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MÉTRICA GREGA
A métrica grega compreende os metros líricos, i.e., (i) os metros cantados, com
acompanhamento musical, da poesia monódica e coral (lírica monódica, lírica coral, monódio e
cantos corais do drama), (ii) os metros recitativos, sem acompanhamento musical, da poesia
épica e das partes dialogadas do drama e (iii) os metros recitativos com acompanhamento
musical. Esse segundo tipo de recitação era chamado parakataloghv e foi usado pela primeira
vez por Arquíloco, como diz Plutarco (cf. Sobre a Música, 28).
I - NOÇÕES GERAIS
A disciplina que trata da arte da versificação pode ser dividida nas seguintes partes: prosódia,
métrica e estrófica. A prosódia estuda a quantidade das sílabas que constituem a palavra. Os
símbolos que indicam a duração quantitativa das sílabas são ± (breve) = 1 tempo ou mora
(crovno") e – (longa) = 2 tempos ou morae. A métrica se ocupa da unidade métrica que constitue o
verso ou o grupo de versos: a menor unidade métrica é a dipodia (suzugiva), conforme a
denominação dos metricólogos antigos. A estrófica trata do estudo da constituição métrica dos
cantos. Estes são alguns termos técnicos usados nos estudos de métrica grega:
(i) acefalia - queda de uma sílaba no início de um verso.
(ii) catalepse - queda de uma sílaba no final de um verso.
(iii) hipercatalepse - acréscimo de uma sílaba no final de um verso.
(iv) anáclase – mudança de lugar, no metro, de uma sílaba longa com uma sílaba breve.
(v) iato (casmw/diva) - quando duas vogais com função silábica são contíguas.
(vi) anceps (ajdiavforo") - sílaba que, pela posição particular no colon ou no verso (no início ou no fim),
pode ser indiferentemente longa ou breve.
(vii) sinízese (sunivzhsi") - consiste em considerar, numa mesma palavra, como uma única sílaba duas
sílabas consecutivas. Por ex: qew'n, a[nqea, porfurevh/, povlio".
(viii) sinecfônese (sunekfwvnhsi") ou sinalefe (sunaloifhv) - é um caso especial de sinízese; consiste em
considerar duas sílabas, uma no fim, a outra no início da palavra, como uma única sílaba. Por ex:
ejgw; ou[te, ejpei; ou[te, h] oujk.
(ix) cesura (tomhv) - pausa métrica depois do fim de uma palavra.
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(x) diaíresis (diaivresi") - pausa métrica que coincide com o fim de um metro.
II- PROSÓDIA
2) ESPONDEU: - -
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4) JAMBO: ˘ -
5) TROQUEU ou COREU (ou um iambo invertido): - ˘
6) TRÍBRACO: ˘ ˘ ˘
7) CRÉTICO (“Cretense”): - ˘ -
11) EPITRITO: - ˘ - - ; - - ˘ - ; ˘ - - - ; - - - ˘
IV - MÉTRICA
1- HEXÂMETRO DACTÍLICO (metro homérico por excelência): consiste em seis pés, dactílicos
ou espondeus:
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1.1 - Cesura
OBS: (1) As cesuras mais usadas são a masculina (ou Pentemímerae) e a feminina;
(2) A cesura Diaíresis Bucólica tem esse nome devido a sua freqüência na poesia bucólica alexandrina;
(3) A cesura Tritemímera é acompanhada geralmente por uma Heptemímera ou por uma Diaíresis Bucólica. É uma cesura
secundária.
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2- TRÍMETRO JÂMBICO ou SENÁRIO DE SEIS PÉS (metro trágico-cômico por excelência, em
suas partes dialogadas): consiste em três duplas de pés jâmbicos (ou dípoda):
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2.1- Cesura
a) Pentemímera (penqhmimerhv"): ˘— - ˘ - | ˘— || - ˘ - | ˘— - ˘ -±
b) Heptemímera (eJfqhmimerhv"): ˘— - ˘ - | ˘— - ˘ || - | ˘— - ˘ -±
c) Mediana: ˘— - ˘ - | ˘— - || ˘ - | ˘— - ˘ -±
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BIBLIOGRAFIA
- GENTILI, Bruno, La Metrica dei Greci, Firenze: Casa Editrice G. D’ Anna, s.d.