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1. Introdução
O presente trabalho trata-se de uma síntese construtiva a respeito do Teste de Apercepção
Infantil (CAT), baseando-se em seus fundamentos teóricos e na aplicação prática realizada
pelos acadêmicos de psicologia em sala de aula.
O teste de Apercepção Temática Infantil, conhecido como CAT (Children's Apperception
Test), foi publicado em 1949 por Leopold Bellack e Sonia Sorel Bellack, como uma técnica
projetiva de avaliação da personalidade destinada a crianças de três a dez anos. Este teste teve
sua origem no Teste de Apercepção Temática para Adultos, o TAT. Deve-se situar o TAT
como a técnica projetiva que serviu de base ao desenvolvimento do CAT. (MONTAGNA, p.
19).
Como diz Haworth (1966): “O teste (CAT) é um descendente direto do Teste de Apercepção
Temática, de Henry Murray. Ele não compete com o TAT, nem o substitui. Assim como
acreditamos que o TAT é para a investigação da personalidade de adultos, ele não serve para
crianças pequenas, assim como o CAT não serve para adultos”. (MONTAGNA, p. 2).
Murray veio contribuir com uma nova técnica projetiva na avaliação da personalidade, e seu
teste, posteriormente, obteve um lugar de grande uso entre as técnicas de investigação da
personalidade. (MONTAGNA, p. 20).
O CAT surge, então, em 1949, quando Leopold Bellack, preocupado com aspectos teóricos
de projeção em crianças, publica seu teste nos mesmos moldes do TAT. Das duas discussões
teóricas sobre projeção, com Ernest Kris, surge a ideia de usar animais em situações
antropomórficas nas pranchas. As crianças se identificariam mais facilmente com animais e,
portanto, projetariam em suas histórias seus conteúdos pessoais (Bellack, 1954).
O CAT se caracteriza como um teste projetivo, dada a relativa ambiguidade do estímulo e
liberdade da instrução, Situa-se como uma técnica projetiva temática, pois a instrução pede
que a criança conte uma história, narrando um tema. (MONTAGNA, p.20).
O objetivo do CAT é o de, através da interpretação da resposta ao teste, captar o mundo
vivencial da criança. Segundo Bellack (1954), “nós procuramos conhecer a estrutura afetiva
Graduação em Psicologia
Técnicas Projetivas na Infância e na Adolescência - 1º Bimestre
da criança, a dinâmica de suas reações diante dos problemas, de seus desejos, e a maneira pela
qual a criança resolve seus problemas.” (MONTAGNA, p. 8).
3. Relato da aplicação
A aplicação, de modo geral, deu-se de forma bem direta, o avaliando não apresentou
resistência, porém, se expressou com praticidade a todo momento, com respostas curtas do
começo ao fim. Antes da exposição das pranchas, o avaliando perguntou à aplicadora se a
atividade iria valer nota, demonstrando repulsa quando ela esclareceu que seria uma
brincadeira rápida e sem recompensas por esta. Apesar disso, demonstrou-se tranquilo do
começo ao fim.
O avaliando trouxe questões relacionadas à autoridade do pai, preferencias pessoais, questões
sobre a rotina, cultura, conflitos, dificuldades, acolhimento e apoio familiares. Alguns entre
irmãos, outros entre os pais e/ou personagens mais velhos do que os que protagonizam as
histórias. Trouxe também aspectos de sua autoimagem e algumas formas de resolução de
problemas em geral.
4. Considerações finais
Diante do exposto e com base no conteúdo apresentado em sala de aula, o trabalho trouxe
contribuições significativas para nossa formação acadêmica enquanto futuros psicólogos. A
iniciar por este contato um pouco mais próximo na prática (dentro dos limites cabíveis e
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Referências
BELLACK, L. CAT-A: Teste de Apercepção Infantil: figuras de animais. Tradução de
Maria Cecilia V. M. Silva. São Paulo: Vetor, 2010.