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Periodização tradicional no voleibol (parte 1)

Article · January 2020

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3 authors:

Nelson Kautzner Marques Junior Danilo Arruda


Independent Researcher University of Wyoming
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DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178

Ciencias aplicadas

Periodização tradicional no voleibol (parte 1)

Traditional periodization in the volleyball (part 1)

Nelson Kautzner Marques Junior1; Danilo Gomes de Arruda2 y 3, y Gustavo


Henrique Api2
1
Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo Branco, RJ, Brasil
2
Especialista em Treinamento Esportivo pela UNIP/CEFIT, São Paulo, Brasil
3
Auxiliar Técnico da Seleção Paranaense Feminina sub 15 Vice-campeã Brasileira em 2017

*Email de correspondencia: kautzner123456789junior@gmail.com;


daniloarruda13@hotmail.com; api.gustavo@hotmail.com

Recibido: 20-3-2019 Aceptado: 30-7-2019

Cita sugerida (APA, sexta edición)

Marquez, J; Gomes, D. y Henrrique, G. (2019). Periodização tradicional no voleibol


(parte 1). Revista Con-Ciencias del Deporte, 1(2), 31-55. Recuperado de
http://revistas.unellez.edu.ve/index.php/rccd

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Resumo

O objetivo da revisão foi explicar sobre a periodização de Matveev e de Tschiene


aplicada ao voleibol. A periodização tradicional de Matveev foi elaborada na União
Soviética entre os anos 40 e 50. Em 1965 o mundo tomou conhecimento sobre a
periodização de Matveev por causa das suas publicações. Esse modelo é atual para
ser aplicado no voleibol da iniciação ao alto rendimento. A periodização de Tschiene foi
proposta em 1977 para esportes individuais de força rápida e/ou de força rápida de
resistência. Esse modelo pode ser utilizado na iniciação ao alto rendimento esportivo.
Em conclusão, a periodização tradicional de Matveev e de Tschiene merece ser
utilizada no voleibol com o intuito de maximizar o desempenho competitivo do
voleibolista.

Palabras clave: voleibol, habilidades motoras, desempenho atlético, carga de trabalho.

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Abstract
The objective of the review was to explain the periodization of Matveev and Tschiene
applied to the volleyball. The traditional periodization of Matveev was elaborated in the
Soviet Union between years 40 and 50. In 1965 the world knew about the periodization
of Matveev because of his publications. This model is current to be applied in the
volleyball of the initiation to the high level. The Tschiene periodization was proposed in
1977 for individual sports of explosive strength and/or explosive resistance strength.
This model can be used of the initiation to the high level. In conclusion, the traditional
periodization of Matveev and of Tschiene deserves to be used in volleyball in order to
maximize the competitive performance of the volleyball player. In conclusion, the
traditional periodization of Matveev and of Tschiene deserves to be used in the
volleyball with the objective of maximize the competitive performance of the volleyball
player.

Keywords: volleyball, motor skills, athletic performance, workload.

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Introducción

O
s gregos foram os primeiros a utilizar a periodização com fins esportivos
através dos tetras que eram o microciclo de quatro dias de preparação
(Padilla, 2017). Então, sabendo da importância da periodização efetuada
pelos gregos, os russos começaram aperfeiçoar esse conteúdo que organiza o treino a
partir da Revolução Russa de 1917 com o intuito de preparar melhor seus atletas
(Marques Junior, 2017).

A evolução da periodização teve influência de outras nações, o finlandês Lauri


Pihkala realizou várias contribuições nos anos 20 a 30 (Costa, 2013). Pihkala era
técnico de atletismo de corredores de fundo e meio fundo, sendo considerado o
pioneiro na sistematização do treinamento periodizado (Tubino e Moreira, 2003).
Através do seu conhecimento teórico e prático, ele dividiu o ciclo anual em quatro,
sendo os seguintes: o período de preparação geral, o treinamento da primavera, o
treinamento de verão e o treinamento de recuperação, onde ocorria no outono e no
inverno, tendo a mesma função do período de transição (Silva, 2000). Pihkala ainda
recomendou ondulação das cargas com uma proporção entre esforço e pausa, indicou
o uso da carga de treino intensiva e extensiva, além de desenhar as bases para o
treinamento de longo prazo (Issurin, 2014).

Mas foi o soviético Lev Matveev, o grande responsável pela evolução e divulgação
da periodização do treinamento, através dos dados do desempenho dos atletas da
União Soviética nos anos 50 ele publicou em 1965 e propôs uma abordagem geral de
planejamento, onde eventualmente se tornou o modelo da periodização clássica ou
tradicional (Barbanti, 1997). As ideias de Matveev foram baseadas na síndrome da
adaptação geral para nortear o efeito causado pela carga de treino e tendo o intuito que
o atleta atinja a supercompensação ou pico da forma esportiva (Rowbottom, 2003).
Posteriormente foram criados outros modelos da periodização tradicional com o intuito
de atender melhor os esportistas conforme a modalidade e aperfeiçoar os problemas do
modelo de Matveev.

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Esses modelos da periodização tradicional foram aplicados em diversos estudos do


voleibol, sendo evidenciado principalmente um incremento das condições físicas dos
voleibolistas (Altini Neto, Pellegrinotti e Montebelo, 2006; Carvalho, Vieira e Carvalho,
2007; McGown et al., 1990). Logo, uma revisão sobre a periodização tradicional no
voleibol é um tema importante para os envolvidos nessa modalidade. O objetivo da
revisão foi explicar sobre a periodização de Matveev e de Tschiene aplicada ao
voleibol.

Desarrollo

Período científico: composto pela periodização tradicional, também chamada de


clássica

A periodização tradicional de Matveev foi elaborada na antiga União Soviética entre os


anos 40 e 50 através das modalidades cíclicas da natação e do atletismo e pelo
halterofilismo (Marques Junior, 2012). Talvez esse modelo tenha sido elaborado no
atletismo e na natação porque essas modalidades e a ginástica artística eram da
educação básica geral nas aulas de Educação Física da Rússia (Bompa, 2002). O
halterofilismo era outro esporte muito difundido pelos soviéticos (Garhammer e Takano,
1992), sendo a terceira modalidade que Matveev idealizou o seu modelo. Essa
periodização foi utilizada pela equipe olímpica da União Soviética nos Jogos Olímpicos
de 1952, em Helsinque, Finlândia (Verkhoshanski, 2001). Mas atualmente esse modelo
continua sendo utilizado no voleibol e em outras modalidades.

O modelo da periodização de Matveev foi embasado na síndrome da adaptação


geral (SAG) que ocorre durante os períodos, nos mesociclos e nos microciclos. A SAG
orienta o treinador em prescrever uma adequada carga de treino para o esportista
atingir uma supercompensação que é o pico da forma esportiva do ateta. Segundo
Bompa (2002) o pico esportivo só pode ocorrer de 7 a 10 dias porque o sistema
nervoso central se encontra em condições ótimas durante esse tempo para uma
máxima performance. A Figura 1 mostra como ocorre a SAG (Marques Junior, 2017).

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Figura 1. Ciclo da supercompensação ou não após a carga de treino (Marques Junior, 2017).

A periodização tradicional de Matveev é composta pelo período preparatório, pelo


período competitivo e pelo período de transição. O período preparatório visa treinar o
esportista para as futuras disputas, sendo constituído pelo período preparatório de
preparação geral e pelo período preparatório de preparação especial (Matveev, 1997).
O período competitivo acontece nas disputas e o período de transição ocorre descanso
ativo com a perda da forma esportiva (Forteza, 2004).

Matveev (1991) definiu a duração ideal dos períodos conforme a duração da


periodização, sendo exposto na Tabela 1.

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Tabela 1. Duração dos períodos da periodização tradicional de Matveev

Período Ciclo Semestral Ciclo Anual

Preparatório 3 a 4 meses 5 a 7 meses

Competitivo 1,5 a 2 meses 4 a 5 meses

de Transição 3 a 4 semanas até 6 semanas

Esses períodos possuem características diferentes e foram explicadas no quadro 1


(Dantas, 1995; Matveev, 1991).

Tabela 2. Características dos períodos

Período Característica

Preparatório de Preparação Geral - Predomina o volume em relação a intensidade.


- Ênfase na preparação física geral.
- O treino aeróbio dá base para as outras capacidades físicas condicionantes.
- Geralmente é o período mais duradouro do que o período preparatório de
preparação especial.
- Os atletas realizam os testes cineantropométricos e outros se for necessário.

Preparatório de Preparação - Predomina a intensidade em relação ao volume.


Especial - Ênfase na preparação física especial.
- O trabalho técnico e tático costuma ser bastante realizado.
- Os esportistas realizam o pós-teste das avaliações cineantropométricas e outros se
for necessário.

Competitivo - Manutenção da forma esportiva no aspecto físico, técnico e tático.


- Ênfase na preparação competitiva.
- O atleta compete em disputas de menor e maior importância.

de Transição - Ocorre perda da forma esportiva.


- Acontece um descanso ativo do treinamento.

A periodização de Matveev é composta por vários microciclos com características


de treino, de teste, de competição e de recuperação. Por exemplo, o microciclo choque
é prescrito um trabalho com alta carga de treino (Zakharov, 1992). Um microciclo tem

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duração mínima de dois dias podendo ter relação de 1:1, ou seja, um dia de treino e
outro de descanso (Matveev, 1991). O mais usual é o microciclo de sete dias em
conformidade com a duração do treino semanal. Os mesociclos geralmente possuem
duração mensal, sendo composto por alguns microciclos.

Os mesociclos possuem características e agrupam determinados microciclos que


correspondem as suas diretrizes de treino (Padilla, 2017). Por exemplo, o mesociclo
estabilizador visa a munutenção da adaptação fisiológica e técnica e tática adquirida no
período preparatório de preparação geral e especial, por esse motivo ele costuma ser
utilizado no final desses períodos preparatórios (Dantas, 1995). Esse mesociclo é
constituído pelos seguintes microciclos:

35
30
25 32
20 25 25
15
10 18
Carga em %

5
0

Figura 2. Microciclos do mesociclo estabilizador (Dantas, 1995)

Em 1965 o mundo tomou conhecimento sobre a periodização de Matveev por causa


das suas publicações que apresentavam os resultados dos atletas da antiga União
Soviética (Rowbottom, 2003). Por exemplo, em 1974 os desempenhos dos esportistas
do atletismo da União Soviética foram publicados em um livro em alemão através da
periodização tradicional de Matveev com o modelo simples versus o duplo (Barbanti,
1997). A Figura 3 apresenta esse resultado.

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6
5
4
3

% de melhora anual
2
1
0
salto
salto arreme lançam
em
100 m em sso do ento do
distânci
altura peso disco
a
simples 0,96 1,35 2,40 2,58 3,11
dupla 1,55 1,46 5,05 3,85 3,87

Figura 3. Desempenho do atletismo soviético conforme a estruturação da periodização


tradicional de Matveev

Segundo Matveev (1974 em Barbanti, 1997) provas do atletismo onde predomina a


força rápida e necessitam de alto componente técnico, como nos saltos (distância, triplo
e altura), no arremesso do peso e nos lançamentos (dardo, disco e martelo), os atletas
podem atingir vários picos da forma esportiva ao longo do ano. Enquanto que nas
disciplinas do atletismo com ênfase na força rápida e de baixa exigência técnica
(corrida de velocidade com e sem obstáculo), é possível obter no máximo três picos no
ano. Por esse motivo o treinador deve elaborar uma periodização dupla para os atletas
dessas provas de força rápida (Matveev, 1974 em Barbanti, 1997).

Mas nas provas de resistência, o competidor alcança no máximo dois picos da


forma esportiva durante a temporada. Porém, o cientista russo não informou o motivo
de algumas provas do atletismo atingirem mais picos e outras não. Logo, são
necessários estudos científicos para responderem essas questões.

A Figura 4 mostra o desenho esquemático da periodização tradicional (Matveev,


1997) e Lev Matveev que é o pai da periodização e do treinamento esportivo por causa
das suas ideias revolucionárias, infelizmente veio falecer em 21 de julho de 2006
(Palomares, 2006).

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Figura 4. Desenho esquemático do modelo tradicional e o russo Matveev

Essas informações da periodização de Matveev foram elaboradas nos anos 40 e


50. Então, com o passar dos anos, muitos dos conteúdos desse modelo de
periodização começaram a ficar desatualizados para o esporte contemporâneo e
passaram a receber muitas críticas. Entretanto, mesmo com essas críticas o modelo de
Matveev continua ser o mais utilizado nos estudos da periodização no voleibol da
iniciação (Altini Neto, Pellegrinotti e Montebelo, 2006) e do alto rendimento (Carvalho,
Vieira e Carvalho, 2007).

Ainda é o modelo de periodização mais escrito nos livros de treinamento esportivo


(Manso, Valdivielso e Caballero, 1996) e nas obras do voleibol (Bizzocchi, 2006).
Talvez isso aconteça porque em uma meta-análise o modelo de Matveev teve melhor
desempenho no salto vertical dos voleibolistas de alto rendimento do que em outros
modelos (Marques Junior, 2013) e ainda foi detectado que essa periodização possui
melhor tamanho do efeito quando foi comparado com outros tipos de periodização
tradicional e contemporânea (Dantas et al., 2011).

Outra particularidade da periodização de Matveev, é que geralmente na graduação


de Educação Física e até na especialização em treinamento esportivo, o aluno possui
como primeiro aprendizado sobre periodização o modelo de Matveev porque ele é o
mais fácil, possui muitas referências e serve de base para o estudante compreender as
outras periodizações do treinamento esportivo. Portanto, o treinaddor começa se
“alfabetizar” em periodização através da periodização tradicional de Matveev. Sabendo
da importância da periodização de Matveev para o esporte da iniciação ao alto

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rendimento, alguns pesquisadores sugeriram adaptações que podem ser aplicadas nos
atletas do voleibol. Então, o modelo rígido de Matveev é modificado conforme as
necessidades do treinador de voleibol.

A preparação geral é mais recomendada para ser trabalhada na iniciação esportiva


(Marques, 1989, 1990), merecendo ser evitada no alto rendimento porque pode
acarretar adaptações neurofisiológicas negativas ou neutras no atleta caso tenha alto
componente geral (Oliveira, 1997). Por exemplo, uma preparação geral com predomínio
no metabolismo aeróbio costuma interferir no ganho de força (Calasanz, Martínez,
Izquierdo e Pallarés, 2013).

A seleção masculina dos Estado Unidos da América que foi campeã olímpica em
1984 só realizou no seu treinamento para a Olimpíada o período preparatório de
preparação especial e o período competitivo, praticando somente treino físico de força e
sessão com bola (McGown et al., 1990). O treino aeróbio não foi prescrito porque o jogo
desenvolve esse condicionamento físico. A Figura 5 apresenta parte desse treinamento.

Volume do Treino de Força Duração dos Tipos de Treino


140
Reativa
Minutos

120
100
Saltos

1º 2º 80
60
40
Período 20
250 300 0
Competitivo Treino
Período Treino
em Treino
Preparatóri Aquecim Situação Descans
Tático
Físico de
o de 200 400 ento de Jogoe/ou o
Força
Preparção e/ou Jogo
Treino…
Especial
mínimo 15 20 60 90 5
máximo
Figura 5. Parte do treino dos estadunidenses com 20
a periodização de30Matveev90para a Olimpíada
120 10de 1984

Na Figura 5 foi preferido usar a nomenclatura treino de força reativa ao invés de


treino pliométrico, detalhes veja em Marques Junior (2017c). O treino da seleção
masculina dos Estados Unidos da América foi contrário ao que Matveev (1991)
estabeleceu, o treino aeróbio serve de base para otimizar as outras capacidades

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motoras. Atualmente é sabido que muita execução do trabalho aeróbio no mesmo dia
de treino de força interfere no desenvolvimento da força. Uma alternativa é realizar em
dias alternados treino de força e aeróbio (Jensen, Jacobsen, Hetland e Tveit, 1997) ou
efetuar o mesmo que McGown et al. (1990) praticaram com os estadunidenses para a
Olimpíada de 1984, somente treino de força porque ocasiona uma melhora no consumo
máximo de oxigênio (VO2máx) em mililitro por quilograma de peso corporal por minuto
(ml/kg/min) e proporciona um incremento no salto vertical de maneira acentuada
(p≤0,05), nesse estudo foi de 10 centímetros (cm). A Figura 6 apresenta esses
resultados.

VO2máx
55
54 Salto Vertical no Ataque
53
52 105
51 100
51,6 51,7
ml/kg/min

50 95
49
cm

90 93,63
48
47 48,6 48,7 85
46 80 83,57
45 75
janeiro de março de maio de 1983 setembro de março de 82 julho de 84 (antes
1982 1982 1983 dos JO)

Figura 6. VO2máx e salto vertical da seleção masculina dos Estados Unidos da América
na preparação para os Jogos Olímpicos (JO) de 1984

O estudo da seleção masculina estadunidense não é o único do voleibol com a


periodização de Matveev adaptada, ou seja, treino físico somente com trabalho de força
e sessão com bola. Simões et al. (2009) realizaram treino similar ao dos
estadunidenses para 11 jogadoras de 19,41±2,01 anos da equipe adulta feminina da
Associação Piracicabana de Voleibol no período de 12 semanas. A estrutura com a
periodização de Matveev é apresentada na Figura 7.

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Figura 7. Periodização de Matveev da equipe paulista

Em 12 semanas de estudo da equipe feminina paulista os valores dedicados aos


treinos apresentaram 52,8% de treino com bola (técnico e tático) e 47,2% de treino
físico (Simões et al., 2009). A Figura 8 mostra esses dados.

50

40 47,2
30
28,4
% de Treino

20 24,4
10

0
Treino Treino Treino
Técnico Tático Físico

Figura 8. Tipos de treino efetuados

A equipe feminina de São Paulo não fez nenhum treino aeróbio, mas foi
evidenciada diferença estatística do VO2máx (p≤0,05), veja na Figura 9.

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60
50
40
30 39,65 42,21

ml/kg/min
20
10
0
pré-teste pós-teste

Figura 9. Incremento do VO2máx somente com treino de força e com sessão com bola

O leitor observou nessa equipe feminina que aconteceu preparação geral, mas foi
realizado como treino de adaptação para realmente começar o trabalho de alta
intensidade para as voleibolistas. Monge da Silva (1988) criticou a periodização de
Matveev. Ele afirma que a divisão dos tipos de treino (técnico, tático, físico e outros)
determinado por Matveev interfere o desenvolvimento do atleta dos jogos esportivos
coletivos porque no período preparatório a ênfase da sessão é o trabalho físico. Para
evitar esse problema, Garganta (1991) recomendou o máximo de treino com bola desdo
período preparatório e Zakharov (1992) indicou treino integrado de preparação física e
de sessão com bola, sendo mais recomendado trabalho de força com treino técnico
e/ou em situação de jogo.

Portanto a maioria desse treinamento vai acontecer no local de jogo do voleibol, a


quadra. Silva (1999) fez a seguinte conclusão sobre a periodização de Matveev:

Quanto mais você puder trabalhar no local específico onde os


jogadores vão atuar, melhor e tentando sempre reproduzir as
exigências da competição (p. 131).

O modelo original de Matveev determina um longo período preparatório, no ciclo


semestral de 3 a 4 meses e no ciclo anual de 5 a 7 meses (Matveev, 1991). Esse
extenso período preparatório era possível nos anos 50 e talvez Matveev tenha
estabelecido isso por causa do tempo que uma ou mais capacidades condicionantes

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levam para melhorar – veja isso em Marques Junior (2012). Gomes (2009) informou
que a duração do período da periodização de Matveev merece estar de acordo com as
exigências do calendário competitivo.

Então, esses valores dos períodos da periodização de Matveev merecem ser


adaptados. Outro problema da periodização tradicional é o pico da forma esportiva
porque visa desenvolver o esportista ou melhor dizendo, as capaacidades motoras de
performance em condições máximas, mas isso é necessário para os esportes que o
modelo de Matveev foi elaborado (atletismo, natação e halterofilismo) (Carvalhal, 2001).
Para o voleibol, o ideal é trabalhar para o esportista atingir condições ótimas as
capacidades motoras e os requisitos técnicos e táticos necessários para o alto
desempenho do jogo. Então, no voleibol o ideal é a regularidade competitiva, não sendo
necessário que o atleta atinja o pico da forma esportiva.

Esses dois problemas da periodização de Matveev, período preparatório duradouro


e pico da forma esportiva, foram resolvidos no estudo de Grigoletto et al. (2008). A
periodização de Matveev foi realizada por 11 jogadores do voleibol profissional da 1ª
divisão do campeonato espanhol de 2005 e 2006. O períoodo preparatório teve 6
semanas ou 1 mês e 14 dias. Enquanto que o período competitivo foi ccomposto por 4
semanas ou 1 mês, mas como foi um estudo transversal, os pesquisadores não
acompanharam todo esse período (Grigoletto et al., 2008). A Figura 10 apresenta essa
periodização.

Figura 10. Semanas do treino de força da equipe feminina da Espanha

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As últimas críticas ao modelo de Matveev podem ser facilmente modificadas pelo


treinador do voleibol. O período de transição Matveev (1997) recomendou a perda da
forma esportista. A Figura 11 ilustra essas recomendações do autor.

Figura 11. Período de transição com a meta de perda da forma essportiva (Matveev, 1997)

O ideal é o atleta efetuar um trabalho de manutenção das capacidades motoras


condicionantes e do aspecto técnico e tático durante o período de transição com a meta
de iniciar o próximo período preparatório em um estágio mais avançado. O nome dos
microciclos dificultam do treinador elaborar a periodização de Matveev. Caso o
responsável tenha esse problema, basta fazer uma mudança de nomenclatura, ficando
conforme o Tabela 3 (Marques Junior, 2012).

Tabela 3. Microciclo de Matveev com nova nomenclatura e não

Microciclo de Matveev Nomenclatura Alterada

Choque Forte

Ordinário Médio

Recuperativo de Manutenção Fraco

Propriamente Recuperativo Fraquíssimo

Controle de Teste

Estabilizador Mesmo nome do original

Pré-Competitivo Mesmo nome do original

Competitivo Mesmo nome do original

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Os últimos questionamentos sobre a periodização de Matveev estão relacionados


com a carga de treino, mas ainda podem existir outras críticas que não foram coletadas
na literatura pelos autores do artigo. No modelo de Matveev acontecem cargas
similares em cada período, por exemplo, sempre é indicado no início da temporada um
alto volume e baixa intensidade no período preparatório de preparação geral. Esse
mesmo tipo de carga pode ocasionar uma estagnação das capacidades motoras
condicioanantes do voleibolista se for utilizado por muitos anos (Marques Junior, 2009)
e talvez pode interferir nos aspectos técnicos e táticos. Forteza (2004) fez as seguintes
recomendações:

Desenvolver no atleta a capacidade para realizar cada vez mais


exercícios intensos é o que garante o triunfo competitivo (p. 1).

Então, o treinador do voleibol merece estar atento na estrutura da sua carga de


treino ao longo dos anos com a periodização de Matveev. A periodização de Matveev
utiliza a síndrome da adaptação geral (SAG) para nortear o treinador na prescrição da
carga de treino, somente esse contéudo com essa finalidade torna muito limitado
entender o efeito da carga de treino nas respostas neurofisiológicas do atleta (Kiely,
2018). Marques Junior (2017b) acrescentou mais conteúdo sobre a SAG, conforme o
tipo de treino que o esportista realiza é necessário do treinador averiguar a SAG que
está relacionada com aquele treinamento. Por exemplo, uma equipe de voleibol treinou
por 3 meses sessões de variação ofensiva, merecendo que o técnico verifique a
evolução pela análise do jogo e através das mudanças corticais que podem ser
detectadas pelo neurofeedback.

Afonso, Nikolaidis, Sousa e Mesquita (2017) informaram que os estudos da


periodização são concentrados no treino físico sendo detectado essa respostas
fisiológicas por testes cineantropométricos. Isso acontece nas pesquisas da
periodização de Matveev aplicados ao voleibol (Marques Junior, 2015). Porém, Regal,
Moraes e Daniel (2006) utilizaram a periodização de Matveev e verificaram as

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respostas fisiológicas por testes cineantropométricos e realizaram análise do jogo com


scout.

O modelo de esquema estrutural de cargas de alta intensidade foi proposto em


1977 por Peter Tschiene da antiga Alemanha Oriental para esportes individuais de força
rápida e/ou de força rápida de resistência com o intuito de organizar o treino em alta
intensidade dos atletas adultos do alto rendimento competitivo (Tschiene, 1992). Esse
modelo de periodização tradicional todo o treino é específico e com elevada carga para
o esportista se manter competitivo todo o ano (Forteza, 2001).

A orientação para o treinador referente ao estímulo da carga de treino está


relacionada com a adaptação biológica do esportista em relação ao tipo de treino
realizado (força rápida, velocidade etc) e se aproxima da teoria dos sistemas (Manso,
Valdivielso e Caballero, 1996). Por exemplo, um atleta de voleibol está realizando por
três meses treino de musculação de força rápida e trabalho de força reativa com o
modelo de Tschiene. Também está praticando treino técnico, treino em situação de jogo
e treino de partida. Baseado na adaptação biológica referente a esses tipos de treino, o
treinador espera que o voleibolista melhore a força rápida a partir de 5 meses, a força
reativa no período de 2 a 5 meses e os aspectos técnicos e táticos durante 1 mês e
alguns dias (Marques Junior, 2012).

O modelo de esquema estrutural de cargas de alta intensidade de Tschiene tem a


característica da carga de treino ser de pequena onda porque a elevada intensidade é
durante toda a temporada e o volume difere de 20% da intensidade, mas os valores da
carga máxima (volume e intensidade) não podem ser inferiores a 80% com o intuito da
elevada intensidade ser realizada no período preparatório e no período de competição
(Silva, 2000). O período transitório o autor alemão não forneceu valores de carga de
treino. Uma carga média de treino é de 40 a 60% e visa a manutenção do nível de
treino (Monteiro, 2002). Enquanto que uma carga baixa de treino é de 15 a 25% e tem o
intuito da recuperação do atleta. Como sugestão, indica-se o período transitório com
esses valores da carga de treino.

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Após o alto estresse das cargas de treino e/ou pouco antes da competição,
Tschiene recomendou o intervalo profilático através do descanso ativo ou passivo com
o intuito do esportista se recuperar do esforço do treino com o objetivo de ocasionar um
incremento no desempenho atlético (Tschiene, 1992). O intervalo profilático Tschiene
não informou a carga de treino (Gomes, 2009), mas 15 a 25% de carga baixa de treino
são valores com a meta de recuperar o atleta do desgaste do treino, sendo indicado do
treinador utilizar esses percentuais nessa etapa de treino (Monteiro, 2002).

Peter Tschiene recomendou ao treinador que para o atleta obter alta performance
no decorrer do ano precisa participar de muitas disputas porque a competição para
esse autor é um meio de treino de alta intensidade com a meta de preparar o esportista
para a competição alvo da temporada (Forteza, 2001). O autor alemão considera tão
importante a disputa como treino que escreveu um livro sobre esse tema com outros
pesquisadores – veja Teoría y Metodología de la Competición Deportiva (Thiess,
Tschiene e Nickel, 2004).

O leitor observou que Tschiene não apresentou microciclo e mesosciclo para o


treinador de voleibol usar durante a prescrição desse modelo de periodização. Como
sugestão, durante o treino de alta intensidade o microciclo é o forte (carga máxima de
80% ou mais) e no intervalo profilático pode ser usado o microciclo fraco (carga de 15 a
25%) e no período transitório é indicado o microciclo médio (carga de 40 a 60%) e/ou o
fraco. No momento da disputa é utilizado o microciclo de competição e outro microciclo
que merece ser aplicado é o microciclo de teste, onde são feitas as avaliações
cineantropométricas e outras para averiguar a adaptação biológica do atleta.

O mesociclo organiza melhor a planilha do macrociclo anual, sendo importante a


presença desse componente na periodização. Os mesociclos merecem ser numerados
para o treinador saber a quantidade deles durante o ano com o uso da periodização de
Tschiene. A Figura 12 apresenta o desenho esquemático da periodização de Tschiene
(1992).

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Significado da Abreviatura: PP – período preparatório, PC1 – período de competição


1, PP2 - período preparatório 2, PC1 – período de competição 2 e T - período transitório.

Figura 12. Desenho esquemático do modelo tradicional de periodização denominada de esquema


estrutural de cargas de alta intensidade (Tschiene, 1992)

O voleibol é um esporte que requer alta velocidade e necessita de muita força


rápida para o jogador realizar as tarefas da partida. Então, o modelo de periodização de
Tschiene atende essas necessidades para o atleta adulto do voleibol de alto
rendimento. A aplicação da periodização de Tschiene no voleibol só foi encontrada
apenas em um estudo na literatura, talvez isso aconteça porque o esquema estrutural
de cargas de alta intensidade seja menos conhecido do que outros modelos de
periodização como o de Matveev e o de Verkhoshanski.

Rigolin da Silva et al. (2004) treinaram jogadoras profissionais da equipe Leites


Nestlé que participaram de oito competições em dez meses, tendo as disputas mais
importantes o campeonato paulista e o brasileiro de 1998 e 1999 (n: 7 atletas, idade de
26,1±2,8 anos e estatura de 180,5±5,2 cm). A periodização de Tschiene utilizada por
Rigolin da Silva et al. (2004) seguiu fielmente o modelo do autor alemão e o intervalo
profilático foi efetuado por descanso passivo. As diversas disputas que a equipe
paulista participou (8 campeonatos mais o paulista e o brasileiro) seguiu as indicações
de Tschiene, uma alta performance é conseguida com a participação em diversas
competições.

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Os testes utilizados para detectar as adaptações biológicas das jogadoras foram o


teste de salto vertical no ataque e no bloqueio. Os autores identificaram diferença
estatística (p≤0,05) em apenas uma comparação do salto do ataque, julho de 1998
obteve salto inferior aos outros meses. Enquanto o salto do bloqueio, julho de 1998 e
janeiro de 1999 as atletas saltaram menos do que nos outros meses, ocorrendo
diferença estatística (p≤0,05) (Rigolin da Silva et al., 2004). A Figura 13 apresenta esse
resultado.

Salto Vertical
70
60
centímetros

50
40
30
20
10
0
julho de agosto setembr outubro novemb dezemb janeiro fevereir
98 de 98 o de 98 de 98 ro de 98 ro de 98 de 99 o de 99
Ataque 49,4 58,8 59,1 60,5 58,7 59,5 57,8 59,5
Bloqueio 38 43,4 43,4 43,4 42,7 43,5 41 44,5

Figura 13. Resultados do salto vertical nos fundamentos

O desempenho do salto do ataque e do bloqueio de julho de 1998 foi inferior aos


demais meses porque as voleibolistas estavam no início da temporada. O salto do
bloqueio do mês de janeiro de 1999 foi o segundo pior da temporada, talvez isso tenha
ocorrido por causa de lesões nas esportistas, mas o mesmo não aconteceu no ataque
no mesmo mês e ano. Em conclusão, avaliar as atletas através dos saltos dos
fundamentos torna mais preciso os resultados e permite da comissão técnica de
entender os efeitos da periodização de Tschiene nas voleibolistas (n: 7).

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Conclusiones

A periodização de Matveev foi elaborada nos anos 40 e 50, mas continua atualizada se
for feita algumas adaptações no período e tipo de treino (ênfase na força) para
estruturar o treino do voleibol da iniciação ao alto rendimento. A periodização de
Tschiene foi proposta em 1977 para ser aplicada nos esportes de força rápida e/ou de
força rápida resistência de alto rendimento, mas com adaptações é possível utilizar na
iniciação. Logo, esse modelo é adequado para ser usado no voleibol porque a principal
capacidade motora condicionante é a força rápida de resistência (Verkhoshanski,
2001). Em conclusão, a periodização tradicional de Matveev e de Tschiene merece ser
utilizada no voleibol com o intuito de maximizar o desempenho competitivo do
voleibolista.

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