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f ( x) f ( p )
f ' ( p) lim .
x p x p
Se f admite derivada em p , então diremos que f é derivável ou diferenciável em p .
Diremos, simplesmente, que f é uma função derivável ou diferenciável se f é derivável em cada ponto do
seu domínio.
f ( p h) f ( p )
f ' ( p) lim . (2)
h 0 h
O processo para calcular uma derivada é chamado de derivação.
f (1 h) f (1) (1 h) 2 12 1 2h h 2 1 ( 2 h) h
a) f ' (1) lim lim lim lim lim (2 h) 2.
h 0 h h 0 h h 0 h h 0 h h0
f ( x h) f ( x ) ( x h) 2 x 2 x 2 2 xh h 2 x 2
b) f ' ( x) lim lim lim
h 0 h h0 h h0 h
( 2 x h) h
lim lim (2 x h) 2 x
h 0 h h 0
Portanto, f ' ( x) 2 x
Observe que f ' ( x) 2 x é uma fórmula que nos fornece a derivada de f ( x) x 2 , para todo x real.
Exemplo 3. Uma função que não possui derivada em um ponto do seu domínio.
f ( x) f (0) x0 x
lim lim lim lim (1) 1
x 0 x0 x 0 x x 0 x x 0
f ( x) f (0)
Logo lim f ' (0) não existe e, portanto, a função f não é derivável em x 0 .
x 0 x0
Seja y f (x) uma curva definida no intervalo ]a, b[ , na figura abaixo. Sejam P( x1 , y1 ) e Q( x2 , y 2 ) dois
pontos distintos da curva .Seja s a reta secante que passa pelos pontos P e Q . Considerando o triângulo
retângulo PMQ, na figura, temos que a inclinação da reta s (ou coeficiente angular de s ) é:
Suponhamos agora que, mantendo P fixo, Q se mova sobre a curva em direção a P . Diante disto, a
inclinação da reta secante s variará. A medida que Q vai se aproximando cada vez mais de P , a inclinação da
secante s varia cada vez menos, tendendo para o valor limite constante como mostra a figura abaixo.
Esse valor limite é chamado inclinação da reta tangente à curva no ponto P . Desse modo o coeficiente
angular m da reta tangente a curva y f (x) no ponto P( x1 , y1 ) é dado por
f ( x2 ) f ( x1 ) f ( x1 x) f ( x1 )
lim lim ,
x2 x1 x2 x1 x o x
se este limite existe.
Em outras palavras o coeficiente angular da reta tangente a curva y f (x) no ponto P( x1 , y1 ) é a derivada
de y f (x) calculado em x1 . Isto é, m f ' ( x1 ) .
A equação da reta tangente a uma curva y f (x) contínua no ponto P( x0 , y0 ) é dada por
y y0 f ' ( x0 )( x x0 ) , se f ' ( x0 ) existe.
Solução:
dy dy
Sabemos que o coeficiente angular desta reta é o número . Então, calculemos primeiro .
dx x 2 dx
dy f ( x x) f ( x) x x x x x x x x x
lim lim lim
dx xo x x o x x o
x x x x
lim
x x 2 x 2
lim
x x x
lim
x
x o
x x x x xo x x x x xo x x x x
1 1 1
lim
x o
x x x
x0 x 2 x
.
dy 1 dy 1
Logo, e . Como x 2 implica em y 2 . Temos a seguinte equação
dx 2 x dx x 2 2 2
y y 0 f ' ( x0 )( x x0 ) y 2
1
2 2
( x 1) 2 2 y 2 1( x 1)
x 3
2 2 y 4 x 1 2 2 y x 3 y .
2 2 2 2
2x 3 2
Portanto, .y
4 4
3. Derivada e Velocidade de um corpo
Suponhamos que um corpo se move em linha reta e que S S (t ) represente o espaço percorrido pelo móvel até
o instante t . Então no intervalo de tempo t t1 t onde t1 t t , o corpo sofre um deslocamento.
S S (t1 ) S (t ) ou seja S S (t t ) S (t ) .
S (t t ) S (t )
Vm
t
isto é, a velocidade média é o quociente do espaço percorrido pelo tempo gasto em percorrê-lo.
De forma geral, a velocidade média nada nos diz sobre a velocidade do corpo no instante t. Para obtermos a
velocidade instantânea do corpo no instante t, calculamos sua velocidade média em instantes de tempo t cada
vez menores. A velocidade instantânea, ou velocidade no instante t, é o limite das velocidades médias quando t se
aproxima de zero, isto é,
S S (t t ) S (t )
v(t ) lim lim
t 0 t t 0 t
Logo, esse limite é a derivada da função S S (t ) em relação a t .
dS
Portanto, v(t ) S ' (t ) .
dt
Sabemos que a velocidade representa a razão de variação do deslocamento por unidade de variação do
tempo. Assim, a derivada S ' (t ) é a taxa de variação da função S (t ) por unidade de variação t .
(b) A afirmação que f ' (1000) 9 significa que, depois de 1000 metros da peça terem sido fabricados, a taxa
segundo a qual o custo de produção está aumentando é R$9/metro. (Quando x 1000 , C está aumentando 9
vezes mais rápido que x.) . Isto é, o custo para a produção da 1001º metro está em torno de R$9,00.
(c) A taxa segundo a qual o custo de produção está crescendo( por metro) é provavelmente menor quando
x 500 do que quando x 50 ( o custo de fabricação do 500º metro é menor do que o custo do 50º metro), em
virtude da escala econômica. ( um fabricante usa mais eficientemente os custos fixos de produção). Então
f ' (500) f ' (50) . Mas, a medida que a produção expande, a operação de larga escala resultante pode se
tornar ineficiente, e poderiam ocorrer custos de horas extras. Assim, é possível que a taxa de crescimento dos
custos em última análise comece a crescer e f ' (5000) f ' (500) .
Há vários modos de representar a derivada de uma função y f (x) . Além de f ' ( x) as notações mais comuns
são:
df
dx df dx ou a derivada de f em relação a x. Destaca o nome da função
Demonstração: aula
Exercício 1.
Dê um contra-exemplo para mostrar que a recíproca do teorema anterior é falsa. Ou seja, se uma função f é
contínua, então f não é necessariamente derivável.
A derivada f’(x) é a derivada primeira(de primeira ordem) de f(x). Se f’(x) for derivável então sua derivada
f’’(x) será chamada de derivada segunda(de segunda ordem) de f(x).
d dy d 2y
Outras notações para a derivada segunda: y ''
dx dx dx2
Se f”(x) for derivável, sua derivada f’’’(x) será a derivada terceira (de terceira ordem) de f(x). De um modo
d ny
geral, f n ( x) y ( n) representa a derivada enésima ( derivada de ordem n) de y em relação a x, para
dxn
qualquer inteiro positivo n.
Exemplo 6.
3 2
As primeiras quatro derivadas de y = x - 3x + 2, são:
2 (4)
y’ = 6x - 6x, y’’ = 12x - 6, y’’’ = 12 e y = 0.
Note que essa função possui derivadas de todas as ordens, sendo a quarta derivada e as subseqüentes todas
iguais a zero.
Referências Bibliográficas
GUIDORIZZI, H.L. Um curso de cálculo, vol 1. 5 ed. São Paulo. LTC.
THOMAS, George B. Cálculo, vol 1. São Paulo. Ed. Pearson Education do Brasil.
MUNEM, M.A. & FOULIS, D.J. Cálculo, vol 1.Rio de Janeiro. LTC.
Exercícios Propostos
5. Dê um exemplo (por meio de um gráfico) de uma função f , definida e derivável em R , tal que f ' (1) 0 .
6. Dê um exemplo (por meio de um gráfico) de uma função f , definida e derivável em R , tal que f ' ( x) 0 .
7. Dê um exemplo (por meio de um gráfico) de uma função f , definida e contínua em R , tal que f ' (1) não
exista.
2 x 1 se x 1
8. Mostre que a função g ( x) não é derivável em p 1 . Esboce o gráfico de g .
x 4 se x 1
x 2 2 se x 1
9. Dada a função g ( x)
2 x 1 se x 1
a) Mostre que g é derivável em p 1 e calcule g ' (1) .
b) Esboce o gráfico de g
2 se x 0
10. Seja a função f ( x) 2
x 2 se x 0
a) Esboce o gráfico de f
b) f é derivável em p 0 ? Em caso afirmativo, calcule f ' (0) .
x 1 se x 1
g ( x)
11. Seja a função
x 3 se x 1
a) Esboce o gráfico de g
b) g é derivável em p 1 ? Por quê?
12. Construa uma função f : R R que seja contínua em R e que seja derivável em todos os pontos, exceto em
1, 0 e 1 .
13. Construa uma função f : R R que seja contínua em R e que seja derivável em todos os pontos, exceto
nos números inteiros.