre os retornos de um investimento
e seu benchmark. Dada uma seqüência de retornos para um investimento ou carteira e seu
benchmark, o erro de rastreamento é calculado da seguinte forma:
Tracking Error = Desvio Padrão de (Investimento - Benchmark).
Por exemplo, suponha que existe um fundo de ações que é comparado com o
Ibovespa Em seguida, suponha que o FIA e o IBOV realizaram os seguintes retornos em um
dado período de cinco anos:
FIA: 11%, 3%, 12%, 14% e 8%.
IBOVESPA: 12%, 5%, 13%, 9% e 7%.
Com base nestes dados, a série de diferenças é então (11% - 12%), (3% - 5%), (12% - 13%),
(14% - 9%) e (8% - 7%). Essas diferenças são iguais a -1%, -2%, -1%, 5% e 1%. O desvio padrão desta
série de diferenças, o erro de rastreamento, é de 2,79%.

Erro Quadrático Médio (EQM)


É calculado por meio da obtenção da raiz quadrada do somatório do quadrado das
diferenças entre os retornos diários do ativo e os retornos diários do benchmark do fundo.

EQM = Σ (Rativo – Rbenchmark)2


n

FIA: 11%, 3%, 12%, 14% e 8%.


IBOVESPA: 12%, 5%, 13%, 9% e 7%.

Essas diferenças são iguais a -1%, -2%, -1%, 5% e 1%. O quadrado das diferenças é
respectivamente 1, 4, 1, 25, 1. Logo:

EQM = 32
5

EQM = 2,53%

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Tracking Error versus Erro Quadrático Médio
O Tracking Error e Erro Quadrático Médio são duas medidas que auxiliam na análise
do deslocamento dos retornos (rentabilidade) de um ativo em relação a um parâmetro de
performance (benchmark). Podemos ver esta situação claramente quando analisamos os
fundos ativos em relação aos fundos passivos: os primeiros costumam diferenciar-se dos
passivos por terem uma maior tracking error ou um erro quadrático médio, o que é normal
para um fundo ativo. Em FIA (Fundos de Ações) com gestão ativa ambos devem ser mais
elevados com 2 estratégias adcionais:
STOCK PICKING: comprar blue chips que ainda não acompanharam o IBOVESPA.
MARKET TIMING: aguardar o mercado criar tendência definida e se posicionar na
carteira em geral de acordo com o potencial apresentado.

7.4 Administração e Gerenciamento de Risco


7.4.1 Duration de Macaulay e Duration Modificada
DURATION DE MACAULAY - Prazo médio das operações ponderado pelos fluxos de
caixa.
DURATION MODIFICADA - Mede a sensibilidade do valor da carteira em mudanças
na taxa de juros.

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 Duration Modificada: % de variação de valor da carteira frente a oscilação de 1% da
taxa de juros em andamento, de forma inversamente proporcional. Sobe juros
(perde valor) e vice-versa. Maior Prazo = Maior Duration.
 Maior Duration (Macaulay e Modificada) = Maior Volatilidade e Risco.
 Menor Taxa de Retorno embutida = Maior Duration Modificada = Maior Risco.
 Menor valor de cupons ou Maior Concentração de pagamento no Vencimento =
Maior Duration e Risco. (ex: NTN – F - sofre menos oscilação na marcação a mercado
que a LTN, pois possui menor Duration).

7.4.2 Convexidade
A convexidade mede a curvatura da relação – valor da carteira e a taxa de juros – e
leva em consideração:
 dispersão dos vencimentos em relação a duration;
 diferença das taxas de juros em função dos diferentes prazos.

 A convexidade de uma carteira tende a ser maior quando ele fornece pagamentos
uniformes num longo período de tempo e menor, quando os pagamentos se
concentram em determinado período de tempo.
 Quanto maior a convexidade de um título, menor será seu efeito de mudanças em
seu preço decorrente de variações da taxa de juros e vice-versa.

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7.4.3 Imunização
Em termos simples, para imunizar uma carteira, temos de combinar a duração dos
ativos da carteira com a duração das obrigações futuras. Importante instrumento para
gerenciar a liquidez e o risco de mercado de uma carteira. O objetivo é estabelecer uma
relação em que os dois componentes do retorno total: retorno do ativo e retorno do
reinvestimento (cupons) sejam constantes e equivalentes.

7.4.4 Value at Risk - VaR. Conceito, Aplicação e Limitações


 Avaliação para exposição alavancada em derivativos.
 Percentual de possível perda máxima em um intervalo de tempo.
 Aplicado a uma carteira ou único ativo, definindo seu risco de mercado .
 Componentes do VAR:
 % de perda máxima do PL
 Prazo da Perda
 % de confiança da perda

Aplicação do VaR:
 avaliação do risco de mercado, de posições em ativos e seus respectivos derivativos;
 através de um único valor ou percentual, define-se o risco de mercado de uma
posição ou até mesmo de um portfólio (carteira);
 valor é diretamente proporcional ao percentual de confiamça e ao prazo de
negociação.

Qual é o significado de um VaR de R$ 15.000,00 para 4


dias com 95% de confiança? Significa que no prazo de 4
dias, há 95% de chance do valor da perda da carteira
não ser maior do que R$ 15.000,00. Em outras palavras
há 5% de chance de que em 4 dias, a carteira tenha
perdas superiores a R$ 15.000,00

7.4.5 Stop Loss (limite máximo de perdas)


Uma regra de stop loss consiste em impor um limite para as perdas acumuladas por
uma determinada posição, fundo ou investidor. Normalmente os investidores apresentam
resistência a se desfazerem de suas posições após uma grande perda, esperando que o

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mercado “retorne” a níveis favoráveis, recuperando assim a perda. Ocorre que nem
sempre o mercado “retorna”, o que abre espaço para uma série de perdas decorrentes de
uma mesma posição, ampliando o prejuízo inicial.
O Stop Loss limita esta perda, vendendo o(s) ativo(s) quando atinge(m) um
determinado valor predeterminado. O Stop Loss pode ser utilizado, por exemplo, quando
os limites estabelecidos no VaR são ultrapassados, ou seja, uma imposição de um limite
máximo de perdas do gestor de risco que deverá respeitada.

7.4.6 Stress Test (avaliação de piores cenários)


Estima possíveis perdas potenciais em cenários adversos, ou seja, em situações de
anormalidade de mercado, aos quais o VAR não contempla em seus cálculos. Esse
instrumento aplica as variações dos preços e taxas deste período para simular a maior
perda possível da carteira atual num momento de grande volatilidade, que está fora do
intervalo de confiança da VaR.
***Teste das Caudas Grossas***

7.4.7 Validação do Modelo (Back Testing)


Ferramenta utilizada para testar a validade e robustez dos modelos utilizados para
estimar o risco dos investimentos, especialmente o VaR. Se um investimento aponta um
VaR diário de 99%, com perda máxima de R$ 100 mil, o Back Testing verifica o histórico e o
número de violações ocorridas no passado do limite do VaR medido de modo a verificar se
estão dentro do nível de confiança estabelecida.
*Back Testing – verifica a necessidade de recálculo da Var!!*

7.4.8 Risco País – Risco de Crédito de Natureza Soberana.


O risco-país mede a confiança do mercado no pagamento das dívidas de um país.
Quando os agentes econômicos de um país, por motivos comuns, tornam-se incapazes de
cumprir com suas obrigações financeiras internacionais. Portanto, está relacionado à
soberania que cada país tem na condução dos aspectos políticos e institucionais. Cada 100
pontos base de Risco País, tem-se a necessidade de remuneração anual de 1% a maior frente
ao título livre de risco mundial. *Parâmetro Mundial – Treasuries Norte Americanas*

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7.4.9 Demais Riscos
Risco de Contraparte
O risco de contraparte é o risco de que uma contraparte (3º elemento envolvido)
de um negócio não cumpra as suas obrigações contratuais.
Por exemplo, num seguro de automóvel que A faça sobre sinistro do carro B com
recurso à seguradora C, por A ter financiado B e querer portanto cobrir o risco de crédito
de B, A cria um risco de contraparte sobre a seguradora C, isto porque se perante a falta de
B a seguradora C não conseguir cumprir as suas obrigações, então A sofrerá uma perda
para a qual julgaria estar seguro. Nos mercados organizados, o risco de contraparte é
assumido pelas próprias bolsas
Risco de Liquidação
Este risco difere do risco de crédito, pois não se relaciona com um empréstimo
tradicional onde há o risco da contraparte não honrar o valor acordado no vencimento. O
risco de liquidação ocorre quando uma transação de mercado financeiro (de câmbio, por
exemplo), na qual as partes acertam entregar uma quantidade de moeda em troca de outra
entre instituições situadas em locais de fusos horários distintos.
No vencimento, uma das partes (banco A) sofre intervenção no início do seu
expediente e não consegue remeter o valor acordado à outra parte (banco B), que já havia
liquidado o seu lado da operação realizando o pagamento. Neste caso, esta última
instituição (banco B), ao saber do fato, é obrigada a buscar recursos para cobrir o déficit
apresentado pela troca não realizada. Conclui-se que o risco de liquidação pode envolver o
risco de crédito e o risco de liquidez.
A parte que não recebe o valor acordado (banco B) deverá ir a mercado para repô-
lo nas condições vigentes.

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