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1. Introdução
2. Fundamentação Teórica
3. Competência Discursiva1.
Antes de iniciar sobre como se deu minha aprendizagem de espanhol, farei uma
breve explanação sobre os estilos de aprendizagem. Segundo Paiva (2005),
1
Os textos-base para este tópico e o de interlíngua são em espanhol. A tradução é de minha
responsabilidade.
estilos de aprendizagem são características internas nem sempre
conscientes. Associadas aos estilos estão as ações utilizadas pelos
aprendizes, geralmente, de forma consciente, para impulsionar sua
aprendizagem. Essas ações são as estratégias de aprendizagem.
Sabemos que existem sete estilos, quais sejam, físico, intrapessoal, interpessoal,
lingüístico ou verbal, matemático, musical e visual. Posso caracterizar, prioritariamente,
meus estilos a partir de três deles: intrapessoal, definido como aquele sujeito que
aprende sozinho e apresenta melhor desempenho quando deixado à vontade;
interpessoal, definido como aquele sujeito extrovertido, prestativo e que se relaciona
bem com todos e lingüístico/verbal, definido como aquele sujeito que tem facilidade ao
expressar-se como a palavra, seja na escrita ou na fala.
De forma menos intensa, tive menos influência dos estilos: físico, sujeito inquieto
e que se expressa bastante através do corpo; matemático, indivíduos que fazem uso do
raciocínio lógico, de números, solucionam problemas complexos; musical, indivíduos
que se interessam por sons e músicas, indentificando-os e visual, indivíduos que se
identificam com pinturas, cores e imagens.
Segundo Grinffin (2005, 91), o termo interlíngua foi utilizado pela primeira vez
por Selinker em 1972 e se referia à aquisição de L1. Selinker identificou algumas
estratégias que os aprendizes usam para chegar às hipóteses sobre os significados e usos
da língua: transferência (de L1), sobregeneralização de regras, transferência de
instrução, estratégias de aprendizagem e estratégias de comunicação.
A seguir relato minha experiência como estudante/professor de língua espanhola.
É possível identificar quais estilos de aprendizagem foram utilizados por mim até o
presente momento.
O início da minha aprendizagem de segunda língua deu-se aos 15 anos de idade,
no ano de 1998. Uma aluna do 2º ano do Ensino Médio organizou o curso e as aulas
foram ministradas na própria escola, COOPEFOR (Colégio Cooperativo de Fortaleza)
com duração de 2h/a, duas vezes por semana. O número de estudantes não ultrapassava
quinze.
Comecei a freqüentar o curso por curiosidade. Tinha certa familiaridade com a
língua inglesa e no decorrer das aulas descobri minha aptidão para idiomas. Anos
depois iniciei o francês e, no momento, estudo alemão.
O livro adotado no curso no colégio foi o Ven 12. Estudamos as unidades
correspondentes ao 1º semestre de um curso de idiomas. Em 2000.1 ingressei na Casa
de Cultura Hispânica da UFC no 2º semestre, após realizar teste de nível. Finalizei em
os sete semestres em 2002.2. Os livros adotados foram o Ven 1, Español Sin Fronteras
23 e 34 e Punto Final5.
Passei no vestibular para o Curso de Letras Português/Espanhol da UECE em
2000.2, onde conclui em 2004.2. Em 2005 me apresentei para a convocatória do teste de
proficiência do espanhol, D.E.L.E. nível Superior (Diploma de Español como Lengua
Extranjera6), no qual fui aprovado.
Um dos assuntos que ficaram bem consolidados na minha aprendizagem de
espanhol como língua estrangeira (ELE) foi o alfabeto. A professora no 1º semestre nos
passou todas as diferenças fonéticas e fonológicas entre o espanhol falado na Espanha e
na América.
No início, fazia algumas transferências do português para o espanhol, sobretudo
em palavras com escrita semelhante, por exemplo7, próprios (própio), laranja (naranja);
usava inadequadamente o acento, como em són (son), bién (bien). Para evitá-las
marcava um “X” e copiava ao lado a forma correta.
Quando ingressei no ensino superior, fiquei um pouco desmotivado. Na verdade,
estava revendo conteúdos de gramática vistos no curso de línguas na UFC. No entanto,
copiava tudo, assistia e participava de todas as aulas, como forma de revisar os assuntos
e/ou aprender algo novo que não fora fixado no curso de espanhol. Confesso que nos
primeiros dois anos, não tive dificuldades para acompanhar as aulas na graduação como
alguns colegas de sala. Fazia os trabalhos com afinco e dedicação. Quando começamos
a estudar a literatura hispano-americana e espanhola, voltei a ficar motivado. Saímos
das regras gramaticais e partimos para outro universo.
Durante o processo de aprendizagem do espanhol até o presente momento faço
uso de algumas técnicas, quais sejam, a cópia de palavras desconhecidas como forma de
2
VIUDEZ, F. C et al. Ven 1. Libro del Alumno. 3ª reimp. Madrid: Edelsa, 1997.
3
LOBATO, J. S. Español sin fronteras 2. 2ª ed. Libro del Alumno. Nivel Intermedio. Madrid: SGEL,
1999.
4
____________. Español sin fronteras 3. 2ª ed. Libro del Alumno. Nivel Avanzado. Madrid: SGEL,
2000.
5
LOSA, M. del C. M de la y RODRÍGUEZ, M. R O. Punto Final. Curso Superior E.L.E. 1ª reimp.
Madrid: Edelsa, 1998.
6
http://diplomas.cervantes.es/index.jsp
7
Os exemplos deste trabalho foram extraídos dos livros, das anotações em sala, das avaliações, que fiz
durante meu processo de aprendizagem de espanhol na Casa de Cultura Hispânica e na UECE.
fixar e ampliar o léxico; analogias entre a língua materna, português, e a língua-alvo;
fixação de estruturas lingüísticas, semânticas e pragmáticas da língua espanhola; leitura
de livros/jornais/revistas em espanhol; audição e cópia de músicas (“tirar de ouvido”);
assisto filmes/DVD em espanhol; pesquiso na internet; procuro participar de eventos
acadêmicos voltados para o ensino/pesquisa de língua espanhola, dentre outros.
5. Conclusão
Neste breve relato, tentei sintetizar as teorias apreendidas em sala de aula e minha
prática como aluno/professor de língua. Existe todo um processo que inclui diversas
variantes e o conjunto de todos estes fatores eclode na aprendizagem. No entanto,
fatores adversos se apresentaram e cabe ao aprendiz ou professor tentar solucioná-los.
6. Referências Bibliográficas