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FLORIANÓPOLIS
2001
ii
Dissertação submetida à
Universidade Federal de Santa Catarina
como parte dos requisitos para a obtenção do grau de
Mestre em Engenharia Elétrica
DEIVIS BORGONOVO
Deivis Borgonovo
______________________________________
Prof. Ivo Barbi, Dr. Ing.
Orientador
______________________________________
Prof. Edson Roberto de Pieri, Dr.
Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Banca Examinadora:
______________________________________
Prof. Ivo Barbi, Dr. Ing.
Presidente
______________________________________
Prof. Enio V. Kassick, Dr.
______________________________________
Prof. Denizar Cruz Martins, Dr.
iv
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................... ix
ABSTRACT............................................................................................................ x
INTRODUÇÃO GERAL......................................................................................... xi
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
2.5 - EQUACIONAMENTO................................................................................... 35
2.5.1 - CÁLCULOS PRELIMINARES E CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO ................................ 35
2.5.2 - OBTENÇÃO DA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA I(S)/D(S) .................................. 39
2.5.3 - OBTENÇÃO DA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA V(S)/I(S) .................................. 40
2.5.4 - DIMENSIONAMENTO DOS INDUTORES DE ENTRADA ....................................... 41
2.5.5 - DIMENSIONAMENTO DO CAPACITOR DE SAÍDA .............................................. 43
2.5.6 - DIMENSIONAMENTO DOS INTERRUPTORES ................................................... 48
2.5.7 - DIMENSIONAMENTO DOS DIODOS DI-3/4 ........................................................ 52
2.5.8 - DIMENSIONAMENTO DOS DIODOS DI-5/6 ........................................................ 52
2.5.9 - DIMENSIONAMENTO DOS DIODOS DI-1/2 ........................................................ 54
2.6 - CONCLUSÃO .............................................................................................. 56
vi
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
DEIVIS BORGONOVO
Novembro/2001
RESUMO: Este trabalho apresenta uma nova topologia para um conversor trifásico
P.W.M. unidirecional, com fator de potência unitário, voltado para aplicações regidas por
normas rígidas, como fontes de alimentação para centrais de telecomunicações.
Inicialmente, apresenta-se a concepção do conversor, em seguida efetua-se uma análise
detalhada e um equacionamento completo do conversor, de forma que se possa
dimensionar todos os componentes do circuito de potência. Apresenta-se ainda a obtenção
de um modelo de pequenos sinais para o conversor. Na sequência, apresentam-se o
procedimento de projeto, resultados de simulação e resultados experimentais. Por fim,
desenvolve-se uma técnica de análise, modelagem e controle de conversores CA-CC
trifásicos, utilizando a transformação de Park, baseada num conversor CA-CC trifásico
bidirecional. Mostra-se então sua aplicação para o conversor unidirecional proposto e para
um retificador trifásico três níveis, sendo apresentada ainda para este uma técnica para
controlar o desbalanço de tensão nos capacitores de saída.
x
DEIVIS BORGONOVO
November/2001
ABSTRACT: This work presents a new topology for a unidirectional P.W.M. three-phase
AC-DC converter, with unit power factor, for applications ruled by rigorous standards, like
telecommunications power supplies. Initially, the converter’s conception is presented.
Then, a detailed analysis and mathematical treatment is done, in order to calculate all
power circuit’s components, yet, it’s also presented a converter’s small signal model. After
this, the design’s procedure, simulation and experimental results are presented. At the end,
an analysis, modeling and control of three-phase AC-DC converters technique is
developed, using the Park transformer, based on a bi-directional three-phase AC-DC
converter. It’s showed its application in the proposed unidirectional AC-DC converter and
in a three-level three-phase rectifier, and presenting also for this a technique to control the
voltage unbalance at the output capacitors.
xi
INTRODUÇÃO GERAL
1.1 - INTRODUÇÃO
V (t ) = VP ⋅ sen(ω ⋅ t ) (Eq.1.1)
Supondo que a carga alimentada por esta rede seja linear, a forma de onda da
corrente drenada também será senoidal e pode ser dada por:
I (t ) = I P ⋅ sen(ω ⋅ t + φ ) (Eq.1.2)
Define-se então como fator de potência (F.P.) como sendo a razão entre a
potência média consumida pela carga, ou potência ativa, e a chamada potência aparente,
definida como sendo o produto entre a tensão eficaz e corrente eficaz na fonte de
alimentação:
P
F .P. = (Eq.1.3)
S
S = Vef ⋅ I ef (Eq.1.4)
Q = S 2 − P2 (Eq.1.5)
P(t ) = I (t ) ⋅V (t ) (Eq.1.6)
T
1
Pmed = P = ∫ P(t ) ⋅ dt (Eq.1.8)
T 0
Então:
Capítulo 1 – Revisão dos retificadores trifásicos e escolha de uma topologia. 3
2⋅π
1
P = VP ⋅ I P ⋅
2 ⋅π ∫ sen(ω ⋅ t ) ⋅ sen(ω ⋅ t + φ )dωt
0
(Eq.1.9)
Logo:
VP ⋅ I P
P= ⋅ cos(φ ) (Eq.1.10)
2
T
1
T ∫0
Vef = ⋅ V (t ) 2 ⋅ dt (Eq.1.11)
Então:
2⋅π
1
Vef = VP ⋅ ⋅ ∫ sen(ω ⋅ t ) 2 ⋅ dωt (Eq.1.12)
2 ⋅π 0
Logo:
VP
Vef = (Eq.1.13)
2
Da mesma forma:
2⋅π
1
I ef = IP ⋅ ⋅ ∫ sen(ω ⋅ t + φ ) 2 ⋅ dωt (Eq.1.14)
2 ⋅π 0
Logo:
IP
I ef = (Eq.1.15)
2
Supõe-se então que a tensão de alimentação seja periódica, desta forma pode-
se expressá-la por:
∞ ∞
V (t ) = ∑ Vn (t ) =∑ VP _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + θ n ) (Eq.1.18)
n =1 n =1
Desta forma, o valor da tensão de alimentação eficaz pode ser calculado por:
2⋅π 2
1 T 1 ∞
Vef = ⋅ ∫ V (t ) 2 ⋅ dt = ⋅ ∫ ∑ VP _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + θ n ) ⋅ dωt (Eq.1.19)
T 0 2 ⋅ π 0 n =1
2⋅π
∞ 2
1
[ ]
⋅ ∫ ∑ VP _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + θ n ) ⋅ dωt +
2 ⋅ π 0 n =1
Vef = 2⋅π ∞ (Eq.1.20)
∞
1
⋅ ∑ VP _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + θ n ) ⋅ ∑ VP _ i ⋅ sen(i ⋅ ω ⋅ t + θ i ) ⋅ dωt +
2 ⋅ π ∫0 n =1
+
i =1
i ≠ n
2
VP _ 1 ∞ V2 ∞ V
1 ∞ 2
⋅ ∑ VP _ n = ⋅ 1 + ∑ 2 = V1 _ ef ⋅ 1 + ∑
P_n P_n
Vef = (Eq.1.21)
2 n =1 2 n =2 VP _ 1
n =2 VP _ 1
2 2
VP _ n
∞ ∞ Vn _ ef
T .D.H .V = ∑ = ∑ (Eq.1.22)
n =2 VP _ 1
n = 2 V1 _ ef
Da mesma forma, a corrente de entrada pode ser dada, de forma genérica por:
∞ ∞
I (t ) = ∑ I n (t ) =∑ I P _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + φ n ) (Eq.1.24)
n =1 n =1
Capítulo 1 – Revisão dos retificadores trifásicos e escolha de uma topologia. 5
2⋅π 2
1 T 1 ∞
I ef = ⋅ ∫ I (t ) 2 ⋅ dt = ⋅ ∫ ∑ I P _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + ϕ n ) ⋅ dωt (Eq.1.25)
T 0 2 ⋅ π 0 n =1
Então:
2⋅π
∞ 2
1
[ ]
⋅ ∫ ∑ I P _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + ϕ n ) ⋅ dωt +
2 ⋅ π 0 n =1
I ef = 2⋅π ∞ (Eq.1.26)
∞
1
⋅ ∑ I P _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + ϕ n ) ⋅ ∑ I P _ i ⋅ sen(i ⋅ ω ⋅ t + ϕ i ) ⋅ dωt +
2 ⋅ π ∫0 n =1
+
i =1
i ≠ n
2
I P _1 ∞ I2 ∞ I
1 ∞ 2
⋅∑ IP_n = ⋅ 1 + ∑ 2 = I 1 _ ef ⋅ 1 + ∑
P_n n _ ef
I ef = (Eq.1.27)
2 n =1 2 n=2 I P _ 1
n = 2 I 1 _ ef
2 2
IP_n
∞ ∞ I n _ ef
T .D.H .I = ∑ = ∑ (Eq.1.28)
n= 2 I P _ 1
n = 2 I 1 _ ef
Logo:
T T
1 1
P= ⋅ ∫ P(t ) ⋅ dt = ⋅ ∫ [V (t ) ⋅ I (t )]⋅ dt (Eq.1.31)
T 0 T 0
2⋅π
1 ∞ ∞
P= ⋅ ∫ ∑ VP _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + θ n ) ⋅ ∑ I P _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + ϕ n ) ⋅ dt (Eq.1.32)
2 ⋅ π 0 n =1 n =1
Então:
2⋅π ∞
V
∫0 ∑
n =1
P _ n ⋅ sen( n ⋅ ω ⋅ t + θ n ) ⋅ I P _ n ⋅ sen( n ⋅ ω ⋅ t + ϕ n ⋅ dωt +
2⋅π ∞ ∞
1
⋅ + ∑ VP _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + θ n ) ⋅ ∑ I P _ i ⋅ sen(i ⋅ ω ⋅ t + ϕ i ) + (Eq.1.33)
2 ⋅ π ∫0 n =1
P=
i =1
i ≠ n
2⋅π
∞ ∞
+ ∫ ∑ I P _ n ⋅ sen(n ⋅ ω ⋅ t + ϕ n ) ⋅ ∑ VP _ i ⋅ sen(i ⋅ ω ⋅ t + θ i )
0 n =1 i =1
i≠ n
∞ VP _ n ⋅ I P _ n 2⋅π
Logo:
∞ VP _ n ⋅ I P _ n
P=∑ ⋅ cos(θ n − ϕ n ) (Eq.1.35)
n =1 2
Ou:
∞
P = ∑ Vn _ ef ⋅ I n _ ef ⋅ cos(φ n ) (Eq.1.36)
n =1
Onde:
φn = ϕ n − θ n (Eq.1.37)
Ou ainda:
n _ ef ⋅ I n _ ef ⋅ cos(φ n )
∞ V
P = V1 _ ef ⋅ I 1 _ ef ⋅ cos(φ1 ) ⋅ 1 + ∑ (Eq.1.38)
n =2 V1 _ ⋅ I 1 _ ⋅ cos(φ1 )
ef ef
Definindo-se:
Capítulo 1 – Revisão dos retificadores trifásicos e escolha de uma topologia. 7
∞ Vn _ ef ⋅ I n _ ef ⋅ cos(φ n )
T .D.H . P = ∑ (Eq.1.39)
n= 2 V1 _ ef ⋅ I 1 _ ef ⋅ cos(φ1 )
Tem-se:
V1 _ ef ⋅ I 1 _ ef ⋅ cos(φ1 ) ⋅ (1 + T .D.H . P )
F .P. = (Eq.1.41)
V1 _ ef ⋅ I 1 _ ef ⋅ 1 + T .D.H .V2 ⋅ 1 + T .D.H .2I
(1 + T .D.H . P )
F .P. = cos(φ ) ⋅ (Eq.1.42)
1 + T .D.H .2I ⋅ 1 + T .D.H .V2
Onde:
• T.D.H.I corresponde à taxa de distorção harmônica da corrente, definida na
(Eq.1.28);
• T.D.H.V corresponde à taxa de distorção harmônica da tensão, que é definida
na (Eq.1.22);
• T.D.H.P corresponde à taxa de distorção harmônica definida na (Eq.1.39),
que na verdade representa a potência ativa proveniente das componentes
harmônicas de tensão e de corrente, normalizadas em relação à potência
ativa das fundamentais de tensão e de corrente. Deve-se observar que,
obviamente, se T.D.H.I ou T.D.H.V forem nulas, T.D.H.P será também
necessariamente nula.
• φ = φ1 corresponde ao ângulo de defasagem entre as componentes
fundamentais de tensão e corrente, além disso cos(φ ) é conhecido como
fator de deslocamento, pois se observa que se as taxas de distorção
harmônica da tensão e da corrente forem nulas, cos(φ ) corresponde ao fator
de potência. Isto ocorre quando a tensão de alimentação é perfeitamente
senoidal e a carga que ela alimenta é linear.
cos(φ1 )
F .P. = ⋅ (Eq.1.43)
1 + T .D.H . 2I
S = P2 + Q2 + H 2 (Eq.1.44)
Q γ
H
φ
P
Fig.1.1: Tetraedro de potências.
Onde :
Capítulo 1 – Revisão dos retificadores trifásicos e escolha de uma topologia. 9
(1 + T .D.H . P )
cos(γ ) = (Eq.1.46)
1 + T .D.H .2I ⋅ 1 + T .D.H .V2
1
cos(γ ) = (Eq.1.47)
1 + T .D.H .2I
D1 D2 D3
LL
LL
CO RO
LL
D4 D5 D6
Fig.1. 2: Ponte de Graetz.
-400
1.3.2 - Ponte trifásica de diodos com filtro capacitivo na saída e filtro indutivo na
entrada:
D1 D2 D3
L1
L2
CO RO
L3
D4 D5 D6
Fig.1.4: Ponte trifásica de diodos com filtro capacitivo na saída e filtro indutivo na entrada.
-400
0.984s 0.988s 0.992s 0.996s 1.000s
30*I(L1) V(V1:+)-V(V1:-)
Time
Obtém-se então:
T.D.H.I = 39%;
F.P. = 0,9.
Então, com a necessidade de conversores de pequeno volume e alto
rendimento, além de melhor qualidade das correntes de entrada, a utilização deste
conversor também está descartada.
LO
D1 D2 D3
LL
LL
CO RO
LL
D4 D5 D6
Fig.1.6: Ponte trifásica de diodos, com filtro LC de saída.
inclusive utilizar um capacitor de saída menor, além de ser uma topologia simples e
bastante robusta.
Novamente não se tem controle sobre a tensão de saída, que independe da
carga, pode-se, no entanto, controlar a tensão de saída substituindo os diodos por
tiristores, todavia isto novamente degrada as correntes de entrada, aumentando a taxa de
distorção harmônica e reduzindo o fator de potência.
Esta estrutura apresenta como grande desvantagem o volume, peso e custo do
indutor de filtragem, já que opera em baixa frequência e com valores médios de corrente.
Além disso, apesar da melhora na taxa de distorção harmônica e no fator de
potência, a qualidade das correntes de entrada ainda é aquém da que se espera em
aplicações mais exigentes, como para fontes de alimentação para telecomunicações.
Novamente foram efetuadas simulações utilizando o Pspice, sendo
apresentadas então na Fig.1.7 as formas de onda de tensão e corrente na entrada do
conversor.
400
-400
0.984s 0.988s 0.992s 0.996s 1.000s
I(L1)*30 V(V1:+)-V(V1:-)
Time
Obtém-se ainda:
T.D.H.I = 30%;
F.P. = 0,95.
Capítulo 1 – Revisão dos retificadores trifásicos e escolha de uma topologia. 14
Fig.1.8: Conversor A.
Capítulo 1 – Revisão dos retificadores trifásicos e escolha de uma topologia. 15
Fig.1.9: Conversor B.
Fig.1.10: Conversor C.
0A
-50A
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms
-I(R41) -I(R42) -I(R43)
Time
50A
0A
-50A
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms
-I(R41) -I(R42) -I(R43)
Time
50A
0A
-50A
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms
-I(R41) -I(R42) -I(R43)
Time
1.5 - CONCLUSÃO
2.1 - INTRODUÇÃO
L1 L2 L3
+ + +
V1 (t ) V2 (t ) V3 (t )
− − −
Fig.2. 5: Circuito proposto para o conversor CA-CC trifásico unidirecional sem neutro.
V1 (t ) = VP ⋅ sen(ω ⋅ t )
V2 (t ) = VP ⋅ sen(ω ⋅ t − 120°) (Eq.2.1)
V (t ) = V ⋅ sen(ω ⋅ t + 120° )
1 P
V1 (t ) > 0
V2 (t ) < 0 (Eq.2.2)
V (t ) < 0
3
Ainda:
p / ω ⋅ t = 60°
3
V1 (t ) = V1 _ min (t ) = ⋅ VP
2
3 (Eq.2.3)
V2 (t ) = V2 _ max (t ) = ⋅ VP
2
V3 (t ) = V3 _ min (t ) = 0
p / ω ⋅ t = 90°
V1 (t ) = V1 _ max (t ) = VP
(Eq.2.4)
VP
V2 (t ) = V3 (t ) =
2
p / ω ⋅ t = 120°
3
V1 (t ) = V1 _ min (t ) = ⋅ VP
2
(Eq.2.5)
V2 (t ) = V2 _ max (t ) = 0
V (t ) = V 3
3 3 _ min (t ) = ⋅ VP
2
Pode-se observar que a corrente de fase I1(t) é a maior em módulo neste setor,
deve ser maior que o pico da tensão de linha da rede de alimentação, hipótese esta que
será demonstrada mais adiante na (Eq.2.40).
Observa-se ainda que o conversor, apresentado na Fig.2.5 apresenta três
interruptores comandados, cada um com dois estados possíveis (aberto ou fechado), de
onde se conclui que os estados topológicos são 8:
Tem-se então:
V1 (t ) + V2 (t ) + V3 (t ) = 0
V1 (t ) − VL1 (t ) = V2 (t ) − VL 2 (t ) = V3 (t ) − VL 3 (t ) (Eq.2.6)
I (t ) + I (t ) + I (t ) = 0
L1 L2 L3
dI L1 (t ) dI L 2 (t ) dI L 2 (t )
+ + =0
dt dt dt
dI L1 (t ) dI (t ) dI (t )
L⋅ + L ⋅ L2 + L ⋅ L2 = 0
dt dt dt
VL1 (t ) + VL 2 (t ) + VL 3 (t ) = 0 (Eq.2.7)
VL1 (t ) = V1 (t )
VL 2 (t ) = V2 (t ) (Eq.2.8)
V (t ) = V (t )
L3 3
FASE 1 2 3
Estado do interruptor Fechado Fechado Fechado
Sinal da corrente Positivo Negativo Negativo
Sinal da derivada da
Positivo Negativo Negativo
corrente
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 27
Logo:
V1 (t ) + V2 (t ) + V3 (t ) = 0
V1 (t ) − VL1 (t ) = V2 (t ) − VL 2 (t ) = V3 (t ) + VO − VL 3 (t ) (Eq.2.9)
I (t ) + I (t ) + I (t ) = 0 ⇒ V (t ) + V (t ) + V (t ) = 0
L1 L2 L3 L1 L2 L3
Obtém-se então:
VO
VL1 (t ) = V1 (t ) − 3
VO
VL 2 (t ) = V2 (t ) − (Eq.2.10)
3
2
VL 3 (t ) = V3 (t ) + 3 ⋅ VO
FASE 1 2 3
Logo:
V1 (t ) + V2 (t ) + V3 (t ) = 0
V1 (t ) − VL1 (t ) = V2 (t ) + VO − VL 2 (t ) = V3 (t ) − VL 3 (t ) (Eq.2.11)
I (t ) + I (t ) + I (t ) = 0 ⇒ V (t ) + V (t ) + V (t ) = 0
L1 L2 L3 L1 L2 L3
Obtém-se então:
VO
V L1 (t ) = V1 (t ) −
3
2
VL 2 (t ) = V2 (t ) + ⋅ VO (Eq.2.12)
3
VO
VL 3 (t ) = V3 (t ) − 3
FASE 1 2 3
Logo:
V1 (t ) + V2 (t ) + V3 (t ) = 0
V1 (t ) − VL1 (t ) = V2 (t ) + VO − VL 2 (t ) = V3 (t ) + VO − VL 3 (t ) (Eq.2.13)
I (t ) + I (t ) + I (t ) = 0 ⇒ V (t ) + V (t ) + V (t ) = 0
L1 L2 L3 L1 L2 L3
Obtém-se então:
2
VL1 (t ) = V1 (t ) − 3 ⋅ VO
VO
VL 2 (t ) = V2 (t ) + (Eq.2.14)
3
VO
VL 3 (t ) = V3 (t ) + 3
FASE 1 2 3
Logo:
V1 (t ) + V2 (t ) + V3 (t ) = 0
V1 (t ) − VL1 (t ) = V2 (t ) + VO − VL 2 (t ) = V3 (t ) + VO − VL 3 (t ) (Eq.2.15)
I (t ) + I (t ) + I (t ) = 0 ⇒ V (t ) + V (t ) + V (t ) = 0
L1 L2 L3 L1 L2 L3
Obtém-se então:
2
VL1 (t ) = V1 (t ) − 3 ⋅ VO
VO
VL 2 (t ) = V2 (t ) + (Eq.2.16)
3
VO
VL 3 (t ) = V3 (t ) + 3
FASE 1 2 3
Logo:
V1 (t ) + V2 (t ) + V3 (t ) = 0
V1 (t ) − VL1 (t ) = V2 (t ) + VO − VL 2 (t ) = V3 (t ) + VO − VL 3 (t ) (Eq.2.17)
I (t ) + I (t ) + I (t ) = 0 ⇒ V (t ) + V (t ) + V (t ) = 0
L1 L2 L3 L1 L2 L3
Obtém-se então:
2
VL1 (t ) = V1 (t ) − 3 ⋅ VO
VO
VL 2 (t ) = V2 (t ) + (Eq.2.18)
3
VO
VL 3 (t ) = V3 (t ) + 3
FASE 1 2 3
Mais uma vez nota-se que os resultados obtidos são idênticos aos apresentados
para o quarto estado topológico, ou seja, trata-se de mais um estado redundante.
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 32
Logo:
V1 (t ) + V2 (t ) + V3 (t ) = 0
V1 (t ) − VL1 (t ) = V2 (t ) + VO − VL 2 (t ) = V3 (t ) + VO − VL 3 (t ) (Eq.2.19)
I (t ) + I (t ) + I (t ) = 0 ⇒ V (t ) + V (t ) + V (t ) = 0
L1 L2 L3 L1 L2 L3
2
VL1 (t ) = V1 (t ) − 3 ⋅ VO
VO
VL 2 (t ) = V2 (t ) + (Eq.2.20)
3
VO
VL 3 (t ) = V3 (t ) + 3
FASE 1 2 3
Logo:
V1 (t ) + V2 (t ) + V3 (t ) = 0
V1 (t ) − VL1 (t ) = V2 (t ) + VO − VL 2 (t ) = V3 (t ) + VO − VL 3 (t ) (Eq.2.21)
I (t ) + I (t ) + I (t ) = 0 ⇒ V (t ) + V (t ) + V (t ) = 0
L1 L2 L3 L1 L2 L3
2
VL1 (t ) = V1 (t ) − 3 ⋅ VO
VO
VL 2 (t ) = V2 (t ) + (Eq.2.22)
3
VO
VL 3 (t ) = V3 (t ) + 3
FASE 1 2 3
S2 S3
L2 L1 L3
+ + +
V2 (t ) V1 (t ) V3 (t )
− − −
Fig.2. 14: Circuito equivalente do conversor apresentado na Fig.2.5 operando no setor definido pela
(Eq.2.2).
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 35
2.5 - EQUACIONAMENTO
Desta forma:
PO 3 ⋅ VP ⋅ I P
= (Eq.2.24)
η 2
2 ⋅ PO
IP = (Eq.2.25)
3 ⋅ η ⋅ VP
3 ⋅ V2 (t ) − 3 ⋅ VL 2 (t ) − 2 ⋅ D2 (t ) ⋅ VO + [1 + D3 (t )]⋅ VO = 0
(Eq.2.27)
3 ⋅ V3 (t ) − 3 ⋅ VL 3 (t ) − 2 ⋅ D3 (t ) ⋅ VO + [1 + D2 (t )]⋅ VO = 0
d 2 ⋅ PO
3 ⋅ VP ⋅ sen(ω ⋅ t − 120°) − 3 ⋅ L ⋅ η ⋅ sen(ω ⋅ t − 120°) +
dt 3 ⋅ ⋅ VP (Eq.2.28)
+ VO ⋅ [1 + D3 (t ) − 2 ⋅ D2 (t )] = 0
e:
d 2 ⋅ PO
3 ⋅VP ⋅ sen(ω ⋅ t + 120°) − 3 ⋅ L ⋅ ⋅ sen(ω ⋅ t + 120°) +
dt 3 ⋅η ⋅ VP (Eq.2.29)
+ VO ⋅ [1 + D2 (t ) − 2 ⋅ D3 (t )] = 0
Logo:
3 ⋅ VP 2 ⋅ P0 ⋅ ω ⋅ L
D 2 (t ) = 1 − ⋅ sen(ω ⋅ t + 30°) − ⋅ cos(ω ⋅ t + 30°)
V0 3 ⋅η ⋅ VP2
(Eq.2.31)
D (t ) = 1 − 3 ⋅ V P 2 ⋅ P0 ⋅ ω ⋅ L
3 ⋅ sen(ω ⋅ t − 30°) − 2
⋅ cos(ω ⋅ t − 30°)
V0 3 ⋅η ⋅ VP
I O (t ) = − I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )]− I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )] (Eq.2.32)
3 ⋅ VP 2 ⋅ P0 ⋅ ω ⋅ L
I 0 (t ) = − I P ⋅ sen(ω ⋅ t − 120°) ⋅ ⋅ sen(ω ⋅ t + 30° ) − 2
⋅ cos(ω ⋅ t + 30°)
V0 3 ⋅ VP
(Eq.2.33)
3 ⋅ VP 2 ⋅ P0 ⋅ ω ⋅ L
− I P ⋅ sen(ω ⋅ t + 120°) ⋅ ⋅ sen(ω ⋅ t − 30°) − ⋅ cos(ω ⋅ t − 30°)
V0 3 ⋅ VP2
3 ⋅ VP ⋅ I P
I 0 (t ) = (Eq.2.34)
2 ⋅ V0
VP
α= (Eq.2.35)
VO
Assim, para o setor analisado, sabe-se que D1(t)=1, então da (Eq.2.31) tem-se:
3 ⋅ VP 2 ⋅ P0 ⋅ ω ⋅ L
0 ≤ 1 − ⋅ sen(ω ⋅ t + 30°) − ⋅ cos(ω ⋅ t + 30°) ≤ 1
V0 3 ⋅η ⋅ VP 2
(Eq.2.37)
0 ≤ 1 − 3 ⋅ V P 2 ⋅ P0 ⋅ ω ⋅ L
⋅ sen(ω ⋅ t − 30°) − 2
⋅ cos(ω ⋅ t − 30° ) ≤ 1
V0 3 ⋅ η ⋅ VP
Logo:
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 38
3 ⋅ VP 2 ⋅ P0 ⋅ ω ⋅ L
0 ≤ ⋅ sen(ω ⋅ t + 30°) − ⋅ cos (ω ⋅ t + 30 ° ) ≤1
V0 3 ⋅ η ⋅ V P2
(Eq.2.38)
0 ≤ 3 ⋅ VP 2 ⋅ P0 ⋅ ω ⋅ L
⋅ sen(ω ⋅ t − 30°) − 2
⋅ cos(ω ⋅ t − 30° ) ≤ 1
V0 3 ⋅ η ⋅ VP
Ou:
2 ⋅ P0 ⋅ ω ⋅ L
3 ⋅ VP ⋅ sen(ω ⋅ t + 30°) − ⋅ cos(ω ⋅ t + 30°) ≤ VO ≤ ∞
3 ⋅η ⋅ VP 2
(Eq.2.39)
3 ⋅V 2 ⋅ P0 ⋅ ω ⋅ L
P ⋅ sen(ω ⋅ t − 30°) − 2
⋅ cos(ω ⋅ t − 30°) ≤ VO ≤ ∞
3 ⋅ η ⋅ VP
VO ≥ 3 ⋅ VP (Eq.2.40)
Ou ainda:
1
0 ≤α ≤ (Eq.2.41)
3
VS 2 (t ) = [1 − D2 (t )]⋅ VO
(Eq.2.42)
VS 3 (t ) = [1 − D3 (t )]⋅ VO
dI 2 (t )
3 ⋅ V2 (t ) − 3 ⋅ L ⋅ − 2 ⋅ D2 (t ) ⋅ VO + [1 + D3 (t )]⋅ VO = 0 (Eq.2.43)
dt
dI 3 (t )
3 ⋅ V3 (t ) − 3 ⋅ L ⋅ − 2 ⋅ D3 (t ) ⋅ VO + [1 + D2 (t )]⋅ VO = 0 (Eq.2.44)
dt
I L 2 (t ) = I L 2 +i L 2 (t )
• para a (Eq.2.36);
D2 (t ) = D2 + d 2 (t )
I L 3 (t ) = I L 3 +i L 3 (t )
• para a (Eq.2.37).
D3 (t ) = D3 + d 3(t )
Desta forma, substituindo as perturbações nas respectivas equações se obtém:
di2 (t )
− 3 ⋅ L ⋅ dt − 2 ⋅ d 2 (t ) ⋅VO = 0
(Eq.2.45)
− 3 ⋅ L ⋅ di3 (t ) − 2 ⋅ d (t ) ⋅V = 0
dt
3 O
i2 ( s ) 2 ⋅ VO
d (s) = − 3 ⋅ s ⋅ L
2
(Eq.2.46)
i3 ( s ) = − 2 ⋅VO
d 3 ( s ) 3⋅ s ⋅ L
I (s) 2 ⋅ VO
= (Eq.2.47)
D( s) 3 ⋅ s ⋅ L
dVO (t ) VO (t )
CO ⋅ + = I O (t ) (Eq.2.48)
dt RO
VO ( s )
C O ⋅ s ⋅ VO ( s ) + = I O ( s) (Eq.2.49)
RO
VO ( s ) RO
= (Eq.2.50)
I O ( s ) 1 + s ⋅ RO ⋅ C O
VO2
VO ( s ) PO
= (Eq.2.51)
I O ( s) V 2 ⋅C
1+ s ⋅ O O
PO
Assim, como a malha de tensão vai controlar apenas a amplitude das correntes
de entrada, tem-se, a partir da (Eq.2.34) e da (Eq.2.51) que:
2 ⋅ VO3 2 ⋅ VO3
VO ( s ) 3 ⋅ VP ⋅ PO V (s) 3 ⋅ VP ⋅ PO
= Î = (Eq.2.52)
I P ( s) V 2 ⋅C I ( s) V 2 ⋅C
1+ s ⋅ O O 1+ s ⋅ O O
PO PO
∆I L V ⋅ ∆t
VL = L ⋅ Î ∆I L = L (Eq.2.53)
∆t L
3 ⋅ VP
D2 (ω ⋅ t = 90°) ≈ D3 (ω ⋅ t = 90°) ≈ 1 − ⋅ sen(120°) (Eq.2.54)
VO
1 3 ⋅ VP 3
∆t = ⋅ 1 − ⋅ (Eq.2.55)
fs VO 2
Logo:
2 ⋅ VO − 3 ⋅ VP
∆t = (Eq.2.56)
2 ⋅ fs ⋅ VO
VP 2 ⋅ VO − 3 ⋅ VP
∆I L = ⋅ (Eq.2.57)
L 2 ⋅ fs ⋅ VO
2 ⋅ PO V 2 ⋅ VO − 3 ⋅ VP
∆I L % ⋅ = P ⋅ (Eq.2.58)
3 ⋅ η ⋅ VP L 2 ⋅ fs ⋅ VO
Logo:
3 ⋅ VP ⋅ [2 ⋅ V0 − 3 ⋅ VP ]
2
L= (Eq.2.59)
fs ⋅ ∆I L % ⋅ 4 ⋅ P0 ⋅ V0
Ou:
3 ⋅ V P ⋅ [2 − 3 ⋅ α ]
2
L= (Eq.2.60)
fs ⋅ ∆I L % ⋅ 4 ⋅ P0
2
3 ⋅ VP fs ⋅ ∆I L % ⋅ 2 ⋅ P0
L = L⋅ Î L = L⋅ 2
(Eq.2.61)
fs ⋅ ∆I L % ⋅ 2 ⋅ P0 3 ⋅ VP
Logo:
3
L = ⋅1 − ⋅ α (Eq.2.62)
2
1
Devendo-se lembrar que 0 ≤ α ≤ , tem-se assim na Fig.2.15 a variação da
3
indutância de entrada normalizada, em função de α:
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 43
1
0.9
0.8
0.7
0.6
L( α ) 0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6
α
2 ⋅ P0
I L _ ef = (Eq.2.63)
3 ⋅ VP ⋅ η
Pode-se observar então que a corrente nos indutores não depende de α, mas
basicamente da potência e da tensão na entrada.
3 ⋅ VP
D2 (ω ⋅ t = 90°) ≈ D3 (ω ⋅ t = 90°) ≈ 1 − ⋅ sen(120°) (Eq.2. 64)
V0
1 3 ⋅ VP 3 2 ⋅ VO − 3 ⋅ VP
∆t = ⋅ 1 − ⋅ = (Eq.2.65)
fs V0 2 2 ⋅ fs ⋅ VO
2⋅VO −3⋅VP
2⋅ fs ⋅VO
PO
∆QCo = ∫
0
VO
⋅ dt (Eq.2.66)
Logo:
PO ⋅ (2 ⋅ VO − 3 ⋅ VP )
∆QCo = = C O ⋅ ∆VO = C O ⋅ ∆VO % ⋅ VO (Eq.2.67)
2 ⋅ fs ⋅ VO2
Então:
PO ⋅ (2 ⋅ VO − 3 ⋅ V P ) PO ⋅ α 2 ⋅ (2 − 3 ⋅ α )
CO = ou C O = (Eq.2.68)
2 ⋅ fs ⋅ VO3 ⋅ ∆VO % 2 ⋅ fs ⋅ VP2 ⋅ ∆VO %
PO 15 ⋅ fs ⋅ VP2 ⋅ ∆VO %
CO = CO ⋅ Î CO = CO ⋅ (Eq.2.69)
15 ⋅ fs ⋅ VP2 ⋅ ∆VO % PO
Logo:
3
C O = 15 ⋅ α 2 ⋅ 1 − ⋅ α (Eq.2.70)
2
0.9
0.8
0.7
0.6
C 0( α ) 0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6
α
3 ⋅ VP
D 2 (t ) = 1 − ⋅ sen(ω ⋅ t + 30°)
V0
(Eq.2.71)
D (t ) = 1 − 3 ⋅ V P ⋅ sen(ω ⋅ t − 30°)
3 V0
Observa-se ainda que, para o intervalo dado por 60° ≤ ω ⋅ t ≤ 90° , tem-se
D2 (t ) ≤ D3 (t ) , considera-se ainda que, dentro de um período de chaveamento, as
correntes de fase permanecem constantes. Desta forma a corrente eficaz no capacitor de
saída para um período de chaveamento pode ser calculada por:
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 46
1 2
D ⋅Ts D3 ⋅Ts Ts
⋅ ∫ − Ro ⋅ + ∫ − 2 − Ro ⋅ + ∫ [− I 2 − I 3 − I Ro ] ⋅ dt (Eq.2.72)
[ ] [ ]
2 2 2
I Co _ ef _ Ts = I dt I I dt
Ts 0 D 2 ⋅Ts D3 ⋅Ts
PO
I Ro = (Eq.2.73)
VO
+ (D3 − D2 ) ⋅ (I Ro + I 2 ) + (1 − D3 ) ⋅ (I Ro + I 2 + I 3 ) (Eq.2.74)
2 2 2
I Co _ ef _ Ts = D2 ⋅ I Ro
π
2
I Co _ ef =
1
[
π π∫ Co _ ef _ Ts
⋅ I ]
(ω ⋅ t ) 2 ⋅ dω ⋅ t (Eq.2.75)
6 3
P 2
P
2
π D (ω ⋅ t ) ⋅
2
O
+ [D3 (ω ⋅ t ) − D2 (ω ⋅ t )]⋅ + I 2 (ω ⋅ t )
O
+
1 2 VO2 VO
I Co _ ef = ⋅∫ ⋅ dω ⋅ t (Eq.2.76)
π π PO
2
6 3 + [1 − D3 (ω ⋅ t )]⋅ − I 1 (ω ⋅ t )
VO
3 ⋅ VP PO2
1 − ⋅ sen(ω ⋅ t + 30°) ⋅ 2 +
V0 VO
3 ⋅ VP
π +
⋅ [sen(ω ⋅ t + 30°) − sen(ω ⋅ t − 30°)]⋅
1 2 V0
I Co _ ef = ⋅∫ ⋅ dω ⋅ t (Eq.2.77)
π π P 2 ⋅ P
2
6 3 ⋅ V + 3 ⋅ η ⋅ V ⋅ sen(ω ⋅ t − 120°) +
O O
O P
+ 3 ⋅ VP ⋅ sen(ω ⋅ t − 30°) ⋅ PO − 2 ⋅ PO ⋅ sen(ω ⋅ t )
V
VO 3 ⋅ η ⋅ VP
0
PO 0,613 ⋅ VO − 2 ⋅η ⋅ VP
I Co _ ef = ⋅ +1 (Eq.2.78)
VO η 2 ⋅ VP
VP
Ainda, sabe-se da (Eq.2.35) que α = , então a (Eq.2.78) pode ser escrita
VO
como::
PO 0,613 − 2 ⋅ η ⋅ α
I Co _ ef = ⋅α ⋅ +1 (Eq.2.79)
VP η 2 ⋅α
PO 3 ⋅ VP
I Co _ ef = ⋅ I Co _ ef Î I Co _ ef = ⋅ I Co _ ef (Eq.2.80)
3 ⋅ VP PO
Logo:
0,613 − 2 ⋅ η ⋅ α
I Co _ ef = 3 ⋅ α ⋅ +1 (Eq.2.81)
η 2 ⋅α
1.05
0.95
0.9
I Co_ef( 1 , α )
0.85
I Co_ef( 0.95 , α )
0.8
0.7
0.65
0.6
0.55
0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6
α
Fig.2. 17: Corrente eficaz no capacitor de saída normalizada, em função de α, para rendimentos de
90%, 95% e 100% em ordem decrescente.
1
Deve-se ter em mente sempre que 0 ≤ α ≤ , então como a corrente eficaz é
3
o fator determinante no dimensionamento do capacitor de saída, deve-se procurar evitar
a região onde nitidamente a corrente apresenta valores máximos.
Assim como foi feito para o cálculo da corrente eficaz no capacitor de saída,
também para o cálculo das correntes média e eficaz nos interruptores será considerado
que as correntes de fase e as razões cíclicas permanecem constantes dentro de um
período de chaveamento.
Assim, para um período de chaveamento, a corrente eficaz no interruptor Si é
dado por:
Di ⋅Ts
1
∫ [I ] ⋅ dt = I
2
I Si _ ef _ Ts = ⋅ Si Si ⋅ Di (Eq.2.82)
Ts 0
[
I S _ ef = 2 ⋅ (I S 1 _ ef _ setor _ 1 ) + (I S 2 _ ef _ setor _ 1 ) + (I S 3 _ ef _ setor _ 1 )
2 2 2
] (Eq.2.83)
23⋅π
[
∫ I 2 (t ) ⋅ D2 (t ) + I 3 (t ) ⋅ D3 (t ) ⋅ dω ⋅ t
2 2
]
1 3
π
I S _ ef = ⋅ (Eq.2.84)
π 2⋅π 2⋅π
[ ] [ ]
3 3
+ I (t ) 2 ⋅ D (t ) ⋅ dω ⋅ t + I (t ) 2 ⋅ D (t ) ⋅ dω ⋅ t
π∫ 2 2 ∫ 3
π
3
3 3
Logo:
23⋅π
I S _ ef =
2
[ ]
⋅ ∫ I 2 (t ) 2 ⋅ D2 (t ) + I 3 (t ) 2 ⋅ D3 (t ) ⋅ dω ⋅ t
π π
(Eq.2.85)
3
P0 V − 1,63 ⋅ VP
I S _ ef = ⋅ 0 (Eq.2.86)
η ⋅ VP 5,7 ⋅ V0
Ou ainda:
P0 1 − 1,63 ⋅ α
I S _ ef = ⋅ (Eq.2.87)
η ⋅ VP 5,7
P0 η ⋅ VP ⋅ 5,7
I S _ ef = ⋅ I S _ ef Î I S _ ef = ⋅ I S _ ef (Eq.2.88)
η ⋅ VP ⋅ 5,7 P0
Logo:
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 50
I S _ ef = ⋅ 1 − 1,63 ⋅ α (Eq.2.89)
0.92
0.84
0.76
0.68
I S_ef( α ) 0.6
0.52
0.44
0.36
0.28
0.2
0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6
α
Di ⋅Ts
1
I Si _ med _ Ts =
Ts
⋅ ∫ [I ]⋅ dt = I
0
Si Si ⋅ Di (Eq.2.90)
Seguindo então o mesmo raciocínio, a corrente média nos interruptores pode ser
calculada pela simples soma das correntes médias de S1, S2 e S3 para o setor analisado,
então:
23⋅π
∫ [I 2 (t ) ⋅ D2 (t ) + I 3 (t ) ⋅ D3 (t )]⋅ dω ⋅ t +
1 3
π
I S _ med = ⋅ 2⋅π (Eq.2.91)
π 2⋅π
3 3
+ [I (t ) ⋅ D (t )]⋅ dω ⋅ t + [I (t ) ⋅ D (t )]⋅ dω ⋅ t
π∫ 2 2 ∫ 3
π
3
3 3
Logo:
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 51
2⋅π
3
2
I S _ med =
π
⋅ ∫ [I
π
2 (t ) ⋅ D2 (t ) + I 3 (t ) ⋅ D3 (t )]⋅ dω ⋅ t (Eq.2.92)
3
P0 4 2 ⋅α
I S _ med = ⋅ − (Eq.2.93)
η ⋅ VP 3 ⋅ π 3
4 ⋅ P0 3 ⋅ π ⋅ η ⋅ VP
I S _ med = ⋅ I S _ med Î I S _ med = ⋅ I S _ med (Eq.2.94)
3 ⋅ π ⋅ η ⋅ VP 4 ⋅ P0
Logo:
π ⋅α
I S _ med = 1 − (Eq.2.95)
2
0.9
0.8
0.7
0.6
I S_med ( α ) 0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6
α
Para dimensionar os diodos D13,D14, D23, D24, D33 e D34 (ver Fig.2.5), deve-se
observar, a partir da análise apresentada no item 2.3, que circula por eles a respectiva
corrente de fase integralmente durante meio período de rede, assim:
IP
2
I Di _ 3 / 4 _ ef = (Eq.2.96)
2
PO
I Di _ 3 / 4 _ ef = (Eq.2.97)
3 ⋅ η ⋅ VP
π
1
⋅ I P ⋅ sen(ω ⋅ t )⋅ dω ⋅ t
2 ⋅ π ∫0
I Di _ 3 / 4 _ med = (Eq.2.98)
Resolvendo a integral:
IP
I Di _ 3 / 4 _ med = (Eq.2.99)
π
Logo, da (Eq.2.25):
2 ⋅ PO
I Di _ 3 / 4 _, med = (Eq.2.100)
3 ⋅ π ⋅ η ⋅ VP
Desta forma, se conclui que a corrente nos diodos Di_34 depende exclusivamente
da potência e da tensão de entrada.
Para se dimensionar os diodos D15, D16, D25, D26, D35 e D36 também é necessário
observar a análise apresentada em 2.3, onde pode-se observar que por eles circula
exatamente a mesma corrente do respectivo interruptor, no entanto somente durante
meio período de rede em cada um, ou seja, a corrente do interruptor S1, por exemplo,
circula por D15 durante meio período de rede e por D16 durante o outro meio período.
Desta forma, a corrente eficaz que circula pelos diodos Di_5/6 pode ser calculada
por:
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 53
I S _ ef
I Di _ 5 / 6 _ ef = (Eq.2.101)
2
P0 V − 1,63 ⋅ VP
I Di _ 5 / 6 _ ef = ⋅ 0 (Eq.2.102)
η ⋅ VP 11,5 ⋅ V0
Ou:
P0 1 − 1,63 ⋅ α
I Di _ 5 / 6 _ ef = ⋅ (Eq.2.103)
η ⋅ VP 11,5
P0 η ⋅ VP ⋅ 11,5
I Di _ 5 / 6 = ⋅ I Di _ 5 / 6 Î I Di _ 5 / 6 _ ef = ⋅ I Di _ 5 / 6 _ ef (Eq.2.104)
η ⋅ VP ⋅ 11,5 P0
Logo:
I Di _ 5 / 6 _ ef = ⋅ 1 − 1,63 ⋅ α (Eq.2.105)
I S _ ef
I Di _ 5 / 6 _ med = (Eq.2.106)
2
P0 2 α
I Di _ 5 / 6 _ med = ⋅ − (Eq.2.107)
η ⋅ VP 3 ⋅ π 3
2 ⋅ P0 3 ⋅ π ⋅ η ⋅ VP
I S _ med = ⋅ I S _ med Î I S _ med = ⋅ I S _ med (Eq.2.108)
3 ⋅ π ⋅ η ⋅ VP 2 ⋅ P0
Logo:
π ⋅α
I S _ med = 1 − (Eq.2.109)
2
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 54
Assim, como era de se esperar, a corrente média normalizada nos diodos Di_5/6 é
idêntica à corrente média normalizada nos interruptores e seu comportamento, em função
de α pode ser observado na Fig.2.19.
para o outro meio período I D11 = 0 , além disso, o diodo D13 só apresenta corrente não
nula durante o mesmo meio período de rede que D11 apresenta corrente não nula. Esta
análise obviamente pode ser estendida para os demais diodos do grupo de diodos Di_1/2,
desta forma pode-se facilmente calcular sua corrente eficaz por:
2
I S _ ef
(I Di _ 3 / 4 _ ef )
2
= + (I Di _ 1 / 2 _ ef )
2
(Eq.2.110)
2
PO 1 1 V − 1,63 ⋅ VP
I Di _ 1 / 2 _ ef = ⋅ 2 − ⋅ O (Eq.2.111)
η ⋅ VP 3 2 5,7 ⋅ VO
Logo:
PO V + 6,1 ⋅ VP
I Di _1/ 2 _ ef = ⋅ O (Eq.2. 112)
η ⋅VP 43 ⋅ VO
Ou:
PO 1 + 6,1 ⋅ α
I Di _ 1 / 2 _ ef = ⋅ (Eq.2.113)
η ⋅ VP 43
PO η ⋅ VP ⋅ 43
I Di _ 1 / 2 _ ef = ⋅ I Di _ 1 / 2 _ ef Î I Di _ 1 / 2 _ ef = ⋅ I Di _ 1 / 2 _ ef (Eq.2.114)
η ⋅ V P ⋅ 43 PO
Assim:
I Di _ 1 / 2 _ ef = 1 + 6,1 ⋅ α (Eq.2.115)
Capítulo 2 – Apresentação, análise e equacionamento do conversor CA-CC unidirecional proposto. 55
2.2
2.1
1.9
1.8
I Di_1_2_ef( α ) 1.7
1.6
1.5
1.4
1.3
1.2
0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6
α
I S _ med I S _ med
I Di _ 3 / 4 _ med = + I Di _ 1 / 2 _ med Î I Di _ 1 / 2 _ med = I Di _ 3 / 4 _ med − (Eq.2. 116)
2 2
2 ⋅ PO P 2 α
I Di _ 1 / 2 _ med = − 0 ⋅ − (Eq.2.117)
3 ⋅ π ⋅ η ⋅ VP η ⋅ VP 3 ⋅ π 3
Logo:
P0 ⋅ α
I Di _ 1 / 2 _ med = (Eq.2.118)
3 ⋅ η ⋅ VP
P0 3 ⋅ η ⋅ VP
I Di _ 1 / 2 _ med = ⋅ I Di _ 1 / 2 _ med Î I Di _ 1 / 2 _ med = I Di _ 1 / 2 _ med (Eq.2.119)
3 ⋅ η ⋅ VP P0
Logo:
I Di _ 1 / 2 _ med = α (Eq.2.120)
0.6
0.55
0.5
0.45
0.4
I Di_1_2_med( α ) 0.35
0.3
0.25
0.2
0.15
0.1
0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6
α
2.6 - CONCLUSÃO
3.1 - INTRODUÇÃO
Sensor
Tensão
VO (t )
V1 (t ) V2 (t ) V3 (t )
Detector
Valor x y Controlador
y Tensão
Eficaz z= 2
x
− z
+
I1_ ref (t )
− −
+ +
Controlador
Corrente I 2 _ ref (t ) I 3 _ ref (t )
D1 (t )
Controlador Controlador
Modulação Corrente Corrente
P.W.M.
D2 (t ) D3 (t )
Modulação Modulação
P.W.M. P.W.M.
Pode-se observar então que o sistema de controle proposto utiliza três malhas
de corrente, uma para cada fase operando de forma independente e uma única malha de
tensão e de feed-forward, de forma que a implementação pode ser efetuada utilizando o
circuito integrado UC3854 convencional, utilizado para controlar os conversores AC-DC
monofásicos do tipo boost com elevado fator de potência. Então, a partir da arquitetura
apresentada sugere-se a metodologia de projeto que é apresentada a seguir.
Capítulo 3 – Projeto, simulação e experimentação do conversor proposto. 59
3.2.1 - Especificações:
3 ⋅ V P ⋅ [2 ⋅ V0 − 3 ⋅ V P ]
2
• Valor da indutância: L ≥
fs ⋅ ∆I L % ⋅ 4 ⋅ P0 ⋅ V0
2 ⋅ P0
• Corrente eficaz: I L _ ef =
3 ⋅ VP ⋅ η
2 ⋅ P0
• Corrente de pico: I L _ pic =
3 ⋅ VP ⋅ η
3 ⋅ 3 ⋅ VP + 2 ⋅ VO
• Tensão de pico: V L _ pic =V O⋅
6 ⋅ VO
PO ⋅ (2 ⋅ VO − 3 ⋅ VP )
• Valor da capacitância: C O ≥
2 ⋅ fs ⋅ VO3 ⋅ ∆VO %
PO 0,613 ⋅ VO − 2 ⋅η ⋅ VP
• Corrente eficaz: I Co _ ef = ⋅ +1
VO η 2 ⋅ VP
P0
• Corrente de pico: I Co _ pic = I Ro =
VO
P0 V − 1,63 ⋅ VP
• Corrente eficaz: I S _ ef = ⋅ 0
η ⋅ VP 5,7 ⋅ V0
2 ⋅ P0
• Corrente de pico: I S _ pic = I L _ pic =
3 ⋅ VP ⋅ η
P0 4 2 ⋅ VP
• Corrente média: I S _ med = ⋅ −
η ⋅ VP 3 ⋅ π 3 ⋅ VO
• Tensão de pico: VS _ pic = VO
PO V + 6,1 ⋅ VP
• Corrente eficaz: I Di _ 1 / 2 _ ef = ⋅ O
η ⋅ VP 43 ⋅ VO
2 ⋅ P0
• Corrente de pico: I Di _ 1 / 2 _ pic =
3 ⋅ VP ⋅ η
P0
• Corrente média: I Di _ 1 / 2 _ med =
3 ⋅ η ⋅ VO
PO
• Corrente eficaz: I Di _ 3 / 4 _ ef =
3 ⋅ η ⋅ VP
2 ⋅ P0
• Corrente de pico: I Di _ 3 / 4 _ pic =
3 ⋅ VP ⋅ η
2 ⋅ PO
• Corrente média: I Di _ 3 / 4 _, med =
3 ⋅ π ⋅ η ⋅ VP
P0 V − 1,63 ⋅ V P
• Corrente eficaz: I Di _ 5 / 6 = ⋅ 0
η ⋅ VP 11,5 ⋅ V0
2 ⋅ P0
• Corrente de pico: I Di _ 5 / 6 _ pic =
3 ⋅ VP ⋅ η
P0 2 V
• Corrente média: I Di _ 5 / 6 _ med = ⋅ − P
η ⋅ VP 3 ⋅ π 3 ⋅ VO
• Tensão de pico: V Di _ 5 / 6 _ pic = VO
Planta Planta
VO _ ref VO _ erro ( s ) Controlador I ref (s ) I erro (s ) Controlador D(s ) I (s ) VO (s )
I (s) V (s)
Tensão Corrente
+ + D( s ) I ( s)
− −
Ganho amostragem
Corrente
Ganho amostragem
Tensão
R1 C1
I ( j ⋅ωC ) fs
5. Determina-se R1 por: C I ( j ⋅ ω C ) ⋅ = 1 Î ωC = 2 ⋅π ⋅ ;
D( j ⋅ ω C ) 4
j ⋅ωC
+1
ωZ 2 ⋅ V0
KI ⋅ ⋅ =1;
j ⋅ωC 3 ⋅ L ⋅ j ⋅ωC
j ⋅ωC ⋅ + 1
ωP
Planta
VO _ ref VO _ erro ( s ) Controlador I ref (s ) Ganho Malha I (s ) V (s) VO (s )
Tensão Corrente
+ + I ( s)
−
Ganho amostragem
Tensão
1
lim G I ( j ⋅ ω ) = (Eq.3.3)
ω →0 K shunt
Sabe-se ainda, da (Eq.2.52), que a função de transferência tensão/corrente da
planta é dada por:
2 ⋅ VO3
V ( s) 3 ⋅ VP ⋅ PO
= (Eq.3.4)
I (s) V 2 ⋅C
1+ s ⋅ O O
PO
Sugere-se então a utilização do controlador apresentado na Fig.3.5:
C1 Iref
R2 C2
Ry
Fonte de corrente
controlada por tensão
Rx R1
Vref Kx
C1 + C 2
ωP =
R2 ⋅ C1 ⋅ C 2
Onde Kx representa o ganho da malha de feed-forward e da fonte de corrente
controlada por tensão multiplicado pelo resistor Ra da malha de corrente, dividido pela
tensão de pico de fase (VP); Vref representa a tensão de referência da malha de tensão.
Capítulo 3 – Projeto, simulação e experimentação do conversor proposto. 65
C2
C1 = ;
50 ⋅ π ⋅ fr ⋅ R2 ⋅ C 2 − 1
V ( j ⋅ωC ) fr
4. Determina-se R1 por: CV ( j ⋅ ω C ) ⋅ = 1 Î ωC = 2 ⋅π ⋅ ;
I ( j ⋅ωC ) 4
j ⋅ωC 2 ⋅ VO3
+1
Kx ⋅ Vref ωZ 3 ⋅ VP ⋅ PO
⋅ ⋅ = 1;
K Shunt ⋅ R1 ⋅ (C1 + C 2 ) ⋅ VO j ⋅ωC VO2 ⋅ C O
j ⋅ωC ⋅ + 1 1 + j ⋅ ω C ⋅
Pω PO
2 ⋅ VO3
Kx ⋅ Vref 2 ⋅ 101 3 ⋅ VP ⋅ PO
⋅ ⋅ = 1;
K Shunt ⋅ R1 ⋅ (C1 + C 2 ) ⋅ VO 101 PO2 + π 2 ⋅ fr 2 ⋅ VO4 ⋅ C O2
π ⋅ fr ⋅
100 PO2
40 ⋅ VO2 ⋅ Kx ⋅ Vref
R1 = ;
3 ⋅ K Shunt ⋅ (C1 + C 2 ) ⋅ VP ⋅ π ⋅ fr ⋅ PO2 + π 2 ⋅ fr 2 ⋅ VO4 ⋅ C O2
5. Determina-se Rx por: Rx = R1 ;
Rx V − Vref
6. Determina-se Ry por: ⋅ VO = Vref Î Ry = Rx ⋅ O ;
Rx + Ry Vref
Capítulo 3 – Projeto, simulação e experimentação do conversor proposto. 66
3.3.1 - Especificações:
• Corrente eficaz: I Co _ ef = 10 A
Obs.: Devido à elevada corrente eficaz que circula pelo capacitor de saída, fez
necessária a utilização de um banco com seis capacitores, cuja capacitância equivalente
é de 3mF.
Capítulo 3 – Projeto, simulação e experimentação do conversor proposto. 67
60
50 7500
40
30
G I( f )
20
C I( f )
10
G I( f ) C I( f ) 0
10
20
30
40
3 4 5
100 1 10 1 10 1 10
f
0
7500
22.5
45
Fase_G( f ) 67.5
Fase_C ( f ) 90
Fase_G( f ) Fase_C ( f )
112.5
135
157.5
180
3 4 5
100 1 10 1 10 1 10
f
Fig.3. 7: Diagrama de fase, em graus, da planta (vermelho), do controlador (azul) e da função de
transferência de laço aberto da malha de corrente.
Capítulo 3 – Projeto, simulação e experimentação do conversor proposto. 69
60
50 30
40
30
G I( f )
20
C I( f )
10
G I( f ) C I( f ) 0
10
20
30
40
3 4
0.1 1 10 100 1 10 1 10
f
0
30
22.5
45
Fase_G( f ) 67.5
Fase_C ( f ) 90
Fase_G( f ) Fase_C ( f )
112.5
135
157.5
180
3 4
0.1 1 10 100 1 10 1 10
f
Fig.3. 9: Diagrama de fase, em graus, da planta (vermelho), do controlador (azul) e da função de
transferência de laço aberto da malha de tensão.
Malha de Tensão
VC+
VV
VC-
VRef
g1 g2 g3
1C 2C 3C
1B 2B 3B
1A 2A 3A
Malha de Corrente
1B
1A
VComp
1B
1C VC+ VC+
g1
1B
1A
VC-
VV VC-
VDente-Serra
20A
0A
-20A
20A
0A
-20A
23.87A
23.00A
22.00A
21.00A
5.0A
0A
-5.0A
Na Fig.3.15 tem-se a tensão sobre o indutor L1 onde, apesar de não ficar muito
claro na figura, se for filtrada a ondulação de alta frequência (frequência de chaveamento)
pode-se observar, obviamente, uma tensão senoidal e defasada 90° em relação à
corrente sobre ele.
400V
0V
-400V
200V
0V
-193V
20A
10A
0A
20A
10A
0A
500V
250V
0V
500V
250V
0V
20A
10A
0A
A Fig.3.22 mostra a corrente sobre o diodo D11 em detalhe no pico, onde pode-
se observar uma corrente de pico de 24A, que é a própria corrente de pico de fase.
20A
10A
0A
500V
250V
0V
20A
10A
0A
Fig.3. 24: Corrente sobre o diodo D13, equivalente à corrente no grupo de diodos Di_3/4.
Na Fig.3.25 pode-se observar a tensão sobre o diodo D13, que assim como a
corrente, é equivalente à tensão sobre o grupo de diodos Di_3/4. Pode-se observar uma
tensão de pico de 450V.
500V
250V
0V
Fig.3. 25: Tensão sobre o diodo D13, equivalente à tensão nos diodos Di_3/4.
Capítulo 3 – Projeto, simulação e experimentação do conversor proposto. 77
20V
10V
0V
Fig.3. 26: Corrente sobre o diodo D15, idêntica, a menos de um defasamento, à corrente no grupo de
diodos Di_5/6.
20V
10V
0V
500V
250V
0V
Fig.3. 28: Tensão sobre o diodo D15, equivalente à tensão sobre o grupo de diodos Di_5/6.
Capítulo 3 – Projeto, simulação e experimentação do conversor proposto. 78
20A
0A
-20A
10A
0A
-10A
-20A
450.0V
449.5V
449.950V
449.925V
449.900V
VALORES VALORES
OBTIDOS POR
TEÓRICOS
SIMULAÇÃO
Tensão de saída Î VO 450V 449,9V
Potência de saída Î PO 6kW 6kW
Rendimento do conversor Î η 96% 98,3%
Ondulação na tensão de saída Î ∆VO% 0,5%* 0,011%
Corrente eficaz no capacitor de saída Î ICo_ef 10A 9,3A
Corrente de pico no capacitor de saída Î ICo_pic 13,3A 13,3A
Ondulação na corrente de entrada Î ∆IIN% 10% 10,5%
Corrente média nos interruptores Î IS_med 5,5A 5,5A
Corrente eficaz nos interruptores Î IS_ef 8,6A 9,3A
Corrente de pico nos interruptores Î IS_pic 23,1A 24A
Tensão de pico nos interruptores Î VS_pic 450V 450V
Corrente de pico nos indutores Î IL_pic 23,1A 24A
Corrente eficaz nos indutores Î IL_ef 16,4A 16A
Corrente média nos indutores Î IL_med 0A 0A
Tensão de pico nos indutores Î VL_pic 305V 303V
Corrente de pico Î IDi_1/2_pic 23,1A 24A
Diodos Corrente média Î IDi_1/2_med 4,6A 4,5A
Di_1/2 Corrente eficaz Î IDi_1/2_ef 9,8A 8,8A
Tensão de pico Î VDi_1/2_pic 450V 450V
Corrente de pico Î IDi_3/4_pic 23,1A 24A
Diodos Corrente média Î IDi_3/4_med 7,4A 7,2A
Di_3/4 Corrente eficaz Î IDi_3/4_ef 11,6A 11,3A
Tensão de pico Î VDi_3/4_pic 450V 450V
Corrente de pico Î IDi_5/6_pic 23,1A 24A
Diodos Corrente média Î IDi_5/6_med 2,8A 2,7A
Di_5/6 Corrente eficaz Î IDi_5/6_ef 6,0A 6,6A
Tensão de pico Î VDi_5/6_pic 450V 450V
* Valor previsto para a utilização de uma capacitância de saída de 80uF, no entanto
utilizou-se uma capacitância de saída de 3mF, por motivos já explicados anteriormente.
Pode-se notar então que os resultados obtidos por simulação estão bastante
próximos dos resultados previstos em projeto. Pode-se comprovar então a validade dos
resultados obtidos a partir do projeto efetuado e consequentemente confirma-se também
Capítulo 3 – Projeto, simulação e experimentação do conversor proposto. 81
2.9% THD=4,16%
2.6%
2.3%
2.0%
1.7%
1.4%
1.2%
0.9%
0.6%
0.3%
0.0%
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40
Harmonic magnitude as a % of the fundamental amplitude
Fig.3. 35; Espectro harmônico da corrente de fase I1(t), como porcentagem da componente
fundamental.
CURVA DE RENDIMENTO
98%
Vin=220V
95%
93%
90% Vin=154V
n %88%
85%
83%
80%
870 1670 1820 3560 4460 5260 5670 5960 6140
Pout [W]
3.6 - CONCLUSÃO
4.1 - INTRODUÇÃO
+
S11 D11 S21 D21 S31 D31
CO RO VO
L1 L2 L3
+ + +
V1(t) V2 (t) V3(t)
− − −
V1 (t ) = VP ⋅ sen(ω ⋅ t )
V2 (t ) = VP ⋅ sen(ω ⋅ t − 120°) (Eq.4.1)
V (t ) = V ⋅ sen(ω ⋅ t + 120°)
3 P
V31(t ) V3 (t )
V12 (t )
ω ⋅t
V1(t ) Referência
V2 (t )
V23 (t )
Fig.4. 2: Representação vetorial das tensões de fase e de linha.
V1(t )
V2 (t )
ω ⋅t
V23 (t )
Referência
Fig.4. 3: Representação vetorial das tensões de fase e de linha, com a referência convenientemente
deslocada (atrasada 60°° em relação à referência da Fig.4.2).
I O (t )
V1(t ) Xa
L1 S1
I1(t ) Ya
V2 (t ) Xb +
L2 VS1(t ) S2
CO RO VO (t )
I 2 (t ) Yb
-
V3 (t ) VS 2 (t ) Xc
L3 S3
I3 (t ) Yc
VS 3 (t )
VS 1 (t ) = D1 (t ) ⋅ Vo
VS 2 (t ) = D2 (t ) ⋅ Vo (Eq.4.4)
V (t ) = D (t ) ⋅ Vo
S3 3
Onde:
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 88
transformação de Park.
+ VL1(t) −
− V2(t) +
L2 I2(t)
+ VL2 (t ) −
− V3(t) +
L3 I3(t)
+ VL3(t) −
+ + +
VS 3(t) VS 2(t) VS1(t)
− − −
Define-se então:
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 89
transformação de Park.
Será considerado ainda que as três indutâncias (L1, L2 e L3) são iguais:
L1 = L2 = L3 = L (Eq.4.10)
dI 1 (t ) dI 2 (t ) d
VL12 (t ) = VL1 (t ) − VL 2 (t ) = L ⋅ dt − L ⋅ dt = L ⋅ dt [I 1 (t ) − I 2 (t )]
dI 2 (t ) dI (t ) d
VL 23 (t ) = VL 2 (t ) − VL 3 (t ) = L ⋅ − L ⋅ 3 = L ⋅ [I 2 (t ) − I 3 (t )] (Eq.4.11)
dt dt dt
dI 3 (t ) dI 1 (t ) d
VL 31 (t ) = VL 3 (t ) − VL1 (t ) = L ⋅ dt − L ⋅ dt = L ⋅ dt [I 3 (t ) − I 1 (t )]
Define-se então:
I12 (t ) = I1 (t ) − I 2 (t )
I 23 (t ) = I 2 (t ) − I 3 (t ) (Eq.4.12)
I (t ) = I (t ) − I (t )
31 3 1
Logo:
dI 12 (t )
VL12 (t ) = L ⋅ dt
dI 23 (t )
VL 23 (t ) = L ⋅ (Eq.4.13)
dt
dI 31 (t )
VL 31 (t ) = L ⋅ dt
dI 12 (t )
V12 (t ) = L ⋅ dt ) + D12 (t ) ⋅ VO
dI 23 (t )
V23 (t ) = L ⋅ + D23 (t ) ⋅ VO (Eq.4.14)
dt
dI 31 (t )
V31 (t ) = L ⋅ dt + D31 (t ) ⋅ VO
PIN (t ) = V1 (t ) ⋅ I 1 (t ) + V2 (t ) ⋅ I 2 (t ) + V3 (t ) ⋅ I 3 (t ) (Eq.4.15)
Ou ainda:
1 1dI 12 (t ) 1
⋅ V12 (t ) = L ⋅ ⋅ )+ ⋅ D12 (t ) ⋅ VO
3 3 dt 3
1 1 dI 23 (t ) 1
⋅ V23 (t ) = L ⋅ ⋅ + ⋅ D23 (t ) ⋅ VO (Eq.4.18)
3 3 dt 3
1 1 dI 31 (t ) 1
⋅ V31 (t ) = L ⋅ ⋅ + ⋅ D31 (t ) ⋅ VO
3 3 dt 3
V12 (t ) I 12 (t ) D12 (t )
1 1 1
V123 = ⋅ V23 (t ) ; I 123 = ⋅ I 23 (t ) ; D123 = ⋅ D23 (t ) (Eq.4.19)
3 3 3
V31 (t ) I 31 (t ) D31 (t )
d
V123 = L ⋅ I 123 + VO ⋅ D123 (Eq.4.20)
dt
−1
X dq 0 = B ⋅ X 123 ou X 123 = B ⋅ X dq 0 (Eq.4.21)
−1
Onde X 123 representa o vetor das variáveis antes da transformação, B
por:
1 1 1
2 2 2
2
⋅ cos(ω ⋅ t ) cos(ω ⋅ t − 120° ) cos(ω ⋅ t + 120°)
−1
B = (Eq.4.22)
3
− sin (ω ⋅ t ) − sin (ω ⋅ t − 120°) − sin (ω ⋅ t + 120°)
Sabe-se ainda de [1], que para garantir que a potência seja invariante, a
transformação deve ser ortogonal, ou seja:
−1 t −1t
B = B ou B = B (Eq.4.23)
Logo:
1
cos(ω ⋅ t ) − sin (ω ⋅ t )
2
2 1
B= ⋅ cos(ω ⋅ t − 120°) − sin (ω ⋅ t − 120°) (Eq.4.24)
3 2
1
cos(ω ⋅ t + 120°) − sin (ω ⋅ t + 120° )
2
V123 = B ⋅ Vdq 0
I 123 = B ⋅ I dq 0 (Eq.4.25)
D123 = B ⋅ Ddq 0
B ⋅ Vdq 0 = L ⋅
d
dt
[ ]
B ⋅ I dq 0 + VO ⋅ B ⋅ Ddq 0 (Eq.4.26)
−1
Pré multiplicando-se a (Eq.4.26) por B , tem-se:
[B ⋅ B]⋅ V
−1
dq 0
−1 d
dt
[
]−1
[
= L ⋅ B ⋅ B ⋅ I dq 0 + VO ⋅ B ⋅ B ⋅ Ddq 0 ] (Eq.4.27)
Como:
−1
B ⋅ B = I (Matriz identidade) (Eq.4.28)
Então:
−1 d d
Vdq 0 = L ⋅ B ⋅ B ⋅ I dq 0 + B ⋅ I dq 0 + VO ⋅ Ddq 0 (Eq.4.29)
dt dt
Logo:
d −1 d
Vdq 0 = L ⋅ I dq 0 + L ⋅ B ⋅ B ⋅ I dq 0 + VO ⋅ Ddq 0 (Eq.4.30)
dt dt
−1 d
Necessita-se então determinar o resultado do produto B ⋅ B . Assim sendo,
dt
a partir da (Eq.4.22) e da (Eq.4.24), tem-se:
1 1 1
2 2 2
−1 d 2
B ⋅ B = ⋅ cos(ω ⋅ t ) cos(ω ⋅ t − 120° ) cos(ω ⋅ t + 120° ) ⋅
dt 3
− sin (ω ⋅ t ) − sin (ω ⋅ t − 120°) − sin (ω ⋅ t + 120°)
1 (Eq.4.31)
cos (ω ⋅ t ) − sin (ω ⋅ t )
2
2 d 1
⋅ ⋅ cos(ω ⋅ t − 120°) − sin (ω ⋅ t − 120°)
3 dt 2
1
cos(ω ⋅ t + 120°) − sin (ω ⋅ t + 120°)
2
1 1 1
2 2 2
−1 d 2
B ⋅ B = ⋅ w ⋅ cos(ω ⋅ t ) cos(ω ⋅ t − 120° ) cos(ω ⋅ t + 120°) ⋅
dt 3 − sin (ω ⋅ t ) − sin (ω ⋅ t − 120°) − sin (ω ⋅ t + 120°)
(Eq.4.32)
0 − sin (ω ⋅ t ) − cos(ω ⋅ t )
⋅ 0 − sin (ω ⋅ t − 120°) − cos(ω ⋅ t − 120°)
0 − sin (ω ⋅ t + 120°) − cos(ω ⋅ t + 120°)
0 0 0
−1 d 2 3
B ⋅ B = ⋅ ω ⋅ 0 0 − (Eq.4.33)
dt 3 2
0 3
0
2
Logo:
0 0 0
d
B = ω ⋅ 0 0 − 1
−1
B ⋅ (Eq.4.34)
dt
0 1 0
dI 0 (t )
V0 (t ) dt D0 (t )
dI (t ) 0
Vd (t ) = L ⋅ dt + L ⋅ ω ⋅ − I q (t ) + VO ⋅ Dd (t )
d
(Eq.4.35)
Vq (t ) dI q (t ) I d (t ) Dq (t )
dt
V0 (t ) = 0
3
Vd (t ) = ⋅ VP (Eq.4.36)
2
Vq (t ) = 0
dI 0 (t )
0 = L ⋅ dt + VO ⋅ D0 (t )
3 dI (t )
⋅ Vp = L ⋅ d − ω ⋅ L ⋅ I q (t ) + VO ⋅ Dd (t ) (Eq.4.37)
2 dt
dI q (t )
0 = L ⋅ + ω ⋅ L ⋅ I d (t ) + VO ⋅ Dq (t )
dt
I 0 (t )
+
VO ⋅ DO (t )
L L
I d (t ) I q (t )
+ + +
3
⋅Vp VO ⋅ Dd (t ) VO ⋅ Dq (t )
2
- - -
+ - - +
ω ⋅ L ⋅ I q (t ) ω ⋅ L ⋅ I d (t )
Fig.4. 7: Circuito equivalente de sequência d. Fig.4. 8: Circuito equivalente de sequência q.
1
I O (t ) = ⋅ {I12 (t ) + I 23 (t ) + I 31 (t )}
3
1
I O (t ) = ⋅ {[I 1 (t ) − I 2 (t )] + [I 2 (t ) − I 3 (t )] + [I 3 (t ) − I 1 (t )]} = 0 (Eq.4.38)
3
1
DO (t ) = ⋅ {D12 (t ) + D23 (t ) + D31 (t )}
3
1
DO (t ) = ⋅ {[D1 (t ) − D2 (t )] + [D2 (t ) − D3 (t )] + [D3 (t ) − D1 (t )]} = 0 (Eq.4.39)
3
dI d (t ) 3 Vp VO
= ω ⋅ I q (t ) + ⋅ − ⋅ Dd (t )
dt 2 L L
(Eq.4.40)
dI q (t ) = −ω ⋅ I (t ) − VO ⋅ D (t )
dt d
L
q
I d (t ) = I d + id (t )
I (t ) = I + i (t )
q q q
(Eq.4.41)
Dd (t ) = Dd + d d (t )
Dq (t ) = Dq + d q (t )
d
dt
[ ]
[I d + i d (t )] = ω ⋅ I q + iq (t ) +
3 Vp VO
⋅
2 L
−
L
⋅ [Dd + d d (t )]
(Eq.4.42)
d I + i (t ) = −ω ⋅ [I + i (t )] − VO ⋅ D + d (t )
[ ] [ ]
dt q q d d
L
q q
Logo:
di d (t ) VO
dt = ω ⋅ iq (t ) − L ⋅ d d (t )
(Eq.4.43)
di q (t ) = −ω ⋅ i (t ) − VO ⋅ d (t )
dt d
L
q
VO
s ⋅ i d ( s ) = ω ⋅ i q ( s ) − L ⋅ d d ( s )
(Eq.4.44)
s ⋅ i ( s ) = −ω ⋅ i ( s ) − VO ⋅ d ( s )
q d
L
q
VO s ω
id ( s ) = ⋅ − d d ( s ) ⋅ 2 − d q ( s) ⋅ 2
L s +ω 2
s + ω 2
(Eq.4.45)
V ω s
iq ( s ) = O ⋅ d d ( s ) ⋅ 2 − d q ( s) ⋅ 2
L s +ω 2
s + ω 2
Ou:
i d ( s ) VO 1 − s − ω d d ( s )
i ( s ) = ⋅ 2 ⋅ ⋅ (Eq.4.46)
q L s +ω ω − s d q ( s )
2
I O (t ) = I 1 (t ) ⋅ D1 (t ) + I 2 (t ) ⋅ D2 (t ) + I 3 (t ) ⋅ D3 (t ) (Eq.4.47)
[I1 (t ) ⋅ D1 (t ) + I 2 (t ) ⋅ D2 (t ) + I 3 (t ) ⋅ D3 (t )] =
1 (Eq.4.49)
= ⋅ [I 12 (t ) ⋅ D12 (t ) + I 23 (t ) ⋅ D23 (t ) + I 31 (t ) ⋅ D31 (t )]
3
Logo:
D12 (t )
1 1
I O (t ) = ⋅ [I 12 (t ) I 23 (t ) I 31 (t )] ⋅ ⋅ D23 (t ) (Eq.4.50)
3 3
D31 (t )
[ ]
Lembrando que B −1 = B t , ou B −1 = B , pode-se escrever:
t
t −1 t −1 t t
I dq 0 = ( B ⋅ I 123 ) t = I 123 ⋅ B = I 123 ⋅ B (Eq.4.52)
t
[
I O (t ) = I 123 ⋅ B ⋅ B
−1
]⋅ D 123 = I 123 ⋅ B ⋅ B ⋅ D123
t
−1
[ ] (Eq.4.53)
Sabe-se ainda da (Eq.4.38) e da (Eq.4.39) que IO(t) e D0(t) são nulos, desta
forma a (Eq.4.54) resume-se a;
I O (t ) = I d (t ) ⋅ Dd (t ) + I q (t ) ⋅ Dq (t ) (Eq.4.55)
vO ( s ) RO
= (Eq.4.56)
iO ( s ) 1 + s ⋅ RO ⋅ C O
VO (t ) = VO + vO (t )
I (t ) = I + i (t )
O O O
I d (t ) = I d + id (t )
I (t ) = I + i (t ) (Eq.4.57)
q q q
Dd (t ) = Dd + d d (t )
Dq (t ) = Dq + d q (t )
[ ][
I O + iO (t ) = [I d + id (t )]⋅ [Dd + d d (t )] + I q + iq (t ) ⋅ Dq + d q (t ) ] (Eq.4.58)
iO (t ) = I d ⋅ d d (t ) + Dd ⋅ id (t ) + I q ⋅ d q (t ) + Dq ⋅ iq (t ) (Eq.4.59)
i O ( s ) = I d ⋅ d d ( s ) + D d ⋅ i d ( s ) + I q ⋅ d q ( s ) + Dq ⋅ i q ( s ) (Eq.4.60)
PIN = Vd ⋅ I d + Vq ⋅ I q
(Eq.4.61)
QIN = Vd ⋅ I q − Vq ⋅ I d
PIN = Vd ⋅ I d
(Eq.4.62)
QIN = Vd ⋅ I q
Além disso:
PIN P ⋅η
PO = Î Id = O (Eq.4.63)
η Vd
3
Vd = ⋅ VP (Eq.4.64)
2
2 ⋅ PO ⋅ η
Id = (Eq.4.65)
3 ⋅ VP
2 ⋅ QIN
Iq = (Eq.4.66)
3 ⋅ VP
3 VP VO
0 = ω ⋅ I q + ⋅ − ⋅ Dd
2 L L (Eq.4.67)
0 = −ω ⋅ I − VO ⋅ D
d
L
q
Logo:
ω ⋅L 3 VP
Dd = ⋅ Iq + ⋅
VO 2 VO
(Eq.4.68)
D = − ω ⋅ L ⋅ I
q VO
d
2 ⋅ ω ⋅ L ⋅ QIN 3 VP
Dd = + ⋅
3 ⋅ VP ⋅ VO 2 VO
(Eq.4.69)
2 ⋅ ω ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
D q = −
3 ⋅ VP ⋅ VO
2 ⋅ PO ⋅ η 2 ⋅ ω ⋅ L ⋅ QIN 3 VP
iO ( s ) = ⋅ d d ( s) + + ⋅ ⋅ id ( s ) +
3 ⋅ VP 3 ⋅ VP ⋅ VO 2 VO
(Eq.4.70)
2 ⋅ QIN 2 ⋅ ω ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
+ ⋅ d q (s) − ⋅ iq ( s )
3 ⋅ VP 3 ⋅ VP ⋅ VO
ω⋅L L
d d ( s ) = V ⋅ iq ( s ) − V ⋅ s ⋅ id ( s )
O O
(Eq.4.71)
d ( s ) = − ⋅ s ⋅ i ( s ) − ω ⋅ L ⋅ i ( s )
L
q VO
q
VO
d
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η 3 VP 2 ⋅ QIN L
iO ( s ) = i d ( s ) ⋅ − s ⋅ + ⋅ − iq ( s ) ⋅ s ⋅ ⋅ (Eq.4.72)
3 ⋅ VP ⋅ VO 2 VO 3 ⋅ VP VO
Ou:
3 ⋅ VP 2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η 2 ⋅ QIN ⋅ L
iO ( s ) = ⋅ id ( s ) ⋅ 1 − s ⋅ − i ( s ) ⋅ s ⋅ (Eq.4.73)
3 ⋅ VP2
q
2 ⋅ VO 3 ⋅ VP2
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
i d ( s ) ⋅ 1 − s ⋅ 2
RO 3 ⋅ VP 3 ⋅ V
vO ( s ) = ⋅ ⋅ P
(Eq.4.74)
1 + s ⋅ RO ⋅ C O 2 ⋅ VO 2 ⋅ QIN ⋅ L
− s ⋅ i q ( s ) ⋅
3 ⋅ VP2
Logo:
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 101
transformação de Park.
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
1− s ⋅
3 ⋅ VP ⋅ RO 3 ⋅ VP2 2 ⋅ QIN ⋅ L s (Eq.4.75)
vO ( s ) = ⋅ id (s) ⋅ − iq ( s ) ⋅ ⋅
2 ⋅ VO 1 + s ⋅ RO ⋅ C O 3 ⋅ VP2
1 + s ⋅ RO ⋅ C O
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
1− s ⋅
vO ( s ) 3 ⋅ V P ⋅ RO 3 ⋅ VP2
= ⋅ (Eq.4.76)
id (s) 2 ⋅ VO 1 + s ⋅ RO ⋅ C O
Além disso, fazendo uma interseção dos circuitos equivalentes vistos pela
entrada apresentados na Fig.4.7 e na Fig.4.8, com o circuito equivalente visto pela saída
apresentado na Fig.4.9, pode-se obter um circuito equivalente para o conversor, que é
apresentado na Fig.4.10:
L L
+ I d (t ) Iq (t )
2 ⋅V Sd ` CO RO
3 P VO (t ) Sq `
ω ⋅ L ⋅ I q (t ) ω ⋅ L ⋅ Id (t )
Fig.4.10: Circuito equivalente para o conversor, visto pela entrada ou pela saída, quando
aplicada a transformação de Park.
S q ' = fechado, se Dq (t ) = 0
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 102
transformação de Park.
V1(t ) IO (t )
I1(t ) +
V2 (t ) Conversor CA-CC
Co Ro VO (t )
I 2 (t ) Trifásico
V3(t ) -
I3 (t )
D12 (t )
Lógica para
Modulação D23(t )
determinar
P.W.M. D31(t )
D1(t ), D2 (t ) e D3(t )
Iq_ref=0
I12 (t ) I 23(t ) I (t )
31
+
- Iq_erro
I d (t ) Dd (t )
ω ⋅t Transformada Controlador Transformação
I q (t ) Dq (t )
de Park de Corrente Inversa de Park
-
Id_erro
+
Id_ref ω ⋅t
Controlador Vo_erro - VO (t )
de Tensão
+
Vo_ref
Fig.4. 11: Arquitetura do sistema de controle proposto.
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 103
transformação de Park.
Vo s ω
id ( s ) = ⋅ − d d ( s) ⋅ 2 − d q (s) ⋅ 2
L s +ω 2
s + ω 2
(Eq.4.77)
Vo ω s
iq ( s ) = ⋅ d d ( s ) ⋅ 2 − d q ( s) ⋅ 2
L s +ω 2
s + ω 2
s + ω ≈ ω
2 (Eq.4.78)
s + ω ≈ ω
2 2
id ( s ) Vo
d (s) = − ω ⋅ L
q
(Eq.4.79)
iq ( s ) = Vo
d d (s) ω ⋅ L
VO
I d = − Dq ⋅ ω ⋅ L
(Eq.4.80)
I = VO D − 3 ⋅ V P
q d
ω⋅L 2 ω⋅L
Vo
KV K shunt
K amost
I q _ ref + I q _ erro Dd I q ( s) Iq
Controlador
KI Corrente Dd (s)
−
Iq
KI
K shunt
Fig.4. 13: Representação por diagrama de blocos, para o sistema de controle proposto.
Outro aspecto que deve ser levado em conta é o fato de que razões cíclicas
negativas são impraticáveis, devendo estar necessariamente no intervalo [0,1], ou seja,
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 105
transformação de Park.
as razões cíclicas reais D12(t), D23(t) e D31(t) devem ser maior ou igual a zero e menor ou
igual a 1.
Desta forma, dispondo-se das razões cíclicas Dd(t) e Dq(t), que em regime
permanente são aproximadamente constantes, deve-se aplicar sobre elas a
transformação inversa de Park, de onde se obtém D12(t), D23(t) e D31(t), no entanto estas
razões cíclicas “de linha” são senóides, assumindo obviamente valores negativos, motivo
pelo qual não se pode obter diretamente as razões cíclicas reais, ou seja, as razões
cíclicas “de fase” D1(t), D2(t) e D3(t).
Faz-se necessária então a utilização de uma lógica para determinar D1(t), D2(t) e
D3(t) a partir de D12(t), D23(t) e D31(t), lembrando ainda a necessidade de respeitar os
limites físicos já citados para as razões cíclicas D1(t), D2(t) e D3(t).
Lembrando que:
Desta forma, a partir das razões cíclicas “de linha”, sugere-se a seguinte regra
para a determinação das razões cíclicas de “fase”, garantindo que essas sejam
respeitadas e estas estejam dentro dos limites físicos estabelecidos:
Tab.4.1: Lógica proposta para determinar D1(t), D2(t) e D3(t),
conhecendo D12(t), D23(t) e D31(t).
Pode-se observar então claramente que as razões cíclicas “de fase” são
garantidamente não negativas, além disso, a diferença entre duas razões cíclicas “de
fase” tem como resultado sempre a razão cíclica “de linha” correspondente. Deve-se
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 106
transformação de Park.
limitar ainda as razões cíclicas “de linha” D12(t), D23(t) e D31(t) ao intervalo [-1,1], desta
forma se garante que as razões cíclicas “de fase” D1(t), D2(t) e D3(t) estarão no intervalo
[0,1], desta forma pode-se então aplicar sobre elas a modulação P.W.M. e comandar os
interruptores de acordo com a relação definida na (Eq.4.5).
O resultado da lógica é apresentado a seguir, onde para Dd(t) e Dq(t) constantes,
tem-se na Fig.4.14 as razões cíclicas “de linha” e na Fig.4.15 as razões cíclicas “de fase”,
ou seja, as razões cíclicas reais, sobre as quais se aplica modulação P.W.M. para
comandar os interruptores.
1.0V
0V
-1.0V
1.0V
0.5V
0V
VO s ω
id ( s ) = ⋅ − d d ( s ) ⋅ 2 − d q ( s) ⋅ 2
L s +ω 2
s + ω 2
(Eq.4.83)
V ω s
iq ( s ) = O ⋅ d d ( s ) ⋅ 2 − d q ( s) ⋅ 2
L s +ω 2
s + ω 2
Pode-se observar então que, para baixas frequências (uma década abaixo da
frequência de ressonância), a relação id(s)/dd(s) é desprezível se comparada à relação
id(s)/dq(s), assim como iq(s)/dq(s) é desprezível se comparada à iq(s)/dd(s).
Além disso, para esta faixa de frequência, as relações id(s)/dq(s) e iq(s)/dd(s)
encontram-se na faixa plana, de forma que se pode utilizar as relações da (Eq.4.79):
id ( s ) Vo
d (s) = − ω ⋅ L
q
(Eq.4.84)
iq ( s ) = Vo
d d (s) ω ⋅ L
0 ≤ D1 (t ), D2 (t ), D3 (t ) ≤ 1
ou (Eq.4.85)
− 1 ≤ D12 (t ), D23 (t ), D31 (t ) ≤ 1
1
cos(ω ⋅ t ) − sin (ω ⋅ t )
D12 (t ) 2 DO (t )
D (t ) = 2 1
23 ⋅ cos(ω ⋅ t − 120°) − sin (ω ⋅ t − 120°) ⋅ Dd (t ) (Eq.4.86)
3 2
D31 (t ) 1 Dq (t )
cos(ω ⋅ t + 120°) − sin (ω ⋅ t + 120° )
2
2 2
−1 ≤ ⋅ cos(ω ⋅ t )⋅ Dd (t ) − ⋅ sen(ω ⋅ t )⋅ Dq (t ) ≤ 1 (Eq.4.87)
3 3
Logo:
3
Dd (t ) 2 + Dq (t ) 2 ≤ (Eq.4.88)
2
R C
K CI
C I ( s) = (Eq.3.1)
s
Onde:
1
K CI =
R ⋅C
K shunt 1 V
⋅ ⋅ O =1 (Eq.4.89)
VT ⋅ R ⋅ C j ⋅ 2 ⋅ π ⋅ fc ω ⋅ L
Logo:
10 ⋅VO ⋅ K shunt
R= (Eq.4.90)
4 ⋅ π 2 ⋅ fr 2 ⋅ L ⋅VT ⋅ C
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 111
transformação de Park.
Como já foi comentado, a potência reativa QIN que se deseja na entrada é nula,
que é garantida através da referência nula para a corrente de sequência q Iq(t), desta
forma a tensão de saída depende unicamente da corrente de sequência d Id(t), podendo-
se então utilizar a relação já apresentada na (Eq.4.76):
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
1− s ⋅
vO ( s ) 3 ⋅ VP ⋅ RO 3 ⋅ VP2
= ⋅ (Eq.4.91)
id (s) 2 ⋅ VO 1 + s ⋅ RO ⋅ C O
ou:
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
1− s ⋅
vO ( s ) 3 ⋅ VP ⋅ VO 3 ⋅ VP2
= ⋅ (Eq.4.92)
id (s) 2 ⋅ PO V2
1 + s ⋅ O ⋅ CO
PO
VO
1
VT ⋅ R ⋅ C ⋅ s ⋅ ω ⋅ L K shunt
GI ( s ) = Î GI ( s ) = (Eq.4.93)
K shunt ⋅ VO V ⋅ R ⋅ C ⋅ω ⋅ L
1+ 1+ s ⋅ T
VT ⋅ R ⋅ C ⋅ s ⋅ ω ⋅ L K shunt ⋅ VO
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
1− s ⋅
3 ⋅ VP ⋅ VO 3 ⋅ VP2
G (s) = ⋅ (Eq.4.94)
2 ⋅ PO ⋅ K shunt VT ⋅ R ⋅ C ⋅ ω ⋅ L VO2
1 + s ⋅ ⋅ 1 + s ⋅ ⋅ C O
K shunt ⋅ VO PO
Ou:
s
1−
ω Z1
G ( s ) = KV ⋅ (Eq.4.95)
s s
1 + ⋅ 1 +
ω P1 ω P 2
Onde:
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 112
transformação de Park.
3 ⋅ VP ⋅ VO
KV =
2 ⋅ PO ⋅ K shunt
3 ⋅ VP2
ω Z 1 =
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅η
(Eq.4.96)
ω = K shunt ⋅ VO
P1 2 ⋅ π ⋅V ⋅ R ⋅ C ⋅ fr ⋅ L
T
P
ω P 2 = V 2 ⋅ C
O
O O
ω Z1
ω C < 10
(Eq.4.97)
ω < ω P 2
C 10
KV
G( s) = (Eq.4.98)
s
1 +
ω P1
R2 C2
C1
s
+1
ωZ
C I ( s) = K I ⋅
s
s⋅ + 1
ω P
Onde:
1
KI =
R1 ⋅ (C1 + C 2 )
1
ωZ =
R2 ⋅ C 2
C1 + C 2
ωP =
R2 ⋅ C1 ⋅ C 2
fC
fZ =
10 (Eq.4.99)
f P = 100 ⋅ f C
f Z1 f P 2
1. Determina-se a frequência de cruzamento por: f C = Min , ;
10 10
2. Escolhe-se o capacitor C2;
10
3. Determina-se R2 por: R2 = ;
2 ⋅ π ⋅ f C ⋅ C2
C2
4. Determina-se C1 por: C1 =
200 ⋅ π ⋅ f C ⋅ R2 ⋅ C 2 − 1
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 114
transformação de Park.
j ⋅ωC
+1
KV ωZ
5. Determina-se R1 por: ⋅ KI ⋅ ⋅ K amost , onde
j ⋅ωC j ⋅ωC
1 + j ⋅ωC ⋅ + 1
ω P1 ωP
Kamost representa o ganho de amostragem da tensão de saída, desta forma:
j ⋅ωC
+1
3 ⋅ VP ⋅ VO 1 1 ωZ
⋅ ⋅ ⋅ ⋅ K amost
2 ⋅ PO ⋅ K shunt j ⋅ ω C R1 ⋅ (C1 + C 2 ) j ⋅ωC
1 + j ⋅ωC ⋅ + 1
ω P1 ω P
Logo:
1,95 ⋅ VP ⋅ VO ⋅ K amost
R1 =
2
4 ⋅ π 2 ⋅ f C ⋅ VT ⋅ R ⋅ C ⋅ fr ⋅ L
PO ⋅ K shunt ⋅ f C ⋅ (C1 + C 2 ) ⋅ 1 +
K shunt ⋅ VO
Lembrando que:
Kamost Î Ganho do amostrador de tensão;
VT Î Tensão de pico da onda “dente de serra” utilizada na modulação P.W.M.;
R Î Resistor do controlador de corrente;
C Î Capacitor do controlador de corrente;
Fr Î Frequência da rede de alimentação;
Kshunt Î Ganho do amostrador de corrente;
L Î Indutor de entrada do conversor.
f f 3 ⋅ VP2 PO
• f C = Min Z 1 , P 2 Î f C = Min ,
40 ⋅ π ⋅ L ⋅ PO ⋅ η 20 ⋅ π ⋅ VO ⋅ C O
2
10 10
f C = Min[65Hz ,1Hz ] Î f C = 1Hz
• C2 = 10uF;
10
• R2 = Î R2 = 159kΩ escolhe-se então R2 = 150 kΩ;
2 ⋅ π ⋅ f C ⋅ C2
C2
• C1 = Î C1 = 10nF;
200 ⋅ π ⋅ f C ⋅ R2 ⋅ C 2 − 1
1,95 ⋅ VP ⋅ VO ⋅ K amost
• R1 =
2
4 ⋅ π 2 ⋅ f C ⋅ VT ⋅ R ⋅ C ⋅ fr ⋅ L
PO ⋅ K shunt ⋅ f C ⋅ (C1 + C 2 ) ⋅ 1 +
K shunt ⋅ VO
R1 = 130kΩ escolhe-se então R1 = 120kΩ.
Circuito de potência
Transformação inversa
de Park, sobre as
razões cíclicas Lógica para determinaras razões cíclicas reais D1(t), D2(t) e D3(t)
Modulação P.W.M.
0A
-50A
0A
-5.0A
200
0A
-100A
0A
-5.0A
A Fig.4.28 apresenta as razões cíclicas reais, ou razões cíclicas “de fase” D1(t),
D2(t), e D3(t), sobre as quais aplica-se diretamente a modulação P.W.M. para comandar
os interruptores S11, S21 e S31.
1.0V
0.5V
0V
1.2V
0.8V
0.4V
0V
Na Fig.4.30 são mostradas as razões cíclicas “de linha” D12(t), D23(t) e D31(t):
1.0V
0V
-1.0V
60V
40V
20V
0V
Fig.4. 31: Corrente de sequência d Id(t) (maior) e corrente de sequência q Iq(t) (menor).
450.0V
449.5V
200
200
Fig.4. 33: Tensão (maior) e corrente na fase 1 para PIN = 12kW e QIN = 12kW.
200
Fig.4. 34: Tensão (maior) e corrente na fase 1 para PIN = 12kW e QIN = -12kW.
200
Fig.4. 35: Tensão (maior) e corrente na fase 1 para PIN = -12kW e QIN = 0.
Capítulo 4 – Análise, modelagem e controle de conversores CA-CC trifásicos, utilizando a 122
transformação de Park.
4.8 - CONCLUSÃO
5.1 - INTRODUÇÃO
L1 L2 L3
+ + +
V1 (t ) V2 (t ) V3 (t )
− − −
V1 (t ) = VP ⋅ sen(ω ⋅ t )
V2 (t ) = VP ⋅ sen(ω ⋅ t − 120°) (Eq.5.1)
V (t ) = V ⋅ sen(ω ⋅ t + 120°)
3 P
V12 (t ) = V1 (t ) − V2 (t ) = 3 ⋅ VP ⋅ cos(ω ⋅ t )
V23 (t ) = V2 (t ) − V3 (t ) = 3 ⋅ VP ⋅ cos(ω ⋅ t − 120°) (Eq.5.3)
V31 (t ) = V3 (t ) − V1 (t ) = 3 ⋅ VP ⋅ cos(ω ⋅ t + 120°)
1 , se S1 → fechado
D1 (t ) =
0 , se S1 → aberto
1 , se S 2 → fechado
D2 (t ) = (Eq.5.4)
0 , se S 2 → aberto
1 , se S 3 → fechado
D3 (t ) =
0 , se S 3 → aberto
Define-se ainda:
V31 (t ) = VL 31 (t ) − D31 (t ) ⋅ VO (t )
D X (t ) = D12 (t )
DY (t ) = D23 (t ) , se I max ≥ 0
D (t ) = D (t )
Z 31
(Eq.5.7)
D X (t ) = − D12 (t )
DY (t ) = − D23 (t ) , se I max ≤ 0
D (t ) = − D (t )
Z 31
V12 (t ) = VL12 (t ) + D X (t ) ⋅ VO
V23 (t ) = VL 23 (t ) + DY (t ) ⋅ VO (Eq.5.8)
V (t ) = V (t ) + D (t ) ⋅ V
31 L 31 Z O
dI 12 (t )
VL12 (t ) = L ⋅ dt
dI 23 (t )
VL 23 (t ) = L ⋅ (Eq.5.9)
dt
dI 31 (t )
VL 31 (t ) = L ⋅ dt
dI 12 (t )
V12 (t ) = L ⋅ dt ) + D X (t ) ⋅ VO
dI 23 (t )
V23 (t ) = L ⋅ + DY (t ) ⋅ VO (Eq.5.10)
dt
dI 31 (t )
V31 (t ) = L ⋅ dt + DZ (t ) ⋅ VO
V12 (t ) I 12 (t ) D X (t )
1
1 1
V123 = ⋅ V23 (t ) ; I 123 = ⋅ I 23 (t ) ; D XYZ = ⋅ DY (t ) (Eq.5.11)
3 3 3
V31 (t ) I 31 (t ) DZ (t )
d
V123 = L ⋅ I 123 + VO ⋅ D123 (Eq.5.12)
dt
dI 0 (t )
0 = L ⋅ dt + VO ⋅ D0 (t )
3 dI (t )
⋅ Vp = L ⋅ d − ω ⋅ L ⋅ I q (t ) + VO ⋅ Dd (t ) (Eq.5.13)
2 dt
dI q (t )
0 = L ⋅ + ω ⋅ L ⋅ I d (t ) + VO ⋅ Dq (t )
dt
3 dI (t )
⋅ Vp = L ⋅ d − ω ⋅ L ⋅ I q (t ) + VO ⋅ Dd (t )
2 dt
(Eq.5.14)
0 = L ⋅ dI q (t ) + ω ⋅ L ⋅ I (t ) + V ⋅ D (t )
dt
d O q
I d (t ) I q (t )
+ + +
3
⋅Vp VO ⋅ Dd (t ) VO ⋅ Dq (t )
2
- - -
+ - - +
ω ⋅ L ⋅ I q (t ) ω ⋅ L ⋅ I d (t )
Fig.5. 2: Circuito equivalente de sequência d. Fig.5. 3: Circuito equivalente de sequência q.
VO s ω
id ( s ) = ⋅ − d d ( s ) ⋅ 2 − d q ( s) ⋅ 2
L s +ω 2
s + ω 2
(Eq.5.15)
V ω s
iq ( s ) = O ⋅ d d ( s ) ⋅ 2 − d q ( s) ⋅ 2
L s +ω 2
s + ω 2
Logo, como obviamente a soma das três correntes de fase é nula, tem-se:
I O (t ) = I 1 (t ) ⋅ D1 (t ) + I 2 (t ) ⋅ D2 (t ) + I 3 (t ) ⋅ D3 (t ) , se I max ≥ 0
(Eq.5.17)
I O (t ) = I 1 (t ) ⋅ D1 (t ) + I 2 (t ) ⋅ D2 (t ) + I 3 (t ) ⋅ D3 (t ) , se I max ≤ 0
Ou:
1
I O (t ) = ⋅ [I 12 (t ) ⋅ D12 (t ) + I 23 (t ) ⋅ D23 (t ) + I 31 (t ) ⋅ D31 (t )], se I max ≥ 0
3
(Eq.5.18)
1
I (t ) = ⋅ [I 12 (t ) ⋅ D12 (t ) + I 23 (t ) ⋅ D23 (t ) + I 31 (t ) ⋅ D31 (t )], se I max ≤ 0
O 3
1
I O (t ) = ⋅ [I 12 (t ) ⋅ D X (t ) + I 23 (t ) ⋅ DY (t ) + I 31 (t ) ⋅ DZ (t )] (Eq.5.19)
3
D X (t )
1 1
I O (t ) = ⋅ [I 12 (t ) I 23 (t ) I 31 (t )] ⋅ ⋅ DY (t ) (Eq.5.20)
3 3
DZ (t )
Ou ainda:
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 129
para outros conversores.
t
I O (t ) = I 123 ⋅ D123 (Eq.5.21)
Pode-se observar claramente que, assim como o modelo do conversor visto pelo
lado CA, também seu modelo visto pelo lado CC é equivalente ao obtido para o
conversor estudado no capítulo 4, bastando para isso comparar a (Eq.5.21) com a
(Eq.4.51).
Desta forma, a partir do equacionamento apresentado no capítulo 4, aplicando a
transformação de Park sobre a (Eq.5.21), se obtém:
I O (t ) = I d (t ) ⋅ Dd (t ) + I q (t ) ⋅ Dq (t ) (Eq.5.22)
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
1− s ⋅
3 ⋅ VP ⋅ RO 3 ⋅ VP2 2 ⋅ QIN ⋅ L s (Eq.5.23)
vO ( s ) = ⋅ id (s) ⋅ − iq ( s ) ⋅ ⋅
2 ⋅ VO 1 + s ⋅ RO ⋅ C O 3 ⋅ VP2
1 + s ⋅ RO ⋅ C O
2 ⋅ PO ⋅ η
I d =
3 ⋅ VP
I q = 2 ⋅ QIN
3 ⋅ VP
(Eq.5.24)
D = 2 ⋅ ω ⋅ L ⋅ QIN + 3 ⋅ VP
d 3 ⋅ VP ⋅ VO 2 VO
2 ⋅ ω ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
Dq = −
3 ⋅ VP ⋅ VO
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
1− s ⋅
vO ( s ) 3 ⋅ V P ⋅ RO 3 ⋅ VP2
= ⋅ (Eq.5.25)
id (s) 2 ⋅ VO 1 + s ⋅ RO ⋅ C O
L L
+ I d (t ) Iq (t )
2 ⋅V Sd ` CO RO
3 P VO (t ) Sq `
−
ω ⋅ L ⋅ I q (t ) ω ⋅ L ⋅ Id (t )
Fig.5. 5: Circuito equivalente para o conversor, visto pela entrada ou pela saída, quando aplicada a
transformação de Park.
S q ' = fechado, se Dq (t ) = 0
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 131
para outros conversores.
I1(t ) +
V2 (t ) Conversor CA-CC
Co Ro VO (t )
I 2 (t ) Trifásico
V3(t ) -
I3 (t )
DX (t )
Lógica para
Modulação DY (t )
determinar
P.W.M. DZ (t )
D1(t ), D2 (t ) e D3(t )
Iq_ref=0
I12 (t ) I 23(t ) I (t )
31
+
- Iq_erro
I d (t ) Dd (t )
ω ⋅t Transformada Controlador Transformação
I q (t ) Dq (t )
de Park de Corrente Inversa de Park
-
Id_erro
+
Id_ref ω ⋅t
Controlador Vo_erro - VO (t )
de Tensão
+
Vo_ref
Fig.5.6: Arquitetura do sistema de controle proposto.
Tab.5.1: Lógica de controle para obter D1(t), D2(t) e D3(t) a partir de D12(t), D23(t), e D31(t).
Tab.5.2: Lógica de controle para obter D1(t), D2(t) e D3(t) a partir de DX(t), DY(t), e DZ(t), que são
obtidas ao se aplicar a transformação inversa de Park sobre Dd(t) e Dq(t).
Tab.5.3: Lógica de controle para obter D1(t), D2(t) e D3(t) a partir de DX(t), DY(t), e DZ(t), em função
das correntes I12(t), I23(t) e I31(t).
I O (t ) = − I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )] − I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )] − I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )], se I max ≥ 0
(Eq.5.27)
I O (t ) = I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )] + I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )] + I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )], se I max ≤ 0
Cond1⇒ I O (t ) = I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )] + I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )] + I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )]
Cond 2 ⇒ I (t ) = I (t ) ⋅ [1 − D (t )] + I (t ) ⋅ [1 − D (t )] + I (t ) ⋅ [1 − D (t )]
O 1 1 2 2 3 3
Cond 3 ⇒ I O (t ) = − I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )] − I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )] − I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )]
(Eq.5.28)
Cond 4 ⇒ I O (t ) = I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )] + I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )] + I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )]
Cond 5 ⇒ I O (t ) = − I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )] − I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )] − I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )]
Cond 6 ⇒ I O (t ) = − I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )] − I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )] − I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )]
Deve-se observar ainda que, na verdade, cada uma das seis condições
estabelecidas, correspondem a um dos seis setores dentro do período da rede, no qual o
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 134
para outros conversores.
I O (t ) ≥ 0 (Eq.5.30)
. VO (t ) > 0 (Eq.5.31)
. PO (t ) = VO (t ) ⋅ I O (t ) (Eq.5.32)
Logo:
PO (t ) ≥ 0 (Eq.5.33)
I1 (t ) I 2 (t ) I 3 (t ) D1 (t ) D2 (t ) D3 (t )
Deve-se lembrar ainda que as razões cíclicas DX(t), DY(t) e DZ(t) são senoidais,
obtidas aplicando-se diretamente a transformação inversa de Park sobre Dd(t) e Dq(t).
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 135
para outros conversores.
Circuito de potência
Modulação P.W.M.
das razões cíclicas.
Transformação de Park
Senóides utilizadas pela transformação de Park sobre as correntes de entrada
Controladores de tensão
e de corrente
Transformação inversa
de Park, sobre as
razões cíclicas
40A
30A
20A
10A
0A
-10A
-20A
-30A
-40A
-50A
466 65ms 469 43ms 472 21ms 474 99ms 477 76ms 480 54ms 483 32ms
0A
-5.0A
474 650ms 474 987ms 475 090ms
60V
50V
40V
30V
20V
10V
0V
-10V
466 65ms 469 43ms 472 21ms 474 99ms 477 76ms 480 54ms 483 32ms
45
30
15
-15
-30
-45
-60
D1 D2 D3 I Co1 (t ) I (t ) +
L1 S1 + Ro
CO1 VO1 (t )
L2 S2 I N (t ) −
+ RO VO (t )
L3 S3
CO 2 VO 2 (t )
D4 D5 D6 −
I Co 2 (t ) −
Fig.5.12: Circuito do retificador trifásico P.W.M. três níveis, sobre o qual se propões aplicar a técnica
de análise, modelagem e controle usando a transformação de Park.
V3 (t ) = VL 3 (t ) − [1 − D3 (t )]⋅ VO 2 (t ) + VN (t ) , se I 3 (t ) ≤ 0
Onde:
1 , se S1 → fechado
D1 (t ) =
0 , se S1 → aberto
1 , se S 2 → fechado
D2 (t ) = (Eq.5.35)
0 , se S 2 → aberto
1 , se S 3 → fechado
D3 (t ) =
0 , se S 3 → aberto
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 140
para outros conversores.
D A (t ) = 1 − D1 (t ) , se I 1 (t ) ≥ 0
D A (t ) = −1 + D1 (t ) , se I 1 (t ) ≤ 0
D (t ) = 1 − D (t ) , se I (t ) ≥ 0
B 2 2
(Eq.5.36)
DB (t ) = −1 + D2 (t ) , se I 2 (t ) ≤ 0
D (t ) = 1 − D (t ) , se I (t ) ≥ 0
C 3 3
DC (t ) = −1 + D3 (t ) , se I 3 (t ) ≤ 0
Ou:
D1 (t ) = 1 − D A (t ) , se I 1 (t ) ≥ 0
D1 (t ) = 1 + D A (t ) , se I 1 (t ) ≤ 0
D (t ) = 1 − D (t ) , se I (t ) ≥ 0
2 B 2
(Eq.5.37)
D2 (t ) = 1 + DB (t ) , se I 2 (t ) ≤ 0
D (t ) = 1 − D (t ) , se I (t ) ≥ 0
3 C 3
D3 (t ) = 1 + DC (t ) , se I 3 (t ) ≤ 0
V3 (t ) = VL 3 (t ) + DC (t ) ⋅ VO 2 (t ) + V N (t ) , se I 3 (t ) ≤ 0
VO
VO1 (t ) = VO 2 (t ) = (Eq.5.39)
2
VO
V1 (t ) = VL1 (t ) + D A (t ) ⋅ 2 + V N (t )
VO
V2 (t ) = VL 2 (t ) + DB (t ) ⋅ + V N (t ) (Eq.5.40)
2
VO
V3 (t ) = VL 3 (t ) + DC (t ) ⋅ 2 + V N (t )
Sabe-se que:
VO
V12 (t ) = VL12 (t ) + D AB (t ) ⋅ 2
VO
V23 (t ) = VL 23 (t ) + DBC (t ) ⋅ (Eq.5.42)
2
VO
V31 (t ) = VL 31 (t ) + DCA (t ) ⋅ 2
dI 12 (t )
VL12 (t ) = L ⋅ dt
dI 23 (t )
VL 23 (t ) = L ⋅ (Eq.5.43)
dt
dI 31 (t )
VL 31 (t ) = L ⋅ dt
dI 12 (t ) VO
V12 (t ) = L ⋅ dt + D AB (t ) ⋅ 2
dI 23 (t ) V
V23 (t ) = L ⋅ + DBC (t ) ⋅ O (Eq.5.44)
dt 2
(
dI 31 t ) VO
V31 (t ) = L ⋅ dt + DCA (t ) ⋅ 2
Pode-se notar que a única diferença observada entre as três equações está no
índice das razões cíclicas, ou seja, em termos práticos, a única diferença entre os três
conversores está na lógica que se deve aplicar às razões cíclicas de linha (obtidas a
partir da transformação inversa de Park sobre Dd(t) e Dq(t)) para obter as razões cíclicas
reais D1(t), D2(t) e D3(t).
Obviamente o modelo de pequenos sinais obtidos para este conversor,
analisado a partir do lado CA, é equivalente ao obtido para os outros dois conversores e
é apresentado novamente a seguir. A apresentação dos cálculos não será repetida, já
que estes são absolutamente iguais aos apresentados no capítulo anterior, exceto pelo
fato de que VO aparece agora dividido por 2.
L L
I d (t ) I q (t )
+ + +
3
⋅Vp VO ⋅ Dd (t ) VO ⋅ Dq (t )
2
- - -
+ - - +
ω ⋅ L ⋅ I q (t ) ω ⋅ L ⋅ I d (t )
Fig.5. 13: Circuito equivalente de sequência d. Fig.5. 14: Circuito equivalente de sequência q.
VO s ω
id ( s ) = ⋅ − d d ( s) ⋅ 2 − d q ( s) ⋅ 2
2⋅ L s +ω 2
s + ω 2
(Eq.5.45)
V ω s
i q ( s ) = O ⋅ d d ( s ) ⋅ 2 − d q ( s) ⋅ 2
2⋅ L s +ω 2
s + ω 2
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 143
para outros conversores.
I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )], se I 1 (t ) ≥ 0 I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )], se I 2 (t ) ≥ 0
I Co1 (t ) = + 0 , se I (t ) ≤ 0 +
0 , se I 1 (t ) ≤ 0 2
I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )], se I 3 (t ) ≥ 0
+ − I Ro (t )
0 , se I 3 (t ) ≤ 0
(Eq.5.46)
0 , se I 1 (t ) ≥ 0 0 , se I 2 (t ) ≥ 0
I Co 2 (t ) = + +
− I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )], se I 1 (t ) ≤ 0 − I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )], se I 2 (t ) ≤ 0
0 , se I 3 (t ) ≥ 0
+ − I Ro (t )
− I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )], se I 3 (t ) ≤ 0
dVCo1 (t )
I Co1 (t ) = CO1 ⋅ dt
(Eq.5.48)
I (t ) = C ⋅ dVCo 2 (t )
Co 2 O2
dt
dVCo1 (t ) dVCo1 (t ) 1
I (t ) = C ⋅ = ⋅ I Co1 (t )
Co1 O
dt dt CO
⇒ (Eq.5.49)
I (t ) = C ⋅ dVCo 2 (t ) dVCo 2 (t ) = 1 ⋅ I (t )
Co 2 O
dt dt CO
Co 2
Além disso:
dVCo1 (t ) dVCo 2 (t ) d dV (t )
+ = [VCo1 (t ) + VCo 2 (t )] = O (Eq.5.50)
dt dt dt dt
dVO (t ) 1
= ⋅ [I Co1 (t ) + I Co 2 (t )] (Eq.5.51)
dt CO
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 144
para outros conversores.
Pode-se supor então que existe um único capacitor equivalente de saída, CO, de
forma que a corrente que circula por ele é:
I Co (t ) = I Co1 (t ) + I Co 2 (t ) (Eq.5.52)
I O (t ) = I Co (t ) + I Ro (t ) (Eq.5.53)
I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )], se I 1 (t ) ≥ 0 I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )], se I 2 (t ) ≥ 0
I O (t ) = + +
− I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )], se I 1 (t ) ≤ 0 − I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )], se I 2 (t ) ≤ 0
(Eq.5.54)
I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )], se I 3 (t ) ≥ 0
+
− I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )], se I 3 (t ) ≤ 0
I O (t ) = I 1 (t ) ⋅ D A (t ) + I 2 (t ) ⋅ DB (t ) + I 3 (t ) ⋅ DC (t ) (Eq.5.55)
Ou ainda:
1
I O (t ) = ⋅ [I 12 (t ) ⋅ D AB (t ) + I 23 (t ) ⋅ DBC (t ) + I 31 (t ) ⋅ DCA (t )] (Eq.5.56)
3
2 ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
1− s ⋅
3 ⋅ VP ⋅ RO 3 ⋅ VP2 2 ⋅ QIN ⋅ L s (Eq.5.57)
vO ( s ) = ⋅ id (s) ⋅ − iq ( s ) ⋅ ⋅
2 ⋅ VO 1 + s ⋅ RO ⋅ C O 3 ⋅ VP2
1 + s ⋅ RO ⋅ C O
2 ⋅ PO ⋅ η
I d =
3 ⋅ VP
I q = 2 ⋅ QIN
3 ⋅ VP
(Eq.5.58)
D = 2 ⋅ ω ⋅ L ⋅ QIN + 3 ⋅ VP
d 3 ⋅ VP ⋅ VO 2 VO
2 ⋅ ω ⋅ L ⋅ PO ⋅ η
Dq = −
3 ⋅ VP ⋅ VO
L L
+ I d (t ) Iq (t )
2 ⋅V Sd ` CO RO
3 P VO (t ) Sq `
−
ω ⋅ L ⋅ I q (t ) ω ⋅ L ⋅ Id (t )
Fig.5.16: Circuito equivalente para o conversor, visto pela entrada ou pela saída, quando aplicada a
transformação de Park.
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 146
para outros conversores.
dVDif (t ) 1
= [I Co1 (t ) − I Co 2 (t )] (Eq.5.62)
dt CO
I N = I Co1 (t ) − I Co 2 (t ) (Eq.5.63)
I N (t ) = I 1 (t ) ⋅ [1 − D1 (t )] + I 2 (t ) ⋅ [1 − D2 (t )] + I 3 (t ) ⋅ [1 − D3 (t )] (Eq.5.64)
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 147
para outros conversores.
Desta forma, observa-se que a diferença das tensões nos capacitores de saída
pode ser controlada pelas correntes de entrada, ou pelas razões cíclicas “de fase”, ou
seja, as razões cíclicas reais, sobre as quais se aplica a modulação P.W.M. para
comandar diretamente os interruptores..
No entanto, deseja-se que as correntes de fase não sejam deformadas, para que
não haja distorção destas correntes. Sabe-se ainda que estas correntes são controladas
pelas razões cíclicas “de linha”, de forma que se utiliza uma lógica conveniente para
determinar as razões cíclicas reais.
Observa-se então a hipótese de variar as razões cíclicas reais, sem alterar as
razões cíclicas de linha DAB(t), DBC(t) e DCA(t), controlando então a diferença de tensão
nos capacitores de forma independente, sem deformar as correntes. Deve-se lembrar
mais uma vez, que as razões cíclicas DAB(t), DBC(t) e DCA(t) devem ser respeitadas, pois
elas são obtidas da transformação inversa de Park sobre Dd(t) e Dq(t), que devem
necessariamente ser respeitadas.
Sabe-se, da (Eq.5.37), que:
D1 (t ) = 1 − D A (t ) , se I 1 (t ) ≥ 0
D1 (t ) = 1 + D A (t ) , se I 1 (t ) ≤ 0
D (t ) = 1 − D (t ) , se I (t ) ≥ 0
2 B 2
(Eq.5.65)
D2 (t ) = 1 + DB (t ) , se I 2 (t ) ≤ 0
D (t ) = 1 − D (t ) , se I (t ) ≥ 0
3 C 3
D3 (t ) = 1 + DC (t ) , se I 3 (t ) ≤ 0
Imax(t) I1(t) I2(t) I3(t) DA(t) DB(t) DC(t) D1(t) D2(t) D3(t)
Cond1 <0 >0 >0 <0 -DCA(t) DBC(t) 0 1+DCA(t) 1-DBC(t) 1
Cond2 <0 >0 <0 >0 DAB(t) 0 -DBC(t) 1-DAB(t) 1 1+DBC(t)
Cond3 >0 >0 <0 <0 0 -DAB(t) DCA(t) 1 1-DAB(t) 1+DCA(t)
Cond4 <0 <0 >0 >0 0 -DAB(t) DCA(t) 1 1+DAB(t) 1-DCA(t)
Cond5 >0 <0 >0 <0 DAB(t) 0 -DBC(t) 1+DAB(t) 1 1-DBC(t)
Cond6 >0 <0 <0 >0 -DCA(t) DBC(t) 0 1-DCA(t) 1+DBC(t) 1
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 148
para outros conversores.
Tab.5.6: Lógica para determinar as razões cíclicas reais D1(t), D2(t) e D3(t), a partir de
DAB(t), DBC(t) e DCA(t), para Do(t) > 0.
Tab.5.7: Lógica para determinar as razões cíclicas reais D1(t), D2(t) e D3(t), a partir de
DAB(t), DBC(t) e DCA(t), para Do(t) < 0.
Pode-se observar então que, a partir da lógica estabelecida nas tabelas Tab.5.5,
Tab.5.6 e Tab.5.7, as seguintes relações sempre serão observadas:
DA (t ) − DB (t ) = DAB (t )
DB (t ) − DC (t ) = DBC (t ) (Eq.5.66)
D (t ) − D (t ) = D (t )
C A CA
0 ≤ D(t ) ≤ 1 (Eq.5.67)
Tab.5.8: Algumas condições que devem ser respeitadas, para que se garanta que todas as
razões cíclicas reais, D1(t), D2(t) eD3(t) estejam entre 0 e 1, quando Do(t) = 0.
I O (t ) = I 1 (t ) ⋅ D A (t ) + I 2 (t ) ⋅ DB (t ) + I 3 (t ) ⋅ DC (t ) (Eq.5.68)
Então, a partir da Tab.5.5, para Do(t)=0, a (Eq.5.68) pode ser escrita como:
I O (t ) = − I 2 (t ) ⋅ D AB (t ) + I 3 (t ) ⋅ DCA (t ) ⇒ p / Cond 3
(Eq.5.69)
I O (t ) = − I 2 (t ) ⋅ D AB (t ) + I 3 (t ) ⋅ DCA (t ) ⇒ p / Cond 4
I O (t ) = I 1 (t ) ⋅ D AB (t ) − I 3 (t ) ⋅ DBC (t ) ⇒ p / Cond 5
I O (t ) = − I 1 (t ) ⋅ DCA (t ) + I 2 (t ) ⋅ DBC (t ) ⇒ p / Cond 6
I 1 (t ) = I P ⋅ sen(ω ⋅ t ) D AB (t ) = DP ⋅ sen(ω ⋅ t + δ )
I 2 (t ) = I P ⋅ sen(ω ⋅ t − 120°) e DBC (t ) = DP ⋅ sen(ω ⋅ t + δ − 120°) (Eq.5.70)
I (t ) = I ⋅ sen(ω ⋅ t + 120°) D (t ) = D ⋅ sen(ω ⋅ t + δ + 120°)
3 P CA P
3
I O (t ) = I P ⋅ DP ⋅ ⋅ sen(δ + 60°) ⇒ Cond1
2
3
I O (t ) = I P ⋅ DP ⋅ ⋅ sen(δ + 60°) ⇒ Cond 2
2
3
I O (t ) = I P ⋅ DP ⋅ ⋅ sen(δ + 60°) ⇒ Cond 3 (Eq.5.72)
2
I (t ) = I 3
O P ⋅ DP ⋅ ⋅ sen(δ + 60°) ⇒ Cond 4
2
I (t ) = I 3
O P ⋅ DP ⋅ ⋅ sen(δ + 60°) ⇒ Cond 5
2
3
I O (t ) = I P ⋅ DP ⋅ ⋅ sen(δ + 60°) ⇒ Cond 6
2
3
I O (t ) = I P ⋅ DP ⋅ ⋅ sen(δ + 60°) = I O = cte. (Eq.5.73)
2
Deve-se ressaltar ainda que, mesmo para Do(t) ≠ 0, a corrente IO(t) não é
alterada, pois observando a Tab.5.6 e a Tab.5.7, nota-se razões cíclicas DAB(t), DBC(t) e
DCA(t) não são alteradas, podendo-se então observar a (Eq.5.69) e concluir que IO(t)
também não é alterada, de forma que independe de Do(t).
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 151
para outros conversores.
Tab.5.9: Corrente IN(t), em função da corrente IO(t), que é constante e igual a IO, quando Do(t) = 0.
Imax(t) IN(t)
Cond1 <0 IO
Cond2 <0 IO
Cond3 >0 -IO
Cond4 <0 IO
Cond5 >0 -IO
Cond6 >0 -IO
Valor 0 3 ⋅ I P ⋅ Do 3 ⋅ I P ⋅ Do
médio I N _ med = I N _ med = −
π π
3⋅ IP
I N (t ) = Do(t ) ⋅ (Eq.5.75)
π
dV Dif (t ) 1 3⋅ IP
= ⋅ I N (t ) = Do(t ) ⋅ (Eq.5.76)
dt CO CO ⋅ π
VDif ( s ) 3⋅ IP
= (Eq.5.77)
Do( s ) s ⋅ CO ⋅ π
Assim como para o conversor apresentado no item 5.2, pode-se utilizar a mesma
arquitetura para o sistema de controle, bem como os mesmos controladores de tensão e
de corrente. A diferença está na lógica utilizada para determinar as razões cíclicas reais,
D1(t), D2(t) e D3(t), a partir das razões cíclicas fictícias, neste caso DAB(t), DBC(t) e DCA(t),
obtidas a partir da transformação inversa de Park aplicada sobre Dd(t) e Dq(t).
Além disso, para este conversor, há uma malha para controlar o desbalanço de
tensão nos capacitores de saída. No entanto, como já foi mencionado no item 5.3.3,
pode-se utilizar simplesmente um controlador proporcional, de forma que o projeto é
bastante simples.
A arquitetura proposta para o sistema de controle é mostrada na Fig.5.17:
D1(t ) DAB (t )
D2 (t ) Lógica p/ definir as DBC (t )
D3 (t ) razões cíclicas reais DCA (t )
I1(t ) I 2 (t ) I3 (t ) I q _ ref = 0
+
-
I q (t ) I q _ erro Dd (t )
ω ⋅t Transformação Controlador Transformação
de Park de Corrente inversa de Park
I d (t ) - I d _ erro Dq (t )
+
I d _ ref ω ⋅t
VO _ erro - VO (t )
Controlador
de Tensão
+
VO _ ref
Fig.5.17: Arquitetura proposta para o sistema de controle.
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 154
para outros conversores.
Circuito de potência
Modulação P.W.M.
das razões cíclicas.
Transformação de Park
Senóides utilizadas pela transformação de Park sobre as correntes de entrada
Controladores de tensão
e de corrente
Transformação inversa
de Park, sobre as
razões cíclicas
0A
-50A
450 460 470 480 490 500
Fig.5.20: Correntes de entrada, para PO1 = 5,5kW e PO2 = 6,5kW.
A Fig.5.21 mostra as correntes de entrada, para PO1 = 7kW e PO2 = 5kW, com
IN_med = 8A, observando-se uma taxa de distorção harmônica das correntes igual a 1,80%
e um fator de potência de 0,999.
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 157
para outros conversores.
50A
0A
-50A
450 460 470 480 490 500
Fig.5.21: Correntes de entrada, para PO1 = 7kW e PO2 = 5kW.
Na Fig.5.22, pode-se observar a razão cíclica real D1(t), além de Do(t) que
controla o desbalanço das tensões de saída.
1.0V
0.5V
0V
450 460 470 480 490 500
Fig.5.22: Razão cíclica real D1(t) (maior) e o sinal Do(t).
Capítulo 5 – Aplicação da técnica de análise, modelagem e controle, utilizando a transformação de Park, 158
para outros conversores.
5.4 - CONCLUSÃO
CONCLUSÃO GE R AL
REFERÊNCIAS B I BLIOGRÁFICAS
[2] BARBI, Ivo. . Correção de Fator de Potência para Fontes de Alimentação. Notas de
Aula – Publicação Interna – INEP – UFSC – Florianópolis – 2000.
[3] BARBI, Ivo; FERRARI, Alexandre F. de. Correção de Fator de Potência para
Fontes de Alimentação. Apostila – Publicação Interna – INEP – UFSC –
Florianópolis – 1995.
[5] HELDWEIN, Marcelo Lobo. Unidade Retificadora Trifásica de Alta Potência e Alto
Desempenho para Aplicação em Centrais de Telecomunicações. Dissertação de
Mestrado – INEP – UFSC – Florianópolis – 1999.
[6] BLAUTH, Yeddo Braga. Retificadores trifásicos Controlados com Elevado Fator de
Potência e Multiníveis de Corrente. Tese de Doutorado – INEP – UFSC –
Florianópolis – 1999.
[7] DANTE, Reinaldo Golmia. Controle Digital de um Retificador Trifásico com Alto
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