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Topografia

Prof.: André Sampaio Mexias

RELATÓRIO PARCIAL DAS ATIVIDADES DE


TOPOGRAFIA REALIZADAS DURANTE O
SEMESTRE 2017/2

Grupo 1:
Arthur Pereira
Bruno Espíndola
Jéssica Fossati
Paula Karnikowski
Vinícius Mattei
Vitória Sprícigo

Porto Alegre/2017
1. Levantamento Planimétrico

1.1 Caminhamento Planimétrico

O procedimento tem como objetivo obter a área de um terreno através dos


ângulos internos de um polígono demarcado previamente com a utilização,
neste caso, de uma estação total e a distância entre cada um dos pontos.

O trabalho realizado foi feito com quatro pontos fixados (1, 2, 3 e 4), todos
amarrados ao ponto inicial RN, onde foram medidos os ângulos internos de
cada ponto e as distâncias entre eles.

DADOS G1:

DH14= 28,561m/28,513m

DH12= 41,785m/41,813m

Ai= (180° - (Ai 12 + Ai14)) = (180° – (49º23’55” + 124º12’48”)) = 06º23’17”

1.2 Calculo da área do polígono

Com os dados coletados, calculamos o perímetro. A média entre as


duas distâncias horizontais foi utilizada como a distância horizontal entre cada
dois pontos. Assim, a soma da média das leituras das distâncias horizontais,
nos dá o perímetro do polígono:

DHs média
G1-G2 41,799m
G2-G3 28,4395m
G3-G4 46,423m
G4-G1 28,537m
∑ 145,1985m

Para o cálculo da área pode ser utilizado dois tipos de métodos:

 Calculo de área pelo método de Gauss: Consiste na soma e subtração


da área de trapézios formados pelos vértices e projeções representadas
no plano cartesiano.

 Calculo de área pelo método Prático: Calcula-se a área com base nas
coordenadas X multiplicadas pela sua subsequente Y e vice-versa. Após
somar as parcelas X.Y, somam-se as parcelas Y.X. A diferença em
módulo dos dois conjuntos de parcelas corresponde ao dobro da área da
poligonal;
Ilustração do polígono sobre o plano cartesiano.

2. Determinação da Meridiana (Norte verdadeiro)

A determinação do norte verdadeiro pode ser obtida através da visada a


um astro, seja ele o sol ou uma estrela. As observações solares são menos
precisas que as observações de estrelas. A relação entre os sistemas de
coordenadas astronômicas horizontais e as horarias resulta em um triângulo
esférico (imagem) que fica definido pelo meridiano do local, o círculo da vertical
e o círculo da declinação do astro os quais se interceptam dois a dois e é
denominado triângulo deposição.
H = Ângulo horário
Az = Azimute
p = Ângulo paralático

90º - φ = Co-Latitude
90º - h = Distância Zenital
90º - δ = Distância Polar

Objetivos

Todo tipo de levantamento topográfico e geodésico deve estar orientado


com base no norte verdadeiro, principalmente os que necessitam alta precisão.
As determinações a partir do sol são opções adequadas devido a sua fácil
realização e boa precisão.

METODOLOGIA

Primeiro temos que verificar alguns fatores importantes locais, como a


temperatura, pressão atmosférica e latitude. Depois, são feitas uma série de
medições de Ângulos Zenitais (Z) e Ângulos Horizontais (H) em relação ao sol,
com seus respectivos horários.
Se a medição for feita pela manhã, espera-se a sombra da luz solar que
passa pelo retículo do aparelho, tangenciar os eixos no primeiro quadrante e
tangenciar os eixos no terceiro quadrante. Se a medição for à tarde, é feito o
mesmo procedimento, porém, utilizando o segundo e quarto quadrantes. As
medidas são anotadas aos pares.
Com os valores em mãos, faz-se a média aritmética dos Ângulos
Zenitais (Z), Horizontais (H), e do horário marcado.
O valor médio assumido para o Ângulo Zenital (Z) necessita das
seguintes correções:

Refração do Ar (CR): envolve pressão atmosférica, temperatura, e altura do


astro. Estes valores podem ser tabelados ou calculados.

Erro de Paralaxe (P): as posições dos astros dadas pelas efemérides se


referem ao centro da terra, mas devem ser referidas a observações feitas em
um ponto qualquer da superfície da terra.

Erro Zenital (ε) do aparelho:

( )
( )
Desta forma, calcula-se o Ângulo Zenital corrigido:

Em seguida, precisa-se do cálculo da Declinação Solar (𝛿):

𝛿 𝛿 (𝛿 ( ))

(( 𝛿 ) (𝛿 ))
𝛿

( )

Dando continuidade, calcula-se o COSSENO do Azimute EST-SOL, usando a


latitude (ɸ):
( )

E assim, calcula-se o Azimute EST-SOL para o período da manhã:

Finalizando, calcula-se o Azimute EST MIRA:

( ( )) ( )

Resultados do G1:
Estação: 2 Mira: 3 Data: 26/10/2017
Temp. Ar: 22ºC Pressão Atm: Fuso Hor. (F):2h
775mmHg
Erro Zenital: 0º0’30,75” Latitute: -30º04’25,78” Leitura HM: (I):
11º40’14”
HM: (F): 11º40’30” HM: (M) : 11º40’22”

Ângulo Ângulo
No Sol Hora legal horizontal zenital
10:01:56 117º50’46” 46º09’36”
1
10:03:27 178º20’11” 46º22’43”

10:04:08 117º28’18” 45º41’46”


2
10:04:51 178º06’42” 46º04’38”
10:05:43 177º12’39” 45º21’10”
3
10:06:18 177º52’05” 45º46’32”

10:06:51 117º01’32” 45º06’46”


4
10:07:25 117º39’37” 45º31’25”

10:07:58 176º48’57” 44º52’37”


5
10:08:30 177º29’25” 45º18’05”

10:09:04 176º37’34” 44º38’50”


6
10:09:31 117º18’24” 45º04’56”

10:10:07 176º26’35” 44º25’38”


7
10:10:34 117º07’45” 44º52’09”

10:11:01 176º17’30” 44º44’04”


8
10:11:35 176º57’08” 44º39’12”
3. Taquemetria
Objetivos:
Nivelar um terreno que possui níveis em seu relevo, permitindo
representá-las por linhas denominadas curva de nível.
Curva de nível é o lugar geométrico dos pontos de mesma altitude, ou
seja, é a linha que passa por todos os pontos do terreno que estão à mesma
distância vertical de um plano horizontal de projeção.
Alguns exemplos de acidentes topográficos são: depressão, elevação,
vale, talweg, divisor de águas, plano inclinado e talude.

Metodologia: Processo de campo


Instalar a estação total em um dos vértices do terreno ou em um ponto
qualquer que possua coordenadas conhecidas e que tenha visibilidade, de
preferência, a todo o terreno. Faz-se a varredura em forma de radiais de
maneira que todos os níveis (acidentes topográficos) existentes sobre o terreno
fiquem caracterizadas por um ponto em seu início e outro em seu final
(medem-se os ângulos zenital e horizontal, a distância, a altura do instrumento
e o desnível) sobre cada radial.
Segue em anexo, o mapa das curvas de nível.

4. TRIANGULAÇÃO
Objetivo:
A triangulação é o processo no qual se monta uma rede de triângulos
construídos sobre um determinado elipsoide, denominados por marcos
geodésicos, e sua utilização permite a obtenção das coordenadas dos pontos
que formam os vértices dos triângulos com elevada precisão.
Metodologia:
Para o processo de triangulação foi necessário instalar um polígono de
quatro vértices, onde usamos o nível para encontrar o desnível entre o ponto
"A" o ponto "G1". No polígono foi efetuado um cruzamento de medidas e
distâncias entre os quatro pontos (A,B,C e D). Após concluir essa etapa a
estação total foi instalada no vértice "A", onde a leitura angular foi zerada no
vértice "B" e foram medidos os ângulos referentes aos pontos "C" e "D".
Posteriormente o aparelho foi movido para os pontos "B", "C" e "D", onde o
mesmo processo foi efetuado. Com o resultado obtido é possível verificar o
erro em medidas anteriores.
Foto do Excel usado em sala.
5. Nivelamento geométrico para definição das altitudes das estações
(transporte do RN)
Objetivo:
Determinação do desnível entre dois pontos (no caso o Ponto G e o
Ponto G1) a partir das leituras efetuadas com o nível óptico e a mira graduada
retrátil.
Metodologia:
Nesta atividade o nível é colocado entre os dois pontos em que deseja-
se medir o desnível e as duas miras são colocadas sobre estes pontos, sendo
então efetuadas as leituras. É um processo bastante simples, onde o desnível
será determinado pela diferença entre a leitura de ré e a de vante.
O nivelamento realizado neste trabalho foi feito com duas instalações do
equipamento, devido ao desnível acentuado.
Para o ponto intermediário, fui usado um piquete (P) instalado na hora.
Com o o tripé e nível colocados em uma posição entre o ponto G1 e o
ponto P foi feita a visada até a mira posicionada no ponto G4, extraindo-se os
valores para fio superior, médio e inferior. Após, a mira foi levada ao ponto P,
onde foi feito o mesmo procedimento.
A diferença de nível entre G1 e P pode ser calculada por (obs: o ponto P
encontra-se em altitude inferior ao ponto G1):
 Desnível G1-P = Fio Médio G1 – Fio Médio P = -2,901
 Ou seja, o ponto P encontra-se 2,901 metros abaixo do ponto G1.
 Para o desnível entre o ponto P e o ponto G4 foi feito o mesmo
procedimento:
 Desnível P-G4 = Fio Médio P – Fio Médio G4 = -1,585
 Ou seja, o ponto G1 encontra-se 1,585 metros abaixo do ponto P.
 Somando os dois desníveis teremos o desnível total entre o Ponto G1 e
o Ponto G4.
 Desnível G1-G4 = Desnível G1-P + Desnível G4-P
Ou seja, o ponto G4 encontra-se 4,486 metros abaixo do ponto G1.
5. Mapeamento com GPS

Objetivo:
A utilização do sistema de localização global, GPS, foi muito significativa
ao trabalho, uma vez que ele teve a função de localizar a região onde foi
efetuado o levantamento topográfico, determinando um posicionamento global
em escalas de latitude e longitude. Assim, temos número que representam a
localização real e exata da nossa posição.
Metodologia:
Para a realização da atividade, utilizamos um tripé, um receptor GNSS,
uma coletora, uma trena e uma base nivelante.
Sobre o funcionamento do aparelho, o receptor do GPS capta sinais de
microondas vindos dos satélites presentes perto do ponto. Através do tempo de
viagem desses sinais, a distância entre o aparelho (alocado em campo) e os
satélites é, então, calculada. À partir das distâncias obtidas, é possível que o
aparelho obtenha sua própria localização no globo.

Localização:
Ponto Coordenadas UTM
Norte (N): Leste (E):
1 6673050,891 488163,015
2 6673027,539 488128,236
3 6673028,38 488100,003
4 6673058,465 488135,333

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