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Eu Vítor Manuel da Mota Pinto Moreira, nasci a 27 de Junho de

1973, na freguesia de Argoncilhe, concelho de Santa Maria da


Feira, do Distrito de Aveiro, Portugal. Sou filho de Joaquim
Fernando Pereira Pinto Moreira e Maria Helena da Mota Ribeiro
(foto dos meus pais). Dos primeiros anos da minha infância, lembro-
me vagamente de viver em casa dos meus avós paternos, e as
brincadeiras que tinha com o meu primos antes de emigrarem para
a Venezuela. Além dos meus primos era com o meu irmão Paulo
que eu me lembro de brincar até ir para a escola primária.
No ano de 1979 fui para o 1º ciclo da escola primária de São
Domingos de Argoncilhe e da minha escola primária lembro-me
especialmente do primeiro dia de aulas, a minha mãe acompanhou-
me nesse dia e a ansiedade era muita pois finalmente ia aprender a
ler e a escrever, estava muito entusiasmado.
A Professora chamava-se Odete, era alta e jovem e não devia
ter mais de 30 anos. Lá encontrei também alguns amigos da minha
idade, meus vizinhos e outros que não conhecia de lado nenhum.
Fiz muitos amigos na primária, o Ricardo, o Paulo já repetente da 1ª
classe era o mais forte da turma, a Susana que rivalizava
saudavelmente comigo, no alcance de ser o melhor da classe. Foi
nessa idade que comecei a fazer os primeiros amigos da minha
vida sem serem da minha família.
Tínhamos na escola um recreio grande onde tínhamos espaço
para jogar futebol e outros jogos tradicionais. Existiam também
algumas árvores grandes com bastantes folhas, que nos davam
bastante sombra nos dias de maior calor, e por trás da escola
tínhamos abrigo quando chovia ou fazia frio. O 2º e 3º ciclos
frequentei-os nos anos de 1983 a 1989 no colégio liceal de Santa
Maria de Lamas, foi uma mudança radical na minha vida, saí da
escola a duzentos metros de casa em que ia e vinha a pé, para o
colégio que ficava a sete quilómetros de minha casa, em que eu
tinha de apanhar um autocarro para ir estudar. Outra coisa que
estranhei um pouco também foi a mudança de apenas uma
professora durante quatro anos, para dez ou onze. Lá conheci
amigos das várias freguesias do concelho de Santa Maria da Feira.
Fiz aí bons amigos e o Tóni foi um deles, com ele fui a primeira vez
á pesca, o Henrique era o meu “guarda-costas”, a Matilde de
Mozelos e a Rita de Rio Meão foram duas boas amigas. Também
tinha o Pedro da minha Freguesia, era ele que me acompanhava na
deslocação diária para o colégio no autocarro e assim fomos
construindo uma boa amizade.
Em relação aos meus professores o que mais curti foi um de
desenho que não me recordo do nome, talvez por ter sido o mais
“fora”, um gajo moderno para a altura em que a maioria era
retrógrada. Tinha também uma directora do colégio que me curtia
muito e que me livrou de muitos castigos, chamava-se Rita era
Açoriana e adorava quando ela me fazia rir com o seu sotaque.
Passei bons momentos no colégio, e uma passagem divertida foi
no nono ano, a minha turma foi ao programa “Às dez”, que era um
programa de televisão emitido pela RTP a partir da estação de
Santo Ovídio. Nessa altura quem se inscreveu no programa, foi
chamado pela ordem de inscrição para assistir ao programa em
directo. Na minha freguesia muita gente me viu na televisão, é que
á 20 anos atrás não era muito habitual aparecer na televisão, havia
só 2 canais e públicos a RTP1 e a RTP2. Foi bastante engraçado
ouvir certos comentários de amigos meus acerca dessa aventura.
Uma parte deste programa era emitido em horário nobre e todos
os programas exibidos durante a hora de almoço e à noite estão
incluídos no horário nobre da televisão porque a essa hora a
audiência é maior. A programação das televisões é composta por
programas que são dirigidos a algum público-alvo, neste caso por
exemplo a banda desenhada é dirigido às crianças, enquanto o
telejornal direcciona-se a um público mais adulto.
A televisão pertence ao quotidiano da população e na qualidade
de instrumento gerador de cultura opera sobre o universo temático,
ideológico e emocional dos adultos, jovens e crianças. A TV está
para o bem e para o mal pois esta influência, determina, condiciona,
publicita e informa. Assim pode-se dizer que ela auxilia na
educação, propagando valores e modelos de comportamento,
papéis que pertenciam exclusivamente à família e à escola antes do
seu aparecimento.

Para comunicar com o seu público, o produtor quando faz um


programa utiliza a linguagem, cenário e horário adequados aos
telespectadores que pretende atingir.
A mim agrada-me especialmente os programas desportivos de
preferência sobre futebol ou atletismo.
Durante o 2º e 3º ciclo dos meus dez aos dezasseis anos fui
atleta de futebol das camadas jovens da Associação Desportiva de
Argoncilhe. Quando era adolescente o meu sonho era ser jogador
de futebol, numa altura em que não havia playstation nem
computadores, ou melhor existiam computadores, mas muito
rudimentares e custavam os olhos da cara, por isso não eram para
a bolsa dos meus pais. Os tempos livres desde a minha infância,
passava-os a jogar futebol com os meus amigos num arraial perto
de casa, também jogávamos ao pião, às corridas de caricas de
garrafas que pintávamos com as várias cores do ciclismo, havia a
carica amarela, verde, rosa, etc. Quando chegava a primavera
andava aos ninhos, juntávamos uns poucos de amigos e íamos
para os montes à procura de ninhos, quando achávamos um era
uma emoção e quando era um ninho de um pássaro mais raro,
quem o encontra-se era o maior.
Nos verões chegado o calor, vinha a época balnear e como
nesses anos não haviam programas escolares para levar as
crianças para a praia como hoje em dia acontece e os meus pais
não tinham muito o hábito de ir para a praia, pois era só de vez em
quando, então juntava-me aos meus amigos e íamos para um rio na
minha freguesia dar uns mergulhos para refrescar. Foi lá que
aprendi a nadar porque nessa altura haviam poucas piscinas e o
hábito de levar os filhos para aprenderem a nadar não se usava, era
privilégio só dos ricos.
No clube de futebol fiz também muitos amigos, o meu único
irmão o Paulo, acompanhou-me na aventura do futebol e como ele
só é mais velho do que eu um ano e meio, jogámos sempre no
mesmo escalão desde os infantis ao juniores.
O Paulo e eu sempre convivemos bastante devido à pouca
diferença de idade, andamos na mesma escola primária e também
no mesmo colégio. Jogámos futebol no mesmo clube e também
saímos muitas vezes juntos. Ele deixou de estudar mais cedo do
que eu, só fez o 2º ciclo e como não gostava de estudar foi
trabalhar, tinha catorze anos, ainda era uma criança, é que naquela
altura quem não aproveitava a oportunidade de estudar ia-se
trabalhar muito novo. Através do clube de futebol, conheci
praticamente a maioria dos clubes do distrito de Aveiro,
passeávamos bastante e ao mesmo tempo convivia com muitos
jovens, esses foram tempos que gosto muito de recordar, bons
tempos. Assim que terminei o 9ºano em 1989, apenas com 16 anos,
pouco ou nada motivado ou incentivado, muito inocente em relação
à vida e os meus pais não davam muito valor aos estudos, tendo
também o meu irmão já a trabalhar, decidi abandonar a escola e fui
trabalhar para a Yazaki Saltano em Serzedo, V.N.Gaia. Para me
deslocar comprei uma motorizada, uma zundapp de 3 velocidades,
motorizada que tive até tirar a carta de condução de carro e de
seguida ter comprado o fiat 127 aos 18 anos de idade.
Na Yazaki o trabalho consistia no fabrico de cablagens para
automóveis e a minha função era trabalhar numa linha de
montagem, onde inseria fios eléctricos. A fábrica era gerida por
japoneses, costumávamos conviver durante o trabalho e também na
cantina na hora de almoço. Nessa altura a Yazaki pagava acima da
média nacional e era uma empresa muito apetecível no mercado de
trabalho. Lá arranjei também amigos, com os quais cheguei a sair
aos fins-de-semana. Ao fim de ano e meio já saturado do trabalho
muito repetitivo, e querendo ser electricista de casas, terminei
contrato com a Yazaki e fui trabalhar como electricista e
canalizador, para a empresa do António de Argoncilhe. Era uma
micro empresa, é que antes de trabalhar com o António ele
trabalhava sozinho.
Por essa altura comprei o meu primeiro carro em 1990, um Fiat
127 Surf um carro modesto, mas também não era um rapaz rico,
muito pelo contrário. Antes do meu Irmão ir trabalhar o único que
tinha um trabalho remunerado era o meu pai que trabalhava na
Portugal Telecom, a ocupação da minha mãe era a vida doméstica.
Vivíamos numa casa alugada, era muito modesta, mas bastante
asseada e limpa é que a minha mãe tinha muito gosto na casinha
dela.
O meu trabalho no Tóni consistia em fazer instalações eléctricas,
e canalizações de água em casas e prédios. Foi lá que aprendi um
bocado da arte para poder pensar em arranjar uma empresa que
me desse melhores condições. Passado ano e meio, não me
sentindo satisfeito com o ordenado, e sendo um trabalho precário
pois trabalhava mais horas do que o normal. Nessa altura chegava
a trabalhar 10 horas diárias e muitas vezes ia trabalhar aos sábados
sem ganhar, restava pouco tempo a não ser o domingo para
descansar e quando chegaram as férias não tive direito a férias
remuneradas. Já farto da situação porque achei que estava a ser
lesado nos meus direitos como trabalhador e sem chegar a um
acordo que me agrada-se, fui trabalhar para uma empresa de
quadros eléctricos, que se chama Benjamim Nogueira Vaz.
Trabalhei lá 1 ano, e a minha função era electrificar os quadros, que
eram encomendados pelos electricistas, para os prédios ou
moradias e fábricas. Também dávamos assistência a fábricas,
estações de tratamento de águas, e até chegamos a dar assistência
a clubes de futebol, como o Fiães ou o Lourosa. Aí consegui um
salário maior e melhores condições de trabalho. Era uma empresa
muito mais organizada e éramos uns quinze trabalhadores, alguns
até já os conhecia muito bem antes de ir para lá trabalhar.
Nesse ano fiz teatro no centro social de Argoncilhe, foi uma
experiência engraçada mas não tinha muito jeito e a aventura como
actor, foi de curta duração, pouco mais que 3 meses, mas gostei da
experiência de representar. Voltando ao trabalho, um serviço que fiz
em Gondomar e que não me esqueço, foi a instalação e uma
estação de tratamento de água, que ficava junto de um matadouro
municipal. Ao lado da estação passava um rio pequeno, ele durante
o dia mudava de cor umas 4 vezes. Eu curioso com a situação, até
chateado com semelhante poluição, um dia perguntei a um
empregado do matadouro a que se devia essa situação e tive como
resposta que era por causa de uma tinturaria de tecidos, que ficava
a montante do rio. Fiquei espantado com semelhante falta de
respeito que algumas pessoas têm pelo ambiente, na minha opinião
estas pessoas são uns criminosos e deviam pagar bem pago por
este tipo de crime, o que nem sempre acontece em Portugal,
passando muitas vezes impunes.
Nessa altura no ano de 1993 a minha mãe adoece e foi-lhe
diagnosticado um cancro no intestino, e teve que ser operada o
mais rápido possível no IPO do Porto. A operação correu bem, mas
tinha que fazer quimioterapia e radioterapia e deixei o trabalho para
a poder acompanhar nos tratamentos. No IPO tive a noção do
drama que é o Cancro. Doença que não poupa nenhuma faixa
etária, desde criancinhas até aos mais idosos. Lá pude ver o
sofrimento, e também a esperança de quem luta diariamente com
esse tipo de doença. Durante os tratamentos de quimioterapia e
radioterapia, a minha mãe sofreu os efeitos secundários do
tratamento e o sofrimento passado por ela deprimia-me, era duro
ver a pessoa de quem mais gostamos na vida sofrer. Mas a força
de vontade dela em viver foi de tal ordem que ela conseguia
restabelecer-se e dava mostras de melhoras ao fim de algum
tempo. Ela foi para mim um exemplo do que é lutar pela vida ao não
se deixar vencer facilmente pelas adversidades. A minha mãe foi
sempre tratada num hospital público mas sei que existem
diferenças entre o público e o privado. No público há mais
burocracia, apesar de pagarmos as taxas moderadoras o
atendimento às vezes é mais lento do que desejamos. Já no
privado o sistema é mais simplificado com isso torna-se mais rápido
as consultas e benefício de instalações mais cómodas. O
atendimento melhora mais ainda se tivermos um seguro de saúde
que inclua todo tipo de consultas e exames, mas claro que para ter
essas mordomias todas há que pagar em euros, e muitos.
Se me sentir doente e recorrer a uma urgência no hospital
público (que é onde vou porque o meu dinheiro não dá para
seguros de saúde) sou atendido pelo médico de serviço que me
consulta e faz o diagnóstico, se ele achar que com medicação
resolvo o problema, assunto arrumado, se não, aí aparece a
burocracia do público. O doutor orienta-me para o médico de família
para me mandar fazer exames mais detalhados. E logo que tenha
os exames na mão vou ao médico de família outra vez e este ao vê-
los decide se me trata ou me manda tratar. Na segunda hipótese
através do sistema informático o médico de família marca a
consulta no hospital público e assim aguardamos pela resposta
quer seja através de um postal ou carta do dia e hora da consulta
ou exames.
A relação médico e doente para mim é bastante importante
devido ao doente poder padecer de uma doença que se fosse
divulgada podia prejudicar profissionalmente, ou socialmente o
doente. Imaginemos que um individuo tem Sida, contaminou-se por
alguma razão, talvez relações sexuais sem preservativo, transfusão
de sangue ou ele sendo toxicodependente tivesse partilhado uma
seringa contaminada. Todos sabemos que o vírus HIV é um vírus
“silencioso” que pode levar mais de 10 anos para aparecer e
manifestar os primeiros sinais e sintomas. E quando o doente
começa a ter sintomas e sinais de doença, indicativos da existência
de uma depressão do sistema imunológico, o doente pode referir
cansaço não habitual, perda de peso, suores nocturnos, falta de
apetite, diarreia, queda de cabelo, pele seca e descamativa, entre
outros sintomas. Portanto só aí e após um exame á SIDA, se pode
chegar à conclusão de que se tem a doença. Felizmente hoje em
dia o doente graças ao avanço da medicina se tiver um estilo de
vida saudável, pode trabalhar, praticar desporto, digamos, levar
uma vida normal. Isto claro, se for em países com um sistema de
saúde desenvolvido e organizado, pois se fosse em África onde
existem epidemias da doença muito difíceis de controlar, já não
podíamos dizer o mesmo.
Portanto este doente medicado, e com a doença controlada,
gozando de razoável saúde, ninguém sabe o que ele tem, nem tem
nada que saber, desde que ele seja responsável para não transmitir
a doença a ninguém. Mas se for divulgado que o indivíduo tem
SIDA, passa a ser discriminado pela maioria da sociedade, que
estigmatizou as pessoas portadoras deste vírus, provavelmente
devido à grande ignorância em relação a esta doença.
A transmissão da Sida nos grupos mais qualificados, tem menos
incidência do que nos grupos menos qualificados. A maior formação
e informação adquirida por estes grupos é uma vantagem para o
conhecimento da doença e sua prevenção. Os comportamentos de
risco diminuem, diminuindo também a incidência da Sida nestes
grupos mais qualificados. A ignorância é um dos factores com que a
prevenção seja baixa nos grupos menos qualificados, originando
uma maior propagação da doença. Os países de terceiro mundo e
em subdesenvolvimento são um exemplo de que a Sida tem lá uma
maior expansão, sendo sem dúvida a baixa qualificação um factor
bastante preponderante.
Outra doença infecciosa transmissível é a Tuberculose. A
transmissão do micróbio da tuberculose processa-se pelo ar. O
doente quando tosse, fala, respira, espalha pelo ar o bacilo de koch,
e este ao ser respirado pelo indivíduo fica infectado e pode
desenvolver a tuberculose. Felizmente hoje em dia esta doença tem
tratamento eficaz. Já a Sida é provocada pelo vírus HIV que ao
entrar no organismo replica-se e ataca o sistema imunológico,
debilitando-o a outras doenças oportunistas. Esta transmite-se de
pessoa para pessoa através das relações sexuais, contacto com
sangue infectado ou durante a gravidez ou parto e pela
amamentação.
As práticas sociais em relação às doenças infecciosas e a sua
transmissão são várias e preocupantes, porque continuamos a ter
comportamentos de risco facilitando na prevenção, originando com
isto a sua proliferação. As relações sexuais sem protecção, a troca
de seringas pelos seropositivos são duas práticas sociais
preocupantes que devem ser evitadas devido ao seu elevado risco
de contágio. Contudo devido á ignorância ou desvalorização da
gravidade das doenças faz com que o contágio seja uma realidade,
mas evitável.
Os seropositivos são muitas vezes discriminados, devido à falta
de conhecimento da doença e também à ignorância das formas de
contágio desta. O seropositivo quando é posto de parte no emprego
ou desprezado pelos amigos e familiares e muitas vezes pela
sociedade em que vive, sofre na pele a estigmatização da qual os
seropositivos são uma ameaça para a saúde de uma pessoa que
conviva com eles.
A falta de informação e também a pouca sensibilização em
relação a esta doença, faz com que os seropositivos em alguns
países sofram um grande ataque aos seus direitos como cidadãos.
A nível pessoal penso também que estas pessoas estão a sofrer
um ataque cobarde por parte das pessoas que os discriminam,
originando com isso um decréscimo na sua auto-estima. Estes
actos têm que ser condenáveis devido ao sofrimento infringido a
estes seres humanos.
A comunicação social pode e tem sido uma influência na
população na adopção de cuidados de saúde. As campanhas de
informação levadas a cabo pelo Ministério da Saúde na divulgação
da SIDA na altura da sua descoberta, nos vários órgãos de
informação. Também os programas na tv do que é a SIDA e os
seus modos de contágio, protecção, etc, tem sido de muita utilidade
para alertar a população da realidade desta doença.
Têm sido também bastantes úteis na divulgação à população do
tipo de alimentação mais correcta para que as pessoas sejam mais
saudáveis, explicando às pessoas através de programas bastante
educativos os melhores alimentos e a qual a sua melhor confecção.
Em relação à vacinação, alertam a população para a sua
importância, principalmente nas crianças e idosos. Informam qual o
risco que se tem quando não se previnem certas doenças
transmissíveis que podem ser combatidas de forma eficaz com a
vacinação.
À população em geral divulgam vários tipos de doenças físicas
ou mentais que as pessoas podem desenvolver e assim na sua
divulgação, consciencializam-nas para essas doenças facilitando o
seu reconhecimento para que se tratem, diminuindo e eliminando o
seu sofrimento, ganhando a população com isso mais qualidade de
vida.
Dois programas que passam na televisão e que servem de
informação à população sobre cuidados de saúde. O “Especial
Saúde”, um programa semanal e de referencia da RTPN. Neste
programa os temas mais delicados sobre questões da saúde são
debatidos e esclarecidos por profissionais.
O “ SOS Obesidade” é outro programa dedicado ao combate da
obesidade, transmitido pela SIC Mulher. Aqui incentiva-se a estilos
de vida saudáveis, desde a prática de exercício físico e alimentação
saudável.
Quando adoeço e preciso de ser medicado e o médico me passar
um genérico e me disser que este é de qualidade, para mim, está
tudo bem, pois sei que o genérico é um medicamento que
apresenta a mesma substância activa, forma farmacêutica e
dosagem, a mesma qualidade, eficácia e segurança e bio-
equivalência comprovada relativamente ao seu medicamento de
origem. Ou seja, apresenta a mesma composição qualitativa e
quantitativa do medicamento de referência que esteja no mercado.
(alguns termos técnicos aprendi em pesquisas na internet).
Ao longo dos meus 35 anos tive alguns problemas de saúde
como toda a gente, apesar de me considerar nesta altura um
homem saudável mas já tive que tomar alguns medicamentos para
me curar. Os antibióticos e os anti-inflamatórios foram os que mais
tomei. Dos antibióticos sei que são fármacos que se utilizam para
tratar as infecções bacterianas como por exemplo a pneumonia.
Já os anti-inflamatórios servem para tratar alguma inflamação
dos tecidos e também os utilizo para me livrar das dores de cabeça.
Sempre que tomo medicamentos respeito a posologia porque sei
que é de extrema importância para se conseguir um tratamento
eficaz.
Quando me dirijo ao hospital público a minha intenção é de que
atendam o melhor possível, com civismo e tenham o máximo
interesse pela minha situação, porque pago os meus impostos e
estou no meu direito como cidadão português. Tenho consciência
de que nem sempre é possível resolver o problema de saúde numa
consulta mas normalmente sou muito bem atendido pelos
profissionais que ali trabalham.
O hospital tem as suas normas para o seu bom funcionamento e
vou descrever duas que são do conhecimento de toda a gente.
Nas consultas de urgência sou submetido a uma pré-consulta
que se chama triagem de Manchester. Aí fazem uma primeira
análise dos nossos sintomas, depois é-nos dada uma pulseira de
cor, cor essa que diz o tipo de urgência da consulta, as cores são o
vermelho=emergente, laranja=muito urgente, Amarelo=urgente,
verde=pouco urgente e o azul=não urgente.
Outra norma que um hospital público tem é quando temos algum
familiar ou amigo internado e queremos visitá-lo. Não se pode
chegar lá e entrar como se não fosse nada. Primeiro temos que nos
dirigir à pessoa que fica responsável pelas visitas do utente, esta
pessoa responsável tem os cartões de visita que permitem visitar o
doente, assim o hospital controla a quantidade de visitas, que se
fossem em excesso prejudicariam a recuperação do doente e o
próprio funcionamento do hospital.
Voltando ao trabalho, durante o ano em que acompanhei a
minha mãe fiz alguns trabalhos em part-time, desde pintor e trolha
de construção civil, foram trabalhos precários, mas sempre ia
ganhando algum dinheiro para as minhas boémias. Estes trabalhos
fi-los durante a manhã ou a tarde, dependia dos tratamentos a que
ela era submetida.
Por essa altura conheci a Romi (Rosa Maria) a minha actual
esposa, achei-a inteligente e muito bonita. Ela trabalhava na Yazaki
Saltano que foi onde comecei a trabalhar pela primeira vez, não a
conheci na empresa mas sim num bar que frequentava ao fim de
semana. A Romi foi-me na altura apresentada por uma colega
minha e dela. Com o tempo de convívio que tivemos a partir daí,
começamos a sentir-nos atraídos um pelo outro, foi então que
iniciamos o namoro.
Entretanto terminados os tratamentos da minha mãe, fui
trabalhar para a empresa do José Carlos como electricista de
construção civil. Mas a minha vontade de evoluir como electricista,
não querendo só trabalhar por trabalhar, mas saber como é que
funcionavam os vários aparelhos eléctricos, fui-me inscrever no
curso de electromecânico, no centro de emprego de São João da
Madeira.
Um ano depois fui convocado pelo centro de formação
profissional do Porto, situado no Cerco, para frequentar o curso de
electromecânico, que tinha a duração de 1 ano, ou 1533 horas em
horário laboral, das 8 da manhã às 16 horas. Fui tirar o curso mas
continuei a trabalhar para o José Carlos aos sábados, para ganhar
mais algum dinheiro. Como gostava muito de desporto sobretudo
futebol, e tinha um grupo de amigos, que na altura jogávamos futsal
uma vez por semana, fui convidado para participar em um torneio
de futebol de salão.
Participei em vários torneios amadores, modalidade que pratiquei
até aos 30 anos de idade e depois fui ciclista na colectividade da
Casa da Gaia, que é um centro de cultura, desporto e recreio de
Argoncilhe. Além de ciclista também exercia a função de tesoureiro.
A minha função era receber uma quantia em dinheiro no princípio
de cada mês, dos ciclistas ao grupo. Também guardava o dinheiro
que fosse dado por algum patrocínio que fizéssemos no
equipamento. Com este dinheiro consertávamos as bicicletas e
comprávamos equipamentos que fossem necessários para os
ciclistas.
Quando algum ciclista tivesse de consertar a bicicleta,
apresentava o orçamento do conserto e após aprovação do grupo
eu desembolsava o dinheiro necessário.
No grupo existia também outra pessoa que tinha a função de
“Presidente”, e digo presidente porque foi ele o fundador do grupo e
também era ele quem o chefiava. A organização dos treinos estava
ao seu encargo e sempre que fosse preciso representar o grupo em
alguma ocasião ele é que dava a “cara”. Aos restantes elementos
do grupo cabia a função de darem o seu melhor em cima da
bicicleta.
As nossas reuniões não eram formais, a convocatória das
reuniões era feita por telemóvel ou directamente ao atleta pelo
“Presidente”, não haviam portanto cartas registadas a informar. Ao
fim de cada reunião não fazíamos as minutas das actas em que são
devidamente registadas as assembleias e assinadas pelos
presentes como numa reunião formal.
O grupo foi fundado para que se juntassem e organizassem
amigos e conhecidos que tinham o gosto pelo ciclismo.
Com esta iniciativa apoiou-se e incentivou-se o ciclismo nas
pessoas incutindo o hábito e o convívio do desporto regularmente,
ao invés de serem umas esporádicas voltas de bicicleta.
Entretanto a Romi, a minha namorada, falou-me que gostava de
ir ao ginásio, e perguntou-me se queria ir com ela. Conversamos
sobre isso porque a Romi sabia que o meu desporto preferido é o
futebol, ela dizia-me que no ginásio podíamos praticar vários tipos
de desportos, e que eu podia também praticar nas máquinas e
ganhava mais massa muscular. Mesmo após os argumentos e
opiniões dela eu continuava a preferir o futebol, mas após ponderar
decidi experimentar o ginásio porque assim também era uma forma
de fazermos desporto juntos. Experimentamos, gostamos e então
passamos a frequentar o ginásio duas vezes por semana. Lá
praticava culturismo, indoorcycling, etc. Como comecei a frequentar
o ginásio, decidi deixar o ciclismo e o futebol para me dedicar só ao
ginásio.
Mas para se ter um corpo saudável não chega fazer só exercício
físico, também é bastante importante ter uma boa alimentação, ou
seja completa, equilibrada e variada. Comecei a consumir peixes
com mais regularidade, carnes brancas em detrimento das
vermelhas, fruta, legumes, leite e derivados. Através destes
alimentos obtenho os nutrientes mais saudáveis que me dão a
energia necessária para a prática de desporto e para o meu dia a
dia. A minha preferência na confecção dos alimentos vão para os
grelhados, cozidos e assados, uma confecção saudável,
praticamente livre de gorduras. Os nutrientes podem-se dividir em
2, os macros nutrientes que são os carbohidratos proteínas e
lipídios, os micro nutrientes que são as vitaminas e minerais. Ao
longo da minha vida tenho alterado a minha alimentação e todas as
pessoas têm de ter isso em atenção, ou seja, consumir a energia
necessária que necessita para a sua vida, porque o excesso de
energia é armazenada em gordura no corpo fazendo que nos
tornemos gordos ou obesos e com isso vêm os problemas de saúde
(colesterol elevado, problemas de coração, diabetes, etc). Em
Portugal foi desenvolvida a Roda dos Alimentos e divulgada nas
escolas, centros de saúde e hospitais.
No centro de formação passei bons tempos, conheci muita
gente, fiz amigos de várias partes do país. No meu curso tinha
muitos jovens que queriam algo melhor, e fizeram o esforço não só
financeiro, como até terem-se de ausentar das suas terras, para
evoluírem profissionalmente.
O Silva era de Braga, o Mendes de Guimarães, o Carmo de
Esposende e outros mais. Formamos um grupo de doze amigos,
que durante um ano convivemos saudavelmente, juntos
aprendemos uma profissão, montamos quadros de automatismos,
bobinamos motores eléctricos, fazíamos as mais variadas
instalações eléctricas e tirávamos as dúvidas uns com os outros e
assim criamos bons laços de amizade (foto do grupo de
electromecânicos).
Houve uma vez em que o centro de Formação organizou um
jogo de futsal com os reclusos de Paços de Ferreira. A Dr.ª Maria
José que trabalhava no Centro, fez uma equipa que representou o
Centro, na qual e com muito gosto eu fiz parte. Começamos a
treinar e quando chegou o dia do jogo o centro parou para ver o
jogo, foi bastante emotivo, empatamos, mas não era o resultado
que importava, mas sim o convívio, e isso sim foi muito bom. Nunca
tinha feito um jogo de futsal que tivesse tanta policia pois estavam
lá para garantir que não houvesse fugas por parte de algum recluso.
Até essa altura nunca tinha tido a oportunidade de conviver com a
polícia assim tão de perto a não ser com a GNR, quando jogava
futebol na associação desportiva de Argoncilhe. A GNR ou Guarda
Nacional Republicana é uma força de segurança e tem como
função principal a segurança de todas as pessoas e bens. Fazem
os cidadãos cumprirem as leis do código penal combatendo o crime
para assim obterem a paz e justiça entre a população portuguesa.
A GNR tem vindo a criar programas para melhorar a segurança
dos cidadãos e 2 deles são a “escola segura” e “idosos em
segurança”, com estas medidas a policia tem vindo a criar uma
maior aproximação das forças de segurança com os portugueses.
Eu como cidadão português tenho a opinião de que a GNR podia
fazer mais e melhor e uma coisa que podiam melhorar era o
policiamento das ruas porque assim com a sua presença afastavam
os criminosos das ruas. Também mais formação para os policias se
irem actualizando com técnicas mais eficazes de combate ao crime,
porque no crime à evolução, novos tipos de crime, novas armas,
etc.
Mais para o final do curso, fomos fazer algumas visitas de
estudo, conheci as caves do vinho do porto, as caves Sandeman e
fui ao Palácio da Bolsa. Um dia fui conhecer a barragem do
Lindoso, ver ao vivo com se produz a electricidade, ver os
geradores a trabalharem com a força da água do rio, foi um dia
cheio de emoções e muito divertido, que acabou num jantar, na Vila
de Ponte da Barca. Foi no Centro, que aprendi a dar o devido valor
ao trabalho, como sendo parte da formação da pessoa, e integração
do indivíduo na sociedade. Quando terminei o curso, foi com muita
tristeza, que deixei o centro e os meus colegas, para me lançar no
mundo do trabalho, mas ia mais confiante num futuro melhor, pois
sentia-me mais preparado.
Fui trabalhar para a empresa de instalações eléctricas Joaquim
Manuel Guedes Tavares Lda., empresa onde ainda me encontro a
trabalhar actualmente e lá encontrei pessoal muito jovem, com
bastante dinâmica. Ao princípio tive algumas dificuldades de
adaptação, o ritmo de trabalho era muito mais elevado do que no
centro de formação, os meus colegas de trabalho também eram
todos novos, mas rapidamente adquiri o ritmo dos meus colegas e
em pouco tempo, devido á minha formação como electricista,
consegui ter o meu espaço e respeito na empresa.
O meu patrão, o Tavares é uma pessoa bastante compreensiva,
com quem se pode conversar, amigo do empregado muitas vezes
sem ele o merecer. E digo isto porque além de falar com ele todos
os dias sobre trabalho ou coisas pessoais também já o abordei
sobre aumentos no meu ordenado porque a vida está cada vez
mais cara e quando o confronto com isso, alego a meu favor os
anos de trabalho, a evolução como electricista e normalmente
obtenho um “feedback” na hora. Se discordamos, tudo bem, não
desisto e persisto sem ser agressivo ou fazer ameaças, muito pelo
contrário, tento sempre dialogar e discutir o mais calmamente
possível o meu ponto de vista, ouvindo o dele e assim analisar
melhor o assunto para tentar chegar ao melhor acordo possível. Ao
longo dos 12 anos de trabalho no Tavares já tive várias situações
em que negociamos o ordenado, ou o começo e duração das férias
e sempre chegamos a um acordo que agrade aos dois, sendo
mesmo normal que algumas vezes agrade mais a um que a outro.
Contudo na empresa que estou a trabalhar actualmente não
tenho a oportunidade de falar com o meu patrão directamente
devido a ser uma empresa muito maior. Assim quando tenho algo a
dizer, transmito ao meu chefe e este por sua vez transmite ao
engenheiro responsável pelo sector da electricidade e este se tiver
poder para decidir muito bem se não, transmite ao director
da A.C.E, que é a empresa onde trabalho e este decide.
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publicado por vitorpm às 21:31
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