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INTRODUÇÃO

Os encontros presenciais da tutoria têm como objetivo responder perguntas


como: qual é a diferença entre leituras e escritas não acadêmicas de leituras e escritas
não acadêmicas? como estudar e ensinar filosofia? como escrever e ler um texto
acadêmico em filosofia?
No próximo encontro teremos a aula mais prática de todas: leremos o texto
“Reflexões sobre o método da filosofia do ponto de vista analítico”, do filósofo alemão
Ernst Tugendhat. Usaremos este artigo para aprendermos a ler textos acadêmicos.
Faremos isso aprendendo a fazer o fichamento deste texto, sendo assim, o objetivo da
próxima tutoria é aprender a fazer fichamentos como método de leitura de textos
acadêmicos.
No entanto, conforme veremos, ler e fichar um texto pressupõe um arcabouço
teórico que guiará a nossa leitura e nosso fichamento. Nas três primeiras tutorias, nós
trabalhamos elementos teóricos, que agora serão postos em prática, são eles: os
elementos básicos que compõem uma pesquisa acadêmica; na medida em que se
entende como essa pesquisa se estrutura, se aprende como lê-la; essa perspectiva
aplicada à filosofia, ou seja, como estudar e ensinar filosofia?
Vimos provisoriamente que a ideia de se estudar filosofia se baseando nos
problemas filosóficos é o método mais esperado de um estudante de filosofia em
qualquer nível. Sendo assim, baseado no livro “A filosofia a partir dos seus problemas”,
do professor Mario Porta, este material trás elementos importantes, antes de
começarmos a aprender a fazer fichamentos.

Quais são os elementos mais básicos da pesquisa, escrita e leitura na


filosofia?
Sabemos que há três momentos primordiais do estudo filosófico: problema, tese e
argumento. Mas estes também são os três momentos essenciais que devem orientar a
leitura dos textos filosóficos. (PORTA, 2014, p. 68)
1. Tema: o tema é aquilo sobre o que o autor fala. Seu objeto de estudo.
Exemplo: o tema do diálogo “Teeteto” de Platão é o conhecimento.

2. Problema: é o elemento mais importante de um texto. É a inquietação do autor


sobre um tema. Uma ou mais perguntas e questões sobre o objeto. Todo autor
em filosofia escreve a partir de problemas filosóficos.
Exemplo: no exemplo anterior, falamos que o tema do diálogo Teeteto é o
conhecimento. No entanto, a qual problema filosófico, ou, a quais problemas
filosóficos, Platão está respondendo neste diálogo?

3. Tese: a tese é a resposta para o problema. A hipótese é uma candidata a ser uma
tese.
No diálogo platônico, é possível perceber que para responder sobre o problema
do conhecimento Platão diz que conhecimento é crença verdadeira justificada.
4. Argumento: é o conjunto de proposições que juntas fazem um autor optar por
uma resposta ou outra.
Há todo um encadeamento de pensamentos que leva Platão a afirmar que
conhecimento é crença verdadeira justificada.
Hoje, na contemporaneidade, essa definição de Platão tornou-se um novo problema
filosófico proposto pelo filósofo americano Edmund Gettier em seu artigo: Is Justified
True Belief Knowledge? (Crença verdadeira e justificada é Conhecimento?). Nele o
autor se põe a prova se a definição de Platão é correta. Novamente a estrutura se repete,
tema, problema, tese e argumento.
Aprofundando a pesquisa e a leitura em filosofia
Tema, problema, tese e argumento são os elementos comuns a toda e qualquer pesquisa
acadêmica, seja ela de sociologia, medicina ou psicologia. No caso específico da
filosofia é importante notar que existem outros elementos importantes que devemos
saber para que nossa leitura não seja ingênua. Esses elementos são: o objeto e método
da filosofia, os pressupostos filosóficos e aquilo que legitima toda e qualquer pesquisa
como científica. Esses elementos do texto filosófico foram transformados em perguntas:
O que caracteriza o olhar filosófico sobre os fenômenos do mundo?
Pressupostos filosóficos
Pressupostos metafísicos
Pressupostos epistemológicos
A importância do conceito de evidência

Qual é a diferença entre fichamento, resumo e abstract?


O fichamento é ato de catalogar informações e ideias de acordo com objetivos
específicos. Se seu objeto for fazer um levantamento bibliográfico, seu fichamento será
um fichamento bibliográfico. Você fará fichas – bastar cortar uma folha A4 no meio-,
por isso o termo fichamento, que te dê informações sobre uma bibliografia: o título do
livro, autor, em qual plataforma ou biblioteca achar e coisas do tipo. Se seu objeto é
realizar um TCC ou uma dissertação, seu fichamento será mais complexo. Ainda assim,
nele, você fará um depósito de informações e ideias em forma de citação direta, tópicos
ou comentários. Normalmente, o fichamento é ume etapa anterior ao resumo. No
fichamento você separa apenas aquilo que importa. Baseado na seleção feita no
fichamento, você fará seu resumo.
O resumo é um relato das principais ideias de um texto. Você já selecionou as
passagens e citações mais importantes do texto, agora você pode falar sobre elas. Uma
característica importante do resumo, que fará ela se diferenciar da resenha, é que tanto o
fichamento, como o resumo não possuem juízos sobre o autor ou o texto. Normalmente
o propósito dos dois é apenas educativo.
Abstract é um termo em inglês que também significa resumo, no entanto, seu
uso é acadêmico. Faz-se um pequeno resumo do seu texto a fim de situar o leitor
previamente sobre o seu texto. O resumo pode estar nas primeiras páginas do seu TCC,
dissertação, tese, artigo, ou ser publicado separadamente em uma revista.
Os tipos de fichamentos educativos são variados. Segue:

1. Fichamento expresso
Faz-se uma leitura rápida com o propósito de identificar elementos simples
do texto:
- Título, autor, como listar o texto na referência bibliográfica (na folha de
rosto), ano de publicação para saber se irá citar o livro nos fichamentos, se
é livro, artigo, tese de doutorado, quantos capítulos e parágrafos tem, qual é
a referência bibliográfica do autor.
- Faz-se uma leitura expressa do texto, quando ele for curso, para você
situar mais ou menos do que o texto trata, podendo assim, delimitar, pelo
menos, qual é o tema do texto, ou seja, qual é o objeto de estudos do texto.
Essa primeira leitura e fichamento será o primeiro ponto de imersão com o
assunto.
2. Fichamento analítico
Analisar significa decompor. O fichamento analítico tem como objetivo
separar o texto em suas partes.
Primeiro, deve-se enumerar cada parágrafo. Após isso, deve-se ler cada
parágrafo com o objetivo de responder perguntas. Essas perguntas podem
ser escolhidas por quem faz fichamento de acordo com o objetivo dele.
Pode-se fazer fichamento analítico por meio das seguintes perguntas:
1. Qual é o tema do texto?
O Tema aponta para o objeto de estudo d ( ) autor ( ).
2. Qual é o contexto do objeto analisado?
2.1. Há algum contexto histórico específico a ser levado em conta?
2.2. Há algum contexto de problemas filosóficos que deve ser levado em
conta?
3. Qual é a questão do texto? Qual é o problema?
A questão aponta para a inquietação d( ) autor( ) perante o tema. Qual é a
pergunta que ele quer responder?
4. Qual é a tese do texto?
A tese aponta para a resposta do autor à pergunta/questão do texto.
4.1. A diferença entre hipótese e tese. A hipótese é uma candidata a tese ou
uma resposta temporária. A tese será a ideia que percorrerá todo o texto.
5. Como o autor fundamentou a hipótese/tese/resposta?
Fundamentação são os elementos que a/o aut( )r usa para dar validade a resposta
dele.
5.1. A argumentação faz parte da fundamentação;
5.2. Os conceitos principais fazem parte da fundamentação;
5.3. O método de análise faz parte da fundamentação;
5.4. Os pressupostos fazem parte da fundamentação.
6. Qual foi o método de análise utilizado pel( ) autor( )?
7. O que dá evidência às afirmações e negações d( ) autor( )
8. Quais são os argumentos d( ) autor( )?
Essa pergunta responde o seguinte: como a/o autor( ) chegou a essa resposta?
Ou, como a/o autor( ) justifica essa conclusão?
Especificamente, quais afirmações e negações a/o autor usou para até a resposta?
9. Quais os conceitos principais que a/o autor utiliza para argumentar?
10. Quais autores são pressupostos nesse texto?
11. Quem são os autores criticados?
12. Quem são os autores tomados como ponto de partida?
13. Quais são os pressupostos filosóficos d( ) auto( )?
13.1. El( ) possui pressupostos metafísicos?
13.2. El( ) possui pressupostos epistemológicos?
14. Qual é a conclusão d( ) auto( )r?

SUBTIPOS DE FICHAMENTOS
2.1. Fichamento de citação
É aconselhável começar por este tipo de fichamento. Neste caso, cada
pergunta é respondida por meio da citação direta do texto do autor. Na
prática, é um trabalho de selecionar, copiar e colar.
2.2. Fichamento por tópicos
Após o fichamento de citação, é aconselhável realizar um fichamento
de tópicos. Pode-se colocar os tópicos tanto nas próprias citações, como
fazendo indicações do texto, sem as citações. Exemplo:
Capítulo 1.
§1.
1.1. Contexto filosófico do problema: disputa entre
idealistas e realistas.
1.2. Posição dos idealistas:...
1.3. Posição dos realistas:...

2.3. Fichamento comentado


O objetivo do fichamento comentado é você começar a sair da copia e cola e passar a
escrever sobre o texto. Porém, aqui ainda não é aconselhável escrever juízo de valor,
nem colocar ideias e frases que não estão no texto do autor.
Esse fichamento pode ser feito após ser feito o fichamento de citação e o fichamento por
tópicos; ou, ele pode ser feito apenas com o fichamento por tópicos. Essa escolha
dependerá do objetivo do fichamento.

Fichamento sintético/ resumo / mapa conceitual


Depois de ter analisado o texto, ou seja, de ter decomposto suas partes, a
próxima etapa é juntar essas partes analisadas.
De acordo com o objetivo do estudo, pode-se optar por simplesmente juntar
as respostas que foram dadas as perguntas, isso envolve não traduzir o texto
com as suas próprias palavras, neste caso, se estará fazendo um fichamento
sintético.
Outra opção é realizar um resumo daquilo que foi analisado. Ou seja, com
as próprias palavras do autor do fichamento juntar-se-á as respostas dadas
as perguntas do fichamento analítico sem o uso das citações.
Todo esse trabalho não substitui a formação de um mapa conceitual. No
mapa conceitual, algumas perguntas principais, alguns conceitos principais
serão organizados em forma de sistema.
Como se estuda e se ensina filosofia?
Kant
Mario Porta
Fenomenologia

Filosofia Analítica
“A filosofia analítica desenvolveu-se sobretudo em países de língua inglesa
como a Inglaterra, os Estados Unidos e a Austrália, embora tenha também
vertentes na Alemanha, Áustria e Polônia.
A filosofia analítica considera que o tratamento e a solução de problemas
filosóficos devem se dar por meio da análise lógica da linguagem. Não se
trata evidentemente da língua empírica, o português, o inglês, o francês
etc., mas da linguagem como estrutura lógica subjacente a todas as formas
de representação, linguísticas e mentais. A questão fundamental é, portanto,
como um juízo, algo que afirmo ou nego sobre a realidade, pode ter
significado e como podemos estabelecer critérios de verdade e falsidade
desses juízos. O juízo passa a ser interpretado não como ato mental, mas
tendo como conteúdo uma proposição dotada de forma lógica. O
significado dos juízos é analisado assim a partir da relação entre a sua
forma lógica e a realidade que representa. “Analisar”, nesse contexto,
equivale a decompor o juízo em seus elementos constitutivos e examinar a
sua forma lógica, a relação desses termos entre si. É a estrutura do juízo
que permite que este se relacione com a realidade, já que os fatos no real se
estruturam de forma semelhante. A possibilidade de correspondência entre
a linguagem e a realidade – o realismo lógico que a filosofia analítica
contrapõe em sua primeira fase ao idealismo da tradição moderna – supõe
assim um isomorfismo, i.e., uma forma ou estrutura comum entre a lógica e
a ontologia, entre a proposição e o fato que a proposição descreve e
representa. E isso independe de atos mentais. Quando proposições são
usadas como juízos – para afirmar ou negar algo sobre o real, e quando isto
que afirmam ou negam corresponde ao que de fato ocorre –, temos um
juízo verdadeiro; quando não ocorre, um juízo falso.
É claro que entre os principais filósofos desse período, como Gottlob
Frege, Bertrand Russell e Ludwig Wittgenstein, há diferenças profundas,
porém há em comum o projeto básico de desenvolvimento de uma análise
lógica da linguagem
e a adoção da forma lógica da proposição como ponto de partida da análise
filosófica. Posteriormente, Russell e Wittgenstein modificarão
significativamente sua visão de linguagem.
A visão segundo a qual a lógica é o caminho para a fundamentação das
teorias científicas, bem como para o afastamento do subjetivismo, é
concepção compartilhada pela filosofia analítica e pelo positivismo lógico,
ou empirismo lógico, do Círculo de Viena”. (MARDONDES, 2010, p.
265-266).
O que é um conceito?
- “O conceito é a essência das coisas, mais precisamente a sua essência
necessária, pelo qual não podem ser de modo diferente daquilo que são”.
Exemplo: existem vários tipos de conhecimentos: conhecimento
científico, conhecimento estético, conhecimento empírico, conhecimento
abstrato etc. O que há de comum entre estes tipos que faz todos eles serem
conhecimento? Essa ideia geral da coisa é o conceito, ou a ideia, ou a
essência. O mesmo exemplo pode ser dado no caso da cultura.
Aprofundando:
- “A concepção do conceito como essência pertence ao período clássico da
filosofia grega, em que o conceito é assumido como o que se subtrai à
diversidade e à mudança de pontos de vista ou de opiniões, porque se refere
às características que, sendo constitutivas do próprio, não são alteradas pela
mudança de perspectiva”.
- “Exprime a essência ou a natureza de uma coisa, o que a coisa
verdadeiramente é”;
- “O conceito (logos) é o que circunscreve ou define substância ou a
essência necessária de uma coisa (Abbagnano, 2012, p.195 APUD
Aristóteles, De anima, II, 1, 412 b16); por isso, ele é independente do
gerar-se e corromper-se das das coisa e não pode ser diferente do que é.”
- Universalidade: “Aquilo que o sujeito não pode não ser”; “a
universalidade é a substancialidade ou necessidade de um sujeito”.
- “Embora o conceito seja normalmente indicado por um nome, não é o
nome, visto que diferentes nomes podem exprimir o mesmo conceito, ou
diferentes conceitos podem ser indicados, por equívoco, pelo mesmo
nome”.
Universal
“Aristóteles diz que Sócrates foi o descobridor do universal. Nesse sentido,
o universal pode ser considerado no duplo aspecto ontológico e lógico.
Ontologicamente, o universal é a forma, a ideia ou a essência que pode ser
partilhada por várias coisas, conferindo às coisas a natureza ou o caráter
que têm em comum. [...] no sentido lógico, universal é, segundo
Aristóteles, ‘o que, por natureza, pode ser predicado de muitas coisas’”.
(Abbagnano, 2012, p.1169)

Disputa dos universais


“O status ontológico do universal deu ensejo à chamada disputa sobre os
universais, que ocupou boa parte da filosofia medieval e de algum modo
continuou e continua na filosofia moderna” (Abbagnano, 2012, p.1169)
Disputa dos universais: Realismo x Nominalismo
“Essa disputa foi motivada por um trecho da Isagoge (Introdução) de
Porfírio às Categorias de Aristóteles e pelos comentários a ela relativos. O
trecho de Porfírio é o seguinte: ‘Dos gêneros e das espécies não direi aqui
se subsistem ou se são apenas postos no intelecto, nem – caso subsistam –
se são corpóreos ou incorpóreos, se separados das coisas sensíveis ou
separados nas coisas, expressando seus caracteres comuns’(Isag, I)”.
(Abbagnano, 2012, p.1168)
“Realismo e nominalismo constituem, portanto, as duas soluções típicas e
iniciais do problema. Para o realismo, isto é, para a tradição lógico
platônica-aristotélica, o Universal é, além de conceptus mentis, a essência
necessária ou substância das coisas. Para o nominalismo, ou seja, para a
tradição estoicizante, o Universal é um signo das coisas”. (Abbagnano,
2012, p.1168)

Metafísica
Aristóteles
“A filosofia primeira é precisamente a ciência que se ocupa das realidades-
que-estão-acima-das-realidades-físicas. E, nas pegadas da visão aristotélica,
definitiva e constantemente, toda tentativa do pensamento humano no
sentido de ultrapassar o mundo empírico para alcançar uma realidade
metaempirica passou a ser denominada "metafisica". São quatro as
definições que Aristóteles deu da metafisica:
a) a metafisica "indaga as causas e os principios primeiros ou supremos";
b) "indaga o ser enquanto ser";
c) "indaga a substincia";
d) "indaga Deus e a substincia suprasensivel".”
(REALE, 2003, 195)
Kant
A metafísica é, como entende Kant, um conhecimento por meros conceitos,
portanto, não empírico, mas a priori, de entidades não-sensíveis (Deus, a
alma e o mundo como um todo), ela se baseia em duas teses diversas; A
primeira afirma a possibilidade de um conhecimento a priori, por meros
conceitos. A segunda afirma a existência de entidades não-sensíveis que
podem justamente ser conhecidas por meros conceitos. Ora, essas
suposições podem ser examinadas separadamente e, assim, é possível em
princípio que a primeira (sobre a possibilidade de um conhecimento a priori
por meros conceitos) seja legítima por um exame crítico prévio das
condições de possibilidade do conhecimento em geral, sem que a segunda
(sobre a possibilidade de conhecer uma realidade supra-sensível) seja por
isso mesmo deferida. Para isso, basta que a possibilidade de um conceito a
priori, por meros conceitos, seja por isso mesmo deferida. Para isso basta
que a possibilidade de um conhecimento a priori, por meros conceitos, seja
restringida a conceitos de objetos que possa, no entanto, ser dados
empiricamente. (GUIDO, 2009, p.12)
Qual é a diferença entre conceitos empíricos e conceitos a priori?
Conceitos empíricos: são os conceitos conquistados pela experiência
sensível. Os objetos empíricos são aqueles que estão em algum lugar do
espaço e em algum momento do tempo;
Conceitos a priori: são os conceitos conquistas apenas por meio da
reflexão. São os conceitos fundamentais que constituem as coisas. Existe
um conceito empírico de tempo e um conceito a priori do tempo. Um
conceito empírico do seja a consciência e um conceito a priori do seja
consciência.
Se você olhar para a realidade, para o mundo, e se engajar em investigar
como funciona consciência do ser humano, tal como ele evoluiu e se
desenvolveu ao longo do tempo, então você precisará de uma pesquisa
empírica, logo, seu conceito será empírico. Se você pensar a consciência
não só como consciência humana, mas como a consciência de todo e
qualquer ser racional possível, então você tem um conceito a priori do seja
consciência. A esta última, chama-se pesquisa transcendental, também.

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