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APLICAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE RETENÇÃO DE RESÍDUOS


SÓLIDOS COMO SOLUÇÃO PARA DRENAGEM URBANA

APPLICATION OF WATER FILTERS AS URBAN DRAINAGE SOLUTION

SCARTON, Jéssica Griffo1


MAIA, Jasminne Layla de Oliveira2
MARANGUANHE, Renan Silva3
TORRES, Herbert4
RESUMO

O desenvolvimento urbano quando realizado sem planejamento prévio, gera


problemas no sistema de drenagem trazendo consequências a sociedade. A praça do
Gilberto Machado, localizada na cidade Cachoeiro de Itapemirim-ES, tem sofrido com
esse problema, que vem gerando enchentes nas épocas chuvosas. Diante disso, o
presente estudo, teve como objetivo analisar os dispositivos de drenagem da
microbacia, afim de propor meios para evitar a falha dos mesmos. Para isto, foi
realizada a delimitação da bacia, utilizando as ferramentas de visualização topográfica
Geobases e QGIS 2.18 Las Palmas, onde constatou-se que a microbacia possui
aproximadamente 44,630 ha e foi realizado um levantamento de dados dos
dispositivos de drenagem da mesma, sendo analisados 135 dispositivos. Ao analisar
os dados obtidos, foi constatada a necessidade de dispositivos de retenção de
resíduos, devido a elevada quantidade de dispositivos onde haviam detritos. Assim,
através do estudo realizado, foi possível recomendar dispositivos de retenção
adequados que junto à conscientização da população, vem a ser uma possível
solução para os problemas enfrentados.

Palavras-chave: Drenagem Urbana; Resíduos; Dispositivos de Retenção;


Sustentabilidade; Enchentes.

ABSTRACT

Urban development when carried out without prior planning, generates problems in the
drainage system bringing consequences to society. Gilberto Machado Square, located
in the city of Cachoeiro de Itapemirim - ES, has suffered from this problem, which has
been generating floods in rainy seasons. Given this, the present study aimed to

1 Graduanda do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário são Camilo-ES,


jessica.scarton@yahoo.com;
2 Graduanda do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário são Camilo-ES,
jasminnelaylamaia@gmail.com;
3 Graduando do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário são Camilo-ES,
renans852@gmail.com;
4 Professor Orientador: Mestre em Produção Vegetal, Centro Universitário São Camilo - ES,
herberttorres@saocamilo-es.br. Cachoeiro de Itapemirim, novembro de 2019.
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analyze the drainage devices of the watershed, in order to propose ways to avoid their
failure. For this, the watershed was delimited using the topographic visualization tools
Geobases and QGIS 2.18 Las Palmas, where it was found that the watershed has
approximately 44.630 ha and a data collection of the drainage devices was performed
135 devices. By analyzing the data obtained, it was found the need for waste retention
devices, due to the large amount of devices where there was debris. Thus, through the
study, it was possible to recommend appropriate retention devices that together with
the awareness of the population, becomes a possible solution to the problems faced.

Keywords: Urban Drainage; Waste; Retention devices; Sustainability; Floods.

1. INTRODUÇÃO

Nos países desenvolvidos, densamente povoados, a drenagem urbana


consome uma alta proporção dos investimentos em infraestrutura urbana
(MAKSIMOVIC, 2001). Os motivos para tal investimento estão na indispensabilidade
integrada na coordenação de águas urbanas, e na conscientização da sociedade
sobre como os resíduos sólidos nas ruas causam poluição de corpos d’água próximos
e alagamentos em diversos pontos da cidade, ocasionando problemas, tais como,
comprometimento estrutural em edificações, risco de vida para moradores e aumento
do risco de contaminação por doenças.
A prática da drenagem urbana nos países em desenvolvimento ainda encontra
problemas mais sérios, porque o desenvolvimento urbano ocorre sob condições
socioeconômicas, tecnológicas e climáticas mais difíceis (SILVEIRA, 2001). Enquanto
países desenvolvidos se preocupam com a questão ambiental, países em
desenvolvimento precisam se preocupar com a questão sanitária.
Os serviços de limpeza urbana e os sistemas de drenagem são, talvez, os dois
componentes do saneamento ambiental que mais se inter-relacionam, uma vez que
os resíduos sólidos gerados pela população estão diretamente suscetíveis a obstruir
e/ou danificar os sistemas de microdrenagem, bem como a poluir o meio ambiente e
rios urbanos (RIGHETTO et al., 2009). Segundo o autor supracitado, os principais
resíduos observados na drenagem urbana que se tem informação, o plástico e o papel
são os que predominam. Entretanto, a caracterização depende fundamentalmente da
efetividade dos sistemas de coleta e de limpeza e do tipo de ocupação da bacia
(residencial, comercial ou industrial). Para que a caracterização ocorra de forma
efetiva, é necessário que os resíduos sejam caracterizados de forma quantitativa e
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qualitativa, para que sejam adotadas as melhores soluções, de acordo com a


particularidade de cada lugar.
Dispositivos de retenção de resíduos sólidos estão se tornando cada vez mais
utilizados como instrumento de melhores práticas de gerenciamento na drenagem
urbana (WALCH et. al., 2004). A maioria é criada para remover lixo e sedimento do
escoamento superficial. Eles são relativamente mais baratos e muito mais fáceis de
manutenir comparados com o método atual que demanda muito tempo para o
desentupimento, podendo ser até 10 vezes mais rápidos (ECCO FILTRO, 2012), além
de, ocasionalmente, haver a necessidade de quebrar as manilhas para que a devida
manutenção seja dada.
O presente trabalho tem como objetivo analisar as causas de alagamento das
vias públicas da microbacia da Praça Gilberto Machado e propor como solução a
implantação de dispositivos de retenção de resíduos sólidos variados para mitigar o
impacto causado pelos alagamentos.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Urbanização

A urbanização é um processo associado ao crescimento populacional, onde se


faz necessárias mudanças no ambiente ao redor para a melhor acomodação da
população. “A urbanização é um processo que acarreta diversas complicações para
as cidades, como as inundações, que são recorrentes nas zonas urbanas e causam
danos e prejuízos à população” (SANTOS JÚNIOR; SANTOS, 2013).
Segundo Tucci e Collischonn (1998), algumas das consequências do
desenvolvimento urbano no Brasil são, além do aumento significativo das inundações,
a produção de sedimentos e deterioração da qualidade da água. Essas implicações
se dão devido ao aumento do escoamento superficial e impermeabilização do solo,
muitas vezes sem uma adequação no sistema de drenagem para suportá-las, além
do aumento da produção de resíduos sólidos associado a falta de conscientização da
população sobre o local adequado para despeja-los e o uso inconsequente da água
potável.
4

Em um estudo feito por Tucci, com o objetivo de analisar o impacto das áreas
impermeáveis no gerenciamento do espaço urbano, concluiu-se que a urbanização
interfere de maneira direta no coeficiente de escoamento e vazões máximas nas
bacias urbanas, que é definido como a relação entre o volume total de escoamento
superficial no evento e o volume total precipitado. “Para cada 10% de aumento da
área impermeável ocorre cerca de 100% de aumento no coeficiente de escoamento
de cheia e no volume de escoamento superficial” (TUCCI, 2000).
Para Righetto, Moreira e Sales (2009), a impermeabilização da bacia é a
principal característica da expansão das áreas urbanas, ela provoca a redução da
capacidade de infiltração, que como consequência, aumenta o escoamento
superficial, fator de grande influência nas inundações no meio urbano. A urbanização
caótica e o uso inadequado do solo reduzem a capacidade de armazenamento natural
dos deflúvios, necessitando de outro local para ocupar (CANHOLI, 2014). Para que
haja um direcionamento da água para seu novo destino é necessário o sistema de
drenagem.
“Drenagem é o termo empregado na designação das instalações destinadas a
escoar o excesso de água proveniente das chuvas, seja em rodovias, na zona rural
ou na malha urbana” (CAUDURO, 2014). A drenagem urbana é de suma importância
no planejamento urbano de uma cidade, entretanto, em muitos casos ela não em sido
tão eficiente quanto deveria. Para Braga (1994), citado por Canholi (2014, p. 23), as
inundações sofridas no Brasil também se dão pela inexistência de planos a longo
prazo, utilização precária de medidas não estruturais e da manutenção inadequada
dos sistemas de controles de cheias.
Uma das partes integrantes do sistema de drenagem são os bueiros,
responsáveis por drenar a água da chuva e conduzi-la para as galerias pluviais.
Entretanto, em muitos locais, estes dispositivos não funcionam com eficiência,
segundo Jacobi e Besen (2011), isso se dá pois o lixo produzido pela população, não
é coletado devidamente, sendo disposto de maneira irregular nas ruas, em rios,
córregos e terrenos vazios, que além de gerar o entupimento de bueiros, que
consequentemente faz aumentar as enchentes, gera o assoreamento de rios e
córregos, destruição de áreas verdes, mau cheiro, proliferação de moscas, baratas e
ratos, sendo que todos afetam direta ou indiretamente na saúde pública.
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2.2. Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos urbanos, conforme Tucci, Porto e Barros (1995) são os


principais responsáveis pela produção de material sólido em uma bacia hidrográfica
urbana de ocupação consolidada. Dentre os principais impactos causados por estes
resíduosna drenagem urbana pode-se citar a obstrução das bocas de lobos, o
aumento de frequência das inundações e contaminação das águas.
A identificação das fontes geradoras, quantificação e a classificação dos resíduos
sólidos são de grande importância, para se ter uma avaliação mais profunda do seu
potencial poluidor.
Segundo Silva (2010), a produção de Resíduos Sólidos deve possuir uma causa
preponderante ou um conjunto de causas, seguindo esta premissa deve ser analisado
um conjunto de possíveis causas para o surgimento dos resíduos nas redes de
drenagem e quais resíduos têm maiores influencias nas obstruções das bocas de
lobo.
A presença de resíduos sólidos em vias urbanas e em áreas residências, é
decorrente do descarte realizado pela população. Em áreas comerciais/industriais
segundo o Manual Para Edificações Multifamiliares e de Uso Misto (2014) o índice de
resíduos é maior em relação a área residencial, devido ao maior número de pessoas
transitando no local por dia e um maior número de utilização de matérias primas, assim
gerando também mais resíduos.
As pessoas adquirem mercadorias e, uma parte delas, descarta as embalagens
nas calçadas ou nas ruas. Segundo Waldman (2010), se o serviço de varrição diária
não ocorrer, ou então se não são recolhidas as embalagens, posteriormente, estas se
deslocam pela ação do vento ou da chuva, assim levando tudo para os sistemas de
drenagens, acarretando na obstrução do mesmo.

2.3. Dispositivos de retenção de resíduos sólidos


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Uma das vantagens do uso dos dispositivos de retenção de resíduos sólidos é


a agilidade no trabalho, os bueiros convencionais levam em média meia hora para
serem limpos, em um dia são limpos em torno de 20 a 40 bueiros, já com o uso dos
dispositivos leva cerca de 5 minutos, e no dia poderá ser limpo cerca de 200 a 250
bueiros, tornando o trabalho fácil, eficaz, e trazendo melhores condições para os
trabalhadores (MOTA et. al., 2015).
Segundo Kostarelos et. al. (2010), os dispositivos de retenção de resíduos
sólidos (Figura 1) apresentaram ótimos resultados após sua implantação, além de
reduzir a quantidade de resíduos sólidos no sistema de drenagem, ainda permite
reduzir o custo com a manutenção e o tempo necessário para sua execução.

Figura 1 – Exemplo de dispositivo de retenção de resíduos sólidos.


Fonte: Bueiro Inteligente, 2019

A infestação pelo Aedes Aegypti tem crescido bastante nos últimos anos,
devido ao aumento de resíduos sólidos que servem como foco de dengue, com
precárias condições de saneamento básico, incluindo a drenagem urbana, criando
ambientes favoráveis para criadouros de mosquitos (SILVA; MACHADO, 2018). Uma
das vantagens da implantação do sistema é a redução da aparição de vetores de
doenças (Bueiro Inteligente, 2019), pois haverá uma redução drástica na quantidade
de lixo presente nos sistemas de drenagem, além da obstrução parcial da entrada dos
bueiros, que contribui para redução do acesso de roedores e outros animais
peçonhentos aos sistemas de drenagem.
Em termos de operação e manutenção todos os dispositivos foram
relativamente fáceis de operar e manutenir e a maioria apresenta custo anual de
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manutenção comparável, relativo ao emprego de duas pessoas e um veículo


(KOSTARELOS et. al., 2009).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Materiais

A área escolhida para estudo é a microbacia que engloba os bairros Gilberto


Machado e Recanto, localizados na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, totalizando
uma área aproximada de 44,630 ha. A escolha desse local se deu, pois, nele se
encontra a Praça do Gilberto Machado, que ao longo dos anos vem enfrentando
problemas devido à chuva, como mostra a Figura 2.

Figura 2 – Alagamento na Praça Gilberto Machado.


Fonte: Thiago Vargas, 2013.

3.2. Métodos
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3.2.1. Delimitação da microbacia

Para a visualização dos pontos da microbacia estudada foi utilizado o software


livre QGIS 2.18, um Sistema de Informação Geográfica (SIG), licenciado sob a “GNU
General Public License”. Foi utilizado como base de dados o mapa IEMA
ORTOFOTOMASAICO ES 2012/2015, com download livre no site da Geobases.
Inicialmente a bacia foi delimitada manualmente através da camada shepefile com tipo
polígono, seguindo o relevo da área.
Após a delimitação da área, foram tiradas as coordenadas em UTM (Datum
Sirgas2000) in loco através do aplicativo UTM Geo Map, assim foi gerado para cada
dispositivo de drenagem uma camada shepefile com tipo ponto. Com todas as
informações inseridas foi gerado um novo compositor de impressão onde foi inserido
o mapa, a barra de escala e a legenda.

3.2.2. Levantamento de dados

Foi realizado um levantamento de dados nos dispositivos de drenagem da


microbacia em estudo, com o auxílio de um checklist encontrado no Apêndice A.
Devido à falta de uma delimitação oficial da extensão da microbacia, foi necessário
um olhar crítico para que pudéssemos discernir se o dispositivo estava voltado para o
local estudado ou não, resultando assim, num total de 135 dispositivos. A localização
no checklist foi preenchida com as coordenadas latitudinais e longitudinais com o
auxílio do aplicativo UTM Geo Map, para uma melhor precisão dos mesmos e para
que futuramente pudesse ser utilizado na delimitação da microbacia.
O levantamento também envolveu a caracterização da situação do dispositivo,
que além das opções encontradas no checklist, foi necessário acrescentar a opção de
“vedado parcialmente”, pois havia dispositivos onde os moradores vedaram parte
dele, deixando apenas uma pequena área para passagem de água, como mostrada a
seguir na Figura 3.
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Figura 3 – Dispositivo de drenagem alterado pelos moradores.


Fonte: O autor, 2019.

Em seguida foi analisada a existência de detritos no dispositivo e caracterizado


o seu tipo, sendo que, para aqueles que possuíam mais de um tipo se fez necessário
a escolha do prevalente. Só foi preenchida a opção de “outros detritos”, em um dos
dispositivos, encontrado abaixo na Figura 4, que havia a existência de resíduos de
construção, que obstruíam completamente a passagem, sendo quase impossível a
visualização da existência de um dispositivo.

Figura 4 – Dispositivo de drenagem obstruído pelos resíduos de construção.


Fonte: O autor, 2019.
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Ainda foi acrescentado no checklist, a opção da existência de água empoçada,


que é responsável pela transmissão de doenças, mal cheiro e outros, e a opção da
redondeza, para associar o tipo de detrito ao local em que se encontra.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Segundo o Plano diretor de Drenagem Urbana Sustentável do Município de


Cachoeiro de Itapemirim (2007), no trecho que se refere à microbacia em estudo:
Toda a área de contribuição da Bacia está situada dentro da área urbana
consolidada […]. A ocupação urbana é constituída por casas de padrão médio
a alto. As maiores queixas de inundação referem-se à Av. Francisco Lacerda
de Aguiar que se estende ao longo do talvegue principal da microbacia [...].

Ainda no Plano diretor de Drenagem Urbana Sustentável do Município de


Cachoeiro de Itapemirim (2007), é possível observar o diagnóstico de pontos críticos
encontrados na rede de drenagem (Tabela 1).

Tabela 1 – Diagnóstico de pontos críticos encontrados na rede de drenagem.

Pontos Situação da seção analisada


Inspecionados
P1-B21 Foz: uma manilha DN 1500 mm e uma DN 600 mm.
Não atende a drenagem da bacia para as condições atuais.
Foz
Rede de macrodrenagem na praça: uma manilha DN 1000 mm
Macrodrenagem e uma DN 600 mm.
Praça Jerônimo Monteiro Não atende a drenagem da bacia para as condições atuais.
Rede de macrodrenagem: uma manilha DN 600 mm, que
P2-B21
amplia para DN 800 mm.
Ocorre estrangulamento da rede de macrodrenagem a jusante
Caminhamento
deste ponto de alagamento.
Rua José P. Barreto
Não atende a drenagem da bacia para as condições atuais.
P3-B21
Rede de macrodrenagem: duas manilhas DN 600 mm.
Praça da “UNIMED”
Não atende a drenagem da bacia da bacia para as condições
atuais.
Av. Francisco Lacerda
de Aguiar
Fonte: Adaptado de Plano diretor de Drenagem Urbana Sustentável do Município de Cachoeiro de
Itapemirim, 2007.
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Dados de 2007 já indicam que a drenagem do local era insuficiente, ao longo


dos últimos anos o problema tem se agravado cada vez mais. Devido ao aumento da
impermeabilização do solo causado pela crescente urbanização da microbacia é cada
vez mais comum observar alagamentos no ponto de estudo. Também foi observado
durante o estudo que os pontos de captações apresentam diâmetro de 300 mm,
apesar de o Plano Diretor de Drenagem Urbana Sustentável do Município de
Cachoeiro de Itapemirim não apresentar diâmetro mínimo.
Planos Diretores de Drenagem de várias cidades, como Plano Diretor de
Drenagem e Manejo de Águas Pluviais do Município de São Paulo (2013), Plano
Diretor de Drenagem Urbana de Porto Alegre (2013), Plano Diretor de Águas Pluviais
e Fluviais doMunicípio de Bom Jesus do Norte (2013)e Plano Diretor de Drenagem
UrbanaSustentável de Vila Velha (2011), estabelecem que o diâmetro mínimo deva
ser de 400 mm, apontando um possível subdimensionamento da rede, além do
subdimensionamento da macro-drenagem da Av. Francisco Lacerda de Aguiar que é
citado na Tabela 1, apontando que já em 2007 as duas manilhas de 600 mm já eram
insuficientes para atender a demanda da microbacia, tendo o problema agravado caso
haja obstrução das mesmas por resíduos sólidos.
Através do levantamento de dados feito na microbacia de estudo gerou o
Gráfico 1, que mostra a situação dos dispositivos de drenagem quanto à sua obstrução
ou não.

2%

6% 11% OBSTRUÍDO

PARCIALMENTE
OBSTRUÍDO
LIVRE
36%
VEDADO
45%
PARCIALMENTE
VEDADO

Gráfico 1 – Situação dos dispositivos de drenagem.


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Fonte: O autor, 2019.

Mediante os dados apresentados no Gráfico 1 pode-se observar que apenas


36% dos dispositivos estão totalmente livres, um número baixo, considerando que a
microbacia estudada está localizada em um bairro de alto padrão e o levantamento
de dados foi realizado fora do período de chuvas, visto que, segundo Wolff et. Al. a
quantidade de resíduos aumenta com os dias chuvosos, cerca de 76%. Também se
nota que 8% dos dispositivos foram restringidos pela própria população, indicando que
a falta de conscientização é um agravante.
O Gráfico 2 apresenta a relação de dispositivos nos quais foram encontrados
detritos em seu interior.

6%
5%

SIM
NÃO
VEDADOS

89%

Gráfico 2 – Presença de resíduos sólidos.


Fonte: O autor, 2019.

De acordo com o Gráfico 2, a grande maioria dos dispositivos de drenagem


apresentam resíduos sólidos, foi possível encontrar a presença de resíduos sólidos
em 89% deles.
O Gráfico 3 apresenta a combinação de resíduos encontrada nos dispositivos.
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2% 1%
FOLHAS E GALHOS
6%
FOLHAS E GALHOS +
SEDIMENTOS
29% SEDIMENTOS

SEDIMENTOS + LIXO
44%
FOLHAS E GALHOS +
6% SEDIMENTOS + LIXO
FOLHAS E GALHOS +
12%
LIXO
OUTROS

Gráfico 3 – Combinação de resíduos.


Fonte: O autor, 2019.

Pode-se observar uma predominância na combinação de folhas e galhos com


sedimentos, essa predominância dá-se pela preponderância residencial da
microbacia, tendo sua área comercial presente na Av. Francisco Lacerda de Aguiar.
Em nenhum caso foi constatada a presença de apenas lixo no interior dos dispositivos.
O Gráfico 4 apresenta o tipo de resíduo presente em maior quantidade em cada
dispositivo.

8%

FOLHAS E GALHOS
48%
SEDIMENTOS

44% LIXO

Gráfico 4 – Resíduo prevalente.


Fonte: O autor, 2019.
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A partir do Gráfico 4 observa-se que o resíduo prevalente na maior parte dos


dispositivos são as folhas e galhos, seguido de perto pelos sedimentos.Montes (2010)
diz que algumas consequências do assoreamento da drenagem são a redução da
capacidade de escoamento de condutos, rios e lagos urbanos e o transporte de
substância poluente agregada ao sedimento.
O Gráfico 5 apresenta o número de vezes que foi constatada a presença de
cada tipo de resíduo em cada dispositivo.

LIXO, 44

FOLHAS E
GALHOS, 98

SEDIMENTOS,
111

Gráfico 5 – Resíduos encontrados no interior dos dispositivos de drenagem.


Fonte: O Autor, 2019.

Silva e Farra (2017) afirmam que grande parte dos problemas sanitários que
afetam a população estão intrinsecamente relacionados com o meio ambiente, em
particular com produção, recolhimento e destinação final dos resíduos sólidos
urbanos. O acúmulo de resíduos nos dispositivos acarreta no surgimento diversos
vetores de doenças como sugere o Plano de Drenagem de Juiz de Fora para a Zona
Norte (2011).
O Gráfico 6 mostra a relação de dispositivos que apresentavam água
empoçada em seu interior.
15

26%
SIM
NÃO
74%

Gráfico 6 – Presença de água empoçada.


Fonte: O autor, 2019.

Dados do Ministério da Saúde (2019) apontam que o número de casos


prováveis de dengue no estado do Espírito Santo cresceu 435,9% em comparação
com janeiro de 2018. Até o dia 02 de fevereiro, o estado notificou 2.460 casos da
doença. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (2019), a retenção de
água na superfície do solo pode propiciar a proliferação dos mosquitos responsáveis
por transmitir a dengue, além disso, a falta de um sistema de um sistema de drenagem
urbana eficiente pode acarretar em inundações e alagamentos, propiciando o
aparecimento de doenças como a leptospirose. Na Figura 5 é possível observar a
presença de veneno para ratos no interior do dispositivo, indicando a presença de
roedores no local.

Figura 5 – Veneno de rato no interior do dispositivo.


Fonte: O autor, 2019.
Segundo Santos et. al. (2012):
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“No caso da Leptospirose, a ameaça é a presença da bactéria nas bacias


hidrográficas em questão e a vulnerabilidade é a rede de drenagem em si,
que possibilita o espalhamento do agente etiológico - em casos de
inundações ou alagamentos essa vulnerabilidade é aumentada.”

Com base nos dados colhidos em campo, o mapa contido no Apêndice B foi
gerado com base na tipologia de cada dispositivo de drenagem.
Para os dispositivos identificados como Bocas-de-Lobo Combinadas (Figura
6), é recomendado o uso do Ultra-Urban Filter DI (Figura 7) aliado ao Curb Inlet
Protector (Figura 8).

Figura 6 – Bocas de Lobo Combinadas.


Fonte: O autor, 2019.

Figura 7 – Ultra-Urban Filter DI.


Fonte: AbTech industries, 2019.
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Figura 8 – Curb Inlet Protector.


Fonte: Suntree Technologies, 2019.
Recomenda-se o uso do Ultra-Urban Filter DI para esse tipo de dispositivo por
apresentar baixo custo, efetividade na filtração de resíduos, instalação simples e baixo
custo de manutenção, também é indicado pela captura de folhas e galhos, sedimentos
e lixo, que são os três tipos de resíduos sólidos presentes no local de estudo (AbTech,
2019). O uso do Curb Inlet Protector é indicado pois apresenta extrema facilidade de
instalação e os resíduos capturados pelo dispositivo podem simplesmente ser varridos
pelos varredores (Watershed Protection, 2012), ou como no caso apresentado de
bocas-de-lobo combinadas, os resíduos são levados para o Urban Filter DI. Após sua
implantação em Lakeland na Flórida apenas uma unidade foi responsável pela captura
de 23 kg de resíduos sólidos (Suntree Technologies, 2002).
Para os dispositivos identificados como Bocas-de-lobo Duplas com grelha e
Bocas-de-lobo simples com grelha (Figura 9) são indicados o uso do Ultra-Urban Filter
DI pelas razões já mencionadas anteriormente.
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Figura 9 – Boca-de-lobo simples com grelha.


Fonte: O autor, 2019.

Por último, os dispositivos de drenagem identificados como Boca-de-lobo


simples (Figura 10) são recomendados o uso do High Capacity Curb Inlet Basket
(Figura 11).

Figura 10 – Boca-de-lobo simples.


Fonte: O autor, 2019.

Figura 11 – High Capacity Curb Inlet Basket.


Fonte: Oldcastle Infrastructure, 2019.

O dispositivo High Capacity Curb Inlet Basket é indicado nessa situação, pois
apresenta fácil manutenção e é capaz de filtrar todos os tipos de resíduos sólidos
arrastados pela chuva (Suntree Technologies, 2019).
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Vale ressaltar ainda que todos os dispositivos de retenção de resíduos sólidos


apresentam medidas de contenção, como filtração graduada e extravasadores para
permitir que a água continue sendo drenada no caso de a manutenção dos
dispositivos ser negligenciadas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em Cachoeiro de Itapemirim-ES em épocas mais chuvosas a Prefeitura realiza


uma programação ininterrupta de desobstrução dos dispositivos de drenagem por
meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos – SEMDURB para minimizar os
riscos, porém, essa ação ainda é insuficiente, e a cidade ainda sofre nesse período.
Sendo assim, para que haja uma diminuição na quantidade de enchentes, é
necessário um trabalho em conjunto da população com a administração pública
municipal, sendo que, cabe a população despejar o lixo domiciliar nos pontos de
coleta, e não jogar os resíduos do dia a dia em vias públicas, cabendo assim a
administração adequar os dispositivos de drenagem para que não venham a entupir
com os resíduos naturais, como areia, folhas e animais mortos.
No levantamento de dados realizado na microbacia de estudo, foi verificada
uma área de 44,630 ha, com um total de 135 dispositivos de drenagem analisados.
Mediante os dados recolhidos de cada dispositivo de drenagem, foi recomendado o
tipo de dispositivos de retenção de resíduos sólidos comerciais que mais se adequa
as condições deparadas.
Visto que é preciso a manutenção dos dispositivos, se faz necessário o
descarte dos resíduos nos locais adequados, sendo sugerido que as folhas, galhos e
sedimentos (e outros possíveis resíduos orgânicos) sejam direcionados ao aterro
sanitário e os resíduos propícios para reciclagem, sejam direcionados a centros de
reciclagem, que na cidade em estudo atualmente se faz pela Associação dos
Catadores de Materiais Recicláveis do Município de Cachoeiro de Itapemirim –
ASCOMIRIM.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
20

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<https://www.abtechindustries.com/>. Acesso em: 28 de out. de 2019.

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23

APÊNDICE

APÊNDICE A – Checklist
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24

APÊNDICE B – Georreferenciamento da microbacia.

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