Você está na página 1de 101

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL

ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E


DOMICILIAR
Victor Alves de Oliveira
Organização

Autore(a)s:
Andressa Nathanna Castro Damasceno
Beatriz Souza Santos
Conceição Nahana Alves de Macêdo
Francisca Camila Batista Lima
Ianca Passos de Sousa
Jaíla Maria Feitosa
Karine Rodrigues Ferreira
Leyla Lumara Cabral Soares Pimentel
Maria Rosiany Sousa Moreira
Marília Bezerra Rodrigues
Thayse Wilma Nogueira de Oliveira
Victor Alves de Oliveira

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL


ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E
DOMICILIAR

2020
Conselho Editorial
Dr. Clívio Pimentel Júnior - UFOB (BA)
Dra. Edméa Santos - UFRRJ (RJ)
Dr. Valdriano Ferreira do Nascimento - UECE (CE)
Drª. Ana Lúcia Gomes da Silva - UNEB (BA)
Drª. Eliana de Souza Alencar Marques - UFPI (PI)
Dr. Francisco Antonio Machado Araujo – UFDPar (PI)
Drª. Marta Gouveia de Oliveira Rovai – UNIFAL (MG)
Dr. Raimundo Dutra de Araujo – UESPI (PI)
Dr. Raimundo Nonato Moura Oliveira - UEMA (MA)
Dra. Antonia Almeida Silva - UEFS (BA)

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL


NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR
© Victor Alves de Oliveira

Editoração
Acadêmica Editorial
Diagramação
Danilo Silva
Capa
Acadêmica Editorial
Reprodução e Distribuição
CAJU: Educação, Tecnologia e Editora

Ficha Catalográfica elaborada de acordo com os padrões estabelecidos no


Código de Catalogação Anglo – Americano (AACR2)

G943 Guia prático de terapia nutricional enteral no âmbito hospitalar e


domiciliar / Victor Alves de Oliveira, organizador. – Parnaíba, PI:
Acadêmica Editorial, 2020.
E-book.

ISBN: 978-65-88307-28-1

1. Nutrição enteral. 2. Alimentação – Necessidades especiais.


3. Suplementos nutricionais. I. Oliveira, Victor Alves de (Org.).
II. Título.

CDD: 612.3

Bibliotecária Responsável:
Nayla Kedma de Carvalho Santos – CRB 3ª Região/1188

DOI: 10.29327/523138
Link de acesso: https://doi.org/10.29327/523138
PREFÁCIO

O presente Manual de Terapia Nutricional Enteral é um guia prático que


reúne conceitos, recomendações e abordagens de orientações nutricionais, boas
práticas de manipulação, composição, indicações, tipos e sugestões de dietas
e preparações. Sua distribuição acontece em 7 capítulos, de forma objetiva e
acessível, trazendo informações pertinentes e essenciais nesta área.
Este manual pode ser utilizado nos serviços de saúde, por profissionais
habilitados, com o objetivo de facilitar e direcionar a tomada de decisões na
prática hospitalar, e também na assistência nutricional e clínica ao paciente em
seu domicílio.
Esta obra, dedica-se às pessoas que possuem necessidades especiais
de alimentação, e a todos os profissionais de saúde que atuam com terapia
nutricional em diferentes pontos da rede de atenção à saúde. Assim, espera-
se que essa ferramenta venha apoiar e contribuir para um manejo adequado,
seguro, rápido, respeitando as particularidades e garantindo integralidade na
assistência aos indivíduos.
ORGANIZADOR
Victor Alves de Oliveira

AUTORES
Andressa Nathanna Castro Damasceno, Bacharelado em Nutrição – UFPI;
Especialista em Nutrição Clínica, Funcional e Prescrição de Fitoterápicos –
FUNESO; Mestra em Ciências e Saúde – UFPI;
Beatriz Souza Santos, Bacharelado em Nutrição – UFPI; Especialista em Nutrição
Clínica e Funcional – FUNESO; Residência em Saúde da Família e Comunidade -
ESP/CE; Residente em Nutrição Clínica em Alta Complexidade – HU/UFPI
Conceição Nahana Alves de Macêdo, Bacharelado em Nutrição - UFPI
Francisca Camila Batista Lima, Bacharelado em Nutrição - UFPI
Ianca Passos de Sousa, Bacharelado em Nutrição – UFPI; Pós graduanda em
Nutrição Esportiva - Coimbra Academy
Jaíla Maria Feitosa, Bacharelado em Nutrição – UFPI; Pós-graduanda em Nutrição
clínica, funcional e fitoterápia - Faculdade Internacional do Delta
Karine Rodrigues Ferreira, Bacharelado em Nutrição - UNINASSAU; Residente
em Cuidados Intensivos do Hospital Universitário da UFPI/Ebserh.
Leyla Lumara Cabral Soares Pimentel, Bacharelado em Nutrição-UFPI; Pós-
graduanda em Nutrição Clínica e Metabolismo- NUTMED; Pós-graduanda em
Nutrição Clínica, Ortomolecular, Nutrição Funcional e Fitoterapia-NUTMED.
Maria Rosiany Sousa Moreira, Bacharelado em Nutrição – UFPI, Residente em
Saúde da Família e Comunidade pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE).
Marília Bezerra Rodrigues, Graduada em Serviço Social pelo Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE); Especialização em Gestão Pública
em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (UECE); Residente em Saúde da
Família e Comunidade pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE).
Thayse Wilma Nogueira de Oliveira, Graduação em Tecnologia de Alimentos
CENTEC-CE; Bacharelado em Nutrição – UFPI; Especialista em Nutrição Clínica,
Funcional e Fitoterápicos – FUNESO; Residência em Nutrição Clínica pelo Hospital
dos Servidores do Estado de Pernambuco vinculado a Universidade Federal de
Pernambuco (HSE/UFPE).
Victor Alves de Oliveira, Bacharel em Nutrição – UFPI; Especialista em Nutrição
Clínica, Funcional e Prescrição de Fitoterápicos – FUNESO; Mestre em Ciências e
Saúde – UFPI; Doutorando em Alimentos e Nutrição – UFPI.

REVISORES TÉCNICOS
Ana Lina de Carvalho Cunha Sales, Bacharelado em Nutrição –UFPI, Especialista
em Controle de Qualidade dos Alimentos -IFPI. Especialista em Nutrição Parenteral
e Enteral pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Mestre e
Doutora em Alimentos e Nutrição - UFPI. Unidade de Nutrição Clínica do Hospital
Universitário do Piauí.
Andressa Nathanna Castro Damasceno, Bacharel em Nutrição–UFPI; Especialista
em Nutrição Clínica, Funcional e Prescrição de Fitoterápicos –FUNESO; Mestra em
Ciências e Saúde – UFPI;

COLABORADORAS
Ilene Maria Pereira da Silva
Fernanda Lima dos Santos
Denise Bruna Silva
Kaoma Suzamar Silva Lacerda
Maria Leidinane Santos Gonçalves
Marília Gomes de Sousa Bezerra;
Marina Maria de Oliveira
Marta Regina de Sá Bezerra Pinheiro
Roberta Borges Costa
Samandra Maria de Moura
Vanici Maria Costa Sá
Andressa Nathanna Castro Damasceno
Agradecemos às Nutricionistas do Hospital Regional Justino Luz que apoiaram a
construção deste guia prático de nutrição enteral, principalmente no tocante as
dietas artesanais.
SUMÁRIO

PREFÁCIO..................................................................................................................
PREFÁCIO .................................................................................................................. 5
CAPÍTULO 1
NUTRIÇÃO ENTERAL: CONTEXTO GERAL.
GERAL.......................................................... 11
Karine Rodrigues Ferreira
Beatriz Souza Santos
Thayse Wilma Nogueira de Oliveira

CAPÍTULO 2
NUTRIÇÃO ENTERAL: PRINCÍPIOS BÁSICOS ....................................................15
.................................................. 15
Maria Rosiany Sousa Moreira
Conceição Nahana Alves de Macedo
Victor Alves de Oliveira

CAPÍTULO 3
DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS ........................................................... 23
Beatriz Souza Santos
Karine Rodrigues Ferreira
Thayse Wilma Nogueira de Oliveira
Victor Alves de Oliveira

CAPÍTULO 4
DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS........................................................................
ARTESANAIS........................................................................33
33
Conceição Nahana Alves de Macedo
Francisca Camila Batista Lima
Ianca Passos de Sousa
Jaíla Maria Feitosa
Leyla Lumara Cabral Soares Pimentel
Maria Rosiany Sousa Moreira
Victor Alves de Oliveira
CAPÍTULO 5
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS EM NUTRIÇÃO ENTERAL.
ENTERAL.............................48
........................... 48
Thayse Wilma Nogueira de Oliveira
Maria Rosiany Sousa Moreira
Karine Rodrigues Ferreira
Beatriz Souza Santos

CAPÍTULO 6
BOAS PRÁTICAS PARA MANIPULAÇÃO DE NUTRIÇÃO ENTERAL ................60
.............. 60
Conceição Nahana Alves de Macedo
Francisca Camila Batista Lima
Ianca Passos de Sousa
Jaíla Maria Feitosa
Leyla Lumara Cabral Soares Pimentel

CAPÍTULO 7
A DIETA ENTERAL COMO UM DIREITO..............................................................
DIREITO.............................................................. 64
Marília Bezerra Rodrigues
Andressa Nathanna Castro Damasceno

FICHAS TÉCNICAS................................................................................................
TÉCNICAS................................................................................................ 67
LISTA DE MEDIDAS CASEIRAS............................................................................
CASEIRAS............................................................................68
68
ÍNDICE REMISSIVO.
REMISSIVO................................................................................................ 98
10
11

CAPÍTULO 1

NUTRIÇÃO ENTERAL: CONTEXTO GERAL


Karine Rodrigues Ferreira
Beatriz Souza Santos
Thayse Wilma Nogueira de Oliveira

O quadro de desnutrição está diretamente associado a maior


hospitalização e menor taxa de sobrevida, além de elevados riscos de
desenvolver complicações relacionadas à internação. Quanto maior for o período
de permanência hospitalar, maior será o risco de agravar a desnutrição, criando
um ciclo vicioso (KANG, 2018).
Em pacientes que precisam restabelecer ou manter o estado nutricional
e são incapazes de tolerar a ingestão por via oral deve-se avaliar outras opções
de entrega de nutrientes, como a Terapia de Nutrição Enteral (TNE) com oferta
via sonda nasoentérica ou ostomias. A TNE há muito tempo é considerada o
padrão de atendimento para suporte nutricional entre pacientes incapazes de
atingir um bom aporte calórico-proteico por via oral (FERREIRA, 2007).
Conforme Waitzberg (2009), a TNE é um conjunto de procedimentos
terapêuticos que visam reconstituir ou manter o estado nutricional de um
indivíduo por meio da oferta de alimentos ou nutrientes para fins especiais,
caracterizando-se como uma prática multiprofissional especializada seja em
hospitais, ambulatório ou no domicílio.
A RDC nº 21 do Ministério da Saúde traz a complementação que a TNE
pode ser utilizada de forma exclusiva ou complementar na alimentação daqueles
com limitações da ingestão, digestão, absorção ou metabolização de alimentos
convencionais ou de pacientes que possuem necessidades nutricionais
específicas determinadas por sua condição clínica, sempre sob orientação
médica ou de nutricionista.
O suporte nutricional enteral iniciado no momento correto e oportuno
traz benefícios tanto nutricionais quanto não nutricionais, dentre os quais a
prevenção da desnutrição e diminuição do processo catabólico, melhora da
capacidade de cicatrização, função imunológica e na recuperação do estado
funcional, associados à redução de infecção hospitalar e complicações gerais,
melhora da qualidade de vida, diminuição da mortalidade, menor tempo de
internação e redução dos custos hospitalares. Os efeitos benéficos da Nutrição

CAPÍTULO 1 - NUTRIÇÃO ENTERAL: CONTEXTO GERAL


12

Enteral (NE) precoce estão bem documentados em vários estudos que envolvem
pacientes em doenças críticas, incluindo trauma, queimaduras, grandes
ferimentos, grandes cirurgias, pancreatite aguda e câncer de cabeça e pescoço
(MCCLAVE et al., 2016; BEZERRA, CABRAL, 2018; CECENARRO et al., 2018;
VALENTINI, 2019; WEI, et al., 2020).
A TNE é uma terapia complexa que exige um gerenciamento considerável
para garantir a oferta segura e oportuna de nutrientes e evitar complicações.
No ambiente hospitalar a limitação financeira e disponibilidade de pessoal
qualificado podem ser fatores dificultadores na efetivação da terapia, já no
ambiente doméstico as dificuldades podem ser acentuadas, pois, os pacientes
e seus familiares são responsáveis pelo gerenciamento da terapia, incluindo a
necessidade de lidar com os problemas que surgem.

Pensando nisso, esse manual como um guia prático, vem disponibilizar


de forma objetiva, características básicas das dietas enterais proporcionando
aos profissionais de saúde habilitados, material de apoio na prática diária da
TNE, maior flexibilidade, agilidade e segurança na prescrição dietoterápica e
aplicabilidade das formulações, com o objetivo de ilustrar e facilitar a tomada
de decisão na prática clínica diária. Este trabalho traz formulações dietéticas
caseiras, nutricionalmente equilibradas, de fácil preparo, compostas de
alimentos convencionais e predominantemente regionais, repercutindo em

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


13

baixo custo financeiro e descrição de padrões de formulações industrializadas


disponíveis hoje no mercado. Ressaltamos que este manual não substitui os
protocolos institucionais relativos a NE.
Referências
AANHOLT, D. P. J.; MATSUBA, C. S. T.; DIAS, M. C. G.; SILVA, M. L. T.; CAMPOS,
A. C. L.; AGUILAR-NASCIMENTO, J. E. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional
Domiciliar. BRASPEN J., v. 33 (Supl 1), p. 37-46, 2018.

BEZERRA, G. K. A.; CABRAL, P. C. Nutrição enteral precoce em pacientes


críticos e sua associação com variáveis demográficas, antropométricas e
clínicas. BRASPEN J. n. 33; v.4; p. 446-50. 2018

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.


Diretoria Colegiada – RDC nº 21 de 13 de maio de 2015. Dispõe sobre o
regulamento técnico de fórmulas para nutrição enteral. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, Seção 1, 13 de maio de 2015. Disponível em:< http://portal.anvisa.
gov.br/documents/33880/2568070/RDC_21_2015.pdf/df60e69d-974d-4204-
9fe7-74e8943a135a>. Acesso em julho de 2020.

CECENARRO, R. R. et al. Nutrición enteral temprana en pacientes con


pancreatitis agudas leves: estudio clínico randomizado [Effects of early enteral
nutrition in patients with mild acute pancreatitis.]. Rev Fac Cien Med Univ Nac
Cordoba. 75(4), p.240-247. 2018.

CHEMIN, S. M.; MURA J. D. P. Tratado de Alimentação Nutrição e Dietoterapia.


2°ed. São Paulo: ed. ROCA, 2010.

FERREIRA, I.K.C. Terapia nutricional em Unidade de Terapia Intensiva. Rev.


Bras. Ter. Intensiva, São Paulo , v. 19, n. 1, p. 90-97, mar. 2007 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000
100012&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 25 jul. 2020.

KANG, M.C.; KIM, J.H.; RYU, S.W.; et al. Prevalence of Malnutrition in


Hospitalized Patients: a Multicenter Cross-sectional Study. J Korean Med Sci.
33(2):e10. 2018.

MCCLAVE, S.; TAYLOR, B.; MARTINDALE, R.G.; et al. Society of Critical Care
Medicine; American Society for Parenteral and Enteral Nutrition. Guidelines
for the Provision and Assessment of Nutrition Support Therapy in the Adult
Critically Ill Patient: Society of Critical Care Medicine (SCCM) and American
Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.). JPEN J Parenter
Enteral Nutr. n.40, v.2, p.159-211. 2016.

CAPÍTULO 1 - NUTRIÇÃO ENTERAL: CONTEXTO GERAL


14

VALENTINI, M.; SEGANFREDO, F.B.; FERNANDES, S.A. Pediatric enteral


nutrition therapy for burn victims: when should it be initiated?. Rev Bras Ter
Intensiva.; 31(3), p.393-402. 2019.

WAITZBERG, Dan. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na pratica clínica. 5.


Ed. – Rio de Janeiro : Atheneu, 2017.

WEI J, WU J, MENG L, et al. Effects of early nutritional intervention on oral


mucositis in patients with radiotherapy for head and neck cancer. QJM.113(1),
p.37-42. 2020.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


15

CAPÍTULO 2

NUTRIÇÃO ENTERAL: PRINCÍPIOS BÁSICOS


Maria Rosiany Sousa Moreira
Conceição Nahana Alves de Macedo
Victor Alves de Oliveira

2.1 Introdução e Contexto de Aplicação


A utilização de nutrição enteral tem demonstrado muitos benefícios
para os pacientes, como: modulação imunológica, manutenção da arquitetura e
microbiota intestinal, redução de complicações clínicas e aumento da sobrevida.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) propõe uma definição
abrangente para TNE como segue: “alimento para fins especiais, com ingestão
controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição
definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas
ou via oral, industrializadas ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para
substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não,
conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial
ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção de tecidos, órgãos e sistemas”
(BRASIL, 2000).
A terapia nutricional permite atingir as necessidades proteico-calóricas
mínimas de um indivíduo e por isso tem se tornado essencial na prática clínica.
Basicamente, uma dieta enteral deve ser um composto balanceado de proteínas,
carboidratos, lipídios, fibras, eletrólitos, vitaminas e minerais. A TNE passa a
ser essencial quando a ingestão oral é insuficiente, mas vale ressaltar que sua
aplicação só é possível quando o Trato Gastrointestinal (TGI) estiver estrutural e
funcionalmente íntegro.
2.2 Indicações e Contraindicações
A TNE hospitalar ou domiciliar é indicada para pacientes com o trato
digestório total ou parcialmente funcionante e uma ingestão alimentar igual ou
menor que 60% diante da necessidade nutricional do paciente, sem condições
de se alimentar por via oral (WAITZBERG et al., 2017).

CAPÍTULO 2 - NUTRIÇÃO ENTERAL: PRINCÍPIOS BÁSICOS


16

2.3 Vias de Acesso e Métodos de Administração


A nutrição enteral pode ser administrada por sondas nasoenterais ou
por ostomias, nas posições do estômago ou intestino delgado, a escolha da
melhor via ocorre de acordo com a doença do paciente e com o tempo que será
necessário a alimentação por dieta enteral.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


17

Sempre que possível à posição gástrica deve ser utilizada, entre suas
vantagens podemos citar que o estômago suporta melhor que o intestino
delgado uma variedade de fórmulas, as sondas nasogástricas são mais fáceis
de posicionar, normalmente aceita grandes sobrecargas osmóticas, tem uma
enorme capacidade de armazenamento e geralmente aceita as refeições
intermitentes. A localização da extremidade distal da sonda na posição do jejuno
é escolhida principalmente quando há o risco de aspiração.
De acordo com a Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente
Grave, a recomendação da TNE utilizando a posição pós-pilórica, está indicada
apenas para pacientes com alto risco de aspiração, e para os intolerantes a
administração da dieta no estômago. O risco de aspiração deve ser avaliado
considerando a doença de base e as condições clínicas de cada paciente. O
posicionamento gástrico ou pós-pilórico não interfere na broncoaspiração,
mortalidade hospitalar e impacto no tempo de internação.
Em relação aos métodos de administração, podem ser feitos por
administração intermitente ou contínua dependendo do caso e necessidades
do paciente. Segundo as recomendações da Diretriz Brasileira de Terapia
Nutricional no Paciente Grave é sugerido que pacientes com risco elevado de
aspiração a oferta da nutrição enteral deve ser realizada por difusão contínua.

CAPÍTULO 2 - NUTRIÇÃO ENTERAL: PRINCÍPIOS BÁSICOS


18

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


19

2.4 Vantagens da Nutrição Enteral Precoce


Em pacientes com impossibilidade de alimentação por via oral, é
sugerido o início da TNE precocemente, dentro de 24 a 48 horas. Segundo as
diretrizes da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN)
o início precoce da Terapia de Nutrição Enteral visa:
• Prevenir contra o impacto da desnutrição em pacientes hospitalizados
(piora na cicatrização, maior tempo de hospitalização, aumento das
complicações infecciosas, mortalidade e aumento nos custos com a
saúde);
• Manutenção da integridade funcional e trofismo do trato
gastrointestinal;
• Manutenção do fluxo sanguíneo local e a liberação de hormônios e
agentes endógenos (colecistocinina, gastrina, ácidos biliares, etc.);
• Impedir a quebra de barreira e o aumento da permeabilidade das
células epiteliais;
• Manutenção do funcionamento do tecido linfoide intestinal e a
liberação de IgA;
• Redução do hipermetabolismo e catabolismo associados à resposta
inflamatória sistêmica;
• Atenuar a gravidade da doença crítica.
2.5 Complicações em TNE
A nutrição enteral é relativamente segura e suas complicações podem
ser evitadas ou corrigidas. As complicações da terapia enteral podem ser
classificadas como: gastrointestinais (diarreia, constipação, náuseas, flatulência
e distensão abdominal), metabólicas (distúrbios hidroeletrolíticos e síndrome
de realimentação), mecânicas (oclusão, deslocamento, sangramento e ruptura
da sonda), infeciosas (infecção do estoma da ostomia), respiratórias (refluxo/
aspiração) e psicológicas.

CAPÍTULO 2 - NUTRIÇÃO ENTERAL: PRINCÍPIOS BÁSICOS


20

2.6 Cuidados Básicos da Equipe Multiprofissional em TNE


A atuação da equipe multiprofissional é essencial para o sucesso da
TNE. A tomada de decisões e o acompanhamento de um paciente que necessita
de nutrição enteral deve ser feita pelo médico, fonoaudiólogo, nutricionista,
enfermeiro e fisioterapeuta que atendem o mesmo. Assim, a atuação das
equipes multiprofissionais de assistência à saúde, seja no âmbito hospitalar
ou domiciliar, é uma estratégia que tem ganhado força nos últimos anos no
Brasil. Os resultados são sempre positivos quando se tem empenho da equipe
e insumos/condições de trabalho suficientes para execução das estratégias de
terapia traçadas. Cada profissional desta equipe tem funções básicas que são
essenciais para o sucesso desta terapia.
Nutricionista
O profissional de nutrição deve planejar e orientar todos os cuidados
relativos a preparação das refeições ofertadas. Além do planejamento básico
em relação a valores calóricos, seja no âmbito hospitalar ou domiciliar, este
profissional deve cuidar para que todo o processo siga as boas práticas
recomendadas (ver capitulo 6). Orientar sobre a preparação e conservação das
dietas ofertadas é essencial para os colaboradores ou familiares que manipulam
aquele alimento. Tal ação reduz intercorrências indesejáveis que possam afetar
o paciente e reduzir o sucesso da terapia.
Fonoaudiólogo
É função do fonoaudiólogo realizar avaliação da biomecânica
de deglutição, diagnóstico e tratamento fonoaudiológico, bem como o
gerenciamento das disfagias orofaríngeas. Este profissional é responsável
pela prescrição quanto à segurança da deglutição e à consistência de dieta
por via oral. Com base em seu parecer, pode ser preparado um planejamento
para desmame e retirada da sonda quando possível. Cabe ainda estabelecer o
plano terapêutico e realizar o tratamento das desordens da deglutição/disfagia
orofaríngea.
Enfermeiro
Cabe ao enfermeiro orientar sobre a necessidade de elevar a cabeceira
(30 e 45 graus) ou manter o paciente sentado durante a administração da dieta,
além de conservar o paciente nesta posição de 20 a 30 minutos após a infusão
da dieta. É responsabilidade do enfermeiro, realizar e/ou orientar a família sobre
a administração da dieta. Todos os cuidados e procedimentos básicos para
administração devem ser realizados para garantir o sucesso da administração,
evitando qualquer intercorrência. Vale ressaltar que verificar o posicionamento
da sonda antes de iniciar o procedimento é essencial para que se tome as
medidas cabíveis para o reposicionamento da mesma.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


21

Médico ou Farmacêutico
Todas as administrações de prescrições farmacológicas devem ser
orientadas pelo médico ou farmacêutico que acompanha o paciente. Sempre
que possível, é essencial dar preferência aos medicamentos líquidos, porém,
caso o medicamento se apresente na forma de comprimidos/drágeas, o mesmo
deve ser triturado ao ponto de pó e adicionado um pouco de água para que seja
aspirado e administrado via com o auxílio de uma seringa. Os medicamentos
devem ser infundidos lentamente e a sonda deve ser lavada com água antes e
depois da administração.
Cabe ao médico avaliar as condições clínicas do paciente para definir a
localização da extremidade distal do cateter (gástrico ou entérico), bem como
estimar o tempo que o paciente fará uso de terapia nutricional enteral. Com base
nestas informações a decisão para uso de cateteres ou ostomias é realizada.
Referências
AANHOLT, D. P. J.; MATSUBA, C. S. T.; DIAS, M. C. G.; SILVA, M. L. T.; CAMPOS,
A. C. L.; AGUILAR-NASCIMENTO, J. E. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional
Domiciliar. BRASPEN J., v. 33 (Supl 1), p. 37-46, 2018.

ARAÚJO, I. S.; SANTOS, H. V. D. Colaboração de Fabrício Rodrigo Pires


Cagliari...[et al]. Guia multiprofissional de orientação para pacientes em uso
de nutrição enteral domiciliar. Petrolina: HEWAB, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária, Resolução


nº 63, de 06 de julho de 2000. Aprova o regulamento técnico para fixar os
requisitos mínimos exigidos para terapia nutricional enteral. Diário Oficial da
União da República Federativa do Brasil Brasília, 07 jul. 2000.

CASTRO, M. G.; RIBEIRO, P. C.; SOUZA, I. A. O.; CUNHA, H. F. R.; SILVA, M. H. N.;
ROCHA, E. E. M.; CORREIA, F. G.; LOSS, S. H.; FRANCO-FILHO, J. W.; NUNES, D.
S. L.; GONÇALVES, R. C.; MATOS, L. B. N.; CENICCOLA, G. D.; DIOGO OLIVEIRA
TOLEDO, D. O. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave.
BRASPEN J., v. 33 (Supl 1), p. 02-36, 2018.

CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA Parecer CFFa nº 40, de 18 de


fevereiro de 2016. ”Dispõe sobre a participação do Fonoaudiólogo na Equipe
Multidisciplinar de Terapia Nutricional”.

CUPPARI, L. Guia de nutrição: clínica no adulto. 3. ed. Barueri. São Paulo:


Manole, 2014.

CAPÍTULO 2 - NUTRIÇÃO ENTERAL: PRINCÍPIOS BÁSICOS


22

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. HDT-UFT. Protocolo de Indicação


e Desmame de Terapia Nutricional Enteral / EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE
TERAPIA NUTRICIONAL . 001 / 2017 – Versão 1.0

WAITZBERG, Dan. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na pratica clínica. 5.


Ed. – Rio de Janeiro : Atheneu, 2017.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


23

CAPÍTULO 3

DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS


Beatriz Souza Santos
Karine Rodrigues Ferreira
Thayse Wilma Nogueira de Oliveira
Victor Alves de Oliveira

Para pacientes que necessitam de nutrição enteral, as dietas


industrializadas exigem o mínimo de manipulação prévia à administração,
assegurando maior segurança microbiológica quando comparada às dietas
artesanais. São classificadas de acordo com a forma de apresentação, a saber:

CAPÍTULO 3 - DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS


24

Um aspecto importante a ser considerado é que as dietas industrializadas


possuem a consistência ideal para administração na sonda, o que reduz os riscos
de obstrução. Se necessário, essas formulações permitem a inserção de módulos
de proteína, carboidrato, fibras ou outros nutrientes necessários para atingir
as metas estabelecidas para o paciente. Entretanto, no caso das dietas com
sistema fechado, uma vez violado o sistema, o mesmo passará a ter as mesmas
características que o sistema aberto, com os mesmos riscos de contaminação.
Existem diversas formulações para uso em nutrição enteral, a maioria
das dietas disponíveis no mercado objetivam manter ou melhorando o estado
nutricional dos indivíduos, para tanto as com formulações nutricionalmente
completas, ditas “dietas padrão” suprem essa necessidade. Entretanto, alguns
pacientes têm necessidades nutricionais mais específicas e, dessa forma, se
beneficiam de alterações na composição estabelecida para fórmula padrão, que
provoque ausência, redução ou otimização dos nutrientes, adição ou retirada de
algumas substâncias específicas (Exemplo: dietas ricas ou isentas de fibras,
lácteas ou isentas de lactose, hidrolisadas ou imunomoduladoras) esse objetivo
mais específico é atingido através de dietas especializadas ou modificadas.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


25

Ao escolher o tipo de dieta a ser ofertada é interessante considerar


também a osmolaridade da fórmula a ser ofertada, conforme a tabela 1,
principalmente quando a sonda tem posição pós-pilórica, pois soluções
hiperosmolares podem resultar em diarreia. Os componentes nutricionais têm
influência direta na osmolaridade da solução, a exemplo, os monossacarídeos e
os aminoácidos cristalinos aumentam, e os peptídeos e o cloreto de sódio NaCl
tendem a diminuir. Os lipídeos não influenciam a osmolaridade, pois não formam
solução. Fórmulas contendo glicose tem efeito osmótico maior que aquelas que
contem amido.

Tabela 1 - Classificação das dietas industrializadas de acordo com a osmolaridade.


Classificação Valores de referência

Hipotônica 280-300

Isotônica 300-350

Levemente hipertônica 350-550

Hipertônica 550-750

Acentuadamente hipertônica >750

Fonte: Adaptada de Waitzberg, 2017; Chemin, 2010.

Com relação ao aporte e tipo de substrato calórico, a condição clínica é


que deverá nortear a escolha, por exemplo, no caso de necessidade de controle
do volume oferecido, uma fórmula com maior densidade energética (2,0kcal/mL)
poderá ser utilizada, entretanto, fórmulas com maiores densidades calóricas
podem diminuir a taxa de esvaziamento gástrico. As dietas industrializadas são
classificadas de acordo com a densidade calórica (DC) conforme a tabela 2,
podendo estes valores de DC variar de <0,6 a 5 kcal/ml.

Tabela 2 – Classificação das dietas industrializadas de acordo com a Densidade Calórica (DC)
Categorização da DC Valores de DC (kcal/ml) Categorização das fórmulas

Muita baixa <0,6 Acentuadamente hipocalórica

Baixa 0,6 - 0,8 Hipocalórica

Padrão 0,9 – 1,2 Normocalórica

Alta 1,3 – 1,5 Hipercalórica

Muito alta >1,5 Acentuadamente


hipercalórica
Fonte: Adaptada de Waitzberg, 2017; Chemin, 2010.

CAPÍTULO 3 - DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS


26

3.1 Recomendação Hídrica


O acompanhamento da oferta hídrica é essencial, principalmente
em situações que aumentam a perda hídrica, como febre, diarreia, fístulas e
queimaduras que necessitam de reposição. Cabe lembrar que a quantidade de
água veiculada nas formulações enterais varia em torno de 690 a 860 ml/ litro de
dieta. Dietas com maiores densidades calóricas apresentam menores volumes
de água como mostra a tabela 3.

Tabela 3 - Conteúdo de água das fórmulas enterais

Densidade calórica (Kcal/ml Conteúdo de água (ml/litro da Conteúdo de água (%)


da fórmula) fórmula)

0,9 – 1,2 800-860 80-86

1,5 760-780 76-78

2,0 690-710 69-71

Fonte: Adaptado de Waitzberg, 2017.

A água presente nas formulações deve ser considerada, relacionando-


se com a recomendação do total de líquidos que deve ser administrado.
As recomendações podem variar entre 25 e 40ml por quilo de peso por dia
considerando um indivíduo saudável. O Quadro 1 mostra algumas das bases
de cálculos utilizados para calcular a necessidade hídrica. Decidido o volume
final de dieta enteral a ser infundida, bem como o volume de líquido conforme
a necessidade hídrica, a água filtrada deve ser acrescentada por sonda, em
intervalos iguais aos da administração da dieta, para limpeza da sonda e, se
necessário, para atingir as necessidades hídricas.

Quadro 1 – Diferentes bases de cálculos de necessidades hídricas


1500ml para os primeiros 20kg + 20ml/kg acima

30-35 ml/kg (média para adultos)

30-35 ml/kg (18-64 anos)

30 ml/kg (55-65 anos)

25 ml/kg (>65 anos)

RDA: 1 ml/kcal

1 ml/kcal + 100ml/g de nitrogênio ofertado

Fonte: Adaptado de Waitzberg, 2017.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


27

3.2 Escolha da Fórmula


A partir da determinação das recomendações de energia e proteínas,
determina-se qual a formulação, considerando a densidade energética,
concentração proteica e consequentemente o volume diário. A escolha
da fórmula enteral mais adequada deve ser considerar também a via de
administração: gástrica ou pós-pilórica, o posicionamento gástrico permite maior
flexibilidade com relação a osmolaridade, enquanto que no posicionamento pós-
pilórico as isotônicas são mais bem toleradas.

Para a seleção adequada de uma dieta enteral alguns aspectos devem


ser considerados:
1. Capacidade absortiva e digestiva;
2. Condições fisiopatológicas;
3. Capacidade da fórmula para satisfazer as necessidades nutricionais;
4. Composição da fórmula considerando percentual de proteínas,
lipídeos, carboidratos e fibras, nutrientes específicos, bem como a
qualidade e forma dos nutrientes ofertados;
5. Densidade energética e osmolaridade (especialmente quando o
paciente apresentar disfunção do trato gastrointestinal);
6. Teor de sódio, potássio, magnésio e fósforo da fórmula;
7. Aceitação e tolerabilidade;
8. Rentabilidade da fórmula, relação custo-benefício e condição
socioeconômica do paciente e da família.
A tabela 4 descreve a composição de algumas dietas enterais
industrializadas disponíveis no mercado.

CAPÍTULO 3 - DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS


28

Tabela 4 – Composição de algumas dietas enterais industrializadas.


PROTEÍNAS

APRESENTAÇÃO/ DENSIDADE INDICAÇÃO


DIETA/ LABORATÓRIO/
CALÓRICA E FONTE DE CH QNT FONTE
MARCA
CARACTERÍSTICA OSMOLARIDADE

Glucerna 1.0/ ABBOTT Sistema fechado 1.0kcal/mL Maltodextrina (63%), 42,5g/L Caseinato de Paciente com diabetes
1000mL 614 mOsm/L Polissacarídeos de Ca/Na (100%) tipo 1 e 2. Também
Hipercalórica e soja (17%) e Frutose pode ser administrado
hiperproteica (20%). Carboidrato de em pacientes com
lenta absorção e baixo tolerância anormal à
índice glicêmico glicose, resultante de
estresse metabólico,
como trauma e
infecções e no auxílio
da cicatrização de
feridas.
Perative/ ABBOTT Sistema fechado 1.3 kcal/mL 100% maltodextrina 67g/L 65% caseinato Pacientes graves, com
1000mL 304 mOsm/L de Na necessidade de
Hiperproteíca e parcialmente imunonutrição e
enriquecida com L- hidrolisado cicatrização.
arginina 25%
hidrolisado de
lactoalbumina
e 10% L-
arginina

Nutri Enteral 1.5/ Tetra park 1L 1.5Kcal/mL 100% maltodextrina 64g/L 60% proteína Desnutrição, anorexia
ABBOTT Hipercalórica, 330 mOsm/L do soro do nervosa, neoplasias,
Normoproteica, leite + 40% cardiopatias, doenças

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


Normolipídica caseinato de neurológicas e
cálcio e sódio restrição de volumes
Nutrison Advanced Tetra park 1L 1.0 Kcal/mL 100% maltodextrina 51g/L 84,5% de Para situação
Cubison/ DANONE Normocalórica e 315mOsm/L caseinato de metabólica especial
hiperproteica, cálcio e sódio de distúrbios do
contendo arginina, + 15,5% de processo de
zinco, selênio e arginina cicatrização de
vitamina C, A e E. (8,5g/L) úlceras por pressão e
outras afecções
teciduais.
Nutrison Lata – 800g de pó 1,0 Kcal/ml: 9 100% maltodrextrina 36g/L 79% Proteína Pacientes
Soya/DANONE Normocalórica e colheres medida isolada de soja hospitalizados ou
normoproteica na + água = 200ml + 21% de domiciliares em risco
diluição padrão, proteína do nutricional ou
hipossódica, à base de 1,15Kcal/ml - 9 soro do leite desnutrição leve.
proteína isolada de colheres medida
soja, rica em + água = 175ml
isoflavonas.
1,34Kcal/ml - 9
colheres medida
+ água = 150ml
282 mOsm/L

Diben 1.5/ FRESENIUS Bolsa fechada 500mL 1.5 kcal/mL 41% maltodextrinas + 75g/L 92% Caseinato Indicado para pessoas
KABI ou 1000mL 450 mOsm/L 34% amido de tapioca + 8% proteína com Diabetes Mellitus
Hipercalórico e + 25% frutose do soro do tipo 1 e 2 com
Hiperproteico leite necessidade elevadas,
tolerância à glicose

CAPÍTULO 3 - DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS


alterada,
hiperglicemia induzida
por estresse a
variabilidade
glicêmica.
29
30

Fresubin 2.0 HP/ EasyBag 500ml 2.0kcal/mL Xarope de glicose 100g/L 80% caseinato Pacientes graves de
FRESENIUS KABI Hipercalórica e 395 mOsm/L (85% oligo e + 20% proteína UTI associado à
hiperproteica polissacarídeo) do soro do restrição hídrica
leite severa e necessidade
elevada de proteína
(Trauma, sepse,
Insuficiência cardíaca
congestiva, obeso
crítico, DPOC, pós
operatório, IRA).
Survimed OPD/ EasyBag 500ml 1.0kcal/mL 100% maltodextrina 45g/L 100% proteína Distúrbios
FRESENIUS KABI Normocalórica, 300 mOsm/L soro do leite disabsortivos
Hiperproteica, hidrolisada (Pancreatite,
Hipolipídica com Síndrome de Intestino
adição de TCM Curto, Doença de
Crohn, Síndrome de
Má Absorção e
Fístulas).

Fresubin Hepa/ EasyBag 500ml 1,3 Kcal/mL 100% maltodextrina 40g/L 34% de Insuficiência com risco
FRESENIUS KABI Hipercalórica, 330 mOsm/L proteína ou presença de
Normoproteica com isolada de soja encefalopatia (cirrose
adição de AACR e + 31% de hepática, pré-
fibras. AACR + 27% transplante de fígado).
de caseinato
de soja + 8%
de arginina
Fresubin HP Energy/ EasyBag 1000ml 1.5 Kcal/mL 100% maltodrextrina 75g/L 80% de Pessoas com
FRESENIUS KABI Hipercalórica e 300mOsm/L caseinato + desnutrição proteico-
Hiperproteica. 20% de calórica com
proteína do necessidade elevada
soro do leite de proteína: pacientes
graves de UTI (Sepse,

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


Trauma, Queimados e
Cirúrgicos).
Novasource Senior/ Bolsa fechada 1000mL 1.2kcal/mL 100% maltodextrina 65g/L 88% caseinato Para auxiliar na
NESTLÉ Normocalórico, 391 mOsm/L de Ca e Na manutenção e/ou
hiperproteico, com alto obtido leite de recuperação do
teor de vitamina D, vaca + 12% de estado nutricional,
vitamina C e fonte de proteína de desnutrição, doença
graves de UTI (Sepse,
Trauma, Queimados e
Cirúrgicos).
Novasource Senior/ Bolsa fechada 1000mL 1.2kcal/mL 100% maltodextrina 65g/L 88% caseinato Para auxiliar na
NESTLÉ Normocalórico, 391 mOsm/L de Ca e Na manutenção e/ou
hiperproteico, com alto obtido leite de recuperação do
teor de vitamina D, vaca + 12% de estado nutricional,
vitamina C e fonte de proteína de desnutrição, doença
cálcio e ferro. soja crítica que exija alto
aporte proteico.

Trophic/ PRODIET Pote 800g 614 mOsm/L 100% Maltodextrina 37g/L 53% Proteína Pacientes com risco
1.0 kcal/ml =7 Isolada de nutricional ou
medidas + 200ml Soja, 32% situações de nutrição
de água) Caseinato de enteral prolongada,
1.2 kcal/ml =9 Cálcio e 15% distúrbios digestivos e
medidas + 190ml Proteína absortivos e desmame
de água) Isolada do de nutrição parenteral.
1.5 kcal/ml =11 Soro do Leite
medidas + 175ml
de água
Peptimax/ Lata 400g – pó 1,0 kcal/ml = 7 100% maltodrextrina 42g/L 100% de Distúrbios digestivos e
NUTRIMED/DANONE Normocalórica e medidas + 210 ml proteína absortivos e desmame
normoproteica de água hidrolisada do de nutrição parenteral.
rápida absorção 326 mOsm/L soro do leite,
com L-Glutamina, acrescida de

CAPÍTULO 3 - DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS


proteínas L-glutamina.
hidrolisadas e TCM.
Nutri Renal 2.0/ Tetra Pak 200ml 2.0 kcal/ml 100% de 3,3g/ 60% de Indicado para
NUTRIMED/DANONE Hipercalórico e 567 mOsm/L maltodrextrina 100ml proteína do pacientes com
normoproteico soro do leite + insuficiência renal
40% de aguda ou crônica, em
caseinato de tratamento
cálcio conservador
As informações aqui contidas (análise de composição química e propriedades específicas são provenientes de catálogos de fornecedores
e rótulos dos produtos.
31
32

Referências
AANHOLT, D. P. J.; MATSUBA, C. S. T.; DIAS, M. C. G.; SILVA, M. L. T.; CAMPOS,
A. C. L.; AGUILAR-NASCIMENTO, J. E. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional
Domiciliar. BRASPEN J., v. 33 (Supl 1), p. 37-46, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária, Resolução


nº 63, de 06 de julho de 2000. Aprova o regulamento técnico para fixar os
requisitos mínimos exigidos para terapia nutricional enteral. Diário Oficial da
União da República Federativa do Brasil Brasília, 07 jul. 2000.

CASTRO, M. G.; RIBEIRO, P. C.; SOUZA, I. A. O.; CUNHA, H. F. R.; SILVA, M. H. N.;
ROCHA, E. E. M.; CORREIA, F. G.; LOSS, S. H.; FRANCO-FILHO, J. W.; NUNES, D.
S. L.; GONÇALVES, R. C.; MATOS, L. B. N.; CENICCOLA, G. D.; DIOGO OLIVEIRA
TOLEDO, D. O. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente Grave.
BRASPEN J., v. 33 (Supl 1), p. 02-36, 2018.

CASTRO E CARDOSO, M.G. et al. Fórmulas para nutrição enteral padrão e


modificada disponíveis no Brasil: Levantamento e classificação. BRASPEN J.,
v. 33 (Supl 4), p. 402-17, 2018.

CHEMIN, S. M.; MURA J. D. P. Tratado de Alimentação Nutrição e Dietoterapia.


2°ed. São Paulo: ed. ROCA, 2010.

CUPPARI, L. Guia de nutrição: clínica no adulto. 3. ed. Barueri. São Paulo:


Manole, 2014.

WAITZBERG, D.L. Nutrição oral, enteral e parenteral na pratica clínica. São


Paulo: Ed Atheneu, 2009.

WAITZBERG, Dan. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na pratica clínica. 5.


Ed. – Rio de Janeiro : Atheneu, 2017.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


33

CAPÍTULO 4

DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS


Conceição Nahana Alves de Macedo
Francisca Camila Batista Lima
Ianca Passos de Sousa
Jaíla Maria Feitosa
Leyla Lumara Cabral Soares Pimentel
Maria Rosiany Sousa Moreira
Victor Alves de Oliveira

4.1 Contexto de aplicação


O suporte com a nutrição enteral possibilita ao paciente o adequado
aporte calórico, minimiza as complicações infecciosas e promove uma melhora
do prognóstico (SCHENEIDER e MENDONÇA, 2015). As dietas artesanais
são muito utilizadas em países em desenvolvimento em virtude de seu baixo
custo quando comparada as dietas industrializadas, permitindo a escolha de
alimentos nutricionalmente adequados, preservação do conteúdo de fibra, além
de flexibilidade e preservação de características químicas e físicas (FRANCA et
al., 2017).
A fim de garantir a qualidade nutricional e microbiológica, a legislação
brasileira atual exige que os pacientes hospitalizados recebam apenas dietas
enterais industrializadas. Entretanto, o uso de dietas enterais artesanais ainda é
uma prática comum em muitos hospitais brasileiros de pequeno e médio porte.
Além disso, vale ressaltar que a prescrição de uso destas dietas artesanais por
pacientes em cuidados domiciliar também é uma prática comum na atuação
de equipes de serviços de assistência domiciliar. Tal prática é amparada pela
Portaria 120/09 na qual define que “As dietas artesanais e/ou semiartesanais
deverão ser incentivadas naqueles pacientes sob cuidados e/ou internação
domiciliar”. O contexto domiciliar de utilização destas dietas artesanais demanda
a necessidade de um acompanhamento assíduo e orientação ampla da equipe
para que o sucesso da terapia seja total, bem como sua aplicação seja segura
(AANHOLT et al, 2017; WAITZBERG et al 2017).
CAPÍTULO 4 - DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS
34

4.2 Recomendações básicas para registro/evolução do planejamento


dietético e dietoterápico
O planejamento dietoterápico de um paciente tem início logo que o
mesmo é admitido pelo serviço ou recebido para acompanhamento por uma
equipe multiprofissional no âmbito domiciliar. A triagem nutricional deve ser
realizada de imediato utilizando algum dos inúmeros protocolos de triagem
nutricional já validados e que são escolhidos por cada equipe a depender do seu
contexto/realidade de trabalho (FIDELIX, 2014).
O planejamento e a intervenção nutricional devem ser individualizados,
incluindo modificações na composição, consistência, e fracionamento das dietas
orais. Deve ser considerado também a adição de suplementos nutricionais e a
aplicação de nutrição enteral e parenteral parcial ou total.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


35

O registro do atendimento nutricional em prontuário ou controle domiciliar


também deve ser realizado. Recomenda-se que para um acompanhamento
adequado e cuidados, o profissional de saúde possa anotar com certa frequência
algumas informações (definidas pela equipe no contexto da sua realidade) que
possam gerar um acompanhamento em relação ao sucesso da terapia planejada.
A periodicidade destes registros é variável a depender do suporte nutricional e do
contexto de uso (hospitalar ou domiciliar), entretanto para pacientes em suporte
nutricional por via de alimentação exclusiva oral ou enteral (sondas ou ostomias),
bem como pacientes com alimentação mista (oral+enteral / enteral+parenteral
/parenteral+oral / oral+enteral+parenteral), recomenda-se um registro diário
para melhor o acompanhamento.
No contexto da primeira avaliação ou evolução, deve-se registrar no
prontuário/ficha de acompanhamento do paciente os resultados da avaliação
nutricional, investigação dietética, exame físico e capacidade funcional (por pelo
menos um método), antropometria, dados da avaliação bioquímica e diagnóstico
nutricional. O profissional deve registrar também as necessidades nutricionais,
metas/objetivos do cuidado nutricional e conduta nutricional elaborada, para
possibilitar a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a
continuidade da assistência prestada ao indivíduo (Resolução nº 1.638/2002).
As evoluções subsequentes devem conter um registro do período de
terapia nutricional, avaliação clínica nutricional ampla (TGI, diurese e ingestão
hídrica) e dados da reavaliação nutricional (antropométrica, exame físico e
avaliação bioquímica). Recomenda-se utilizar instrumentos validados como
Avaliação Subjetiva Global/Mini Avaliação Nutricional (ASG/MAN) ou Avaliação
Subjetiva Global –produzida pelo paciente (ASG-PPP) durante os procedimentos
de triagem e acompanhamento. É importante registrar qualquer alteração
na conduta ou prescrição dietética, conforme evolução ou decisão da equipe
multiprofissional.
4.3 Prescrição Dietética
A prescrição dietética é ato privativo do nutricionista. Sua elaboração
tem como base as diretrizes estabelecidas no diagnóstico nutricional, formulado
a partir de dados clínicos, bioquímicos, antropométricos e dietéticos (CFN,
2003). Os cálculos de necessidades do paciente que darão suporte para a
prescrição dietética devem ser feitos por fórmulas/métodos validados a escolha
do profissional ou da equipe multiprofissional que acompanha o paciente. Deve-
se levar em consideração todas as particularidades de cada paciente para que
o profissional possa fazer um cálculo correto das necessidades do indivíduo,
ofertando assim uma dieta adequada para manter ou recuperar o estado de
saúde do paciente.

CAPÍTULO 4 - DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS


36

O registro da prescrição dietética deve ser feito em formulário de evolução


padronizado pela equipe/instituição e deverá ser descrita no corpo do texto da
evolução, preferencialmente na conduta nutricional. O registro da prescrição
dietética deve conter o Valor Energético Total (VET) requerido, recomendações/
planejamento de macro e micronutrientes importantes para o caso clínico,
consistência da dieta ou tipo de fórmula/modulo complementar, fracionamento
das refeições, método de técnica de administração e gotejamento.

4.4 Dieta Enteral Artesanal na Prática: sugestões para montagem de plano


alimentar com base na necessidade de seu paciente.
Considerando a necessidade de uso prolongado ou indefinido da nutrição
enteral, o baixo poder aquisitivo dos pacientes da rede pública e o custo elevado
das dietas industrializadas, vários serviços têm utilizado fórmulas caseiras ou
semiartesanais.
Muito se discute sobre a empregabilidade do Preparo caseiro ou
artesanal de dietas enterais, com a utilização de alimentos in natura combinados
ou não com produtos industrializados. Os hospitais devem fornecer de forma
sistemática e padronizada, refeições de qualidade nutricional e higiênico-
sanitária. Esta recomendação também é válida para as equipes que prescrevem
a TNED, devendo os profissionais orientarem os manipuladores/familiares e
planejar de forma adequada a intervenção dietoterápica do seu paciente.
Existe uma carência de informações sobre estabilidade, composição
química e efeito osmótico das dietas artesanais e semiartesanais. Tal fato se
deve muito a infinidade de opções de ingredientes, a composição nutricional
dos alimentos e até a falta de padronização nos procedimentos e técnicas de
preparo. A maioria das opções de dietas artesanais apresenta composição
estimada a partir de tabelas de composição de alimentos que podem resultar em
um fator de erro, contudo esta é uma metodologia útil para a prática clínica. Para

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


37

reduzir o erro desta metodologia a utilização de Fichas Técnicas de Preparação


(FTPs) se torna essencial, na prática. Esta é uma estratégia eficiente para a
padronização e controle de qualidade das preparações prescritas (ADJAFRE et
al., 2013; WAITZBERG et al., 2017).

Uma elaboração precisa e bem redigida das mesmas, é parte importante


do trabalho do Nutricionista em todo e qualquer cenário de Serviço de
Alimentação. A atividade inclui a apresentação do valor nutricional e a imagem
do prato para garantir uma apresentação uniforme (SOUZA E MARSI, 2015). O
detalhamento das FTPs ajuda a assegurar a qualidade, e permite ao nutricionista
monitorar a eficiência de seu trabalho e de sua equipe, reduzindo custos e
eliminando perdas (ADJAFRE et al., 2013).
Com base nisso, o presente capítulo traz sugestões de preparações (café
da manhã, lanches, refeições principais e ceias) que foram elaboradas conforme
a metodologia supracitada (Tabela de Análise de Composição de Alimentos -
TACO e a Tabela de Medicas Caseiras). As preparações foram pensadas para
um VET médio de 2000kcal/dia, sendo este dividido proporcionalmente entre as
refeições (café da manhã - 300kcal (15%), ceia – 100kcal (5%), lanches - 200kcal
(10%) e principais refeições (almoço e jantar) - 600kcal (30%)). A proposta busca
incorporar o valor total de cada refeição em um volume final de 200 a 300ml.
Por conta do planejamento individual destas refeições, sugerimos alguns
planos dietéticos com valores energéticos totais pré-estabelecidos (1.600kcal,
1.800kcal, 2.100kcal e 2.500kcal) como exemplo (Tabela 1).
Todas as preparações para as diferentes refeições sugeridas neste
capítulo estão descritas na tabela 2 com seu respectivo valor calórico e
composição em gramas de carboidratos, lipídios e proteínas. As preparações
da tabela 2 permitem o profissional montar diferentes planos dietéticos que
possam atender as necessidades dos seus pacientes.
Para padronizar todas as preparações, no anexo A deste livro, encontram-
se todas as fichas técnicas das 29 preparações citadas na tabela 1 e 2. As
preparações estão organizadas em um sumário para facilitar a extração de

CAPÍTULO 4 - DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS


38

informações necessárias. Vale ressaltar que todas as preparações aqui sugeridas


são passíveis de adequação e modificação pelo profissional prescritor, podendo
ser adicionado módulos ou suplementos nutricionais da sua preferência, bem
como outros ingredientes. Contudo, qualquer alteração deve ser feita com base
em novos cálculos pelo nutricionista prescritor.
As FTPs produzidas contêm dados como: ingredientes, peso bruto, fator
de correção, fator de cocção, peso líquido, medida caseira, calorias, macro e
micronutrientes (Ca, Fe, Zn, Mg, K, Na, Vitamina A, C e E).
A divisão das preparações foi proposta de duas formas: 1 – dietas
completas para o dia de acordo com a necessidade do paciente (1.600kcal,
1.800kcal, 2.100kcal e 2.500kcal); 2 – dietas calculadas por refeições, divididas
em café da manhã com 300kcal, lanches com 200kcal e principais refeições
(almoço e jantar) com 600kcal, dando autonomia e variedade ao nutricionista na
hora de prescrever a dieta.
4.5 Fatores que podem interferir no sucesso da terapia.
Até o momento há uma escassez de dados referentes a composição
centesimal das dietas enterais artesanais ou semiartesanais, que geram
incertezas quanto a sua qualidade nutricional, as propriedades físicas que
alteram sua fluidez e a insegurança microbiológica. A indicação da nutrição
enteral domiciliar segue os mesmos preceitos dessa modalidade terapêutica no
ambiente hospitalar. Deve-se, portanto, considerar a patologia base, o estado
clínico geral do paciente, a condição financeira da família, o tempo necessário
para treinamento e adaptação dos procedimentos relacionados ao preparo das
dietas enterais, além da capacidade de suprir todos os cuidados específicos
necessários para o sucesso da terapia.
No domicílio, essas dietas enterais citadas anteriormente, podem ser
preferidas por razões econômicas e culturais, ou pela flexibilidade de ajustar os
ingredientes e o conteúdo nutricional. Independente de qualquer consideração,
é essencial que a composição da dieta enteral seja adequada às recomendações,
tenha baixa viscosidade, não resulte em manifestações gastrointestinais, seja
economicamente viável, seja composta por produtos ou alimentos acessíveis e
seu preparo, seja relativamente fácil.
Idealmente, uma fórmula padrão normocalórica contém de 0,9 a 1,2 kcal/
ml. Algumas propostas de dietas enterais artesanais não atingem a densidade
energética mínima, mas outras, podem ser classificadas como normocalóricas
ou mesmo hipercalóricas. Quanto a composição nutricional, a fonte proteica
pode ser obtida a partir da soja, carne bovina ou de frango, farinha de peixe ou
de misturas de carne bovina, leite e pó de dietas enterais industrializadas. Ainda
com relação à composição, deve-se priorizar boas fontes de lipídios, assim como
a composição de carboidratos deve ser planejada e avaliada de forma criteriosa

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


39

para cada preparação. Tal fato se deve ao acréscimo de viscosidade que os


carboidratos podem proporcionar a preparação final, bem como a importância
energética deste macronutriente para se atingir o VET planejado.
Quanto à qualidade microbiológica das dietas enterais artesanais, para
garantir a segurança das mesmas, deve-se orientar práticas adequadas de
higiene dos manipuladores, utensílios e locais de preparação. Em ambientes
institucionais a elaboração e implantação do sistema de Análise de Pontos
Críticos de Controle (APPCC) reduz a possibilidade de contaminação. Já
em ambientes domiciliares os Pontos Críticos de Controle (PCC) devem ser
informados para os responsáveis pela manipulação.
Vale ressaltar que maior atenção deve ser dada aos utensílios
empregados no preparo, como liquidificador e peneiras, sendo importantíssimo
a correta higienização dos mesmos para minimizar os riscos de contaminação,
uma vez que estes itens são os mais comumente associados a contaminação
microbiológica. Além dos cuidados já citados, outros mais devem ser tomados
na hora do preparo, armazenamento e manipulação como será explorado no
capítulo 6.
Por fim, ressaltamos que há vantagens no uso da dieta artesanal, como
a facilidade da individualização da fórmula quando a composição nutricional e o
volume, além do custo aparente menor que aquele da dieta similar industrializada.
Como desvantagens, as dietas artesanais e semiartesanais apresentam
instabilidade bromatológica, microbiológica e organoléptica do produto final,
que pode acarretar um custo real maior que a da dieta industrializada.

CAPÍTULO 4 - DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS


40

Tabela 1 - Sugestões para a montagem do plano alimentar


1600 Kcal
REFEIÇÕES Opção 1 Opção 2
Vitamina de banana com Vitamina de banana (250ml)
Café da manhã mamão e maça (250ml)
Obs.: 5,79g de proteína Obs.: 6,45g de proteína
Suco de abacaxi (250ml) Suco de beterraba com laranja
Lanche (250ml)
Obs.: 6,44g de proteína Obs.: 9,69g de proteína
Sopa de frango + feijão +
Sopa de frango + arroz + feijão +
cenoura + batata doce
Almoço abóbora (300ml)
(300ml)
Obs.: 32,38g de proteína
Obs.: 36,97g de proteína
Suco de melão (250ml) Suco de goiaba (250ml)
Lanche
Obs.: 8,3g de proteína Obs.: 6,44g de proteína
Sopa de carne moída +
Sopa de peixe + batata doce +
macarrão + abobrinha +
beterraba + abóbora (250ml)
Jantar cenoura + beterraba
(300ml)
Obs.: 25,3g de proteína
Obs.: 32,94g de proteína
Kcal 1686,1 1626,5
Carboidratos
207,35g - 49,3% 216,24g - 53,7%
(g-%)
Proteínas (g-%) 90,44g - 21% 80,26 - 19,9%
Lipídios (g-%) 55,5g - 29,7% 47,18g - 26,4%

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


41

1800 Kcal
REFEIÇÕES Opção 1 Opção 2
Vitamina de banana com Mingau de farinha de arroz
Café da manhã mamão e maçã (250ml) (250ml)
Obs.: 5,79g de proteína Obs.: 9,15g de proteína
Suco de melão (250ml) Suco de laranja com couve
Lanche (250ml)
Obs.: 8,3g de proteína Obs.: 9,96g de proteína
Sopa de frango +feijão + Sopa de carne moída +
batata doce + cenoura (300ml) macarrão + abobrinha + cenoura
Almoço
+ beterraba (300ml)
Obs.: 36,97gg de proteína Obs.: 32,94g de proteína
Suco de abacaxi (250ml) Vitamina de banana com aveia
Lanche (200ml)
Obs.: 6,44g de proteína Obs.: 8,11g de proteína
Sopa de peixe + batata doce + Sopa de peixe + mandioca +
Jantar beterraba + abóbora (300ml) beterraba + cenoura (300ml)
Obs.: 30,41g de proteína Obs.: 30,25g de proteína
Mingau de aveia (100ml)
Ceia -
Obs.: 5,9g de proteína
Kcal 1858,9 1859,6
Carboidratos
255,93g - 55% 237,55g - 51,1%
(g-%)
Proteínas (g-%) 93,81g - 20,1% 90,41g - 19,4%
Lipídios (g-%) 51,68g - 24,9% 60,97 - 29,5%

CAPÍTULO 4 - DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS


42

2100 Kcal
REFEIÇÕES Opção 1 Opção 2
Mingau de aveia (200ml) Vitamina de abacate (300ml)
Café da manhã
Obs.: 11,81g de proteína Obs.: 10,26g de proteína
Suco de laranja com cenoura Suco de goiaba (250ml)
Lanche (250ml)
Obs.: 2,53g de proteína Obs.: 3,75g de proteína
Sopa de carne moída + Sopa de peixe + mandioca +
macarrão + abobrinha + beterraba + cenoura (300ml)
Almoço
cenoura + beterraba (300ml)
Obs.: 32,94g de proteína Obs.: 30,25g de proteína
Vitamina de goiaba (200ml) Vitamina de mamão com ameixa
Lanche (250ml)
Obs.: 8,61g de proteína Obs.: 9,58g de proteína
Sopa de peixe + batata doce + Sopa de frango + batata doce +
Jantar beterraba + abóbora (300ml) feijão + beterraba (300ml)
Obs.: 30,25g de proteína Obs.: 36,97g de proteína
Leite com sustagem (250ml) Mingau de farinha de arroz
Ceia (250ml)
Obs.: 16,94g de proteína Obs.: 9,15g de proteína
Kcal 2142,79 2152,0
Carboidratos
314,67g - 54% 280,97g - 52%
(g-%)
Proteínas (g-%) 103, 08g - 17,6% 99,96g - 18,5%
Lipídios (g-%) 73,52g - 28,4% 70,9g - 29,5%

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


43

2500 Kcal
REFEIÇÕES Opção 1 Opção 2
Mingau de farinha de arroz Mingau de aveia (300ml)
Café da manhã (300ml)
Obs.: 10,98 de proteína Obs.: 17,5g de proteína
Suco de laranja com couve Suco de goiaba (300ml)
Lanche (300ml)
Obs.: 11,6g de proteína Obs.: 4,5g de proteína
Sopa de peixe + mandioca + Sopa de frango + arroz + feijão +
Almoço beterraba + cenoura (300ml) abóbora (300ml)
Obs.: 30,25g de proteína Obs.: 32,38g de proteína
Suco de abacaxi (300ml) Suco de beterraba com laranja
Lanche (300ml)
Obs.: 7,7g de proteína Obs.: 6,3g de proteína
Vitamina de manga com Vitamina de mamão com ameixa
Lanche laranja (300ml) (300ml)
Obs.: 5,87g de proteína Obs.: 11,5g de proteína
Sopa de legumes (abóbora,
Sopa de legumes (Batata doce,
batata inglesa, cenoura, tomate
beterraba, chuchu, tomate) +
Jantar e pimentão) + sustagem
ovo (300ml)
(300ml)
Obs.: 26,87g de proteína
Obs.: 40,82g de proteína
Leite com sustagem (300ml) Mingau de farinha de arroz
Ceia (300ml)
Obs.: 20,33g de proteína Obs.: 9,15g de proteína
Kcal 2521,07 2556,78
Carboidratos
331,6g - 53,3% 342,84g - 55,8%
(g-%)
Proteínas (g-%) 113,6g - 18,3% 122,15g - 19,9%
Lipídios (g-%) 78,41g - 28,4% 66,39g - 24,3%

CAPÍTULO 4 - DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS


44

Tabela 2 - Informação nutricional das preparações.


Café da manhã, lanches e ceias
PREPARAÇÃO VALOR Carboidratos Proteínas Lipídios
CALÓRICO (gramas) (gramas) (gramas)
(Kcal)
Mingau de aveia (200ml) 286,6 36,72 11,81 10,62
Mingau de farinha de arroz 304,2 46,36 9,15 8,53
(250ml)
Leite com sustagem 289,6 34,14 16,94 9,61
(250ml)
Vitamina de banana (250ml) 198,87 32,72 6,45 4,65
Vitamina de abacate 277,6 24,93 10,26 15,89
(300ml)
Vitamina de manga com 178,62 26,66 5,87 4,53
laranja (250ml)
Vitamina de goiaba (200ml) 197,7 23,46 8,61 8,43
Vitamina de banana com 201,7 28,13 8,11 7,46
aveia (200ml)
Vitamina de banana com 207,4 39,97 5,79 4,33
mamão e maçã (250ml)
Vitamina de mamão com 195 29,10 9,58 5,14
ameixa (250ml)
Suco de goiaba (250ml) 195,2 47,20 3,75 0,34
Suco de abacaxi (250ml) 184 37,07 6,44 0,33
Suco de Melão (250ml) 167 32,50 8,3 0,90
Suco de laranja com 201,49 49,43 2,53 0,38
cenoura (250ml)
Suco de beterraba com 184,4 44,45 5,24 0,51
laranja (250ml)
Suco de laranja com couve 186,3 37,68 9,69 0,50
(250ml)
Somatório 3455,68 570,52 128,52 82,15

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


45

Refeições principais
PREPARAÇÃO VALOR Carboidratos Proteínas Lipídios
CALÓRICO (gramas) (gramas) (gramas)
(Kcal)
Sopa de carne moída + 541,9 49,8 38,5g 20,1
Batata doce + Beterraba +
Chuchu + Tomate (300ml)
Carne moída com feijão, 568,71 45,15 32,58 27,45
ovo, batata inglesa e
beterraba (300ml)
Sopa de carne moída + 557,7 44,9 32,94 26,71
macarrão + abobrinha +
cenoura + beterraba
(300ml)
Sopa de frango, arroz, 556,7 46,17 32,38 27,55
feijão, abóbora (300ml)

Sopa de frango com feijão, 570 52,90 36,97 23,23


cenoura, e batata doce
(300ml)
Sopa de frango + Mandioca 569,3 52,6 31,9 25,3
+ Chuchu + Cenoura (300ml)
Sopa de frango com arroz, 557,7 46,1 34,5 25,2
ovo e legumes (300ml)
Sopa de peixe + batata doce 587,29 75,13 30,41 17,58
+ beterraba + abóbora
(300ml)
Sopa de peixe + Mandioca + 609,7 80,48 30,25 17,77
Beterraba + Cenoura
(300ml)

CAPÍTULO 4 - DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS


46

Sopa de sardinha + Arroz + 535,68 37,6 22,73 29,15


Couve-folha + Chuchu +
Cenoura (300ml)
Sopa de peixe com feijão + 581,5 57,3 28,4 26,2
Batata inglesa + Cenoura +
Chuchu (300ml)
Sopa de legumes (abóbora, 576,5 50,43 40,82 7,21
batata inglesa, cenoura,
tomate e pimentão) +
sustagem (300ml)
Sopa de legumes (Batata 575,79 41,83 26,87 33,36
doce, Beterraba, Chuchu,
Tomate) com ovo (300ml)
Somatório 7388,47 680,39 380,75 306,81

Referências
AANHOLT, D. P. J.; MATSUBA, C. S. T.; DIAS, M. C. G.; SILVA, M. L. T.; CAMPOS,
A. C. L.; AGUILAR-NASCIMENTO, J. E. Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional
Domiciliar. BRASPEN J., v. 33 (Supl 1), p. 37-46, 2018.

ADJAFRE, R. Implementação e elaboração de fichas técnicas de preparo em


uma unidade de alimentação e nutrição institucional: uma proposta de redução
de sódio e gordura. Nutrire. 2013

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária de Alimentos (ANVISA).


Ministério da Saúde: Portaria n° 120, de 14 de abril de 2009. Assistência de
Alta Complexidade de Terapia Nutricional. Diário Oficial da União.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Define prontuário médico e torna


obrigatória a criação da Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições
de Saúde. Resolução CFM 1.638, de 10 de julho de 2002. Brasília: CFM, 2002.

CONSELHO FEDERAL DE NUTRIÇÃO. Dispõe sobre critérios para Prescrição


Dietética na área de Nutrição Clínica e dá outras providências. RESOLUÇÃO
CFN Nº 304, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2003. Brasília: CFN, 2003.

FIDELIX, M. S. P. Manual orientativo: Sistematização do cuidado de nutrição.


Associação Brasileira de Nutrição, São Paulo, p. 1-66, 2014.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


47

FRANCA, S. C.; PAIVA, S. A. R.; BORGATO, M. H.; FONTES, C. M. B.; SIMONETTI,


J. P.;LIMA, S. A. M..;PAPINI, S. J. Homemade diet versus diet industrialized
for patients using alternative feeding tube at home-An integrative review.
Nutrición Hospitalaria, 34(6), 1281-1287, 2017.

SCHNEIDER, A. P. G. C.; MENDONÇA, S. S. Indicadores de qualidade em terapia


nutricional em terapia intensiva. Comunicação em Ciências da Saúde, v. 26, n.
03/04, 2015.

SOUZA, L. V; MARSI, T. C. O; Importância da ficha técnica em UANs: produção


e custos de preparações/refeições. J Health Sci Inst. 33(3):248-53, São Paulo,
2015.

WAITZBERG, Dan. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na pratica clínica. 5.


Ed. – Rio de Janeiro : Atheneu, 2017.

CAPÍTULO 4 - DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS


48

CAPÍTULO 5

SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS EM
NUTRIÇÃO ENTERAL
Thayse Wilma Nogueira de Oliveira
Maria Rosiany Sousa Moreira
Karine Rodrigues Ferreira
Beatriz Souza Santos

Quando o uso de fórmulas enterais industrializadas não é possível, a dieta


artesanal se torna uma alternativa viável e econômica para alimentar pacientes
estáveis clinicamente e nutricionalmente. Neste tipo de formulação, muitas
vezes, são necessários o emprego de suplementos ou módulos nutricionais afim
de aumentar oferta de nutrientes em geral ou específicos (carboidratos, lipídios,
proteínas, fibras alimentares ou micronutrientes).

De maneira geral, são suplementos para uso oral ou enteral, com


características similares as fórmulas enterais, que visam complementar as
necessidades nutricionais de indivíduos quando a ingestão é insuficiente e/
ou em situações clínicas específicas (CUNHA et al., 2008; MAHAN; ESCOTT-
STUMP; RAYMOND, 2012).

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


49

Estão disponíveis comercialmente na forma em pó, para ser reconstituído


em leite ou água (ou algum líquido), ou na forma líquida, pronto para consumo.
Assim como as fórmulas enterais, os suplementos podem ser classificados
como padrão ou especializados, onde o primeiro é destinado a indivíduos que
necessitam suprir as necessidades nutricionais, de forma a manter ou melhorar o
seu estado nutricional e o segundo, que além de otimizarem o estado nutricional
do indivíduo, também atuam como coadjuvante no tratamento clínico (por
exemplo: oncologia, cirurgia, cicatrização, etc.). Em relação a densidade calórica
e osmolalidade, os suplementos também seguem a mesma classificação das
fórmulas enterais (ver capítulo 3) (FERREIRA et al., 2017; WAITZBERG et al.,
2017).
As fontes de nutrientes da composição variam conforme formulações
e fabricantes. Com frequência são empregados triglicerídeos de cadeia longa
(TCL) e ácidos graxos poli-insaturados (óleos vegetais e de peixe), embora
alguns contenham triglicerídeos de cadeia média (TCM). Os carboidratos mais
encontrados nestas formulações estão na forma de amido (amido de milho),
polímeros de glicose (maltodextrina), dissacarídeos (sacarose, lactose) e
monossacarídeos (glicose, frutose). Para melhorar aceitação via oral, alguns
suplementos apresentam quantidades consideráveis de carboidratos simples, o
que o torna mais doce e com osmolalidade elevada, podendo causar intolerância
gastrointestinal (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012; CUPPARI et al.,
2019).

Com relação a proteína, este pode se encontrar na forma intacta,


hidrolisada ou aminoácidos livres, como aqueles desenvolvidos para indivíduos
com distúrbios disabsortivos. As principais fontes são proteínas do leite (caseína,
lactoalbumina), soja e ovo. A presença de fibras nos suplementos visa colaborar
para uma melhor oferta deste nutriente na dieta e, geralmente é formado por
mistura de fibras solúveis (pectina, mucilagem e gomas) e insolúveis (celulose,

CAPÍTULO 5 - SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS EM NUTRIÇÃO ENTERAL


50

hemicelulose e lignina). Alguns produtos fornecem uma dieta nutricionalmente


completa quando o paciente ingere em volume suficiente, porém outras
formulações deixam a desejar, principalmente nos teores de vitaminas e
minerais, sendo necessário a suplementação destes nutrientes (MAHAN;
ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012).
Normalmente formulações prontas para o consumo são isentas de lactose
e glúten, diferentemente do suplemento em pó, devendo a prescrição considerar
a presença de intolerância à lactose, doença celíaca, alergias, desconforto
digestivo após ingestão ou outras doenças gastrointestinais. Na presença de
sacarose, deve-se atentar para situações clínicas que contraindiquem este
nutriente e buscar outra opção que se ajuste ao plano de cuidado nutricional.
Outra observação importante é em relação a condições que restringem a
ingestão de gorduras ou proteínas intactas (CUNHA et al., 2008; CARVALHO,
2016; WAITZBERG et al., 2017).
Tendo em vista a condição clínica, os suplementos especializados podem
ser considerados, auxiliando no manejo nutricional. Este é o caso de pacientes
com Lesão Por Pressão (LPP), que podem fazer uso de formulações contendo
nutrientes essenciais no processo de cicatrização; pacientes no pré-operatório
de cirurgias eletivas de grande porte, que necessitam de preparo imunológico;
diabéticos descompensados, com formulações restritas em carboidratos;
hepatopatas, com formulações contendo aminoácidos de cadeia ramificada;
indivíduos com doença renal crônica, que necessitam de fórmula hipercalóricas,
mas restritas em proteína e eletrólitos; entre outros. Além disso, outros nutrientes
em específico podem ser suplementados, na forma de módulos nutricionais
(WAITZBERG et al., 2017; CUPPARI et al., 2019).
5.1 Módulos Nutricionais
São fórmulas compostas por um dos principais grupos de nutrientes:
carboidratos, lipídios, proteínas, fibras alimentares ou micronutrientes
(vitaminas e minerais), recomendados para a suplementação da alimentação via
oral e enteral ou na elaboração de fórmula nutricional enteral. Sua prescrição
deve considerar as particularidades dos indivíduos e poderão ser acrescidos às
fórmulas enterais (industrializadas ou artesanais) (BRASIL, 2016; WAITZBERG
et al., 2017).
De acordo com a Resolução - RDC nº 21, de 13 de maio de 2015, da
ANVISA, que dispõe sobre o regulamento técnico de fórmulas para nutrição
enteral, o módulo deve ser constituído somente por um dos nutrientes. O
módulo de proteína pode ser constituído por proteínas intactas, hidrolisadas
ou aminoácidos, isolados ou associados. O módulo de micronutrientes pode
ser constituído por vitaminas ou por minerais, isolados ou associados (BRASIL,
2015b).

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


51

5.2 Considerações finais


O uso de suplementos nutricionais em dietas artesanais enterais deve ser
considerado, porém a escolha e indicação deve ser avaliada de acordo com cada
indivíduo, devendo o nutricionista realizar a melhor e mais adequada indicação,
de acordo com as especificações clínicas e nutricionais de cada paciente.
Deve-se ressaltar que o uso destas formulações não deixa o indivíduo isento de
complicações, devendo ser observado tolerância e presença de intercorrências
e a higiene no preparo das formulações, principalmente na forma em pó, é
indispensável para segurança do paciente.
Como material suplementar deste capitulo, a tabela 1 descreve a
composição e sugere suplementos alimentares presentes no mercado de acordo
com suas indicações.

CAPÍTULO 5 - SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS EM NUTRIÇÃO ENTERAL


52

Tabela 1 - Composição de suplementos


Tabelaalimentares presentes
1 - Composição de no
suplementos
mercado. alimentares presentes no mercado.

Características e
Classificação Produto Apresentação Porção Caloria PTN CHO LIP Fibras Osm
indicações
Padrão Nutren Pó 100g 422Kcal 36g 36g 15g 2,2g (70% 354 Suplemento nutricional
Sênior Sem FOS e hiperproteico,
sabor 30% destinado a pacientes
(Nestlé) inulina) acima dos 50 anos, com
combinação exclusiva
de cálcio, proteína e
vitamina D, e 26
vitaminas e minerais.
Não contém glúten e
sacarose. Contém
lactose.
Nutren Pó 31,5g 128Kcal 11g 12g 4,1g 2,0g 354 Suplemento
Sênior desenvolvido pensando
Sabor nas necessidades
Baunilha nutricionais de quem já
(Nestlé) passou dos 50anos. Não
contém glúten.
Alérgicos: contém
derivados de leite e
soja.
Nutren Pó 31,5g 110Kcal 7,5g 18g 0,9g 1,7g - Complemento alimentar
Active (sendo para jovens e adultos
Baunilha 1,2g FOS que buscam mais
(Nestlé) e 0,5g energia e disposição.
Inulina) Contém glúten. Não
contém sacarose.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


Nutridrink Pó 100g 430Kcal 22g 54g 14g 3,4g 540 Suplemento nutricional
Max completo,
/Protein hiperproteico, que
Sem sabor fornece uma
(Danone) combinação
balanceada de
nutrientes, além de 29
vitaminas e minerais e
exclusivo mix de fibras.
Não contém glúten.
Contém apenas
0,3g/100mL de lactose.
Ensure Pó 100g 435Kcal 16g 58g 14g 4,4g 517 Suplemento oral
(Abbott) especialmente
planejado para oferecer
nutrição completa e
balanceada. Contém 28
vitaminas e minerais
essenciais. Isento de
glúten. Contém
Sacarose e derivados
de leite e de soja.
Contém Lactose.
Sustap Pó 100g 357Kcal 40g 43g 2,8g 4,5g - Complemento alimentar
Sênior em pó, enriquecido com
(Probene) 27 vitaminas e sais
minerais. Ideal para
jovens, adultos e
pessoas que
necessitam
complementar a

CAPÍTULO 5 - SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS EM NUTRIÇÃO ENTERAL


alimentação de maneira
balanceada. Não
contém glúten. Contém
lactose.
53
54

Fresubin Líquido 200ml 300Kcal 11,2g 37,6g 11,6g 0g 355 Suplemento padrão,
Energy indicado para indivíduos
(Fresenius) em risco nutricional ou
desnutrição leve. Não
contém glúten.
Especializado Glucerna Pó 100g 426Kcal 21g 51g 15g 5,4g 421 Fórmula especializada
SR (Abbott) para o controle
glicêmico. Adicionado
de fibras, vitaminas e
ácidos graxos Ômega 3.
Não contém glúten e
contém lactose.
Nutri Renal Líquido 200ml 400Kcal 6,6g 64g 13,4g 0g 591 Alimento para nutrição
(Nutrimed) oral e/ou enteral,
formulado para
pacientes com função
renal comprometida,
em tratamento
conservador. É
hipercalórico, com
baixo teor de proteínas.
Não contém glúten,
sacarose ou lactose.
Nutri Renal Líquido 200ml 400Kcal 15g 54g 13,2g 0g 440 Fórmula modificada
D para nutrição oral e/ou
(Nutrimed) enteral, destinado para
pacientes com função
renal comprometida em
diálise. É hipercalórico,
normoproteico,
nutricionalmente
completo e com perfil
lipídico adequado. Não
contém glúten. Sem
adição de sacarose.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


Nutri Liver Líquido 200ml 280Kcal 7,6g 45,2g 7,8g 0g 650 Suplemento para
(Nutrimed) situações metabólicas
especiais para
pacientes com função
hepática
comprometida. Contém
45% de Aminoácidos de
cadeia ramificada,
excelente quantidade
de cromo, ferro, vit.A,
magnésio, ácido fólico e
vit. B12. Isenta de
sacarose, lactose e
glúten.
Impact Líquido 200ml 218Kcal 13g 28g 5,6g 0g 297 Alimento formulado
(Nestlé) com arginina,
nucleotídeos e ácidos
graxos w-3, indicado
para o preparo
imunológico pré e pós-
operatório de cirurgias
de grande porte.
Normocalórico e
hiperproteico. Não
contém glúten.
Alérgicos: contém
derivados de leite, soja

CAPÍTULO 5 - SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS EM NUTRIÇÃO ENTERAL


e peixe.
55
56

Cubitan Líquido 200ml 256Kcal 20g 28g 7g 0g 500- Fórmula modificada


(Danone) 625 para nutrição enteral
e/ou oral, desenvolvida
especificamente para
cicatrização de lesão
por pressão e outras
situações que exijam
estímulo da
cicatrização. Fórmula
hipercalórica, acrescida
de arginina e
micronutrientes para
cicatrização. Não
contém glúten,
FortiCare Líquido 125ml 200Kcal 11,2g 23,7g 11g 2,6g 730 Suplemento nutricional
(Danone) específico para
pacientes oncológicos.
É nutricionalmente
completo, hipercalórico
e hiperproteico,
enriquecido com EPA.
Isento de lactose e
glúten.
Fresubin Líquido 200ml 300Kcal 20g 23,2g 13,4g 3g 385 - Fórmula modificada
Lipid 435 para atender as
(Fresenius) necessidades
nutricionais dos
pacientes com câncer
em processo de
caquexia. Contém EPA

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


e DHA, β-caroteno
Survimed Líquido 200ml 200Kcal 9,3g 28,2g 5,6g 0g 410 Fórmula modificada,
OPD drink contendo proteína do
(Fresenius) soro do leite 100%
hidrolisada. Indicada
para indivíduos com
distúrbios disabsortivos
(Doença de crohn,
Enterocolite, Síndrome
do Intestino Curto e
Pancreatite crônica).
Modulen Pó 100g 493Kcal 18g 54g 23g 9g 271 Fórmula para nutrição
(Nestlé) oral e/ou enteral,
indicado para pacientes
que necessitem de uma
nutrição com TGFβ-2,
que contribui para ação
anti-inflamatória e
reparadora da mucosa
intestinal

CAPÍTULO 5 - SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS EM NUTRIÇÃO ENTERAL


57
58

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Portaria n° 29, de 13 de janeiro de 1998. Aprova o Regulamento Técnico
referente a Alimentos para Fins Especiais. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, Seção 1, 30 mar. 1998. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/
wcm/connect/7f683d00474575d283bed-73fbc4c6735/PORTARIA_29_1998.
pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em julho de 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.


Diretoria Colegiada – RDC nº 21 de 13 de maio de 2015. Dispõe sobre o
regulamento técnico de fórmulas para nutrição enteral. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, Seção 1, 13 de maio de 2015. Disponível em:< http://portal.anvisa.
gov.br/documents/33880/2568070/RDC_21_2015.pdf/df60e69d-974d-4204-
9fe7-74e8943a135a>. Acesso em julho de 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Especializada e Temática. Manual de terapia nutricional na atenção
especializada hospitalar no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento


de Atenção Básica. Cuidados em terapia nutricional / Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível
em:<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_atencao_
domiciliar_vol3.pdf>. Acesso em julho de 2020.

CARVALHO, A. P. P. F; et al. Protocolo de atendimento nutricional do paciente


hospitalizado. Goiânia: Gráfica UFG, 2016.

CUNHA, S. F. C.; et al. Projeto Diretrizes: Terapia Nutrológica Oral e Enteral em


Pacientes com Risco Nutricional. São Paulo: AMB CFM, 2008.

CUPPARI, L; et al. Nutrição clínica no adulto. 4ª ed. Barueri: Manole, 2019.

FERREIRA, C. A.; et al. Coleção Manuais da Nutrição: Nutrição Clínica. 1ª ed.


Salvador, SANAR, 2017.

MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: Alimentos, nutrição


e dietoterapia. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


59

PINHEIRO, R. L.; BENARROZ, M. O.; REIS, P. F. Suplementos nutricionais orais


no paciente cirúrgico. In: CAMPOS, A. C. L. Tratado de nutrição e metabolismo
em cirurgia. Rio de Janeiro: Editora Rubio Ltda, 2013.

WAITZBERG, Dan. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na pratica clínica. 5.


Ed. – Rio de Janeiro : Atheneu, 2017.

CAPÍTULO 5 - SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS EM NUTRIÇÃO ENTERAL


60

CAPÍTULO 6

BOAS PRÁTICAS PARA MANIPULAÇÃO DE


NUTRIÇÃO ENTERAL
Conceição Nahana Alves de Macedo
Francisca Camila Batista Lima
Ianca Passos de Sousa
Jaíla Maria Feitosa
Leyla Lumara Cabral Soares Pimentel

Os cuidados durante a manipulação de dietas enterais são pontos


chave para garantir uma maior segurança da terapia nutricional planejada.
Seja em ambiente hospitalar ou domiciliar, é imprescindível a orientação
dos manipuladores/familiares que devem se atentar para a higiene pessoal
e do ambiente de preparo, além dos cuidados básicos para conservação/
armazenamento.
6.1 Higiene pessoal do manipulador/cuidador
Quanto a higiene pessoal do manipulador/cuidador, podemos destacar
os seguintes cuidados que devem ser sempre observados:

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


61

Imagem ilustrativa

6.2 Recomendações gerais para ambiente e utensílios


No tocante aos cuidados com o ambiente e utensílios de preparo, o
manipulador deve deixar o ambiente (pias, bancadas, mesas e chão) sempre limpo
para preparar a dieta e evitar o acúmulo de louças sujas. Outras recomendações
são:
• Preferir os utensílios de material liso, resistente e de fácil limpeza.
Utensílios de madeira não são aceitáveis.
• Os materiais e utensílios que serão utilizados deverão ser lavados
com sabão e depois passados em água fervente (copo do liquidificador,
colheres, peneira fina e etc.) ou solução clorada por tempo adequado;
• Separar os ingredientes e os utensílios antes de começar o preparo;
• Observar a data de validade dos alimentos;
• Limpar as embalagens dos produtos antes de usar;
• Armazenar os alimentos não perecíveis (açúcar, óleo, arroz etc.) e a
dieta industrializada em local arejado e seco, separados de produtos de
limpeza, sujeira e poeira;
• Armazenar os alimentos perecíveis (carnes, ovos, leite, verduras etc.)
na geladeira;
• As frutas e vegetais utilizados devem ser bem lavados com água
corrente e depois higienizadas em solução clorada por 15 minutos, antes
do preparo das dietas.

CAPÍTULO 6 - BOAS PRÁTICAS PARA MANIPULAÇÃO DE NUTRIÇÃO ENTERAL


62

6.3 Cuidados com a conservação da dieta enteral


Recomenda-se que as dietas sejam preparadas no máximo 30 minutos
antes de serem oferecidas. Ao ofertar as preparações, as mesmas devem está a
uma temperatura ambiente para evitar qualquer desconforto. Outros cuidados
importantes para adequada conservação das dietas enterais estão descritos a
seguir:
• A dieta enteral deverá ser preparada preferencialmente para seu
consumo imediato ou deverá ser consumida em até 24 horas, não deve
ser utilizada no dia seguinte;
• Caso seja necessário preparar a dieta antes do horário a ser
administrado, poderá ser acondicionada em frascos previamente
identificados e higienizados. Estes frascos deverão ser armazenados
fechados em uma geladeira (preferencialmente na prateleira superior),
não os colocando na porta. Evite colocar outros alimentos na mesma
prateleira em que a dieta estiver;
• Em dias de calor, retirar a dieta da geladeira de 15 a 30 minutos, e em
dias de frio, cerca de 60 minutos antes do horário de administrar a dieta.
• A dieta não deve ser congelada, bem como não pode ser aquecida em
banho-maria ou em forno micro-ondas (o calor pode alterar a composição
da dieta).
• Se sobrar dieta, esta deverá ser descartada, pois não é recomendado
reaproveitá-la de um dia para o outro.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


63

Referências
ARAÚJO, I. S.; SANTOS, H. V. D. Colaboração de Fabrício Rodrigo Pires
Cagliari...[et al]. Guia multiprofissional de orientação para pacientes em uso
de nutrição enteral domiciliar. Petrolina: HEWAB, 2017.

WAITZBERG, Dan. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na pratica clínica. 5.


Ed. – Rio de Janeiro : Atheneu, 2017.

CAPÍTULO 6 - BOAS PRÁTICAS PARA MANIPULAÇÃO DE NUTRIÇÃO ENTERAL


64

CAPÍTULO 7

A DIETA ENTERAL COMO UM DIREITO


Marília Bezerra Rodrigues
Andressa Nathanna Castro Damasceno

A alimentação é um elemento indispensável para a vida humana, sendo


considerada inclusive como um direito humano pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos no seu artigo 25 (UNIC, 2009). Contudo, a fome ainda faz parte
da realidade de milhares de indivíduos, constituindo-se como um dos efeitos da
imensa desigualdade social que marca a nossa sociedade.
No Brasil, especificamente, a partir do ano de 2010 a alimentação
passou a integrar o rol dos direitos sociais previstos no artigo 6º da Constituição
da República Federativa Brasileira, com a educação, a saúde, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a assistência
aos desamparados e a proteção à maternidade e à infância (BRASIL, 1988).
Todavia, é importante que seja dito que mesmo estando expresso no texto da
Constituição Federal, a efetivação do direito à alimentação, na prática ainda se
apresenta como um grande desafio.
No caso das pessoas que, em decorrência de alguma condição ou agravo
em saúde, fazem uso da dieta enteral, entende-se que é dever do estado garantir
o direito dessas pessoas à uma alimentação adequada e saudável, atendendo
as suas necessidades alimentares especiais, conforme assegura a Constituição
Federal de 1988 no que se refere ao direito universal e igualitário a saúde, assim
como a Lei Orgânica da Saúde de 1990 no que diz respeito aos determinantes
e condicionantes de saúde, de modo que a alimentação se enquadra como um
deles:
Art. 196 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação (BRASIL, 1988).

Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo


o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício
(BRASIL, 1990).

Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica


do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre
outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente,
o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer
e o acesso aos bens e serviços essenciais (BRASIL, 1990).

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


65

Além disso, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição também


aponta para o cuidado aos indivíduos que apresentam necessidades alimentares
especiais, como aqueles que fazem uso da dieta enteral (BRASIL, 2013).
Para ter acesso a dieta enteral pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o
paciente ou algum familiar devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS)
do seu bairro com a prescrição da dieta feita pelo médico e/ou nutricionista
responsável, onde a Equipe da Saúde da Família, juntamente com a assistente
social e/ou nutricionista do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção
Básica (NASF-AB) darão as devidas orientações e realizarão os encaminhamentos
necessários, haja visto que cada estado e município devem elaborar o seu próprio
fluxo de acesso da população a esse tipo de insumo de saúde.
Vale salientar que por não haver uma regulamentação específica e
nem uma definição de recurso financeiro próprio, esse direito acaba sendo na
maioria das vezes negligenciado pela união, estados e municípios, fazendo
com que os usuários tenham que recorrer à instância judicial para conseguir
acessar um direito que deveria ser garantido de forma universal, independente
da comprovação de insuficiência de renda da família ou de decisão judicial. Esse
processo é mais uma das expressões daquilo que os estudiosos definem como
judicialização da saúde.
Segundo Ribeiro (2014), esse fenômeno de judicialização da saúde
consiste basicamente no crescente número de processos judiciais autuados
por usuários do sistema público de saúde, que cobram do Estado a garantia do
direito pleno à saúde, incluindo o acesso a exames, tratamentos, medicamentos
e demais insumos, como o caso da dieta enteral.
Refletir acerca da temática da judicialização da saúde no Brasil implica
necessariamente pontuarmos sobre a ofensiva neoliberal que ronda as políticas
sociais desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, e que tem
ganhado nos últimos anos, grande espaço no governo brasileiro, acarretando
num verdadeiro desmonte dos direitos sociais, dentre eles o direito universal a
saúde (RIBEIRO, 2014).
Dentre esses desmontes, precisamos destacar aqui a aprovação da
Emenda Constitucional nº 95/2016 que congela os investimentos na saúde
e assistência social por vinte anos, da Reforma Trabalhista e da Reforma
Previdenciária, que deixam os direitos trabalhistas ainda mais flexíveis e
precários, o que a médio e longo prazo também trará fortes repercussões para a
saúde da população.
Portanto, conclui-se que embora o Brasil conte hoje com um sistema
público de saúde considerado um dos maiores e melhores do mundo, o SUS
permanece em constante processo de construção, reafirmação e disputa. Por
isso, é necessário que usuários e profissionais do SUS sigam juntos resistindo
e lutando contra as propostas de retirada de direitos na saúde, na defesa
intransigente de uma saúde pública e de qualidade para todos.

CAPÍTULO 7 - A DIETA ENTERAL COMO UM DIREITO


66

Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Senado,
Brasília: DF. 1988.

BRASIL. Lei Nº 8080/90, de 19 de setembro de 1990. Brasília: DF. 1990.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção

Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição / Ministério da Saúde,


Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Básica. – 1.
ed., 1. reimpr. –Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

UNIC. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Centro de Informação das


Nações Unidas para o Brasil (UNIC)/ Rio de Janeiro/ 005.Agosto, 2009.

RIBEIRO, Danielle Sachetto. O direito à saúde em tempos neoliberais: a


judicialização da saúde como estratégia para garantia de direitos?.
Dissertação (mestrado acadêmico) – Universidade Federal de Juiz de Fora,
Faculdade de Serviço Social. Programa de Pós Graduação em Serviço Social,
2014.

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


67

FICHAS TÉCNICAS

FICHAS PREPARAÇÕES PÁGINA


1 Mingau de aveia 69
2 Mingau de farinha de arroz 70
3 Leite com sustagem 71
4 Vitamina de banana 72
5 Vitamina de abacate 73
6 Vitamina de manga com laranja 74
7 Vitamina de goiaba 75
8 Vitamina de banana com aveia 76
9 Vitamina de banana com mamão e maçã 77
10 Vitamina de mamão com ameixa 78
11 Suco de goiaba 79
12 Suco de abacaxi 80
13 Suco de Melão 81
14 Suco de laranja com cenoura 82
15 Suco de beterraba com laranja 83
16 Suco de laranja com couve 84
17 Sopa de carne moída + Batata doce + Beterraba + Chuchu + Tomate 85
18 Carne moída + feijão + ovo + batata inglesa + beterraba 86
19 Sopa de carne moída + macarrão + abobrinha + cenoura + beterraba 87
20 Sopa de frango + arroz + feijão + abobora 88
21 Sopa de frango + feijão + cenoura + batata doce 89
22 Sopa de frango + Mandioca + Chuchu + CenouraW 90
23 Sopa de frango + arroz + ovo + cenoura + chuchu 91
24 Sopa de peixe + batata doce + beterraba + abóbora 92
25 Sopa de peixe + Mandioca + Beterraba + Cenoura 93
26 Sopa de peixe + Arroz + Couve-folha + Chuchu + Cenoura 94
27 Sopa de peixe com feijão + Batata inglesa + Cenoura + Chuchu 95
28 Sopa de legumes (abóbora, batata inglesa, cenoura, tomate e 96
pimentão) + sustagem
29 Sopa de legumes (batata doce, beterraba, chuchu, tomate) + ovo 97

FICHAS TÉCNICAS
68

LISTA DE MEDIDAS CASEIRAS


CO - Concha
CO M – Concha média
COL A CH – Colher de arroz cheia
COL A R - Colher de arroz rasa
COL CHÁ – Colher de chá
COL CHÁ CH - Colher de chá cheia
COL CHÁ R - Colher de chá rasa
COL S - Colher de sopa
COL S CH - Colher de sopa cheia
COL S R – Colher de sopa rasa
COL SOB – Colher de sobremesa
COL SOB CH - Colher de sobremesa cheia
COL SOB R - Colher de sobremesa rasa
COPO D CH – Copo duplo cheia
COPO P CH - Copo pequeno cheia
COPO DE RQ - Copo de requeijão
ESC M R – Escumadeira média rasa
FILÉ G – Filé grande
FILÉ M – Filé médio
FOLHA M – Folha média
FT G – Fatia grande
FT M – Fatia média
FT P – Fatia pequena
PED G – Pedaço grande
PED M – Pedaço médio
PEITO M – Peito médio
PEITO P – peito pequeno
UND - Unidade
UND G – Unidade grande
UND M – Unidade média
UND P – Unidade pequena

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


1 Mingau de aveia
Preparação: Mingau de aveia.
Tempo de preparo: 20 minutos. Rendimento: 200ml
Modo de preparo: Ferva a água com o leite e adicione no liquidificador juntamente com a aveia, bata por 4 minutos. Em seguida coe em
uma peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator Fator de Peso Medida caseira Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto de correção líquido
cocção
Leite em pó 30g - - 30g 2 COL S CH 149,1kcal 11,76g 7,62g 8,07g -
integral
Aveia em flocos 30g - - 30g 2 COL S CH 118,20kcal 19,98g 4,17g 2,55g 2,73g
Açúcar 5g - - 5g 1 COL CHÁ CH 19,35kcal 4,98g 0,02g - -
Água 150ml - - 150ml 1 COPO P CH - - - - -
TOTAL - - - - - 286,6kcal 36,72g 11,81g 10,62g 2,73g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Leite em pó 267,0mg 0,15mg 0,81mg 23,1mg 339,3mg 96,9mg 108,30mg - -
integral
Aveia em flocos 14,40mg 1,32mg 0,78mg 35,70mg 100,8mg 1,5mg - 0,42mg -
Açúcar 0,40mg 0,01mg - 0,40mg 0,15mg - - - -

FICHAS TÉCNICAS
Água - - - - - - - - -
TOTAL 281,8mg 1,48mg 1,59mg 59,2mg 440,25mg 98,4mg 108,3mg 0,42mg -
69
70

2 Mingau de farinha de arroz


Preparação: Mingau de farinha de arroz
Tempo de preparo: 3 minutos Rendimento: 250ml
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, e passe na peneira fina.

Ingredientes Peso Fator Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto de correção líquido caseira
cocção
Leite integral 32 g - 1 32 g 2 COL S CH 159,04 12,16 8,64 8,41 -

Farinha de 40 g - 1 40 g 4 COL S R 145,22 34,20 0,51 0,12 0,23
arroz
Água 200 ml - 1 200 ml 1 COPO DE - - - - -
RQ
TOTAL - - - - - 304,2kcal 46,36 mg 9,15 mg 8,53 mg 0,23 mg

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Leite integral em 298,24 0,06 mg - - - - 320 mg 1,92 mg -
pó mg
Farinha de arroz 0,45 mg 12,55 mg 3,39 mg 1,72 mg 12,54 mg 17,1 mg - 69,44 mg -
Água - - - - - - - - -
TOTAL 298,69 12,62 mg 3,39 mg 1,72 mg 12,54 mg 17,1 mg 320 mg 71,36 mg -
mg

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


3 Leite com sustagem
Preparação: Leite com sustagem
Tempo de preparo: 3 minutos Rendimento: 250ml
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, e passe na peneira fina.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correçã líquido caseira
o
Leite integral em 36 g - 1 36 g 4 COL SOB 178,92 13,68 9,72 9,46 -

Sustagem 30 g - 1 30 g 2 COL S 110,75 20,46 7,22 0,15 -
Água 200 - 1 200 ml 1 COPO DE - - - - -
ml RQ
TOTAL - - - - - 289,6kca 34,14 g 16,94 g 9,61 g -
l

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Leite integral em 335,52 0,07 mg - - - - 360 mg 2,16 mg -
pó mg
Sustagem 161,49 mg 3,33 mg 2,22 mg 58,34 mg 207,71 mg 70,23 mg 214,99 mg 11,11 mg 1,67 mg
Água - - - - - - - - -

FICHAS TÉCNICAS
TOTAL 497,01 3,41 mg 2,22 mg 58,34 mg 207,71 mg 70,23 mg 574,99 13,27 mg 1,67 mg
mg mg
71
72

4 Vitamina de banana
Preparação: Vitamina de banana
Tempo de preparo: 3 minutos Rendimento: 250ml
Modo de preparo: Junte a fruta com o leite no liquidificador e bata. Em seguida coe em peneira fina, para melhor escoamento do suco.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Banana 140g - 1,86 75,27g 2 UND P 96,35kcal 25,37g 1,05g 0,15g 1,13g
Leite integral 150ml - 1 150ml 1 COPO 91,50kcal 7,35g 5,40g 4,50g -
Adoçante 3ml - 1 3ml 3 GOTAS 11,03kcal - - - -
TOTAL - - - - - 198,87kcal 32,72 6,45 4,65 1,13g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Banana 3,01mg 0,23mg 0,15mg 18,06mg 246,91mg - 14,30µg 11,82mg -
Leite integral 184,50mg 0,15mg 0,62mg 15,00mg 199,79mg 95,64mg 31,50µg 1,50mg -
Adoçante - - - - - - - - -
TOTAL 187,51mg 0,38mg 0,77mg 33,06mg 446,7mg 95,64mg 45,80µg 13,32mg

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


5 Vitamina de abacate
Preparação: Vitamina de abacate
Tempo de preparo: 5 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Higienize o abacate em água corrente, corte o abacate ao meio com uma faca, retire uma colher de sopa cheia da polpa
do abacate, uma medida de copo médio cheio de leite, uma colher de sobremesa cheia de aveia em flocos adicione tudo ao liquidificador
e bata até obter uma mistura homogênea.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Leite integral 240ml - - 240ml COPO D 136,80kcal 10,80g 7,20g 7,20g -
pasteurizado CHEIO
Abacate 45g - - 45g COL S 72,45kcal 3,33g 0,90g 6,89g 1,85g
CH
Aveia farinha 18g - - 18g COL S 68,40kcal 10,80g 2,16g 1,8g 1,8g
CH
TOTAL - - - - 277,6kcal 24,93g 10,26g 15,89g 3,65g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Leite integral 173,25mg - - - - 156mg - - =
pasteurizado

FICHAS TÉCNICAS
Abacate 4,95mg 0,46mg 0,19mg 17,55mg 18,45mg 4,5mg 27,54mg 3,56mg -
Aveia farinha - - - - - - - - -
TOTAL 178,2mg 0,46mg 0,19mg 17,55mg 18,46mg 160,5mg 27,54mg 3,56mg -
73
74

6 Vitamina de manga com laranja


Preparação: Vitamina de manga com laranja
Tempo de preparo: 5 minutos Rendimento: 250ml
Modo de preparo: Junte todos os ingredientes no liquidificador e bata. Em seguida coe em peneira fina, para melhor escoamento da
vitamina.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Manga 120g - 1,37 87,60g 2 UND P 56,06kcal 14,63g 0,35g 0,26g 1,40g
Laranja 90g - 1,32 68ml 1 UND P 22,44kcal 5,17g 0,48g 0,07g 0,68g
Leite integral 140ml - 1 140ml 1 COPO 85,40kcal 6,86g 5,04g 4,20g -
Adoçante 4ml - 1 4ml 4 GOTAS 14,72kcal - - - -
TOTAL - - - - - 178,62kcal 26,66g 5,87g 4,53g 2,08g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Manga 10,51mg 0,09mg 0,09mg 7,01mg 129,55mg 0,48mg - 15,24mg -
Laranja 4,76mg - - 5,44mg 110,72mg - - 49,84mg -
Leite integral 172,20mg 0,14mg 0,57mg 14,00mg 186,47mg 89,26mg 29,40µg 1,40mg -
Adoçante - - - - - - - - -
TOTAL 187,47mg 0,23mg 0,66mg 26,45mg 426,74mg 89,74mg 29,40µg 66,49mg -

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


7 Vitamina de goiaba
Preparação: Vitamina de goiaba
Tempo de preparo: 15 minutos Rendimento: 200 ml
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. Em seguida passe na peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Goiaba 110g - 1,22 90g ½ UND G 48,60kcal 11,70g 0,99g 0,36g 5,58g
Leite integral em 30g - - 30g 2 COL S 149,10kcal 11,76g 7,62g 8,07g -
pó CH
Água 100ml - - 100ml 2/3 COPO - - - - -
P
TOTAL - - - - - 197,7kcal 23,46g 8,61g 8,43g 5,58g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Goiaba 3,60mg 0,18mg 0,09mg 6,30mg 178,2mg - - 72,54mg -
Leite integral 267,00mg 0,15mg 0,81mg 23,10mg 339,6mg 96,9mg 108,30mg - -
empó
Água - - - - - - - - -
TOTAL 270,6mg 0,33mg 0,9mg 29,4mg 517,8mg 96,9mg 108,30mg 72,54mg -

FICHAS TÉCNICAS
75
76

8 Vitamina de banana com aveia


Preparação: Vitamina de banana com aveia
Tempo de preparo: 15 minutos Rendimento: 200 ml
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. Em seguida passe na peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Leite em pó 25g - - 25g 5 COL SOB R 124,25kcal 9,80g 6,35g 6,73g -
integral
Aveia 8g - - 8g 1 COL SOB 31,52kcal 5,33g 1,11g 0,68g 0,73g
CH
Banana 75,5g - 1,51 50g 1 UND G 49,00kcal 13,00g 0,65g 0,05g 1,00g
Água 150ml - - 150ml 1 COPO P CH - - - - -
TOTAL - - - - - 201,7kcal 28,13g 8,11g 7,46g 1,73g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Leite em pó 222,50mg 0,13mg 0,68mg 19,25mg 283mg 80,75mg 90,25mg - -
integral
Aveia 3,84mg 0,35mg 0,21mg 9,52mg 26,88mg 0,4mg - 0,11mg -
Banana 4,00mg 0,20mg 0,05mg 13,00mg 179mg - 16,00mg 10,80mg -
Água - - - - - - - - -
TOTAL 230,34mg 0,68mg 0,93mg 41,77mg 488,9mg 81,15mg 106,25mg 10,91mg -

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


9 Vitamina de banana com mamão e maçã
Preparação: Vitamina de banana com mamão e maçã
Tempo de preparo: 3 minutos Rendimento: 250ml
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, e passe na peneira fina.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Leite integral 16 g - 1 16 g 2 COL S 79,52kcal 6,08g 4,32g 4,20g -
pó R
Água 150 ml - 1 150 ml 1 COPO P - - - - -
Banana 90 g - 1,51 60 g 1 UND P 88,43kcal 23,36g 1,14g 0,06g -
Mamão papaia 81 g - 1,62 50 g 1/2 FT P 20 5,2g 0,23g 0,06g 0,52g
,08kcal
Maçã 35 g - 1,24 28 g 1/2 UND 19,43kcal 5,3g 0,10g - 0,47g
TOTAL - - - - - 207,4kcal 39,97g 5,79g 4,33g 0,99g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vi. C Vit. E
Leite integral pó 149,12mg 0,03mg - - - - 160mg 0,96 mg -
Água - - - - - - - - -
Banana 6,80mg 0,34mg 0,14mg 23,66mg 321,91mg - - 19,43mg -

FICHAS TÉCNICAS
Mamão 11,21mg 0,10mg 0,04mg 11,09mg 63mg 1 - 41,1mg -
Maçã 0,67mg 0,03mg - 0,71mg 26,15mg - - 0,84mg -
TOTAL 167,81mg 0,50mg 0,17mg 35,47mg 411,06mg 1mg 160mg 62,34mg -
77
78

10 Vitamina de mamão com ameixa


Preparação: Vitamina de mamão com ameixa
Tempo de preparo: 3 minutos Rendimento: 250ml
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, e passe na peneira fina.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Leite integral 150ml - 1 150ml 1 COPO P 91,50kc 7,35g 5,40g 4,50g -
al
Mamão papaia 81g - 1,62 50g 1/2 FT P 20,00kc 5,20g 0,25g 0,05g 0,50g
al
Ameixa 55,5g - 1,11 50g 3 UND M 26,50kc 6,95g 0,40g - 1,20g
al
Sustagem 15g - 1 15g 1 COL SOB 57,00kc 9,60g 3,53g 0,59g -
CH al
TOTAL - - - - - 195kcal 29,10g 9,58g 5,14g 1,70g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Leite integral 184,50mg 0,15mg 0,60mg 15,00mg 199,5mg 96mg 31,50µg 1,50mg -
Mamão papaia 11,00mg 0,10mg 0,05mg 11,00mg 63mg 1mg - 41,10mg -
Ameixa 3,00mg 0,05mg 0,05mg 2,50mg 67mg - - 3,80mg -
Sustagem 100,50mg 2,25mg 1,66mg 11,11mg 37,77mg 16,66mg 117,12µg 10,50mg 1,72mg
TOTAL 299,00mg 2,55mg 2,36mg 39,61 367,27mg 113,66mg 148,62µg 56,90mg 1,72mg

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


11 Suco de goiaba
Preparação: Suco de goiaba
Tempo de preparo:10 minutos Rendimento:250ml
Modo de preparo: Retira a casca da goiaba, adicione a goiaba, a água e o açúcar no liquidificador e bata até toda a goiaba está totalmente
triturada.

Ingredientes Peso Fator Fator de Peso Medida caseira Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto de correção líquido
cocção
Goiaba 420 - 1,22 340 UND M 183,6kcal 44,2g 3,74g 0,34g 21,08g
Açúcar 3 - - 3 COL CHÁ CH 11,61kcal 3g 0,01g - -
Água 200 - - 200 1/3 COPO D CH - - - - -
TOTAL - - - - - 195,2kcal 47,2g 3,75g 0,34g 21,08g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Goiaba 13,60mg 0,68mg 0,34mg 23,80mg 673,2mg - 3,40ug 274,04mg -
Açúcar 0,24mg 0,01mg - 0,03mg 7,2mg - - - -
Água - - - - - - - - -
TOTAL 13,84mg 0,69mg 0,34mg 23,83mg 680,4gg - 3,40ug 274,04mg -

FICHAS TÉCNICAS
79
80

12 Suco de abacaxi
Preparação: Suco de abacaxi
Tempo de preparo: 5 minutos Rendimento: 250ml
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, e passe na peneira fina.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Água 90ml - 1 90 ml 1/2 COPO DE - - - - -
RQ
Abacaxi 359,1g - 1,89 190g 3 FT G 110,2kcal 23,43g 1,63g 0,23g 1,88g
Sustagem 20g - 1 20 g 2 COL DE 73,83kcal 13,64g 4,81g 0,10g -
SOB
TOTAL - - - - - 184kcal 37,07g 6,44g 0,33g 1,88g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Água - - - - - - - - -
Abacaxi 42,62mg 0,49mg 0,27mg 35,04mg 249,55mg - - 65,78mg -
Sustagem 107,66mg 2,22mg 1,48mg 38,89mg 207,91mg 70,23mg 143,33mg 7,41mg 11,67mg
TOTAL 150,28mg 2,72mg 1,75mg 73,93mg 457,46mg 70,23mg 143,33mg 73,19mg 11,67mg

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


13 Suco de Melão
Preparação: Suco de Melão
Tempo de preparo: 10 minutos Rendimento:250ml
Modo de preparo: Higienize o melão em água corrente, corte em fatia, adicione no liquidificador o melão, a água, 2 colheres de chá rasa
de açúcar, 2 colheres de sopa rasa de Nutren active e bata tudo até a mistura ficar homogênea.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida caseira Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido
Água 150 - - 150 1 COPO D CH - - - - -
Melão 143,75 - 1,25 115 1 FT M 33,35kcal 8,62g 0,8g - 0,34g
Nutren Active 30 - - 30 2 COL S R 110kcal 18g 7,5g 0,9g 1,7g
Açúcar 6 - - 6 2 COL CHÁ R 24kcal 5,9g - - -
TOTAL - - - - - 167kcal 32,5g 8,3g 0,9g 2,04g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Água - - - - - - - - -
Melão 3,45mg 0,23mg 0,11mg 6,9mg 248,4mg - - 10mg -
Nutren Active 325mg 3,9mg 3,2mg 96mg - 92mg 180ug 21mg -
Açúcar 0,48g 0,01g - 0,06g 0,18g - - - -
TOTAL 328,9mg 4,14mg 3,31mg 102,96mg 248,5mg 92mg 180ug 31mg -

FICHAS TÉCNICAS
81
82

14 Suco de laranja com cenoura


Preparação: Suco de laranja com cenoura
Tempo de preparo: 3 minutos Rendimento: 250ml
Modo de preparo: Junte o suco da laranja com a cenoura e o açúcar no liquidificador e bata. Em seguida coe em peneira fina, para melhor
escoamento do suco.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Laranja pêra 180g - 1,32 136,36ml 2 UND P 45,00kcal 10,36g 0,95g 0,14g 1,36g
Cenoura crua 120g - 1,17 102,56g 1 UND M 34,87kcal 7,90g 1,33g 0,21g 3,28g
Açúcar 33g - 1 33g 3 COL S 121,62kcal 31,17g 0,25g 0,03g -
mascavo R
TOTAL - - - - - 201,49kcal 49,43g 2,53g 0,38g 4,64g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Laranja pêra 9,55mg - - 10,91mg 246,91mg - - 99,95mg -
Cenoura crua 23,59mg 0,21mg 0,21mg 11,28mg 199,79mg 95,64mg - 5,23mg -
Açúcar mascavo 41,75mg 2,74mg 0,16mg 26,38mg 172,14mg 8,32mg - - -
TOTAL 74,89mg 2,95mg 0,37mg 48,57mg 618,84mg 103,96mg - 105,18mg -

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


15 Suco de beterraba com laranja
Preparação: Suco de beterraba com laranja
Tempo de preparo:15 minutos Rendimento: 250ml
Modo de preparo: Descasque a beterraba e reserve, esprema as laranja com o auxílio de um espremedor, adicione no liquidificador o suco
da laranja, a beterraba e bata até que todo a beterraba seja triturada.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Beterraba 152g - 1,09 140g 1 UND M 60,20kcal 13,40g 2,27g 0,24g 3,92g
Laranja 580g - 2,13 270g 2 UND G 124,20kcal 31,05g 2,97g 0,27g 4,86g
Água 100ml - - 100ml 1 COPO P - - - - -
TOTAL - - - - - 184,4kcal 44,45g 5,24g 0,51g 8,78g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Beterraba 22,40mg 1,12mg 0,49mg 32,20mg 56mg 109,2mg 5,32mg 6,86mg -
Laranja 83,70mg 0,27mg 0,27mg 27,00mg 40,5mg 2,7mg - 117,45mg -
Água - - - - - - - - -
TOTAL 106,1mg 1,39mg 0,76mg 59,2mg 96,5mg 111,9mg 5,32mg 124,31mg -

FICHAS TÉCNICAS
83
84

16 Suco de laranja com couve


Preparação: Suco de laranja com couve
Tempo de preparo: 5 minutos Rendimento: 250ml
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, e passe na peneira fina.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Água 100 ml - 1 100ml ½ COPO - - - - -
RQ
Laranja 203,85g - 1,51 135g 2 UND P 64,8kcal 15,48g 1,32g 0,14g 1,51g
Couve 60g - 1,5 40g 3 FOLHA 10,82kcal 1,73g 1,15g 0,22g 1,25g
M
Sustagem 30g - 1 30g 2 COL S 110,75kcal 20,46g 7,22g 0,15g -
TOTAL - - - - - 186,3kcal 37,68 g 9,69 g 0,50 g 2,76 g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Aguá - - - - - - - - -
Laranja 47,80 mg 0,19 mg 0,08 mg 12,45 mg 235,1 mg - 27,23 mg 76,77 mg -
Couve 52,35 mg 0,18 mg 0,16 mg 13,86 mg 161,36 mg 2,47 mg - 38,67 mg -
Sustagem 161,49 mg 3,33 mg 2,22 mg 58,34 mg 228,48 mg 77,26 mg 214,99 mg 11,11 mg 1,83 mg
TOTAL 261,64 3,70 mg 2,46 mg 84,65 mg 624,94 79,73 mg 242,22 126,56 mg 1,83 mg
mg mg mg

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


17 Sopa de carne moída + Batata doce +Beterraba + Chuchu + Tomate
Preparação: Sopa de carne moída + Batata doce +Beterraba + Chuchu + Tomate
Tempo de preparo: 60 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhe todos os ingredientes em uma mesma panela. Colocar os alimentos cozidos no liquidificador, junto com o caldo
obtido do cozimento e o suplemento alimentar e, bater por 4 minutos. Depois coe em peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fatos de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Acém moído 80g 1,04 - 83,2g 2 COL A R 176,73kcal - 22,21g 9,09g -
Batata doce 47g 0,96 1,33 33,92g 1/3 UND M 26,04kcal 6,25g 0,22g 0,03g 0,75g
Beterraba 40g 0,90 1,88 19,15g 1/2 UND P 6,16kcal 1,38g 0,25g 0,02g 0,36g
Chuchu 30g 0,90 1,47 18,36g 1 PED M 3,40kcal 0,88g 0,08g - 0,19g
Tomate 15g - 1,25 12,00g 1 FT M 2,52kcal 0,61g 0,10g - 0,28g
Óleo 6ml 1 - 6,00ml 3 COL CHÁ 53,04kcal - - 6,00g -
Macarrão 35g 2,83 - 100g 2 COL A CH 158,00kcal 30,86g 5,80g 0,93 1,80
Nutren senior 27,5g - 1 27,5g 3 COL S R 116,05kcal 9,90g 9,90g 4,13g 1,10
sem sabor
TOTAL 280,5g - - - - 541,94kcal 49,87g 38,54g 20,19g 4,48g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Acém moído 3,35mg 2,20mg 6,74mg 14,20mg 212,99mg 43,26mg - - -

FICHAS TÉCNICAS
Batata doce 5,82mg 0,06mg 0,04mg 3,79mg 50,20mg 1,02mg - 8,07mg -
Beterraba 2,92mg 0,05mg 0,07mg 3,17mg 46,92g 4,40mg - 0,24mg -
Chuchu 1,44mg 0,01mg 0,02mg 1,27mg 9,91mg 0,37mg - 1,02mg -
Tomate 0,84mg 0,04mg 0,02mg 2,20mg 19,32mg 0,6mg - 1,54mg -
Óleo - - - - - - - - -
Macarrão 7,00mg 1,28mg 0,51mg 18,00mg 44,00mg 1,00mg - - 0,06mg
Nutren senior 240,08mg 1,95mg 1,84mg 20,63mg 137,50mg 50,05mg 137,50µg 9,63mg 2,50mg
sem sabor
TOTAL 261,45mg 5,59mg 9,24mg 63,25mg 520,84mg 100,7mg 137,50µg 20,49mg 2,56mg
85
86

18 Carne moída com feijão, ovo, batata inglesa e beterraba


Preparação: Carne moída + feijão + ovo + batata inglesa + beterraba
Tempo de preparo: 30 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhe todos os ingredientes juntos em uma mesma panela, com exceção do ovo. Bata no liquidificador o caldo obtido.
Em seguida passe na peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Macarrão 18g 2,83 1 50,94 g 2 COL S CH 55,52 11,72 1,73 0,20 -
Carne moída 100 g 0,65 1 65 g 4 COL S CH 219,70 - 14,46 17,54 -
Feijão Carioca 30,5 g 1,89 1,05 54,92 g 1 COL A R 41,74 7,46 2,63 0,32 4,67
Ovo 45 1,11 1,12 44,5 1 UND M 70,31 0,27 5,91 4,22 -
Batata 35 g 0,95 1,06 31,4 1/2 UND P 16,33 3,75 0,36 - 0,42
inglesa
Beterraba 40 g 0,90 1,88 21,28 g 1/2 UND P 9,36 1,54 0,27 0,02 0,40
Óleo 5 ml 1 1 5 ml 1 COL SOB 45 - - 5 -
Sustagem 30 g 1 1 30 g 2 COL S 110,75 20,41 7,22 0,15 -
303,5 568,71
TOTAL - - - - 45,15 g 32,58 g 27,45 g 5,49 g
ml kcal

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Macarrão 4,08 mg 0,20 mg - - - - - - -
Carne moída 2,62 mg 1,04 mg 2,53 mg 9,02 mg 132,92 mg 36,21 mg - - -
Feijão Carioca 14,60 mg 0,71 mg 0,38 mg 23,25 mg 139,84 mg 0,97 mg - - -
Ovo 21,90 mg 0,68 mg 0,55 mg 5 mg 62,5 mg 65,66 mg 14,44 µg - -
Batata inglesa 1,11 mg 0,06 mg 0,06 mg 1,71 mg 50,66 mg 0,72 mg - 1,18 mg -
Beterraba 3,25 mg 0,05 mg 0,07 mg 3,42 mg 52,24 mg 4,84 mg - 0,26 mg -
Óleo - - - - - - - - -
Sustagem 161,49 mg 3,33 mg 2,22 mg 58,34 mg 311,56 mg 105,35 mg 214,99 µg 11,11 mg 2,5 mg
TOTAL 209,05 6, 07mg 5,81 mg 100,74 mg 749,72 213,75 229,43 µg 12,55 mg 2,5 mg
mg mg mg

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


19 Sopa de carne moída + macarrão + abobrinha + cenoura + beterraba
Preparação: Sopa de carne moída + macarrão + abobrinha + cenoura + beterraba
Tempo de preparo: 30 minutos Rendimento: 300 ml
1. Modo de preparo: Frite o óleo com o alho em uma panela. Adicione 200ml de água e deixe ferver. Em seguida adicione a carne moída, o
macarrão, a abobrinha, a cenoura, e a beterraba. Mexa e deixe ferver até perceber que todos os alimentos estão bem cozido. Depois
coloque a sopa no liquidificador e deixe bater bem, se necessário adicione um pouco de água. Coe pelo menos 3 vezes com uma peneira
fina.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Carne Moída 80g 0,8 - 100g 2 COL A CH 212kcal - 26,7g 10,9g -
Macarrão 50g 2,83 - 141,5g 5 COL S CH 185,50kcal 38,95g 5,00g 0,65g 1,35g
Abobrinha 42,9g 0,93 1,33 30g 1 e ½ COL S 4,50kcal 0,90g 0,33g 0,06g 0,48g
CH PICADA
Cenoura 39,0g 0,9 1,17 30g 1/3 UND M 9,00kcal 2,01g 0,24g 0,06g 0,78g
Beterraba 51,0g 0,9 1,53 30g 2/3 UND P 9,60kcal 2,13g 0,39g 0,03g 0,57g
Óleo 15mg - - 15mg 3 COL SOB 132,60kcal - - 15,00g -
Alho 4,32g - 1,08 4g 1 DENTE 4,52kcal 0,92g 0,28g 0,01g 0,17g
TOTAL - - - - - 557,7kcal 44,9g 32,94g 26,71g 3,35g

FICHAS TÉCNICAS
Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. A Vit. E
Carne Moída 4mg 2,7mg 8,1mg 17mg 256mg 52mg - - -
Macarrão 8,50mg 0,45mg 0,40mg 14,00mg 73,5mg 3,5mg - - -
Abobrinha 5,10mg 0,60mg 0,09mg 5,10mg 37,8mg 0,3mg - 0,63mg -
Cenoura 7,80mg 0,03mg 0,06mg 4,20mg 52,8mg 2,4mg - - -
Beterraba 4,50mg 0,06mg 0,12mg 5,10mg 73,5mg 6,9mg - 0,36mg -
Óleo - - - - - - - - -
Alho 0,56mg 0,03mg 0,03mg 0,84mg 21,4mg 0,2mg - - -
TOTAL 30,46mg 3,87mg 8,8mg 46,24mg 515mg 65,3mg - 0,99mg -
87
88

20 Sopa de frango, arroz, feijão, abobora


Preparação: Sopa de frango + arroz + feijão + abobora
Tempo de preparo: 30 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhe todos os ingredientes em uma mesma panela. Bata no liquidificador o caldo obtido. Em seguida passe na
peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fatos de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correçã líquido caseira
o
Arroz 30g 2,33 - 69,9g 2 COL S CH 89,47kcal 28,1g 1,75g 0,14g 1,12g
Feijão 50g 1,89 - 94,5g 1 CO 71,82kcal 12,85g 4,54g 0,47g 8,03g
Frango 100g 0,76 - 76g 1 FILÉ M 123,88kc - 23,94g 2,43g -
al
Abóbora 60g 1,33 45g 2 COL S CH 28,80kcal 6,48g 0,84g 0,42g 1,50g
Cebola - - - 30g 2 COL S CH 11,70kcal 2,67g 0,51g 0,03g 0,66g
Tomate 75g - 1,25 60g 1 UND P 12,60kcal 3,06g 0,48g - 2,3g
Pimentão - - - 30g 2 COL S CH 6,30kcal 1,1g 0,33g 0,06g 0,78g
Óleo - - - 24g 3 COL S CH 212,16kca - - 24g -
l
TOTAL - - - - - 556,7kca 46,17g 32,38g 27,55g 13,47g
l

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Arroz 2,80mg 0,07mg 0,84mg 1,40mg 43,3mg 0,69mg - - -
Feijão 25,52mg 1,23mg 0,66mg 39,69mg 240,97mg 1,89mg - - -
Peito de frango 4,56mg 0,23mg 0,68mg 10.64mg 175,56mg 27,36mg - - -
Abóbora 4,80mg 0,18mg 0,18mg 5,40mg 89,55mg 0,45mg - 4,5mg -
Cebola 4,20mg 0,06mg 0,05mg 3,60mg 52,8mg 0,3mg - 1,41mg -
Tomate 4,20mg 0,18mg 0,12mg 6mg 96,6mg 3mg - 7,68mg -
Pimentão 2,70mg 0,12mg 0,03mg 2,40mg 52,2mg - - 30,06mg -
Óleo - - - - - - - - -
TOTAL 48,77mg 2,07mg 2,57mg 68,13mg 43,65mg

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


21 Sopa de frango com feijão, cenoura e batata doce
Preparação: Sopa de frango + feijão + cenoura + batata doce
Tempo de preparo: 30 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhe todos os ingredientes em uma mesma panela, com exceção do sustagem. Bata no liquidificador o caldo obtido.
Em seguida passe na peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Macarrão 28,5 g 2,83 1 80 g 4 COL S CH 87,20kcal 18,40g 2,72g 0,32g -
Frango 127 g 0,63 1 80 g 4 COL S CH 130,40kcal - 25,18g 2,53g -
Feijão carioca 16,5 g 1,89 1,05 30 g 1 COL S CH 22,93kcal 4,08g 1,43g 0,16g 2,55g
Cenoura 15,5 g 0,90 1,17 12 g 1 COL S CH 3,60kcal 0,80g 0,10g 0,03g 0,32g
Sustagem 30 g 1 1 30 g 2 COL S 110,75kcal 20,41g 7,22g 0,15g -
Batata doce 70 g 0,96 1,33 50 g 1 FT M 38,38kcal 9,21g 0,32g 0,05g 1,11g
Óleo 20 ml 1 - 20 ml 2 COL S 176,80kcal - - 20g -
TOTAL - - - - - 570kcal 52,90g 36,97 g 23,23 g 3,97 g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Macarrão 6,40mg 0,32mg - - - - - - -
Frango 5,15mg 0,27mg 0,76mg 11,01mg 184,84mg 36,17mg
Feijão Carioca 7,89mg 0,39mg 0,21mg 12,70mg 76,38mg 0,53mg - - -

FICHAS TÉCNICAS
Cenoura 3,07mg 0,01mg 0,03mg 1,74mg 26,33mg 1,18mg - - -
Sustagem 161,49mg 3,33mg 2,22mg 58,34mg 311,56mg 105,35mg 214,99mcg 11,11mg 2,5mg
Batata doce 8,58mg 0,10mg 0,06mg 5,58mg 74,22mg 1,35mg - 11,90mg -
Óleo - - - - - - - - -
TOTAL 192,67mg 4,42mg 3,28mg 89,36mg 673,33mg 144,58mg 214,99mcg 23,01mg 2,5mg
89
90

22 Sopa de frango + Mandioca + Chuchu + Cenoura


Preparação: Sopa de frango + Mandioca + Chuchu + Cenoura
Tempo de preparo: 50 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhe todos os ingredientes em uma mesma panela. Colocar os alimentos cozidos no liquidificador, junto com o caldo
obtido do cozimento e o suplemento alimentar e, bater por 4 minutos. Depois coe em peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidrato Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira s
Peito de 180g 0,76 2,17 63,04ml 1 PEITO M 102,74kcal - 19,85g 1,99g -
frango
Mandioca 50g 1,12 1,37 40,87g 1 PED P 51,09kcal 12,30g 0,25g 0,12g 0,65g
Chuchu 50g 0,90 1,47 30,61g 1 PED G 5,68kcal 1,47g 0,13g - 0,32g
Cenoura 27,5g 0,90 1,17 21,15g 1/2 UND P 6,32kcal 1,41g 0,18g 0,05g 0,56g
Óleo 20ml 1 - 20,00ml 2 COL S 176,80kcal - - 20,00g -
Cebola 6g - 1,03 5,83g 1 FT M 2,27kcal 0,52g 0,10g 0,01g 0,13g
Alho 3g - 1,08 2,77g 1 DENTE 3,13kcal 0,66g 0,19g 0,01g 0,12g
Macarrão 35g 2,83 - 100g 2 COL A 158,00kcal 30,86g 5,80g 0,93 1,80
CH
Nutren senior 15g - 1 15g 1 COL S 63,30kcal 5,40g 5,40g 2,25g 0,60
sem sabor CH
TOTAL 386,50g - - - - 569,32kcal 52,62g 31,90g 25,35g 4,18g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Peito de frango 4,06mg 0,19mg 0,59mg 8,68mg 145,62mg 22,69mg - - -
Mandioca 7,77mg 0,04mg 0,08mg 11,03mg 129,00mg 1,29mg - 4,54mg -
Chuchu 2,4mg 0,02mg 0,03mg 2,12mg 16,52mg 0,61mg - 1,7mg -
Cenoura 5,42mg 0,02mg 0,05mg 3,06mg 37,22mg 1,69mg - - -
Óleo - - - - - - - - -
Cebola 0,82mg 0,01mg 0,01mg 0,70mg 10,27mg 0,06mg - 0,27mg -
Alho 0,38mg 0,02mg 0,02mg 0,59mg 14,82mg 0,15mg - - -
Macarrão 7,00mg 1,28mg 0,51mg 18,00mg 44,00mg 1,00mg - - 0,06mg
Nutren senior 130,95mg 1,07mg 1,01mg 11,25mg 75,00mg 27,3mg 75,00µg 5,25mg 2,50mg
sem sabor

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


TOTAL 158,78mg 2,65mg 2,30mg 55,44mg 472,45mg 54,79mg 75,00µg 11,76mg 2,56mg
23 Sopa de frango + arroz + ovo + cenoura + chuchu
Preparação: Sopa de frango + arroz + ovo + cenoura + chuchu
Tempo de preparo: 50 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhe todos os ingredientes em uma mesma panela. Colocar os alimentos cozidos no liquidificador, junto com o caldo
obtido do cozimento e o suplemento alimentar, bater por 4 minutos. Depois coe em peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteína Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira s
Peito de frango 140g 0,76 2,17 49,03ml 1 PEITO P 79,90kcal - 15,44g 1,55g -
Arroz branco 52g 2,33 1 120,00g 1 CO M 153,91kcal 33,67g 3,02g 0,28g 1,87g
Ovo 45g 1,11 1,12 44,60g 1 UND M 64,98kcal 0,27g 5,93g 4,23g -
Cenoura 27,5g 0,90 1,17 21,15g 1/2 UND P 6,32kcal 1,41g 0,18g 0,05g 0,56g
Chuchu 30g 0,90 1,47 18,36g 1 PED M 3,40kcal 0,88g 0,08g - 0,19g
Óleo 15ml 1 - 15,00ml 3 COL S 132,60kcal - - 15,00g -
Nutren senior 27,5g - - 27,5g 3 COL S R 116,05kcal 9,90g 9,90g 4,13g 1,10
sem sabor
TOTAL 337g - - - - 557,17kcal 46,14g 34,55g 25,22g 3,72g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Peito de frango 3,16mg 0,15mg 0,46mg 6,75mg 113,26mg 17,65mg - - -
Arroz branco 4,25mg 0,10mg 0,59mg 2,70mg 18,00mg 1,2mg - - -

FICHAS TÉCNICAS
Ovo 21,95mg 0,68mg 0,55mg 5,01mg 61,95mg 65,07mg 14,47 µg - -
Cenoura 5,42mg 0,02mg 0,05mg 3,06mg 37,12mg 1,67mg - - -
Chuchu 1,44mg 0,01mg 0,02mg 1,27mg 9,98mg 0,33 - 1,2mg -
Óleo - - - - - - - - -
Nutren senior 240,08mg 1,95mg 1,84mg 20,63mg 137,50mg 50,05mg 137,50µg 9,63mg 2,50mg
sem sabor
TOTAL 276,29mg 2,90mg 3,51mg 39,42mg 377,81mg 135,97mg 151,97µg 10,65 2,50mg
91
92

24 Sopa de peixe + batata doce + beterraba + abóbora


Preparação: Sopa de peixe + batata doce + beterraba + abóbora
Tempo de preparo: 30 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhe todos os ingredientes em uma mesma panela. Bata no liquidificador o caldo obtido. Em seguida passe na peneira
fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Pintado 120g - 1,03 116,50ml 1 FILÉ M 106,11kcal - 21,62g 1,53g -
Batata doce 70g 0,96 1,33 50,52g 1/2 UND M 59,61Kkcal 14,25g 0,66g 0.05g 1,31g
Beterraba 40g 0,90 1,88 21,28g 1/2 UND P 10,43kcal 2,36g 0,40g 0,02g 0,72g
Abobora 30g - 1,64 18,30g 1 PED P 2,26kcal 0,49g 0,18g 0,01g 0,31g
Óleo 15ml 1 - 15,00ml 3 COL SOB 132,60kcal - - 15,00g -
Alho 3g 1,08 2,77g 1 DENTE 3,13kcal 0,66g 0,19g 0,01g 0,12g
Macarrão 26 2,83 1 73,60g 1 ESC M R 273,15kcal 57,37g 7,36g 0,96g 2,15g
TOTAL - - - - - 587,29kcal 75,13g 30,41g 17,58g 4,61g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Pintado 13,98mg 0,25mg 0,46mg 27,61mg 342,10mg 50,49mg - - -
Batata doce 10,61mg 0,20mg 0,10mg 8,59mg 171,87mg 4,43mg - 8,34mg -
Beterraba 3,83mg 0,06mg 0,11mg 5,11mg 79,82mg 2,07mg - 0,66mg -
Abobora 0,56mg - 0,01mg 0,34mg 22,85mg - - 1,77mg -
Óleo - - - - - - - - -
Alho 0,39mg 0,02mg 0,02mg 0,58mg 14,82mg 0,15mg - - -
Macarrão 12,73mg 0,65mg 0,57mg 20,38mg 108,24mg 5,28mg - - -
TOTAL 42,10mg 1,18mg 1,27mg 62,61mg 739,70mg 62,42mg 10,77mg

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


25 Sopa de peixe + Mandioca + Beterraba + Cenoura
Preparação: Sopa de peixe + Mandioca + Beterraba + Cenoura
Tempo de preparo: 30 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhe todos os ingredientes em uma mesma panela. Bata no liquidificador o caldo obtido. Em seguida passe na peneira
fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Pintado 120g - 1,03 116,50m 1 FILÉ M 106,11kcal - 21,62g 1,53g -
l
Mandioca 70g 1,08 1,31 57,7g 1/2 UND M 72,13 17,36g 0,35g 0,17g 0,92g
Beterraba 40g 0,90 1,88 21,28g 1/2 UND P 10,43kcal 2,36g 0,40g 0,02g 0,72g
Cenoura 55g 0,87 1,17 40,8g 1 UND P 12,24 2,73g 0,33g 0,08g 1,06g
Óleo 15ml 1 - 15,00ml 3 COL SOB 132,60kca - - 15,00g -
l
Alho 3g - 1,08 2,77g 1 DENTE 3,13kcal 0,66g 0,19g 0,01g 0,12g
Macarrão 26 2,83 1 73,60g 1 ESC M R 273,15kca 57,37g 7,36g 0,96g 2,15g
l
TOTAL 304g - - - - 609,7kcal 80,48g 30,25g 17,77g 4,97g

FICHAS TÉCNICAS
Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Pintado 13,98mg 0,25mg 0,46mg 27,61mg 342,10mg 50,49mg - - -
Mandioca 10,96mg 0,35mg 0,12mg 15,58mg 57,7mg 0,57mg - 6,40mg -
Beterraba 3,83mg 0,06mg 0,11mg 5,11mg 79,82mg 2,07mg - 0,66mg -
Cenoura 10,61mg 0,04mg 0,08mg 5,71mg 71,8mg 3,26mg - - -
Óleo - - - - - - - - -
Alho 0,39mg 0,02mg 0,02mg 0,58mg 14,82mg 0,15mg - - -
Macarrão 12,73mg 0,65mg 0,57mg 20,38mg 108,24mg 5,28mg - - -
TOTAL 52,5mg 1,37mg 1,36mg 74,97mg 674,48mg 61,82mg - 7,06mg -
93
94

26 Sopa de sardinha + Arroz + Couve-folha + Chuchu + Cenoura


Preparação: Sopa de sardinha + Arroz + Couve-folha + Chuchu + Cenoura
Tempo de preparo: 50 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Higienize o peixe e os legumes, corte todos os legumes em cubos e pique a couve-folha, cozinhe o arroz e após cozido
junto todo o ingrediente em uma panela, espera cozinhar, bata tudo no liquidificador.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Sardinha 120g 0 - 120g 1 LATA 342,00 0 19,08 28,80 0
conservada
no óleo
Arroz 51g 2,33 - 120g 5 COL S CH 153,60 33,72 3,00 0,24 1,92
Couve-folha 14,2 - 1,42 10g 1 FOLHA 2,70 0,43 0,29 0,05 0,31
Chuchu 46,3 0,9 1,39 30g 1/3 UND M 28,38 1,44 0,12 0 0,30
Cenoura 41,6 0,9 1,25 30g 1/3 UND M 9,00 2,01 0,24 0,06 0,78
TOTAL - - - - - 535,68 37,6 22,73 29,15 3,31

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Sardinha 660 4,20 1,92 42,00 440,4 799,2 0 0 -
conservada no
óleo
Arroz 4,80 0,12 0,60 2,40 90 1,2 0 0 -
Couve-folha 13,10 0,05 0,04 3,50 40,3 0,6 0 9,67 -
Chuchu 2,40 0,03 0,03 10,50 16,2 0,6 0 1,68 -
Cenoura 7,80 0,03 0,06 4,20 52,8 2,4 0 0 -
TOTAL 688,1 4,43 2,65 62,6 639,7 804 0 11,35 -

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


27 Sopa de peixe com feijão + Feijão + Batata inglesa + Cenoura + Chuchu
Preparação: Sopa de peixe com feijão + Feijão + Batata inglesa + Cenoura + Chuchu
Tempo de preparo: 50 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhar em uma mesma panela os alimentos crus (peixe, batata inglesa, cenoura, chuchu, alho e óleo) juntamente com o
feijão previamente cozido. Colocar os alimentos cozidos no liquidificador, junto com o caldo obtido do cozimento e o suplemento alimentar,
bater por 4 minutos. Depois coe em peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Corimbatá 77,5g - 1,03 75,24 1/2 FILÉ G 179,60kcal - 15,15g 12,74g -
ml
Feijão carioca 28g 1,89 1,05 50g 1/2 CO M 38,21kcal 6,80g 2,39g 0,27g 4,26g
Batata inglesa 35g 0,96 1,06 31,7g 1/2 UND P 16,35kcal 3,78g 0,37g - 0,42g
Cenoura 27,5g 0,90 1,17 21,15g 1/2 UND P 6,32kcal 1,41g 0,18g 0,05g 0,56g
Chuchu 30g 0,90 1,47 18,36g 1 PED M 3,40kcal 0,88g 0,08g - 0,19g
Alho 3g - 1,08 2,77g 1 DENTE 3,13kcal 0,66g 0,19g 0,01g 0,12g
Óleo 6ml 1 - 6ml 3 COL CHÁ 53,04kcal - - 6,00g -
Macarrão 18g 2,83 1 50g 2 COL S CH 79kcal 15,43 2,90g 0,47g 0,90g
Nutrison Soya 45g - 1 45g 3 COL SOB 202,50 28,35 7,20 6,75 -
sabor baunilha CH
TOTAL 297g - - - - 581,55kcal 57,32g 28,45g 26,28g 6,45g

FICHAS TÉCNICAS
Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Corimbatá 48,67mg 0,47mg 0,71mg 17,18mg 191,11mg 27,84mg - - -
Feijão carioca 13,30mg 0,65mg 0,35mg 21,17mg 127,31mg 0,88mg - - -
Batata inglesa 1,12mg 0,06mg 0,06mg 1,72mg 159,4mg 1,98mg - 1,19mg -
Cenoura 5,42mg 0,02mg 0,05mg 3,06mg 37,12mg 1,67mg - - -
Chuchu 1,44mg 0,01mg 0,02mg 1,27mg 9,98mg 0,33 - 1,2mg -
Alho 0,39mg 0,02mg 0,02mg 0,58mg 14,82mg 0,15mg - - -
Óleo - - - - - - - - -
Macarrão 3,50 0,64mg 0,26 9mg 22mg 0,5mg - - 0,03mg
Nutrison Soya 118,35mg 2,12mg 2,12mg 42,75 288,45mg 80,1mg 128,25µg 12,15mg 1,3mg
sabor baunilha
TOTAL 192,18mg 3,98mg 3,58mg 96,74mg 850,19mg 113,45mg 128,25µg 14,36mg 1,3mg
95
96

28 Sopa de legumes (abóbora, batata inglesa, cenoura, tomate e pimentão) + sustagem


Preparação: Sopa de legumes (abóbora, batata inglesa, cenoura, tomate e pimentão) + sustagem
Tempo de preparo: 30 min Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhe todos os ingredientes em uma mesma panela, com exceção do sustagem. Bata no liquidificador o caldo obtido.
Em seguida passe na peneira fina 3 vezes.
Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Macarrão 28,26 2,83 1 80 4 COL S CH 87,20 24,69 4,64 0,74 1,44
Abóbora 40 g - 1,33 30 1 COL S CH 3,71 3,23 0,43 0,22 0,74
Batata 35 0,95 1,06 30 1/2 UND P 15,48 0,36 0,03 - 0,04
inglesa
Cenoura 15,6 0,90 1,17 12 1 COL S CH 3,60 0,80 0,10 0,03 0,32
Tomate 25g - 1,25 20 1/2 PED 3,07 0,63 0,22 0,03 0,23
Pimentão 8g - 1,26 6,35 1 FT G 1,35 0,31 0,07 0,01 0,16
Oléo 20 ml 1 1 20 ml 1 COL S 176,80 - - -
Carne bovina 139g 0,65 1 90 4 COL S CH 174,60 - 28,11 6,03 -
moída
Sustagem 30g - - 30 2 COL S CH 110,75 20,41 7,22 0,15 -
TOTAL - - - - - 576,5kcal 50,43 g 40,82 g 7,21 g 2,93 g

Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Macarrão 5,6 1,02 0,41 14,4 35,2 0,8 - - 0,05
Abóbora 2,29 0,1 0,09 2,73 59,73 0,44 - 2,24 -
Batata inglesa 0,11 - - 0,16 4,84 0,07 - 0,11 -
Cenoura 3,07 0,01 0,03 1,74 21,06 0,95 - - -
Tomate 1,39 0,05 0,03 2,11 44,48 0,2 - 4,24 -
Pimentão 0,56 0,03 - 0,49 11,07 - - 6,36 -
Oléo - - - - - - - - -
Carne bovina 4,48 2,13 5,8 12,07 227,3 55,61 1,72 - -
Sustagem 161,49 3,33 2,22 58,33 - 105,35 214,99 11,11 2,5
TOTAL 178,99 mg 6,67 mg 8,58 mg 92,03 mg 403,68 mg 163,42mg 215,81mcg 24,06 mg 2,55 mg

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


29 Sopa de legumes (Batata doce, Beterraba, Chuchu, Tomate) + ovo
Preparação: Sopa de legumes (batata doce, beterraba, chuchu, tomate) + ovo
Tempo de preparo: 30 minutos Rendimento: 300ml
Modo de preparo: Cozinhe todos os ingredientes em uma mesma panela. Colocar os alimentos cozidos e o suplemento alimentar no liquidificador,
junto com o caldo obtido do cozimento e bater por 4 minutos. Depois coe em peneira fina 3 vezes.

Ingredientes Peso Fator de Fator de Peso Medida Calorias Carboidratos Proteínas Lipídios Fibras
bruto cocção correção líquido caseira
Ovo 90g 1,11 1,12 89,19m 2 UND M 129,95kcal 0,55g 11,86g 8,45g -
l
Batata doce 40g 0,96 1,33 28,87g 1 COL S R 22,16kkcal 5,32g 0,19g 0,03g 0,64g
PICADA
Beterraba 40g 0,90 1,88 21,28g 1/2 UND P 6,84kcal 1,54g 0,28g 0,02g 0,4g
Chuchu 30g 0,90 1,47 18,36g 1 PED M 3,40kcal 0,88g 0,08g - 0,19g
Tomate 15g - 1,25 12,00g 1 FT M 3,00kcal 0,62g 0,22g 0,04g 0,24g
Óleo 20ml 1 - 20,00 2 COL S 176,80kcal - - 20,00g -
ml
Pimentão 8g - 1,26 6,35g 1 FT G 1,33kcal 0,31g 0,07g 0,01g 0,17g
Macarrão 26g 2,83 1 73,58g 3 COL S 116,26kcal 22,71g 4,27g 0,68g 1,32g
CH
Nutren senior 27,5g - - 27,5g 3 COL S R 116,05kcal 9,90g 9,90g 4,13g -
TOTAL 296,50g - - - - 575,79kcal 41,83g 26,87g 33,36g 2,96g

FICHAS TÉCNICAS
Ingredientes Cálcio Ferro Zinco Magnésio Potássio Sódio Vit. A Vit. C Vit. E
Ovo 43,90mg 1,35mg 1,10mg 10,03mg 123,88mg 130,13mg 28,93µg - -
Batata doce 4,95mg 0,05mg 0,04mg 3,22mg 42,85mg 0,78mg - 6,87mg -
Beterraba 3,25mg 0,05mg 0,08mg 3,52mg 52,24mg 4,84mg - 0,26mg -
Chuchu 1,44mg 0,01mg 0,02mg 1,27mg 9,98mg 0,33 - 1,2mg -
Tomate 1,40mg 0,04mg 0,02mg 2,20mg 44,48mg 0,2mg - 4,24mg -
Óleo - - - - - - - - -
Pimentão 0,57mg 0,03mg 0,01mg 0,51mg 11,07mg - - 6,36mg -
Macarrão 5,15mg 0,94mg 0,38mg 13,24mg 32,38mg 0,74mg - - 0,04mg
Nutren senior 240,08mg 1,95mg 1,84mg 20,63mg 137,50mg 50,05mg 137,50µg 9,63mg 2,50mg
TOTAL 300,74mg 4,42mg 3,49mg 54,62mg 454,38mg 187,07mg 166,43µg 28,56mg 2,54mg
97
98

ÍNDICE REMISSIVO

CAPÍTULO 1 - NUTRIÇÃO ENTERAL: CONTEXTO GERAL


Aporte calórico-proteico (11)
Atendimento (11)
Desnutrição (11)
Dietas enterais (12)
Estado nutricional (11)
Manual (12)
Paciente (11,12)
Suporte nutricional (11)
Terapia de Nutrição Enteral (11)
Terapia Nutricional Enteral Domiciliar (12)

CAPÍTULO 2 - NUTRIÇÃO ENTERAL: PRINCÍPIOS BÁSICOS


Dieta enteral: (15, 16).
Trato gastrointestinal (15, 16, 19)
Hospitalar (15, 17, 20)
Via oral (15, 20)
Doença (16, 17, 19)
Nutrição enteral: (15, 16, 17, 19, 20)
Domiciliar: (15, 18, 19, 20)
Administração (16, 17, 18, 20, 21)
Essencial: (15,19,20,21)
Paciente (15, 16, 17, 18, 19, 20, 21)

CAPÍTULO 3 - DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS


Composição (24, 27, 29)
Densidade Calórica (25, 26, 29)

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR


99

Dietas especializadas (24)


Dietas industrializadas (23, 24, 25)
Escolha da fórmula (27)
Indicação (29)
Necessidade Hídrica (26)
Osmolaridade (25, 27 29)
Posicionamento (27)
Recomendação Hídrica (26)

CAPÍTULO 4 - DIETAS ENTERAIS ARTESANAIS


Composição nutricional (36, 38)
Dietas artesanais (33, 34, 38, 39)
Equipe multiprofissional (34, 35, 40)
Fichas técnicas de preparação (37,38)
Manipuladores (36, 39)
Microbiológica (33, 38, 39)
Nutrição enteral (33, 34, 38, 40)
Nutricionista (35, 37, 38)
Prescrição dietética (35,36)
Triagem nutricional (34, 35)

CAPÍTULO 5 - SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS EM NUTRIÇÃO ENTERAL


Carboidrato (48, 49, 50)
Fibras (48, 50, 52, 53, 54)
Lactose (49, 50, 52, 53, 54, 55, 56)
Lipídios (48, 50)
Micronutrientes (48, 50, 51, 56)
Módulos Nutricionais (48, 50, 51)
Necessidades Nutricionais (48, 49, 52, 56)

ÍNDICE REMISSIVO
100

Nutriente (48, 49, 50, 51, 53)


Proteína (50, 51, 54, 57)
Suplemento (48, 49, 50,51, 52, 53, 54, 55, 56)

CAPÍTULO 6 - BOAS PRÁTICAS PARA MANIPULAÇÃO DE NUTRIÇÃO


ENTERAL
Ambiente (60, 61, 62)
Ambiente domiciliar (60)
Ambiente hospitalar (60)
Boas práticas (60)
Dieta enteral (60, 62)
Higiene pessoal (60)
Manipulador (60, 61)
Preparo (60, 61, 62)
Segurança (60)
Utensílios (61)

CAPÍTULO 7 - A DIETA ENTERAL COMO UM DIREITO


Alimentação (64)
Dieta enteral (64, 65)
Direito humano (64)
Direito universal e igualitário (64)
Judicialização da saúde (65)
Lei Orgânica da Saúde (64)
Necessidades alimentares (64)
Política Nacional de Alimentação e Nutrição (64)
Saúde (64, 65)
SUS (65)

GUIA PRÁTICO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL NO ÂMBITO HOSPITALAR E DOMICILIAR

Você também pode gostar