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12/09/2023

CAT

Teste de Apercepção •CAT – Teste de apercepção temática


Temática
Cat •Avalia personalidade – é um teste
projetivo.
Aula Prof Me. Jeane Patricia Santos Iliuk

•Tem por objetivo captar o mundo


interno e vivencial da criança
(Montagna, 1989).
–CAT - Teste de Apercepção Infantil - Figuras de Animais (CAT-
A),1ª, 2010, Vetor Editora - FAVORÁVEL EM 01/03/2013

• Teste de Apercepção Temática Infantil- CAT tem por objetivo captar o • Sendo que é importante trazer a definição de dois conceitos
mundo interno e vivencial da criança (Montagna, 1989). fundamentais nas técnicas projetivas, o conceito de Projeção e o
• O CAT também fornece esclarecimentos sobre identificações da conceito de Apercepção.
criança, bem como conflitos, angústias, mecanismos de defesa, • Projeção - foi utilizado por Freud em 1895 ao estudar a Histeria,
nível de maturidade afetiva, nível de maturidade afetiva, o entendendo como o deslocamento da culpa na obsessão, negação da
desenvolvimento do superego e interação dos papéis familiares realidade e projeção do ódio no outro.
(Herzberg & Mattar, 2005).

•Já em 1911, na análise do caso Schereber, o • Também é considerada uma técnica projetiva
termo projeção aparece relacionado à aperceptiva (apercepção é a integração de uma
patologia, como característico da paranóia. percepção, com uma experiência passada, mais o
Nesse contexto, a projeção é usada como um estado psicológico do sujeito (realidade), Anzieu
mecanismo de defesa que expulsa um desejo (1979).
intolerável à consciência, sendo, portanto, um –Apercepção – é a forma de interpretar de modo significativo
processo inconsciente. uma situação dada. Entrando em jogo as forças psicológicas
da personalidade.
•Mais tarde, em 1913, em Totem e Tabu, Freud
amplia esse conceito, constatando que o • Ele indica o procedimento que trabalha com a
indivíduo atribui à realidade externa desejos e assimilação de novas experiências e as transforma
através das experiências anteriores de cada
emoções não aceitos por ele como seus, dos
indivíduo, transformando então tudo isso em algo
quais é parcialmente inconsciente.
novo.

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•O CAT foi idealizado para facilitar o •Foi desenvolvido em 1949, com base no
entendimento do relacionamento infantil Teste de Apercepção Temática (T.A.T.) de
quanto as suas figuras e desejos mais Henry Murray. Foi criado por Leopold e
importantes, e suas ilustrações procuram Sonya Bellack, tem originado estudos no
Brasil e no exterior.
retratar “situações vitais” para esta faixa
etária.
•Sendo que o T.A.T é destinado a jovens e
•É considerado um método para investigar adultos e seu conteúdo era de difícil
a dinâmica significativa das diferenças interpretação para a faixa infantil.
individuais na percepção de um estimulo
padronizado.

•Leopold Bellak e Sonya Sorel Bellak •Bellak & Bellak, criaram o instrumento,
apoiando nas ideias Henry Murray, usando figuras de animais em situações
criaram o CAT-A, após perceberem que antropomórficas na pranchas, pois as
crianças se identificam melhor com crianças se identificariam mais
animais, trazendo assim a possibilidade facilmente com animais e, por isso,
dessa técnica ser trabalhada com projetariam em suas histórias seus
crianças. conteúdos pessoais (Montagna, 1989).

• A primeira versão foi criada e composta por figuras


de animais CAT-A (Bellack e Bellack,1949/1991), a •De forma que o CAT foi idealizado
composta por figuras de animais; para facilitar o entendimento do
• CAT-H, formado por figuras humanas (Bellack e
Hurvich, 1965; Bellack e Bellack, 1981)
relacionamento infantil quanto as
• CAT – S, um suplemento do CAT (Bellack, 1966), que suas figuras e desejos mais
também inclui figuras de animais, mas em situações importantes, e suas ilustrações
diferentes das apresentadas no CAT-A, por destinar-se
a explorar situações conflitivas mais específicas, como
procuram retratar “situações
as relacionadas à escola e ao grupo de pares. vitais” para esta faixa etária.

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•A escolha das cenas das pranchas que •Nesse sentido o CAT fornece
compõe o teste é o psicanalítico e esclarecimentos sobre identificações da
elas exploram problemas de criança, bem como angústias,
alimentação, rivalidade entre irmãos, mecanismos de defesa, nível de
complexo de Édipo, cena primária , maturidade afetiva, desenvolvimento
agressão, medos, masturbação, do superego e interação dos papéis
hábitos de limpeza, etc. familiares (Herzberg & Mattar, 2005).

•Herzberg & Mattar(2005) •Herzberg & Mattar(2005) evidenciam


evidenciam que o CAT é uma que o CAT pode fornecer os mesmos
técnica projetiva que sempre esclarecimentos que o TAT, sobre
ocupou um lugar importante na identificações, conflitos, angustias,
mecanismos de defesa, interação de
clínica infantil, sendo um dos mais papéis familiares, o nível de
utilizados instrumentos para avaliar maturidade afetiva, e especialmente,
crianças. sobre o desenvolvimento do superego.

•Bellak, ao definir o CAT como ¨um • Bellak & Bellak utilizou-se da hipótese projetiva
básica que diz o seguinte, que além da informação
método projetivo, aperceptivo – destinada a satisfazer o que foi requerido pela
•método para investigar a tarefa (no caso o teste), o sujeito, numa situação
com certo grau de liberdade, nos dá informações a
personalidade, estudando a dinâmica partir das quais podemos fazer deduções relativas
significativa das diferenças à sua organização única de personalidade,
individuais na percepção de incluindo seus traços adaptativos e defensivos.
estímulos padronizados¨ (1981).

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–Forma A – com figuras de animais Ernest Kris, Bills, Leiman e


• Autores –
–Forma H com figuras humanas.
Thomas, Biersdorf e Marcuse,
•Na forma A é fácil ver a facilidade da
identificação da criança com os animais, por Armstrong, Light, Body e Mandler,
isso ser o mais utilizado. Furuya, Simson, Buldoff, Weisskopf,
•Porem pode-se utilizar a forma H para Joelson e Foster, Haworth, Lawton,
crianças mais velhas 7 a 12 , crianças com Bender, Bellak, entre outros
nível mental mais alto, e crianças fóbicas com estudaram teste Cat .
relação a animais.

Utilizado População
•Psicodiagnóstico; •Indicado para crianças de com
•Terapia; - 3 a 10 anos. E algumas mais
•Estudos sobre o desenvolvimento; velhas. CAT – A
•Entre outros. •CAT – H – Crianças de 7 a 12.

Objetivo Descrição
•Apreensão da estrutura da •O teste é composto por 10
criança, seu método e modo pranchas com gravuras
dinâmico de reagir e conduzir representando animais em
seus problemas. várias situações.

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Aplicação Tempo
• Bom rapport. •Indeterminado, porém anotar.
• Apresentar a prancha uma de cada vez como se
fosse um jogo , sem denotar competição, sem ser •Anotar o tempo inicial de cada
certo ou errado. prancha e final, como também o
• Apenas pedir para que olhem para a prancha e
inventem um história, e contem.
tempo que levou para começar a
• Anotar literalmente o que a criança diz , suas
determinada prancha.
atitudes frente a prancha, trejeitos, olhares. •Tempo de latência.

Problemas Específicos
•Separar as pranchas de acordo com •Prancha 1 – Três pintinhos ao redor de
as dificuldades específicas. uma mesa, com um recipiente com
comida; um deles não tem guardanapo;
atrás, a figura borrada de uma galinha.

• Prancha 1
• Diz respeito a alimentação.
•Prancha 2 – Um urso de um lado da
• Extremamente ligada a situação de oralidade; se sente que corda, como se estivesse puxando, e do
foi ou não suficientemente alimentado por um dos pais. outro, fazem o mesmo, um urso e um
• Podem surgir temas de competição entre irmãos...quem
tem mais, quem é mais ,comportado, etc...
urso menor.
• A comida pode ser vista como recompensa ou sua
ausência, como castigo.

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•Prancha 2
•Agressão, jogo, disputa, ligações com figura •Prancha 3 – Um leão com cachimbo e
materna e paterna. bengala, sentado; abaixo, à direita, um
–Pode ser vista como uma luta, com temor à
agressão ou de uma forma mais branda. ratinho.
–Como um jogo (cabo de guerra).
–Vale observar, se a criança identifica o urso menor
auxiliando a um ou a outro pai , neste caso ,
surgindo temas relacionados à situação edípica.
–Às vezes a corda é objeto de preocupação, sua
ruptura pode gerar culpa e castigo consequente.
–Quando vista como símbolo de masturbação, sua
ruptura está ligada ao temor a castração.

• Prancha 3 •PRANCHA 4 – Um canguru com chapéu


• Figura paterna, bengala( defesa, agressão). à frente, com uma cesta contendo leite
–O leão é habitualmente identificado com a figura
paterna, com atributos masculinos; às vezes a bengala é e um filhote na bolsa; atrás um canguru
usada para torná-lo velho, a quem não é preciso temer
(defesa). um pouco maior numa bicicleta.
–É necessário observar se o leão, quando é forte, é bom
ou mau.
–O ratinho, é visto pela maioria das crianças, e com ele se
identificam, mas pode ocorrer o inverso, se
identificarem com o leão, ou ainda, alternarem a
identificação.

• Prancha 4 –
• Desperta a rivalidade entre irmãos , ou origem da crianças. •PRANCHA 5 – Um quarto às sombras,
• Surgem em geral, temas relacionados à rivalidade entre irmãos, e a
preocupação com o nascimento de bebês.
onde há uma cama de casal, e pode ser
• Se a criança for irmã mais velha e se identificar com o canguru da bolsa, visto um vulto; num berço, dois
estará expressando desejo de regressão, de ficar mais próxima a mãe.
Sendo a irmã mais jovem e identificando-se com o canguru mais velho, ursinhos.
poderá estar demonstrando vontade de independência e liberdade.
• A cesta pode trazer problemas relativos a alimentação.
• Podem também estar presentes, temas relacionados à oralidade, e
basicamente a relação mãe-filho. Temas relacionados a fuga de algum
perigo podem estar falando da relação entre os pais, gestação, etc.

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•Prancha 5 •PRANCHA 6 – Uma gruta escura, com


•Acontecimentos anteriores, medos de dois ursos borrados ao fundo e um
ataques, histórias de brincadeiras e menor deitado em primeiro plano.
travessuras.
• Surgem temas relacionados às reações diante da
cena primária.
• Os menores no berço, podem desencadear
temas de manipulação e exploração mútua.

•Prancha 6 •PRANCHA 7 – Um tigre mostrando os


•Sono, medo, fuga, independência. dentes e garras, saltando em direção a
• Repetem-se os temas relacionados à cena um macaco que salta num ambiente de
primária como na quinta prancha, às vezes, mata.
incluindo ou completando.
• Situação edipiana, e ainda , situações referentes
à masturbação noturna , podem surgir.
• Pode haver reflexo de ciúme, pela relação
triangular.

• Prancha 7 •PRANCHA 8- Atrás, dois macacos


• Ansiedade evidente, agressão, forte, fraco adultos tomando chá; na frente, um
–Surgem aqui, os temores à agressão e como estes são
manejados. Pode-se observar o grau de ansiedade da macaco adulto falando (repreendendo)
criança. um menor; na parede, o quadro de uma
–As caudas dos animais servem para projeção de temores
ou desejos de castração .
macaca mais velha.
–O quadro pode se transformar numa inofensiva estória
quando as defesas são muito boas ou irreais, podendo
até, acontecer uma total rejeição da prancha .

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•Prancha 8 •PRANCHA 9 - Um quaro às escuras, com


•Como a criança se coloca nesta família, a porta aberta, onde se vê um coelho
castrações. numa cama.
–Observa-se aqui, o papel da criança, dentro da
constelação familiar, como ela se situa; sua
relação com o mundo dos adultos; aspectos da
educação, e a figura parental visualizada; às
vezes, temas de oralidade (xícaras) e o macaco
em primeiro plano como pai ou mãe
significante. Verificar se com boa ou má índole.

•Prancha 9 – •PRANCHA 10 - Um cachorro pequeno


•Sonhos, medo, solidão, abandono. deitado sobre os joelhos de um
•Surgem temas relacionados ao escuro, cachorro maior, num banheiro.
temor ao abandono, ao isolamento ou
curiosidade em relação ao outro
quarto, (situação edipiana) .

Interpretação e aspectos a serem observados


para interpretação
• Prancha 10 –
• Travessuras, castigo, hábitos de higiene, controle •As pranchas do CAT deram origem a
de esfíncter, masturbação. diferenciadas formas de interpretação.
–As figuras apresentam um mínimo de expressão. Estórias
aqui se relacionam a ¨crime e castigo ¨ e revelam dados •Bellack e Bellack (1949/1991), utilizou 10
sobre as concepções morais da criança. Dados sobre o categorias de analise, tema, protagonista,
controle dos esfíncteres e masturbação também podem
surgir .
principais necessidades e impulsos, concepção
–Nesta prancha podem aparecer tendências regressivas, do ambiente, figuras vistas, conflitos
mais facilmente do que em outras. significativos, natureza das ansiedades,
principais defesas, adequação do superego e
integração do superego.

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• Montagna (1987), com o objetivo de sistematizar a • Outro estudo brasileiro foi feito por Tardivo (1992) que
interpretação do CAT, utilizou as categorias propostas por acrescentou várias categorias para cada prancha, entre elas:
Bellack e Bellack (1949/1991), Haworth (1966), que – relação com a figura materna de dependência ou independência;
ampliou a compreensão da análise de conteúdo e dos – rivalidade,
– competição,
mecanismos adaptativos de defesa nas respostas ao CAT.
– compreensão,
• Shentoub (1969), tendo como objeto de estudo o TAT., – cooperação ou conflito com a figura paterna e fraterna;
analisou os pontos de aproximação dos esquemas de – relação dual;
interpretação estudados por estes autores, principalmente – conflito vivido de forma lúdica ou destrutiva e como se relaciona com
no que se refere aos aspectos relacionados à análise de outras figuras;
– relação com a figura de poder e autoridade;
conteúdo e à análise formal de interpretação das
– reação frente à situação triangular, dentre outras.
respostas, elaborando suas próprias categorias de
interpretação, fundamentadas em um estudo de caso
clínico.

• Uma proposta mais específica de interpretação partiu de Fonseca • Xavier (2005) criou categorias de indicadores de
(2005), que procurou elaborar referenciais capazes de discriminar um
grupo de crianças com histórico de abuso sexual de um grupo sem tal auto-estima inspirada nas propostas de
histórico. interpretação de Bellak e Bellak (1949/1991) e
• Com tal objetivo, a partir das estórias relatadas pelo grupo com Tardivo (1992), elaborando indicadores para avaliar
histórico de abuso, foram selecionados os indicadores que o nível de auto-estima, dentre eles: identificação
apareceram com mais freqüência, entre eles: abuso sexual (situações
relacionadas explicitamente ao abuso), medo (verbalização da com heróis e personagens; introdução de objetos
palavra “medo” nas estórias), ameaça do meio (expressão de ameaça figuras e circunstâncias; concepção do ambiente e
e desamparo pelas figuras que retratavam os genitores), figuras; natureza das ansiedades; defesas;
desequilíbrio (entendido como desequilíbrio físico, expresso por
situações de tombo) e médico (referência à figura do médico nas integração do Ego e auto percepção na trama da
estórias). estória; desfecho da estória.

Interpretação e aspectos a serem observados


para interpretação •3 – Possibilidade de dar passado, presente e
futuro à história.
• 1 - Que animais vê e como os vê.
– Omissões, acréscimos e distorções . •4 – Sequência lógica ou ilógica na construção
– Percepções e elaborações pouco usuais em relação à identidade dos da história.
animais(auxílio nos diagnósticos diferenciais).
•5 – Tipo de linguagem utilizada (riqueza,
• 2 - Que outros elementos não animais são vistos na prancha e
de que maneira. Omissões, acréscimos e distorções no
exatidão, adequação à idade, etc...)
conteúdo de realidade. •6 - Possibilidade de fantasiar, capacidade
– Comparação entre pranchas com um habitat característico do homem e criativa.
aquelas que apresentam um cenário natural adequado à vida dos
animais. (grande quantidade de omissões e acréscimos nesta e na pauta •7 – Tipo de interação entre os personagens a
anterior, significa intensa inadequação perceptual e sugere a verificação
de casos de psicose).
nível descritivo. Colocação da problemática.

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• 8 – Qual o tema das relações objetais inconscientes • No manual de Bellack e Bellack (1991) propõe que as estórias, originadas a
partir das pranchas, sejam interpretadas por meio de dez categorias:
na interação – tema principal, (qual enredo)
–(a); quais as principais ansiedades associadas às relações – herói principal, (protagonista)
– principais necessidades e impulsos do herói, ( o que ele sente, precisa,
fantasiadas e faz)
–b); quais os principais meios de defesa (mecanismos) – Necessidades e motivações do herói
– Figuras, objetos ou circunstancias introduzidas ou omitidas
utilizados – Figuras percebidas como
• 9 – Tentativa de resolver ou não o problema ou – concepção do ambiente ( de que forma o ambiente e visto pelo
protagonista)
conflito na história. Tipo de solução obtida em – conflitos significativos ( como se dá as relações)
função dos desejos, medos e defesas utilizadas. – natureza das ansiedades,
– principais defesas,
– adequação do superego.
– integração do ego.

Outros aspectos na intepretação

•I - Tema Principal. •II – Herói da história


–Denominadores comuns, certas tendências • Figura fundamental ao redor do qual a história foi
num determinado número de histórias, montada. É importante observar a adequação do
herói , ver a habilidade que possui para enfrentar
padrões de comportamento. circunstâncias que possam existir .
• Adequação do herói, força do ego, imagem
pessoal, o que pensa de si mesmo.

•III – Necessidades do herói. •IV – Concepção do meio ambiente.


• Expressão direta das próprias necessidades, ou •Identificação.
oposto a elas.
•Características principais do meio que a
• Reflete impulsos que a criança percebe.
criança vive.
• Introdução de coisas não representadas, também
no meio em que vive – gratificações.
• Ignorar coisas representadas – hostilidade.
• Necessidade e motivações do herói
• Figuras e objetos ou circunstâncias introduzidas e
omitidas.
• Figuras percebidas.

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•V – Como vê as figuras. •VI – Conflitos significativos.


•Como vê as pessoas e suas reações em •Natureza dos conflitos e as defesas usadas.
relação a elas. •Formação inicial do caráter.

•VII – Natureza das ansiedades. •VIII – Principais defesas.


•Contexto das defesas. •Como são usadas perante os conflitos
configurados.

• Autores • Autores
• ADELE DE MIGUEL • ADELE DE MIGUEL
• LEILA SALOMÃO DE LA PLATA CURY TARDIVO • LEILA SALOMÃO DE LA PLATA CURY TARDIVO
• LEOPOLD BELLAK
• MARIA CECÍLIA DE VILHENA MORAES
• MARIA CECÍLIA DE VILHENA MORAES
• SILÉSIA MARIA VENEROSO DELPHINO TOSI
• MARVIN S. HURVICH
• Editora - VETOR EDITORA • SILÉSIA MARIA VENEROSO DELPHINO TOSI
• Construto - Personalidade • Editora - VETOR EDITORA
• Público Alvo - De 5 até 10 anos • Construto - Personalidade
• Idade da amostra de normatização - DE 5 ATÉ 10 anos • Público Alvo - De 7 a 12 anos
• Aplicação – INDIVIDUAL, NÃO INFORMATIZADO • Idade da amostra de normatização - 7 anos a 12 anos e 11 meses
• Correção - NÃO INFORMATIZADO • Aplicação – INDIVIDUAL , NÃO INFORMATIZADO
• Data aprovação -22/03/2013 • Correção - NÃO INFORMATIZADO
• Prazo dos estudos de validade -22/03/2033 • Data aprovação - 19/08/2016
• Prazo dos estudos de validade - 19/08/2036

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Exemplo

• Prancha 1 - Alimentação (oralidade) • Prancha 3 – Figura paterna.


– M.L.M.B. – Um dia três pintinhos estavam fazendo um bolo, depois que eles terminaram, – M.L.M.B. O rei leão. O rei leão era o mais velho de todos. Ele precisava da
eles sentaram na mesa para comer. A galinha não estava com eles, ela estava no quintal bengala, por que ele era muito velho. Esta segurando o charuto na mão. Por que
botando um ovo. Eles comem com a colher, porque a mãe deles não gosta que eles comam ele gosta muito do seu charuto. Tem um ratinho na toquinha ele é pequeno. O
com as mãos. Depois eles foram dormir e a mamãe voltou para a sua casinha. Ela também foi
dormir. A mãe é muito bonita, gorda, olhos pretos, nariz amarelo, pena preta, crista laranja. chão era de flores e de bolinhas e pintado de preto e branco. O rei leão tinha os
Ela gosta muito dos filhinhos. O galo foi pegar um rato, depois ele entrou em casa para cabelos brancos, o rato também. O ratinho fica sempre olhando para ele. O leão é
assistir televisão. Todos se alimentaram muito bem antes de dormir. bravo e come o ratinho e daí ele vai dormir.

• Prancha 2 – Jogo, disputa de poder. Ligação com a figura materna ou com a • Prancha 4 – Desperta a rivalidade entre irmãos. De onde vem os bebês.
figura paterna. – M.L.M.B. O Bambi. Um dia Estrela, Thiago e André foram fazer compras. Thiago
– M.L.M.B. – Três ursos estão puxando uma corda. O urso pequeno perdeu, porque ele é mais andou de bicicleta. André brincou de balão. A mãe estava com o dinheiro. O dia
fraco que os outros. Os ursos grandes ganharam. O urso pequeno está com o pai e a ursa estava nublado. Eles passaram por uma floresta onde tinha uma casa. Thiago
está sozinha, porque ela é mais forte. Depois eles foram para casa e comeram sopa, eles brincou com o irmão e a mãe deles foi procurar seu marido, aí ela encontrou uma
saíram todos depois disso. Daí uma menina entrou na casa deles. A menina era muito feliz, amiga Cíntia. Foram comprar leite para seus dois filhinhos. A estrela ficou
ela experimentou a sopa deles e gostou. Ela também gostou muito do urso pequeno. Na casa
ela provou três cadeiras e gostou na pequena, ela quebrou porque ela era muito grande. conversando com sua amiga. Cíntia era pequena e gostava também de brincar de
Maior que o urso pequeno. Provou da comida do ursinho e gostou. Os três ursos chegaram boneca com outra amiga Aline. Elas foram numa casa abandonada. Na natureza
em casa e viram a menina, ficaram muito felizes por ela estar ali. E ofereceram para ela tem pinheiros, pedras e grama.
tomar sopa com eles. No fim da história todos ficaram felizes.

• Prancha 7 – Ansiedade, agressão, fuga. Forte e fraco.


• Prancha 5 – Acontecimentos anteriores. Sexualidade. Disputa de poder. – M.L.M.B.- Não gostei desse desenho. O Leão pegou um macaco e a cobra
Masturbação. mordeu o leão. No lugar tinha muitas árvores pretas e brancas. Essa figura tem
– M.L.M.B. – O bebê. Tinha dois bebes dormindo no bercinho e os dois pais pouca coisa. E daí a cobra morreu. O macaquinho foi comer banana. O macaco e
também estavam dormindo. Um dia roubaram os filhotinhos. A mamãe foi o urso ficaram amigos e felizes.
procurar e não achou, eles mataram os dois bebês, os dois ladrões malvados.A
mamãe chorava muito e denunciou os dois ladrões para a polícia. O papai foi
trabalhar e a mamãe ficou em casa. Ela arrumou as camas e foi comprar leite,
café, Nescau, pão, mamão, banana e queijo e na rua ela foi assaltada. • Prancha 8 – Como representa a figura familiar. Como se apresenta no
contexto familiar.
– M.L.M.B. – Gilda, Leilana, Manuel, Pedrinho estavam num chá. No lugar tinha
• Prancha 6 – Complemento da figura do sujeito. Relação familiar. um quadro da avó de Pedrinho. Eles tomaram chá e voltaram para casa,
– M.L.M.B. – O urso dormiu com a sua namorada e com o seu bebezinho. E o dormiram, acordaram, tomaram café, almoçaram e jantaram. A vó de Pedrinho
bebezinho estava morrendo de frio. Eles moravam numa cabana e tinha uma teia morreu. Todos ficaram muito tristes por que a avó morreu. E a vovó tinha câncer
de aranha. A cabana era toda preta e branca. O bebezinho ficou bem pertinho da por isso ela morreu.
mãe para não sentir mais frio. O bebê estava triste. Elizete sua mãe foi comprar
roupa para o bebezinho não passar mais frio. E o pai foi procurar trabalho. A mãe
tinha medo de perder o bebê, daí ela sempre chorava.

INTERPRETAÇÃO do exemplo
• Prancha 9 - Medo, abandono, masturbação. • TEMA PRINCIPAL – A família, em todas as pranchas M.L.M.B. relata
–M.L.M.B. – O coelhinho. Um dia o coelhinho dormia só, tinha história relacionada ao meio familiar e sua inter-relações com esse
o abajur ligado e seu brinquedo perto dele. O berço dele era meio.
lindo. A mamãe chamou ele para tomar café. Depois ele foi
brincar com os seus amigos Lucas e Alexandre. Depois eles • HERÓI DA HISTÓRIA – A mãe. M.L.M.B. deixa claro em todas as suas
todos foram dormir na casa de Pedrinho. Quando ele histórias que a mãe é a figura principal de sua vida. Pelos relatos sua
acordou seus dois amigos tinham desaparecidos, eles ligação com a mãe é muito forte, dependente. A Mãe é a figura que
ficaram muito doentes e morreram. protege , alimenta, cuida na doença, seu porto- seguro.
• CONCEPÇÃO DO AMBIENTE: Nesse ambiente se sente protegida,
• Prancha 10 - Crime, castigo, agressividade. Controle dos principalmente pela mãe. Suas relações inter-pessoais são boas. O lar é
esfíncteres. Prazer. o ambiente que aparece em todos os relatos. Seguro, com rotinas
–M.L.M.B. – Princesa e Laika. Princesa estava tomando banho estipuladas.
na banheira, a mãe dela estava dando banho nela por que
ela estava cheia de piolhos, sua mãe ficou muito preocupada
por que ficou com medo dela pegar uma doença. Laika
estava olhando a mãe de Princesa. Ela também queria tomar
banho na banheira.

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Referencia
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