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Derycly Galdino
deryclygaldino@gmail.com
Mayane Diane
mayanediane@hotmail.com
ROSEANA FERREIRA SANTOS SILVA
roseana_alves@hotmail.com
1. Introdução
Nos últimos tempos, com a grande competitividade que o setor da construção civil enfrenta,
muitas empresas acabam por entrar em uma procura constante por técnicas para obter
progresso e assim se desenvolverem e obterem alguma vantagem diante dos seus
concorrentes.
No âmbito das empresas da construção civil, as organizações que trabalham com o gesso são
uma das que mais têm se desenvolvido no mercado nacional, devido à grande variedade de
produto fabricado com esta matéria-prima. E pelas suas características e propriedades, já que
o gesso possui diversas aplicabilidades na construção civil.
Diante disso, este estudo pretende observar e analisar o processo de confecção de peças de
gesso, que envolvem várias atividades de movimentação e esforço físico dos funcionários
durante a jornada de trabalho. Que se agravam devido ao arranjo inadequado do processo
produtivo. Dessa forma, Layouts adequados podem tornar o processo mais eficiente e
diminuir o desgaste dos operários.
As empresas que atuam neste ramo de negócio, geralmente, não levam em consideração a
escolha de um leiaute mais adequado para conseguir maior eficiência e carga de trabalho
adequada dos funcionários. Com isso, problemas como sobrecarga de trabalho e perda de
eficiência podem surgir causando improdutividade e lesões aos trabalhadores.
Portanto, uma forma de conseguir uma boa produtividade e evitar problemas com a
sobrecarga sobre os funcionários é ajustar o leiaute da empresa. Desta forma, este trabalho
propõe um ajuste do leiaute que ajude a empresa estudada a conseguir melhorias efetivas em
seu processo produtivo e melhorias das condições de trabalho dos trabalhadores.
2. Referencial teórico
2.1. Ergonomia e posto de trabalho
Couto (2007), fala que ergonomia é um conjunto de práticas que procuram adaptação
favorável e rendosa entre o trabalho e o homem, procurando adaptar as condições de trabalho
às características dos trabalhadores.
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Em relação ao posto de trabalho Grandjean (1998), fala que, a ergonomia visa alterar os
postos de trabalho ajustando a atividade existente às características, habilidades e restrições
do homem em relação à execução, desempenho e livre de perigos.
Iida (2005), diz que para uma planta de um posto de trabalho apropriado é indispensável
analisar a atividade desenvolvida. Dividindo em três etapas: descrição da tarefa, descrição das
ações e revisão crítica. Completa dizendo que “o posto de trabalho é uma configuração física
do sistema homem-máquina-ambiente, sendo uma unidade de produção envolvendo homens e
equipamentos a serem utilizados para a realização do trabalho, como também o ambiente que
circula”.
Dessa maneira, um bom delineamento da organização deverá permitir que as tarefas sejam
realizadas de maneira simples, segura e satisfatória, além de amplificar os esforços
produzidos pele mão-de-obra, contudo para se construir um arranjo físico ideal para uma
firma é necessário que haja um estudo que analise diversas questões, tais como: Qual o tipo de
trabalho ocorrerá nesse ambiente? Fatores como altura e peso dos trabalhadores poderão
afetar o resultado nesse tipo de trabalho? Como o leiaute poderá contribuir para a diminuição
da fadiga, doenças relacionadas à função e taxas de erros.
O fator principal que o profissional ergonômico deverá ter em mente durante a criação de um
leiaute é o de que esse arranjo deverá se adaptar aos trabalhadores, infelizmente um número
considerável de empresas, devido ao envolvimento de custos de curto prazo, acabam fazendo
o oposto, obrigam o trabalhador a se encaixar no leiaute da organização e mais tarde acabam
tendo que arcar com as consequências disso. Os estabelecimentos do Brasil ainda em sua
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Slack et al (2009), comenta que um arranjo físico inadequado pode gerar altos custos,
produzindo fluxos imprevisíveis, inflexibilidade nas operações, condições improprias para os
funcionários, entre outros problemas que levam a perdas e desperdícios.
Os funcionários não são supervisionados durante o dia de trabalho e não existe obrigação do
preenchimento diário da folha de ponto, nem uso de uniforme. Existe apenas um controle
precário do número de peças fabricadas.
Com regime de trabalho fixo, os funcionários possuem uma jornada de trabalho de 48 horas
semanais, distribuída de segunda a sábado. O dia de trabalho é dividido em dois turnos
matutinos e vespertinos, com intervalo para almoço.
O pagamento dos funcionários é feito ao final de cada semana de acordo com a quantidade de
peças produzidas no caso do moldador, no caso dos montadores o pagamento é feito de
acordo com a metragem de peças montadas na semana, em relação ao ajudante do moldador o
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No escritório são realizadas todas as funções administrativas da empresa como os pedidos das
peças, pedidos de matéria-prima, são desenvolvidos os projetos de molduras, são realizados os
pagamentos e atendimento de clientes. É composta de uma sala simples, com mesa, cadeiras,
computador, mostruário, e estantes de arquivos sem nenhuma observação ergonômica. Nessa
seção trabalha apenas um funcionário.
O depósito dos sacos de gesso tem a função de armazenar a matéria-prima. É uma sala
simples, composta por paletes e por dois carrinhos de transporte. Possui proteção contra
chuva, sol e circulação de ar. Mas, tem pouca luminosidade, devido à falta de janelas e poucas
lâmpadas.
A linha de produção não possui nenhuma divisão, é um galpão protegido da chuva e sol. Com
pouca luminosidade, devido à falta de janelas e poucas lâmpadas. Possui apenas dois
ventiladores, três tanques de armazenamento de gesso em pó, uma mesa de mistura e uma
mesa de moldagem, onde ficam depositadas as formas. Não possui nenhuma sinalização de
saída de emergência, nem extintores de incêndio. Nessa seção trabalha de forma fixa um
funcionário e de forma esporádica um ajudante.
O galpão onde fica os secadores é totalmente aberto, sem nenhuma cobertura contra chuvas. É
composto por seis estantes, que servem para armazenar as peças e o piso é de terra batida.
O depósito final das peças de gesso é totalmente coberto. Tem boa luminosidade e piso
adequado. É composto por cinco estantes de ferro para armazenamento das molduras. Nessa
seção também é feita a inspeção das peças.
A figura 1 a seguir mostra todo o fluxo do processo desde a produção das molduras a
montagem das peças de gesso.
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Na linha de Produção o moldador tem a função de fazer a massa, as peças de gesso e verificar
o endurecimento da peça. Enquanto o ajudante tem a função de depositar o gesso em pó nos
tanques de armazenamento e transferir as peças para os secadores. No escritório o diretor
geral tem a função de controlar o estoque, a produção, a folha de pagamento, a contratação de
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3. Metodologia
O objetivo desse estudo é desenvolver uma sugestão de layout que contemple melhorias nas
áreas da produção de molduras de gesso da Empresa Edilson. Assim, o presente estudo fez
uso da metodologia de pesquisa estudo de caso, no qual a verificação é baseada na observação
de ocorrências atuais da realidade (YIN, 2001). Foi realizado uma revisão teórica sobre o
assunto, seguida de coleta de dados, através de observações no setor de produção e no setor
administrativo, além de entrevistas com o diretor da empresa e os funcionários. Essas técnicas
tiveram o objetivo de conhecer e obter informações sobre a empresa para, depois proporcionar
uma proposta de melhorias das instalações e setores da organização.
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4. Análise do sistema
Após o completo estudo da empresa em questão, foram notados vários problemas. Tais como:
número insuficiente de funcionários no setor administrativo, sobrecarregando o diretor geral
com várias funções. Assim como número insuficiente de funcionários no setor de moldagem
do gesso, gerando um enorme desgaste físico do mesmo. Outro ponto negativo em relação à
administração da empresa se refere a uma administração extremamente centralizada.
Foi observado também um alto custo na produção de bases para suporte das formas de
moldagem. Da forma que são produzidas hoje (em madeira), a base não se adapta a outras
formas de moldagem, sendo utilizadas apenas uma vez na maioria dos casos.
A falta de registro dos horários de entrada e saída dos funcionários deixa a empresa sem o
controle do tempo trabalhado de cada funcionário. Outro grave problema é a falta de
equipamentos de proteção individual nos postos de trabalho. Deixando os montadores,
moldadores e ajudante, suscetíveis a acidentes no trabalho.
Outro ponto que necessita ser revisado é a questão da tolerância pessoal e de fadiga para os
funcionários. Hoje na empresa o tempo de tolerâncias é igual para todos os cargos. O que
pode levar ao alto índice de rotatividade nos cargos de ajudante e montador. Causando
prejuízos de ordem financeira para a empresa.
As instalações físicas da empresa deixam muito a desejar. Existe uma grande distância entre
as seções da empresa, causado perca de produtividade dos funcionários. Os carrinhos de
transporte dos sacos de gesso em pó não são adequados. A empresa ainda apresenta um alto
grau de desordem, com acúmulo de resíduos por falta de local adequado de descarte. Os
móveis do escritório e as mesas de moldagem não atendem as especificações ergonômicas,
prejudicando os funcionários, que passam oito horas diárias em posições inadequadas.
Falta também um local apropriado para alimentação e descanso dos funcionários. Além de
local adequado para troca de roupas e banho. Na linha de produção falta sinalização de saída
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Ficando dois moldadores e dois ajudantes. Sendo um ajudante para o transporte dos sacos de
gesso para a linha de produção e armazenar o gesso em pó nos tanques. E outro para
transportar as peças para os secadores e depósito final.
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A empresa pode reduzir custos utilizando bases para as formas das molduras reutilizáveis.
Oferecendo equipamentos de proteção individual. Tais como sapato de segurança, luva de
látex, óculos de segurança cinto de segurança com trava-quedas (para trabalhos em altura)
Capacete e máscara facial para pó.
É necessário que a empresa adquira novos carrinhos de transporte de sacos de gesso, que
possua especificações ergonômicas. Como também cadeiras e mesas com alturas adequadas e
com regulagem.
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consideração o fluxo padrão das peças entre os postos, gerando movimentação e transporte
excessivo das peças, desperdiçando tempo. Isto melhorou a utilização do espaço disponível,
diminuiu a quantidade de material em processo, minimizou as distâncias de movimentação de
materiais, serviços e pessoas no processo produtivo, além de reduzir o manuseio, resultando
numa menor perda e danos de materiais. A construção de um vestiário para os funcionários,
espaço para refeição e descanso e novos bebedores de água. O novo mapafluxograma é
mostrado na figura 9.
Recomenda-se a comprar de facas adequadas para abrir os sacos de gesso e corte das
molduras, trena digital a laser, relógio de ponto biométrico digital para o controle dos horários
dos funcionários, andaimes para montagem das peças. Como também a compra de uma
batedeira industrial (máquina), para produção da massa de gesso.
Outros pontos de melhoria foram dos layouts dos postos de trabalho. Os secadores foram
dispostos em forma de que os funcionários tenham livre circulação no ambiente. No depósito
das peças foram retiradas as estantes do meio, facilitando também a circulação de
funcionários e uma melhor visão de todas as peças. Na linha de produção os tanques de
armazenagem foram colocados ao lado da mesa de mistura (indicamos uma máquina), que
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ficou ao lado da mesa de moldagem e estocagem das formas. Deixando o processo linear mais
linear possível e melhorando o tempo de transferência do gesso em pó e da massa de gesso. Já
no depósito dos sacos de gesso foi indicada a troca dos paletes, dos carrinhos e de suas
disposições. Essas situações são ilustradas nas figuras 10, 11, 12, 13 e 14.
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Observando o atual processo de fluxo da empresa, notamos que este pode ser melhorado com
a junção de dois processos aos mesmo tempo, como mostra a figura 15 a seguir.
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5. Considerações finais
Diante dos problemas encontrados na empresa Edilson Gesso, este estudo foi em busca de
soluções para auxiliar no melhor desempenho desta importante prestadora de serviços na
cidade de Mossoró-RN.
REFERÊNCIAS
ABERGO. Associação Brasileira de Ergonomia (2012). Classificação do entendimento em Ergonomia.
Disponível em: <www.abergo.org.br>. Acesso em: 20 de Novembro de 2015.
GRANDJEAN, E (1998). Manual De Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto Alegre: Artes
Médicas, 338 p.
IIDA, I. Ergonomia: Projeto e Produção. 2ª ed. revista e ampliada. São Paulo: Edgar Blücher, 2005.
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JUNIOR, A. T. A.; VENDRAME, F. C.; SANTOS, K. A. T.; SARRACENI, J. M.; VENDRAME, M. C. R.;
LAYOUT: A Importância de escolher o Layout ideal devido à exigência no mercado competitivo. Lins –
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MOREIRA, D. A. Capítulo 10: Projeto e medida do trabalho. In: Administração da produção e operações.
MOREIRA, Daniel Augusto. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. p. 261-272.
SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JONHNSTON, Robert. Administração da Produção. 3. ed. São Paulo:
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YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Tradução de Daniel Grassi. 2. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
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