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A Honestidade: O terapeuta se mantém honesto a respeito de suas
qualificações e treinamento, dos limites da terapia e de sua capacidade para
atender adequadamente determinados casos. Deve apresentar realisticamente
ao paciente a utilidade ou necessidade de outros instrumentos e da
intervenção de profissionais de áreas afim, tais como médicos psiquiatras ou
neurologistas. Pertence ao âmbito da honestidade do terapeuta esclarecer o
paciente, quando apropriado, a respeito de sentimentos, erros, falhas, e a
respeito dos valores que norteiam sua atuação, instrínsicos ao seu trabalho e
à sua visão de ser humano.
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responsabilidade consciente de seu ego, não se identificando com qualquer
arquétipo de cura ou salvação. Não estando mediunicamente incorporado e
nem representando qualquer poder superior, o terapeuta trabalha com sua
própria consciência, estando, portanto, sujeito ao conflito moral, sendo
responsável por encontrar respostas compatíveis às situações apresentadas
pelo paciente, reservando-se a liberdade que permite a escolha da atuação e,
portanto, o ato ético, lembrando que está sujeito tanto à lei comum quanto
aos princípios orientadores evocados a partir de sua experiênca individual
com o Self, dentro de um processo maior, onde há um encontro com a
humanidade dentro de si e uma habilidade para arcar com a tensão gerada
pelas polaridades opostas.
O terapeuta aceita a noção de livre arbítrio também para o paciente, não
forçando seu desenvolvimento em nenhuma direção: a escolha é livre,
mesmo que antagonize as direções da personalidade mais ampla do paciente.
A vontade do ego pode, muitas vezes, se sobrepor à do Self. As
consequências serão responsabilidade do paciente, nunca encaradas como
um castigo, mas um retorno da energia assim direcionada.
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paciente e terapeuta. O primeiro ponto corresponde ao próprio sujeito, o
segundo ao objeto percebido, e o terceiro ao campo entre e acima destes, não
perceptível pelos sentidos, mas pelos olhos da alma (psique),
correspondendo a um ponto virtual projetado no espaço pelo terapeuta, que
assim entra em contato consciente com a realidade do Self, permitindo que
esta energia se manifeste no trabalho terapêutico. Evocar o Terceiro Ponto
significa sacrificar o ego em prol da energia do Self, buscando aquilo que
Jung chama de “desejável ponto intermediário da personalidade, algo
inefável que se coloca entre os opostos, ou melhor que os une, como
resultado do conflito, ou o produto da tensão energética, que leva ao
nascimento da personalidade, um passo profundamente individual em
direção à próxima fase. ( CW vol 7 par 230)
Nós sabemos que as inquietudes do ego se desfazem e se transformam na
profundidade e eternidade do Self. Nós tentamos trabalhar procurando
reconhecer e identificar o destino único e irreprodutível de cada ser humano
e colaborar, na medida das possibilidades humanas do terapeuta e das
técnicas da terapia, para a mais plena realização deste trajeto estabelecido
pelas Forças Superiores.
bibliografia: