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Figura 03.1 Curva típica tensão - deformação de engenharia para um material dúctil, no
caso aços de baixo carbono
A tensão usada nessa curva é a tensão média, = P/Ao, onde P é a carga externa aplicada
ao corpo de prova e Ao é a área da seção reta original do corpo de prova. Como também já
foi visto, a deformação média é dada por: e = / Lo = L / Lo = (L - Lo) / Lo.
Evidentemente, uma curva carga - alongamento teria a mesma forma, uma vez que Ao é
aqui considerada constante. Os parâmetros que são usados para descrever a curva
tensão-deformação de um metal são a resistência à tração, a resistência ou ponto de
escoamento, o alongamento percentual e a redução de área.
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Resistência à tração
O limite de resistência à tração é dado pela carga máxima aplicada dividida pela área
original da seção reta do corpo de prova:
r = Pmax / Ao
Este é o valor mais freqüentemente citado nos resultados de um ensaio de tração, mas na
verdade tem significado limitado com relação à resistência do material, sendo usado mais
como um meio de identificação dos mesmos. Atualmente se usa a resistência ao
escoamento como base para projetos mecânicos. Apenas no caso de materiais frágeis, a
resistência à tração continua a ser usada como critério de projeto.
Resistência ao escoamento
Em materiais que não apresentam limite de escoamento bem definido, como no exemplo da
figura 03.1, adota-se para e o valor correspondente a um alongamento arbitrário de 0,2 %.
Alongamento percentual
Redução de área
q = (Ao - A) / Ao
A redução de área é o parâmetro mais sensível à estrutura, entre aqueles obtidos no ensaio
de tração, sendo um bom indicador da qualidade do material.
Módulo de Elasticidade
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Resiliência
Esta equação indica que o material ideal para resistir a cargas em aplicações onde o material
não irá sofrer deformações permanentes, como em molas, é aquele que tem elevada e e
baixo E. A tabela 03.2 mostra os valores de módulos de resiliência para vários materiais.
Tenacidade
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Figura 03.2 Comparação entre curvas tensão - deformação para materiais com alta e baixa
tenacidades
i = P / Ai
= ln L/Lo = ln A/Ao
= ln (e + 1)
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= P/Ao(e + 1)
A figura 03.3 a seguir compara uma curva tensão -deformação de engenharia com uma
curva tensão - deformação verdadeira.
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À temperatura ambiente, a curva tensão deformação não é muito influenciada por variações
na taxa de deformação em ensaios corriqueiros. Isto muda para temperaturas mais elevadas.
A figura 03.4 mostra estas variações.
Figura 03.4 Efeito da taxa de deformação sobre a resistência à tração do cobre a várias
temperaturas.
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Figura 03.5 (a) Mudanças em curvas tensão deformação para aço carbono e (b) variação de
propriedades à tração de aço com a temperatura.
Efeito de entalhes
O ensaio de tração rotineiro em corpos de prova polidos não são adequados para indicar a
sensibilidade a entalhes nos metais. No entanto, um ensaio de tração com um corpo de
prova com entalhe padronizado mostrará se o material é ou não sensível a entalhes e sujeito
a fratura frágil na presença de concentração de tensões. A figura 03.6 a seguir mostra um
corpo de prova entalhado e curvas sobre a sensibilidade de dois materiais ao entalhe.
Figura 03.6 Corpo de prova com entalhe e comparação entre aços com diferentes
sensibilidades ao entalhe