Você está na página 1de 20

COLEÇÃO EBOOK

EBOOK DISPENSA DE LICITAÇÃO


Com ênfase na prática

AUTORA FLAVIA DANIEL VIANNA

Vianna e Consultores desde 1989


www.viannaconsultores.com.br

viannalicitacao.blogspot.com.br
AUTORA FLAVIA DANIEL VIANNA

1. Advogada especialista e instrutora na área das licitações e contratos administrativos;


2. Pós-graduada em Direito Administrativo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC/SP);
3. Coordenadora Técnica e consultora jurídica da Vianna & Consultores Associados Ltda;
4. Autora das seguintes obras:
● Livro: “Ferramenta contra o Fracionamento Ilegal de Despesa – A União do Sistema de
Registro de Preços e a Modalidade Pregão” – Ed. Scortecci – 2009 –SP
● Livro “Manual do Sistema de Registro de Preços (SRP)” – Ed. Synergia - 2015
● “Coletânea de Jurisprudências referentes à matéria das Licitações e Contratações
Administrativas” –Ed. Vianna – 2004 – SP (Esgotada)
● Coleção E-book “Pregão Eletrônico – com ênfase na prática” (prelo)
5. Co-autora das obras:
● Livro: “Subsídios para Contratação Administrativa” – Editora INGEP – 2011 – SP.
● Livro: “Subsídios para Contratação Administrativa” – Legislação Essencial e Questões
Práticas – Volume 1 – Editora INGEP – 2012 – Porto Alegre.
● Livro: Licitação com micros e pequenas empresas – Atualizado pela LC 147/2014 – 2015 –
SP.
● Livro: Licitações Públicas – Homenagem ao jurista Jorge Ulisses Jacoby Fernandes – Editora
NP, 2016
6. Autora dos cursos online (a distância) desenvolvido pela Vianna & Consultores, disponíveis
em www.viannaconsultores.com.br
7. Autora de dezenas de artigos científicos, publicados em periódicos e revistas especializadas
no tema e E-books sobre Licitações e Contratos Administrativos.
8. Integrante do Comitê Técnico da Revista Síntese Licitações, Contratos e Convênios, da
Editora IOB.
9. Articulista/Colaboradora Permanente dos principais periódicos do Brasil e Colunista de
Revistas Especializadas sobre Licitações e Contratos Administrativos
Sumário
1) CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO
PÁGINA 04

2) O QUE É DISPENSA DE LICITAÇÃO?


PÁGINA 05

3) DISPENSA POR PEQUENO VALOR (art. 24, I e II)


PÁGINA 06

4) DISPENSA EM RAZÃO DE EMERGÊNCIA OU CALAMIDADE


PÚBLICA (24, IV)
PÁGINA 08

5) LICITAÇÃO DESERTA (24, V)


PÁGINA 10

6) LICITAÇÃO FRACASSADA EM FUNÇÃO DOS VALORES (24,


VII)
PÁGINA 12
7) REMANESCENTE DE OBRA, SERVIÇO OU FORNECIMENTO.
PÁGINA 13
8) PARA GÊNEROS PERECÍVEIS (24, XII)
PÁGINA 14

9) AQUISIÇÃO OU RESTAURAÇÃO DE OBRA DE ARTE (24, XV)


PÁGINA 15
10) PROCESSO DA DISPENSA DE LICITAÇÃO
PÁGINA 15
11) Simplificação do Processo nas Compras por pequeno Valor
(24, I e II)
PÁGINA 18
1) CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO

A regra é sempre a Administração licitar quando precisar


comprar bens, contratar serviços ou edificar obras (artigos 37,
inc. XXI; 175, caput, da Lei Maior e art. 2º da Lei nº 8.666/93). Os
casos de contratação direta são exceções, as quais a
contratação é feita sem competitividade, respeitado claro um
processo.
Isso quer dizer que a Lei traz casos em que a Licitação
não será necessária para compras, serviços ou obras? Isso
mesmo! Então a Administração pode contratar diretamente os
fornecedores sempre que quiser? Não! Apenas nos casos que
a própria Lei determina que não será necessário efetuar a
licitação. E nesses casos a contratação será informal, sem
necessidade de burocracias? Também não! Existe todo um
processo e fases a serem respeitados, é o que veremos no
Ebook de hoje.
Os casos de contratação direta dividem-se em licitação
dispensada (art. 17, incisos I e II da Lei 8.666/93), dispensável ou
dispensa de licitação (art. 24) e inexigível (art. 25).

Neste ebook vamos verificar as principais hipóteses de


dispensa de licitação.
2) O QUE É DISPENSA DE LICITAÇÃO?

São hipóteses legais em que é facultada à Administração


dispensar a licitação, se assim lhe convier. Isso significa que
em alguns casos, em tese, até seria possível fazer uma
licitação, porém o legislador faculta a contratação direta por
entender que o interesse público estará resguardado nas
hipóteses que determina.

Isso quer dizer que a dispensa de licitação encontra-se


prevista nos incisos do art. 24 da Lei nº 8.666/93, sendo que nesses
casos o legislador facultou dispensar a licitação, ainda que em tese
exista a possibilidade de competição (o que não existe na licitação
inexigível do art. 25, pois na inexigibilidade fala-se em inviabilidade
ou impossibilidade de competição).

É por isso que o rol de dispensa de licitação (art.24) é


taxativo, exaustivo (não pode Lei Estadual ou Municipal
aumentar seu leque). Ou seja, para poder utilizar a dispensa de
licitação, o agente público precisa identificar se seu caso
encontra-se em alguns dos incisos do art. 24, caso negativo,
não poderá dispensar, precisando fazer a licitação.

Vamos ver as principais hipóteses?


3) DISPENSA POR PEQUENO VALOR (art.
24, I e II)

São aquelas que o legislador considerou não ser justificável a


abertura da licitação em vista do custo para abertura e
concretização do procedimento licitatório, para contratações de
pequena monta:

No art. 24, incisos I, II e parágrafo único, encontramos a


hipótese de contratação por pequeno valor, sendo dispensável a
licitação até:
- R$ 15.000,00 para obras e serviços de engenharia
- R$ 8.000,00 para compras e outros serviços

Ou no caso da licitação ser realizada por consórcio público,


“sociedade de economia mista, empresa pública”* e autarquias e
fundações qualificadas como agências executivas, os valores são
dobrados (art. 24, §1º):
- R$ 30.000,00 para obras e serviços de engenharia;
- R$ 16.000,00 para compras e outros serviços.

*A Lei 13.303/16 que trouxe o Estatuto Jurídico das Estatais


(empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, tanto exploradoras de atividade econômica quanto
prestadoras de serviços públicos), alterou para estas pessoas os
limites acima previstos, sendo os seguintes:

Art. 29. É dispensável a realização de licitação


por empresas públicas e sociedades de economia
mista:
I - para obras e serviços de engenharia de valor
até R$ 100.000,00 (cem mil reais), desde que não
se refiram a parcelas de uma mesma obra ou
serviço ou ainda a obras e serviços de mesma
natureza e no mesmo local que possam ser
realizadas conjunta e concomitantemente; (clique
aqui para baixar o ebook de licitação para obras e
serviços de engenharia)

II - para outros serviços e compras de valor até


R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e para
alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde
que não se refiram a parcelas de um mesmo
serviço, compra ou alienação de maior vulto que
possa ser realizado de uma só vez;

Ainda, nesses casos pela nova redação da LC 123/06 (clique


aqui para baixar o ebook da LC 123 passo a passo) dada pela LC
147/14, apenas as pessoas beneficiadas por esta legislação terão
preferência nas contratações diretas por pequeno valor
(microempresas e empresas de pequeno porte, agricultor
familiar, produtor rural pessoa física, microempreendedor
individual - MEI e sociedades cooperativas de consumo).

A contratação apenas não se realizará com as ME/EPPs


caso fique comprovada uma das causas que justificam o
afastamento do tratamento diferenciado, consoante art. 49 da LC
123/06 e art. 10 do Decreto Federal 8.538/2015.

Por fim, na esfera federal, os casos do art. 24, II da Lei nº


8.666/93 (ou seja, contratação por pequeno valor para compras e
outros serviços que não sejam de engenharia), deverá ser efetuada
cotação eletrônica de preços (Portaria 306/01- MPOG), que é um
procedimento que ocorre no sistema do Comprasgovernamentais,
permitindo que os fornecedores cadastrados do ramo do objeto
sejam notificados e possa, se quiserem, apresentar proposta
eletrônica para a dispensa, com sessão de lances eletrônicos de no
mínimo 4 horas.

4) DISPENSA EM RAZÃO DE EMERGÊNCIA


OU CALAMIDADE PÚBLICA (24, IV)

Vamos supor que em função de uma tempestade, o teto


de uma escola municipal desabou. Ou uma epidemia toma
conta de uma cidade ou Estado.

Neste caso, está em risco a segurança de pessoas, obras,


serviços, equipamentos, quando não será possível aguardar o
demorado procedimento de licitação, sob pena de causar prejuízos
irreparáveis.

Nos autos do processo deverá existir a comprovação dos


fatos que determinam a situação de emergência ou calamidade
pública, ou seja, precisa comprovar que, de fato, trata-se de uma
situação emergencial ou de calamidade pública.

No caso de emergência, é o próprio administrador público que


declara a situação (ex.: falta de medicamentos em um hospital).

Por outro lado, a calamidade pública é uma situação


emergencial de maiores proporções, atingindo de forma grave toda
aquela comunidade de uma cidade ou Estado (ex. o ocorrido na
cidade de Mariana em 2015, com a lama que causou a situação
calamitosa) e, por isso, depende de uma manifestação do Poder
Executivo (uma declaração do Prefeito ou Governador) .
Além disso, a contratação direta somente poderá ser efetuada
para os bens essenciais ao atendimento da situação calamitosa ou
emergencial (ex.: no exemplo do teto da escola que desaba, a
contratação será feita apenas para esta reparação, não pode
“aproveitar” contratar diretamente obras no pátio que não foi
atingido e permanece intacto).

O legislador traz também, um prazo de 180 dias para


conclusão da contratação emergencial, pois considerou que
neste prazo é possível instaurar licitação para solucionar em
definitivo o problema.

Assim, via de regra, sendo compra a entrega é imediata.


No caso de serviços ou obras, o contrato não poderá ter
duração maior que 180 dias.
5) LICITAÇÃO DESERTA (24, V)

Será deserta a licitação na qual não houve o


comparecimento de nenhum interessado, nem um único
licitante.

Caso isto ocorra, antes de aplicar o dispositivo, o órgão


licitante deverá verificar se o instrumento convocatório trouxe
alguma exigência responsável pelo desinteresse dos fornecedores
(alguma exigência de habilitação ou referente ao objeto, alguma
cláusula restritiva responsável pelo desinteresse); caso identifique,
deverá corrigir o erro e reabrir a licitação (reabertura integral do
prazo e publicação do novo edital).

Por exemplo, o edital exigiu amostra de todos os


licitantes na fase de classificação, sendo que o valor para
confeccionar uma única amostra no caso concreto seja de 7
mil Reais. Claro que os licitantes ficarão desinteressados,
afinal, para que incidir num custo tão alto se nem sabem se vão
vencer a licitação?

É por isso que o Tribunal de Contas da União orienta a


apenas solicitar amostra do primeiro colocado, devendo o edital se
adequar a isso.

Entretanto, se o órgão não localiza nenhum erro, nenhuma


cláusula restritiva, para que seja dispensada a licitação, será
necessário o atendimento a três requisitos:
1- Deverá ter existido licitação anterior na qual não
compareceu nenhum licitante (ausência total de
interessados).

2- Comprovar que, repetir a licitação, causaria prejuízos


para a Administração.

3- Manter todos os requisitos e exigências existentes no


edital que resultou deserto (nada pode ser mudado).
6) LICITAÇÃO FRACASSADA EM FUNÇÃO
DOS VALORES (24, VII)

No caso de todas as propostas apresentadas em


determinada licitação, encontrarem-se manifestamente
superiores aos valores praticados no mercado, a contratação
direta poderá ocorrer desde que atendidos aos seguintes
requisitos:

a) Aplicar o previsto no §3º do art. 48 da Lei nº 8.666/93,


ou seja, conceder para todos os proponentes prazo de
8 dias úteis para que todos reapresentem as
propostas com novos preços. Apenas se nesta
segunda oportunidade todos os licitantes tornarem a
reapresentar as propostas com valores exorbitantes
que a Administração poderá contratar diretamente por
valor compatível com o de mercado.

b) O dispositivo não se aplica a obras.

ATENÇÃO: Importante advertência, nos casos da licitação ter


sido deserta (inc. V) ou fracassada com fundamento no valor
(inc. VII), se esses acontecimentos foram resultantes de uma
licitação na modalidade CONVITE (clique aqui para ver a
modalidade convite passo a passo), não pode ser aplicada a
dispensa, em função de outros requisitos que devem ser
seguidos no caso do convite (a exemplo de, não se obtendo
três propostas válidas, regra geral, repetir o certame).
Tal orientação é da própria AGU, pela qual:

ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 1º DE


ABRIL DE 2009
NÃO SE DISPENSA LICITAÇÃO, COM
FUNDAMENTO NOS INCS. V E VII DO ART. 24
DA LEI NO 8.666, de 1993, CASO A LICITAÇÃO
FRACASSADA OU DESERTA TENHA SIDO
REALIZADA NA MODALIDADE CONVITE.

7) REMANESCENTE DE OBRA, SERVIÇO


OU FORNECIMENTO.

Dispõe o art. 24, XI, da Lei 8666:

“XI - na contratação de remanescente de obra,


serviço ou fornecimento, em consequência de
rescisão contratual, desde que atendida a ordem
de classificação da licitação anterior e aceitas as
mesmas condições oferecidas pelo licitante
vencedor, inclusive quanto ao preço,
devidamente corrigido”.

Essa hipótese de dispensa serve, então, para dar


continuidade a um contrato que iniciou, mas não foi concluído.

Observe que existiu uma licitação, uma empresa venceu e foi


contratada. Porém, iniciada a execução do contrato, por algum
motivo, não o termina (rescisão contratual).

Nesta hipótese, poderá a Administração convocar os


remanescentes da licitação anterior para, se quiserem, contratar em
iguais condições fornecidas pelo vencedor (quer dizer, ao preço do
primeiro).

Obviamente que, como a contratação só poderá ser


formalizada ao preço do vencedor (valor do contrato), o
remanescente não é obrigado a aceitar a contratação. Caso
nenhum remanescente aceite, só restará à Administração
promover novo certame.

8) PARA GÊNEROS PERECÍVEIS (24, XII)

A hipótese é estabelecida pelo inc. XII, a saber:

XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e


outros gêneros perecíveis, no tempo necessário
para a realização dos processos licitatórios
correspondentes, realizadas diretamente com
base no preço do dia;

A regra para compra de gêneros perecíveis, é a licitação


com entrega parcelada. A exceção, para aplicação da
contratação direta neste caso, é em relação aos gêneros
perecíveis com prazos de consumo exíguo cuja demanda não
englobava o planejamento, não prevista, imprevisível.

Apenas nestes casos para a demanda imprevisível se


utiliza o dispositivo enquanto, efetua a nova licitação para
compra pelo meio oficial.
9) AQUISIÇÃO OU RESTAURAÇÃO DE
OBRA DE ARTE (24, XV)

É permitida a compra ou restauração de obra de arte e


objetos históricos, desde que possuam autenticidade certificada (ou
seja, comprovação de que o objeto não é falso) e exista
compatibilidade com as finalidades do órgão/entidade.

Veja, então, que apenas pode-se utilizar deste dispositivo


órgãos como Museus, fundações culturais, Ministério da Cultura.
Apenas esses órgãos/entidades atendem ao requisito final do inc.
XV.

10) PROCESSO DA DISPENSA DE


LICITAÇÃO
No inicio do Ebook comentamos que mesmo nos casos de
dispensa, não pode simplesmente o agente público ligar para o
fornecedor, pedir para que ele entregue o produto, pague e pronto.

Existe um processo com fases a serem respeitadas. Existe,


claro, uma simplificação desse processo nos casos de dispensa por
pequeno valor ( art. 24, incisos I e II)

Esse processo deve observar regras mínimas (como art. 26


da Lei nº 8.666/93 e, no que couber, o art. 38, Lei nº 8666
(conforme Decisão 233/1996-1ªCâmara-TCU).

Em síntese, os atos do processo de contratação direta são


os seguintes:
1) Abertura do processo administrativo (autuado, protocolado e
numerado

2) Requisição do objeto – Solicitação da compra, serviço ou


obra pelo setor responsável ou pelo setor requisitante.

3) Elaboração do Projeto Básico (obras e serviços) ou


adequada caracterização do objeto (compras)

4) Justificativa da necessidade e Demonstração dos requisitos


para a contratação
A situação de dispensa deve ficar claramente identificada e
indicar qual dispositivo se refere, juntando todos os
documentos para essa justificativa, indicando quais foram as
razões que levaram a Administração a contratar o fornecedor
“x” e justificar o preço, por pesquisa de mercado (pesquisa
externa).

Sobre esse assunto, o TCU proferiu o seguinte entendimento:


Acórdão 1565/2015 Plenário
A justificativa do preço em contratações diretas
(art. 26, parágrafo único, inciso III, da Lei
8.666/93) deve ser realizada, preferencialmente,
mediante: (i) no caso de dispensa, apresentação
de, no mínimo, três cotações válidas de
empresas do ramo, ou justificativa
circunstanciada se não for possível obter essa
quantidade mínima; (ii) no caso de inexigibilidade,
comparação com os preços praticados pelo
fornecedor junto a outras instituições públicas ou
privadas.

5) Previsão/indicação dos recursos orçamentários


6) Emissão de parecer técnico ou jurídico (38,VI).
7) Autorização da autoridade competente
-no caderno de competências deve ser definido quem instrui o
processo de contratação direta e quem é a autoridade competente
para autorizar a contratação.

8) Comunicação à autoridade superior para RATIFICAÇÃO E


PUBLICAÇÃO DO ATO DE DISPENSA/INEXIGIBILIDADE
O ato administrativo que autoriza a contratação direta deve ser
comunicado no prazo de 3 dias (contados da sua emissão) à
autoridade superior para ratificação e publicação do ato de
dispensa/inexigibilidade na imprensa oficial (D.O do ente)
dentro de 5 dias (art. 26,caput). Esse ato nada mais é que a
homologação do ato formal de dispensa ou de inexigibilidade
de licitação, consistindo na confirmação da autorização da
contratação que foi feita pela autoridade competente (ou seja, a
autoridade competente autoriza a contratação e a autoridade
superior a esta, ratifica).
Em relação à publicação do ato de dispensa ou
inexigibilidade, existe uma exceção: não precisa publicar ato
de dispensa quando a contratação ocorrer com base no art. 24,
incs. I e II ou em qualquer outra hipótese de
dispensa/inexigibilidade nos valores até limites do 24, I e II.
Nesse sentido:

Em observância ao principio da economicidade, é


obrigatória a publicação dos atos de dispensa e
de inexigibilidade relativos aos casos previstos no
art. 24, incisos
III e seguintes, e art. 25 da Lei no 8.666/1993,
somente quando os valores contratados forem
superiores aos limites fixados nos incisos I e II do
art. 24 da lei citada (Livro TCU, p. 578)

Em relação ao conteúdo a ser publicado, sugerimos o seguinte:

Conteúdo da publicação: órgão contratante, contratado, fundamento


legal da dispensa/inexigibilidade, objeto do contrato, autoridade
ratificadora: nome e cargo, nº contrato se houver, data, valor e
prazo de duração (Jacoby, Contratação Direta, p. 691)

9) Assinatura do contrato ou retirada do termo equivalente


(38,X)

10) Documentos do contratado: Mesmo nas contratações diretas,


é necessário averiguar, no mínimo, a seguinte documentação:
Certidão Federal unificada (certidão negativa de débitos relativos
aos tributos federais e à divida ativa da União, englobando INSS) +
FGTS –em atenção ao art. 195, §3º, CF. (Acórdão 2545/08-TCU-1ª
Câmara; Decisão 98/99-Plenário; Decisão 705/94; Decisão 103/98-
Plenário, Acórdão 441/97; Decisão 161/97-Plenário; Decisão
416/98-Plenário), + Regularidade Trabalhista (CNDT-Certidão
Negativa de Débitos Trabalhistas) + Regularidade com as
Fazendas Estaduais e Municipais quando for o caso + Declaração
de não emprego menor (art. 27, V, Lei nº 8.666/93)1+ não estar
impedido de contratar com a Administração.

11) Simplificação do Processo nas Compras


por pequeno Valor (24, I e II)
Nesse caso, poderão ser dispensados os seguintes atos do
processo:
- Justificativa da contratação
- Ratificação pela autoridade superior
- Publicação do ato formal na Imprensa Oficial
- Parecer Técnico ou Jurídico
Observe-se, contudo, que se o fundamento da contratação for art.
24, inc. III e seguintes ou 25, mas no valor do 24, I e II, todas as
fases do processo devem ser respeitadas, apenas sendo
desnecessária a publicação do ato na Imprensa Oficial.

Quem tiver interesse em aprofundar os estudos, convido para os


CURSOS COMPLETOS E PROFISSIONALIZANTES DA VIANNA
cursos presenciais CLIQUE AQUI ou EAD da Vianna CLIQUE AQUI

Um abraço!

Flavia Vianna

CAPACITAÇÃO EM LICITAÇÃO A DISTÂNCIA (60 HORAS)


INICIE AGORA MESMO GRATUITAMENTE A PRIMEIRA AULA DO CURSO DE
CAPACITAÇÃO EM LICITAÇÃO (60 HORAS) CLIQUE AQUI

CURSO DE PREGÃO PRESENCIAL A DISTÂNCIA (30 HORAS)


INICIE AGORA MESMO GRATUITAMENTE A PRIMEIRA AULA DO CURSO
COMPLETO DE CAPACITAÇÃO EM PREGÃO PRESENCIAL CLIQUE AQUI

1
Seguindo a orientação de PEREIRA JÚNIOR, Jessé Torres; DOTTI, Marinês Restelatto. Políticas Públicas
nas Licitações e Contratações Administrativas. Belo Horizonte, 2009, Ed. Fórum, p. 299.
CURSO DE PREGÃO ELETRÔNICO A DISTÂNCIA (30 HORAS)
INICIE AGORA MESMO GRATUITAMENTE A PRIMEIRA AULA DO CURSO
COMPLETO DE PREGÃO ELETRÔNICO CLIQUE AQUI

CURSO O SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (30 HORAS)


INICIE AGORA MESMO GRATUITAMENTE A PRIMIER A AULA DO CURSO DE
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS

CURSO PROFISSIONALIZANTE DE DOCUMENTOS EXIGIDOS EM LICITAÇÃO


INICIE AGORA MESMO GRATUITAMENTE A PRIMEIRA AULA DO CURSO DE
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA LICITAÇÃO CLIQUE AQUI

Baixe os outros eBooks da Vianna “Guias práticos” :

eBOOK O GUIA DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS


eBOOK PLANEJAMENTO DA LICITAÇÃO (FASE INTERNA E EXTERNA)
eBOOK DOCUMENTOS EXIGIDOS EM CONTRATAÇÃO DIRETA
eBOOK SANÇÕES ADMINISTRATIVAS EM LICITAÇÕES
eBOOK DESCRIÇÃO DO OBJETO NO EDITAL DE LICITAÇÃO
eBOOK RECURSOS ADMINISTRATIVOS PASSO A PASSO
eBOOK LICITAÇÃO PARA OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA
eBOOK COMO PARTICIPAR DE LICITAÇÃO PARA FORNECEDORES
eBOOK PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO PASSO A PASSO
eBOOK LC 123 DIREITO DE PREFERÊNCIA PASSO A PASSO
eBOOK SICAF (REGISTRO CADASTRAL) GUIA PRÁTICO
eBOOK INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO PASSO A PASSO
eBOOK A SESSÃO DO PREGÃO ELETRÔNICO PASSO A PASSO
eBOOK 15 PASSOS PARA ELABORAR O EDITAL DE LICITAÇÃO
eBOOK PREGÃO ELETRÔNICO E PRESENCIAL FASE INTERNA
eBOOK PREGÃO ELETRÔNICO FASE EXTERNA
eBOOK LICITAÇÕES PASSO A PASSO
eBOOK MODALIDADES DE LICITAÇÃO
eBOOK TIPOS DE LICITAÇÃO
Ver coleção completa de livros eletrônicos da Vianna
CONHEÇA TAMBÉM OS AUDIOBOOKS OU LIVROS FALADOS DA VIANNA
SOBRE LICITAÇÕES CLIQUE AQUI

BAIXE GRATUITAMENTE OS MAPAS MENTAIS SOBRE LICITAÇÕES CLIQUE


AQUI

CONTEÚDO EDUCACIONAL COMPLETO SOBRE LICITAÇÕES


PÁGINA PRINCIPAL
ÁREA DE LICITAÇÃO
ÁREA DE PREGÃO
ÁREA DE PREGÃO ELETRÔNICO
ÁREA DE CONTRATOS
ÁREA DE LICITAÇÃO PARA OBRA DE ENGENHARIA
ÁREA DE NEGOCIAÇÃO NAS LICITAÇÕES
ÁREA DE SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS
ÁREA DE RDC

Você também pode gostar