Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/338540016
CITATION READS
1 236
3 authors:
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
All content following this page was uploaded by Nelson Kautzner Marques Junior on 12 January 2020.
Ciencias aplicadas
31
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
Resumo
32
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
Abstract
The objective of the review was to explain the periodization of Matveev and Tschiene
applied to the volleyball. The traditional periodization of Matveev was elaborated in the
Soviet Union between years 40 and 50. In 1965 the world knew about the periodization
of Matveev because of his publications. This model is current to be applied in the
volleyball of the initiation to the high level. The Tschiene periodization was proposed in
1977 for individual sports of explosive strength and/or explosive resistance strength.
This model can be used of the initiation to the high level. In conclusion, the traditional
periodization of Matveev and of Tschiene deserves to be used in volleyball in order to
maximize the competitive performance of the volleyball player. In conclusion, the
traditional periodization of Matveev and of Tschiene deserves to be used in the
volleyball with the objective of maximize the competitive performance of the volleyball
player.
33
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
Introducción
O
s gregos foram os primeiros a utilizar a periodização com fins esportivos
através dos tetras que eram o microciclo de quatro dias de preparação
(Padilla, 2017). Então, sabendo da importância da periodização efetuada
pelos gregos, os russos começaram aperfeiçoar esse conteúdo que organiza o treino a
partir da Revolução Russa de 1917 com o intuito de preparar melhor seus atletas
(Marques Junior, 2017).
Mas foi o soviético Lev Matveev, o grande responsável pela evolução e divulgação
da periodização do treinamento, através dos dados do desempenho dos atletas da
União Soviética nos anos 50 ele publicou em 1965 e propôs uma abordagem geral de
planejamento, onde eventualmente se tornou o modelo da periodização clássica ou
tradicional (Barbanti, 1997). As ideias de Matveev foram baseadas na síndrome da
adaptação geral para nortear o efeito causado pela carga de treino e tendo o intuito que
o atleta atinja a supercompensação ou pico da forma esportiva (Rowbottom, 2003).
Posteriormente foram criados outros modelos da periodização tradicional com o intuito
de atender melhor os esportistas conforme a modalidade e aperfeiçoar os problemas do
modelo de Matveev.
34
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
Desarrollo
35
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
Figura 1. Ciclo da supercompensação ou não após a carga de treino (Marques Junior, 2017).
36
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
Período Característica
37
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
duração mínima de dois dias podendo ter relação de 1:1, ou seja, um dia de treino e
outro de descanso (Matveev, 1991). O mais usual é o microciclo de sete dias em
conformidade com a duração do treino semanal. Os mesociclos geralmente possuem
duração mensal, sendo composto por alguns microciclos.
35
30
25 32
20 25 25
15
10 18
Carga em %
5
0
38
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
6
5
4
3
% de melhora anual
2
1
0
salto
salto arreme lançam
em
100 m em sso do ento do
distânci
altura peso disco
a
simples 0,96 1,35 2,40 2,58 3,11
dupla 1,55 1,46 5,05 3,85 3,87
39
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
40
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
rendimento, alguns pesquisadores sugeriram adaptações que podem ser aplicadas nos
atletas do voleibol. Então, o modelo rígido de Matveev é modificado conforme as
necessidades do treinador de voleibol.
A seleção masculina dos Estado Unidos da América que foi campeã olímpica em
1984 só realizou no seu treinamento para a Olimpíada o período preparatório de
preparação especial e o período competitivo, praticando somente treino físico de força e
sessão com bola (McGown et al., 1990). O treino aeróbio não foi prescrito porque o jogo
desenvolve esse condicionamento físico. A Figura 5 apresenta parte desse treinamento.
120
100
Saltos
1º 2º 80
60
40
Período 20
250 300 0
Competitivo Treino
Período Treino
em Treino
Preparatóri Aquecim Situação Descans
Tático
Físico de
o de 200 400 ento de Jogoe/ou o
Força
Preparção e/ou Jogo
Treino…
Especial
mínimo 15 20 60 90 5
máximo
Figura 5. Parte do treino dos estadunidenses com 20
a periodização de30Matveev90para a Olimpíada
120 10de 1984
41
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
motoras. Atualmente é sabido que muita execução do trabalho aeróbio no mesmo dia
de treino de força interfere no desenvolvimento da força. Uma alternativa é realizar em
dias alternados treino de força e aeróbio (Jensen, Jacobsen, Hetland e Tveit, 1997) ou
efetuar o mesmo que McGown et al. (1990) praticaram com os estadunidenses para a
Olimpíada de 1984, somente treino de força porque ocasiona uma melhora no consumo
máximo de oxigênio (VO2máx) em mililitro por quilograma de peso corporal por minuto
(ml/kg/min) e proporciona um incremento no salto vertical de maneira acentuada
(p≤0,05), nesse estudo foi de 10 centímetros (cm). A Figura 6 apresenta esses
resultados.
VO2máx
55
54 Salto Vertical no Ataque
53
52 105
51 100
51,6 51,7
ml/kg/min
50 95
49
cm
90 93,63
48
47 48,6 48,7 85
46 80 83,57
45 75
janeiro de março de maio de 1983 setembro de março de 82 julho de 84 (antes
1982 1982 1983 dos JO)
Figura 6. VO2máx e salto vertical da seleção masculina dos Estados Unidos da América
na preparação para os Jogos Olímpicos (JO) de 1984
42
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
50
40 47,2
30
28,4
% de Treino
20 24,4
10
0
Treino Treino Treino
Técnico Tático Físico
A equipe feminina de São Paulo não fez nenhum treino aeróbio, mas foi
evidenciada diferença estatística do VO2máx (p≤0,05), veja na Figura 9.
43
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
60
50
40
30 39,65 42,21
ml/kg/min
20
10
0
pré-teste pós-teste
Figura 9. Incremento do VO2máx somente com treino de força e com sessão com bola
O leitor observou nessa equipe feminina que aconteceu preparação geral, mas foi
realizado como treino de adaptação para realmente começar o trabalho de alta
intensidade para as voleibolistas. Monge da Silva (1988) criticou a periodização de
Matveev. Ele afirma que a divisão dos tipos de treino (técnico, tático, físico e outros)
determinado por Matveev interfere o desenvolvimento do atleta dos jogos esportivos
coletivos porque no período preparatório a ênfase da sessão é o trabalho físico. Para
evitar esse problema, Garganta (1991) recomendou o máximo de treino com bola desdo
período preparatório e Zakharov (1992) indicou treino integrado de preparação física e
de sessão com bola, sendo mais recomendado trabalho de força com treino técnico
e/ou em situação de jogo.
44
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
levam para melhorar – veja isso em Marques Junior (2012). Gomes (2009) informou
que a duração do período da periodização de Matveev merece estar de acordo com as
exigências do calendário competitivo.
45
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
Figura 11. Período de transição com a meta de perda da forma essportiva (Matveev, 1997)
Choque Forte
Ordinário Médio
Controle de Teste
46
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
47
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
48
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
Após o alto estresse das cargas de treino e/ou pouco antes da competição,
Tschiene recomendou o intervalo profilático através do descanso ativo ou passivo com
o intuito do esportista se recuperar do esforço do treino com o objetivo de ocasionar um
incremento no desempenho atlético (Tschiene, 1992). O intervalo profilático Tschiene
não informou a carga de treino (Gomes, 2009), mas 15 a 25% de carga baixa de treino
são valores com a meta de recuperar o atleta do desgaste do treino, sendo indicado do
treinador utilizar esses percentuais nessa etapa de treino (Monteiro, 2002).
Peter Tschiene recomendou ao treinador que para o atleta obter alta performance
no decorrer do ano precisa participar de muitas disputas porque a competição para
esse autor é um meio de treino de alta intensidade com a meta de preparar o esportista
para a competição alvo da temporada (Forteza, 2001). O autor alemão considera tão
importante a disputa como treino que escreveu um livro sobre esse tema com outros
pesquisadores – veja Teoría y Metodología de la Competición Deportiva (Thiess,
Tschiene e Nickel, 2004).
49
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
50
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
Salto Vertical
70
60
centímetros
50
40
30
20
10
0
julho de agosto setembr outubro novemb dezemb janeiro fevereir
98 de 98 o de 98 de 98 ro de 98 ro de 98 de 99 o de 99
Ataque 49,4 58,8 59,1 60,5 58,7 59,5 57,8 59,5
Bloqueio 38 43,4 43,4 43,4 42,7 43,5 41 44,5
51
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
Conclusiones
A periodização de Matveev foi elaborada nos anos 40 e 50, mas continua atualizada se
for feita algumas adaptações no período e tipo de treino (ênfase na força) para
estruturar o treino do voleibol da iniciação ao alto rendimento. A periodização de
Tschiene foi proposta em 1977 para ser aplicada nos esportes de força rápida e/ou de
força rápida resistência de alto rendimento, mas com adaptações é possível utilizar na
iniciação. Logo, esse modelo é adequado para ser usado no voleibol porque a principal
capacidade motora condicionante é a força rápida de resistência (Verkhoshanski,
2001). Em conclusão, a periodização tradicional de Matveev e de Tschiene merece ser
utilizada no voleibol com o intuito de maximizar o desempenho competitivo do
voleibolista.
Referencias
Afonso, J., Nikolaidis, P., Sousa, P., & Mesquita, I. (2017). Is empirical research on
periodization trustworthy ? A comprehensive review of conceptual and
methodological issues. Journal of Sports Science and Medicine, 16(1), 27–34.
Altini Neto, A., Pellegrinotti, I., & Montebelo, M. (2006). Efeitos de um programa de
treinamento neuromuscular sobre o consumo máximo de oxigênio e salto vertical
em atletas iniciantes de voleibol. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 12(1),
33-8.
Barbanti, V. (1997). Teoria e prática do treinamento esportivo. 2ª ed. São Paulo: Edgard
Blücher.
Bizzocchi, C. (2006). Planejamento em esportes coletivos. In: D. Rose Junior, (Org.).
Modalidades esportivas coletivas (p. 90-112). Rio de Janeiro: Guanabara.
Bompa, T. (2002). Periodização: teoria e metodologia do treinamento. São Paulo:
Phorte.
Calasanz, J., Martínez, R., Izquierdo, N., Pallarés, J. (2013). Efectos del entrenamiento
de fuerza sobre la resistencia aeróbica y la capacidad de aceleración en jóvenes
futbolistas. Journal of Sport and Health Research, 5(1), 87-94.
Carvalhal, C. (2001). No treino de futebol de rendimento superior. A recuperação é...
muitíssimo mais que “recuperar”. Braga: Liminho.
Carvalho, C., Vieira, L., & Carvalho, A. (2007). Avaliação, controle e monitorização da
condição física da seleção portuguesa de voleibol senior masculino – época de
52
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
53
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
54
DEPÓSITO LEGAL: BA2018000020
ISSN: 2610-8178
55