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5 INTERVENÇÕES DA OSTEOPATIA DESPORTIVA:

- Terapêutica

- Preventiva

- Em Preparação

- Em Competição

- Recuperação Física (Treino Invisível”)

TOUCHLINE CARE

Cuidados de queixas menores que ocorrem na linha lateral ou presentes no vestiário.

Ainda que esses problemas sejam pequenos, podem causar impacto significativo e impedir que
um jogador atinja o seu potencial ou participe no jogo.

Olho, nariz e ouvido precisam de cuidados especializados.

Cãibras

- Associadas ao exercício, estão entre os problemas mais comuns encontrados em jogadores


de futebol.

- Consequência directa da fadiga muscular.

- Tratamento envolve estiramento do músculo envolvido e contracção do antagonista.

- Importante evitar que a cãibra ocorra.

Prevenção de Cãibras

- Treino adequado e preparado para o seu jogo.

- Manter a mesma intensidade e duração de jogo durante as sessões de treino.

- Alongamento passivo regular durante a partida.

- Boa hidratação e ingestão adequada de hidratos de carbono.

Dor muscular tardia

- Pode limitar a capacidade do jogador.

- Normalmente começa 12h após o exercício.

- Atinge o pico em 24-48h.

- Desaparece em 5 dias.

- Geralmente associada ao exercício excêntrico ou inusitado.


Exame Clínico

- Músculos doridos e sensíveis.

- Inchaço e aumento da circunferência muscular.

- Redução do alongamento passivo.

- Redução da força muscular.

- Redução do desempenho.

Exame Complementares

- Aumento da Creatina Quinase (CK).

- Valor máximo de CK após 2 dias.

- Desaparece entre 5-7 dias.

Tratamento

- Tratamento sintomático.

- Alongamento passivo.

- Massagem.

- Técnicas de tecidos moles.

- Imersão em água fria (pouca evidência).

- Analgesia simples.

Dor muscular

- Maioria dos casos tem uma causa benigna.

- Podem estar relacionadas com condições médicas mais significativas: Doenças metabólicas;
Condições autoimunes; Condições neurológicas.

Historial Clínico

- Avaliação da localização da dor e de quaisquer factores precipitantes.

- Quantificar a gestão de carga geral de treinos do jogador.

- Questionar sintomas associados como fraqueza e mioglobinúria (urina cor de coca-cola).

- Timing da dor:

Após o início do treino – Doença de McCardle.

Após 30 minutos de treino – Deficiência de palmitoil transferase de carnitina.

Se sintomas ocorrem em repouso também é um factor importante.

- Histórico médico do jogador, histórico familiar e uso de medicação também são importantes.
Avaliação

- Exame dos sistemas neurológico e músculo-esquelético.

- Palpar e avaliar a força muscular.

- Fraqueza muscular proximal, geralmente, reflecte miopatia metabólica.

Tratamento

- Na maioria dos casos, jogadores enviados para avaliação adicional.

- Encaminhamento para Neurologia, principalmente quando há neurologia anormal ou CK


elevada.

- Estudos de EMG ou imagens de alta tecnologia.

Sangramento

- Feridas na pele – 4ª lesão mais comum no futebol juvenil.

- Jogador a sangrar deve sair do campo de jogo.

- Jogador retoma o jogo quando sangramento pára.

Critérios para retomar o jogo:

- Hemóstase completa.

- Ferida fechada e curativo sem risco de contaminação.

- Roupas e equipamentos não podem estar contaminados com sangue.

- Não pode haver lesões associadas concomitantes (ex. trauma craniano).

Lesão Ocular

- Reconhecer indicações para avaliação mais aprofundada.

- Mecanismo de lesão prediz severidade de lesão.

- Abrasão corneana é uma queixa muito comum no futebol de praia, râguebi, etc.

- Sem trauma associado, possível causa infecciosa.

- Acuidade visual deve ser adequadamente avaliada.


Fractura Nasal

- Osso facial mais fracturado.

- Envolve o septo nasal.

- Golpe no nariz inferior lesa septo cartilaginoso.

- Golpe lateral (1/3 superior do nariz) lesa os ossos nasais.

- Inspeccionar nariz interno com espéculo nasal.

- Palpar estruturas ósseas em torno do rosto.

- Avaliar sensação facial.

- Verificar campos visuais e movimentos oculares.

- Avaliar lesões associadas.

- PROCURAR HEMATOMA SEPTAL.

- HEMATOMAS (macios à palpação) necessitam ser drenados por cirurgião.

Emergências

- Emergências médicas e ortopédicas são raras.

- Essencial a consciência das condições mais comuns e um plano adequado.

- Emergências geridas de acordo protocolos, com especial atenção a respiração e circulação.

Coluna Cervical

- Jogadores com suspeita de lesão medular devem ser estabilizados.

- Staff deve estar treinado para os procedimentos do jogador lesionado na cabeça/pescoço.

- Equipamento deve estar disponível (maca, placa espinhal rígida, etc.).

Anafilaxia

- Factores desencadeantes: alimentos, medicamentos, picadas, febre, infecções.

- Co-factores desencadeantes: AINE´s, álcool, exercícios.

Convulsões

- Comuns por stress, estímulos visuais e auditivos, adesão à medicação, álcool, hipoglicemia.

- Se de curta duração – SBV, podendo ser acompanhado para o posto médico.

- Se por mais de 5 minutos – necessita de medicação de emergência.


Fracturas e Luxações

- Representam 10% das lesões no futebol.

- Mais comuns nas extremidades inferiores.

- Raramente são fatais.

- Tratamento – verificar sinais vitais, possível lesão no pescoço ou coluna, vias aéreas, dor,
sangramento.

Repartição dos Traumas

 Membro inferior:

- Articulares – 64%

- Musculares – 23%

- Tendinosos – 7,4%

- Fracturas – 1,6%

 Membro Superior

- Articulares – 86%

- Musculares – 5,1%

- Tendinosos – 4,7%

- Fracturas – 4,1%

Psicologia na Performance

Factores de Performance

- Factores Mecânicos – altura, peso, esquema postural.

- Factores Fisiológicos – força, velocidade, resistência, coordenação.

- Factores Psicológicos.
Diagnóstico Diferencial DR VITAMIN C

Degenerativo

Referida

Vascular

Inflamatória

Traumática/Tóxica

Autoimune

Metabólica

Idiopática

Neoplasia

Congénita

Teste Osteopático

- Exame estático, dinâmico, postural

- Exame da marcha

- Teste vertebral, bacia

- Palpação das articulações periféricas (bilateral)

- Testes de mobilidade

- Testes de tecidos conjuntivos

- Teste fascial
PUBALGIA - Síndrome dolorosa da região inguinal e púbica.

- 6% das lesões desportivas.

- Desportos com acelerações, desacelerações rápidas com pivots e mudanças de direcção.

- Principal desporto: Futebol (médios +++): relação com esquema postural.

Pubalgia e Futebol

- Frequência – 10% a 18%

- Incidência – 1/1000 horas de jogo

- Dobro do risco se há antecedentes de pubalgia

- Traumatismo da parede abdominal em hiperextensão com a coxa em hiperabdução e zona


pivot na sínfise púbica.

Tipos de Lesão (3):

1. Verdadeira Tendinite dos Adutores

Origem

- Patologia de Inserção

- Tendinite do corpo do tendão

- Patologia da junção músculo-tendinosa

Sinais Clínicos

- Dor face interna da coxa

- Unilateral ou bilateral

- Accionada por acelerações, desacelerações ou remates de bola

- Crónica

Dores Provocadas Ao Exame Clínico

- Palpação dos tendões e/ou inserção dos adutores

- Estiramento

- Contracção resistida em estática, concêntrica ou excêntrica


2. Patologia Parietal = défice muscular.

Origens

- Inguinal

- Parietal

- Mista

Transtorno Inguinal Se:

- Impulsão à tosse, espirros

- Desaparecimento da dor à compressão

- Palpação de orifício inguinal externo

Défice Muscular Parietal se:

- Dor à contracção dos oblíquos e abdominais

- Sinal de Malgaigne positivo: fragilidade dos músculos do abdómen

3. Artropatia púbica = degenerescência da sínfise púbica.

- Dor localizada na parte média da sínfise púbica, aumentada à palpação.

- Dor aumentada pela compressão das asas ilíacas.

Classificação Das Dores Púbicas

- Grau 0: sem dores

- Grau 1: dor unicamente após actividade intensa, sem transtornos funcionais maiores.

- Grau 2: dores no início e após esforço físico, capacidade física correcta.

- Grau 3: dores durante o esforço físico, dificuldade em grandes performances.

- Grau 4: dores durante a actividade desportiva, incapacidade de praticar de forma correcta.

- Grau 5: dores durante actividades do dia a dia, impossibilidade desportiva.

Factores de Risco

- Dismetria do membro inferior

- Hiperlordose lombar

- Anteversão da bacia

- Limitação da rotação da anca: externa +++

- Antecedentes traumáticos: adutores ou parede abdominal

- Instabilidade dinâmica da pélvis e défice de controlo

- Desequilíbrio adutores/abdutores

- Activação retardada dos transversos


O Remate

- Parede abdominal em hiperextensão.

- Adutores: perna de remate.

- Abdutores: perna de apoio.

- Zona pivot ao nível da sínfise púbica.

Etiologia Médica

- Desequilíbrio entre os adutores e grande oblíquo, essencialmente.

- Excesso de gestos nocivos: remate interior.

- Insuficiência de estiramentos pré e pós esforços.

- Sobrecarga púbica.

- Insuficiente tonificação da cintura abdominal: desequilíbrio e sobrecarga púbica.

- Microtraumatismos repetidos.

- Abdução forçada.

- Treino indevidamente conduzido.

- Factores externos: material +++

Tratamento em Osteopatia

- Abordagem é global.

- Focaliza-se nas restrições de mobilidade e não sobre os sintomas.

Etiologia em Osteopatia

- Desequilíbrio da função muscular com impacto no sistema osteoarticular.

- Estudo fundamental da sinergia muscular abdominais/adutores.

- Rotação da anca insuficiente.

- Desequilíbrio da charneira T12/L1.

- Bacia em anteversão ou em retroversão excessiva.

- Transtornos posturais.
Abordagem Osteopática

- Exame do jogador toma em consideração os elementos posturais.

- Pesquisa de conjunto de disfunções, restrições de mobilidade com modificação da densidade


e tensão dos tecidos osteoarticulares e tecidos moles.

- Exame postural permite diferenciar as tensões nas cadeias musculares anteriores e


posteriores, direitas ou cruzadas.

- Teste dos membros inferiores, ancas, bacia e charneira dorso-lombar são primordiais.

- Testes dinâmicos na pesquisa de restrição de mobilidade.

- Testes de posicionamento orientam o diagnóstico.

- Tratamento Osteopático deve reequilibrar a postura geral do jogador.

- Particular atenção à região supra púbica: verificar se há evidência de sobrecarga da cadeia


anterior que provocam adaptações e compensações na bacia e nos membros inferiores.

- Região diafragmática: estômago e fígado = perturbações equilíbrio pélvico.

Prevenção da Pubalgia -Reeducação sem Cirurgia

- Região lombo pélvica tem um papel fundamental na transferência das tensões entre o tronco
e os membros inferiores, através da contracção antecipada dos multífidos, transverso do
abdómen e oblíquos internos.

Em caso de dor, a contracção destes músculos e do glúteo maior é retardada = alteração da


estabilização lombo pélvica.

- Impossibilidade de estabilizar a pélvis nos movimentos dos MIs provoca forças de


cisalhamento na púbis.

- Estabilidade da região lombo pélvica > Equilíbrio ântero-posterior.

- Multífidos = controla a lordose lombar.

- Transverso do abdómen = controla a rigidez da bacia.

Reforço Muscular

- Glúteo médio – principal estabilizador da bacia em apoio unipodal.

- Excêntrico dos adutores.

- Abdominal, sem solicitação dos flexores da anca.

- Músculos espinhais.

Reprogramação Neuromuscular

- Estabilização rítmica com co-activação dos músculos da cintura abdominal e dos membros
inferiores.
Recuperação

- Retomar actividade física.

- Sem repouso estrito.

- Manter actividade cardiovascular.

- Planificação por níveis distintos.

- Dosagem da intensidade das sessões.

- Evitar reactivação da dor.


JOELHO TRAUMÁTICO

Traumatismo Agudo

- Entorse benigna – ligamentos laterais.

- Entorse grave do pivot central.

- Lesão menisco.

- Luxação rótula.

- Rotura aparelho extensor.

- Fracturas.

Microtraumatismos repetitivos

- Síndrome Femoropatelar.

- Tendinopatia de sobrecarga mecânica.

- Síndrome da banda de Maissiat.

No Adolescente de Alta Competição

- Doença de Osgood Schlatter (osteocondrose do tubérculo da tíbia).

- Osteocondrite do Côndilo Femoral Medial.

Exame

- Interrogatório.

- Esquema Postural.

- Inspecção (valgo, varo, recurvato, etc.).

- Choque Rotuliano (hemartrose).

- Pontos dolorosos.

- Testing ligamentar.
ENTORSE LLI

- Lesão frequente.

- Palpação - dor localizada:

- Inserção superior: côndilo femoral (+++ frequente)

- Média: menisco interno

- Baixa: gravidade +++

- Laxidão LLI:

- Determinada com joelho em flexão de 30°.

- Em extensão, não há laxidão, o joelho está bloqueado.

ENTORSE LLE

- Lesão isolada do LLE é rara.

- Fazer teste comparativo e bilateral.

- Teste: Aplicar força em varo no joelho em extensão, numa 1ª fase e em flexão de 30°.

ROTURA DO LCA

- Desportos de contacto.

- Sinais de gravidade:

- Estalido

- Dor viva imediata

- Sensação de desencaixe articular

- Impotência funcional

- Inchaço precoce

Mecanismos de Rotura:

- Valgo em Flexão e Rotação Externa

- Varo em Flexão e Rotação Interna

- Hiperextensão

- Rotação Interna Forçada.


1. Valgo em Flexão e Rotação Externa

Associada à:

- Rotura do LLI.

- Compressão Menisco Interno.

- Dor no Ângulo Póstero-Interno.

2. Varo em Flexão e Rotação Interna

Associada à:

- Rotura do LLE.

- Compressão Menisco Externo.

3. Hiperextensão (típico do remate em falso)

Associada à:

- Compressão de Meniscos.

- Compressão dos Côndilos.

4. Rotação Interna Forçada

- Rotura isolada do LCA.

- Os dois cruzados estendem-se durante a rotação interna, fixando o fémur sobre a tíbia.

Exame – Rotura do LCA

- Choque Rotuliano

- Teste de Lachman

- Testes dinâmicos: Lemaire, Jerk

- Teste Gaveta Anterior

- Lelli´s Test
Teste De Lachman

- Joelho flectido entre 20° e 30°

- Movimentar a tíbia em posterior e anterior

- Sensação de moleza ou paragem dura espontânea = TESTE POSITIVO

Teste de Lemaire ou Pivot Shift

- Joelho colocado em hiperextensão com o membro elevado

- Realiza-se movimento e valgo com rotação interna

- A rotação interna subluxa a tíbia para anterior = TESTE POSITIVO

Teste de Jerk

- Joelho flectido em valgo com rotação interna

- Polegar pressiona a tíbia anteriormente, enquanto o joelho faz a extensão completa

- Ressalto = TESTE POSITIVO

Teste de Gaveta Anterior

- Joelho flectido a 90°

- Exerce-se força anterior da tíbia

- Para identificar lesões associadas, colocar o membro em RI ou RE

- Translação anormal =TESTE POSITIVO

Lelli`s Test

- Maior fiabilidade

- Confirma lesão parcial ou total do LCA

- Eficaz em fase aguda e crónica

- Mão caudal, com punho serrado por baixo dos gémeos

- Mão cefálica na extremidade inferior do fémur

- Grau de elevação, ou ausência de elevação, do pé = TESTE POSITIVO


ROTURA DO LCP

Mecanismo:

- Hiperextensão em apoio

- Choque ântero-posterior: choque directo

Clinicamente:

- Desaparecimento da Tuberosidade Tibial Anterior

- Dor poplítea à palpação

- Contusão na face anterior da perna

Teste:

- Teste da Gaveta Posterior

MENISCOPATIA

- Frequentemente associada à prática desportiva

- Interna +++ (6 vezes > externa)

- Bloqueio com dor aguda: a 30° de flexão (raro em extensão), dura horas ou uns dias

- Regresso espontâneo ou por manobra específica

- Dor na interlinha, sensação de ressalto, instabilidade, derrame e insegurança

Exame

- Pesquisar laxidão ligamentar associada

- Dor à palpação na interlinha em flexão e extensão

- Dor na hiperextensão ou flexão forçada

- Testes específicos: McMurray, Grinding e Apley (para lesão cápsulo-ligamentar)

Teste de McMurray

- Flexão máxima do joelho + RE do pé + MI em abdução – levar em extensão progressiva

- Estalido + Dor = ROTURA MENISCO MEDIAL

- Para MENISCO LATERAL – pé em RI + MI em adução.

Teste de Grinding

- Decúbito ventral + joelho 90° + compressão + RE + Dor = Lesão do MENISCO INTERNO

- Decúbito ventral + joelho 90° + compressão + RI + Dor = Lesão do MENISCO EXTERNO

Teste de Apley

- Decúbito ventral + joelho 90° + tracção em RI ou RE + Dor = LESÃO CÁPSULO-LIGAMENTAR


LUXAÇÃO TRAUMÁTICA DA PATELA

- Luxação sempre externa!

- 1ª fase: Joelho bloqueado em flexão, com saliência lateral da patela, extensão dolorosa.

- 2ª fase: Aumento do volume do joelho + hemartrose, dor medial, equimose medial.

Teste de Smile/Teste de Apreensão

- Mobilização da patela para lateral: dor e contracção automática do quadríceps.

MICROTRAUMATISMOS REPETITIVOS

- Causam Tendinopatia Rotuliana, da Pata de Ganso, do Poplíteo.

Teste de Zollen

- Decúbito dorsal + joelho em extensão + contracção isométrica com resistência na rótula

- Dor - SÍNDROME FEMORO PATELAR

ENTORSE DO TORNOZELO

Importante:

Gravidade da entorse!

Lesões associadas!

- Importância do mecanismo de lesão

- Interrogatório

- Mímica do traumatismo

- Estruturas estiradas e impactadas

Tipos de Entorse

Em Varo (Inversão)

Estruturas em Estiramento:

- LCL

- Músculos fibulares

- Ligamento Subtalar

- Ligamento do Médio Pé

Estruturas Impactadas:

- Talus: cúpula e facetas

- Maléolos
Em Valgo (Eversão)

Estruturas em Estiramento:

- LCM

- Músculo Tibial Posterior

Estruturas Impactadas:

- Talus

- Maléolo Lateral

Risco de fractura na parte superior da fíbula!

Risco de fractura/esmagamento articulação tíbio-fibular inferior!

Sinais de Gravidade

- Dor sincopada, desmaio (dor em 3 tempos é tranquilizadora)

- Sensação de rotura ou desencaixe

- Estalido importante

- Impossibilidade de apoio

- Inchaço imediato < 10 minutos

- Equimose precoce < 1 hora

- Hematoma plantar: FRACTURA

Fiabilidade dos sinais de gravidade

Se todos os sinais de gravidade presentes:

- Ligamento Tíbio-Fibular Anterior: ROTURA EM 75% DOS CASOS

- Ligamento Colateral Fibular: ROTURA EM 88% DOS CASOS

Se nenhum sinal estiver presente:

- Ligamento Tíbio-Fibular Anterior: 80% SEM ROTURA

- Ligamento Colateral Fibular: 62% SEM ROTURA


Critérios de Ottawa

Radiografia do Tornozelo se:

- Dor na palpação do Bordo Posterior ou Extremidade Distal do Maléolo Lateral ou Medial.

- Incapacidade para suportar carga imediatamente e durante a observação clínica.

Radiografia do Pé se:

- Dor na palpação de Base do 5º Metatarso ou Navicular.

- Incapacidade para suportar carga imediatamente e durante a observação clínica.

Exame Clínico

Inspecção

- Impotência funcional

- Marcha ponta dos pés ou calcanhares

- Aspecto equimótico do pé pendente em varo espontâneo

- Em Decúbito Ventral: equimose plantar, rotura Tendão de Aquiles

Testes Isométricos

- Sem dor: NORMAL

- Dor: TENDINOPATIA

- Défice de força: patologia neurológica ou rotura tendinosa

- Testar: Fibulares, Tibiais Posterior e Anterior, Tendão de Aquiles, Flexor do Hálux.


Mobilidades Passivas

- Estruturas impactadas ou estiradas

- Flexão dorsal e plantar

- Interpretação difícil em estado agudo

- Testes positivos: Lesão Ligamentar

- Exame comparativo e Bilateral

Tratamento

1. Favorecer a cicatrização

2. Mobilizar sem exercer tracção excessiva

3. Restaurar deficiências osteoarticulares

Tratamento Funcional é o mais adaptado!

Critérios Validados:

- Prazos mais curtos de edemas

- Prazo de retoma desportiva aumentado

- Satisfação do atleta (psicológico +++)

- Diminuição de complicações por imobilização

- Dor em mais amplitudes

Tratamento Inicial (RICE)

- Dor no apoio - Sim: Descarga.

- Dor no apoio – Não: Apoio com ortótese ou strapping.

- Contenção = estabilizadora + diminuição da dor

Reeducação

- Recuperação de amplitudes

- Reforço muscular

- Trabalho de estabilidade
RAQUIALGIAS DO DESPORTISTA

- Frequentes no quadro desportivo: 19,4%

- Micro e Macro Traumática

- Por: gestos repetitivos, tensões mecânicas elevadas, erros de treino, tecnopatias

Exame Clínico

- Interrogatório: mecanismo, antecedentes, horário.

- Inspecção: anatomia topográfica + atitude antálgica + análise postural

- Objectivar sinais clínicos urgência: exames complementares.

- Caracterizar patologia mecânica vs inflamatória.

- Estudo morfo-estático.

- Exame podoscópico.

- Valgo e Varo.

Estudo Dinâmico

- Flexão-Extensão: distância dedos > solo + indício de Schöeber.

- Inclinação: distância dedos > maléolo lateral.

- Rotação: pesquisa limitação movimento e/ou dor.

Exame Físico

- Avaliação da força muscular dos músculos do controlo pélvico e lombar.

- Palpação das espinhosas: axial, lateral e controlada.

- Palpação muscular: paravertebrais, quadrado lombar, glúteo médio, piriforme.

Exame Neurológico da Coluna Lombar

- Lasegue: + em hérnia discal + irritação meníngeas

- Teste de Gaeslen: Disfunção ASI

- Prova de Hoover: manobra de simulação.

- Teste de Patrick Faber

- Valsalva: HD, osteófitos laterais e foraminais

- Beevor: integridade sistema nervoso abdominais e paravertebrais.


LOMBALGIA COMUM

- Não relacionada com afectação autónoma e evolutiva do tipo infecção, tumor, reumatismo
inflamatório ou lesão de fractura.

- Mecanismo degenerativo do DIV + articulações vertebrais posteriores.

- Mecanismos traumáticos/microtraumáticos: tensões mecânicas excessivas ou inadaptadas.

- Factores funcionais e psicológicos.

LOMBALGIA DO ATLETA

- Pesquisa específica do diagnóstico lesional possível ou provável.

- Tratamento sintomático de 1ª intenção.

- Não descartar diagnósticos de gravidade.

Perturbação Intervertebral de Robert Maigne

- Sofrimento menor do segmento móvel.

- Definição não anatómica, mas orientada nos sinais funcionais clínicos.

- Forma clínica inicial > lombalgia clássica (discal +++).

- Patologia discal +++ no atleta, apesar da noção de dor muscular induzir em erro.

LOMBALGIA – DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

Não Raquidianas de Origem Visceral:

- digestiva, pélvica, urinária…

Raquidianas Específicas:

- Neurinoma

- Quisto de Tarlov

- Osteoma osteoide

- Espondilite anquilosante

- Doença de Scheuermann

Discopatias: lumbago, entorse discal, hérnia discal, insuficiência discal, conflito disco radicular.
CIATALGIA

- Compressão de 1 raiz nervosa = PARESTESIAS, DÉFICE SENSITIVO OU MOTOR.

- Compressão de um gânglio espinhal = DOR.

- Inflamação radicular = DOR.

LOMBALGIA E FUTEBOL

- Principalmente patologias benignas, articulares posteriores e musculares.

- Raramente discais.

- Importância das manipulações vertebrais, tecidos moles e contracção-relaxamento.

SÍNDROMES MIOFASCIAIS

- Traumatismos repetitivos = contractura, palpável, indolor espontaneamente.

- Projecta dor cutânea à distância na mesma metâmera.

- Importância do exame clínico.

CERVICALGIAS

Integridade da Coluna Cervical

- Estabilidade: propriocepção, percepções sensoriais.

- Mobilidade: liberdade amplitudes articulares, exploração visual.

- Solidez: Musculatura adaptada ao desporto e adaptações fisiológicas à condição desportiva.

Riscos

Macrotraumatismos

Risco neurológico radicular ou medular:

- Lesões ósseas +++

- Lesões discais

- Lesões ligamentares

Entorse grave

- Instabilidade

- Comprometimento neurológico

- Subluxação vertebral
Mecanismos

- Compressão: disfunção articular

- Hiperflexão isolada

- 2 movimentos combinados (whiplash > transtorno disco-ligamentar):

Inclinação e rotação > discopatia

Inclinação e tracção membro superior > avulsão nervosa

Interdição Retoma Desportiva

- Sequelas de lesão neurológica

- Fusão de 2 segmentos cervicais ou mais

Retoma Possível se:

- mobilidade preservada

- sem dores cervicais ou braquiais

- sem défice neurológico

- corrida e gestos possíveis

- plenitude do atleta

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