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Roteiros usuais
Métodos Utilizados.
Cada um desses métodos tem capacidade limitada para caracterizar o meio físico. As
informações obtidas por qualquer dos métodos requerem, comumente, extrapolações
para individualizar diferentes corpos com comportamento geotécnico homogêneo.
Nestes casos, a utilização combinada de dois ou mais métodos de investigação mostra
resultados de melhor qualidade.
Fases de Projeto.
1. Investigação de Superfície
Interpretação de Imagens
Mapeamento
2. Investigações Geofísicas
3. Planejamento
4. Aplicabilidade
3. Métodos Geoelétricos
3.1. Eletrorresistividade
3.3. Condutividade
4. Métodos Sísmicos
<200 2
200 a 600 3
600 a 800 4
800 a 1000 5
1000 a 1200 6
1200 a 1600 7
1600 a 2000 8
2000 a 2400 9
Muito importante para mineração e análise onde se obtém dificuldade na penetração por
motivo de rocha ou mate.
Por esse método não se obtém testemunhos íntegros das rochas atravessadas mas sim
amostras trituradas ou pulverizadas pela ferramenta cortante e recolhidas na boca do
furo em ciclones. Essa sondagem pode ser rotativa ou rotopercussiva.
O método é aplicado em rochas com baixo grau de coesão, como aluviões ou lateritas
brandas, obtendo bons resultados em aluviões com cassiterita, ouro, diamante, etc.
Método Convencional:
Método aplicado em perfuração de rochas carbonáticas, que são são solúveis e apresentam
fendas e cavernas tornando impossível o avanço da perfuração com injeção de lama ou
rotopercussivo usual. Nesta situação as perfuratrizes percussoras a cabo operam com
maior eficácia usando trépanos. Atualmente mesmo a perfuração com com dureza elevada é
factível com a utilização de trépanos nos quais são inseridos botões de vídea.
Roto Pneumático
2.1 INTRODUÇÃO
O solo ao sofrer solicitações se deforma, modificando o seu volume e forma
iniciais. A magnitude das deformações apresentadas pelo solo irá depender de suas
propriedades elásticas e plásticas e do carregamento a ele imposto. O conhecimento das
tensões atuantes em um maciço de terra, sejam elas devido ao peso próprio ou
provenientes de um carregamento em superfície (alívio de cargas provocado por
escavações) é de vital importância no entendimento do comportamento de praticamente
todas as obras de Engenharia geotécnica. Nos solos ocorrem tensões devidas ao seu
peso próprio e a carregamentos externos.
τ= ∑T
área
O que se considerou para o contato entre o solo e a placa pode ser também
assumido como válido para qualquer outro plano.
Em uma situação de tensões geostáticas, portanto, a tensão normal vertical inicial( σvo )
no ponto “A” pode ser obtida considerando o peso do solo acima do ponto “A” dividido
pela área (b2).
γn V
σV = = γnz A
área
Quando o solo é constituído de camadas aproximadamente horizontais, a tensão
vertical resulta da somatória do efeito das diversas camadas, ou seja, se o solo acima do
ponto “A” for estratificado, isto é, composto de “n” camadas, o valor de σvo é dado pelo
somatório ,
onde “i” varia de 1 a n.
3. PRESSÃO NEUTRA
Tomamos, agora, o plano B, abaixo do lençol freático, situado na profundidade
zw. A tensão total no plano B será a soma do efeito das camadas superiores. A água no
interior dos vazios, abaixo do nível d’água, estará sob uma pressão que independe da
porosidade do solo, depende apenas de sua profundidade em relação ao nível freático.
No plano considerado, a pressão da água será dada por:
u = (zB – zw) γw
ou
u = γw z Coluna De Água , sendo γw o peso específico da água.
EFETIVA ( σ ) ou (σ’);
b) pela pressão da água, denominada PRESSÃO NEUTRA ou PORO PRESSÃO.
O princípio das tensões efetivas diz que:
A tensão efetiva, para solos saturados, pode ser expressa por:
σ=σ−u
sendo σ a tensão total
Todos os efeitos mensuráveis resultantes de variações de tensões nos solos,
como compressão, distorção e resistência ao cisalhamento são devidas a VARIAÇÕES
DE TENSÕES EFETIVAS.
Nos locais do solo abaixo do nível de água (NA) o cálculo das tensões efetivas
poderia ser simplificado pelo uso do conceito de PESO ESPECÍFICO SUBMERSO.
Neste caso a tensão total abaixo do NA será dada por
σv = γsat .z
Através de uma esponja cúbica, com 10 cm de aresta, colocada num recipiente
como mostra a figura 3, poderemos visualizar o conceito de tensão efetiva.
Na posição (a), com água até a superfície superior, as tensões resultam do seu
peso e da pressão da água; ela está em repouso.
Quando se coloca um peso de 10N sobre a esponja , as tensões no interior da
esponja serão majoradas e a pressão aplicada será de 1kPa (10N/0,01 m2). O acréscimo
de tensão foi efetivo, pois a esponja se deformará expulsando água do seu interior.
No exemplo anterior o acréscimo de tensão efetiva da cota -3m até a cota -7m, é
o resultado do acréscimo da tensão total menos o acréscimo da pressão neutra. O
acréscimo da tensão efetiva também pode ser calculado por meio do peso específico
submerso do solo.
O acréscimo da tensão efetiva também pode ser calculado por meio do peso
específico submerso do solo.
UNIDADE 3: COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
3.1. INTRODUÇÃO
Muitas vezes na prática da engenharia geotécnica, o solo de um determinado local
não apresenta as condições requeridas pela obra. Ele pode ser pouco resistente, muito
compressível ou apresentar características que deixam a desejar do ponto de vista
econômico. Uma das possibilidades é tentar melhorar as propriedades de engenharia do
solo local.
A compactação é um método de estabilização e melhoria do solo através de
processo manual ou mecânico, visando reduzir o volume de vazios do solo. A
compactação tem em vista estes dois aspectos: aumentar a intimidade de contato entre
os grãos e tornar o aterro mais homogêneo melhorando as suas características de
resistência, deformabilidade e permeabilidade.
A compactação de um solo é a sua densificação por meio de equipamento
mecânico, geralmente um rolo compactador, embora, em alguns casos, como em
pequenas valetas até soquetes manuais podem ser empregados. Um solo, quando
transportado e depositado para a construção de um aterro, fica num estado relativamente
fofo e heterogêneo e, portanto, além de pouco resistente e muito deformável, apresenta
comportamento diferente de local para local.
A compactação é empregada em diversas obras de engenharia, como: aterros para
diversas utilidades, camadas constitutivas dos pavimentos, construção de barragens de
terra, preenchimento com terra do espaço atrás de muros de arrimo e reenchimento das
inúmeras valetas que se abrem diariamente nas ruas das cidades. Os tipos de obra e de
solo disponíveis vão ditar o processo de compactação a ser empregado, a umidade em
que o solo deve se encontrar na ocasião e a densidade a ser atingida.
O início da técnica de compactação é creditada ao engenheiro Ralph Proctor, que,
em 1933, publicou suas observações sobre a compactação de aterros, mostrando ser a
compactação função de quatro variáveis: a) Peso específico seco; b) Umidade; c)
Energia de compactação e d) Tipo de solo. A compactação dos solos tem uma grande
importância para as obras geotécnicas, já que através do processo de compactação
consegue-se promover no solo um aumento de sua resistência e uma diminuição de sua
compressibilidade e permeabilidade.
A tabela abaixo apresenta os vários meios empregados para estabilizar um solo:
MÉTODOS TIPOS
Confinamento (solos com atrito)
Pré-consolidação (solos finos
FÍSICOS argilosos)
Mistura (solo + solo)
Vibroflotação
Sal
Cal
QUÍMICOS Cimento
Asfalto
Etc.
MECÂNICOS Compactação
γsγw
γd =
γw + γsw
Onde:
γd – massa específica (ou peso específico) aparente seca do solo;
Gs – densidades dos grãos do solo;
γw – massa específica da água (ou peso específico);
e – índice de vazios;
w – teor de umidade.
M.H.Ng.Nc
EC =
V
Sendo:
M – massa do soquete;
H – altura de queda do soquete;
Ng – o número de golpes por camada;
Nc – número de camadas;
V – volume de solo compactado.
3.9 INFLUÊNCIA DA ENERGIA DE COMPACTAÇÃO
A medida que se aumenta a energia de compactação, há uma redução do teor de
umidade ótimo e uma elevação do valor do peso específico seco máximo. O gráfico da
figura 03 mostra a influência da energia de compactação no teor de umidade ótimo
hótimo e no peso específico seco máximo γdmáx.
Tendo em vista o surgimento de novos equipamentos de campo, de grande porte,
com possibilidade de elevar a energia de compactação e capazes de implementar uma
maior velocidade na construção de aterros, houve a necessidade de se criar em
laboratório ensaios com maiores energias que a do Proctor Normal. As energias de
compactação usuais são de 6kgf/cm3 para o Proctor Normal, 12,6 kgf/cm3 para o
Proctor Intermediário e 25 kgf/cm3 para o Proctor Modificado.
3.11.1 Soquetes
São compactadores de impacto utilizados em locais de difícil acesso para os rolos
compressores, como em valas, trincheiras, etc. Possuem peso mínimo de 15Kgf,
podendo ser manuais ou mecânicos (sapos). A camada compactada deve ter 10 a 15cm
para o caso dos solos finos e em torno de 15cm para o caso dos solos grossos.
• Pé-de-Carneiro
Os rolos pé-de-carneiro são constituídos por cilindros metálicos com
protuberâncias(patas) solidarizadas, em forma tronco-cônica e com altura de
aproximadamente de 20cm. Podem ser alto propulsivos ou arrastados por trator. É
indicado na compactação de outros tipos de solo que não a areia e promove um grande
entrosamento entre as camadas compactadas.
A camada compactada possui geralmente 15cm, com número de passadas
variando entre 4 e 6 para solos finos e de 6 e 8 para solos grossos. A Figura 05 ilustra
um rolo compactador do tipo pé-de-carneiro.
As características que afetam a performance dos rolos pé-de-carneiro são a
pressão de contato, a área de contato de cada pé, o número de passadas por cobertura e
estes elementos dependem do peso total do rolo, o número de pés em contato com o
solo e do número de pés por tambor.
• Rolo Liso
Trata-se de um cilindro oco de aço, podendo ser preenchido por areia úmida ou
água, a fim de que seja aumentada a pressão aplicada. São usados em bases de estradas,
em capeamentos e são indicados para solos arenosos, pedregulhos e pedra britada,
lançados em espessuras inferiores a 15cm.
Este tipo de rolo compacta bem camadas finas de 5 a 15cm com 4 a 5 passadas.
Os rolos lisos possuem pesos de 1 a 20t e freqüentemente são utilizados para o
acabamento superficial das camadas compactadas. Para a compactação de solos finos
utilizam-se rolos com três rodas com pesos em torno de 7t para materiais de baixa
plasticidade e 10t, para materiais de alta plasticidade. A Figura 06 ilustra um rolo
compactador do tipo liso.
Os rolos lisos possuem certas desvantagens como, pequena área de contato e em
solos mole afunda demasiadamente dificultando a tração.
• Rolo Pneumático
Os rolos pneumáticos são eficientes na compactação de capas asfálticas, bases e
subbases de estradas e indicados para solos de granulação fina e arenosa. Os rolos
pneumáticos podem ser utilizados em camadas de até 40 cm e possuem área de contato
variável, função da pressão nos pneus e do peso do equipamento.
Pode-se usar rolos com cargas elevadas obtendo-se bons resultados. Neste caso,
muito cuidado deve ser tomado no sentido de se evitar a ruptura do solo. A Figura 07
ilustra um rolo pneumático
a) Solos Coesivos
Nos solos coesivos há uma parcela preponderante de partículas finas e muito finas
(silte e argila), nas quais as forças de coesão desempenham papel muito importante,
sendo indicado a utilização de rolos pé-de-carneiro e os rolos conjugados.
b) Solos Granulares
Nos solos granulares há pouca ou nenhuma coesão entre os grãos existindo,
entretanto atrito interno entre os grãos existindo, entretanto atrito interno entre eles,
sendo indicado a utilização rolo liso vibratório.
c) Mistura de Solos
Nos solos misturados encontra-se materiais coesivos e granulares em porções
diversas, não apresenta característica típica nem de solo coesivo nem de solo granular,
sendo indicado a utilização de pé-de-carneiro vibratório
4.1 Introdução
Do ponto de vista prático, a água pode ser considerada incompressível e sem nenhuma
resistência ao cisalhamento, o que lhe permite, sob a ação de altas pressões, penetrar em
micro fissuras e poros, e exercer pressões elevadas que levam enormes maciços ao
colapso.
Nas obras que necessitam de escavações abaixo do lençol freático, como por exemplo, a
construção de edifícios, barragens, túneis, etc; pode ser executado um tipo de drenagem
ou rebaixamento do lençol freático. A água existente no subsolo pode ser eliminada por
vários métodos.
A posição do lençol freático no subsolo não é, entretanto, estável, mas bastante variável.
Isso representa dizer que, em determinada região, a profundidade do lençol freático
varia segundo as estações do ano.
Essa variação depende do clima da região, e dessa maneira, nos períodos de estiagem, a
posição do lençol freático sofre normalmente um abaixamento, ao contrário do período
das cheias, quando essa posição se eleva.
Se um tubo que está em contato com esse líquido for fino o suficiente, a combinação de
tensão superficial, causada pela coesão entre as moléculas do líquido, com a adesão do
líquido à superfície desse material, pode fazê-lo subir por ele. Esta capacidade de subir
ou descer resulta da capacidade de o líquido "molhar" ou não a superfície do tubo.
Na figura a seguir verifica-se que o solo não se apresenta saturado ao longo de toda
altura de ascensão capilar, mas somente até um certo nível, denominado nível de
saturação.
A altura capilar que a água alcança em um solo se determina, considerando sua massa
como um conjunto de tubos capilares, formados pelos seus vazios, sendo que estes
tubos são irregulares e informes.
Portanto nos solos arenosos e pedregulhosos onde os poros são maiores, a altura de
ascensão capilar está entre 30cm e 1 m, nos solos siltosos e argilosos a altura de
ascensão capilar pode chegar a dezenas de metros, devido os poros destes solos serem
menores.
O fenômeno de capilaridade influencia no cálculo da tensão efetiva ( σ’), pois água nos
vazios do solo, na faixa acima do lençol freático, mas com ele comunicada, está sob
uma pressão abaixo da atmosférica.
A pressão neutra é negativa. Neste caso a tensão efetiva será maior que a tensão total. A
pressão neutra negativa provoca uma maior força nos contatos dos grãos, aumentando a
tensão efetiva.
No exemplo a seguir vemos que o solo superficial é uma areia fina, cuja ascensão
capilar deve ser superior a um metro. A água tende a subir por capilaridade e toda faixa
superior poderá estar saturada, com água em estado capilar.
Como podemos ver a pressão neutra varia linearmente, desde zero na cota do nível
d’água até o valor negativo na superfície, correspondente à diferença de cota. Portanto a
camada superior de 1 m não está seca, a tensão efetiva passa a ser de 10kN/m2 e não
nula. Como a resistência das areias é diretamente proporcional à tensão efetiva, a
capilaridade confere a este terreno uma sensível resistência.
4.4 Permeabilidade
Para que haja fluxo é necessário que a energia total em cada ponto seja diferente. A
água flui do ponto de maior energia para outro de menor energia. No esquema mostrado
na figura a seguir há uma porção de solo conectada a dois reservatórios com níveis dos
reservatórios na mesma cota, portanto, não há fluxo.
Aumentando o potencial do lado esquerdo a água fluirá para a direita, conforme
ilustrado na figura seguinte:
O gradiente hidráulico (i), ou perda de carga unitária é a relação entre a perda de carga
hidráulica (h1 - h2) e a distância de percolação “L” onde ocorreu a perda.
A Lei de Darcy é válida para um escoamento “laminar”, tal como é possível e deve ser
considerado o escoamento na maioria dos solos naturais.
Escoamento laminar é quando as trajetórias das partículas d’água não se cortam; em
caso contrário denomina-se turbulento.
Allen Hazen, ensaiando areias com diâmetro efetivo compreendido entre 0,1 e 3,0 mm,
chegou a relação que fornece o coeficiente de permeabilidade para esse solos:
K = C (d10)2
onde:
Esta fórmula é válida somente para solos arenosos (areias fofas e uniformes).
4.4.2 Fatores que influenciam a permeabilidade
Fluído - O tipo de fluído que se encontra nos poros. Nos solos, em geral, o
fluído é a água com ou sem gases (ar) dissolvidos.
Uma prática corrente para se estimar o valor das tensões em certa profundidade consiste
em se considerar que as tensões se espraiam segundo áreas crescentes, mas sempre se
mantendo uniformemente distribuídas.
Exemplo: Calcular a tensão no plano situado à profundidade de 5 metros, considerando
que a área carregada tem comprimento infinito. Considerar areia pura (φ0 = 40º).
Obs.: Esse método deve ser entendido como uma estimativa grosseira, pois as tensões
em uma determinada profundidade não são uniformemente distribuídas, mas se
concentram na proximidade do eixo de simetria da área carregada, apresentando a forma
de um sino.
Determina σz a uma profundidade z abaixo de uma vertical passando pela aresta da área
retangular.
Considera-se a tensão como uma função dos parâmetros m e n e toda a expressão acima
pode ser tabelada, de forma que: σz = p.I , sendo que I se encontra tabelado.
Para o cálculo em qualquer outro ponto, divide-se a área carregada em retângulos com
uma aresta na posição do ponto considerado e calcula-se separadamente o efeito de
retângulo. σz será a soma das ações de cada uma das áreas.
5.1.3.6. GRÁFICO DE FADUM
6.1 Introdução
Deformação normal
O critério da resistência residual é indicado para solos nos quais grandes deformações
são previstas. Alternativamente, o critério de condição de deformação limite pode ser
mais apropriado.
Determinação da envoltória
No plano de ruptura as tensões atuantes são σnf e τf . A ruptura ocorre neste plano como
resultado de uma combinação de efeitos. No plano de τmax, apesar da tensão cisalhante
ser maior do que τf, a tensão normal, atuante neste plano, σ = (σ1 + σ3)/2, também é
superior à σnf , garantindo a estabilidade nesta direção. Em outras palavras, a tensão
máxima de cisalhamento não define a ruptura e sim uma combinação de tensões (σ, τ).