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IDENTIFICAÇÃO GERAL
Título do projeto PROJETO REC
Nome/s dos/as
Marcelo Karloni da Cruz
colaboradores/as
Odair Barbosa Moraes
(servidor de graduação ou de
Rafael Rodrigues da Silva
pós-graduação da UFAL)
Ricardo Victor Rodrigues Barbosa
Eixo do projeto Folclore Alagoano
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ATIVIDADES EXECUTADAS NO PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PROJETO
Objetivo 1: Obter informações históricas sobre a cultura dos folguedos e fazer registros
fotográficos durante essa coleta de dados entre os grupos que se propuserem a participar.
O objetivo acima listado foi atingindo com sucesso, contudo frisando que seu período de
execução se estendeu de cinco meses (maio a setembro de 2018) para sete meses (maio
a novembro) devido circunstâncias que serão explicadas no tópico de aspectos negativos.
Dentro os grupos estudados está o Guerreiro Sonhadores da Paz localizado na cidade de
Arapiraca e o Quilombo de Limoeiro de Anadia, a partir de ambos foi possível extrair
oralmente questões de formação do grupo, sua história e representatividade e
principalmente sobre sua preservação e continuidade nas cidades e estado.
Iniciado com dois meses de atraso e como toda etapa de pesquisa, essa também sofreu
com ocorrências indesejáveis e atualmente é o objetivo que o projeto REC está atuando.
Agora com um novo cronograma desse objetivo de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019,
a equipe de pesquisadores tentará reorganizar as apresentações artísticas públicas e
produção fotográficas para três meses, sendo no primeiro mês (dezembro), destinado para
reformulação do cronograma e planejamento dos próximos passos, além de apresentações
que infelizmente não aconteceram devido problemas internos com os grupos entrevistados.
As metas para esse período de noventa dias são:
Apresentações dos grupos na praça Luiz Pereira Lima e na Universidade Federal de
Alagoas Campus Arapiraca
Registro fotográfico das apresentações artísticas
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Estabelecimento de conto com o RH do Arapiraca Garden Shopping e Casa Amarela
para o agendamento das exposições em setembro e outubro
Busca de patrocínio
Objetivo 3: Representar por meio de pinturas cenas vividas durante o processo de pesquisa
e realização de apresentações.
Previsto para acontecer entre março a julho de 2019, está entre as metas desse período
a produção de telas, o tratamento visual das fotografias, a organização do livro tanto visual
e escrita e as oficinas em escolas e universidades em conjunto com o projeto.
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II – Resumo dos resultados alcançados (aspectos positivos)
(elaborar um resumo constando as etapas previstas e executadas, a partir dos planos de
trabalho dos bolsistas, com a apresentação dos resultados alcançados e aspectos positivos
junto à/s comunidade/s atendidas/s).
Seguindo a tabela (exibida abaixo) elaborada pelos membros do projeto, foi realizada
a tentativa de entrar em contato com todos os grupos, primeiramente, via e-mail e,
posteriormente, via telefone. Entretanto, apenas o grupo Guerreiro Sonhadores da Paz
respondeu às nossas chamadas.
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Figura 1: Fotografia retirada durante as entrevistas, terceira visita à associação.
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O grupo Guerreiro Sonhadores da Paz consiste em um grupo de idosos que se reúnem
para a realização de algumas atividades que lhes dão prazer, uma forma de entretenimento
para pessoas que já atingiram a terceira idade. Dentre elas estão o pastoril e o guerreiro. O
intuito do grupo é apenas a diversão dos idosos, foi conversado com alguns deles (os que
estão há mais tempo na associação) e, apesar de não possuírem um conhecimento muito
aprofundado sobre a história do guerreiro ou do pastoril, é notório o amor que cada um dos
participantes tem por essas danças. Eles as escolheram por gostarem e não por fazerem
parte de alguma tradição familiar, apesar de alguns deles possuírem familiares relacionados
ao grupo também, grande parte dos membros fazem parte por buscar uma forma divertida
de passar o tempo.
Eles explicaram que no guerreiro era preciso encarnar cada personagem, os quais
seriam: o rei, a rainha, a lira, o índio Peri e seus vassalos, o mestre, o contra-mestre, dois
embaixadores, o general, dois Mateus, dois palhaços, os caboclinhos da Lira, a estrela
republicana, a borboleta e a sereia.
Sobre os trajes, apesar de haver oficinas de corte e costura na associação, a
confecção fica a cargo de uma costureira de confiança do grupo. Os trajes são
multicoloridos, geralmente enfeitados com espelhos, miçangas, fitas, lantejoulas e cetins.
Os trajes variam de acordo com o seu personagem, mas, normalmente, os homens usam
calções e meias longas brancas, enquanto as mulheres, vestidos cheios de acessórios.
Já o pastoril apresentado pelo Guerreiro Sonhadores da Paz é o religioso, em que os
participantes são mulheres. Cada integrante da dança recebe o nome de uma flor e
apresentam-se em fileiras separadas por dois cordões: o encarnado (vermelho) e o azul. O
cordão encarnado é guiado pela Mestra e é posicionado à esquerda, enquanto o azul, pela
Contramestra, à direita. Outra personagem, a Diana, dança ao meio entre os dois cordões,
com vestimentas de ambas as cores, azul e vermelho, já as demais participantes se vestem
de acordo com o lado em que estiver, se estiver à esquerda, vermelho, à direita, azul. Além
da Diana, outros personagens que aparecem nesse folguedo são: a borboleta, a
camponesa, a estrela, a cigana, o pastorzinho e o anjo. Todas as pastoras usam vestidos
de cetim e um chapéu ou diadema combinando com a cor do seu vestido, muitas vezes
confeccionados com o mesmo material.
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Figura 3: Esboço para ilustrar os trajes do pastoril e guerreiro.
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O ato compõe-se de dois grupos que lutam entre si, negros fugitivos, que vestem
calças curtas de mescla azul e camiseta branca, sem mangas, chapéu de palha de Ouricuri,
e pintam-se de fuligem e carregam foices de madeira como armas de guerra, e os índios ou
caboclos, que vestem tangas, cocares, braceletes, perneiras de penas ou capim, tudo sobre
calções e camisetas vermelhas, pintam-se de ocre e carregam arcos e flechas.
Segundo pesquisas, os Reis - um dos Negros e outros dos Caboclos - usam calções,
manto, blusa de cetim azul ou vermelho, meias compridas, guarda-peito enfeitados com
espelhos, coroa de ouropel, alfôjar e areia brilhante, portam espadas compridas como arma.
A Rainha, usa vestido branco, comprido, com guarda-peito de espelhos, capa de cetim
enfeitada de espiguilha e diadema de papelão pintado.(TERRA BRASILEIRA, [s.d])1
Há ainda como personagens: a Catirina - homem vestido como escrava negra,
carregando nos braços um boneco; o Papai Velho - com cajado e foice nas mãos; o Espia
dos Caboclos, num traje mais rico e vistoso de indígena; o Vigia dos Negros - com chapéu
enfeitado de espelhinhos e uma espingarda a tiracolo. (TERRA BRASILEIRA, [s.d]) ¹. É
realizado numa praça ou largo, onde é colocada uma palhoça enfeitada de bandeirolas (o
Mocambo), onde ficam os negros e é cercada pelo Sítio. Perto da palhoça faz-se uma
paliçada, onde os índios ou caboclos se escondem.
A dança é constituída em três etapas – O Roubo e Batuque, o Resgate e a Luta e
Prisão dos Negros. As duas primeiras são realizadas na véspera da festa, geralmente é
exclusiva para os participantes, e a última e o espetáculo para a comunidade. Atualmente
os trajes foram simplificados mantendo a cor azul para os Negros e o vermelho para os
Caboclos ou Indígenas (figura 4). O setor responsável pela confecção das roupas fica a
cargo do Fred que esteve presente na reunião acima mencionada (figura 5).
1
TERRA BRASILEIRA Brasil Folclórico: Nordeste Quilombo. [s.d]. Disponível em:<
http://www.terrabrasileira.com.br/folclore2/e35quilom.html >. Acesso em: 02 jan. 2018
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Figura 4: Exemplificação dos trajes do grupo de Alagoas
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Fonte: TERRA BRASILEIRA Brasil Folclórico: Nordeste Quilombo. [s.d]. Disponível em:<
http://www.terrabrasileira.com.br/folclore2/e35quilom.html >. Acesso em: 02 jan. 2018
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III- Resumo das limitações e/ou desafios identificados (aspectos negativos)
(elaborar um resumo com a apresentação dos aspectos que limitaram a execução do
projeto junto à/s comunidade/s atendidas/s).
As dificuldades para encontrar grupos ativos de folguedos na região do agreste
alagoano foram inúmeras. Dos grupos que tínhamos conhecimento que existiam na região,
mal se sabem quais são os integrantes ou se o grupo ainda efetua ensaios e/ou
apresentações.
Através de pesquisas, descobrimos, no site da Secretaria de Estado da Cultura do
Governo de Alagoas, uma área destinada aos folguedos regionais que conta sobre suas
histórias de fundação e seu local de origem junto ao contato dos responsáveis e endereço
(http://www.cultura.al.gov.br/politicas-e-acoes/mapeamento-cultural/cultura-
popular/folguedos-dancas-e-tores). Todavia, os dados que o site apresenta estão
desatualizados. Muitos grupos não continuam efetuando seus trabalhos no mesmo
endereço, com os mesmos responsáveis, trocaram seus números de telefone ou não estão
mais ativos. Constatamos estes fatos ao tentar entrar em contato, e não fora obtido êxito.
Após as primeiras tentativas frustradas de ligações para esses grupos, conseguimos
contato com o Guerreiro Sonhadores da Paz, e mesmo depois da visita ser agendada, o
horário do ensaio do mesmo foi alterado, impossibilitando assim a primeira visita para
conseguir informações plausíveis.
Empecilhos com a questão financeira, falta de incentivo e a falta de interesse de
pessoas mais jovens seguidos da atual pouca valorização destas culturas, dificultam que os
grupos continuem ativos. Este foi o cenário que encontramos durante este tempo de projeto.
E entrando em contato com secretarias de cidades circunvizinhas, a procura de
dados de folguedos e maiores informações culturais, surgiu a possibilidade da ida a serra
da Barriga durante o mês de dezembro de 2018, o que seria de grande valia para agregar
ao projeto. Mas essa viagem não chegou a ser realizada.
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VI - Informe os trabalhos publicados e/ou aceitos para publicação no período,
relacionados com o projeto em pauta: livros, capítulos de livros, artigos em
periódicos nacionais e internacionais, resumos em congressos, apresentações
artísticas, reuniões científicas e/ou produtos gerados como cartilhas, banners,
manuais, dentre outras. Use as indicações em anexo para o registro de cada trabalho.
O projeto: REC foi aceito no edital programa de iniciação artística – PROINART / UFAL
2018, no qual a instituição financeira executora é o PROEX. Segue em anexo registro do
resumo do trabalho.
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Local Arapiraca, Alagoas
Data 04 de Janeiro de 2019
Assinatura do/a
coordenador/a
APÊNDICES
Resumo do projeto aceito pelo edital programa de iniciação artística – PROINART /
UFAL 2018
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ANEXOS
Sem anexos
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