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N.

o 172 — 28-7-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3855

rino — Jaime José Matos da Gama — António Luciano Artigo 2.o


Pacheco de Sousa Franco — José Augusto de Carva- Superintendência
lho — José Mariano Rebelo Pires Gago — Jorge Paulo
Sacadura Almeida Coelho. A FCT está sujeita à superintendência do Ministro
da Ciência e da Tecnologia, que abrange a determinação
Promulgado em 17 de Junho de 1997. do enquadramento geral em que se deve desenvolver
a sua actividade e das linhas prioritárias da sua actuação.
Publique-se.
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Artigo 3.o
Referendado em 20 de Junho de 1997. Tutela
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira A FCT está sujeita à tutela de mérito e de legalidade
Guterres. do Ministro da Ciência e da Tecnologia, a qual com-
preende:
Mapa a que se refere o n.o 2 do artigo 29.o
a) A aprovação dos projectos de orçamento e res-
Número pectivas alterações;
de
lugares
Cargo b) A aprovação dos planos de actividades anuais
e plurianuais, bem como do relatório anual de
actividades;
1 Presidente (a). c) A aprovação da política geral de preços dos ser-
2 Vice-presidente (b).
viços prestados;
2 Director de serviços.
8 Chefe de divisão.
d) A aprovação da participação da FCT em socie-
dades, associações, fundações e outras enti-
(a) Equiparado a director-geral.
dades;
(b) Equiparado a subdirector-geral. e) A aprovação dos actos de aquisição, oneração
ou alienação de bens imóveis;
Decreto-Lei n.o 188/97 f) A fiscalização do funcionamento da FCT;
g) A prática dos actos cuja realização resulte de
de 28 de Julho obrigação imposta por lei ou por compromisso
internacional e que hajam sido omitidos pelos
A Lei Orgânica do Ministério da Ciência e da Tec- órgãos ou serviços da FCT;
nologia, aprovada pelo Decreto-Lei n.o 144/96, de 26 h) A apreciação e decisão dos recursos cuja inter-
de Agosto, estabeleceu o quadro orgânico deste novo posição para o Ministro da Ciência e da Tec-
departamento governamental, prevendo, porém, a nologia esteja prevista na lei.
necessidade da emanação de diplomas próprios com
vista à definição da estrutura orgânica, funcionamento
e regime jurídico dos serviços e entidades autónomas Artigo 4.o
que o integram. Atribuições
É, pois, necessário proceder, através do presente 1 — São atribuições da FCT:
decreto-lei, à aprovação da Lei Orgânica da Fundação
para a Ciência e a Tecnologia, prevista na alínea c) a) Promover a realização de programas e projectos
do n.o 1 do artigo 5.o e no artigo 10.o do citado diploma, nos domínios da investigação científica e do
pessoa colectiva encarregada da promoção, financia- desenvolvimento tecnológico;
mento, acompanhamento e avaliação de instituições, b) Financiar ou co-financiar os programas e pro-
programas e projectos de ciência e tecnologia e de for- jectos aprovados e acompanhar a respectiva
mação e qualificação dos recursos humanos. execução;
Assim: c) Promover a criação de infra-estruturas de apoio
Nos termos do n.o 2 do artigo 201.o da Constituição, às actividades de investigação científica e de
o Governo decreta o seguinte: desenvolvimento tecnológico;
d) Financiar ou co-financiar acções de formação
e qualificação de investigadores, nomeadamente
CAPÍTULO I através da atribuição de bolsas de estudo no
País e no estrangeiro e de subsídios de inves-
Disposições gerais tigação;
e) Celebrar contratos-programas ou protocolos e
Artigo 1.o atribuir subsídios a instituições que promovam
ou se dediquem à investigação científica ou ao
Natureza e objectivos desenvolvimento tecnológico;
f) Avaliar a actividade da ciência e da tecnologia
A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), nacional sob todas as suas formas;
é um instituto público dotado de autonomia adminis- g) Promover acções tendentes a que o interesse
trativa e financeira, com atribuições nos domínios da e o gosto pelas actividades da ciência e da tec-
promoção, financiamento, acompanhamento e avaliação nologia se generalizem e aprofundem, em espe-
de instituições, programas e projectos de ciência e tec- cial através da difusão e da divulgação do conhe-
nologia e da formação e qualificação dos recursos cimento científico e técnico e do ensino da ciên-
humanos. cia e a tecnologia;
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h) Subsidiar conferências, colóquios, jornadas, se- 2 — Quando a sua escolha recair em professor cate-
minários, encontros e, em geral, quaisquer pro- drático ou investigador-coordenador de nomeação defi-
jectos, programas ou eventos de interesse cien- nitiva, o presidente e os vice-presidentes auferem, res-
tífico ou tecnológico, conceder apoio financeiro pectivamente, a remuneração correspondente à de reitor
a publicações científicas e apoiar a concessão e vice-reitor de universidade pública.
de prémios e outras recompensas por acções 3 — A FCT obriga-se mediante a assinatura de dois
de mérito científico; membros do conselho directivo, sendo obrigatória a do
i) Propor ao Ministro da Ciência e da Tecnologia seu presidente ou de quem o substituir.
o reconhecimento da actividade de entidades
públicas ou privadas como de interesse científico
ou tecnológico. Artigo 8.o
Competência
2 — Para o exercício das suas atribuições, a FCT pode
participar em sociedades, associações, fundações e Compete ao conselho directivo:
outras entidades, bem como receber doações, heranças,
legados e subsídios. a) Dirigir as actividades da FCT;
b) Decidir sobre os apoios a instituições, progra-
CAPÍTULO II mas e projectos de ciência e tecnologia e acções
de formação e qualificação de recursos huma-
Órgãos e serviços nos, no quadro dos planos aprovados superior-
mente, e submeter a homologação do Ministro
SECÇÃO I da Ciência e da Tecnologia as propostas sobre
as mesmas matérias que não estejam previstas
Estrutura nos mencionados planos;
c) Decidir sobre, ou submeter a homologação, nos
Artigo 5.o termos referidos na alínea anterior, a criação
Órgãos de infra-estruturas de apoio às actividades de
investigação científica e desenvolvimento tec-
São órgãos da FCT: nológico no quadro dos planos aprovados supe-
a) O conselho directivo; riormente;
b) Os conselhos científicos; d) Decidir sobre, ou submeter a homologação, nos
c) O conselho coordenador; termos referidos na alínea b), a atribuição de
d) A comissão de fiscalização. subsídios e outras formas de apoio financeiro
a eventos de interesse científico e tecnológico
e publicações científicas e sobre o apoio à con-
Artigo 6.o cessão de prémios e outras recompensas por
Serviços acções de mérito científico;
e) Aprovar os regulamentos internos necessários
São serviços da FCT: ao funcionamento da FCT;
a) A Direcção de Serviços de Formação dos Recur- f) Aprovar os projectos de orçamento e respectivas
sos Humanos; alterações, a submeter a aprovação tutelar;
b) A Direcção de Serviços de Programas e Pro- g) Aprovar, ouvido o conselho coordenador, os
jectos; projectos de planos anuais e plurianuais de acti-
c) A Direcção de Serviços de Apoio às Instituições vidades e o relatório anual de actividades, a sub-
Científicas e Tecnológicas; meter a aprovação tutelar;
d) A Direcção de Serviços de Difusão da Cultura h) Aprovar a conta de gerência e remetê-la ao Tri-
Científica e Tecnológica; bunal de Contas;
e) A Direcção de Serviços de Gestão e Admi- i) Aprovar os documentos de prestação de contas
nistração; previstos na lei e promover o seu encami-
f) A Direcção de Serviços de Informação e Docu- nhamento;
mentação; j) Autorizar a realização de despesas e zelar pela
g) A Divisão de Apoio Jurídico; cobrança e arrecadação de receitas;
h) A Divisão de Apoio Informático. l) Submeter a aprovação tutelar as aquisições, one-
rações e alienações de bens imóveis;
SECÇÃO II m) Autorizar as aquisições, onerações e alienações
de quaisquer direitos, com ressalva do disposto
Órgãos na alínea anterior;
n) Aceitar doações, heranças, legados e subsídios,
SUBSECÇÃO I com ressalva do disposto na alínea l);
Conselho directivo o) Gerir os fundos de origem nacional e interna-
cional, designadamente comunitária, atribuídos
Artigo 7.o à FCT;
Conselho directivo
p) Praticar todos os actos necessários à prossecu-
ção das atribuições da FCT que não sejam da
1 — O conselho directivo é constituído por um pre- competência de outros órgãos;
sidente e dois vice-presidentes, equiparados, respecti- q) Exercer as competências que lhe sejam dele-
vamente, a director-geral e a subdirector-geral. gadas pelo Ministro da Ciência e da Tecnologia.
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Artigo 9.o j) O estudo das formas mais apropriadas de esti-


Presidente
mular, junto da população, o gosto pelas acti-
vidades científicas e tecnológicas;
1 — Compete ao presidente: l) A propositura da concessão de subsídios e
outros apoios financeiros a eventos de interesse
a) Convocar, presidir e dirigir as reuniões do con-
científico e tecnológico e publicações científicas,
selho directivo e do conselho coordenador;
bem como de apoios a prémios e outras recom-
b) Zelar pela execução das deliberações dos órgãos
da FCT; pensas por acções de mérito científico;
c) Representar a FCT para todos os efeitos legais; m) A propositura das linhas prioritárias de actuação
d) Exercer as competências que lhe forem dele- da FCT.
gadas pelo Ministro da Ciência e da Tecnologia
e pelo conselho directivo. 3 — Cada um dos conselhos científicos reportará o
resultado da sua actividade, desenvolvida nos termos
2 — O presidente é substituído, nas suas faltas e impe- do número anterior, ao conselho directivo, sob a forma,
dimentos, pelo vice-presidente por si designado. consoante os casos, de pareceres, estudos ou reco-
mendações.
4 — Por despacho, podem ser constituídas comissões
SUBSECÇÃO II
científicas eventuais, de duração limitada, sempre que
Conselhos científicos necessidades de coordenação científica e tecnológica
específicas o justifiquem.
Artigo 10.o
Conselhos científicos Artigo 11.o
1 — No quadro da FCT funcionam seis conselhos Composição e funcionamento
científicos de natureza consultiva, cujo âmbito de actua-
ção é referido a áreas científicas diferenciadas, a definir 1 — Cada conselho científico é presidido por uma
por portaria do Ministro da Ciência e da Tecnologia. personalidade de reconhecido mérito da respectiva área
2 — Aos conselhos científicos compete promover na científica, nomeada pelo Ministro da Ciência e da Tec-
respectiva área científica, sem prejuízo da competência nologia de entre pessoal integrado nas carreiras de inves-
própria do conselho directivo: tigação científica ou docente universitária.
a) A identificação de programas e projectos de 2 — Os presidentes dos conselhos científicos são
investigação científica e desenvolvimento tec- nomeados em comissão de serviço, sendo equiparados,
nológico, a determinação das respectivas neces- para efeitos remuneratórios, a vice-presidente da FCT,
sidades de financiamento, bem como o acom- nos termos definidos no n.o 2 do artigo 11.o do Decre-
panhamento da execução dos que vierem a ser to-Lei n.o 144/96, de 26 de Agosto.
concretizados; 3 — Integram ainda cada conselho científico cinco
b) A avaliação das candidaturas a financiamentos elementos designados pelo Ministro da Ciência e da
de programas e projectos de investigação cien- Tecnologia, sendo dois propostos pelos colégios de espe-
tífica e desenvolvimento tecnológico, concedi- cialidade, nos termos do n.o 2 do artigo 3.o do Decre-
dos no quadro das atribuições da FCT, bem to-Lei n.o 146/96, de 26 de Agosto.
como o acompanhamento da respectiva exe- 4 — Os membros dos conselhos científicos, com
cução; excepção dos respectivos presidentes, têm direito, por
c) A avaliação das candidaturas ao financiamento cada reunião em que participem, à percepção de senhas
de acções de formação e qualificação de inves- de presença de montante a fixar por despacho conjunto
tigadores e das correspondentes implicações dos Ministros das Finanças e da Ciência e da Tecnologia
financeiras, a materializar, nomeadamente, e do membro do Governo que tiver a seu cargo a Admi-
através da concessão de bolsas de estudo e de nistração Pública.
subsídios de investigação; 5 — Os membros dos conselhos científicos, incluindo
d) A avaliação de candidaturas a financiamentos os respectivos presidentes, exercem o seu mandato por
de instituições científicas e tecnológicas, bem um período de dois anos, renovável uma única vez.
como o acompanhamento da execução dos con- 6 — Os conselhos científicos reúnem ordinariamente
tratos-programas e outro tipo de acordos cele- duas vezes por mês e extraordinariamente sempre que
brados com as instituições financiadas; convocados pelo seu presidente, por iniciativa própria
e) A propositura das modalidades de financia- ou a solicitação de qualquer dos seus membros, do pre-
mento plurianual das instituições; sidente do conselho directivo da FCT ou do Ministro
f) O levantamento das necessidades em matéria da Ciência e da Tecnologia.
de infra-estruturas de apoio às actividades de
investigação científica e desenvolvimento tec-
nológico; SUBSECÇÃO III
g) A identificação da oportunidade de celebração Conselho coordenador
de contratos-programas, protocolos e outro tipo
de acordos com instituições nacionais, estran-
geiras ou internacionais; Artigo 12.o
h) A propositura da criação de novas instituições Conselho coordenador
científicas ou reforma das existentes;
i) A propositura de criação ou reformulação dos 1 — Ao conselho coordenador compete promover a
instrumentos de política científica relevantes; articulação entre os diferentes órgãos e serviços da FCT,
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incumbindo-lhe, para o efeito, emitir pareceres sobre Artigo 15.o


as seguintes matérias: Competência
a) Linhas de orientação e domínios prioritários da À comissão de fiscalização compete velar pelo cum-
actividade da FCT, tomando como base a infor- primento das normas legais e regulamentares aplicáveis
mação canalizada pelos conselhos científicos; à FCT e, em especial:
b) Planos de actividade anuais e plurianuais e rela- a) Examinar periodicamente a contabilidade da
tório anual de actividades; FCT e seguir, através de informações adequa-
c) Formas mais eficazes de assegurar a articulação das, a sua evolução;
entre os diferentes órgãos e serviços da FCT b) Acompanhar a execução dos planos de activi-
e entre esses e a comunidade científica e dades e dos orçamentos;
tecnológica; c) Pronunciar-se e emitir parecer sobre os instru-
d) Gestão, tratamento e difusão da informação mentos de gestão referidos no artigo 29.o;
processada pelos diferentes órgãos e serviços d) Emitir parecer sobre a aquisição, alienação ou
da FCT. oneração de bens imóveis;
e) Pronunciar-se sobre quaisquer questões que lhe
sejam submetidas pelos órgãos da FCT ou por
2 — Os pareceres referidos no número anterior são sua iniciativa em matéria de gestão econó-
dirigidos ao conselho directivo. mico-financeira;
3 — No âmbito das suas competências em matéria f) Participar às entidades competentes as irregu-
de coordenação dos órgãos e serviços da FCT, o con- laridades que detectar.
selho coordenador submete ao conselho directivo os pro-
jectos de regulamentos internos necessários ao funcio-
SECÇÃO III
namento da FCT.
Serviços
Artigo 13.o
SUBSECÇÃO I
Composição e funcionamento
Direcção de Serviços de Formação dos Recursos Humanos
1 — O conselho coordenador é composto pelo pre-
sidente, vice-presidentes e directores dos serviços da Artigo 16.o
FCT e pelos presidentes dos conselhos científicos. Direcção de Serviços de Formação dos Recursos Humanos
2 — Em moldes a definir por despacho do Ministro
da Ciência e da Tecnologia, os presidentes das comissões Compete à Direcção de Serviços de Formação dos
Recursos Humanos:
científicas eventuais podem ser chamados a participar
nos trabalhos do conselho coordenador. a) Assegurar a gestão corrente das acções de for-
3 — O conselho coordenador reúne-se ordinaria- mação e qualificação de recursos humanos na
mente uma vez por mês e extraordinariamente sempre área da ciência e da tecnologia promovidas no
que convocado pelo seu presidente, por iniciativa pró- âmbito das competências da FCT;
pria ou a solicitação de qualquer dos seus membros. b) Promover as tarefas necessárias aos trabalhos de
avaliação de candidaturas a financiamentos de
4 — O conselho coordenador delibera por maioria
acções de formação e qualificação de investiga-
simples, tendo o presidente voto de qualidade. dores desenvolvidos pelos conselhos científicos,
realizando para o efeito os estudos adequados;
c) Realizar as tarefas necessárias ao acompanha-
SUBSECÇÃO IV
mento pelos conselhos científicos de acções de
Comissão de fiscalização formação e qualificação financiadas e co-finan-
ciadas pela FCT, realizando para o efeito os
estudos adequados;
Artigo 14.o d) Promover a articulação entre os programas de
Comissão de fiscalização formação desenvolvidos no âmbito da FCT e
de outras instituições;
1 — A comissão de fiscalização é composta por três e) Promover a participação da comunidade cien-
membros, designados por despacho conjunto dos Minis- tífica e tecnológica nacional em reuniões de
tros das Finanças e da Ciência e da Tecnologia. cariz científico e apoiar a realização desses even-
2 — O mandato da comissão de fiscalização tem a tos no País.
duração de três anos, renovável, continuando, porém, SUBSECÇÃO II
a exercer funções até à sua efectiva substituição. Direcção de Serviços de Programas e Projectos
3 — Os membros da comissão de fiscalização têm
direito, por cada reunião em que participarem, à per- Artigo 17.o
cepção de senhas de presença de montante a fixar por
Direcção de Serviços de Programas e Projectos
despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Ciên-
cia e da Tecnologia e do membro do Governo que tiver Compete à Direcção de Serviços de Programas e
a seu cargo a Administração Pública. Projectos:
4 — A comissão de fiscalização reúne ordinariamente a) Assegurar a gestão corrente dos programas e
uma vez por mês e extraordinariamente sempre que projectos de investigação científica e desenvol-
convocada pelo seu presidente, por iniciativa própria vimento tecnológico apoiados e financiados pela
ou a solicitação de qualquer dos seus membros. FCT;
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b) Promover as acções necessárias aos trabalhos nológica que se revelem importantes para a
de avaliação de candidaturas a financiamentos prossecução dos objectivos de difusão e divul-
de programas e projectos de investigação cien- gação do conhecimento científico e tecnológico;
tífica e desenvolvimento tecnológico desenvol- c) Promover as melhores formas de facultação à
vidos pelos conselhos científicos, realizando, comunidade científica e tecnológica e ao público
para o efeito, os estudos adequados; em geral das fontes de informação disponíveis
c) Realizar as tarefas necessárias ao acompanha- na FCT;
mento pelos conselhos científicos dos programas d) Promover a edição de trabalhos de investigação
e projectos de investigação científica e desen- e divulgação científica que pela sua relevância
volvimento tecnológico financiados ou co-finan- o mereçam, designadamente os resultantes de
ciados pela FCT, realizando para o efeito os acções de formação e qualificação, programas
estudos adequados; e projectos financiados ou co-financiados pela
d) Promover a articulação dos programas e pro-
FCT;
jectos financiados pela FCT com os participados
e) Colaborar em catálogos colectivos nacionais,
por outras instituições.
estrangeiros e de organizações internacionais;
f) Promover a realização de congressos, seminá-
SUBSECÇÃO III rios, colóquios e encontros da mesma natureza
nos domínios científico e tecnológico;
Direcção de Serviços de Apoio às Instituições Científicas g) Promover a realização de exposições, mostras
e Tecnológicas e iniciativas da mesma natureza no âmbito da
divulgação do conhecimento científico e tec-
Artigo 18.o nológico;
Direcção de Serviços de Apoio às Instituições Científicas h) Promover a constituição de uma mediateca
e Tecnológicas especializada nas áreas científica e tecnológica;
i) Promover e participar no desenvolvimento de
Compete à Direcção de Serviços de Apoio às Ins- estruturas, redes e sistemas de informação cien-
tituições Científicas e Tecnológicas: tífica e tecnológica, a nível nacional e interna-
a) Assegurar a gestão corrente dos apoios a ins- cional, que se revelem importantes para a pros-
tituições concedidos pela FCT; secução dos objectivos de difusão e divulgação
b) Promover as acções necessárias aos trabalhos do conhecimento científico e tecnológico;
de avaliação, pelos conselhos científicos, das j) Acompanhar e promover a aplicação de novas
candidaturas de instituições científicas a apoios tecnologias ao tratamento e difusão da infor-
a conceder pela FCT, nomeadamente aqueles mação científica e tecnológica, procedendo,
que se concretizarão mediante a celebração de nomeadamente, e em articulação com a Divisão
contratos-programas, realizando para o efeito de Apoio Informático, à constituição, gestão e
os estudos adequados; desenvolvimento das bases de dados em matéria
c) Realizar os estudos necessários às deliberações científica e tecnológica que se revelem impor-
relativas ao financiamento plurianual das ins- tantes para a prossecução dos objectivos de difu-
tituições; são e divulgação do conhecimento científico e
d) Realizar as tarefas necessárias ao acompanha- tecnológico;
mento pelos conselhos científicos das institui- l) Avaliar e financiar acções de divulgação cien-
ções apoiadas pela FCT, realizando para o efeito tífica e tecnológica e instituições, públicas e pri-
os estudos adequados; vadas, que promovam a difusão da cultura cien-
e) Promover a articulação dos apoios a instituições tífica e tecnológica.
científicas concedidos pela FCT com os parti-
cipados por outras instituições.
2 — A FCT pode criar, com outras entidades, uma
agência especializada para a difusão da cultura científica
SUBSECÇÃO IV e tecnológica, assegurando o director de serviços de
Difusão da Cultura Científica e Tecnológica a ligação
Direcção de Serviços de Difusão da Cultura Científica e Tecnológica com essa entidade.
Artigo 19.o SUBSECÇÃO V
Direcção de Serviços de Difusão da Cultura Científica Direcção de Serviços de Gestão e Administração
e Tecnológica

l — Compete à Direcção de Serviços de Difusão da Artigo 20.o


Cultura Científica e Tecnológica:
Direcção de Serviços de Gestão e Administração
a) Promover a difusão nacional e internacional da
cultura científica e tecnológica produzida em 1 — À Direcção de Serviços de Gestão e Adminis-
Portugal, sem prejuízo das competências do tração cabe a gestão do pessoal e das verbas da FCT,
Observatório das Ciências e das Tecnologias; designadamente as destinadas ao financiamento de pro-
b) Assegurar a ligação a bases de dados nacionais gramas e projectos de investigação científica e tec-
e internacionais de informação científica e tec- nológica.
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2 — A Direcção de Serviços de Gestão e Adminis- a proporcionar uma correcta gestão, em termos


tração compreende: profissionais, assim como a elaboração do
balanço social;
a) A Repartição de Gestão Financeira e Patri- f) Assegurar a execução das normas sobre con-
monial;
dições ambientais de higiene e segurança no
b) A Repartição de Pessoal e Expediente.
trabalho;
g) Promover a elaboração e execução do plano de
Artigo 21.o formação profissional do pessoal do FCT não
inserido na carreira de investigação;
Repartição de Gestão Financeira e Patrimonial
h) Assegurar os serviços de expediente geral e
1 — À Repartição de Gestão Financeira e Patrimo- organizar e manter o arquivo permanentemente
nial compete: organizado.

a) Preparar todos os processos conducentes à con- 2 — A Repartição de Pessoal e Expediente com-


cessão de qualquer tipo de subsídio e outros preende:
financiamentos;
b) Assegurar a elaboração dos orçamentos, bem a) A Secção de Pessoal, que assegura o exercício
como dos planos financeiros; das competências referidas nas alíneas a) a g)
c) Assegurar o controlo orçamental e financeiro, do número anterior;
avaliar a afectação dos recursos financeiros às b) A Secção de Expediente e Arquivo, que asse-
actividades desenvolvidas pelos órgãos e servi- gura o exercício das competências referidas na
ços, organizar a conta de gerência e promover alínea h) do número anterior.
a elaboração de todos os documentos de pres-
tação de contas exigidos por lei;
d) Assegurar a execução dos orçamentos e a estru- SUBSECÇÃO VI
turação das receitas e despesas;
e) Assegurar a programação e orçamentação dos Direcção de Serviços de Informação e Documentação
financiamentos aprovados;
f) Organizar e manter uma contabilidade analítica Artigo 23.o
de gestão;
Direcção de Serviços de Informação e Documentação
g) Inventariar e administrar o património e pro-
mover as aquisições necessárias. Compete à Direcção de Serviços de Informação e
Documentação:
2 — A Repartição de Gestão Financeira e Patrimo-
nial compreende: a) Identificar, seleccionar, adquirir e tratar fontes
bibliográficas e documentais de natureza cien-
a) A Secção de Contabilidade e Tesouraria, que tífica e tecnológica relevantes para as activida-
assegura o exercício das competências referidas des da FCT;
nas alíneas a), d), f) e g) do número anterior; b) Estimular a modernização, articulação e reforço
b) A Secção de Orçamento e Conta, que assegura das bibliotecas científicas;
o exercício das competências referidas nas alí- c) Garantir a elaboração e actualização de um
neas b), c) e e) do número anterior. inventário e cadastro documental e bibliográfico
na área da ciência e da tecnologia, disponível
Artigo 22.o nas diferentes bibliotecas e centros de documen-
tação portugueses, disponibilizando-a à comu-
Repartição de Pessoal e Expediente
nidade científica e ao público em geral;
1 — À Repartição de Pessoal e Expediente compete: d) Gerir o serviço de consulta, fornecimento, em-
préstimo e permuta das fontes bibliográficas e
a) Elaborar os estudos necessários à gestão do pes- documentais existentes na FCT;
soal e à sua correcta afectação pelos diversos e) Desenvolver as acções necessárias à prossecução
serviços; de uma política de língua portuguesa em matéria
b) Estudar e colaborar na aplicação de métodos científica e tecnológica
actualizados de gestão dos recursos humanos
e desenvolver metodologias que se relacionem
com a modernização administrativa; SUBSECÇÃO VII
c) Desenvolver as acções necessárias à organização
e instrução dos processos referentes à situação Divisão de Apoio Jurídico
profissional do pessoal, designadamente o
recrutamento, acolhimento e movimentação do Artigo 24.o
pessoal, e zelar pela manutenção do cadastro Divisão de Apoio Jurídico
do pessoal;
d) Assegurar a execução dos processos de classi- Compete à Divisão de Apoio Jurídico:
ficação de serviço e das listas de antiguidade
do pessoal; a) Dar parecer sobre todas as questões de índole
e) Recolher e organizar a informação sócio-eco- jurídica que lhe sejam colocadas pelos órgãos
nómica relativa aos recursos humanos de modo ou serviços da FCT;
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b) Prestar o apoio que lhe for solicitado no âmbito d) As comparticipações e os subsídios concedidos
de processos judiciais em que a FCT seja parte; por quaisquer entidades;
c) Prestar o apoio que lhe for solicitado na ela- e) As doações, heranças ou legados de que for
boração de diplomas legislativos e regulamen- beneficiária;
tares emanados do Ministério da Ciência e da f) Quaisquer outros rendimentos que por lei ou
Tecnologia e dar parecer sobre projectos de contrato lhe devam pertencer.
diplomas da mesma natureza;
d) Dar parecer sobre reclamações, petições, quei- 2 — As receitas enunciadas no número anterior são
xas ou requerimentos dirigidos à FCT; afectas ao pagamento das despesas da FCT, mediante
e) Informar e esclarecer os órgãos, serviços e pes- inscrição de dotações com compensação em receita.
soal da FCT sobre o conteúdo de actos legis- 3 — Os saldos apurados no final de cada gerência
lativos, regulamentares e administrativos, bem transitam para o ano seguinte nos termos da lei, seja
como de decisões de tribunais com relevância qual for a origem das receitas correspondentes.
para a actuação da FCT ou para a situação pro-
fissional dos seus funcionários e agentes. Artigo 28.o
Despesas
SUBSECÇÃO VIII
São despesas da FCT:
Divisão de Apoio Informático
a) Os encargos com o respectivo funcionamento
e com o cumprimento das atribuições e com-
Artigo 25.o petências que lhe são confiadas;
b) Os custos de aquisição, manutenção e conser-
Divisão de Apoio Informático
vação de bens, equipamentos ou serviços que
Compete à Divisão de Apoio Informático: tenha de utilizar.

a) Assegurar a gestão do equipamento informático


Artigo 29.o
da FCT;
b) Promover a definição, concepção e estudo de Gestão patrimonial e financeira
aplicações informáticas de interesse para as acti-
vidades da FCT; 1 — A gestão patrimonial e financeira da FCT rege-se
c) Participar na elaboração de cadernos de encar- pelos seguintes instrumentos de gestão previsional:
gos, selecção, aquisição, contratação e instala- a) Planos de actividades e planos financeiros,
ção de equipamentos informáticos e suportes anuais e plurianuais;
lógicos, bem como realizar o estudo das res- b) Orçamento de tesouraria;
pectivas características técnicas. c) Demonstração de resultados;
d) Balanço previsional;
e) Relatório anual de actividades.
CAPÍTULO III
2 — A FCT utiliza um sistema de contabilidade que
Regime financeiro
se enquadre no Plano Oficial de Contabilidade (POC).
Artigo 26.o
Património
CAPÍTULO IV

O património da FCT é constituído pela universa- Do pessoal


lidade dos seus bens, direitos e obrigações.
Artigo 30.o
Equipas de projecto
Artigo 27.o
Receitas 1 — Quando a natureza ou a especificidade dos objec-
tivos o aconselhe, poderão ser constituídas, com carácter
1 — Constituem receitas da FCT, para além das dota- transitório, equipas de projecto, que não podem simul-
ções transferidas do Orçamento do Estado, as seguintes: taneamente ser de número superior a seis, as quais serão
integradas por técnicos ou outros especialistas afectos
a) O produto resultante dos serviços prestados, às diversas unidades orgânicas da FCT e, sempre que
nomeadamente realização de estudos, inquéri- se mostre conveniente, por técnicos ou outros especia-
tos e outros trabalhos de carácter técnico con- listas das entidades autónomas tuteladas pelo Ministro
fiados à FCT por entidades nacionais, estran- da Ciência e da Tecnologia, sendo constituídas, respec-
geiras ou internacionais; tivamente, por despacho do presidente do conselho
b) O rendimento de bens próprios e, bem assim, directivo da FCT e do Ministro da Ciência e da
o produto da alienação e da constituição de Tecnologia.
direitos sobre eles; 2 — O pessoal afecto a funções de coordenação das
c) O produto da venda das suas publicações; equipas de projecto tem direito, enquanto no exercício
3862 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 172 — 28-7-1997

das mesmas, ao vencimento correspondente ao índice Artigo 34.o


remuneratório imediatamente superior àquele que
Providências orçamentais
detém na estrutura da respectiva carreira.
1 — Transitam, em termos a estabelecer por despacho
Artigo 31. o conjunto dos Ministros das Finanças e da Ciência e da
Tecnologia, para a FCT, de acordo com a respectiva
Quadro de pessoal transferência de atribuições, competências e pessoal, os
saldos das verbas orçamentais atribuídas à
1 — A FCT dispõe de quadro de pessoal aprovado JNICT — Junta Nacional de Investigação Científica e
por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Tecnológica.
Ciência e da Tecnologia e do membro do Governo que 2 — Ficam os Ministros das Finanças e da Ciência
tiver a seu cargo a Administração Pública. e da Tecnologia autorizados a proceder às alterações
2 — Os lugares de pessoal dirigente da FCT são os orçamentais necessárias, incluindo as relativas aos encar-
constantes do mapa anexo ao presente diploma, que gos com os vencimentos dos novos cargos dirigentes.
dele faz parte integrante.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30
de Abril de 1997. — António Manuel de Oliveira Guter-
CAPÍTULO V res — António Luciano Pacheco de Sousa Franco — José
Mariano Rebelo Pires Gago — Jorge Paulo Sacadura
Disposições finais e transitórias Almeida Coelho.

Artigo 32.o Promulgado em 17 de Junho de 1997.


Transição de pessoal Publique-se.
A transição de pessoal do quadro de pessoal da Junta O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Nacional de Investigação Científica e Tecnológica para
o quadro da FCT é feita nos termos do artigo 15.o do Referendado em 20 de Junho de 1997.
Decreto-Lei n.o 144/96, de 26 de Agosto.
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
Guterres.
Artigo 33.o
Mapa a que se refere o n.o 2 do artigo 31.o
Transferência de bens, direitos e obrigações
Número
1 — Os bens, direitos e obrigações, incluindo as posi- de Cargo
lugares
ções contratuais e as de membro de qualquer associação,
fundação, sociedade ou outra entidade, da Junta Nacio-
nal de Investigação Científica e Tecnológica transfe- 1 Presidente (a).
2 Vice-presidente (b).
rem-se, independentemente de quaisquer formalidades, 6 Presidente de conselho científico (c).
para a FCT, enquanto afectos às competências que para 6 Director de serviço.
ela transitam pelo presente decreto-lei. 2 Chefe de divisão.
2 — A discriminação dos bens, direitos e obrigações
referidos no número anterior constará de despacho do (a) Equiparado a director-geral.
(b) Equiparado a subdirector-geral.
Ministro da Ciência e da Tecnologia. (c) Equiparado, para efeitos remuneratórios, a vice-presidente da FCT.

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