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De dandy a super-herói: as muitas vidas de Fantômas na América

Latina1
Ivan Lima Gomes
Doutor em História (PPGH-UFF)
Professor da Faculdade de História (UFG)

Desde meados do século XIX, as HQs se constituem numa das mídias mais
populares entre leitores de diversas idades. As lembranças que muitos guardam de suas
próprias leituras ou de terceiros que liam HQs contrasta com a tímida reflexão de
âmbito histórico que até agora se acercou deles. Enquanto campos como as Artes
Visuais, Estudos de Mídia e Teoria Literária já assumiram as HQs como linguagem
dotada de aspectos narrativos específicos, pouco se questiona, no interior dos estudos
históricos, acerca das contribuições das HQs para a história e a historiografia. Um
caminho viável para tal, ao meu ver, passa pela análise das práticas e representações
envolvendo obras específicas. Desde o campo da história cultural, isso implica em
atentar para as articulações entre as soluções materiais e processos criativos que levam à
elaboração de imagens e imaginários específicos.
Para tal, abordarei aqui o trabalho de Cortázar, “Fantomas contra los vampiros
multinacionales”. Ainda que se trate de obra que, cada vez mais, vem chamando a
atenção de pesquisadores interessados na produção do grande escritor argentino, ela não
goza da popularidade de títulos como Rayuela [1963] e “Historias de Cronopios y de
Famas [1962]. Por isso, irei apenas apresentar aspectos gerais relativos a ela, com vistas
a tentar pensar questões relativas à edição de HQs.
Um primeiro ponto a destacar refere-se ao fato de que todo livro, revista ou
impresso detém uma história de vida própria e autônoma, que, até certo ponto, escapa
das expectativas dos seus autores, editores e leitores. Sendo um objeto, o livro conta
uma vida social, conforme formulação de Arjun Appadurai (2008), e seu valor –
econômico e cultural – deve ser apreendido a partir da sua circulação entre realidades
diversas, como também sugeriu Daniel Miller. Num certo nível, comprova a ideia
sugerida por Thomas Adams e Nicholas Barker, ao sugerirem que o circuito de
comunicação que leva o impresso a firmar-se enquanto realidade social deve centrar
esforços no objeto impresso em sua materialidade – ou seja, passando pela sua
produção, circulação, conservação e recepção, por exemplo (Adams y Barker, 2008: 47-
65). Tal modelo serve de contraponto ao famoso circuito elaborado por Robert Darnton,
bastante centrado nos agentes do impresso (autores, editores, leitores etc.). Afinal, o
livro passou a ser lido e interpretado de maneiras totalmente inesperadas aos agentes
nele envolvidos, e tudo a partir de onde ele foi editado e lido.
Tal dimensão me parece fundamental para pensar o impresso e também é um
elemento que marca “Fantomas contra los Vampiros Multinacionales”. Por isso, cabe
também descrever sua trajetória, remetendo de cara ao nome Fantomas, que muito
antecede a obra de Cortázar. Na verdade, no universo franco-belga de publicações
impressas, Fantômas remete a um personagem criado por Marcel Allain e Pierre
Souvestre que protagonizou série homônima de 32 romances policiais. Publicados entre
1911 e 1913 pela editora Fayard, os títulos de Fantômas seguiram à risca o contrato
inicial, que estipulava a redação de um romance por mês. A série fica entre o romance
folhetim e a tradição de personagens criminosos como Rocambole, Arsène Lupin e
Fantasma da Ópera, entre outros do gênero. A violência que norteava as ações do
1
A participação no congresso “Dibujos que Hablan: Encuentro de Crítica, Historia y Estética de las
Narrativas Dibujadas”, contou com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
Goiás (Fapeg), através do edital 01/2019 – Apoio à Participação em Eventos Científicos.
personagem principal, o clima urbano e algo perigoso da Belle Epoque parisiense e o
amplo espectro de novas tecnologias da época (carro, trem) presentes ao longa da obr
conferiram a Fantomas um ar bastante moderno. Seu texto, veloz e dinâmico, também
expressa tal modernidade na medida em que seus autores ditavam e datilografavam as
histórias numa espécie de gravador ao longo de uma semana, após terem se reunido por
três dias para discutir detalhes de um dado título. Para a revisão final, dois dias, o que
dava um total de 12 dias, aproximadamente, para um volume de Fantômas ficar pronto.
O contrato previa 32 volumes com um total aproximado de 15.000 páginas, o que gira
em torno de 468 páginas para cada livro. Não por acaso, a “poesia espontânea” e
automatizada que gerava uma atmosfera fantástica de Fantômas seria celebrada por
diversos nomes ligados às vanguardas das primeiras décadas do século XX – Cendras,
Cocteau, Picasso, Appolinaire etc.
Com o fim do contrato, a morte de Souvestre por gripe espanhola em 1914 e o
início da Primeira Guerra Mundial, esforços para a publicação de uma outra série de
livros Fantômas concretizam-se apenas em 1925, sob comando de Marcel Allain. De
maneira algo errática, sua história editorial se estenderá até os anos 1960, sem o mesmo
sucesso. Em paralelo, Fantomas consolida uma controversa carreira em outras mídias,
notadamente o cinema, ao ponto de, em 1964, uma adaptação satírica e bastante
descaracterizada do personagem em relação ao original tornar-se um sucesso de público.
Conforme afirma Artiaga, apesar das tiragens acumuladas que superam a soma de 800
mil exemplares somente na França, atualmente a versão original de Fantômas é pouco
conhecida pelo mundo (Artiaga, 2014: 128).
Sua trajetória errática também se estende desde o ponto de vista territorial,
notadamente na América Latina. É possível encontrar referências a ela na Buenos Aires
dos anos 1910 (Artiaga, 2014: 128), versões ilustradas da série em jornais mexicanos
nos anos 1930 e Neruda chega a mencioná-la rapidamente em seu Memorial de la Isla
Negra2, publicado em 1964. Porém, é possível dizer que, para muitos, Fantõmas não é
conhecida pela versão de Allain e Souvestre, mas sim a partir da edição no formato de
revistas em quadrinhos publicada pela editora mexicana Novaro a partir de 1966, no
interior da revista “Tesoro de Cuentos Clásicos”, dedicada a lendas e relatos
exemplares. A versão em quadrinhos torna-se um sucesso e, em 1969, ganha revista
própria, intitulada Fantomas, la Amenaza Elegante, e logo circularia pela América
Latina; chegou a ser publicada pela editora brasileira EBAL entre 1970 e 1971, por
exemplo.
No formato de revista em quadrinhos, assume perfil híbrido: é um pouco de
super-herói, com habilidades sobre humanas e, como Batman, ser uma espécie de
magnata com vida dupla; de James Bond, graças a seus apetrechos tecnológicos; de
Arsene Lupin, por utilizar-se de disfarces vários; de Robin Hood, por certo senso de
justiça social; e ainda tem alguma pretensão intelectual. Numa revista em especial,
Fantomas deve impedir que um vilão destrua os livros do mundo. O título da história,
publicada em fevereiro de 1975, é “La inteligencia en llamas” (Cortázar, 1975).
Logo após constatar que diversos volumes e obras, incluindo manuscritos de
Chaucer, Chesteston y H.G. Wells desapareceram do seu acervo, o diretor da biblioteca
de Londres comunica o ocorrido à polícia local. Dias depois, o mesmo ocorre na França
e somos informados de que obras de Victor Hugo, Gautier e Proust também
desapareceram; na Itália, Dante, Petrarca, Petronio, Virgilio, Ovidio. Logo Fantomas é
informado do ocorrido ao ler um jornal enquanto jantava com a atriz Ira von Fusterburg,

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“Las Pacheco leían/en la noche Fantomas/en voz alta/escuchando/alrededor del fuego, en la cocina,/y yo
dormía oyendo/las hazañas,/las letras del puñal,/las agonías,/mientras por vez primera/el trueno del
Pacífico/iba desarrollando sus barriles/sobre mi sueño” (Neruda, 1980: 36).
após assistirem uma adaptação de “A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertold Brecht.
Fantomas, já uniformizado e usando sua máscara que mais remete aos lutadores
mexicanos de Lucha Libre, corre para se inteirar do caso em seu QG secreto junto a
“Libra”, uma de suas assistentes do zodíaco. E fica sabendo que outras bibliotecas – em
Calcutá, Bogotá, Buenos Aires, Tóquio e Moscou, além de “todas as bíblias, todas as
Divinas Comédias e toda a novela de Dostoyevsky – também ardiam em chamas.
Diante deste cenário aterrador, busca ajuda de Julio, Octavio, Alberto e Susan.
Respectivamente, Julio Cortazar, Octavio Paz, Alberto Moravia e Susan Sontag. Os
ataques desataram o que, na HQ, é classificado como uma “psicose coletiva”:
Os ataques eram liderados por uma seita secreta, chamada “Espada de Gabriel”.
Para atraí-la, resgata uma edição dos anos 1440-1450, tida como original, de Os Contos
de Canterbury, de Geoffrey Chaucer. Trata-se, é claro, de lançar mão de associação
livre com o passado, visto que a obra originalmente foi escrita entre 1387 e 1400;
adições ocorreram ao longo do século XV, mas não há registro de edição – manuscrito
ou impressa – no período indicado pela HQ. A despeito de, para o olhar mais rigoroso
de um bibliômano, tratar-se de falsificação grosseira da obra de Chaucer, a referida
edição é levada para um leilão, de forma a atrair a seita de destruidores de livros. Isso
possibilita Fantomas lançar uma espécie de microchip para rastrear alguns de seus
membros até a sede da seita. Indignado ao saber que tudo fazia parte de um plano de
milionários para banir todo tipo de conhecimento presente nos livros, consegue
desbaratá-la e fim da história.
Quando é avisado sobre a revista, Cortázar a lê e chega à seguinte conclusão:

(…) sentí que Fantomas, con toda su inteligencia y energía, se había equivocado
en la historieta de los libros quemados. Me pareció que resultaba demasiado fácil
atribuir ese bibliocidio en gran escala a un mero demente, y que fuerzas
disimuladas habían debido poner a Fantomas sobre una pista falsa, o en todo
caso incompleta. Casi simultáneamente me dije que mi deber era acudir en su
ayuda y explicarle lo que me parecía la verdad. ¿Pero cómo hacerlo? ¿Cómo
llegar hasta Fantomas? La respuesta era obvia: por medio de otra historieta,
puesto que era el único terreno común entre él y yo (Cortázar, 2009: 462).

Fantomas contra los vampiros multinacionales, de Cortázar, foi publicada no


México também em 1975, pela editora Excelsior, como uma revista em quadrinhos,
entremeando imagens de HQs da revista Fantomas: la Inteligencia en Llamas,
documentos, colagens fotográficas e textos de Cortázar. Ainda que não seja o trabalho
mais conhecido de Cortázar, Fantomas contra los vampiros multinacionales aponta para
uma série de temas relacionados ao processo de criação literário, visto que possibilita
não apenas discutir a poética de Cortázar e o caráter experimental presente na sua
produção literária, (César, 2011) como também as possibilidades de interação entre HQs
e livros. Fantomas contra los vampiros multinacionales aprofunda tal relação ao ser
lançado segundo as convenções editoriais de uma revista em quadrinhos. A obra integra
diversos recursos visuais para além da HQ, aproveitando-se do perfil técnico e dinâmico
das HQs para promover uma obra próxima à ideia de “palimpsesto”, de Genette, ou
seja, um texto como reescritura de textos anteriores, dialogando com eles sem silenciá-
los e ampliando a gama de relações entre cada um, conforme defende Gutiérrez
(Gutiérrez, 2016: 95).
As apropriações da linguagem, articulando técnica e estética, proporcionam
questões para a própria ideia de autoria. É o que sugere o próprio Cortazar, numa
entrevista não por acaso de perfil explicitamente ficcional:
—Se rumorea en los medios cultos —dice Polanco— que tu nuevo libro es
heterodoxo, anfibio, ilustrado y en colores.
—No es un libro —le hago notar— sino una simple historieta, eso que llaman
tiras cómicas o muñequitos. con algunos modestos agregados de mi parte.
—¿Así que ahora dibujas y todo?
—No, los dibujos los saqué de una historieta de Fantomas.
—Un robo, entonces, como de costumbre.
—No señor, en esa historieta Fantomas se ocupaba de mí, y en ésta yo me ocupo
de Fantomas.
—Digamos una especie de plagio.
—Tampoco, che. Con que me dejen abrir la boca dos minutos, les explico la
cosa (Cortázar, 2009: 460).

A queima de livros, motivo que inspira boa parte da ação de Fantomas contra
los Vampiros Multinacionales, reforça o jogo de referências presente na própria HQ e
no trabalho de Cortázar. A primeira referência que nos vêm à mente é certamente a de
Ray Bradbury e seu romance distópico Fahreinheit 451, especialmente quando, ao se
deparar com os membros da seita, Fantomas argumenta ter um amigo que guarda
“fotocópias de todo livro que aparece”, o que lhe permitiria aplacar o bibliocídio
promovido pela seita. No caso, a fotocópia faz as vezes de arquivo mnemônico e evita o
esquecimento. O título original, “La Inteligencia en Llamas”, por sua vez, parece fazer
referência Muerte sin Fin3, poema de 1939 do mexicano José Gorostiza, que falecera
dois anos antes da publicação da revista. Mas também pode ser um diálogo com “Llano
en Llamas” (Chão em Chamas, numa tradução que leve em conta a aliteração do
original), coletânea de contos de Juan Rulfo.
A queima de livros e impressos nos remete à importância da materialidade do
impresso. Vejamos o caso aqui analisado, Fantomas. Sua edição original segue o
formato e características próximas à edição das revistas mexicanas Fantomas,
publicadas pela editora de revistas em quadrinhos Novaro. Isso quer dizer que ela tem
páginas produzidas em papel jornal de baixa qualidade, a partir da polpa da celulose, o
que as aproxima – e a toda revista em quadrinhos do período, grosso modo –
materialmente da literatura pulp. Ela incorpora uma série de páginas e quadros oriundos
da revista em quadrinhos original que motivou Cortázar a realizar sua obra, retirando-a
do seu contexto original, mas mantendo suas características materiais básicas. Ao lado
delas, um conjunto de fotografias em preto e branco de imagens justapostas em série,
bem como alguns cartuns não creditados. Tal disposição de referênciais visuais parece
configurar à obra um perfil mais próximo de livro de arte ou de artista, muito forte
desde meados dos anos 1950. Porém, o formato de publicação revista em quadrinhos
limita tal alcance, ao mesmo tempo em que permite a Cortázar construir uma bem
debochada narrativa, com tons metalinguísticos, acerca de multinacionais que, na sanha
pelo lucro, não hesitam em deliberadamente promover uma queima de livros.
Tal dimensão material traz desafios a Fantomas contra los Vampiros
Multinacionales desde o ponto de vista editorial. Suas condições materiais lhe
configuram certa perenidade: se não conservado, o papel logo poderá vir a se
despedaçar ao longo do tempo; ao contrário dos livros produzidos até o século XVIII, a

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“¡Oh inteligencia, soledad en llamas,/que todo lo concibe sin crearlos!/Finge el calor del lodo,/su
emoción de substancia adolorida,/el iracundo amor que lo embellece/y lo encumbra más allá de las alas
a donde sólo el ritmo/de los luceros llora,(...)”. Reprodução disponível em:
http://www.filosoficas.unam.mx/~morado/gorostiza.htm [acesso em 8 oct. 2019].
produção de papel que advém da industrialização dos impressos a partir do século XIX
é conhecida por primar pela quantidade em detrimento da qualidade. As imagens das
HQs ficarão desbotadas, visto que o uso de cores primárias (CMYK) é feito para
chamar atenção, num primeiro momento de leitura, mas logo se desgastam com o
tempo, graças à própria qualidade do papel. Tudo isso introduz certa datação à obra, o
que é reforçado pelo texto construído por Cortázar, produzido nos marcos do Tribunal
Russell, onde atuou ao lado de tantos outros intelectuais e autoridades ligadas ao mundo
da cultura, para denunciar os excessos e irregularidades alçados a política de Estado
pelos regimes ditatoriais em voga na América Latina daqueles anos 1970.

Conclusão
Ao partir da materialidade do texto como estratégia central para a construção de
sua narrativa, uma obra de ficção como Fantomas contra Los Vampiros Multinacionales
nos lembra que o livro e o impresso carregam uma longa história. No caso aqui
discutido, de romance seriado da Belle Époque francesa, o personagem-título atravessou
mídias e um continente para tornar-se uma revista em quadrinhos mexicana de sucesso.
Se tal trajetória levou o personagem-título a perder o acento circunflexo presente na
edição, a intermidialidade agregou a ele novas camadas de sentido, contribuindo para
que Fantomas pudesse ambientar-se nos debates políticos e culturais em voga na
América Latina dos anos 1960-1970. Tal jogo de referências é reforçado por Cortázar
em sua leitura e reescrita da obra, onde a importância material dos impressos é inserida
nos jogos de poder que marcam as relações interamericanas ao longo do século XX.
Para concluir, se a queima de livros é uma estratégia de poder que visa silenciar o
passado, escrever sobre experiências passadas de bibliocídio é permitir que os impressos
encontrem novo lugar na memória social e nos textos. [SLIDE 18]

Referências bibliográficas
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Finkelstein, D. y McClery, A. (eds.). The book history reader (p. 47-65). 2ª edición.
London/New York: Routledge, 2008, p. 47-65.
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Niterói: EDUFF.
Artiaga, Loïc (2014) “Em busca...” da história da circulação das ficções de grande
consumo. Artcultura, Uberlândia, n. 29, año 16 2014, p. 126-137.
Cortázar, Julio (1975) Fantomas contra los vampiros multinacionales. México D.F.:
Excelsior.
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Gorostiza, José [1939] “Muerte sin fin”:
http://www.filosoficas.unam.mx/~morado/gorostiza.htm
Gutiérrez, Julio (2016) Julio Cortázar’s “Fantomas contra los vampiros
multinacionales”: from sequential rhetoric to literary blending. Image [e] narrative, s/l.,
n. 3, año 17, p. 86-97.
Miller, Daniel (1987) Material Culture and Mass Consumption. Oxford/Cambridge:
Basil Blackwell, Inc.
Neruda, Pablo (1980) Memorial de la Isla Negra. Barcelona: Editorial Seix Barral.
Silva César, Daisy da (2011) Fantomas contra los vampiros multinacionales, de Julio
Cortázar: literatura e quadrinhos em meio impresso e eletrônico. (Maestría en
Literatura Comparada). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Letras.
Porto Alegre.

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