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ECONOMIA

CRIATIVA
Diferença entre economia criativa x
colaborativa x era do
compartilhamento
ECONOMIA CRIATIVA

ECONOMIA CRIATIVA
D I F E R E N Ç A E N T R E E C O N O M I A C R I AT I VA X
C O L A B O R AT I VA X E R A D O C O M PA R T I L H A M E N TO

Os termos são parecidos e nos induzem a pensar que são a mesma coisa, mas não! O que
existe é uma estreita relação, logo estão interligados.

A economia e consumos colaborativos são baseados em uma reinvenção de antigos


comportamentos mercantis como por exemplo, o escambo, ou seja, troca de mercadorias
ou serviços sem fazer uso de moeda, é uma das ferramentas do consumo colaborativo,
muito importantes para desenvolvimento econômico e social. Com estes processos, troca-
se experiências, se conhece pessoas e ajuda o planeta tornando sonhos possíveis. Em
pleno século XXI capitalista e usufruindo de todas essas ferramentas, que a tecnologia
pode disponibilizar.

Isto indica, profundas mudanças de paradigmas no cenário de empresas e de toda a


sociedade, na maneira de entendimento das relações econômicas.

Nesta economia, o acesso é mais valioso do que a posse do bem ou do serviço e, isso é
uma desconstrução de valores que foram impostos, ao longo dos anos, por nossa sociedade
e por isso, algo ainda tão inovador, com poucos autores que falam a respeito do conceito,
e de difícil entendimento do sistema utilizado e do porquê do bem-estar e confiança nas
relações humanas.

Ainda na economia colaborativa são utilizadas 3 modalidades, que podem ou não envolver
lucros, a seguir vamos descrever cada uma delas detalhadamente:

 Um sistema de produtos e serviços, em que paga-se pela fração de uso. Aqui


temos um único bem, de uma pessoa qualquer, sendo compartilhado com uma rede
de pessoas envolvendo um valor monetário.

 Mercados de redistribuição, associados a trocas e doações como por exemplo, a


troca ou doação de roupas. Outro exemplo é o Bliive, que é uma rede alternativa
de troca de tempo, a plataforma permite que uma pessoa ofereça, por exemplo,

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uma hora de aula de violão e em troca recebe uma outra atividade disponível na
plataforma, como aula de gastronomia, ajuda na mudança ou alguém para passear
com o cachorro.

 Estilos de vida colaborativos, em que há tendência à troca e ao compartilhamento


de ativos intangíveis como tempo, espaço, habilidades e dinheiro, como exemplos
temos: o Crowdfunding (financiamento coletivo), que possui uma estreita ligação
com a economia criativa, o Coworking (compartilhamento de espaços de trabalho),
o Crowdsourcing (modelo de criação e/ou produção, que conta com a mão-de-obra
e conhecimento coletivos, para desenvolver soluções e criar produtos) e também o
Couchsurfing (hospedagem solidária).

Como todos esses conceitos são muito novos e cada estudioso do tema tem uma
percepção, na visão da pesquisadora Lala Deheinzelin, as 3 economias estão no começo,
mas têm um grande potencial pela frente:

 Elas vão juntar três grandes dinâmicas exponenciais: conhecimento, criatividade e


processos distribuídos em rede. Temos aí uma possibilidade quase infinita de
soluções para empresas, comunidades, países e um mundo melhor.

Logo, ela destrincha economia colaborativa e economia compartilhada considerando duas


economias diferentes, por ser centralizada ou não.

Segundo ela, a economia compartilhada usa as novas tecnologias para mapear as


estruturas já existentes e costuma ser um processo centralizado. Por meio de uma
plataforma, por exemplo, pessoas de diversas partes do mundo estão conectadas e podem
colocar seus bens à disposição ou alugar um bem de outra pessoa por um preço mais
acessível. Isto quer dizer que a economia compartilhada possui processos colaborativos.
Segunda ela, o processo usa a rede, mas não é a rede em si, pois iniciativas do tipo são
regulamentados e administrado pelos donos dos bens, apesar de estar aberto a
compartilhamento de experiências e construção de feedbacks, entre os próprios usuários
do serviço, formando uma grande rede de colaboração.

A economia colaborativa já tem um processo descentralizado e cada indivíduo contribui


com uma parte, em prol de uma causa comum a todos, como por exemplo a Wikipédia,
que permite, que pessoas do mundo todo se conectem, para escrever artigos sobre
diversos assuntos na enciclopédia digital. Tomando este conceito como base, o Guia de
Turismo Acessível, que foi citado na unidade Turismo Acessível, também faz parte da
economia compartilhada, uma vez que o próprio usuário coloca as informações no sistema,
logo é de exclusiva e integral responsabilidade deste usuário, as avaliações e comentários
sobre os estabelecimentos e atrações turísticas postadas. É uma rede onde as pessoas

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confiam umas nas outras, na veracidade das informações e cada um coparticipa um pouco
da autoria.

A Economia Criativa usa o capital intelectual das pessoas para gerar novos bens e serviços
inovadores não só nas artes, mas em diversos setores e envolvendo diferentes atores, logo
é transdisciplinar.

Com estes novos conceitos e esta nova economia podemos identificar novas linguagens
artísticas, formas de comportamento e de produzir as coisas. Quanto mais tivermos
liberdade para as práticas colaborativas na rede, mais extensa se torna a inteligência
coletiva e, consequentemente o seu potencial criativo.

As pessoas estão conectadas e compartilhando informações em uma grande teia, as redes


onde as ofertas e demandas se conectam, os bens ociosos são transformados em recursos,
o dinheiro cresce exponencialmente, pois gera-se abundância, cria-se novas moedas de
troca, cria-se ferramentas de comunicação para as massas e os valores de coisas materiais
são transferidos para os imateriais e, com estas colaborações podemos vivenciar novos
negócios e novas maneiras de viver e de ser!

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