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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ÉRICA CRISTINA RODRIGUES VIDAL; 1223550-0

A PRESENÇA DO BULLYING NA VIDA DO ADOLESCENTE:


UMA REVISÃO INTEGRATIVA.
ÉRICA CRISTINA RODRIGUES VIDAL

A PRESENÇA DO BULLYING NA VIDA DO ADOLESCENTE: UMA


REVISÃO INTEGRATIVA.

TCC apresentado ao curso de graduação em


Psicologia da Universidade de Fortaleza como
requisito parcial para aprovação na disciplina
de Trabalho de Conclusão de Curso em
Psicologia.

Orientador(a): profa. Dra.Anna karynne da Silva Melo

Fortaleza
2018
2

RODRIGUES VIDAL, ÉRICA CRISTINA.


A PRESENÇA DO BULLYING NA VIDA DO ADOLESCENTE: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA. / ÉRICA CRISTINA RODRIGUES VIDAL. - 2018
25 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade


de Fortaleza. Curso de Psicologia, Fortaleza, 2018.
Orientação: Profª. Drª. Anna karynne da Silva Melo.

1. Palavras-chave: bullying; violência; adolescência;


psicologia.. I. da Silva Melo, Profª. Drª. Anna karynne . II.
Título.
3

FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ


UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS

ATA DOS TRABALHOS – 2018.1

Título: A presença do bullying na vida do adolescente:


Uma revisão integrativa.
Aluno(a): Érica Cristina Rodrigues Vidal
Orientador(a): Profª. Drª. Anna Karynne da Silva Melo
Coorientador(a):
Horário da Banca: 10:00 as 10:30
Banca Examinadora: Marcia Helena Nogueira da Silva; Rosemeire Monteiro Cardozo

O(a) Prof(a) Orientador(a) e os membros avaliadores deram início à sessão pública de


apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, no horário acima descrito, do dia 05
de Junho¬ de 2018. Em seguida, processou-se a arguição para avaliação oral, do(a)
candidato(a), pelos membros avaliadores. Encerrada a arguição e a defesa, os membros
avaliadores reuniram-se e, após avaliação conjunta dos conhecimentos demonstrados e da
capacidade de discussão e análise dos resultados, o(a) aluno(a) obteve nota
________________, devendo a versão final do trabalho, com as devidas correções, se houver,
serem entregues no prazo de 4 (quatro) dias corridos ao professor orientador.

Encontram-se anexados à ata os instrumentos de avaliação dos examinadores.

Fortaleza, ____ de ________ de _______.

Prof(a). Orientador(a): Drª. Anna Karynne da Silva Melo


1o Avaliador __ Marcia Helena Nogueira da Silva
2o Avaliador _ Rosemeire Monteiro Cardozo
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ 4
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA - UNIFOR
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
CURSO DE PSICOLOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A PRESENÇA DO BULLYING NA VIDA DO ADOLESCENTE:


UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores: Érica Cristina Rodrigues Vidal


Prof(a) Orientador(a): Drª. Anna Karynne da Silva Melo

RESUMO

INTRODUÇÃO: O bullying tornou-se um problema de saúde pública. Definido como um


comportamento violento repetido e intencional. O objetivo deste estudo foi evidenciar os
resultados da análise literária sobre a presença do bullying na vida do adolescente.
MÉTODOS: Optou-se pela realização de uma revisão integrativa da literatura onde foram
selecionados os artigos publicados em português e inglês, nos últimos 7 anos que
apresentavam os descritores: “bullying” + “adolescência”. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A pesquisa confirma resultados encontrados em trabalhos anteriores com
claras definições e conceituações sobre o tema em questão. O bullying aparece como uma
realidade presente principalmente nas escolas públicas. Trata-se de um problema complexo e
de múltiplas causas que vem sendo pesquisado extensivamente na ultima década. A revisão
apontou que a prática do bullying traz sérias consequências e pode desencadear no
adolescente vitima um reflexo inverso levando-o a assumir o papel de agressor em outras
determinadas situações. CONCLUSÃO: Constatamos mediante os estudos teóricos que a
sociedade em geral ainda apresenta dificuldade para identificar e compreender o tema em
estudo e trabalhar nas perspectivas interventivas.

Descritores: Bullying. Violência. Adolescência. Psicologia.


5

INTRODUÇÂO

O bullying é um problema que vem crescendo bastante entre os adolescentes e seus


pares, já é considerado um problema de saúde público que interfere na vida dos jovens.
Adolescência é um período de grandes mudanças fisiológicas e reorganização emocional,
psicológico e social.

Este fenômeno é um comportamento que compreende todas as atividades agressivas,


intencionais, repetidas e não provocada pelas vítimas, que possuem a intenção de causar dano
físico, psicológico, moral, dor e angústia em um ou mais jovens sendo realizados por outros
jovens, dentro de uma relação desigual de poder que pode ser em consequência da diferença
de idade, força física ou emocional e o apoio de outras jovens a quem está praticando o ato.

É uma conduta violenta, intencional e repetida, contra uma pessoa desprotegida, o qual
pode originar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo em inglês bullying é originado
da palavra bully, que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português.
(Lopes, 2005).

Essa violência é um problema de saúde pública significativa e progressiva no mundo,


com sérias repercussões individuais e sociais, essencialmente para os jovens, que se
encontram nas estatísticas como os que mais morrem e matam. O comportamento violento
que gera tanta preocupação é o seguimento do processo entre o desenvolvimento individual e
os contextos sociais como a família, amigos, escola e comunidade (Lopes, 2005).

A configuração desse problema efetiva-se em qualquer ambiente, como na rua, na


escola, na igreja, em clubes, no trabalho e etc. Muitas vezes é praticado por pessoas dentro da
própria casa da vítima, ou seja, pelos seus próprios familiares. Sendo que o lugar de maior
índice desse fenômeno são as escolas, devido ser o ambiente onde se reuni o maior número de
adolescentes diariamente e por um longo período de tempo.

Os comportamentos que caracterizam o bullying são classificados de diferentes


maneiras, direto ou indireto. São considerados bullying direto as agressões físicas como
chutes, socos pontapés, empurrões, roubo ou danos aos pertences, as agressões também
podem ser verbais, como apelidos, insultos, comentários racistas, homofóbicos, políticos,
6

sociais, físicos, econômico-sociais, culturais e morais (Rolim, 2008 apud Bandeira e Hutz
2010).

O bullying indireto é o que compreende atitudes de indiferença, isolamento, difamação


e negação aos desejos e exclusão social (Oliveus, 1993; Rigby, 1998 apud Lopes 2005). Os
ataques de bullying também ocorrem através de meios eletrônicos como mensagens, web site,
torpedos, celulares, sites pessoas difamatórios, fotos digitais. Este tipo de bullying é
conhecido como bullying eletrônico ou cyberbullying (Berger 2007 apud Bandeira e Hutz
2010).

Os alvos de Bullying muitas vezes são pessoas com baixa autoestima, pouco sociável,
inseguro e acredita não poder fazer parte de nenhum grupo, estes têm poucos amigos, é
passivo, retraído, infeliz e sofre com vergonha, medo, depressão e ansiedade. Estes também
não possuem recursos, status ou habilidades para reagir ou cessar o bullying (Lopes 2005).
Estes adolescentes costumam sentir vulnerabilidade, medo ou vergonha intensa e uma
autoestima cada vez mais baixa aumentando a probabilidade de vitimização continuada
(Middenton-Moz e Zavadski, 2007 apud Bandeira e Hutz, 2010)..

O bullying começa por uma brincadeira que pode levar a vítima a sérios danos
emocionais, físicos e sociais e deve ser combatido logo no início evitando assim graves
consequências futuras como depressão e até mesmo o suicídio.

Este estudo objetiva evidenciar os resultados da análise disponíveis na literatura sobre


a presença do bullying na vida do adolescente por meio de uma revisão integrativa. Este que é
um tema de muita relevância, pois está presente no cotidiano dos jovens e pode interfere na
formação pessoal e social do mesmo.

Em virtude deste contexto é importante estudar as relações entre bullying e


adolescência para podermos combater essa prática abusiva entre adolescentes evitando vários
agravos.

METODOLOGIA
7

Para elaboração do presente estudo, optou-se pela realização de uma revisão


integrativa da literatura. Este tipo de pesquisa caracteriza como uma metodologia que
proporciona a síntese do conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de
estudos significativos na prática (Souza; Silva; Carvalho 2010).

Para dar teor científico ao presente estudo foram seguidas todas as fases de uma
revisão integrativa são elas: 1ª Fase: elaboração da pergunta norteadora, 2ª Fase: busca ou
amostragem na literatura, 3ª Fase: coleta de dados, 4ª Fase: análise crítica dos estudos
incluídos, 5ª Fase: discussão dos resultados, 6ª Fase: apresentação da revisão integrativa
(Souza; Silva; Carvalho 2010).

Todo o estudo foi direcionado a partir da seguinte questão norteadora: Qual é o


conhecimento científico produzido nos últimos 7 anos na literatura sobre a presença do
bullying na vida do adolescente?

A busca foi realizada no mês de março de 2018, foram incluídos como referências
artigos indexados em português e inglês, publicados todos entre os anos de 2010 e 2017,
disponíveis no Scientific Electronic library online: Scielo, portal regional da Bus, os artigos
publicados em português e inglês, nos últimos 7 anos que apresentavam os descritores:
“bullying” + “adolescência”. Foram incluídos todos os artigos que no titulo abordava a
palavra bullying. Os estudos excluídos foram aqueles que retratavam sobre o bullying na fase
adulta ou velhice, aqueles que não possuíam resumo e artigos que se mantinham distantes do
propósito em questão.

De início foram encontrados 233 artigos, depois foi realizado o refinamento, onde
selecionou-se apenas artigos em Inglês e português entre os anos de 2010 e 2017 que
possuíam os resumos disponíveis, destes ficaram 73 artigos.

Foram identificados 21 artigos no Scielo, 52 no portal regional da Bus, que dão o total
de 73 artigos. Na etapa de triagem foram retirados os artigos em duplicidade (26), dessa forma
restaram 47 artigos que foram incluídos para leitura na Integra. Logo após a leitura completa
dos artigos foi identificado (24) artigos que fugiam do tema proposto e foram excluídos.
Desse modo restaram 23 artigos para compor a amostra desse estudo.
8

Os artigos que se adequaram aos critérios acima descritos tiveram seus conteúdos
analisados e categorizados em uma ficha catalográfica contendo autor, título, ano, objetivo,
tipo de pesquisa, participante, para se obter uma melhor análise dos resultados.

Destaca-se ainda que não houve a intenção de avaliar os artigos sobre aspectos
metodológicos, tendo como foco a busca pelas variáveis que pudessem trazer informações
sobre os objetivos específicos.

Foi elaborado um fluxograma para melhor entendimento de como ocorreu a busca nas
bases de dados e respectiva montagem da tabela 1 contendo a amostra final do artigo.

Figura 1: Fluxograma de amostragem da revisão integrativa, segundo The PRISMA


Group, Ribeirão Preto, 2016

SCIELO BUS MEDLINE


n=21 n=52 n=0

Artigos duplicados
Artigos encontrados
Artigos analisados n=26
n=233
após refinamento
n=73

Artigos excluídos
Artigos lidos na fora do tema
íntegra n=0
n=47

Artigos excluídos
após a leitura na
Artigos incluídos
íntegra
na RI
n=24
n=23

RESULTADOS E DISCUSSÃO
9

A amostra final desta revisão foi constituída por 23 artigos que atenderam aos
critérios da pesquisa. Quanto aos anos de publicação foi revelado que o ano de 2015 nove
(39.1%) artigos foram publicados possuindo assim o maior numero de estudos publicados
sobre a temática durante o período selecionado, seguido pelo ano de 2012 com cinco
(21.7%) artigos, depois vem os anos de 2016 e 2013 cada um com três (13,04%) artigos, e os
anos de os anos de 2010, 2014 e 2017 com o menor número de publicações com um (4,34%)
artigo cada.

Já enquanto as bases de dados foi revelado que 18 (78,26%) dos artigos foram
encontrados no BUS e 5 (21,7%) dos artigos foram encontrados no Scielo esses tiveram seus
conteúdos analisados para sintetização de suas contribuições. Dessa amostra constatou-se
que todos foram publicados entre 2017 e 2010, período este com bom índice de publicações
que abordam os descritores Bullying + adolescentes, descritos conforme tabela abaixo.

Tabela 1. Apresentação dos artigos segundo Autores, Titulo, Ano, Objetivo Tipo de Pesquisa
e Participante
Autores Título Ano Objetivo Tipo de Participante
pesquisa
Silva;Oli Associações entre 2016 Identificar e descrever Revisão Não há
veira;Bo Bullying Escolar e os principais aspectos, sistêmica de
no; Azôr CondutaInfracional resultados e conclusões literatura
Dib;Baz : Revisão veiculadas pelos
on; Iossi Sistemática de estudos.
Silva Estudos
Longitudinais.
Pigozi; Bullying na 2015 Evidenciar o que os Revisão Não há
Machad adolescência: visão pesquisadores integrativa
o panorâmica no brasileiros tem
Brasil produzido acerca do
bullying entre os
adolescentes.
Malta; Bullying em 2014 Descrever a vitimização Revisão 109.104
Porto; escolares e a prática bullying em transversal
Crespo; brasileiros: análise escolares brasileiros,
Silva;An da Pesquisa segundo dados da
drade; Nacional de Saúde PeNSE, e comparar a
Mello; do Escolar (PeNSE evolução entre as duas
Monteio. 2012) edições da pesquisa.
Continuação : Tabela 1.
Wendt; Agressão entre 2013 Apresentar uma revisão Revisão da Não há
Lisboa pares no espaço da literatura sobre literatura
virtual: definições, publicações
impactos e desafios relacionadas ao
10

do cyberbullying cyberbullying, suas


características,
impactos e desafios.
Carneiro Recuso-me a ir 2012 Alertar os médicos de Estudo de Adolescent
; para aquela escola família para a alta caso e de 15
Figueire – Um caso clínico prevalência de bullying anos
do de bullying e realçar a importância
da sua atuação na
prevenção, no
diagnóstico, no
tratamento das
possíveis repercussões e
na orientação da
família.
Monteir Valores Humanos e 2017 Presente estudo Amostra de 300
o;Medeir Bullying: Idad e e objetivou conhecer em conveniênci crianças de
os; Sexo Moderam que medida os valores a escolas
Pimentel essa Relação? humanos predizem o publicas e
; Soares; bullying, testando o particulares
Gouveia. papel moderador das
variáveis sexo e idade.
Terroso; Habilidades Sociais 2016 Verificar a associação Estudo 487
Wendt; e Bullying em entre o envolvimento observacion adolescente
Oliveira; Adolescentes em bullying, tanto na al com s de escolas
Argimon forma de vítima quanto delineament públicas e
. como agressor, e o o privadas
repertório de transversal
habilidades sociais.
Oliveira; Associações entre a 2015 Estimar a prevalência Estudo 109.104
Iossi prática de bullying de bullying, sob a transversal, estudantes
Silva; e variáveis perspectiva do agressor, de base do 9◦ ano
Mello; individuais e de em escolares brasileiros populaciona do E.F de
Prado; contexto na e analisar sua l. escolas
Malta. perspectiva dos associação com públicas e
agressores variáveis individuais e privadas.
de contexto.
Zequinã Associação entre 2016 Analisar a associação Não cita o 409
o; ser espectador e entre o papel do tipo de crianças e
Medeiro outros papéis espectador com os estudo. adolescente
s; assumidos no outros possíveis papéis Utiliza s do 3º ao
Pereira; bullying escolar de participação no questionário 7ºano
Cardoso. bullying. .

Continuação : Tabela 1.
Santos; Bullying: Atitudes, 2015 Buscou caracterizar a Pesquisa 83 alunos
Perkoski Consequências e percepção de descritiva, de 5ª a 8ª
; Kienen. Medidas professores e alunos de série do E.F
Preventivas na ensino fundamental em e 6 prof. da
11

Percepção de Relação às delineada rede


Professores e consequências, medidas pública de
Alunos do Ensino preventivas e atitudes como ensino
Fundamental adotadas frente ao survey
bullying
Medeiro Escala de 2015 Elaborar a Escala de Não cita o 455
s; Comportamentos Comportamentos de tipo de estudantes
Gouveia; de Bullying (ECB): Bullying (ECB), estudo. do ensino
Monteir Elaboração e checando evidências de Utiliza fundamenta
o; Silva; Evidências validade e precisão. questionário l de escolas
Lopes; Psicométricas . públicas e
Silva. particulares
Silva; Como você se 2015 Identificar e analisar as Estudo 232
Oliveira; sente? Emoções de emoções geradas em transversal estudantes
Sampaio estudantes após estudantes envolvidos descritivo do 6º ao 9º
; Farias; praticarem bullying em situações de ano do E.F.
Alencast bullying como
ro; Iossi agressores.
Silva
Francisc Análise do bullying 2015 Analisar, por meio da Entrevistas 6
o. escolar sob o Psicologia Histórico- e adolescente
enfoque da Cultural, as percepções questionário s
psicologia que seis estudantes dos
histórico-cultural 9º anos do Ensino Scan-
Fundamental Bullying.
Soares; Escala Califórnia 2015 Adaptar a ECVB para o Amostra de Estudo.1-
Gouveia; de Vitimização do contexto brasileiro, conveniênci 297 estud,
Gouveia; Bullying (ECVB): verificando evidências a Idade
Fonsêca; Evidências de de sua validade fatorial média de
Pimentel Validade e e consistência interna. 14 anos.
. Consistência Estudo.2 -
Interna 327 estudan
de
instituições
públicas
(80%) e
privadas(20
%)
Santos; Forms of Bullying 2015 Validar a Forms of Amostra de 377
Gouveia; Scale: evidências Bullying Scale (FBS) conveniênci estudantes
Soares; de validade de ao contexto brasileiro, a do E.F. de
Cavalca construto da versão reunindo evidências de 10 e 17
nti; brasileira validade e precisão. anos
Gouveia.

Continuação : Tabela 1.
Mattos; Bullying e as 2015 Captar as ações das Não cita o 95 crianças
Jaeger relações de gênero crianças durante o tipo de e
presentes na escola recreio escolar que de estudo. adolescente
algum modo Utiliza
12

caracterizavam-se como questionário


bullying. .
Brito; Bullying e 2013 Realizar diagnóstico Estudo 237 alunos,
Oliveira autoestima em situacional do bullying transversal, do 9º ano
adolescentes de e autoestima em do E.F., em
escolas públicas. unidades municipais de escolas
ensino, por meio de públicas
estimativa da municipais.
prevalência do bullying,
segundo o sexo, faixa e
etária.
Santos; A cultura bullying 2013 Investigar o fenômeno Estudo 5 alunos de
Martins; na escola a partir bullying entre escolares descritivo ambos os
Souza do olhar das da rede particular de de sexos, na
Filho; vítimas ensino abordagem faixa etária
Martins; qualitativa de 11 a 15
Souza. anos.
Moreno; Perfil 2012 Comparar resultados Estudo 1.507
Silva; epidemiológico de relativos ao perfil de transversal, estudantes
Ferreira; adolescentes adolescentes vítimas de descritivo. da rede
Silva; vítimas de bullying bullying de escolas pública e
Frazão; em escolas públicas públicas e privadas privada
Cavalca e privadas
nti.
Andrade Relação entre 2012 Identificar a associação Regressão adolescente
; violência física, entre o consumo de logística. s de 13-15
Yokota; consumo de álcool álcool e outras drogas e anos
Bandeira e outras drogas e o bullying com o
de Sá; bullying entre envolvimento em do 9o. ano
Silva; adolescentes situações de violência (8a série)
Araújo; escolares física entre adolescentes do E.F. de
Mascare brasileiros de 13 a 15 anos, em
nhas; escolas públicas e escolas
Malta. privadas públicas e
privadas
Bandeira Bullying: 2012 Levantar a ocorrência Estudo 465
; Hutz prevalência, de bullying em crianças transversal estudantes,
implicações e e adolescentes escolares sendo
diferenças entre os da cidade de Porto 52,7% do
gêneros Alegre. sexo
masculino.

Continuação : Tabela 1.
Moura; Prevalência e 2012 Descrever a prevalência Estudo 1.075
Cruz; características de de vítimas de bullying, transversal alunos, da
Quevedo escolares vítimas suas características e os 1ª à 8ª
de bullying sintomas associados nas série, de
13

áreas emocionais, de duas


conduta, hiperatividade escolas
e relacionamento. públicas de
E.F.
Bandeira As implicações do 2010 Investigar possíveis Estudo 465
; Hutz bullying na auto- diferenças na transversal. adolescente
estima de autoestima de s, sendo
adolescentes adolescentes envolvidos 52,7% do
em bullying, enquanto sexo
agressores, vítimas, masculino.
vítimas/agressores ou
testemunhas, por sexo.

Estes referenciais têm como principal objetivo identificar e explorar a definição de


bullying, suas causas e consequências, pois ainda é um assunto que embora esteja na mídia,
torna-se leigo aos olhos da maioria da sociedade.

Não podemos deixar de frisar o que afirma e garante a justiça brasileira, o bullying
está enquadrado em infrações previstas no Código Penal, como injúria, difamação e lesão
corporal. Entretanto, em 06 de novembro de 2015 foi sancionada a Lei nº 13.185
denominada “Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying)”. Segundo esse
documento:

“Considera-se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou


psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por
individuo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la,
causando dor e angústia à vitima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes
envolvidas”. (Brasil, 2015).

Art. 20 Caracteriza-se a intimidação sistemática (bullying) quando há violência física ou


psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e, ainda:

I - ataques físicos;

II - insultos pessoais;

III - comentários sistemáticos e apelidos pejorativos;

IV - ameaças por quaisquer meios;


14

V - grafites depreciativos;

VI - expressões preconceituosas;

VII - isolamento social consciente e premeditado;

VIII - pilhérias.

Parágrafo único. Há intimidação sistemática na rede mundial de computadores


(cyberbullying), quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar,
incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de
constrangimento psicossocial.

Art. 30 A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada, conforme as ações


praticadas, como:

I - verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;

II - moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;

III - sexual: assediar, induzir e/ou abusar;

IV - social: ignorar, isolar e excluir;

V - psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular,


chantagear e infernizar;

VI - físico: socar, chutar, bater;

VII - material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;

VIII - virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos
e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de
constrangimento psicológico e social.

Os adolescentes são os principais agressores e vítimas desta violência A utilização da


revisão bibliográfica como método em um número significativo de estudos foi relevante para
o conhecimento e aprofundamento do tema em estudo. Os artigos relevantes para a pesquisa
15

foram selecionados com base na leitura do titulo e resumo. Essa seleção seguiu o critério de
alinhamento entre bullying e adolescentes. Foram analisadas e discutidas suas relações, bem
como seu conceito, causas e consequências dentro dos textos..

Embora a discussão sobre bullying seja muito recente no âmbito cientifico,


constatamos que já existem grandes referenciais teóricos que servirão como suporte aos
pesquisadores iniciantes, bem como aos profissionais ligados diretamente ao trabalho com
os adolescentes. É considerado alvo de Bullying aquele que é exposto de maneira repetida as
ações negativas por outros jovens. Compreende-se por ações negativas as situações em que
alguém, de forma intencional ou repetida, causa dano fere ou incomoda outra pessoa (Lopes,
2005).

O adolescente sente-se intimidado pelo agressor e por vergonha, esconde esta


situação por tempo indeterminado, sofrem sozinhos e o espirito é de inferioridade. Esconder
o que esta acontecendo desencadeia no adolescentes sentimentos de impotência que os leva
muitas vezes a praticarem atos violentos contra si mesmo, como mutilação do corpo ou a
retirada da própria vida através do suicídio. O bullying é um dos principais desafios do
século XXI e precisamos estar alerta aos primeiros sinais (Oliveira, 2017).

Segundo Lopes 2005, algumas características físicas, comportamentais ou


emocionais podem tornar os jovens mais vulneráveis as ações dos autores e dificultar a
aceitação pelo grupo. O desprezo as diferenças são descritas como de grande influência no
acontecimento do bullying. No entanto é possível que os praticantes de bullying tenham
preferência e manipulem possíveis diferenças como estímulo para as agressões, sem que
existam, verdadeiramente os motivos do assédio.

Usualmente o agressor mantem um pequeno grupo em torno de si, onde procede


como o líder, esse grupo age como facilitador em suas agressões ou indicador para o alvo.
Desta forma o responsável dilui as obrigações por todos. Estes são colaboradores ou adeptos
que dificilmente tomam a decisão sobre a agressão, são inseguros e ansiosos e lá estão como
forma de proteção ou de pertencer a um grupo dominante (Lopes 2005).

Existem também aqueles que são conhecidos como testemunha do bullying, estes
fazem parte da grande maioria que não se compromete diretamente com as práticas de
bullying e frequentemente se cala por receio de virar a próxima vítima, por não saberem
16

como comportar-se e por duvidarem das ações que podem ser tomadas por outros. Este
silencio é muitas vezes interpretado como aceitação, afirmação do poder de quem pratica o
bullying (Lopes, 2005).

A maioria das pessoas que são testemunhas sente empatia pelas vítimas, estes não os
culpam pelo acontecido, não concordam com as atitudes dos praticantes e visão que pessoas
com mais autoridades interferem verdadeiramente no ato (Lopes, 2005). Também existem
aqueles que são conhecidos como alvos, autores, ou seja, estes tanto praticam como sofrem o
bullying (Lopes 2005). O grupo de vítimas/agressores manifestam o maior número de
problemas de conduta, problemas na escola, problemas com o grupo de iguais, sintomas
psicossomáticos e psicológicos, maiores encaminhamentos aos serviços psiquiátricos e uma
maior probabilidade de persistência no seu envolvimento em Bullying (Liang, Flisher, e
Lombard, 2007 apud Bandeira e Hutz 2010).

Mediante os artigos pesquisados, consultados e analisados em diversas fontes,


traçamos um paralelo entre as opiniões e conceitos atribuídos pelos autores sobre a temática
em questão.

Na investigação realizada por Silva et al. (2016) o bullying representa um problema


sério e generalizado nas escolas brasileiras que afeta a saúde dos alunos. Tem o seu conceito
baseado na proposta de Don Olweus (1993, 2013), o qual define bullying como
comportamentos agressivos e intencionais praticados entre pares, assinalados pela
repetitividade e por um desequilíbrio de poder entre os sujeitos envolvidos ( agressores e
vitimas).

O estudo realizado por Pigozi e Machado (2015) traça um conceito de adolescência e


enfatizam que é uma etapa de intensas mudanças fisiológicas, psíquicas e relacionais.
Destacam a importância da transitividade do jovem em ambientes confortáveis, o que
favorecerá o pleno desenvolvimento das faculdades cognitivas, psicológicas, emocionais e
sexuais. Definem bullying como uma subcategoria de violência, configurada em atos
agressivos, repetitivos e com assimetria de poder entre pares.

Medeiros et al.(2015) Classifica o bullying em quatro tipos de grupo: agressores,


vitimas, agressores/vitimas e testemunhas. Utilizaram a metodologia qualitativa, através dos
recursos da observação participante e de grupos focais. Mediante as observações e
17

conceituação da intimidação, reforçam que ela não é um ato de agressão gratuita, mas sim
uma situação de violência marcada por descriminação e preconceitos, socialmente
construídos e sustentados por uma cultura escolar que fica alheia a esse fenômeno.

O artigo de Wendt e Lisboa (2013) vem com o propósito de analisar o processo de


Cyberbullying enquanto categoria especifica, única e sem precedentes de violência, pode ser
mais abrangente por ocorrer a qualquer momento e sem um espaço circunscrito e delimitado
fisicamente. Com seu estudo conclui-se que as vitimas de cyberbullying podem estar mais
propensas a tentarem suicídio, bem como mais vulneráveis ao desenvolvimento de
transtornos emocionais e sociais, elevando o uso de substâncias psicoativas pelo
desenvolvimento de ansiedade e depressão.

A pesquisa de Monteiro et al. (2017) investigaram por meio de questionários


aplicados aos estudantes de escolas públicas e particulares, que medidas os valores humanos
predizem o bullying mediante a variável sexo x idade. Os resultados indicaram
comportamentos de bullying. Concluíram que os valores humanos são uma variável
importante para compreender este tipo de comportamento agressivo entre pares.

Após analise sintética das obras literárias, as quais apresentam claras definições e
conceituações do fenômeno bullying, proporcionando uma maior proximidade, precisão e
coerência entre os resultados obtidos por diferentes pesquisadores. Todos em comum
atribuem a mesma definição e características ao bullying, bem como seus indicadores de
risco.

A pesquisa confirma resultados encontrados em trabalhos anteriores com claras


definições e conceituações sobre o tema em questão. O bullying aparece como uma realidade
presente principalmente nas escolas públicas. Trata-se de um problema complexo e de
múltiplas causas que vem sendo pesquisado extensivamente na ultima década.

É interessante observar que quem pratica bullying o faz por querer ser mais popular,
sentir-se poderoso, no comando da situação. Atua de forma violenta contra outra que é
aparentemente mais frágil, incapaz de defender-se, com o propósito de menosprezar, lesar
mesmo sem ter ocorrido instigação pela vítima ( Berger 2007 apud Bandeira e Hutz 2010).
O autor do bullying é popular, inclina-se a portar uma diversidade de comportamentos
antissociais, em diversos momentos é agressivo inclusive com adultos, impulsivo, possui
18

uma opinião positiva sobre si mesmo, constata seu comportamento agressivo como uma
qualidade, habitualmente é mais forte que a vítima, sente prazer em causar danos a outros.

Usualmente o agressor mantem um pequeno grupo em torno de si, onde procede como
o líder, esse grupo age como facilitador em suas agressões ou indicador para o alvo. Desta
forma o responsável dilui as obrigações por todos. Estes são colaboradores ou adeptos que
dificilmente tomam a decisão sobre a agressão, são inseguros e ansiosos e lá estão como
forma de proteção ou de pertencer a um grupo dominante (Lopes 2005).

No presente estudo constatamos que as ocorrências desse fenômeno acontecem sem


um aparente motivo, e que os agressores já foram também vítima de algum tipo de violência.
E essa violência torna-se contínua e qualquer diferença na vítima independente de qual seja, é
motivo para não aceitação, fato que gera atos violentos e não está presente só no contexto
escolar, mas sim em todo âmbito social. As agressões causam sérios danos e afetam a vida
estudantil de crianças e adolescente, bem como a convivência familiar, social e seu
desenvolvimento intelectual, levando-os muitas vezes a recusarem a inda à escola. A vítima
muitas vezes tolera as agressões para se fingir de forte ou em nome de uma amizade, mas no
seu íntimo sente-se mal e seu ego desmorona.

O adolescente sente-se intimidado pelo agressor e por vergonha, esconde esta situação
por tempo indeterminado, sofrem sozinhos e o espirito é de inferioridade. Esconder o que esta
acontecendo desencadeia no adolescentes sentimentos de impotência que os leva muitas vezes
a praticarem atos violentos contra si mesmo, como mutilação do corpo ou a retirada da
própria vida através do suicídio. O bullying é um dos principais desafios do século XXI e
precisamos estar alerta aos primeiros sinais. É uma ameaça diária a integridade física e
psíquica do ser humano. Não podemos permitir que atos de violência sejam elas verbais,
físicas ou psicológicas sejam camufladas pelas escolas ou outras repartições como
“brincadeiras de mau gosto”, essa associação deixa a mercê os agressores sem as devidas
repreensões e ou punições.

Além disso, detectou-se nos artigos estudados que a prevalência da prática de bullying
é proporcionalmente maior no sexo masculino do que entre o sexo feminino. E esses
praticantes teem dificuldade de relacionamentos pessoais e sociais. Segundo Lopes 2005,
algumas características físicas, comportamentais ou emocionais podem tornar os jovens mais
vulneráveis as ações dos autores e dificultar a aceitação pelo grupo. O desprezo as diferenças
19

são descritas como de grande influência no acontecimento do bullying. No entanto é possível


que os praticantes de bullying tenham preferência e manipulem possíveis diferenças como
estímulo para as agressões, sem que existam, verdadeiramente os motivos do assédio.

Também existem aqueles que são conhecidos como alvos, autores, ou seja, estes tanto
praticam como sofrem o bullying (Lopes 2005). O grupo de vítimas/agressores manifestam o
maior número de problemas de conduta, problemas na escola, problemas com o grupo de
iguais, sintomas psicossomáticos e psicológicos, maiores encaminhamentos aos serviços
psiquiátricos e uma maior probabilidade de persistência no seu envolvimento em Bullying
(Liang, Flisher, e Lombard, 2007 apud Bandeira e Hutz 2010).

Os autores destacam ainda que existem aqueles que são conhecidos como testemunha
do bullying, estes fazem parte da grande maioria que não se compromete diretamente com as
práticas de bullying e frequentemente se cala por receio de virar a próxima vítima, por não
saberem como comportar-se e por duvidarem das ações que podem ser tomadas por outros.
Este silencio é muitas vezes interpretado como aceitação, afirmação do poder de quem pratica
o bullying (Lopes, 2005).

Diversos fatores contribuem para a pratica do bullying, dentre estes podemos citar o
sentimento de superioridade, de impunidade e transtorno de caráter. Ao autor dessa pratica
falta-lhe o respeito ao próximo, as regras e a ideia do que é justiça.

Para a prevenção faz-se necessário propostas que impetrem todas as dimensões deste
fenômeno social. Entre essas dimensões podemos destacar a família e a escola que
desempenham papeis complementares na formação do ser humano

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos estudos encontrados para realização desse trabalho, pode-se concluir que
o bullying é um acontecimento vivenciado frequentemente pelos adolescentes nos mais
diversos ambientes. A palavra bullying é um termo que a literatura encontrou para amenizar
sua real significação “tirano, brutal” que se resumem em atos violentos e banais.
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Esses atos violentos são praticados por pessoas que também já foram vítimas e se
tornaram agressores. Essas atitudes geram graves problemas psicológicos, sociais e morais. O
comportamento violento que gera tanta preocupação é o seguimento do processo entre o
desenvolvimento individual e os contextos sociais como a família, amigos, escola e
comunidade. A configuração desse problema efetiva-se em qualquer ambiente, como na rua,
na escola, na igreja, em clubes, no trabalho e etc. Muitas vezes é praticado por pessoas dentro
da própria casa da vítima, ou seja, pelos seus próprios familiares.

A prática do bullying traz sérias consequências e pode desencadear no adolescente


vitima um reflexo inverso levando-o a assumir o papel de agressor em outras determinadas
situações. As vítimas de bullying podem desenvolver quadros sintomáticos e assintomáticos,
tais como: depressão, agressividade, isolamento social, dentre outros e pode ocorrer em
qualquer ambiente.

O bullying tem sido considerado, nas últimas décadas um fenômeno preocupante para
professores, psicólogos e outras áreas do conhecimento. É um fenômeno que gera
instabilidade na convivência interpessoal, dor, sofrimento as pessoas, tanto as vítimas como
os agressores e as testemunhas.

A pesquisa investigou a presença e impactos do bullying na vida do adolescente.


Impactos estes que afetam os envolvidos de diversas formas e intensidades. No caso da vítima
está sujeita a desenvolver sentimentos de medo, baixa estima, dificuldade de aprendizagem e
até mesmo depressão. No caso dos agressores, estes desenvolvem dificuldade de
relacionamentos em geral, dificuldade em cumprir regras, e tem uma grande tendência a fazer
uso de substancias ilegal. Esse fenômeno é pouco perceptível pelos pais e familiares e sua
prática vem de um indivíduo que sofre ou já sofreu algum tipo de violência.

Conclui-se através dessa revisão integrativa que a sociedade em geral ainda apresenta
dificuldade para identificar e compreender o tema em estudo e trabalhar nas perspectivas
interventivas. Mesmo com todos os estudos e publicações, ultimamos que ainda é emergente
as discussões e estudos empíricos que envolvam essa temática abordada, pois há uma
necessidade imediata de compreender e intervir em problemas sociais que, como o bullying,
tornam a saúde do adolescente vulnerável. O mesmo ocorre dentro de um contexto social
amplo e que suas motivações são diversas.
21

Precisamos estar atentos e oferecer apoio àqueles que sofrem bullying, com conversas
sobre os sentimentos que os atormentam. A prática do bullying não deve ser considerada
como característica normal do desenvolvimento do adolescente, mas, sim, um indicador de
risco.

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