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uma parceria
SECÇÃO 2 / CAPÍTULO 1
Capítulo 2: O acordo financeiro 57 • A colaboração permite evitar a duplicação de esforços e o consequente desper-
dício de recursos.
Capítulo 3: O acordo escrito 73 • A colaboração evita que as organizações concorram entre si pelos recursos e por
visibilidade.
• A colaboração permite que as organi-
zações multipliquem os recursos: por
exemplo, falando a uma só voz, defen-
demos melhor os interesses dos nossos
beneficiários.
• A colaboração permite que as organi-
zações utilizem os recursos de que dis-
põem de forma complementar, para
realizar objectivos comuns que nenhu-
ma delas poderia atingir só por si.
• Ao mais alto nível (“parceria plena”), a
colaboração permite que as organizações criem novos
recursos e ideias que não teriam conseguido criar sozinhas.
Eis alguns dos elementos com que cada uma das organi-
zações pode contribuir para uma relação funcional:
• recursos financeiros;
• recursos materiais;
• competências/conhecimentos;
• ideias;
• relações (influência) com as comunidades, os doadores, os governos ou o sector
privado.
Claro que colaborar exige tempo e empenhamento e, regra geral, quanto maiores são
Quadro de parceria PAM-ONG É necessário esclarecer três questões, para estabelecer uma parceria funcional:
Claro que todos estes procedimentos podem ser modificados à medida que a relação
institucional evolui ou quando surgem novas questões. As duas partes devem sentir-
Devem acrescentar-se a estes outros dois princípios, extraídos do ‘Manual e ferra- se livres de o fazer, mas em princípio é sempre conveniente debater francamente estas
mentas para a construção de Parcerias’’ (2003): questões.
Comercial Cooperação
(Execução)
Complementar Coordenação
O acordo financeiro
Objectivos comuns Não Sim Sim Não necessariamente
Princípios comuns Não Sim Sim Sim
Concepção conjunta Não Desejável Desejável Não
O PAM disponibiliza • fundos • alimentos • alimentos • informação /
normalmente: • fundos • fundos consultoria
• formação • formação
• influência/apoio • influência/apoio
_____________________
11. Designado anteriormente pelo nome de Carta de Entendimento (Letter of Understanding, LoU). O acordo no
terreno (FLA) é uma versão normalizada da carta de entendimento, ou seja, um modelo de acordo normalizado em
que são definidas as funções e responsabilidades do PAM e dos seus parceiros de cooperação.
• Mobiliário, equipamentos e material de comunicações de escritório, adquiridos ou • Uma comissão de gestão, no caso de:
utilizados nas operações do PAM, incluindo os custos de transporte, movimentação - a ONG estar a executar um programa distinto, paralelamente à operação – os cus-
e possível regresso desses equipamentos/activos à sua localização primitiva*. tos de gestão devem ser cobertos pelo outro programa;
- quando foi assinado um acordo entre o PAM e a ONG ao abrigo do qual a ONG
• Custos relacionados com a distribuição física e o armazenamento dos produtos ali- está a financiar aspectos específicos da operação.
mentares do PAM, incluindo a mãodeobra, o aluguer e a manutenção dos armazéns.
Este custos incluem também as despesas com fumigação,protecção contra os incên- • Os custos fixos ou quaisquer outros custos, caso as operações do PAM devam ser
dios ou outras despesas e equipamentos relacionados, tais como medidas, balanças, encerradas e se a ONG receber uma notificação por escrito 30 dias antes da data
contentores para distribuição, sacas/receptáculos para reacondicionamento. de cessação do acordo (tal como é acordado nos termos do ponto 2.2 do Acordo
• Aluguer, manutenção, seguros e combustível para os veículos utilizados no transpor- no Terreno).
te dos produtos alimentares e no acompanhamento da distribuição desses produtos.
• Veículos ligeiros****.
• Custos associados ao reforço da capacidade das ONG locais em matéria de plane-
amento, gestão e acompanhamento da distribuição da ajuda alimentar, quando
directamente relacionados com a operação do PAM em causa, bem como os cus-
tos de formação para esses efeitos. *** Nesses casos aplica-se uma fórmula de partilha dos custos entre as duas organizações. É necessá-
rio que a actividade e as funções da ONG sejam formalmente reconhecidas e deve haver um acordo
• Custos de formação, reforço da capacidade, acompanhamento e apresentação de definindo uma eventual partilha dos custos e/ou reconhecendo a contribuição da ONG para um pro-
relatórios relacionados com a aplicação da política de igualdade entre os sexos grama de apoio paralelo ou associado (por exemplo, de nutrição, saúde, saneamento, etc.).
definida nos Compromissos Reforçados a favor das Mulheres, na directiva do
Director Executivo Directive ED2003/006 – Revised Standards of Conduct in the **** Os veículos ligeiros só serão pagos em casos excepcionais e só mediante aprovação prévia do
International Civil Service (Directiva ED2003/006 – Normas de Conduta Revistas no escritório do PAM no país.
Serviço Civil Internacional) e no Boletim do Secretário-Geral das Nações Unidas –
Special Measures for Protection from Sexual Exploitation and Sexual Abuse
(Medidas especiais de protecção contra o abuso sexual e a exploração sexual).
Como é que o PAM obtém financiamentos?
• Despesas de capital, quando esses activos são utilizados exclusivamente para efei-
tos de distribuição da ajuda alimentar e serviços relacionados e desde que a com-
pra tenha sido previamente acordada com o escritório do PAM no país. Os doadores oferecem ao PAM produtos alimentares em espécie, numerário desti-
nado a adquirir produtos alimentares e um montante normalizado a utilizar para a
• Uma comissão de gestão de 5%, destinada a cobrir parte dos custos administrati-
vos da Sede da ONG**. cobertura dos custos operacionais de execução das actividades de ajuda alimentar,
que incluem a distribuição dos alimentos aos beneficiários. O montante recebido
• Em caso de interrupções do fornecimento de produtos alimentares, os custos da
ONG relacionados com as interrupções da intervenção e os custos resultantes do pelo PAM para cobrir os custos operacionais é calculado com base numa fórmula
prolongamento da duração da intervenção em consequência dessas interrupções fixa - x USD/por tonelada -, ou seja, por y toneladas de produtos alimentares o PAM
em princípio serão cobertos pelo PAM, mas só serão cobertos os custos fixos,
durante um máximo de dois meses. recebe y vezes x USD/por tonelada, em numerário. Este montante deve ser suficien-
te para cobrir todas as despesas relacionadas com a operação, incluindo os custos da
Como é que os custos da ONG são reembolsados? Alguns escritórios do PAM exigem que, para que os custos possam ser reembolsa-
dos, seja apresentado juntamente com os documentos atrás referidos um relatório
Adiantamento de fundos para cobrir custos de arranque/aumento da capacidade qualitativo.
As ONG parceiras podem iniciar operações num novo território ou ter necessida-
de de reforçar substancialmente a capacidade existente, para dar resposta a uma Prazos de reembolso dos custos
crise. Se for esse o caso, a ONG poderá incorrer em despesas antes de iniciar a dis- O PAM normalmente reembolsa os custos no prazo de 21 dias, mediante a apresen-
tribuição dos produtos alimentares do PAM e, portanto, tem direito a receber um tação dos documentos atrás referidos e tal como se estipula no acordo no terreno.
adiantamento, para cobrir os custos estimados de arranque da operação. Esses cus- Para acelerar o processo de recolha de notas de pagamento e recibos, o PAM aceita-
tos incluirão provavelmente os seguintes: rá uma declaração de despesas certificada, de modelo a acordar, e na condição de que
• aluguer de instalações administrativas; todos os originais de todos os recibos e notas de pagamento sejam conservados
• pessoal complementar; durante um período de cinco anos e disponibilizados quando solicitados, inclusive
• manutenção; para efeitos de auditoria.
• mobiliário e equipamentos, inclusive de comunicações.
Se o PAM contestar uma factura
O montante do adiantamento dependerá da duração total prevista de uma intervenção: Caso o PAM conteste uma factura ou um extracto de conta, deverá fazê-lo por escri-
• No caso de uma intervenção de seis meses ou mais: será pago um adiantamento to e pagará apenas 75% do valor da factura, no prazo de 21 dias, enquanto aguarda
que permita cobrir os custos totais estimados da intervenção da ONG durante a clarificação da situação. As facturas seguintes em princípio só serão liquidadas
três meses. depois de terem sido resolvidas as questões relacionadas com a factura anterior paga
Anexos:
Anexo 1: Mapas orçamentais
Anexo 2: Modelo de proposta de projecto a apresentar ao PAM (modelo utilizado
pelo PAM no Zimbabué)
Anexo 3: Estatuto do Provedor
4.4. Beneficiários:
1. Informações gerais
4.4.1. Beneficiários
1.1. Nome da Organização:
4.4.2. Critérios de selecção
2.1. Designação do projecto/programa:
4.4.3. Critérios de exclusão (se aplicável)
3.1. Sector/tipo de projecto/programa:
4.1. Localização geográfica do programa: (país, província, distrito)
Indicar a população que será beneficiada por esta operação e porque é que foi seleccionada como
5.1. Duração do apoio do PAM:(em meses)
população alvo do programa. Descrever os critérios de selecção dos beneficiários, bem como os crité-
6.1. Data de início prevista: (dia/mês/ano)
rios de exclusão (se aplicável). Acrescentar todas as informações relevantes relativas ao grupo alvo
7.1. Data de encerramento prevista: (dia/mês/ano)
(idade, localização, sexo, etc.). Indicar como é que os critérios de selecção têm em conta a igualdade
8.1. Apoio total solicitado ao PAM: (em numerário e em espécie/toneladas)
entre os sexos no acesso aos serviços.
9.1. Estatuto jurídico da organização:
10.1. Participantes: (outros parceiros locais que participam na execução do projecto)
4.5. Principais componentes e actividades:
11.1. Data de apresentação do projecto:
4.5.1. Actividades
4.5.2. Cabaz alimentar
2. Resumo do projecto
Apresentar nesta secção uma breve descrição do projecto. Incluir todos os elementos/actividades e
Descrever as principais componentes do programa e todas as actividades a executar para fornecer os bens/ser-
dados relevantes para a compreensão da operação. Indicar claramente a quem se dirige a operação,
viços identificados.As componentes e actividades devem ser relacionadas com os resultados esperados.
quantificar as tonelagens e os beneficiários, indicar os tipos de mercadorias e a localização geográfica
Descrever em pormenor as rações previstas, por grupo alvo e necessidades alimentares, incluindo o
de execução.
valor nutritivo e as razões que justificam a escolha do cabaz alimentar prescrito.
3. Contexto do projecto
4.6. Processo de execução:
Como é que a operação será executada? Descrever as modalidades de selecção dos beneficiários e de
3.1. Introdução:
distribuição, as disposições logísticas e as etapas e modalidades de acompanhamento e avaliação e de
Apresenta nesta secção uma descrição geral da zona ou zonas de execução, referindo os aspectos geo-
apresentação de relatórios.
gráficos, demográficos, económicos, sociais e culturais, a dimensão de género, bem como quaisquer
outros antecedentes relevantes que expliquem porque é que o projecto é necessário.
4.7. Calendário de execução do projecto:
Apresentar um calendário de execução do projecto, para todas as componentes e actividades.
Fazer uma breve história da presença da organização no país, da sua estratégia global de intervenção e
das suas actividades actuais. Caso seja relevante, referir outros programas executados na mesma zona
4.8. Acompanhamento e avaliação:
de intervenção.
Descrever os procedimentos de acompanhamento e avaliação que o parceiro aplicará durante a execu-
ção e depois do encerramento do programa. Indicar a frequência das acções de acompanhamento exe-
3.2. Explicação do problema:
cutadas pela organização, o acompanhamento de amostras e objectivos, as ferramentas de acompan-
Razão que justifica a intervenção do parceiro e a prestação de apoio a essa intervenção. Descrever os
hamento que serão utilizadas, etc. Métodos de avaliação.
principais problemas identificados, a sua magnitude, prevalência e impacto socioeconómico na zona de
Metodologia de apresentação de relatórios (frequência, conteúdo e datas de apresentação dos relatórios).
intervenção e como é que a intervenção proposta resolverá os problemas identificados. Explicar clara-
mente como é que a ajuda alimentar contribuirá para a realização dos objectivos do programa.
4.9. Riscos e pressupostos:
4.9.1. Factores externos: Identificar os factores exteriores à intervenção: (a) que se devem verificar
4. Descrição do projecto
para que a operação atinja os objectivos identificados a todos os níveis e/ou (b) que podem obstar à
realização desses objectivos.
4.1. IMPACTO (Objectivo global):
Indicar o ou os objectivos globais que a operação se propõe atingir. A descrição deste ou destes objec-
4.9.2. Segurança: Existem regras e procedimentos escritos em matéria de segurança que devem ser
tivos deve ser acompanhada por indicadores, meios de verificação e pressupostos.
respeitados na execução da operação no terreno? De que forma a situação de segurança na zona de
intervenção poderá afectar a realização dos objectivos do programa.
4.2. EFEITO(S) (Objectivos específicos/finalidade):
Indicar o ou os objectivos específicos do projecto em termos de benefícios directos derivados do for-
4.9.3. Integração de outras considerações: Foi tido em conta o impacto da operação do ponto de
necimento dos bens e/ou dos serviços previstos na operação para a população alvo beneficiária. Incluir
vista dos direitos humanos, da prevenção do VIH/SIDA, das questões de género e da protecção do
indicadores, meios de verificação e pressupostos relacionados com os objectivos específicos.
ambiente? Descrever as medidas ou actividades previstas destinadas a integrar estas questões especí-
ficas na operação, caso existam.
Fazer um breve historial das áreas e dos tipos de operações executadas anteriormente, das áreas de
especialização, da colaboração com outras organizações, das fontes de financiamento anteriores e
actuais e de quaisquer outras informações relevantes para o projecto apresentado.
IMPACTO
EFEITO(S)
PRODUTOS
O acordo escrito
Nos pontos de entrega (que poderão ser o local de distribuição ou uma instalação de
armazenamento distinta), as responsabilidades da ONG são as seguintes:
O Memorando de Entendimento estabelece um quadro global de parceria entre o Pode ser também requisitado pessoal de outras categorias.
PAM e a ONG, definindo de um modo geral:
• as áreas estratégicas em que as duas organizações podem colaborar; Exemplos de pacotes de serviços (pessoal e/ou equipamento de apoio) disponíveis
• as áreas de responsibilidade de cada uma das organizações, que reflectem as suas • apoio de base aos campos (organização e gestão das instalações administrativas,
vantagens comparativas; do alojamento e do transporte do pessoal, da restauração, dos serviços de saúde,
• os recursos com que cada uma das organizações deve contribuir, em termos gerais. etc., de um novo sub-escritório sediado num local onde não estão disponíveis
esses serviços);
CAIXA 5 • transporte terrestre;
• transporte aéreo.
ONG com que o PAM celebrou um Memorando de
Entendimento global Os acordos de disponibilidade imediata são assinados entre a sede do PAM e a sede
do parceiro e geridos pela ALITE (Equipa reforçada de intervenção logística do
Em 2004, o PAM tinha assinado • Caritas Internationalis
Memorandos de Entendimento globais • Catholic Relief Services (CRS) PAM). O acordo define as funções e responsabilidades específicas de cada uma das
com as seguintes ONG internacionais: • Concern organizações, o tipo de assistência que pode ser prestada e as condições aplicáveis ao
• Rede Action Contre la Faim (ACF) • Food for the Hungry International (FHI) destacamento.
• Adventist Development and Relief • German Agro Action (GAA)
Agency (ADRA) • Lutheran World Federation (LWF)
• CARE/US • Movimondo-Molisv
• CARE/Canada • Save the Children US
• CARE/Australia • World Vision International (WVI)
Anexos:
Anexo 1: Modelo de Acordo no Terreno.
Anexo 2: Principais elementos de um Memorando de Entendimento global.
Esforços conjuntos
O PAM e a ONG:
• colaboram na avaliação das necessidades alimentares, através de avaliações comuns, se possível,
e caso contrário através do intercâmbio de informação;
• colaboram na promoção da participação da comunidade (e especialmente das mulheres) no pla-
neamento, gestão, distribuição e acompanhamento da ajuda alimentar;
• mantêm consultas regulares sobre as possibilidades de simplificação e consolidação dos transpor-
tes e da logística.
As propostas de alteração das rações a distribuir a grupos específicos serão debatidas e acordadas entre
o PAM e as ONG, em consulta com o Governo e outras partes interessadas.
O pessoal do PAM e das ONG será elegível para participar nos programas de formação de emergência
organizados pelos dois parceiros, na base da partilha dos custos.
Responsabilidades do PAM
O PAM é responsável por:
• mobilizar e entregar os produtos alimentares em pontos de entrega acordados e suportar todos
os custos incorridos nesses pontos;
• mobilizar recursos e pagar às ONG o transporte dos produtos desde os pontos de entrega até ao
local de distribuição, a tarifas previamente acordadas (se o ponto de entrega não coincide com o
local de distribuição);
• esforçar-se por mobilizar recursos em numerário destinados a cobrir os custos relacionados com
a distribuição e o acompanhamento pelas ONG;
• manter as ONG informadas sobre a situação da cadeia de distribuição.
Responsabilidades da ONG
A ONG é a principal responsável pela distribuição final e pelo acompanhamento de todos os produtos
alimentares entregues pelo PAM e deve prestar contas por esses produtos. Tem as seguintes responsa-
bilidades:
• distribuir os alimentos equitativamente, com base nas necessidades avaliadas e nos critérios de
elegibilidade estabelecidos e de acordo com as políticas, os procedimentos e os planos aprovados
de comum acordo;
• criar um sistema de informação destinado a fornecer ao PAM informação socioeconómica e nutri-
cional, desagregando os dados por sexo, sempre que possível;
• apresentar periodicamente ao PAM relatórios financeiros e operacionais elaborados de acordo
com o modelo aprovado e com a frequência acordada a nível local;
• disponibilizar a documentação para inspecção e auditoria pelo PAM.