Você está na página 1de 27

TEORIAS DE APRENDIZAGEM

CONHECIMENTO
• TEORIA ARBÓREA TEORIA RIZOMÁTICA (REDE)

Linear, ordem (simples para


Conexão, heterogeneidade,
complexo), homogêneo,
multiplicidade, significância,
disciplinar
cartografia, transdisciplinar
COMO O SUJEITO APRENDE?

• INATISMO – S 0

• EMPIRISMOS/AMBIENTALISMO - O S

• INTERACIONISMO – S O
Construtivismo
sócio-histórica ou
histórico-cultural
INATISMO X EMPIRISMO

Autores Platão, Descartes, kant Locke, Bacon e Hume


Inatismo (racionalismo, Empirismo (associacionismo,
Teoria
maturacionismo) behaviorismo)
Método Dialógico ou dialético Empirista
Tábula rasa, ideias simples
Mito da Caverna e Er
Principais Conceitos ou Mitos (primárias) e complexas
(reminiscência)
(secundárias).
Qual a natureza dos fatores que O objeto transfere as
O sujeito já nasce sabendo.
a teoria enfatiza informações ao sujeito.

Possui naturalmente o Não possui conhecimento. Deve


Concepção a respeito do aluno
conhecimento. aprender através de experiências.
Proporcionar experiências
Facilitador, questiona para
Papel do Professor fecundas que auxiliam o uso
despertar as ideias.
correto da razão.

Semelhanças Não-dialéticos (extremistas)

Diferenças Hiper-dimensiona o sujeito. Hiper-dimensiona o objeto.

Não existe a crítica do


Impossibilidade do conhecimento
Críticas conhecimento.
objetivo da realidade.
Professor pouco interfere
Watson/Skinner Piaget

Behaviorismo Interacionismo

Experiência Psicogenético
Reforço positivo e negativo, punição.
Equilíbrio ou Equilibração (assimilação, acomodação)
Estímulo medo e inverso e resposta
Provocar mudanças no comportamento através do O processo de ensino deve estar alicerçado na
reforço ou punição. experimentação por parte do aluno
Não deve se limitar ao conteúdo específico da
É quem decide quando, de que forma e que conteúdos
disciplina, mas deve conhecer o desenvolvimento
são ensinados.
psicológico da inteligência humana.
A experiência como fator de aprendizagem.

Sujeito passivo. Sujeito ativo.


Não promove a busca de conhecimento e informação.
Concebe o desenvolvimento em etapas (não-dialético)
O ambiente é mais importante do que a maturação.
INATISMO: PLATÃO, DESCARTES E KANT

• É uma tendência racionalista que acredita que o sujeito já nasce sabendo; a inteligência seria um
dom, já trazida desde o momento do nascimento.
• A inteligência é um processo; fica-se inteligente, porquê se aprende. A aprendizagem acontece
em todos os momentos do dia-a-dia e a escola incorpora o que vem das experiências fora dela.
A aprendizagem necessariamente perpassa pelo outro, pelo grupo, pelo social. Aprende-se
resolvendo problemas. Aprende-se a partir do mergulho amplo, nos elementos que interessam a
um problema.
INATISMO PLATÔNICO

• Conhecer, diz Platão, é recordar a verdade que já existe em nós; é


despertar a razão para que ela se exerça por si mesma. Por isso,
Sócrates fazia perguntas, pois, através delas, as pessoas poderiam
lembrar-se da verdade e do uso da razão.
INATISMO CARTESIANO
• Descartes mostra que nosso espírito possui três tipos de ideias que se diferenciam segundo sua
origem e qualidade:
• 1. Ideias adventícias (isto é, vindas de fora): são aquelas que se originam de nossas sensações,
percepções, lembranças; são as ideias que nos vêm por termos tido a experiência sensorial ou
sensível das coisas a que se referem. Por exemplo, a ideia de árvore, de pássaro, de instrumentos
musicais, etc.
• 2. Ideias fictícias: são aquelas que criamos em nossa fantasia e imaginação, compondo seres
inexistentes com pedaços ou partes de ideias adventícias que estão em nossa memória. Por
exemplo, cavalo alado, fadas, elfos, duendes, dragões, super-homem, etc. São as fabulações das
artes, da literatura, dos contos infantis, dos mitos, das superstições.
• 3. IDEIAS INATAS: SÃO INTEIRAMENTE RACIONAIS, SÓ EXISTEM PORQUE JÁ NASCEMOS COM
ELAS. EX. INFINITO
PROBLEMAS DO INATISMO
• Se os princípios e as ideias da razão são inatos e por isso universais e
necessários, como explicar que possam mudar?
• Se as ideias são racionais e verdadeiras, é porque correspondem à realidade.
Ora, a realidade permanece a mesma e, no entanto, as ideias que a explicavam
perderam a validade. Ou seja, o inatismo se depara com o problema da
mudança das ideias, feita pela própria razão, e com o problema da falsidade
das ideias, demonstrada pela própria razão.
REFLEXÃO SOBRE OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO
INATISMO SOBRE A EDUCAÇÃO.

• Tal visão gerou uma ideia de ser humano que produziu uma abordagem rígida,
autoritária e, sobretudo, pessimista para a educação de crianças e adolescentes.
Como o ser humano já nasceria “pronto”, poder-se-ia apenas aprimorar um
pouco aquilo que ele é ou, inevitavelmente, viria a ser. Isso geraria enorme
preconceitos enrijecendo o processo de desenvolvimento.
• IDEIAS: “FILHO DE PEIXE, PEIXINHO É” ; APRENDIZAGEM COMO ALGO BIOLÓGICO E
HEREDITÁRIO.
EMPIRISMO: BACON, LOCKE E HUME

• Afirmam que a razão, a verdade e as ideias racionais são adquiridos por nós
através da experiência. Antes da experiência, dizem eles, nossa razão é como
uma “folha em branco”, onde nada foi escrito; uma “tábula rasa”, onde nada
foi gravado. Somos como uma cera sem forma e sem nada impresso nela, até
que a experiência venha escrever na folha, gravar na tábula, dar forma à cera.
• Nossos conhecimentos começam com a experiência dos sentidos, isto é, com as
sensações. Os objetos exteriores excitam nossos órgãos dos sentidos e vemos
cores, sentimos sabores e odores, ouvimos sons, sentimos a diferença entre o
áspero e o liso, o quente e o frio, etc.

• As ideias, trazidas pela experiência, isto é, pela sensação, pela percepção e


pelo hábito, são levadas à memória e, de lá, a razão as apanha para formar os
pensamentos.
REFLEXÃO SOBRE OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO
EMPIRISMO SOBRE A EDUCAÇÃO.
• Refuta a ideia das teorias inatas e com isso destaca a importância da educação e da
instrução na formação do homem.
• A teoria empirista que tende a considerar a experiência como algo que se impõe por si
mesmo, como se fosse impressa diretamente no organismo sem que uma atividade do
sujeito fosse necessária à sua constituição.
• A pedagogia para os empiristas é diretiva. O aluno aprende, se e somente se, o
professor ensina. O professor acredita no mito da transferência do conhecimento. O
professor possui o saber e detém o poder estabelecido por hierarquia: o professor é um
ser superior que ensina a ignorantes. O educando recebe passivamente os
conhecimentos, tornando-se um depósito do educador.
INTERACIONISMO DE PIAGET

• Até o início do século XX assumia-se que as crianças pensavam e raciocinavam da


mesma maneira que os adultos. A crença da maior parte das sociedades era a de que
qualquer diferença entre os processos cognitivos entre crianças e adultos era sobretudo
de grau: os adultos eram superiores mentalmente, do mesmo modo que eram fisicamente
maiores, mas os processos cognitivos básicos eram os mesmos ao longo da vida.

• Mas, Piaget concluiu que em muitas questões cruciais as crianças não pensam como os
adultos.
• A teoria de piaget do desenvolvimento cognitivo é uma teoria de etapas, uma
teoria que pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças
ordenadas e previsíveis.

• O eixo central, portanto, é a interação organismo-meio e essa interação acontece


através de dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao
meio, funções exercidas pelo organismo ao longo da vida.
REFLEXÃO SOBRE OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO
CONSTRUTIVISMO SOBRE A EDUCAÇÃO.

• A educação deve possibilitar à criança um desenvolvimento amplo e dinâmico


desde o período sensório- motor até o operatório abstrato. A escola deve partir
dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que
provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta
e a construção do conhecimento.
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
SEGUNDO VYGOTSKY

• A abordagem de Vygotsky se contrapõe a de Piaget, uma vez que


sua ênfase recai no papel do ambiente para o desenvolvimento
intelectual da criança. Seria pois, para Vygotsky, esse
desenvolvimento, especificamente realizado de fora para dentro,
através da internalização.
• Afirma este autor que o conhecimento se dá dentro de um contexto, afirmando
serem as influências sociais mais importantes que o aspecto biológico.
• Desta forma, para a teoria Vygotskiana, o desenvolvimento ocorre em função da
aprendizagem, pensamento que é contrário ao da teoria piagetiana que
assegura ser a aprendizagem uma consequência do desenvolvimento.
• A zona de desenvolvimento proximal é o potencial de capacidade que a criança
possui e que a separa do nível de capacidade que é observável através de seu
desempenho e sua capacidade latente.
• Vygotsky (1987) considerava que a zona de desenvolvimento proximal
representava o espaço entre o nível de desenvolvimento real, ou seja, aquele
momento, no qual, a criança era capaz de resolver problemas sozinha, e o nível
de desenvolvimento potencial, ou seja, aquele momento onde a resolução de
problemas, a criança o fazia com a ajuda de um companheiro ou com a
orientação de um adulto.
• A ideia central da zona de desenvolvimento proximal implica na compreensão de outras ideias
que completa a ideia central, tais como:
A) aquilo que a criança realiza hoje com o auxílio de uma pessoa mais especializada, mais
tarde poderá realizar com autonomia;
B) esta autonomia na resolução de problema é conquistada pela criança através da assistência ou
do auxílio de um adulto, ou de outra criança mais velha, formando desta forma uma relação
dinâmica entre aprendizagem e desenvolvimento.;
C) o conceito nos lembra a constituição dos processos psicológicos superiores;
D) nem toda interação entre as pessoas geram desenvolvimento. Uma boa aprendizagem precede o
desenvolvimento e cede lugar a uma reprodução.
• A teoria Vygotskiana da zona de desenvolvimento proximal, associada a teoria
da construção do conhecimento piagetiana, reforça a ideia da interação e dá
ao professor a responsabilidade sobre o processo de ensino-aprendizagem,
onde se evidencia uma parceria entre ensinante e aprendente, onde as criança
aprendem não por soluções dadas pelos adultos, mas por uma construção sua,
sob a orientação do professor.

Você também pode gostar