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SÍNTESE

IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇAO
DO SISTEMA APPCC: AS
BARREIRAS QUE DESAFIAM AS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS.
Jamile Maureen de Sousa Oliveira *
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Instituto de Tecnologia. Departamento de Tecnologia de Alimento.
Seropédica, RJ.
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Unidade de Ensino Descentralizada. Valença, RJ.
Stella Regina Reis da Costa
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Instituto de Tecnologia. Departamento de Tecnologia de Alimento.
Seropédica, RJ.
* jamile.engeali@gmail.com

RESUMO e manutenção do sistema APPCC públicas voltadas para as MPE, que


nas MPE. A pesquisa foi baseada facilitem a implantação do sistema
Os consumidores atuais buscam em livros técnicos específicos e em APPCC, contribuindo assim para o
cada vez mais por alimentos segu- publicações científicas disponibiliza- desenvolvimento deste segmento na
ros e as indústrias vêm se empe- das por sites de busca referenciados, fabricação de alimentos seguros.
nhando em atender às expectativas como o portal de periódicos Capes,
Palavras-chave: Alimento seguro.
deste cliente, além de se enquadrar Science Direct e Scientific Eletronic
Barreiras. Micro e Pequena
às especificações legais. O sistema Library Online (Scielo), direcionada
Empresa (MPE).
APPCC (Análise de Perigos e Pon- pelas palavras chaves. Concluiu-se
tos Críticos de Controle) tem como que as principais barreiras para a im-
plantação do APPCC nas MPE são a
ABSTRACT
foco a garantia da inocuidade dos
produtos, porém ainda existem di- falta de conhecimento técnico e de
motivação por parte dos funcionários Today's consumers are increasin-
versas barreiras para a sua implan-
e empresários, restrições econômi- gly looking for safe food and indus-
tação, principalmente nas Micro e
cas e de tempo, além da deficiência tries struggle to meet the customer’s
Pequenas Empresas (MPE). O obje-
de programas governamentais que expectations, fitting the legal speci-
tivo deste trabalho foi revisar os con-
contemplem as MPE. É necessário fications. The HACCP (Hazard and
ceitos básicos relativos à Segurança
um maior comprometimento do se- Point Analysis Critical Control) sys-
dos Alimentos e identificar as prin-
tor e o desenvolvimento de políticas tem focuses on ensuring the safety
cipais barreiras para a implantação
of products, but there are still many de alimentos seguros é indispensá- de contaminação de natureza quí-
barriers to its implementation, es- vel a implantação de um Sistema de mica, biológica ou física (SIMSON,
pecially in Micro and Small Enter- Gestão de Segurança dos Alimentos 2011; ORTEGA, 2012).
prises (MSE). The aim of this study (SGSA). Neste sentido, destaca-se A ingestão de alimentos ou água
was to review the basic concepts a metodologia APPCC (Análise de contaminados podem causar Do-
related to food safety and to identify Perigos e Pontos Críticos de Contro- enças Transmitidas por Alimentos
the main barriers to the implementa- le), que é baseada na identificação e (DTA) (BRASIL, 2015).
tion and maintenance of the HACCP análise dos perigos, que podem estar Segovia et al. (2014) apontam
system in the MSE. The research was presentes ao longo de toda a cadeia que, apesar de uma melhoria nas
conducted through the literature, ba- produtiva, com o objetivo de contro- condições gerais de produção de ali-
sed on specific technical books and lá-los, assegurando assim a qualida- mentos, as DTA continuam sendo um
scientific publications, available on de e inocuidade dos produtos (AR- grave problema para a saúde coletiva.
reliable sites such as portal Capes VANITOYANNIS, 2009). Considerando que a maioria dos ca-
journals, Science Direct and Scien- Ainda existem diversas barrei- sos de surtos de doenças envolvendo
tific Electronic Library Online (Scie- ras para o sucesso na implementa- alimentos não é notificada, estima-se
lo). It was concluded that the main ção efetiva desta ferramenta, prin- que a magnitude do problema seja
obstacles to the implementation of cipalmente nas Micro e Pequenas ainda maior (SACCOL et al., 2015).
HACCP in MSE are the lack of tech- Empresas (MPE) (GILLING et al., Os perigos podem estar presentes
nical knowledge and motivation by 2001; TAYLOR & TAYLOR, 2004; em qualquer etapa da cadeia produ-
employee and businessmen, econo- ALMEIDA, 2005). Fotopoulos et al. tiva, por isso é imprescindível que
mic constraints and shortcoming of (2009) destacam a necessidade de a indústria de alimentos possua um
government programs that address uma maior compreensão do impacto controle adequado ao longo de todo
the MSE. It is necessary a greater dos fatores críticos sobre a eficácia o processo, garantindo assim produ-
commitment of the sector and de- do APPCC. tos de qualidade ao consumidor final
velopment of public policies for the Perante o exposto, o objetivo des- (BOULOS, 1999; MESQUITA et al.,
MSE, to facilitate the HACCP system te trabalho foi revisar os conceitos 2006; MONTEIRO & TOLEDO,
implementation, thus contributing to básicos relativos à Segurança dos 2009).
the development of this segment on Alimentos e identificar as principais
production of safe food. barreiras para a implantação e manu- Programas de garantia da qua-
tenção do sistema APPCC em Micro lidade
Keywords: Food safe. Obstacles. e Pequena Empresa (MPE), aponta- Os programas de garantia da qua-
Micro and Small Enterprises (MSE). das na literatura. A pesquisa foi ba- lidade estabelecem critérios para o
seada no levantamento bibliográfico monitoramento das etapas de pro-
INTRODUÇÃO direcionado pelas palavras chaves, dução, prevenindo ou corrigindo

U
em livros técnicos específicos e em eventuais desvios que podem resul-
ma das principais carac- publicações científicas disponibiliza- tar na contaminação do produto final
terísticas de qualidade do das por sites de busca referenciados, (CASTILO et al., 2003). Várias fer-
alimento é a sua seguran- como o portal de periódicos Capes, ramentas de gestão da qualidade têm
ça, porém atender a este Science Direct e Scientific Eletronic sido utilizadas e se destacam as Boas
requisito ainda é um desafio, já que Library Online (Scielo). Práticas de Fabricação (BPF) e o Sis-
surtos de Doenças Transmitidas por tema de Análise dos Perigos e Pon-
Alimentos (DTA) ainda ocorrem fre- Alimento seguro e doenças tos Críticos de Controle (APPCC),
quentemente, configurando um im- transmitidas por alimentos entre outras (RIBEIRO-FURTINI &
portante problema de saúde pública Um alimento seguro é aquele livre ABREU, 2006).
(WHO, 2010; TAKAHASHI et al., de perigos que podem causar danos à Boas Práticas de Fabricação (BPF)
2013). saúde ou à integridade do consumi- As BPF são normas de higiene
Para obter sucesso na produção dor. Estes perigos são provenientes que devem ser observadas para a

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produção de alimentos, contemplam sistema de documentação e registro técnica dos funcionários, dificultan-
desde o projeto, instalações, opera- (CAC, 2003; TOBIAS et al., 2014). do o gerenciamento dos programas
ção, até o produto final, e tem a con- É aceitável uma flexibilização da de pré-requisitos e a implantação do
duta do manipulador de alimentos ferramenta em função das particu- APPCC propriamente dito. Além
como peça central. Sua implantação laridades de cada empresa, porém disto, as restrições financeiras, a fal-
é uma etapa importante para a fabri- os sete princípios devem ser respei- ta de motivação e de percepção dos
cação de alimentos com garantia de tados. As MPE apresentam maior empresários sobre a importância do
segurança para o consumidor (MEN- grau de dificuldade para a aplicação APPCC para o negócio, associadas
DONÇA et al., 2004; NASCIMEN- destes princípios, culminando muitas à deficiência de estratégias gover-
TO, 2007; SEIXAS et al., 2008). vezes no insucesso do APPCC (FAO/ namentais, compõem um cenário
As BPF, associadas aos Proce- WHO, 2005). desfavorável para a consolidação de
dimentos Padrões de Higiene Ope- uma cultura direcionada para a segu-
racional (PPHO), são consideradas As micro e pequenas empresas e rança dos alimentos.
pré-requisito para a implantação do as principais barreiras para a im- Giampoli et al. (2002) e Youn &
APPCC (EGEA & DANESI, 2013; plantação do APPCC Sneed (2002) também destacam a
TOBIAS et al., 2014). Um programa Segundo dados do Serviço Bra- deficiência de treinamento dos fun-
de pré-requisitos deficiente compro- sileiro de Apoio às Micro e Peque- cionários somada a barreiras de ges-
mete o funcionamento adequado de nas Empresas- SEBRAE (2014), as tão, que incluem a falta de tempo,
todo o sistema, pois há um excesso Micro e Pequenas Empresas (MPE) motivação e recursos financeiros,
de etapas que precisam de controle vêm contribuindo cada vez mais com como obstáculos para a implantação
(OLIVEIRA & MASSON, 2003). a economia brasileira. do APPCC em serviços de alimenta-
Análise de Perigos e Pontos Críti- Têm uma participação expressiva ção.
cos de Controle (APPCC) no mercado industrial de alimentos De acordo com Oliveira et al.
O APPCC é baseado na prevenção de diversos países e são responsá- (2010), há a necessidade de uma po-
e estabelece uma série de etapas para veis por grande parte dos produtos lítica nacional referente à inocuidade
identificação e análise dos perigos consumidos pela população, consti- dos alimentos, associada à uma es-
que podem estar presentes ao longo tuindo uma fonte em potencial para tratégia de aplicação dos sistemas de
da cadeia de produção com o objeti- a transmissão de doenças através dos gestão da qualidade alimentar volta-
vo de controlá-los, garantindo assim alimentos. Portanto, é preponderante dos para as MPE.
a qualidade e segurança dos produtos o estabelecimento de estratégias que
(FAO, 2002; FERMAN, 2003). assegurem a proteção da saúde pú- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O  Codex Alimentarius elaborou blica. (WALKER et al., 2003; FAO/
um modelo de sistema APPCC que WHO 2005; OLIVEIRA et al., 2010) O sistema APPCC tem grande
é adotado pelo Ministério da Agri- Oliveira et al. (2013) afirmam que contribuição e relevância para a ela-
cultura, Pecuária e Abastecimento as MPE apresentam menor índice de boração de alimentos seguros, porém
(MAPA), onde são elucidados os sete adesão ao sistema APPCC quando a pesquisa revelou que a implantação
princípios básicos: Análise de peri- comparadas com as grandes empre- e manutenção do programa ainda é
gos; Identificação dos Pontos Críticos sas, pois possuem menos conheci- um processo desafiador para as em-
de Controle (PCC); Estabelecimen- mento a respeito dos benefícios desta presas, sendo que as MPE apresen-
to dos limites críticos; Estabeleci- ferramenta e associam a sua implan- tam maior grau de dificuldade.
mento de ações de monitoramento tação a um aumento de custos. A literatura aponta como princi-
dos PCC; Estabelecimento de ações Segundo a Organização para Agri- pais barreiras para a implantação
corretivas para o controle dos PCC; cultura e Alimentação (FAO/WHO, do sistema, a falta de conhecimento
Estabelecimento de procedimentos 2005), os desafios enfrentados pela técnico e de motivação, disponibili-
para a verificação do funcionamento MPE passam pelas limitações es- dade de tempo limitada, aspectos de
do sistema e Estabelecimento de um truturais e pela falta de qualificação ordem econômica e deficiência de

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políticas governamentais relativas FAO. Organizacion de las Naciones Unidas Florianópolis. Anais eletrônicos... Flo-
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filosofia do programa APPCC e me- Puntos Críticos de Control (APPCC). crobiológica no processamento do fran-
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PESQUISAS REVELAM BENEFÍCIOS DA UVA E DERIVADOS PARA A SAÚDE.

Pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Espanha, França e Reino Unido, reunidos no III Simpósio
Internacional Vinho e Saúde, em Bento Gonçalves-RS, apresentaram estudos que reforçam benefícios do
consumo de uvas e seus derivados para a saúde. Tanto a fruta, quanto o suco puro e o vinho são consi-
derados benéficos na prevenção, proteção e combate a doenças.
No evento, com cerca de 200 participantes da comunidade científica, foram divulgadas pesquisas,
como a de benefícios transgeracionais (passados a descendentes) na prevenção ao câncer de mama, da
doutora em bioquímica, Caroline Dani. Outro estudo, sobre o papel do consumo moderado do vinho, die-
ta balanceada e exercícios físicos e na prevenção de doenças cardíacas, foi apresentado pela especialista
espanhola Rosa María Lamuela Raventós.
Efeitos do vinho na flora intestinal, na imunidade e no metabolismo humano foram analisados pelo
cardiologista do Instituto do Coração (Incor/SP), Protásio Lemos da Luz, que estuda o tema há 18 anos.
O champagne e sua relação com efeitos neuroprotetores e de memória, trabalho do pesquisador britânico
David Vauzour também foi destaque da programação. (MAPA, jun/2017)

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