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EMPRESARIAL
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
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Rev. Eletrônica Organ. Soc., Iturama (MG), v. 7, n. 7, p. 67-85, jan./jun. 2018
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Sendo assim, o referido artigo tem como propósito responder a seguinte questão:
qual o papel da controladoria na gestão administrativa? O estudo tem como objetivo geral
demonstrar o papel e a importância da controladoria na gestão administrativa nas empresas,
bem como os seguintes objetivos específicos: descrever e analisar o conceito e a importância
da controladoria na administração; evidenciar o papel da controladoria na gestão
administrativa; e identificar e expor a missão e a função da controladoria e do controller.
O desenvolvimento deste artigo foi elaborado em três etapas, as quais irão abordar os
seguintes assuntos: conceito de controladoria; missão da controladoria; profissional da
controladoria, o controller; ramo do conhecimento da controladoria; papel da controladoria no
planejamento; papel da controladoria no controle; controladoria como órgão de gestão
empresarial; controladoria como modelo de um sistema de gestão; modelo de gestão; modelo
de decisão; modelo de mensuração e modelo de informação. O estudo foi desenvolvido por
meio de uma pesquisa bibliográfica e a abordagem aplicada foi a do estudo exploratório e
descritivo-interpretativo.
2 CONCEITO DE CONTROLADORIA
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Cabe ressaltar que a controladoria é uma área coordenadora de informações sobre
gestão econômica, porém ela não substitui a responsabilidade dos gestores por irem à busca
de seus resultados almejados, mas um auxilio na busca de induzi-los à otimização do
resultado econômico, onde cada gestor é responsável pelos seus resultados obtidos e a
controladoria é responsável pela coordenação, organização e fiscalização de sua área
econômica.
Vale destacar ainda que a controladoria é um papel gerencial que precisa e deve ser
desenvolvida por um profissional contábil qualificado e com um conhecimento amplo, onde a
sua busca seja continua por atualização e por novas soluções, entender que isso é apenas o
começo de um caminho para quem pretende seguir neste mercado.
2.1 Missão da Controladoria
Com o raciocínio dos autores acima pode ser feita a conclusão que a controladoria
infere-se do exposto de que a missão e os objetivos da controladoria devem estar intimamente
interligados ao cumprimento da missão e continuidade da empresa, ou seja, idealizado por
meio da coordenação dos esforços dos vários gestores existentes em todos os níveis da
organização; assim, cabe à controladoria servir como indutora da evolução da cultura
organizacional como um todo, com intuito de promover a melhoria na qualidade nas tomadas
de decisões, pois, para que sua atuação seja eficaz, a controladoria tende a envolver a
implementação de um conjunto de ações, cujos resultados materializam-se em informações de
orientação e controle disponibilizados aos gestores administrativos.
Conforme Catelli (2001), a controladoria, para ser eficaz em sua missão, é
profundamente dependente da cultura organizacional vigente, entretanto, essa cultura
organizacional tem sua gênese no subsistema institucional, sendo que no requisito da função e
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da missão, crenças e valores, será definido o Modelo de Gestão que estabelece a maneira
como a empresa será conduzida. Desta forma, a controladoria contribuirá com suas crenças e
valores na definição de regras para os gestores tais como: grau de autonomia dos gestores;
processo de gestão; avaliação de desempenhos; e sistema de recompensas e punições.
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dificuldades como um todo e propor soluções gerais para empresa, auxiliando os seus gestores
nas tomadas de decisões; contudo, relate-se ainda que as informações que chegavam ao
controller são informações predominantemente de natureza quantitativa, física, monetárias ou
ambas.
Figueriredo e Caggiano (1997, p. 29) descrevem que os requisitos necessários para o
desempenho da função da controladoria, podem ser descritos tais como:
De acordo com as informações apresentadas, para que o controller possa exercer suas
funções, ele deve ter um conhecimento total das mesmas, assim como de todas as atividades
que irá executar na empresa, conhecer a missão e a rotina da empresa na qual irá trabalhar,
como também ter habilidade e facilidade de expor as informações obtidas e expor soluções
que venham a auxiliar os administradores da empresa, de uma maneira clara e eficaz; deve ter,
ainda, pleno conhecimento com a rede de informática, pois ele irá utilizar muito os meios de
informática para que possa desempenhar suas atividades com eficácia, além de ter total
conhecimento dos princípios contábeis para que possa embasar o seu conhecimento na
aplicação dos procedimentos que devem ser exercidos, para que possa atender as melhorias
necessárias para a empresa.
De acordo com Mosimann e Fisch (1999, p.91), as funções do controller são:
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2.4 Papel da Controladoria no Planejamento
Assim, para que a controladoria alcance seus objetivos, é necessário que todo o
complemento administrativo trabalhe junto, como o mesmo pensamento, pensamento em
produtividade com eficácia e veracidade, e para que isso seja possível é necessário que o
primeiro passo a ser tomado pelo planejamento seja da própria entidade, das suas próprias
atividades.
De acordo com Mosimann e Fisch (1999), dentro da controladoria no quesito
planejamento, existem três tipos de planejamento tais como:
a) Planejamento estratégico: a controladora-órgão, como administradora do sistema
de informações econômicas-financeiras da empresa, deve saber interpretar o impacto
econômico dos possíveis eventos na riqueza empresarial; esses referidos eventos são extraídos
da projeção de cenários dos quais a empresa se encontra, devendo sempre considerar os
pontos fortes e fracos da empresa.
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b) Planejamento operacional: a controladoria-órgão cabe a ela gerenciar todo
processo para que os resultados econômicos da empresa sejam otimizados, como também é de
sua função a controladoria transformar planos operacionais não quantificados em planos
orçamentários e, posteriormente, comparar com o que já foi orçado e com o que foi realizado,
apontando os desvios, para que cada área tome a medida necessária para corrigi-los.
c) Planejamento da controladoria: este planejamento está voltado tanto para a
participação no processo de planejamento da organização como para o planejamento de suas
próprias atividades; o planejamento da controladoria é desdobrado em planejamento tático e
planejamento operacional.
O planejamento ocorre em todos os níveis da administração, assim, o sucesso das
outras funções depende da qualidade do planejamento.
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como também assegurar o cumprimento de sua missão e, para que isso seja alcançado, a
empresa necessita que o controle seja definido por metas e padrões.
Conforme Mosimann e Fisch (1999) compete à controladoria lidar com os aspectos
da gestão econômica, exercendo sua função em todas as áreas e fases dos processos de gestão:
planejamento, execução e controle. A controladoria exerce a função de um órgão de linha e de
staff ao mesmo tempo, pois eles competem na busca de informações e dados a respeito dos
problemas de ordem econômica, em propor soluções aos administradores sobre os problemas
de suas áreas, como também de coordenar o processo de planejamento e controle, sempre
tendo em vista a gestão econômica da empresa (MOSIMANN; FISCH, 1999).
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suas funções não venham se restringir apenas as atividades contábeis, mas o que mais se
espera é que ele amplie sua atuação ao desenvolvimento da contabilidade em aplicações
gerenciais.
Deste modo, para Figueiredo e Caggiano (1997, p. 21), “o órgão administrativo
Controladoria tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo decisório,
colaborando com os gestores na busca da eficácia gerencial”.
A controladoria é por excelência uma área coordenadora das informações de dados
sobre a gestão econômica, entretanto, ela não substitui a responsabilidade dos gestores por
seus resultados obtidos, mas no requisito na busca contínua de otimização do resultado
econômico; portanto, os gestores administrativos, além das suas especialidades, devem ter
conhecimento adequado sobre gestão econômica, tornando-se gestores de negócios, sendo
suas responsabilidades envolver as gestões operacional, financeira, econômica e patrimonial
de suas respectivas áreas (CATELLI, 2001).
Assim, pode-se dizer que o papel da controladoria como órgão administrativo é de
zelar pelo bom desempenho da empresa, desenvolver sistemas e metodologia que proponham
modelos gerenciais que otimizem o desempenho das empresas por meio de seu sistema de
gestão, vindo a fornecer informações para os seus gestores e supervisores administrativos e
financeiros, que auxiliem na tomada de decisão.
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ciências sociais, os economistas foram os pioneiros na elaboração e atuação do sistema de
modelos, assim, um modelo tem por objetivo facilitar a compreensão das relações que
ocorrem com os elementos dos sistemas, bem como os processos e os eventos do mundo real.
Figueiredo e Caggiano (1997) descrevem que um modelo de gestão poderia ser
definido com um conjunto de princípios e definições que decorrem de crenças específicas e
traduzem o conjunto de ideias, crenças e valores dos principais executivos, impactando assim
todos os demais subsistemas empresariais; é, em síntese, um grande modelo de controle, pois
nele são definidas as diretrizes de como os gestores vão ser avaliados, e os princípios de como
a empresa vai ser administrada.
Segundo Schmidt e Santos (2006), o modelo de gestão condiz na identificação de
crenças e dos valores dos controladores da empresa; esses vetores geram a missão da empresa,
onde está fundamentada a concepção teórica do modelo que será operacionalizada nos três
modelos, que são: decisão, mensuração e informação.
O processo de gestão serve de suporte ao processo de tomada de decisão, a qual
realiza por meios dos seguintes passos: planejamento estratégico, o qual é definido em termos
futuros, que consiste no que a empresa vai fazer e como vão ser utilizados estrategicamente os
seus recursos, envolvendo com determinação os seus objetivos e metas da corporação;
planejamento operacional, que consiste no processo decisório que identifica, integra, avalia e
escolhe o plano a ser implementado, dentro dos planos operacionais alternativos dos vários
segmentos da empresa em consonância com as metas, com os objetivos, com as estratégias e
as políticas da empresa; programação, que consiste na distribuição de uma seqüência de
atividades ao longo de um período de tempo; e o controle, que consiste na ação necessária
para verificar os objetivos, os planos, as políticas e os padrões que estão sendo atendidos
(FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997).
Modelo de decisão é uma definição de como vai ser a combinação de cursos para que
determinado estado de natureza seja alcançado, ou seja, é um molde para escolher a
alternativa executada de maneira mais objetiva (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997).
De acordo com Figueiredo e Caggiano (1997, p. 33):
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teóricas a maximização do resultado global da empresa; isto implica uma
harmonização da missão da área com a missão da empresa.
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ponderação e decisão, assim, o processo de decisão finaliza com a escolha da ação a ser
implementada pelas empresas.
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Para Catelli (2001), o planejamento dos resultados adequados deve precaver-se na
coerência de seus modelos de mensuração, tanto de receitas quanto de custos com relação às
realidades operacionais efetivas da empresa.
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qualificações às pessoas, recursos de melhorias no maquinário e matéria-prima para a
produção e desenvolvimento de suas atividades.
O modelo de informação é muito importante na gestão, e esses modelos são eficazes
para os gestores administrativos quando eles fornecem as seguintes informações: gera
confiança e não medo, como também possibilita aos gestores o domínio das informações; não
causa dúvidas, pois traz certezas das informações; é aceito e não imposto; e valoriza as
habilidades (MOSIMANN; FISCH, 1999).
4 CONCLUSÃO
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estabelecido por meio de comparação entre o executado e o planejado, este processo todo é
suportado por um sistema de informação econômico-financeiro administrativo controlado e
executado pela controladoria, que é caracterizada pela centralização de atividades, delegação
de autoridade e participação de todos os gestores.
Ressalta-se a importância da controladoria no processo de gestão das empresas, seja
como órgão formal, definido na estrutura organizacional, ou como união de conceitos para a
identificação, mensuração, comunicação e gestão de eventos econômicos, embutidos no
modelo de gestão e absorvidos por todos os gestores, administradores e empresários.
Cabe ressaltar que o papel da controladoria no processo de gestão empresarial está
interligado à participação no planejamento estratégico, no planejamento operacional, na
execução e no controle no âmbito empresarial, entretanto, são apresentados alguns aspectos
na atuação no sistema de informações para a gestão econômica empresarial, explorado
diretamente pela controladoria no processo de gestão e no sistema de informação de sua
própria área.
A importância do profissional da controladoria, o controller, está principalmente
embasada em sua contribuição para a administração geral das operações da empresa, seja ela
administrativa ou operacional, os gestores administrativos precisam assegurar que as
informações e dados sejam produzidos e sejam relevantes para o processo de mudança que as
empresas estão vivenciando.
Deve-se relatar ainda que a controladoria é de suma importância para a empresa e
para seus gestores, pois a sua presença vem a somar nas tomadas de decisões, assegurando
aos seus gestores veracidade na busca das informações e podendo proporcionar mais
segurança na obtenção de informações. A controladoria pode alavancar a eficácia e a
eficiência das empresas, buscando melhores maneiras para conseguir melhores resultados,
podendo atuar na conscientização para redução de custos, e agregar na busca e conquista de
objetivos e resultados satisfatórios para a empresa.
Portanto, pôde-se verificar por meio da elaboração deste artigo, que todas as
informações são de total importância, pois essas informações proporcionam indicadores que
evidenciam e identificam o desempenho da controladoria na gestão administrativa, assim
como asseguram aos gestores que em tais informações constam veracidade e uniformidade,
proporcionando à empresa diversos pontos positivos e servindo de base no processo decisório.
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REFERÊNCIAS
KANITZ, Stephen C. Controladoria: teoria e estudo de casos. São Paulo: Pioneira, 1976.
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