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Concordância

Chama-se concordância à forma como as


palavras alteram sua terminação para se
adequarem harmonicamente na frase.
A concordância pode ser feita de três formas:
Lógica ou gramatical
É a mais comum no português e consiste em
adequar o determinante (acompanhante) à
forma gramatical do determinado
(acompanhado) a que se refere.
A maioria dos professores faltou.
O verbo (faltou) concordou com o núcleo do
sujeito (maioria)

Escolheram a hora adequada.


O adjetivo (adequada) e o artigo (a)
concordaram com o substantivo (hora).
Atrativa
É a adequação do determinante:

a) a apenas um dos vários elementos


determinados, escolhendo-se aquele que
está mais próximo:

Escolheram a hora e o local adequado.


b) a uma parte do termo determinado que não
constitui gramaticalmente seu núcleo (termo
mais importante):
A maioria dos professores faltaram.

c) a outro termo da oração que não é o


determinado:
Tudo são flores.
Ideológica ou silepse
Consiste em adequar o vocábulo determinante
ao sentido do vocábulo determinado e não à
forma como se apresenta:

O povo, extasiado com sua fala, aplaudiram.


Concordância Nominal

Os adjetivos e as palavras adjetivadas


concordam em gênero e número com os
elementos a que se referem. Por exemplo:
gatas malhadas e cachorros brancos. Quando
o adjetivo surgir junto de mais de um
substantivo, teremos regras especiais, que
veremos agora:
01) Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos
Adjunto adnominal
Quando o adjetivo posposto a dois ou mais
substantivos funcionar como adjunto adnominal
e estiver qualificando todos os substantivos
apresentados, poderá concordar com o
elemento mais próximo ou com a soma deles.

O Estado compra carros e maçãs


argentinas/argentinos.
Há três casos em que o adjunto adnominal
concordará apenas com o elemento mais
próximo:

01) Se qualificar apenas o elemento mais


próximo: Comprei óculos e frutas frescas.
02) Se os substantivos forem sinônimos:
Desrespeitaram o povo e a gente brasileira.
03) Se os substantivos formarem gradação: Foi
um olhar, uma piscadela, um gesto estranho.
Predicativo do sujeito
Quando o adjetivo imediatamente posposto a
dois ou mais substantivos funcionar como
predicativo do sujeito, deverá concordar com
a soma dos elementos, apesar de existirem
gramáticos que admitam a concordância
também com o elemento mais próximo.

O operário e a esposa, preocupados, saíram


para o trabalho.
Predicativo do objeto
Quando o adjetivo imediatamente posposto a
dois ou mais substantivos funcionar como
predicativo do objeto, deverá concordar com
a soma dos elementos, apesar de existirem
gramáticos que admitam a concordância
também com o elemento mais próximo.

Encontrei o operário e a esposa preocupados


com a situação da empresa.
E como diferenciar adjunto adnominal e o
predicativo?

Substituímos o substantivo por um pronome:


todos os adjuntos adnominais que estão ao
redor do substantivo têm de acompanhá-lo
nessa substituição, ou seja, os adjuntos
adnominais desaparecem. Portanto, se o
adjetivo não desaparecer na substituição,
será predicativo.
02) Adjetivo anteposto a dois ou mais
substantivos
Adjunto adnominal
Quando o adjetivo anteposto a dois ou mais
substantivos funcionar como adjunto
adnominal e estiver qualificando todos os
substantivos apresentados, deverá concordar
apenas com o elemento mais próximo.

Trouxe belas rosas e cravos.


Predicativo do sujeito e do objeto
Quando o adjetivo imediatamente anteposto a
dois ou mais substantivos funcionar como
predicativo do sujeito ou do objeto deverá
concordar com a soma dos elementos, apesar de
existirem gramáticos que admitam a
concordância também com o elemento mais
próximo.

Preocupados, o operário e a esposa saíram para o


trabalho.
Encontrei preocupados com a situação da empresa
o operário e a esposa.
03) Dois ou mais adjetivos, modificando um só
substantivo
Quando houver apenas um substantivo
qualificado por dois ou mais adjetivos, há
duas maneiras de se construir a frase:

Ele estuda as línguas inglesa e francesa.


Ele estuda a língua inglesa e a francesa.
Casos especiais
Obrigado / Mesmo / Próprio

Esses três elementos concordam com o


substantivo ou com o pronome a que se
referem, ou seja, se o substantivo for feminino
plural, usam-se mesmas, próprias e obrigadas.
Caso a palavra mesmo significar realmente,
ficará invariável.

Elas mesmas disseram, em coro: Muito obrigadas,


professor.
Os próprios jogadores reconheceram o erro.
As meninas trouxeram mesmo o radialista.
Só / Sós

Essa palavra concordará com o elemento a que


se refere, quando significar sozinho, sozinhos,
sozinha, sozinhas; ficará invariável, quando
significar apenas, somente. A locução a sós é
sempre invariável.
Só as garotas queriam andar sós; os meninos
queriam a companhia delas.
Gosto de estar a sós.
Ele queria só a companhia dela.
Quite / Anexo / Incluso

Esses três elementos concordam com o


substantivo a que se referem.

Deixarei as promissórias quites, para não ter


problemas.
Anexas, seguem as fotocópias dos documentos
solicitados.
Estão inclusos o café da manhã e o almoço.
Meio

Concordará com o elemento a que se referir,


quando significar metade; ficará invariável,
quando significar um pouco, mais ou menos.
Quando formar substantivo composto,
ambos os elementos variarão.

Era meio-dia e meia. Ela estava meio nervosa.


Os meios-fios foram construídos em lugar
errado.
Verbo de ligação + Predicativo do sujeito

Quando o sujeito for tomado em sua generalidade, sem


qualquer determinante, o verbo ser - ou qualquer outro
verbo de ligação - ficará no singular e o predicativo do
sujeito no masculino, singular. Se o sujeito vier
determinado por qualquer palavra, a concordância do
verbo e do predicativo será regular, ou seja, concordarão
com o sujeito em número e pessoa.

Caminhada é bom para a saúde.


Esta caminhada está muito boa.
É proibido entrada
Está proibida a entrada.
Menos / Pseudo
Essas duas palavras são sempre invariáveis.

Houve menos reclamações dessa vez.


As pseudo-escritoras foram desmascaradas.
Muito / Bastante

Quando modificarem substantivo, concordarão


com ele, por serem pronomes indefinidos
adjetivos; quando modificarem verbo, adjetivo,
ou outro advérbio, ficarão invariáveis, por serem
advérbios. Bastante também será adjetivo,
quando significar que basta, que satisfaz.

Bastantes funcionários ficaram bastante


revoltados com a empresa.
Há provas bastantes de sua culpa.
Grama
Quando a palavra grama representar unidade
de massa, será masculina.

Comprei duzentos gramas de queijo.


Possível
Em frases enfáticas, como o mais, o menos, o
melhor, o pior, as mais, os menos, os piores,
as melhores, a palavra possível concordará
com o artigo.

Visitei cidades o mais interessantes possível.


Visitei cidades as mais interessantes possíveis.
Concordância Verbal

O estudo de concordância verbal está ligado ao


estudo do sujeito. Parte-se de uma regra
geral, o verbo concorda com o sujeito. Se o
sujeito estiver no singular, o verbo também o
estará; se o sujeito estiver no plural, o
mesmo acontece com o verbo.
A menina comprou vários presentes no
shopping.
As meninas compraram vários presentes no
shopping.
Casos especiais
Coletivo

Quando o sujeito for um substantivo coletivo,


como, por exemplo, bando, multidão,
matilha, arquipélago, trança, cacho, etc., ou
uma palavra no singular que indique diversos
elementos, como, por exemplo, maioria,
minoria, pequena parte, grande parte,
metade, porção, etc., poderão ocorrer três
circunstâncias:
O coletivo funciona como sujeito, sem
acompanhamento de qualquer restritivo
– verbo no singular.

A multidão invadiu o campo após o jogo.


O coletivo funciona como sujeito,
acompanhado de restritivo no plural – verbo
no singular ou plural.

A multidão de torcedores invadiu / invadiram o


campo após o jogo.
O coletivo funciona como sujeito, sem
acompanhamento de restritivo, e se encontra
distante do verbo – verbo no singular ou
plural.

A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o


campo.
Um milhão, um bilhão, um trilhão:

Com um milhão, um bilhão, um trilhão, o verbo


deverá ficar no singular. Caso surja a
conjunção e, o verbo ficará no plural.

Um milhão de pessoas assistiu ao comício


Um milhão e cem mil pessoas assistiram ao
comício.
Mais de, menos de, cerca de

Quando o sujeito for iniciado por uma dessas


expressões, o verbo concordará com o
numeral que vier imediatamente à frente.

Mais de uma criança se machucou no


brinquedo.
Menos de dez pessoas chegaram na hora
marcada.
Cerca de duzentos mil reais foram roubados.
Quando Mais de um estiver indicando
reciprocidade ou com a expressão repetida, o
verbo ficará no plural.

Mais de uma pessoa agrediram-se.


Nomes próprios no plural

Quando houver um nome próprio usado


apenas no plural, deve-se analisar o
elemento a que ele se refere:
Se for nome de obra, o verbo tanto poderá ficar
no singular, quanto no plural.
Se for nome de lugar - cidade, estado, país... - o
verbo concordará com o artigo; caso não haja
artigo, o verbo ficará no singular.
Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram
Camões.
Os Sertões marca / marcam uma época da
Literatura Brasileira.
Os Estados Unidos comandam o mundo.
Campinas fica em São Paulo.
Os Andes cortam a América do Sul.
Sujeito sendo pronome relativo
Quando o pronome relativo exercer a função de
sujeito, deveremos analisar o seguinte:

Pronome Relativo que: o verbo concordará com o


elemento antecedente.

Fui eu que quebrei a vidraça. (Eu quebrei a


vidraça)
Fomos nós que telefonamos a você. (Nós
telefonamos a você)
Pronome Demonstrativo o, a, os, as + Pronome
Relativo que: o verbo concordará com o
pronome demonstrativo, ficando, então, na
terceira pessoa do singular, ou na terceira
pessoa do plural.

Fui eu o que quebrou a vidraça. (O que quebrou


a vidraça fui eu)
Fomos nós os que telefonaram a você. (Os que
telefonaram a você fomos nós)
Pronome Relativo quem: o verbo ficará na
terceira pessoa do singular.

Fui eu quem quebrou a vidraça. (Quem


quebrou a vidraça fui eu)
Foi ele quem quebrou a vidraça. (Quem
quebrou a vidraça foi ele)
Fomos nós quem quebrou a vidraça. (Quem
quebrou a vidraça fomos nós)
Foram eles quem quebrou a vidraça. (Quem
quebrou a vidraça foram eles)
Pronomes de Tratamento

Os pronomes de tratamento são pronomes de


terceira pessoa, portanto tudo que se referir
a eles deverá estar na terceira pessoa.

Vossa Senhoria deve trazer seus documentos


consigo.
Vossa Excelência tem que se contentar com
seus assessores.
Silepse de Pessoa

Também chamada de concordância ideológica,


a silepse de pessoa é a concordância, não
com a palavra escrita, mas sim com o que ela
significa. Por exemplo, nós somos brasileiros,
portanto, ao utilizarmos a palavra brasileiros,
poderemos concordar o verbo com a ideia
que essa palavra nos evoca - nós – e dizer Os
brasileiros estamos torcendo pelo sucesso da
seleção.
Os professores nos reciclamos anualmente.
(Nós nos reciclamos)
Os alunos deveis estudar mais. (Vós deveis)
Sujeito composto por pessoas diferentes

Se o sujeito for formado por pessoas diferentes (eu, tu,


ele, ela ou você), o verbo ficará no plural,
concordando com a pessoa de número mais baixo na
sequência (1ª, 2ª ou 3ª). Não havendo a 1ª pessoa (eu
ou nós), e havendo a 2ª pessoa (tu ou vós), o verbo
tanto poderá ficar na 2ª pessoa do plural, quanto na
3ª pessoa do plural.

Juvenal e eu passamos as férias em Fernando de


Noronha.
Passei as férias em Fernando de Noronha eu e Juvenal.
Aposto resumidor

O Aposto resumidor é normalmente representado


por pronome indefinido (tudo, nada, ninguém,
alguém, todos...) ou por pronome
demonstrativo (isto, isso, aquilo...), resumindo o
sujeito composto. O verbo, excepcionalmente,
concordará com o aposto resumidor.

Brinquedos, roupas, jogos, nada tirava a angústia


daquele jovem.
Amigos, parentes, companheiros de trabalho,
ninguém se incomodou com sua ausência.
O verbo Ser

A) Quando o verbo ser e o predicativo do


sujeito forem numericamente diferentes (um
no singular, outro no plural), o verbo deverá
ficar no plural.

O vestibular são as esperanças dos estudantes.


Tudo são flores, quando se é criança.
B) Se o sujeito representar uma pessoa ou se
for pronome pessoal, o verbo concordará
com ele.

Aline é as alegrias do namorado.


O Presidente é as esperanças do povo
brasileiro.
C) Se o sujeito for uma quantidade no plural, e
o predicativo do sujeito, palavra ou
expressão como muito, pouco, o bastante, o
suficiente, uma fortuna, uma miséria, o verbo
ficará no singular.

Cem reais é muito, por esse produto.


Duzentos gramas de carne é pouco.
D) Na indicação de horas ou distâncias, o verbo
concordará com o numeral.

Era meio-dia, quando ele chegou.


São duas horas.
É 1h58min.
E) Na indicação de datas, o verbo poderá ficar
no singular, concordando com a palavra dia,
ou no plural, concordando com a palavra
dias.

É 1º de outubro. = É dia 1º de outubro ou É o


primeiro dia de outubro.
É 15 de setembro = É dia quinze de setembro.
São 15 de setembro = São quinze dias de
setembro.
O verbo Haver

O verbo haver é impessoal, no sentido de


existir, de acontecer ou indicando tempo
decorrido; por isso fica na 3ª pessoa do
singular - caso esteja acompanhado de um
verbo auxiliar, formando uma locução verbal,
ambos ficarão no singular. Nos outros
sentidos, concorda com o sujeito.
Havia um mês, nós estávamos à sua procura.
Poderá haver confrontos entre os policiais e os
grevistas.
Os alunos haviam ficado revoltados.
O verbo Fazer

O verbo fazer é impessoal, indicando tempo


decorrido e fenômeno natural; por isso fica
na 3ª pessoa do singular - caso esteja
acompanhado de um verbo auxiliar,
formando uma locução verbal, ambos ficarão
no singular. Nos outros sentidos, concorda
com o sujeito.
Faz três meses que não o vejo.
Faz 35º no verão, em Londrina.
Deve fazer cinco anos que ele morreu.
Os outros verbos impessoais, que também ficam
na terceira pessoa do singular, são os seguintes:

Chove há três dias sem parar.

Passar de, indicando horas:

Já passa das 11h30.


Já passava das oito horas, quando ela chegou.
.

Chegar de e bastar de, no imperativo:

Chega de firulas! Vamos ao assunto.


Basta de conversas, meninos!
Os verbos Dar, Bater e Soar

Concordam com o sujeito, que pode ser:


A) o relógio, a torre, o sino...

O relógio deu quatro horas.


O sino soou cinco horas.

B) as horas.

O numeral que marca as horas funcionará como


sujeito, quando o relógio, a torre, o sino
funcionarem como adjunto adverbial de lugar
- com a preposição em, ou quando eles não
aparecerem na oração.

No relógio, deram quatro horas.


No sino, soaram cinco horas.
Bateram sete horas.
O verbo Parecer + infinitivo

Quando o verbo parecer surgir antes de outro


verbo no infinitivo, duas ocorrências podem
acontecer:
A) Pode ocorrer a formação de uma locução
verbal. Nesse caso, o verbo parecer
concordará com o sujeito, e o verbo no
infinitivo ficará invariável.

As meninas parecem estar nervosas.


Os alunos parecem estudar deveras.
B) Pode ocorrer a formação de um período
composto, com o verbo parecer na oração
principal, invariável, e o verbo no infinitivo,
formando oração subordinada substantiva
subjetiva reduzida de infinitivo, concordando
com o sujeito.

As meninas parece estarem nervosas.


Os alunos parece estudarem deveras.
A Partícula Apassivadora

O verbo na voz passiva sintética, construída com o


pronome se, concorda normalmente com o
sujeito. A maneira mais fácil de comprovar que
a oração está na voz passiva sintética é
passando-a para a voz passiva analítica:

Alugam-se casas.
muda para
Casas são alugadas.
Sempre que for possível essa transformação, o
se será chamado de Partícula Apassivadora.

Entregam-se encomendas. = Encomendas são


entregues por alguém.
Ouviram-se muitas histórias. = Muitas histórias
foram ouvidas.
Sabe-se que ele não virá. = Que ele não virá é
sabido.
O Índice de Indeterminação do Sujeito
O pronome se, sendo índice de indeterminação
do sujeito, deixa o verbo na terceira pessoa
do singular; haverá índice de indeterminação
de sujeito quando surgir na oração verbo
intransitivo, sem sujeito claro; verbo
transitivo indireto, com objeto indireto;
verbo de ligação, com predicativo do sujeito
e verbo transitivo direto, com objeto direto
preposicionado.
Morre-se de fome no Brasil.
Assiste-se a filmes interessantes.
Aqui se está satisfeito.
Respeita-se a professores de português.
Questão de concurso do...
Resposta correta letra d.
Resposta correta letra c.
Regência
Dá-se o nome de regência à relação de
subordinação que ocorre entre um
verbo (ou um nome) e seus
complementos. Ocupa-se em
estabelecer relações entre as palavras,
criando frases não ambíguas, que
expressem efetivamente o sentido
desejado, que sejam corretas e claras.
João não se referiu a detalhes.
REGÊNCIA VERBAL
Termo Regente: VERBO

A regência verbal estuda a relação que se


estabelece entre os verbos e os termos
que os complementam(objetos diretos e
objetos indiretos)
ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
O conhecimento do uso adequado das
preposições é um dos aspectos
fundamentais do estudo da regência
verbal (e também nominal). As
preposições são capazes de modificar
completamente o sentido do que se está
sendo dito.
Para estudar a regência verbal, facilita
agrupar os verbos de acordo com
sua transitividade.
Predicação
ou
Transitividade Verbal
ligação
verbo
direto

transitivo

ação
indireto

intransitivo
Verbos Intransitivos
a) Chegar, Ir
Normalmente vêm acompanhados de
adjuntos adverbiais de lugar. Na língua
culta, as preposições usadas para
indicar destino ou direção são: a, para.

Fui ao teatro.
Chegamos à escola.
Verbos Transitivos Diretos
Os verbos transitivos diretos são
complementados por objetos diretos.
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar,
acompanhar, acusar, admirar, adorar,
alegrar, ameaçar, amolar, amparar,
auxiliar, castigar, condenar, conhecer,
conservar,convidar, defender, eleger,
estimar, humilhar, namorar, ouvir,
prejudicar, prezar, proteger, respeitar,
socorrer, suportar, ver, visitar
Verbos Transitivos Indiretos
Os verbos transitivos indiretos são
complementados por objetos indiretos.
a) Consistir
Tem complemento introduzido pela
preposição "em".

A modernidade
verdadeira consiste em direitos iguais
para todos.
b) Obedecer e Desobedecer:
Possuem seus complementos
introduzidos pela preposição "a".

Devemos obedecer aos nossos


princípios e ideais.
Eles desobedeceram às leis do
trânsito.
c) Responder
Tem complemento introduzido pela
preposição "a". Esse verbo pede objeto
indireto para indicar "a quem" ou "ao
que" se responde.

Respondi ao meu patrão.


Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
d) Simpatizar e Antipatizar
Possuem seus complementos
introduzidos pela preposição "com".

Antipatizo com aquela apresentadora.


Simpatizo com os que condenam os
políticos que governam para uma
minoria privilegiada.
Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos
Há verbos que admitem duas
construções, uma transitiva direta,
outra indireta, sem que isso implique
modificações de sentido.
Abdicar

Abdicou as vantagens do cargo.


Abdicou das vantagens do cargo.
Almejar

Almejamos a paz entre as nações.


Almejamos pela paz entre as nações.
Ansiar

Anseia respostas objetivas.


Anseia por respostas objetivas.
Anteceder

Sua partida antecedeu uma série de fatos


estranhos.
Sua partida antecedeu a uma série de
fatos estranhos.
Atender

Atendeu os meus pedidos.


Atendeu aos meus pedidos.
Consentir

Os deputados consentiram a adoção de


novas medidas econômicas.
Os deputados consentiram na adoção de
novas medidas econômicas.
Necessitar

Necessitamos algumas horas para


preparar a apresentação.
Necessitamos de algumas horas para
preparar a apresentação.
Renunciar

Não renuncie o motivo de sua luta.


Não renuncie ao motivo de sua luta.
Satisfazer

Era difícil conseguir satisfazê-la.


Era difícil conseguir satisfazer-lhe.
Versar

Sua palestra versou o estilo dos


modernistas.
Sua palestra versou sobre o estilo dos
modernistas.
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Os verbos transitivos diretos e indiretos
são acompanhados de um objeto direto
e um indireto.
Agradecer, Perdoar e Pagar

São verbos que apresentam objeto direto


relacionado a coisas e objeto indireto
relacionado a pessoas.

Agradeço aos ouvintes a audiência.

Paguei o débito ao cobrador.


Saiba que:
Com os
verbos agradecer, perdoar e pagar a
pessoa deve sempre aparecer
como objeto indireto, mesmo que na
frase não haja objeto direto.

A empresa não paga aos funcionários


desde setembro.
Já perdoei aos que me acusaram.
Informar

Apresenta objeto direto ao se referir a


coisas e objeto indireto ao se referir a
pessoas, ou vice-versa.

Informe os novos preços aos clientes.


Informe os clientes dos novos preços.
(ou sobre os novos preços)
Comparar

Quando seguido de dois objetos, esse


verbo admite as
preposições "a" ou "com" para
introduzir o complemento indireto.

Comparei seu
comportamento ao (ou com o) de uma
criança.
Pedir

Esse verbo pede objeto direto de coisa


(geralmente na forma de oração
subordinada substantiva) e indireto de
pessoa.

Pedi-lhe favores.
Preferir

Na língua culta, esse verbo deve


apresentar objeto indireto introduzido
pela preposição "a".

Prefiro qualquer coisa a abrir mão de


meus ideais.
Prefiro trem a ônibus.
Na língua culta, o verbo "preferir" deve
ser usado sem termos intensificadores,
tais como: muito, antes, mil vezes, um
milhão de vezes, mais. A ênfase já é
dada pelo prefixo existente no próprio
verbo (pre).
Há verbos que, de acordo com a
mudança de transitividade, apresentam
mudança de significado.
AGRADAR

1) Agradar é transitivo direto no sentido


de fazer carinhos, acariciar.

Sempre agrada o filho quando o revê.


Sempre o agrada quando o revê.
Cláudia não perde oportunidade de
agradar o gato.
AGRADAR

2) Agradar é transitivo indireto no


sentido de causar agrado a, satisfazer,
ser agradável a. Rege complemento
introduzido pela preposição "a".

O cantor não agradou aos presentes.


O cantor não lhes agradou.
ASPIRAR

1) Aspirar é transitivo direto no sentido


de sorver, inspirar (o ar), inalar.

Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o.)


ASPIRAR

2) Aspirar é transitivo indireto no sentido


de desejar, ter como ambição.

Aspirávamos a melhores condições de


vida. (Aspirávamos a elas.)
ASSISTIR

1) Assistir é transitivo direto no sentido


de ajudar, prestar assistência a,
auxiliar.

As empresas de saúde negam-se a


assistir os idosos.
Assistimos numa conturbada cidade.
ASSISTIR
.
2) Assistir é transitivo indireto no sentido
de ver, presenciar, estar presente,
caber, pertencer.

Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
ASSISTIR
.
No sentido de morar, residir, o
verbo "assistir" é intransitivo, sendo
acompanhado de adjunto adverbial de
lugar introduzido pela
preposição "em".

Assistimos numa conturbada cidade.


CHAMAR

1) Chamar é transitivo direto no sentido


de convocar, solicitar a atenção ou a
presença de.

Por gentileza, vá chamar sua prima.


Chamei você várias vezes.
CHAMAR

2) Chamar no sentido de denominar,


apelidar pode apresentar objeto direto
e indireto, ao qual se refere predicativo
preposicionado ou não.

A torcida chamou o jogador mercenário.


A torcida chamou ao jogador
mercenário.
CUSTAR

1) Custar é intransitivo no sentido de ter


determinado valor ou preço, sendo
acompanhado de adjunto adverbial.

Frutas e verduras não deveriam custar


muito.
CUSTAR

2) No sentido de ser difícil, penoso pode


ser intransitivo ou transitivo indireto.

Muito custa viver tão longe da família.


IMPLICAR

1) Como transitivo direto, esse verbo tem


dois sentidos:
a) Dar a entender, fazer supor, pressupor

Suas atitudes implicavam um firme


propósito.
IMPLICAR

b) Ter como consequência, trazer como


consequência, acarretar, provocar

Liberdade de escolha implica


amadurecimento político de um povo.
IMPLICAR

2) Como transitivo direto e indireto,


significa comprometer, envolver

Implicaram aquele jornalista em


questões econômicas.
IMPLICAR

No sentido de antipatizar, ter implicância,


é transitivo indireto e rege com
preposição "com".

Implicava com quem não trabalhasse


arduamente.
PROCEDER

1) Proceder é intransitivo no sentido


de ter fundamento ou agir. Nessa
segunda acepção, vem sempre
acompanhado de adjunto adverbial de
modo.

As afirmações da testemunha procediam,


não havia como refutá-las.
PROCEDER

2) Nos sentidos de ter origem ou dar


início é transitivo indireto.

O avião procede de Maceió.


Procedeu-se aos exames.
O delegado procederá ao inquérito.
QUERER

1) Querer é transitivo direto no sentido


de desejar, ter vontade de, cobiçar.

Querem melhor atendimento.


Queremos um país melhor.
QUERER

2) Querer é transitivo indireto no sentido


de ter afeição, estimar, amar.

Quero muito aos meus amigos.


Ele quer bem à linda menina.
Despede-se o filho que muito lhe quer.
VISAR

1) Como transitivo direto, apresenta os


sentidos de mirar, fazer pontaria e de
pôr visto, rubricar.

O homem visou o alvo. O gerente não


quis visar o cheque.
VISAR

2) No sentido de ter em vista, ter como


meta, ter como objetivo, é transitivo
indireto e rege a preposição "a".

O ensino deve sempre visar ao


progresso social.
Prometeram tomar medidas que
visassem ao bem-estar público.
REGÊNCIA NOMINAL
Regência Nominal é o nome da relação
existente entre um nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio) e os termos
regidos por esse nome. Essa relação é
sempre intermediada por
uma preposição.
Questão de concurso do...
Resposta correta letra d.
Resposta correta letra d.
Crase
A palavra crase provém do grego
(krâsis) e significa mistura. Na língua
portuguesa, crase é a fusão de duas
vogais idênticas, mas essa
denominação visa a especificar
principalmente a contração ou fusão
da preposição a com os artigos
definidos femininos (a, as) ou com os
pronomes demonstrativos a, as,
aquele, aquela, aquilo.
Para saber se ocorre ou não a crase, basta
seguir três regras básicas:

01) Só ocorre crase diante de palavras


femininas, portanto, nunca use o acento
grave indicativo de crase diante de palavras
masculinas.

O sol estava a pino. Sem crase, pois pino


não é palavra feminina.
Ela recorreu a mim. Sem crase, pois mim
não é palavra feminina.
02) Se a preposição a vier de um verbo que
indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair,
comparecer, dirigir-se...), troque este verbo
por outro que indique procedência (vir, voltar,
chegar...); se, diante do que indicar
procedência, surgir da, diante do que indicar
destino, ocorrerá crase; caso contrário, não
ocorrerá crase.

“se vou a, volto da, crase há; se vou a,


volto de, crase pra quê?”
03) Se não houver verbo indicando
movimento, troca-se a palavra feminina por
outra masculina; se, diante da masculina,
surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase;
caso contrário, não ocorrerá crase.

Assisti à peça. Com crase, pois Assisti ao


filme.
Paguei à cabeleireira. Com crase, pois
Paguei ao cabeleireiro.
Respeito as regras. Sem crase, pois
Respeito os regulamentos.
Casos especiais
01) Diante das palavras moda e maneira, das
expressões adverbiais à moda de e à
maneira de, mesmo que as palavras moda e
maneira fiquem subentendidas, ocorre crase.

Fizemos um churrasco à gaúcha.


Comemos bife à milanesa, frango à
passarinho e espaguete à bolonhesa.
Joãozinho usa cabelos à Príncipe Valente.
02) Nos adjuntos adverbiais de modo, de
lugar e de tempo femininos, ocorre crase.

à tarde, à noite, às pressas, às escondidas,


às escuras, às tontas, à direita, à esquerda, à
vontade, à revelia ...
03) Nas locuções prepositivas e conjuntivas
femininas ocorre crase.

à maneira de, à moda de, às custas de, à


procura de, à espera de, à medida que, à
proporção que...
04) Diante da palavra distância, só ocorrerá
crase, se houver a formação de locução
prepositiva, ou seja, se não houver a
preposição de, não ocorrerá crase.

Reconheci-o a distância.
Reconheci-o à distância de duzentos
metros.
05) Diante do pronome relativo que ou da
preposição de, quando for fusão da
preposição a com o pronome demonstrativo
a, as (= aquela, aquelas).

Essa roupa é igual à que comprei ontem.


Sua voz é igual à de um primo meu.
06) Diante dos pronomes relativos a qual, as
quais, quando o verbo da oração
subordinada adjetiva exigir a preposição a,
ocorre crase.

A cena à qual assisti foi chocante. (quem


assiste, assiste a algo)
07) Quando o a estiver no singular, diante de
uma palavra no plural, não ocorre crase.

Referi-me a todas as alunas, sem exceção.


Não gosto de ir a festas
desacompanhado.
08) Nos adjuntos adverbiais de meio ou
instrumento, a não ser que cause
ambiguidade.

Preencheu o formulário a caneta.


Paguei a vista minhas compras.
09) Diante de pronomes possessivos
femininos, é facultativo o uso do artigo,
então, quando houver a preposição a, será
facultativa a ocorrência de crase.

Referi-me a sua professora.


Referi-me à sua professora.
10) Após a preposição até, é facultativo o uso
da preposição a, portanto, caso haja
substantivo feminino à frente, a ocorrência de
crase será facultativa.

Fui até a secretaria.


Fui até à secretaria.
11) A palavra CASA
A palavra casa só terá artigo, se estiver
especificada, portanto só ocorrerá crase
diante da palavra casa nesse caso.

Cheguei a casa antes de todos.


Cheguei à casa de Ronaldo antes de
todos.
12) A palavra TERRA
Significando planeta, é substantivo próprio e
tem artigo, consequentemente, quando
houver a preposição a, ocorrerá a crase;
significando chão firme, solo, só tem artigo,
quando estiver especificada, portanto só
nesse caso poderá ocorrer a crase.

Os astronautas voltaram à Terra.


Os marinheiros voltaram a terra.
Irei à terra de meus avós.
Emprego e formas verbais
VERBO

Do ponto de vista semântico, expressa


ação, estado ou fenômeno.
VERBO

Do ponto de vista sintático, organiza as


orações.
VERBO

Do ponto de vista morfológico, possui


flexões para indicar pessoa, número,
tempo, modo, voz e aspecto.
CATEGORIA DEFINIÇÃO

Indica se a ação é praticada por uma ou mais de uma pessoa.


NÚMERO
Indica se quem pratica a ação é o emissor da mensagem, o
PESSOA destinatário ou uma terceira pessoa.

Tendo como referência o momento em que se fala, essa


TEMPO categoria pode indicar se a ação ocorreu antes, depois ou
concomitantemente à fala.

Indica a maneira como a ação é vista: como real, como


MODO possível, como uma ordem a ser cumprida.

Indica se a ação é praticada pelo sujeito, sofrida pelo sujeito


VOZ ou praticada e sofrida pelo sujeito.

Expressa se o momento em que a ação é representada (seu


ASPECTO início, seu desenrolar ou seu final) e/ou acrescenta-lhe algum
sentido especial, como a ideia de repetição da ação.
Os verbos não apresentam flexão de
gênero, exceto uma das formas
nominais – o particípio, que também
varia em número.

O cachorro foi levado ao pet shop.

A vira lata foi levada ao pet shop.


Classificação dos verbos
CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO EXEMPLO
Regulares: não apresentam estudar,
mudança no radical nem nas vender,
desinências partir
Irregulares: apresentam medir, dar,
mudança no radical e/ou pôr
FORMA mas desinências.
Variação ou não de
Anômalos: apresentam ser, ir
radical e/ou de
grandes mudanças de
desinências
radicais.
Defectivos: não apresentam colorir
conjugação completa.
Abundantes: apresentam haver,
formas equivalentes. imprimir,
morrer
CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO EXEMPLO
Principal: responsável Não quero dizer nada.
pelo significado básico O livro foi impresso.
FUNÇÃO da locução (o último Não estou mentindo.
Em locuções dos verbos da locução)
verbais Auxiliar: responsável Não quero dizer nada.
pelas flexões da O livro foi impresso.
locução (número, Não estou mentindo.
pessoa, tempo)
CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO EXEMPLO
Primitivo: um único ter, pôr, dizer
radical

FORMAÇÃO Derivado: um radical manter,


Considera os precedido de prefixo repor,
radicais predizer
presentes no Simples: um radical luzir
verbo apenas
Composto: mais de um tremeluzir
radical
Vozes verbais
Voz ativa

Sujeito agente, exerce a ação verbal.

Ana estuda português para o concurso.


Voz passiva

Sujeito paciente, sofre ou recebe a ação


verbal.

O presente foi entregue ao aniversariante.


Voz passiva

A voz passiva pode ser analítica ou


sintética.
Voz passiva

Analítica: verbo auxiliar ser seguido do


particípio do verbo principal.

O presente foi entregue ao aniversariante.


Voz passiva

Sintética ou pronominal: verbo principal


em 3ª pessoa, acompanhado do
pronome apassivador se.

Entregou-se o presente.
Voz reflexiva

Sujeito agente e paciente, pratica e sofre


a ação.

A filha do motorista feriu-se.


A voz reflexiva pode ser recíproca.

As meninas pentearam-se.
Locução verbal
São conjuntos de verbos que, em uma
sentença, desempenham papel
equivalente ao de um verbo apenas.
O último verbo, chamado principal, surge
sempre numa de suas formas nominais;
as flexões de tempo, modo, número e
pessoa ocorrem nos verbos auxiliares.
A locução verbal é também
chamada conjugação perifrástica.
São constituídas de verbos auxiliares
mais gerúndio ou infinitivo.
Formação e emprego dos tempos e
modos verbais
São nove os tempos verbais
considerados simples.
Modo indicativo

Presente
Pretérito perfeito
imperfeito
mais que perfeito
Futuro do presente
do pretérito
Modo subjuntivo

Presente
Pretérito Imperfeito
Futuro
São sete os tempos verbais
considerados compostos.
Modo indicativo

Pretérito perfeito
mais que perfeito
Futuro do presente
do pretérito
Modo subjuntivo

Pretérito perfeito
mais que perfeito
Futuro
Formação dos tempos simples
Os tempos simples apresentam três
tempos primitivos: o presente do
indicativo, o pretérito perfeito do
indicativo e o infinitivo impessoal. Os
demais tempos verbais são formados
com base nesses três.
Tempos derivados do presente do
indicativo:

1) Presente do subjuntivo
2) Imperativo afirmativo
3) Imperativo negativo
Presente do Imperativo Imperativo negativo
subjuntivo afirmativo
Que eu estude -------- ---------
Que tu estudes Estuda tu Não estudes tu
Que ele estude Estude você Não estude você
Que nós estudemos Estudemos nós Não estudemos nós
Que vós estudeis Estudai vós Não estudeis vós
Que eles estudem Estudem vocês Não estudem vocês
Tempos derivados do pretérito perfeito
do indicativo

1) Pretérito mais que perfeito do


indicativo
2) Pretérito imperfeito do subjuntivo
3) Futuro do subjuntivo
Pretérito mais Pretérito Futuro do subjuntivo
que perfeito do imperfeito do
indicativo subjuntivo
Eu estudara Se eu estudasse Quando eu estudar
Tu estudaras Se tu estudasses Quando tu estudares
Ele estudara Se ele estudasse Quando ele estudar
Nós estudáramos Se nós Quando nós
estudássemos estudarmos
Vós estudáreis Se vós Quando vós
estudásseis estudardes
Eles estudaram Se eles Quando eles
estudassem estudarem
Tempos derivados do infinitivo
impessoal
(todos do modo indicativo)

1) Pretérito imperfeito
2) Futuro do presente
3) Futuro do pretérito
Pretérito Futuro do Futuro do pretérito
imperfeito presente
Eu estudava Eu estudarei Eu estudaria
Tu estudavas Tu estudarás Tu estudarias
Ele estudava Ele estudará Ele estudaria
Nós estudávamos Nós estudaremos Nós estudaríamos
Vós estudáveis Vós estudareis Vós estudaríeis
Eles estudavam Eles estudarão Eles estudariam
O infinitivo pessoal é formado pelo tema
do verbo mais a desinência –r

estudar estuda + r
O gerúndio é formado pelo acréscimo de
–ndo ao tema.

estudando estuda + ndo


O particípio é formado pelo acréscimo de
–ado ao radical, para verbos de 1ª
conjugação e –ido para verbos de 2ª e
3ª conjugação.

estudado estud + ado


Tempos compostos
São formados pelos auxiliares ter ou
haver mais o particípio do verbo
principal.
Modo Indicativo
TEMPO FORMAÇÃO
Pretérito perfeito Presente do Indicativo do verbo
auxiliar mais o particípio do verbo
principal.
Pretérito mais Pretérito imperfeito do indicativo do
que perfeito verbo auxiliar mais o particípio do
verbo principal.

Futuro do Futuro do presente do indicativo do


presente verbo auxiliar mais o particípio do
verbo principal.
Futuro do Futuro do pretérito do indicativo do
pretérito verbo auxiliar mais o particípio do
verbo principal.
Modo Subjuntivo
TEMPO FORMAÇÃO
Pretérito perfeito Presente do Subjuntivo do verbo
auxiliar mais o particípio do verbo
principal.
Pretérito mais Pretérito imperfeito do Subjuntivo
que perfeito do verbo auxiliar mais o particípio do
verbo principal.

Futuro Futuro do Subjuntivo do verbo


auxiliar mais o particípio do verbo
principal.
Formas nominais
TEMPO FORMAÇÃO
Infinitivo Infinitivo impessoal do verbo auxiliar
Impessoal mais o particípio do verbo principal.

Infinitivo pessoal Infinitivo pessoal do verbo auxiliar


mais o particípio do verbo principal.

Gerúndio Gerúndio do verbo auxiliar mais o


particípio do verbo principal.
Colocação Pronominal
Fernanda, quem te contou isso?
Fernanda, contaram-te isso?
Próclise

Na próclise, o pronome surge antes do


verbo.
a) Nas orações que contenham uma
palavra ou expressão de valor
negativo.

Ninguém o apoia.
Nunca se esqueça de mim.
Não me fale sobre este assunto.
b) Nas orações em que haja advérbios e
pronomes indefinidos, sem que exista
pausa.

Aqui se vive. (advérbio)


Tudo me incomoda nesse lugar.
(pronome indefinido)
Caso haja pausa depois do advérbio,
emprega-se ênclise.
Por Exemplo:
Aqui, vive-se.
c) Nas orações iniciadas por pronomes e
advérbios interrogativos.

Quem te convidou para sair?


(pronome interrogativo)
Por que a maltrataram?
(advérbio interrogativo)
d) Nas orações iniciadas por palavras
exclamativas e nas optativas (que
exprimem desejo).

Como te admiro! (oração exclamativa)


Deus o ilumine! (oração optativa)
e) Nas conjunções subordinativas:

Ela não quis a


blusa, embora lhe servisse.

É necessário que o traga de volta.


Comprarei o relógio se me for útil.
f) Com gerúndio precedido de
preposição "em".

Em se tratando de negócios, você


precisa falar com o gerente.
Em se pensando em descanso, pensa-
se em férias.
g) Com a palavra "só" (no sentido de
"apenas", "somente") e com as
conjunções coordenativas alternativas.

Só se lembram de estudar na véspera


das provas.
Ou se diverte, ou fica em casa.
h) Nas orações introduzidas por
pronomes relativos.

Foi aquele colega quem me ensinou a


matéria.
Há pessoas que nos tratam com
carinho.
Aqui é o lugar onde te conheci.
Mesóclise
Emprega-se a mesóclise quando o verbo
estiver no futuro do presente ou no
futuro do pretérito do indicativo, desde
que não se justifique a próclise. O
pronome fica intercalado ao verbo.

Falar-lhe-ei a teu respeito. (Falarei + lhe)


Procurar-me-iam caso precisassem de
ajuda. (Procurariam + me)
a) Havendo um dos casos que justifique
a próclise, desfaz-se a mesóclise.

Tudo lhe emprestarei, pois confio em


seus cuidados.
(O pronome "tudo" exige o uso de
próclise.)
b) Com esses tempos verbais (futuro do
presente e futuro do pretérito) jamais
ocorre a ênclise.
c) A mesóclise é colocação exclusiva da
língua culta e da modalidade literária.
Ênclise

A ênclise pode ser considerada a


colocação básica do pronome, pois
obedece à sequência verbo-
complemento. Assim, o pronome surge
depois do verbo.
a) Nos períodos iniciados por verbos
(desde que não estejam no tempo
futuro), pois, na língua culta, não se
abre frase com pronome oblíquo.

Diga-me apenas a verdade.


Importava-se com o sucesso do
projeto.
b) Nas orações reduzidas de infinitivo.

Convém confiar-lhe esta


responsabilidade.
Espero contar-lhe isto hoje à noite.
c) Nas orações reduzidas de gerúndio
(desde que não venham precedidas de
preposição "em".)

A mãe adotiva ajudou a criança, dando-


lhe carinho e proteção.
O menino gritou, assustando-se com o
ruído que ouvira.
d) Nas orações imperativas afirmativas.

Fale com seu irmão e avise-o do


compromisso.
Professor, ajude-me neste exercício!
Observações:

1) A posição normal do pronome é a


ênclise. Para que ocorra a próclise ou a
mesóclise é necessário haver
justificativas.
Observações:

2) A tendência para a próclise na língua


falada atual é predominante, mas
iniciar frases com pronomes átonos
não é lícito numa conversação formal.

Linguagem Informal: Me alcança a caneta.


Linguagem Formal: Alcança-me a caneta.
Observações:
3) Se o verbo não estiver no início da
frase, nem conjugado nos
tempos Futuro do Presente ou Futuro
do Pretérito, é possível usar tanto a
próclise como a ênclise.

Eu me machuquei no jogo.
Eu machuquei-me no jogo.
Colocação dos Pronomes Oblíquos
Átonos nas Locuções Verbais
As locuções verbais podem ter o verbo
principal no infinitivo, no gerúndio ou no
particípio.
1) Verbo Principal no Infinitivo ou
Gerúndio

a) Sem palavra que exija a próclise:


Geralmente, emprega-se o pronome após
a locução.

Quero ajudar-lhe ao máximo.


1) Verbo Principal no Infinitivo ou
Gerúndio

b) Com palavra que exija próclise:


O pronome pode ser colocado antes ou
depois da locução.

Nunca me viram cantar. (antes)


Não pretendo falar-lhe sobre negócios.
(depois)
Observações:

1) Quando houver preposição entre o


verbo auxiliar e o infinitivo, a colocação
do pronome será facultativa.

Nosso filho há de encontrar-se na


escolha profissional.
Nosso filho há de se encontrar na
escolha profissional.
Observações:

2) Com a preposição "a" e o pronome


oblíquo "o" (e variações) o pronome
deverá ser colocado depois do
infinitivo.

Voltei a cumprimentá-los pela vitória na


partida.
2) Verbo Principal no Particípio
Estando o verbo principal no particípio, o
pronome oblíquo átono não poderá vir
depois dele.

As crianças tinham-se perdido no


passeio escolar.
a) Se não houver fator que justifique a
próclise, o pronome ficará depois do
verbo auxiliar.

Seu rendimento escolar tem-


me surpreendido.
b) Se houver fator que justifique a
próclise, o pronome ficará antes da
locução.

Não me haviam avisado da prova que


teremos amanhã.
Na língua falada, é comum o uso da
próclise em relação ao particípio.

Haviam me convencido com aquela


história.
Não haviam me mostrado todos os
cômodos da casa.
Pontuação
Ponto-final (.) - usado no final de frases
declarativas, de orações ou de
períodos. Marca pausas longas.

Anita viajou para Santos. Levou consigo


todas as suas joias.
Vírgula (,) - usado para marcar pausas de
breve duração entre os termos de
oração e entre orações de um mesmo
período. Nos casos mais comuns
usamos a vírgula para separar:
Ponto-e-vírgula (;) - usado para marcar
pausa maior que a da vírgula e menor
que a do ponto-final.Aparece mais para
separar:
a) orações de períodos compostos muito
longos:

Se o homem peca nos maus passos,


paguem os pés;se peca nas más obras,
paguem as mãos; se peca nas más
palavras, pague a língua...
b) separar itens que constituem uma lei, um
decreto, uma portaria, um relatório, um
regulamento, uma instrução normativa.

"O vocabulário conterá:


- o formulário ortográfico;
- o vocabulário comum;
- o registro de abreviaturas."
Dois-pontos (:) - pausa maior que a da
vírgula e serve para:
a) Introduzir a fala do interlocutor (neste
caso, usa-se também o travessão).

Maria disse:
— Vou embora, José.
b) Introduzir uma citação.

Como diria meu pai :"Seja honesto e


tudo sairá sempre bem.".
c) Introduzir uma enumeração
explicativa.

Para a viagem não podemos nos


esquecer de levar: blusas, repelentes,
lanternas, colchonetes e escovas de
dentes.
Ponto de interrogação (?) - usado nas
frases interrogativas, indicando uma
mudança na entonação.

Você voltará ainda hoje?


A interrogação indireta dispensa o uso
do ponto de interrogação.

Ainda quero saber se voltará hoje.


Ponto de exclamação (!) - usado nas
frases exclamativas.

Ué! Você não volta hoje?


Todos para o chão! É um assalto!
Reticências (...) - indicam interrupção da
fala. Empregam-se para:
a) Indicar que o sentido vai além do que
já foi expresso.

Se você não voltar já aqui...


b) Indicar uma dúvida ou hesitação.

Ou ele está preso ou está morto...


c) Indicar que algumas partes de uma
citação foram suprimidas. Nesse caso
aparecem entre parênteses.

"Maria Rita voltou à sala. Seu padrinho a


esperava perto da porta. Sua mãe
hesitou em entregá-la de imediato (...) e
quando todos se despediram, ela foi a
única que conteve o choro."
Parênteses ( ) – são utilizados nos
seguintes casos:

a) para fazer um comentário ou


explicação a respeito do que se
escreve:

O Pedro (aquele que conhecemos no


cinema) fará aniversário hoje!
b) Indicar informações bibliográficas,
como: o autor, o nome da obra, o ano
de publicação, a cidade, a página, etc.:
"Dos diversos instrumentos
utilizados pelo homem, o mais
espetacular é sem dúvida, o livro. (...)O
livro, porém, é outra coisa: o livro é
uma extensão da memória e da
imaginação" (Jorge Luís Borges. O livro.
Humanidades, Brasília : Universidade de Brasília,
v.1, nº 1, p. 15, Out./dez. 1982 ).
c) em roteiros teatrais, explicita as ações
das personagens:

João – Onde você estava?


Maria – Na padaria. Fui comprar um
sonho para você.
João – Hum...que delícia...mas meu
maior sonho eu já tenho: você!
(Saem abraçados pela direita)
d) delimita intercalações dentro de um
período.

São Paulo (maior cidade do Brasil) é uma


metrópole de contrastes.
e) Delimitar o período de vida de uma
pessoa.

Carlos Drummond de Andrade


(1902 – 1986).
f) Indicar possibilidades alternativas de
leitura.

Prezado(a) usuário(a).
Aspas (“ ”) – são utilizados geralmente
para enfatizar determinada palavra em
um texto ou mesmo fazer alguma
citação.
Empregam-se aspas para:
a) para indicar início e fim de uma
citação, de modo a diferenciá-la do
restante do texto:

É como o poeta dizia “Qualquer ideia


que te agrade, por isso mesmo é tua”.
b) para salientar palavras estrangeiras ou
gírias:

Hoje estou meio “down”.


c) para realçar o valor significativo de
uma palavra ou expressão:

A moda entre os apaixonados por


atividades físicas é a “zumba”.
d) para isolar ideias, pensamentos ou
falas de personagens de um texto:

Juliana sorriu, e junto ao sorriso um


pensamento “Sabia que conseguiria”...
Travessão ( – ) maior que um hífen, o
travessão tem uso bastante expressivo.
É utilizado para:
a) indicar, nos diálogos, a fala ou a
mudança de interlocutor.

Karin passou a mão nos cabelos


encharcados de mansinho e tomou
mais vodca.
– Fala alguma coisa.
– Você gosta de versos e eu só tenho
prosa.
Antonio Callado
b) distinguir os comentários do narrador
nas falas das personagens.

Simpatia não se impõe – empregava um


tom e humildade – eu respeito muito
esse sentimento secreto e
humaníssimo.
Marques Rebelo
c) dar mais ênfase a certas expressões
ou chamar a atenção do leitor.

Era vermelho, de malha, botões


dourados – a última moda.
Marques Rebelo

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