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1ª edição

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Uso Tópico
e Diluição dos
C 5
Óleos Essenciais
DILUIÇÃO EM ÓLEOS CARREADORES
Como você já sabe, ao chegar nesta apostila C5, os óleos essenciais (OEs) são muito
concentrados e poderosos. Por este motivo, o uso tópico dos OEs requer cuidados de diluição
bastante específicos para sua segurança.
Sempre dizemos que OEs precisam ser puros para serem potentes e terem grau terapêutico, mas
isso NÃO significa que você deva aplicá-los puros em sua pele... por, pelo menos, 4 motivos:

Oes precisam ser diluídos para não provocarem reações em peles mais sensíveis.
01 Isso inclui pessoas com maior sensibilidade natural ou em razão da idade (ex:
bebês, idosos e crianças), mas também áreas do corpo com maior sensibilidade
como o uso facial e em mucosas.

Alguns OEs são reconhecidamente fortes e capazes de provocar reações mesmo em


02 peles não sensíveis, por exemplo os OEs de: Canela, Cravo, Orégano, Tomilho,
Pimenta Preta, Gengibre, Eucalipto, Capim-Limão, Hortelã-Pimenta, Hortelã-Verde,
Funcho doce, Gerânio, Limão Tahiti, Bergamota e Cedro.

Oes contém substâncias químicas voláteis que se perdem no ar rapidamente.


03 Embeber elas em “óleos-vegetais-fixos-graxos-carreadores” (ou, abreviando: OCs)
faz com que a volatilização dos componentes úteis seja drasticamente reduzida,
permitindo que o OE fique mais tempo em contato com a pele e possa assim ser
melhor assimilado pelo corpo. E para que seja ainda melhor absorvido destaca-se o
próximo motivo...

Uma gota de OE guarda em si uma imensa potência... são milhões de moléculas


04 orgânicas ativas existentes em uma única gota. Assim sendo, a diluição em OCs
permite melhor aproveitamento desta potência, fazendo com que estas moléculas
orgânicas ativas dos OEs se espalhem e entrem em contato com uma superfície
maior do nosso corpo, o que significa mais células receptoras para assimilar suas
propriedades.

você sabia?
As propriedades existentes em uma gota de Hortelã-Pimenta equivalem
a que existem acumuladas em 28 xícaras de chá de hortelã.
A regra, portanto, é sempre diluir OEs em OCs! E é importante lembrar que OEs
são lipossolúveis (lipofílicos), isto é, diluem-se em gorduras como óleos
vegetais, cremes, manteigas, etc. Mas não diluem-se em água (hidrofóbicos)
e, por este aspecto, são chamados de “óleos”.

IMPORTANTE:
A regra de sempre diluir tem raras exceções. Por exemplo, a Lavanda ou a Melaleuca podem
ser usadas puras para tratamento de uma área afetada da pele. Mas, ainda assim, para conter
a volatilização, nós costumamos diluir em pelo menos um pouquinho de OC, numa proporção
de 1:1 (ou seja 50%).

É importante você considerar que exceções como esta somente devem ser aplicadas quando
orientado expressamente. Do contrário, para uso tópico, o OE deve ser sempre diluído, não
apenas por economia destas preciosidades, mas principalmente para melhor impacto positivo na
sua saúde e bem-estar.

Costuma-se dizer genericamente que “em termos de diluição, menos é sempre mais”. De um
modo geral, pelos motivos já listados acima, isso é verdade! Contudo, no limite da extrapolação
deste ditado, uma gota de OE em um oceano de OC não faz muito sentido...
Então, é preciso compreender as referências gerais de percentual de diluição (veja na próxima
página a Tabela com a ilustração “esquemática” que fizemos, com todo carinho, para você
guardar e consultar sempre que precisar).

O QUANTO DEVO DILUIR?


O percentual de concentração dos OEs varia conforme o uso e depende de quem usa. De um modo
geral, as concentrações indicadas variam de 0,5% até, no máximo, 10%. Pode parecer muito
pouco, acredite e experimente, não é! Lembre-se sempre que a diferença entre remédio e veneno,
muitas vezes, está na dose!

Se tivesse uma concentração padrão, um valor único de referência, ele seria 3%. Esse é o
percentual admitido como o limite de uso seguro de qualquer OE. É, também, o percentual
utilizado normalmente nos cosméticos naturais que você pode produzir com os óleos essenciais.
Acima dos 3%, somente para tratamentos de massagem não recorrentes (4%), dores agudas,
inflamações sérias e acne severa (5%), e tratamento de problemas crônicos, doenças
degenerativas, infecções e inflamações graves (10%).

De outro lado, concentrações abaixo da referência padrão são recomendadas para: peles
sensíveis, idosos e massagens recorrentes (2%), crianças, grávidas e pessoas com saúde
debilitada (1%) e uso facial, em mucosas e em bebês acima de 3 meses (0,5%).

DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS DE OEs E OCs


Destacamos, primeiramente, as semelhanças. Óleos carreadores e óleos essenciais são, ambos,
óleos vegetais, ou seja: possuem propriedades ativas fornecidas pela natureza.

Já as duas maiores diferenças entre eles é que OCs não são voláteis e sua extração é muito mais
barata. Mas, não se engane buscando o mais barato! Para usufruir de suas propriedades é tão
importante ter OCs de boa qualidade quanto é ter os melhores óleos essenciais do mundo!

Os OCs são, quase sempre, obtidos por prensagem a frio das sementes de diferentes
oleaginosas. E, portanto, assim como os OEs, possuem propriedades diferentes quando as fontes
vegetais são distintas.
PROPRIEDADES E BENEFÍCIOS DOS OCs
A gente fala bastante da importância da diluição dos OEs em OCs – porque ela é, de fato, muito
importante!!! Mas, não pense que os OCs servem, apenas, para diluição de OEs! É isso mesmo!
Lembram das semelhanças entre OEs e OCs? Possuem propriedades ativas fornecidades pela
natureza! Então, vamos falar das propriedades, dos benefícios e das melhores formas de usar os
“óleos-vegetais-fixos-graxos-carreadores” (OCs).

De um modo geral, OCs são ricos em emolientes, que ajudam a evitar a perda excessiva de água
da pele. É graças à essa propriedade, que os OCs são capazes de impedir a volatilização rápida
dos óleos essenciais. Isso, quando diluímos os OEs na proporção adequada, que proporcionará o
melhor resultado de tratamento, sem agredir o organismo com a imensa potência dos OEs.

OCs também exigem cuidados com a armazenagem, pois eles oxidam com mais facilidade, uns
até mais que outros, e acabam ficando 'rançosos' com o tempo.

você sabia?
Podemos adicionar um pequeno
percentual de OEs nos OCs (preparar
algumas sinergias diluídas) e isso vai
aumentar a vida útil do óleo vegetal fixo.

QUAL OC É O MAIS ADEQUADO?


Imagine que você quer fazer uma massagem com OE de Alecrim, mas não sabe qual OC usar...

Seu objetivo terapêutico é, por hipótese, uma massagem que melhore a circulação combatendo
as dores nas pernas e fortalecendo o sistema imunológico...

Neste caso, a melhor indicação seria usar OC de Castanha do Pará chegando a concentração de
5%, com algumas gotinhas de OE de Alecrim e voilá! Incrível, não?!!?
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Fontes Bibliográficas:
riquezadosoleos A BÍBLIA DA AROMATERAPIA: o guia definitivo para
@riquezadosoleos o uso terapêutico dos óleos essenciais – 2015
EMOTIONS & ESSENTIAL OILS: a modern resource
aromaeducadores for healing | emotional reference guide – 6ª ed.
aromaeducadores.com.br 

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