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EXPERIMENTO IX – DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE

EQUILÍBRIO DE UM COMPLEXO

1. OBJETIVO
Determinar a constante de equilíbrio da reação entre o cátion Fe 3+ e o ânion SCN- na
formação do complexo tiocianato de ferro III.

2. INTRODUÇÃO
As reações químicas se processam de modo a se aproximarem de um estado de equilíbrio
químico, o qual pode ser caracterizado especificando-se a constante de equilíbrio.
Nesta experiência determinar-se-á o valor da constante de equilíbrio para a reação:

3+ - 2+
Fe + SCN FeSCN

Para o cálculo da constante de equilíbrio é necessário que se determine a concentração das


espécies presentes no sistema em equilíbrio. Essa determinação será efetuada colorimetricamente
visto que FeSCN2+ é a única espécie altamente colorida em solução.
A intensidade de cor de uma solução depende da concentração das espécies coloridas e do
comprimento ótico (b) da cubeta onde a solução é depositada. Assim por exemplo, para uma cubeta
de comprimento ótico b=2cm contendo uma solução 0,1M de uma espécie colorida apresentará a
mesma intensidade de cor que o observado numa cubeta com b=1cm contendo uma solução 0,2M
da mesma espécie. Pode-se obter uma relação equivalente variando-se a altura da solução no
recipiente, contudo, deve-se notar que estes procedimentos permitem apenas uma comparação entre
as concentrações, não permitindo portanto, obter valores absolutos para as mesmas. A obtenção de
valores absolutos requer que se compare com um padrão de concentração conhecida.
Para a determinação colorimétrica da concentração de FeSCN 2+ deve-se ter uma solução
padrão em que a concentração de FeSCN 2+ seja conhecida. Esta solução é preparada a partir de uma
concentração pequena de SCN- e adicionando um excesso tão grande de Fe 3+ que essencialmente
todo SCN- seja convertido em FeSCN2+. Nestas condições considera-se que a concentração final de
FeSCN2+ é igual à concentração inicial de SCN-.

3. MATERIAIS
Por grupo:
5 tubos de ensaio 25 mL de Solução de KSCN 0,002 M 15 mL de Solução de Fe(NO3)3
Folha branca de papel Proveta de 25 mL Béquer de 50 mL
Régua milimetrada

4. PROCEDIMENTO

1. Tomar 5 tubos de ensaio e adicionar a cada um 5ml de KSCN 0,002m.


2. Adicionar 5 mL de Fe(NO3)3 0,2M ao primeiro tubo o qual servirá de padrão.
3.Proceder da seguinte forma para os demais tubos: medir 10mL de Fe(NO 3)3 numa proveta,
completar até 25mL com água destilada e misturar bem.
4. Colocar 5 mL da solução diluída resultante no tubo 2.
5. Deixar somente 10 mL da solução diluída na proveta (descartar o restante em frasco apropriado),
completar até 25 mL com água e misturar bem.
6. Adicionar 5 mL da solução resultante no tubo 3.
7. Deixar apenas 10 mL de solução na proveta e diluir até 25 mL.
8. Repetir sucessivamente o procedimento acima, adicionando 5 mL de solução de Fe 3+
progressivamente mais diluída a cada um dos tubos de ensaio restante.
9. Determinar a concentração de FeSCN2+ em cada tubo de ensaio em relação ao padrão (tubo 1).
10. Colocar lado a lado dois tubos a serem comparados e enrolar uma folha de papel branco ao
redor deles.
11. Colocá-los sobre uma folha de papel branca e verificar se há igualdades nas cores de ambos os
tubos. Se não houver, despejar um pouco da solução do tubo 1 num béquer limpo e seco
(guardar esta solução) até que a intensidade das cores sejam iguais. Não adicione nada mais aos
tubos preparados; se você tiver de retirar, retire apenas do padrão, o tubo 1.
12. Medir as alturas das soluções nos dois tubos. Efetuar esta comparação para os demais tubos.

5. TRATAMENTO DE DADOS

1. Preencher a tabela:
Tubo Altura do Líquido (cm) Altura do Líquido Padrão (cm)
1 _______________ _______________
2 _______________ _______________
3 _______________ _______________
4 _______________ _______________
5 _______________ _______________
6 _______________ _______________

2. Para cada um dos tubos, calcular o valor da constante de equilíbrio K e escolher o melhor valor,
comparando com a literatura.
3. Uma pequena variação da altura da coluna não afeta sensivelmente a intensidade de cor.
Considerando os seus resultados para cada um dos tubos, calcular como uma diferença 10% menor
na determinação na altura afeta o valor de K.
4. Usando o melhor valor de K recalcular a concentração real de SCN - no tubo 1 nas condições de
equilíbrio.
5. Poderia ter sido utilizado excesso de SCN- em lugar de Fe3+? Justificar.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Betts, R.H. AND Dainton, F.S.: Journal OF American Chemical Society, 75 5721 (1953).
2. Ohlweiler, O.A.:"Teoria e Métodos da Análise Quantitativa ". INL, Rio de Janeiro, 1957.
3. Vogel, A.I., "Quantitative Inorganic Analysis" 2a Ed. , Longamans & Green and Co., London,
1951.

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