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FACLIONS

CURSO DE DIREITO – DIREITO CIVIL IV


PROFª. ELIETTE R. AMORIM
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO – Plataforma EAD/Moodle

DIA 17/06/2020

01. O que se entende por superfície (art. 1369 a 1377) no Direito Civil ?

O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo


ou o espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato
respectivo, atendida a legislação urbanística.

Assim sendo, está, nos moldes acima traçados, presumidamente


autorizado o uso do subsolo e do espaço aéreo. É, portanto, uma
decorrência da lei.

O Código Civil, na medida em que permite sua concessão também


para imóveis rurais, teve maior amplitude quando cotejado ao Estatuto
da Cidade. No entanto, de acordo com aquele, apenas o uso do solo
estaria abarcado pela concessão de tal direito, devendo o uso do subsolo
e do espaço aéreo estar previsto ou no instrumento de concessão ou ser
uma decorrência da natureza desta. "Artigo 1.369. O proprietário pode
conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno,
por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente
registrada no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O direito
de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for ine-rente ao
objeto da concessão".

02. Explique a diferença entre Servidão e passagem forçada.

A passagem forçada é direito de vizinhança, enquanto que a servidão é um


direito real sobre coisa alheia. A primeira decorre da lei e é uma limitação ao
direito de propriedade, sempre se configurando quando um prédio se encontrar
encravado, mesmo que o proprietário não a deseje; já a servidão limita o
domínio e decorre da vontade das partes, geralmente por meio de um contrato.

A servidão tem sua constituição com o registro no Cartório de Registro de


Imóveis, já a passagem forçada não exige qualquer tipo de registro, e caso
haja um registro será tida como servidão. Sua fonte mediata está na lei e no
interesse social.

Às servidões aparentes caberá ação de usucapião. À servidão de trânsito


não titulada, mas tornada permanente, sobretudo pela natureza das obras
realizadas, considerar-se-á aparente, conferindo a esta o direito à proteção
possessória, em sendo assim poderá ser usucapida. Quanto ao direito de
vizinhança, não se adquire pela prescrição aquisitiva.

A partir do momento que a circunstância que caracterizava o encravamento


cessou, extinta será a passagem forçada, posto que não há mais a
necessidade impondo tal ônus. A servidão a princípio é perpétua.

Por fim, embora não haja impedimento quanto à gratuidade, dependendo de


simples acordo entre as partes, tanto a passagem forçada quanto a servidão de
passagem são direitos a título oneroso, com o propósito de ressarcir os
prejuízos, incômodos e limitações aos direitos do proprietário. Contudo, há que
se observar que enquanto na servidão atua como mera compensação; noutro
instituto o direito de passagem fica na dependência do pagamento de
indenização. Embora a lei não diga expressamente, o pagamento prévio é
condição imposta ao exercício da passagem.

03. O que se entende por usufruto?

Silvio Rodrigues cita Beviláqua, que “define o usufruto como o direito real,
conferido a uma pessoa, durante certo tempo, que autoriza a retirar da coisa
alheia os frutos e utilidades que ela produz” (Direito Civil, Direito das Coisas,
Vol 5, 24ª ed, São Paulo: Saraiva, 1997, p. 277).

DIA 24/06/2020
01. Em que espécie de bens poderá recair o usufruto?
02. Quais são os direitos e deveres do usufrutuário?
03. O que se entende por multips dê um exemplo.

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