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Universidade Save – Extensão Maxixe


Curso: Mestrado em Administração Pública (MAP)
Cadeira: Auditoria no Sector Publico
Docente: Saide Jamal Ph.D
Discente: Emídio Estêvão
Titulo: Reflexão sobre auditoria externa e controle interno: relação e diferença.

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1. Ideia Central do texto


O texto abaixo é reflexo do cruzamento de teorias e pensamentos de diversos autores que
abordam sobre auditoria externa e controle interno nas organizações. Importa ainda referir que o
mesmo (texto) faz referencia á três (3) premissas básicas: relação, semelhanças e diferenças
existentes entre as duas auditorias. Tais premissas, são buscadas na medida em que de forma
clara evidenciam o possível antagonismo existente entre ambas auditorias.

2. Relação entre auditoria externa e controle interno


De acordo com SAMMOUR e CINTRA (S/d;3) a função da auditoria é revisar toda a
demonstração contábil no final do exercício social na empresa, emitir relatórios e avaliar o
sistema do controle interno da empresa, bem como pode identificar fraudes no decorrer do seu
processo de análises. Logo, através da aplicabilidade da auditoria surgiu os tipos de ramificações
dessa ferramenta contábil, sendo elas Externa e Interna.
Para o Audibra (Instituto dos Auditores Interno no Brasil) citado por GALO e BARBOSA
(S/d;6).
A missão básica da Auditoria Interna é; emitir a opinião
conclusiva ou considerações a respeito das operações
examinadas, avaliarem os fluxos dos sistemas, plano de
controle interno e desempenho da organização ou de qualquer
de seus segmentos; auxiliar a Alta Administração e demais
membros do corpo gerencial da organização …

Por sua vez ALMEIDA (1988, p. 13) citado por SAMMOUR e CINTRA (S/d;7) para que o
auditor externo atinja os seus objectivos é necessário:
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… planejar adequadamente o seu trabalho, avaliar o sistema de


controle interno, relacionando com a parte contábil e proceder à
revisão analítica das contas do activo, passivo, despesas e
receitas, a fim de estabelecer a natureza, data e extensão dos
procedimentos de Auditoria, colher as evidencias comprobatórias
das informações das demonstrações financeiras e avaliar as
evidencias.

Reflexão (a): De entre os pensamentos avançados pelos autores acima notamos que as duas (2)
auditorias relacionam-se na medida em que seguem os mesmos objectivos e estes têm a função de
demonstrar e analisar os erros e avançar soluções para tais erros cometido. Em linhas gerais os
auditores tem a missão de revelar as informações que o empreendedor/chefe precisa para postular
sobre a organização.

Reflexão (b): nota-se ainda que a auditoria externa tem a função de analisar toda a situação e
demonstrações financeiras na organização mas esta não da poder menosprezar o controle interno
uma vez que suas funções são diferentes.

Diferença entre auditoria externa e controle interno


Antes de mergulhar profundamente nas diferenças entre ambas auditorias, é relevante frisar que o
auditor externo é um órgão de fora, e que periodicamente aparece na organizai a fim de cumprir a
missão que lhe é incumbida. Por sua vez, o auditor interno é filho da organização pois,
acompanha todo processo da execução das actividades a nível interno.
Ao trilharmos na óptica do pensamento do SAMMOUR e CINTRA (S/d;7) notamos que o
auditor/controlador interno é empregado da empresa auditada, possui o grau de
“independência” e executa a auditoria contábil e operacional. Seus principais objectivos
consistem em analisar as normas internas, se estão sendo seguidas conforme planejado; verificar
a necessidade de aperfeiçoar as normas internas vigentes; examinar o grau de necessidade de
novas normas internas; realizar auditoria de diversas áreas das demonstrações contábeis em áreas
operacionais; e o maior volume de teste, ou seja, ter o maior tempo na empresa para executar os
serviços de autoria.
GALO e BARBOSA (S/d;5) demonstram haver um grande contrate entre os objectivos do auditor
interno e o nível de liberdade/independência que este tem.

O auditor interno é funcionário da empresa, mas (...)


deve ter certa independência dentro da entidade. Se
for subordinado ao departamento contábil ou
administrativo, pode sofrer…
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O auditor externo não possui vínculo empregado com a empresa auditada, tem o maior grau de
independência, pois executa apenas a auditoria contábil como sendo seu principal objectivo,
emitindo um relatório de opinião sobre as demonstrações verificadas, no sentindo de analisar
como se reflecte a posição adequada e financeira da empresa, o resultado das operações e as
mutações do património líquido. Além disso, verifica os fluxos de caixa da empresa examinada
cujo objectivo é saber se essas demonstrações foram organizadas conforme os princípios
contábeis e se estes princípios foram executados iguais ao exercício anterior. O auditor externo
possuiu o menor volume de testes devido ao interesse em erros que possam alterar de maneira
fundamental as informações das demonstrações contábeis (Idem).

Para Almeida (2003) citado por CARDOSO (2013;13)

(...) Os futuros investidores, accionistas passaram a exigir que


as demonstrações fossem examinadas por um profissional
independente da empresa, que não tivesse vínculo
empregatício e de reconhecida capacidade técnica. Esse
profissional, que examina as demonstrações contábeis da
empresa e emite sua opinião sobre estas, e o auditor externo
ou auditor independente.

Reflexão (a): Para Sammour e Cintra o controlador interno e auditor externo diferenciam-se na
medida em que o primeiro tem um vinculo com a organização pois é empregado mas deve ser
”independente” da mesma. A ideia segunda qual o controlador interno deve é independente é
rebatada por GALO e BARBOSA na medida em que demonstram existir algumas limitações para
que este o seja.

Reflexão (b): O auditor externo diferencia-se do controlador interno na medida em que este tem
maior grau de independência e esta mais ligado a área financeira razao pela qual este é da opinião
que processo da execução das suas actividades os princípios financeiros devem ser obedecidos.
Este pensamento leva-nos a tentar enverter o pirâmide das ideias ou seja “ pensar ate que ponto
se pode fazer uma auditoria numa perspectiva não legal e financeira?” Esta questão é levantada
na medida em que Almeida (2003) citado por CARDOSO (2013;13) é da opinao que no futuro
pode exigir-se que os auditores executem suas actividades somente com base nas demonstrações
contábeis da empresa e emitirem sua opinião sobre estas.
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Considerações finais

Das leituras, cruzadas notamos que tanto controlador interno assim como auditor externo tem
quase mesmas tarefas. A grande diferença existente entres ambos é de um ter celebrado o
contrato com a organização executora das actividades o que lhe da missão de averiguar o alcance
dos objectivos da mesma. E o auditor externo não tem nenhuma afinidade com a organização
razão pela que qual tem a independência de executar com rigor e profissionalismo as suas
actividades. Uma das grandes constatações levantadas é de tentar pensar numa auditoria na
perspectiva não financeira afim de notar quais pontos possivelmente irão restar após a retirada da
componente financeira.

Sugestões

Após a retirada da componente financeira deve trabalhar-se nas restantes componentes visto que
possivelmente as organizações não conseguem atingir seus objectivos pelo facto de terem uma
visão lateral dos factos, deixando de fora um e outro ponto que pode alavancar o percurso rumo
as metas organizacionais.

Referências bibliográficas

CARDOSO, R., E., CAETANO. Auditoria Interna e Controle Interno: Um Estudo Avaliativo das
Semelhanças e Diferenças de Emprego das Ferramentas de Controle no Auxilio à Tomada de
Decisão. Brasília. 2013.
SAMMOUR, J., Rumão & CINTRA, D., G., Barros. Auditoria externa x interna: Funções e
Diferenças. Relva Revista. S/d.

GALO, G., Cristiane &BARBOSA, R., Aparecida de Oliveira. Auditoria interna e externa. S/d.

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