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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Estudante: Fernando da Conceição Neves


Disciplina: Práticas Pedagógicas em Educação Inclusiva
Turma: 2
Professora: Annie Gomes

Atividade Avaliativa 1
1) A partir das leituras dos textos e vídeos das aulas 1, 2 e 3, disserte sobre o
conceito de Educação Inclusiva e sua relevância no contexto atual (máximo
10 linhas).
O conceito de Educação Inclusiva pode ser abordado em confronto com o conceito de
integração. A principal diferença entre as duas é que na proposta de integração o aluno é
que precisa se adaptar ao modelo escolar – que é pautado sob um padrão cognitivo -, ao
passo que na proposta inclusiva, é a escola que precisa se adaptar para receber esses alunos
com alguma deficiência, tomando como meta a co-participação entre todas as partes, que
nenhuma espécie de segregação ou exclusão sejam exercidas.
Visto que ainda hoje é possível notar resquícios do modelo de educação assistencialista e de
integração é notório a importância de cada vez mais tornar acessível a ideia de educação
inclusiva, visto que esta proposta não visa deixar furos no que diz respeito ao acesso de
todas às pessoas não só a educação, mas ”à vida familiar, lazer e trabalho”. (Annie, 2018)

2) Disserte sobre a frase “...temos o direito a ser iguais quando a nossa


diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa
igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que
reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou
reproduza as desigualdades”. (Santos, Boaventura de Sousa. Reconhecer
para libertar: os caminhos do cosmopolitanismo multicultural. Introdução:
para ampliar o cânone do reconhecimento, da diferença e da igualdade. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003: 56) (máximo 10 linhas).
É possível observar a tentativa do autor citado de confrontar os caracteres existenciais da
igualdade e diferença nas relações sociais. Isso nos conduz para uma resposta fora daquilo
que estamos habituados, a saber, não há naturalidade alguma quando o que está em jogo
é o estar diante da alteridade ou diante da igualdade. Não há critério absoluto quando
nossa alteridade nos inferioriza, do mesmo modo que não há critério absoluto quando
nossa igualdade nos descaracteriza.
O que eu gostaria de contribuir como reflexão é que falar de igualdade e diferença tem o
seu lugar. Porém, é sempre importante nos questionarmos quais são as bases históricas
que são subjascentes a nossa concepção de igualdade e diferença, pois isso pode ser
justamente um ponto de partida para a inferiorização e descaracterização. Não é possível
reconhecer o igual fora das diferenças, do mesmo modo que não é possível haver
diferença sem a permanência (sem a igualdade).

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