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QUALIDADE E
METROLOGIA
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
SEJA BEM-VINDO(A)!
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)!
É com imenso prazer que elaborei este material para você, o qual tem por objetivo ser
uma ferramenta no processo de transferência de conhecimento e no processo de apren-
dizagem. Em um mercado altamente competitivo, a qualidade se tornou uma variável
estratégica adotada pelas empresas, sendo o Controle da Qualidade uma maneira de
assegurar produtos e serviços padronizados, que busquem atender as especificações e
necessidades dos clientes.
A metrologia, considerada um dos pilares de sustentação da qualidade, também é vista
com uma estratégia para que as empresas possam crescer, proporcionando o aumento
da produtividade e a qualidade dos produtos, redução de custos e eliminação de des-
perdícios. Assim, ter conhecimentos sobre esses dois assuntos é de extrema importân-
cia para você, futuro profissional de Gestão da Qualidade.
Na Unidade I, será apresentado os conceitos de qualidade, as etapas de produção asso-
ciadas à qualidade, bem como compreender o desenvolvimento do controle da quali-
dade e definir a inspeção de qualidade.
Na Unidade II, será abordado o conceito de ferramentas e técnicas associadas ao contro-
le da qualidade, destacar-se-á o conjunto de sete ferramentas proposto por Ishikawa e
também técnicas como Controle Estatístico do Processo (CEP), Quality Function Deploy-
ment (QFD), Failure Mode and Effects Analysis (FMEA) e Poka-Yoke.
Na Unidade III, o estudo enfocará a metrologia, destacando os conceitos básicos, histó-
ricos, Sistema Internacional de Unidades (SI), áreas da metrologia e estrutura do sistema
metrológico.
A Unidade IV, irá tratar a respeito dos Sistemas de Medição; será apresentada a defini-
ção, análise e variação dos Sistemas de Medição, bem como serão conceituados os erros
de medição e incerteza de medição.
Por fim, na Unidade V, o foco será a metrologia como requisito dos Sistemas de Gestão
da Qualidade, tratando de assuntos como calibração, rastreabilidade, padrão de medi-
ção e certificado de calibração.
Caro(a) aluno(a), espero que este livro contribua para seu conhecimento e que você
possa evoluir tanto no ambiente acadêmico quanto profissional, aplicando na prática o
que aprendeu na teoria.
Ótimos estudos!
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
26 Controle da Qualidade
34 Conformidade a Especificação
38 Inspeção de Qualidade
42 Considerações Finais
45 Referências
47 Gabarito
UNIDADE II
51 Introdução
71 Poka-Yoke
76 Considerações Finais
10
SUMÁRIO
81 Referências
83 Gabarito
UNIDADE III
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
87 Introdução
88 Introdução a Metrologia
97 Áreas da Metrologia
110 Referências
112 Gabarito
UNIDADE IV
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
115 Introdução
140 Referências
142 Gabarito
UNIDADE V
145 Introdução
150 Calibração
153 Rastreabilidade
166 Referências
168 Gabarito
169 CONCLUSÃO
Professora Me. Crislaine Rodrigues Galan
INTRODUÇÃO AO
I
UNIDADE
CONTROLE DE QUALIDADE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Estudar os conceitos de qualidade.
■■ Apresentar as etapas de produção e associar para cada uma delas um
tipo qualidade.
■■ Compreender o desenvolvimento histórico do controle da qualidade.
■■ Entender os termos relacionados à conformidade à especificação.
■■ Definir o processo de inspeção da qualidade..
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Conceitos básicos de qualidade
■■ Qualidade nas etapas do ciclo de produção
■■ Controle da Qualidade
■■ Conformidade à Especificação
■■ Inspeção da qualidade
15
INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a)! Nesta primeira unidade serão apresentadas questões relacio-
nadas ao controle da qualidade, na qual serão abordados os conceitos básicos de
qualidade, sua presença nas etapas do processo produtivo, seu desenvolvimento
histórico, além de assuntos importantes que remetem ao controle da qualidade,
como a conformidade à especificação e a inspeção da qualidade.
A concorrência nos mercados aliada à consumidores mais exigentes, faz
com que a maioria das empresas, de diferentes processos de produção, busquem
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Adequação ao Padrão
Adequação ao Uso
Adequação ao Custo
A adequação ao custo pode ser definida como custo baixo e alta qualidade e assim,
para assegurar a redução de custo e ao mesmo tempo manter a alta qualidade, é
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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que os tornam capazes de ser eficazes e eficientes.
2. Características: especificação do produto ou serviço definida por quem
o fornece.
3. Confiabilidade: reflete a probabilidade de ocorrência de falhas, quanto
maior for o índice de confiabilidade de um produto ou serviço, menor a
possibilidade de frustrar a expectativa do cliente
4. Conformidade: refere-se ao grau de concordância com as especificações
de um produto ou serviço.
5. Durabilidade: expressa a vida útil do produto, isto é, é o tempo pelo qual
o produto mantém suas características e perfeito funcionamento em con-
dições normais de uso.
6. Atendimento: é o apoio ao cliente, a continuidade dos serviços ofereci-
dos pelo produto após efetuada a venda.
7. Estética: é a aparência de um produto, o sentimento ou sensação que ele
provoca, ou seja, a imagem, a qual está diretamente relacionada ao ponto
de vista do cliente.
8. Qualidade percebida: indica a percepção do cliente sobre o produto ou
serviço, sendo a dimensão mais ligada à “reputação” de um fornecedor.
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CONTROLE DA QUALIDADE
Controle da Qualidade
26 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
do inspetor de qualidade, delegando à ele a responsabilidade e autoridade pela
qualidade dos produtos.
O objetivo nesta fase era obter qualidade igual e uniforme em todos os produ-
tos e, a ênfase centrou na conformidade. A era da inspeção prevaleceu por muitos
anos, não havendo uma análise crítica das causas do problema ou dos defeitos.
Entre 1950 e 1960 o Controle de Qualidade evolui então para o que foi chamado
de Garantia da Qualidade, as técnicas criadas foram além das ferramentas esta-
tísticas, incluindo conceitos, habilidades e técnicas gerenciais.
Os quatro principais movimentos nesta fase foram: a quantificação dos cus-
tos da qualidade; controle total da qualidade; as técnicas de confiabilidade e o
programa Zero Defeitos de P. Crosby.
Em síntese, a Era da Garantia da Qualidade evidenciou-se, além das técnicas
estatísticas, pela valorização do planejamento para obter a qualidade, da coorde-
nação das atividades entre os departamentos e do estabelecimento de padrões da
qualidade. A qualidade não deveria ser vista apenas como um trabalho isolado
do Departamento de Controle de Qualidade, mais sim, o objetivo de todos os
membros da organização. Tanto Feigenbaum quanto Juran perceberam a neces-
sidade de as empresas desenvolverem um novo tipo de especialista, o qual não
devia estar limitado apenas ao conhecimento de estatística, mas principalmente
de capacidades gerenciais (CAMPOS, 2004).
Controle da Qualidade
28 UNIDADE I
Era definida como a soma e consequência das três que a precederam. Teve iní-
cio a partir da invasão no mercado americano dos produtos japoneses de alta
qualidade no final da década de 1970 e, está em curso até hoje; sofreu uma alte-
ração para Gestão Estratégica da Qualidade, isto é, a qualidade também é vista
como uma estratégia administrativa que deve estar alinhada à estratégia de negó-
cio da empresa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A qualidade passou a ser um objetivo perseguido pela cúpula estra-
tégica das organizações, tornando-se objeto de interesse das grandes
corporações nos dias atuais, tanto no setor fabril como no setor de
serviços. Na atualidade, a qualidade encarada como um conjunto de
atributos essenciais à sobrevivência das organizações num mercado al-
tamente competitivo, objeto da gerência estratégica, líder do processo,
que envolve planejamento estratégico, estabelecimento de objetivos e
mobilização de toda organização (GURGEL JUNIOR; VIEIRA, 2002,
p. 329).
Gestão da
Identificação das Controle da Garantia da
Inspeção Qualidade
Características Qualidade Qualidade
Total
Coordenação
Impacto estra-
Verificação de um pro-
Preocupação Controle de tégico como
de um pro- blema a ser
básica-visão da um problema uma opor-
blema a ser resolvido, mas
qualidade a ser resolvido tunidade de
resolvido enfrentando
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
concorrência
proativamente
Planejamento
Instru- Instrumentos estratégico,
Programas e
Métodos mentos de e técnicas estabeleci-
sistemas
medição estatísticas mento de
objetivos
Solução de Estabeleci-
Inspeção,
Papel dos problemas Mensuração e mento de
classifi-
profissionais da e aplicação planejamento objetivos,
cação e
qualidade de métodos da qualidade educação e
avaliação
estatísticos treinamento
Controle da Qualidade
30 UNIDADE I
Todos os de-
Todos na
partamentos,
Departa- Departamen- empresa, com
Responsável pela embora a alta
mento de to do Controle a alta gerência
qualidade gerência só se
inspeção da Qualidade exercendo
envolva perife-
forte liderança
ricamente
“Inspe-
Orientação e “Controla” a “Constrói” a “Gerencia” a
ciona” a
abordagem qualidade qualidade qualidade
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qualidade
Controle da Qualidade
32 UNIDADE I
ATIVIDADES DE
CICLO
ETAPAS MANUTENÇÃO NO OBSERVAÇÕES
PDCA
CONTROLE DA QUALIDADE
Estude e determine as
necessidades de seu cliente
P ESTABELECIMENTO DO (interno ou externo). Verifi-
1
“Plan” PADRÃO DE QUALIDADE que a possibilidade de seu
processo atender ou não
essas necessidades.
Estabeleça o seu processo de
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acordo com as necessidades
ESTABELECIMENTO DOS
2 do cliente e defina os fatores
PROCEDIMENTOS - PADRÃO
importantes do seu processo
que devem ser padronizados.
As pessoas devem estar
D TRABALHO DE ACORDO treinadas em manter os
3
“Do” COM OS PADRÕES valores-padrão dos fatores
importantes.
Dessa forma, para controlar a qualidade é necessário definir o que deve ser
controlado, através de algum método de medida, com padrões de desempenho
estabelecidos, para então, interpretar as variações e tomar as ações corretivas
em face das diferenças, isto é, se o resultado não estiver em conformidade com
as especificações (BATALHA,1997).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONFORMIDADE A ESPECIFICAÇÃO
Conformidade a Especificação
34 UNIDADE I
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de propriedades menos mensuráveis. Os fatores que geralmente estão presentes
na avaliação da qualidade pelo consumidor são: aparência ou imagem que tem
do produto, desempenho funcional e serviços associados à ele. Pode-se dizer que
a qualidade é constituída por dois tipos de características: atributos intrínsecos
ao produto, os quais são agregados ao mesmo, por meio de seu projeto, insu-
mos de produção, métodos de trabalho, inspeção etc. e atributos extrínsecos,
que não se originam no projeto ou processo de produção, constituindo o valor
que o consumidor atribui ao produto, influenciado por forças externas, como a
propaganda e fatores socioculturais (CORDELLA, 2016).
A Tabela 4 mostra uma lista de características que são úteis para planejar e
controlar a qualidade tanto de produtos, quanto de serviços.
Tabela 4 - Características de Qualidade
CARACTERÍSTICA
DESCRIÇÃO
DE QUALIDADE
Padrão de qualidade pode ser definido como o nível de qualidade que determina
se a característica medida é aceitável ou não. Os padrões de qualidade devem ser
estabelecidos considerando fatores operacionais, como, por exemplo, os limites
de custos de fazer o produto, o estado de tecnologia da fábrica etc. e, também,
precisam ser adequados às expectativas dos consumidores, isto é, o que o cliente
espera do produto ou serviço.
Em suma, o padrão de qualidade facilita o controle, permitindo identificar
se as características de qualidade do produto ou serviço estão sendo alcançadas.
Conformidade a Especificação
36 UNIDADE I
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produto, parâmetro de processo, registro ou procedimento, que torna a qualidade
de um produto inaceitável, indeterminada ou fora de requerimentos estabele-
cidos. É um componente, material de fabricação ou produto acabado fora de
especificações, antes ou após a sua distribuição (MATOS, 2011).
O controle de qualidade contra os padrões pode ser realizado por meio de
inspeção, a qual será discutida no último tópico desta unidade.
INSPEÇÃO DE QUALIDADE
Inspeção de Qualidade
38 UNIDADE I
Tipos de Inspeção
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Paladini (2002) apresenta vários tipos de inspeção, os quais são determinados
quanto à sua finalidade, alcance e forma de execução.
Quanto à finalidade, a inspeção pode ser de dois tipos: inspeção por aceita-
ção, que visa detectar se um lote de peças deve ser aceito (liberado para uso) ou
rejeitado (devolvido a sua origem), determinando apenas o nível de qualidade
do lote e; inspeção retificadora, que além de avaliar o lote, altera-o para melhor,
substitui as peças defeituosas encontradas por peças perfeitas.
Com relação ao alcance, a inspeção pode envolver todo o lote, chamada de
inspeção completa (100% das peças do lote) ou; apenas parte dele, definida como
inspeção por amostragem.
A inspeção completa analisa todo o lote; isso parece conferir maior se-
gurança à avaliação. Ela requer, entretanto, muitos recursos, como tem-
po, energia e equipamentos, e acarreta custos elevados. Já a inspeção
por amostragem tende a reduzir custos; a segurança de seus resultados,
entretanto, requer cuidados e atenção que a tornam de realização mais
difícil. (PALADINI, 2002 p. 119).
Quanto à execução, a inspeção pode ser: por atributos, que é uma avaliação qua-
litativa, a qual verifica apenas se a peça apresenta defeito e; por variáveis, que
considera a intensidade de defeito, fazendo uma avaliação quantitativa da carac-
terística da qualidade.
É importante destacar, que dentre estes diversos tipos de inspeção, não existe
um que seja melhor que o outro, cabendo à empresa identificar e aplicar aqueles
que se adequem a seu processo e que gerem melhores resultados.
Execução da Inspeção
Para ser correta, a inspeção da qualidade, precisa ser sempre executada por meio
de regras bem determinadas, evitando assim, que a mesma seja feita conforme
preferências, gostos ou outras características subjetivas. Paladini (2002) afirma
que um aspecto fundamental na execução da inspeção é a confiabilidade, a qual
está relacionada à quatro fatores básicos:
1. Área de alcance da inspeção: a inspeção deve alcançar todo o processo
produtivo, não se concentrando apenas no produto acabado, pois ao ser
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Inspeção de Qualidade
40 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
por atributos, podendo ser aplicada tanto à séries de lotes como à lotes isolados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
42
A importância da qualidade em qualquer ramo de atividade não pode ser apenas vista
como um diferencial, mas sim como uma das únicas formas de manter-se competitivo.
Para saber mais a respeito, acesse o conteúdo disponível em:
<http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/
U61NiRBgjtfysfw_2013-4-29-15-39-2.pdf>.
45
REFERÊNCIAS
<http://www.profcordella.com.br/unisanta/textos/gql13_caract_da_qualidade.
htm> Acesso em: 30 de mar. 2016.
GARVIN, D. A. Managing quality: The strategic and competitive edge. EUA, New
York: Harvard Business School, 1988.
SHIBA, S.; GRAHAM, A.; WALDEN, D. TQM: Quatro Revoluções na Gestão da Quali-
dade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
<http://www.gepeq.dep.ufscar.br/arquivos/GestaodaQualidadenaFF.pdf> Acesso
em: 20 fev. 2016.
47
GABARITO
REFERÊNCIAS
1.
■■Era da Inspeção – Qualidade com foco no produto: o objetivo nesta fase era ob-
ter qualidade igual em todos os produtos e, a ênfase centrou na conformidade.
■■Era do Controle Estatístico da Qualidade – Qualidade com foco no processo: a
qualidade deixou de ser avaliada apenas no produto final, passando a ser con-
trolada em todos os estágios da produção, isto é, desde o início até o final do
processo.
■■Era da Garantia da Qualidade – Qualidade com foco no sistema: a qualidade não
deveria ser vista apenas como um trabalho isolado do Departamento de Con-
trole de Qualidade, mais sim, o objetivo de todos os membros da organização.
■■Era da Gestão da Qualidade Total – Qualidade com foco no negócio: a qualida-
de difundiu-se por toda a empresa, sendo todos os colaboradores responsáveis
pelo seu alcance.
2. Fixação do padrão, que geralmente é uma atividade de planejamento; compa-
ração do resultado obtido com o padrão fixado, no qual pressupõe uma atividade
de mensuração; ação de correção, quando o resultado obtido difere do padrão re-
sultado e; revisão do padrão.
3. Consiste em conhecer as necessidades, traduzindo-as em características mensu-
ráveis para que seja possível gerenciar o processo de alcançá-las.
4. Alternativa B.
5. Alternativa C.
Professora Me. Crislaine Rodrigues Galan
FERRAMENTAS E TÉCNICAS
II
UNIDADE
ASSOCIADAS AO CONTROLE
DE QUALIDADE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar de maneira sintetizada as ferramentas tradicionais da
qualidade.
■■ Compreender o Controle Estatístico do Processo (CEP) e as vantagens
de sua utilização.
■■ Definir QFD - Desdobramento da Função da Qualidade, sua aplicação
e benefícios.
■■ Entender a metodologia FMEA- Análise do efeito e do modo de
falhas, seus objetivos e sua sequência para elaboração.
■■ Estudar o conceito e as características do dispositivo Poka-Yoke..
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Ferramentas de Controle de Qualidade
■■ Controle Estatístico do Processo (CEP)
■■ QFD (Quality Function Deployment)
■■ FMEA (Failure Mode and Effects Analysis)
■■ Poka-Yoke
51
INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a)! Nesta unidade, você irá aprender sobre as ferramentas e
técnicas associadas ao controle da qualidade. Você irá acompanhar os concei-
tos, objetivos e importância da aplicação dessas ferramentas.
As ferramentas da qualidade são utilizadas para melhorar a qualidade de
projetos, produtos, sistemas e processos. Algumas delas ajudam a identificar
problemas que venham a ocorrer em um determinado projeto/produto, pos-
sibilitando a tomada de uma ação preventiva para um futuro desvio, ou ainda
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Introdução
52 UNIDADE II
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a implantação da Qualidade Total.
Na década de 60, com o objetivo de auxiliar os estudos dos profissionais da
qualidade e aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial, Kaoro Ishikawa
organizou um conjunto de ferramentas de natureza gráfica e estatística, denomi-
nando-o de “As Sete Ferramentas do Controle de Qualidade”. Ishikawa observou
que embora nem todos os problemas pudessem ser resolvidos por essas ferra-
mentas, ao menos 95% poderiam ser e, que qualquer trabalhador fabril poderia
efetivamente utilizá-las (MARTINS JR., 2002).
Podemos dizer que as 7 ferramentas da qualidade são empregadas para facili-
tar o trabalho daqueles que são responsáveis pela análise e solução de problemas
visando à qualidade, sendo os principais benefícios decorrentes de sua aplicação:
■■ Melhorar a visualização e identificação dos problemas nos processos, pro-
dutos e fornecedores.
■■ Facilitar o planejamento e a tomada de
decisões e ações.
■■ Desenvolver e estimular a criatividade.
■■ Melhorar a cooperação em todos os níveis
da organização.
■■ Fornecer elementos para o conhecimento
e monitoramento do processo, permitindo
a melhoria dos mesmos.
■■ Elevar os níveis de qualidade.
Entretanto, quais são essas ferramentas desenvolvidas por Ishikawa tão importan-
tes para o Controle de Qualidade? Vamos conhecer cada uma delas, de maneira
sucinta, a seguir.
Fluxograma
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: adaptado Harrington (1993).
Diagrama de Causa-Efeito
Histograma
Diagrama de Pareto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Listar os elementos que influenciam no problema (podem ser utilizadas
as causas levantadas através de um Diagrama de Causa-Efeito).
■■ Medir a influência de cada elemento, como por exemplo, a frequência de
ocorrência de determinados defeitos.
■■ Ordenar, em ordem decrescente, segundo a frequência de ocorrência de
cada elemento.
■■ Construir a distribuição acumulada.
■■ Interpretar o gráfico, priorizando a ação sobre os problemas.
Diagrama de Dispersão
Gráficos de Controle
Figura 3 - (a) Estrutura de um gráfico sob controle. (b) Estrutura de um gráfico fora de controle.
Limite superior
do círculo (LSC)
x Linha média (LM)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Limite inferior
do círculo (LIC)
(a)
LSC
x LM
LIC
(a)
Fonte: Werkema (1995).
Folha de Verificação
Definida como uma planilha na qual um conjunto de dados pode ser coletado
e registrado de maneira ordenada e uniforme, a Folha de Verificação, permite
a rápida interpretação dos resultados, facilitando a análise e o tratamento pos-
terior. A coleta de dados não segue nenhum padrão preestabelecido e pode ser
adequada de acordo com as particularidades do processo fabril da empresa.
O importante é que cada empresa desenvolva o seu formulário de registro de
dados que permita que, além dos dados, também sejam registrados os respon-
sáveis pelas medições e registros, quando e como estas medições ocorreram
(MARTINS JR., 2002).
De uma forma geral, como o próprio nome evidencia, esta ferramenta per-
mite a verificação do comportamento de uma variável a ser controlada, como,
por exemplo, o registro de frequência e controle de itens defeituosos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dessa maneira, pode-se dizer que, o Controle Estatístico do Processo preocu-
pa-se com checar um produto ou serviço durante sua criação, mediante o uso
de técnicas estatísticas, com o objetivo principal de aprimorar e controlar o pro-
cesso produtivo por meio da identificação das diferentes fontes de variabilidade
do mesmo.
Muitas são as utilizações do CEP e, sem dúvida alguma, se pode afirmar que
grandes são os benefícios para quem o emprega corretamente. Para Contador
(1998) as vantagens mais importantes são:
■■ Definir qual ação a ser tomada (local ou sistema) e, consequente-
mente, determinar a responsabilidade pela sua adoção (operação ou
administração).
■■ Minimizar as variações das características cruciais dos produtos, de maneira
a se alcançar uma maior igualdade e segurança dos itens produzidos.
■■ Determinar se há viabilidade em atender às especificações do produto ou
necessidades dos clientes, em condições normais de operação.
■■ Inserir soluções técnicas e administrativas que possam assegurar a melho-
ria da qualidade e uma maior produtividade.
■■ Permitir o combate às causas dos problemas ao invés de seus efeitos, obje-
tivando eliminá-los do sistema de trabalho.
Além dessas vantagens descritas acima, o CEP faz com que todos envolvidos no
processo trabalhem de maneira mais eficaz, assim, os ganhos com as economias
obtidas são constantes, e os benefícios advindos geram um melhor ambiente de
trabalho.
Para Carpinetti (2010), o QFD é uma filosofia de trabalho que está voltada ao
cliente, podendo ser usado para desenvolver novos produtos, melhorar os já exis-
tentes ou para corrigir problemas encontrados através de reclamações. Portanto,
o problema abordado pelo QFD é o da melhoria da satisfação do cliente, o que
implica em conhecer suas reais necessidades, desenvolver o produto adequado
a tempo e a um custo compatível.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
um conjunto sequencial de
diagramas (matrizes), des- ©shutterstock
dobram-se as características
do produto em características dos componentes e estas, por sua vez, em carac-
terísticas do processo e em pontos de controle da qualidade (BATALHA, 1997).
APLICAÇÃO DO QFD
Como vimos o QFD pode ser usado para o desenvolvimento de novos produ-
tos, melhoria de produtos existentes ou para corrigir problemas identificados
por meio de reclamações de clientes. Dessa forma, essa primeira etapa busca
determinar o que se pretende obter com o QFD, definindo quais são os clien-
tes-alvo da empresa e o para qual segmento deve ser dirigida (poder aquisitivo,
nível de instrução, tipo de mercado etc).
A equipe formada para trabalhar com o QFD precisa ser multifuncional, isto
é, com membros de diversos setores da empresa (marketing, vendas, produção,
compras, engenharia de produto e qualidade), pois isso facilita que cada partici-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: adaptado de Eureka e Kyan (1992, p. 67).
Benefícios do QFD
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
©shutterstock
como modo de falha. Já as causas (MIGUEL, 2001) são os motivos pelos quais
as falhas ocorrem, associadas à cada modo de falhas, como por exemplo: mate-
rial incorreto usado, sobrecarga, manutenção inadequada etc.
Agora que compreendemos os conceitos referentes ao FMEA, vamos apren-
der, a seguir, como elaborar esta ferramenta.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Santos et al. (apud PARIS, 2002) sugerem uma sequência de 4 etapas para a ela-
boração do processo de FMEA, as quais são:
1ª Planejamento: esta fase é realizada pelo responsável pela aplicação da
metodologia, compreendendo: a descrição dos objetivos e abrangência da aná-
lise, na qual se identificam quais produtos/processos serão analisados; a formação
dos grupos de trabalho, em que se definem os integrantes do grupo, que deve ser
preferencialmente pequeno (entre 4 a 6 pessoas) e multidisciplinar (contando
com pessoas de diversas áreas); cronograma de atividades prevendo prazos de
conclusão dos trabalhos e; a preparação da documentação, na qual a equipe deve
coletar os dados, reunindo todas as informações possíveis sobre o produto/pro-
cesso em estudo.
2ª Análise das falhas em potencial: o grupo de trabalho discute e analisa os
dados, preenchendo o formulário FMEA de acordo com os passos que seguem:
1) funções e características do produto/processo; 2) tipos de falhas potenciais
para cada função; 3) efeitos do tipo de falha; 4) causas possíveis da falha; 5) con-
troles atuais.
3ª Avaliação dos riscos: nesta fase, o grupo determina, para cada causa
de falha, os índices críticos, que MIGUEL (2001) descreve como: Ocorrência
(“O”), Gravidade (“G”), Detecção (“D”) e Risco (“R”). Em seguida, são calcu-
lados os coeficientes de prioridade de risco (R), por meio da multiplicação dos
outros três índices.
A Tabela 1 ilustra um exemplo de um FMEA de produto contendo as infor-
mações mencionadas nessas três primeiras etapas de elaboração.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É importante salientar que uma vez realizado um FMEA para um produto/pro-
cesso, esse deve ser revisado sempre que ocorrerem alterações nesse produto/
processo específico. Segundo Santos et al. (apud PARIS, 2002), mesmo que não
haja alterações, é preciso regularmente revisar a análise confrontando as falhas
potenciais imaginadas pelo grupo com as que realmente vêm ocorrendo no dia
a dia do processo e uso do produto, de forma a permitir a incorporação de falhas
não previstas, bem como a reavaliação, com base em dados objetivos, das falhas
já previstas pelo grupo.
POKA-YOKE
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Poka-Yoke
72 UNIDADE II
Podemos dizer caro(a) aluno(a), que os dispositivos Poka Yoke constituem meios
para se garantir a não ocorrência de defeitos, nas quais suas funções básicas den-
tro da manufatura são: a paralisação de um sistema produtivo (máquina, linha,
equipamento etc.); o controle de características preestabelecidas do produto e/
ou processo e a sinalização quando da detecção de anormalidades. Tais funções
são utilizadas para prevenir um defeito, impedindo a sua ocorrência ou detec-
tando-o após o seu evento (MOURA e BANZATO, 1996).
Para melhor entendimento, a Figura 5 demonstra as funções dos dispositi-
vos Poka Yoke, enquanto a Figura 6 ilustra os métodos que podem ser utilizados
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
por essas funções.
Poka-Yoke
74 UNIDADE II
Resumindo, podemos definir Poka Yoke como uma técnica que possibilita pre-
venir potenciais falhas humanas durante o processo. Para Rodrigues (2004),
estes sistemas são fáceis de serem operacionalizados e de baixo custo, sendo
incorporados em um processo para prevenir erros humanos que eventualmente
venham ocorrer.
Juran e Frang (1992) classificam os erros humanos como:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Erros por inadvertência: são aqueles que, no momento em que são come-
tidos, não são percebidos, podendo ser divididos em: não intencionais,
inconscientes e imprevisíveis. As soluções para esses tipos de erros por
inadvertências envolvem, basicamente, concentração na execução das
tarefas e redução de extensão da dependência humana.
■■ Erros técnicos: podem envolver várias categorias de erros relacionados,
fundamentalmente, à falta de aptidão, habilidade e conhecimento para a
execução de determinada tarefa, podendo ser divididos em: não intencio-
nais específicos, conscientes e inevitáveis. As soluções para eles envolvem,
basicamente, treinamento, mudança tecnológica e melhorias no processo.
■■ Erros premeditados: podem assumir diversas formas, estando relacio-
nados, basicamente, à questões de responsabilidade e comunicação
confusas, podendo ser divididos em: conscientes, intencionais e persis-
tentes. Algumas possíveis soluções para esse tipo de erro premeditado
estariam relacionadas à delegação de responsabilidades e à melhoria de
comunicação interpessoal.
Poka-Yoke
76 UNIDADE II
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), após a leitura da unidade II, você pôde entender os con-
ceitos referentes às ferramentas associadas ao Controle da Qualidade, além de
conhecer os benefícios e vantagens que estas podem trazer para as organiza-
ções que as utiliza.
As sete ferramentas do controle da qualidade: Fluxograma, Diagrama de
Causa-Efeito, Histograma, Diagrama de Pareto, Diagrama de Dispersão, Gráficos
de Controle e Folha de Verificação, utilizam técnicas estatísticas e conhecimento
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para acumular dados e analisá-los, ajudando a organizar as informações coleta-
das, de maneira que seja fácil o seu entendimento. Além disso, o emprego dessas
ferramentas permite que os problemas específicos de um processo possam ser
identificados e estudados.
Vimos que o Controle Estatístico do Processo (CEP) tem como objetivo pre-
ver os defeitos ou erros, controlando a qualidade durante o processo ao invés de
realizar a inspeção após a produção. Já o QFD é uma ferramenta importante no
planejamento da qualidade, utilizada na fase de concepção e desenvolvimento,
onde as exigências do consumidor são traduzidas em especificações técnicas
dos produtos.
O FMEA, por sua vez, é considerado uma ferramenta que auxilia a quali-
dade, buscando identificar e eliminar falhas potenciais, de sistemas, projetos e
processos, antes que estas falhas possam afetar o cliente. Enquanto os disposi-
tivos Poka-Yoke configuram-se em uma técnica que busca prevenir potenciais
falhas humanas durante o processo.
Sendo assim, foi possível ter uma visão geral das ferramentas da qualidade,
e, assim, podemos observar que, mesmo cada uma delas possuindo sua própria
forma de serem aplicadas, todas apresentam benefícios como: elevar os níveis
de qualidade; diminuir os custos; executar projetos melhores; melhorar a coo-
peração em todos os níveis da organização; prevenir falhas e erros; identificar
as causas dos problemas no processo, fornecedores e produtos.
c. Os erros humanos podem ser classificados em: erros por inadvertência, erros
técnicos e erros premeditados.
d. Os dispositivos Poka-Yoke são caracterizados pelo fato de prevenirem uma
série de erros e falhas causadas por falta de atenção, falta de conhecimento,
falta de acuidade visual e até mesmo proposital.
79
Como vimos nesta unidade uma das etapas do Desdobramento da Função Qualidade
(QFD) é a construção da “Casa da Qualidade”. Para conhecer um exemplo prático dessa
etapa, acesse o conteúdo disponível em:
<http://www.blogdaqualidade.com.br/o-qfd-na-pratica/>.
81
REFERÊNCIAS
FUNDAMENTOS DA
III
UNIDADE
METROLOGIA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar a definição, objetivo e importância da Metrologia.
■■ Estudar o desenvolvimento histórico da Metrologia.
■■ Entender o Sistema Internacional de Unidades e seu objetivo.
■■ Definir as três grandes áreas da metrologia: metrologia legal,
metrologia industrial e metrologia científica.
■■ Compreender a estrutura do sistema metrológico internacional e
brasileiro.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Introdução a Metrologia
■■ Evolução Histórica da Metrologia
■■ Sistema Internacional de Unidades (SI)
■■ Áreas da Metrologia
■■ Estrutura do Sistema Metrológico
87
INTRODUÇÃO
Introdução
88 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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INTRODUÇÃO A METROLOGIA
Se você medir aquilo sobre o que você fala e expressar por um número, você
sabe algo sobre o assunto; mas se não puder medí-lo, seu conhecimento é
pouco ou insatisfatório
(Lord Kelvin)
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
89
Introdução a Metrologia
90 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de grandezas a serem medidas com incertezas cada vez menores e com
maior credibilidade, a fim de superar as barreiras técnicas ao comércio.
■■ O aumento da preocupação com a sustentabilidade, o aquecimento glo-
bal, a produção de alimentos, a qualidade de bioprodutos, biofármacos e
terapia celular, fontes e vetores de produção de energia.
■■ Desenvolvimento das atividades especiais.
Assim, para resumirmos o que aprendemos sobre metrologia até aqui, podemos
utilizar na íntegra o que Silva e Campos (2001, p. 3-4) descreve:
A Metrologia permite a precisão do processo produtivo, a diminuição
do índice de incerteza, contribuindo para a redução do número de re-
fugo nas empresas e, principalmente, para a qualidade do produto. Sua
contribuição é fundamental, em função do crescente jogo de compe-
titividade no mercado e a internacionalização das relações de trocas.
A metrologia facilita o comércio, a produção e os serviços, possibili-
tando que a competição entre empresas e países, opere em bases mais
transparentes e justas, promovendo uma competição mais ética e sadia.
Com relação ao cidadão, a metrologia procura diminuir a vulnerabili-
dade de abusos e explorações, que porventura possam ocorrer.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
91
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
universalidade e a simplicidade. Inicialmente, esse sistema se baseava em uma
única unidade, o metro, sendo todas as outras unidades de medidas reportadas
por relações simples. Posteriormente o Sistema Métrico Decimal incorporou o
quilograma como unidade de massa (PUC-RIO, [2016], on-line ). Foi a partir
daí que a metrologia foi reconhecida como atividade, sendo seu status de ciência
da medição adquirido gradativamente, com o interesse dos governos, e a parti-
cipação de cientistas na busca da padronização das unidades (PINTO, on-line).
Em 1875, na França, 17 países assinaram a Convenção do Metro com o obje-
tivo de estabelecer padrões comuns, adotando o metro e o quilograma como
unidades de comprimento e de massa. Nessa convenção, determinou a criação
de uma estrutura organizacional e laboratorial para atuar nas questões da metro-
logia mundial, o Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), buscando,
essencialmente, o estabelecimento de um sistema global de medição com credi-
bilidade internacional. Em 1960, os países signatários da Convenção do Metro
adotaram o Sistema Internacional de Unidades (SI), que tem como finalidade
instituir regras e definições, estabelecendo uma regulamentação de conjunto
para as unidades de medida, amplamente utilizado nas relações internacionais,
no ensino e no trabalho científico (PUC-RIO, [2016], on-line).
Quanto à história da metrologia no Brasil, Coelho (2008) descreve que se ini-
cia, de fato, no tempo do Império, em função da necessidade de uniformizar um
sistema de unidades de medida. Contudo, a formalização de mecanismos de pro-
teção de produtores e consumidores se dá com a criação do Instituto Nacional de
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
93
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: INMETRO (2003, p. 26).
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
95
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: INMETRO (2003, p. 34).
Elementos da evolução do SI
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
97
Hoje, das sete principais unidades do SI, apenas o quilograma continua sen-
do representado por um objeto sólido, palpável. As demais unidades são
expressas em conceitos de física e podem ser reproduzidas sempre que ne-
cessário. O protótipo internacional do quilograma é um cilindro de platina
e irídio com 39 mm, tanto de altura quanto de diâmetro. É guardado em
condições rigorosamente controladas, sem contato com o ar e dentro de
um cofre no BIPM na cidade de Sèvres, França. Unidades de medir do SI: o
quilograma.
Fonte: Montini (on-line)¹.
ÁREAS DA METROLOGIA
Como vimos, a metrologia pode ser definida como a ciência das medições, que
abrange todos os aspectos técnicos e práticos relativos às medições. Já no que
diz respeito às suas funções e aplicação, a metrologia é dividida em três áreas:
Metrologia Legal, Metrologia Industrial e Metrologia Científica.
As metrologias científica, industrial e legal englobam um amplo cam-
po de atividade, que vai desde as medições nas pesquisas científicas de
vanguarda, que podem exigir medições nos mais altos níveis de preci-
são, até as medições nas feiras livres e nos supermercados, muito menos
exigentes em precisão, mas não menos importantes. Tais metrologias
passam pelos processos produtivos industriais e pelas medições asso-
Áreas da Metrologia
98 UNIDADE III
Metrologia Legal
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
eficiência do comércio, por meio da confiança nas medições e na redução dos
custos das transações comerciais (QUELHAS, 2004).
Definida como a parte da metrologia relacionada às atividades resultantes de
exigências obrigatórias, referentes às medições, unidades de medida, instrumen-
tos e métodos de medição, que são desenvolvidas por organismos competentes, a
Metrologia Legal tem como objetivo principal proteger o consumidor, tratando
das unidades de medida, métodos e instrumentos de medição, de acordo com
as exigências técnicas e legais obrigatórias (INMETRO, on-line).
A metrologia legal, na sua essência, é uma função exclusiva do Estado.
Consiste em um conjunto de atividades e procedimentos técnicos, ju-
rídicos e administrativos, estabelecidos por meio de dispositivos legais,
pelas autoridades públicas, visando a garantir a qualidade e a credibili-
dade dos resultados das medições envolvendo transações comerciais, a
saúde humana, o meio ambiente e a segurança do cidadão (INMETRO,
2013, p. 42).
No Brasil as atividades dessa área são uma atribuição do INMETRO, que tam-
bém colabora para a uniformidade da sua aplicação no mundo.
Metrologia Industrial
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
99
Estes sistemas de medição são responsáveis pelo controle dos processos produ-
tivos, da garantia da qualidade e segurança do produto final.
Essa área da metrologia fundamenta-se na necessidade da utilização de
equipamentos que passem por um processo de validação periódica, ou seja,
calibrações e ajustes, para a realização de medições confiáveis. Assim, pode-
-se conhecer a aptidão de um instrumento em controlar e medir um processo.
Pode-se assegurar a fabricação de produtos com a qualidade desejada, em pro-
cessos que dependam de medições confiáveis (SILVEIRA, 2005).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Metrologia Científica
Áreas da Metrologia
100 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ESTRUTURA DO SISTEMA METROLÓGICO
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FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
101
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
103
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cia que integram o LNM e a comunidade industrial, tecnológica e científica do
País. Desses, beneficiam-se os laboratórios de ensaios e, na base desta estrutura
hierárquica, a indústria e todos os demais segmentos que realizam medições e
que necessitam comparar sua credibilidade técnica (PUC-RIO, [2016], on-line).
No Brasil, como já visto anteriormente, foi instituído em 1973 um sis-
tema denominado Sistema Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial
(SINMETRO), com o objetivo de criar uma infraestrutura básica de serviços
tecnológicos capaz de avaliar e certificar a qualidade de produtos, processos e
serviços, por meio de organismos de certificação, rede de laboratórios de ensaio
e de calibração, organismos de treinamento, ensaios e inspeção. Já o Laboratório
Nacional de Metrologia (LNM) do Brasil assumiu a metrologia industrial, cien-
tífica e legal, sendo considerado guardião nacional e verificador dos padrões de
referência.
O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial é
uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, que atua como secretaria executiva do Conselho Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO). Ele é o único
organismo de credenciamento do SINMETRO, sendo responsável pelo reco-
nhecimento internacional do Sistema Brasileiro de Laboratórios de Calibração
e de Ensaio.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
105
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
da qualidade dos produtos acabados e; metrologia científica, que utiliza ins-
trumentos laboratoriais, pesquisas e metodologias científicas que têm por base
padrões de medição nacionais e internacionais para o alcance de altos níveis de
qualidade metrológica.
Apresentamos como é composto o Sistema Internacional de Unidades (SI),
definindo as sete unidades de base e as unidades derivadas. E também descrevemos
como é organizada a estrutura do sistema metrológico internacional e nacional,
identificando cada componente dos mesmos, como o Bureau Internacional de
Pesos e Medidas (BIPM), o Sistema Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial
(SINMETRO), o Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade
Industrial (INMETRO) entre outros.
Em suma, podemos dizer que as bases que definem a qualidade estão na
metrologia, sendo sua utilização uma forma de melhorar a qualidade dos pro-
cessos produtivos, os quais devem ser perseguidos continuamente por todas as
empresas que pretendem participar de um mercado altamente competitivo e
globalizado.
FUNDAMENTOS DA METROLOGIA
107
Em outras palavras, podemos resumir: “Só o que é mensurável pode ser melhorado”.
Sem sombra de dúvidas, melhorar continuamente é o caminho da sobrevivência das
empresas, impulsionado pela necessidade de satisfazer o “cliente”, que assume uma po-
sição determinante no direcionamento dos mercados e na determinação dos produtos
que serão produzidos.
Medir torna-se, portanto, um elemento central nas ações em busca da satisfação do
cliente e na conquista de espaços maiores no mercado. Medir viabiliza quantificação
das grandezas determinantes à geração de um bem ou serviço, subsidiando com infor-
mações o planejamento, a produção e o gerenciamento dos processos que o produzem.
Fonte: Coelho, (2008, on-line)2.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
REFERÊNCIAS
Referência Online
1
Em:<https://ipemsp.wordpress.com/2010/01/22/o-desafio-do-padrao-mundial-
-de-quilograma/>. Acesso em: 24 abr. 2016.
2
Em: <http://metrologianamedida.blogspot.com.br/2008/07/importncia-da-metro-
logia-industrial.html> Acesso em: 29 ago. 2016.
GABARITO
IV
UNIDADE
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar os conceitos relacionados ao sistema de medição.
■■ Compreender o processo de análise dos sistemas de medição.
■■ Estudar as fontes de variação do sistema de medição.
■■ Identificar e diferenciar os erros de medição.
■■ Definir incerteza de medição e explicar sua importância.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Definição dos Sistemas de Medição
■■ Análise dos Sistemas de Medição
■■ Variação dos Sistemas de Medição
■■ Erros de Medição
■■ Incerteza de Medição
115
INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a)! Nesta unidade, você irá aprender um pouco sobre os sis-
temas de medição, bem como seu processo de análise, as variações, erros e
incertezas desses sistemas.
Como falamos na unidade anterior, a medição é uma operação antiga e de
fundamental importância para diversas atividades, sendo empregada para moni-
torar, controlar ou investigar um processo ou fenômeno físico.
A operação de medição é efetuada por meio de um sistema de medição,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
116 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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SISTEMAS DE MEDIÇÃO
117
■■ Monitorar/acompanhar a produção.
■■ Controlar ou investigar um processo.
■■ Garantir a qualidade de produtos e processos de fabricação.
■■ Classificar as peças em ruins ou boas em relação às especificações.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
“Não se pode controlar o que não se pode medir” (DEMARCO, 1982). O pro-
cesso de medição tem a intenção de livrar os gestores do “achismo”, tendo
como objetivo fornecer informações que apoiem a tomada de decisões.
Você acredita que o processo de medição proporciona uma tomada decisão
mais rápida e precisa?
(a autora)
AIAG (2010) o define como um processo para obter medições, o qual é composto
de instrumentos de medição, padrões, métodos, pessoal/operador e ambiente.
Estes componentes estão apresentados na Figura 2 e serão detalhados a seguir.
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
119
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
crítica para a medição dimensional. Quando o coeficiente de dilatação
da peça a ser medida e do instrumento são os iguais ou muito próxi-
mos, este efeito é nulo ou insignificante. Na medição de uma peça em
alumínio, por exemplo, sendo o instrumento de aço, o efeito da tempe-
ratura pode acarretar em erros de classificação (aprovar peças fora da
especificação ou reprovar peças dentro), gerando custos desnecessários
(SALGADO, 2004 p. 23).
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
121
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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O sistema de medição ideal seria aquele que produzisse somente resultados cor-
retos todas as vezes que fosse utilizado, isto é, coincidisse com o valor verdadeiro
da grandeza medida. CANOSSA ([2016], on-line) afirma que um sistema ideal
possui propriedades estatísticas de variância zero, tendência zero e probabilidade
zero de classificação errônea em qualquer produto que medisse. Entretanto, não
existe sistema de medição ideal, pois os mesmos produzem resultados com erro
ou com certo grau de incerteza. Costa (2004) descreve que se em uma mesma
peça, realizarmos várias medições da característica da qualidade X, teremos uma
dispersão de valores em torno de um ponto central, pois cada valor medido de
X traz embutido um erro de medição, de modo que a variabilidade total nos
valores medidos de X podem ser divididos em duas partes: variabilidade real
da característica X, inerente do processo produtivo e a variabilidade inerente à
medição. Sobre a variação dos sistemas de medição e erros de medição, iremos
discutir nos tópicos a seguir desta unidade.
Como vimos, não existe sistema de medição ideal, pois este está sujeito a
diversas fontes de variação que podem prejudicar a confiabilidade dos resul-
tados, podendo levar uma decisão errada quanto à qualidade do produto, por
exemplo. Então, como garantir que o sistema de medição utilizado pela empresa
é adequado? Como saber se os instrumentos de medição utilizados são adequa-
dos para o uso pretendido?
Para responder a esses questionamentos se faz necessário o estudo dessas
diversas fontes de variação, nas quais a análise de seu comportamento ao longo
do tempo possibilita aumentar a confiança e a certeza da leitura obtida. Quanto
mais os valores se aproximarem do real, mais confiável é um sistema de medição
e mais certeza que as decisões podem ser seguras (CANOSSA, [2016], on-line).
Dessa forma é necessário avaliar o sistema de medição e verificar se o mesmo é
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
adequado e capaz de controlar determinado processo ou produto.
Um dos métodos mais usuais utilizados nesta avaliação é o Método MSA
(Measurement Systems Analysis) – Análise do Sistema de Medição, o qual é
definido como uma metodologia estatística que permite estudar e analisar as
condições de operação de um sistema (LIMA; FERREIRA; BARBOSA, 2010).
Por meio desse método é possível quantificar a variabilidade do sistema de medi-
ção, o que permite ao gestor verificar a adequação dos instrumentos de medição
para o uso pretendido, o que também indica a capacidade dos mesmos de for-
necer resultados confiáveis.
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
123
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Um sistema de medição pode ser afetado por fontes de variação que são prove-
nientes de causas aleatórias, também chamadas de causas comuns, inerentes ao
processo de medição e, causas especiais, que surgem e atuam esporadicamente
no sistema de medição (FONSECA, 2008).
As causas aleatórias ou comuns representam um grande número de peque-
nas causas, sendo que cada uma tem individualmente um efeito insignificante
na variabilidade do processo, no entanto, o conjunto dessas causas tem um efeito
significativo. Todas essas causas ocorrem aleatoriamente, são difíceis de serem
visualizadas e estão sempre presentes. Alguns exemplos são: pequenas e frequen-
tes oscilações na fonte de energia elétrica de uma máquina, pequenas variações
no método de trabalho específico de um mesmo operador etc. Já as causas espe-
ciais se referem à causas que surgem esporadicamente e que tem individualmente
um efeito considerável na variabilidade do processo. Por surgirem esporadica-
mente são facilmente identificáveis e de controle relativamente mais fácil. Um
exemplo de causa especial é falha de desempenho num componente da máquina
(TOLEDO; OPRIME, 2013).
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
125
Variação na Localização
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Estabilidade: é a variação total nas medições obtidas com o sistema de
medição medindo uma única característica na mesma peça ou padrão
ao longo de um extenso período de tempo. Em geral, a estabilidade não
é quantificada, mas ela pode ser avaliada usando-se cartas de controle.
Nesse caso, uma peça padrão (sempre a mesma peça) é medida ao longo
de dias ou semanas, e os resultados são plotados em uma carta de con-
trole. Como se trata da mesma peça, as leituras deveriam ser sempre as
mesmas, mas isso não acontece, devido à variabilidade no próprio sis-
tema de medição. Se houver problemas no sistema de medição isso irá
aparecer como um ponto fora dos limites de controle. Pontos fora dos
limites de controle revelam falta de estabilidade no sistema de medição
(MENEZES, 2013). As principais causas possíveis da falta de estabilidade
são: envelhecimento ou obsolescência de equipamentos; manutenção pre-
cária; deformação da peça.
■■ Linearidade: é a diferença nos valores da tendência ao longo da faixa de
operação do dispositivo de medição (WERKEMA, 2006). O estudo da
linearidade do equipamento de medição verifica o desempenho deste ao
longo de toda a sua faixa de uso (MENEZES, 2013).
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
127
Variação na Dispersão
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: adaptado de Menezes (2013).
■■ Obter coerência.
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
129
ERROS DE MEDIÇÃO
Uma medição perfeita, isto é, sem erros, só pode existir se um sistema de medi-
ção perfeito existir e a grandeza sob medição (mensurando) tiver um valor único,
perfeitamente definido e estável. Como não temos sistema de medição perfeito,
temos que considerar a existência de erros de medição. Assim, o erro de medição
Erros de Medição
130 UNIDADE IV
está presente cada vez que a indicação do sistema de medição não coincide com
o valor verdadeiro do mensurando, conforme ilustrado na Figura 5.
Figura 5 - Erro de Medição
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Silva ([2016], on-line.
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
131
possui erro sistemático e “preciso” quando seu erro aleatório é pequeno. A Figura
6 ilustra o relacionamento existente entre o erro sistemático e o erro aleatório,
na qual o centro do alvo representa o valor verdadeiro da medida, e os pontos
representam os resultados de repetidas medições da característica.
Figura 6 - Relação entre erro aleatório e erro sistemático
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Erros de Medição
132 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
onde xi, i = 1, ..., k são os resultados obtidos com o instrumento analisado e
x é o valor de referência para a grandeza medida.
Resumindo, podemos dizer que, os erros grosseiros podem e devem ser
eliminados, os erros sistemáticos podem ser corrigidos ou compensados e, os
erros aleatórios não podem ser corrigidos, mas podem ser reduzidos. Por essa
razão é que na avaliação dos erros de medição, usualmente a maior preocupa-
ção é com a parcela aleatória.
INCERTEZA DE MEDIÇÃO
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
133
Incerteza de Medição
134 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e. Valores inexatos dos padrões de medição e materiais de referência.
f. Aproximações e suposições incorporadas ao método e procedimento de
medição.
g. Variações nas observações repetidas do mensurando sob condições apa-
rentemente idênticas.
SISTEMAS DE MEDIÇÃO
135
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), como você pode observar após a leitura da unidade, os sis-
temas de medição não consistem apenas nos instrumentos de medição, mas sim
em um processo completo usado para obter as medidas, o qual precisa ser ava-
liado a fim de identificar suas fontes de variação.
Um dos métodos mais usuais utilizados nessa avaliação é o Método MSA
(Measurement Systems Analysis) – Análise do Sistema de Medição, o qual é
definido como uma metodologia estatística que permite estudar e analisar as
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Considerações Finais
136
1. Medição pode ser definida como um conjunto de operações que têm por ob-
jetivo determinar o valor de uma grandeza. Sob o ponto de vista técnico, liste
como a medição pode ser empregada.
2. Quais os componentes do sistema de medição?
3. As variações dos sistemas de medição são decorrentes de desvios ou erros, os
quais podem ocorrer na localização e/ou na dispersão. Sobre esses desvios,
leia as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Os desvios na localização são caracterizados por meio de tendência, repetitivi-
dade e reprodutibilidade.
II. Os desvios na dispersão são caracterizados por meio da estabilidade e linea-
ridade.
III. A repetitividade consiste na variação nas medidas obtidas com um dispositivo
de medição quando usado várias vezes por um operador medindo a mesma
característica na mesma peça.
IV. A tendência é uma parcela do erro total e é composta por efeitos combinados
de todas as fontes de variação, conhecidas ou desconhecidas.
É correto o que se afirma em:
a. I, II e IV.
b. II e III.
c. II, III e IV
d. III e IV.
e. Todas as alternativas estão corretas.
4. O erro de medição está presente cada vez que a indicação do sistema de medi-
ção não coincide com o valor verdadeiro do mensurando. O erro definido como
a diferença entre o valor médio (sob as mesmas condições) e valor verdadeiro do
mensurando é chamado de:
a. ( ) Erro sistemático.
b. ( ) Erro grosseiro.
c. ( ) Erro de escala.
d. ( ) Erro repetitivo.
e. ( ) Erro de incerteza
137
1 20,007
2 20,005
3 19,997
4 20,003
5 19,998
6 20,003
7 20,001
8 20,004
9 20,002
10 19,998
138
Material Complementar
REFERÊNCIAS
Referências Online
¹Em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_
STO_092_623_13743.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2016.
²Em: <http://metrologianamedida.blogspot.com.br/search/label/Processo%20
de%20Medi%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 29 ago. 2016.
GABARITO
1. Sob o ponto de vista técnico pode ser empregada como uma ferramenta para:
- Monitorar/acompanhar a produção.
- Controlar ou investigar um processo.
- Garantir a qualidade de produtos e processos de fabricação.
- Classificar as peças em ruins ou boas em relação às especificações.
2. Os componentes de um sistema de medição são: Instrumento de medição; Mé-
todo; Operador; Padrão e Ambiente de Trabalho.
3. Alternativa D
4. Alternativa A
5. x= 20,0000 mm xi= valores das leituras apresentadas na tabela.
A METROLOGIA COMO
V
UNIDADE
REQUISITO DOS SISTEMAS
DE GESTÃO DE QUALIDADE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender como a Metrologia relaciona-se com os Sistemas de Gestão
da Qualidade e como está presente nas normas de padronização.
■■ Compreender a importância da calibração.
■■ Estudar o conceito de rastreabilidade e sua utilidade.
■■ Apresentar a hierarquia de instrumentos e padrões nas atividades de
medição e calibração.
■■ Analisar as informações e os resultados de um certificado de
calibração.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Metrologia e os Sistemas de Gestão de Qualidade
■■ Calibração
■■ Rastreabilidade
■■ Padrão de medição
■■ Certificado de calibração
145
INTRODUÇÃO
Introdução
146 UNIDADE V
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criados pelo Governo Federal, como, por exemplo, o programa “Minha Casa
Minha Vida” (TEMPLUM, on-line). Em relação aos requisitos metrológicos, o
PBPQ-H na seção 7, apresenta o item 7.6 Controle de Dispositivos de Medição e
Monitoramento. O Quadro 1 apresenta o trecho da norma referente a este item.
Quadro 1- Item 7.6 do PBPQ-H
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Brasil (2013, p. 15-16).
CALIBRAÇÃO
Calibração
152 UNIDADE V
serem colocados em serviço. É preciso estar ciente que nem todos os instrumentos
de medição necessitam de calibração, em geral, devem-se calibrar aqueles instru-
mentos que são usados para controlar atividades de qualidade (ACCPR, on-line).
De maneira simplificada, podemos dizer que, calibração significa colocar um
instrumento de medição em condições de uso, por meio da comparação com
valores das medições fornecidos anteriormente pelo próprio instrumento, apli-
cando quando necessário o ajuste ou regulagem do mesmo.
O Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM) de 2012 destaca que
convém não confundir a calibração com o ajuste de um sistema de medição, fre-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
quentemente denominado de maneira imprópria de “auto-calibração”, nem com
a verificação da calibração.
Você sabia que o termo Aferição não é mais utilizado? Até o ano de 1995
eram utilizados os termos Aferição e Calibração com sentidos diferentes. A
partir de 1996 estes termos sofreram uma mudança no vocabulário técnico
nacional a fim de adequarem-se a terminologia internacional ou VIM – Vo-
cabulário Internacional de Metrologia. Hoje, a palavra Aferição caiu em de-
suso. Em seu lugar foi incluída a palavra Calibração e, o que se entendia até
então por Calibração, passou a chamar-se de Ajuste. Mais informações em:
Qual a diferença entre Aferição e Calibração?
Disponível em:
Fonte: Qual… (on-line)¹.
O ajuste deve ser realizado quando o equipamento não atender aos requisitos
definidos, podendo ser definido como uma operação corretiva destinada a fazer
que um equipamento de medição tenha desempenho compatível com o seu
uso. O ajuste pode ser automático, semiautomático ou manual e, muitas vezes
RASTREABILIDADE
Rastreabilidade
154 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1 ilustra a Estrutura Hierárquica de Rastreabilidade.
Figura 1- Estrutura Hierárquica de Rastreabilidade
PADRÃO DE MEDIÇÃO
Padrão de Medição
156 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
com aplicação de força de compressão. Uma solução tampão é o mais adequado
padrão para a calibração de um pHmetro (FIDÉLIS, 2006).
Dependendo de suas qualidades metrológicas e do tipo de utilização a que
estão destinados, existem, segundo SILVEIRA (2005), diversos tipos de padrões:
■■ Padrão Internacional: é aquele reconhecido por um acordo internacio-
nal para servir, internacionalmente, como base para estabelecer valores à
outros padrões da grandeza a que se refere. No caso do quilograma, como
vimos, existe somente um artefato no BIPM que representa o padrão de
massa em nível internacional. Outros padrões como o de comprimento,
podem ser realizados em muitos países, a partir da definição do metro.
■■ Padrão Nacional: aquele reconhecido por decisão nacional para ser-
vir, em um país, como base para estabelecer valores à outros padrões da
grandeza a que se refere. Geralmente, é o padrão de melhor qualidade
metrológica do país, que é chamado de padrão primário.
■■ Padrão Primário: é o padrão que é designado ou amplamente reconhe-
cido como tendo as mais altas qualidades metrológicas e cujo valor é aceito
como referência à outros padrões da mesma grandeza.
■■ Padrão Secundário: é um padrão cujo valor é estabelecido por compa-
ração a um padrão primário da mesma grandeza.
■■ Padrão de Referência: são os padrões da mais alta qualidade metroló-
gica disponível em certo local ou em uma dada organização, a partir do
qual as medições são derivadas. Isso significa que estes padrões apresen-
tam menor valor de incerteza para certa grandeza.
Padrão de Medição
158 UNIDADE V
Segundo FIDÉLIS (2006) para que o valor indicado por um instrumento possa
ser adotado como valor verdadeiro convencional (VVC), é necessário que o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Padrão apresente as seguintes características:
■■ Seus erros sejam compensados, corrigidos. Lembramos que o padrão não
é perfeito. É necessário avaliar os erros do padrão e compensá-los, caso
contrário esse erro será repassado como erro do instrumento a calibrar.
Não se faz necessária essa compensação quando os erros são menores do
que a resolução do instrumento a calibrar.
■■ A incerteza da calibração não seja superior a um terço da incerteza espe-
rada para o instrumento de medição a calibrar. É importante observar que
se essas estão expressas em termos percentuais, é necessário que ambas
tenham o mesmo valor de referência, ou que sejam efetuadas as devidas
compensações.
■■ A resolução do padrão deve ser menor ou igual à resolução do instru-
mento a calibrar.
■■ A faixa de indicação do padrão seja da mesma ordem daquela do instru-
mento a calibrar. O padrão de calibração tenha rastreabilidade de medição
comprovada. Isso implica em dispor de um certificado de calibração,
constando os erros de medição e as incertezas de medição associada à
calibração. A evidência de rastreabilidade deve ser citada no certificado,
destacando-se a rastreabilidade do padrão ou padrões, de referência ou
de trabalho, utilizados na calibração.
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CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO
Certificado de Calibração
160 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Identificação do instrumento calibrado.
■■ Data da realização da calibração.
■■ Resultado da calibração com as unidades de medida.
■■ Nome, função e assinatura ou identificação equivalente da pessoa auto-
rizada para emissão do certificado de calibração.
■■ Declaração de que os resultados se referem somente aos itens calibrados.
■■ Condições ambientais em que foi executada a calibração.
■■ Declaração da incerteza da medição.
■■ Evidência de rastreabilidade.
É válido destacar que, no caso da rastreabilidade, essa deve ser comprovada até o
Sistema Internacional de Unidades. Quando um certificado de calibração possuir
o símbolo da Rede Brasileira de Calibração (RBC) ou qualquer outra rede nacio-
nal, a rastreabilidade é comprovada em função da obrigatoriedade e comprovação
dos organismos de acreditação. Filho (on-line) afirma que os certificados de cali-
bração emitidos pelos laboratórios do INMETRO, pelos laboratórios designados
e pelos laboratórios acreditados que compõem a Rede Brasileira de Calibração
(RBC) e a Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio (RBLE) têm aceitação inter-
nacional com base nos acordos firmados pelo INMETRO.
Dessa forma, podemos dizer que os resultados expressos em um certificado
de calibração, são importantes, uma vez que fornecem informações válidas e
úteis que podem auxiliar na tomada de decisões gerenciais, como por exemplo,
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Considerações Finais
162
METROLOGIA
A Metrologia é a ciência das medições, abrangendo todos os aspectos teóricos e prá-
ticos que asseguram a precisão exigida no processo produtivo, procurando garantir a
qualidade de produtos e serviços por meio da calibração de instrumentos de medição,
sejam eles analógicos ou eletrônicos (digitais) e, da realização de ensaios, sendo a base
fundamental para a competitividade das empresas. Metrologia também diz respeito ao
conhecimento dos pesos e medidas e dos sistemas de unidades de todos os povos, an-
tigos e modernos.
Qual motivo de sua implantação
A ISO série 9000 define explicitamente a relação entre garantia da qualidade e metro-
logia, estabelecendo diretrizes para se manter um controle sobre os instrumentos de
medição da empresa, tornando assim necessária, a implantação de um processo metro-
lógico na empresa que busca ou possui uma certificação. O fator “globalização dos mer-
cados” também põe em prática um de seus principais objetivos, traduzir a confiabilidade
nos sistemas de medição e garantir que especificações técnicas, regulamentos e normas
existentes, proporcionem as mesmas condições de perfeita aceitabilidade na monta-
gem e encaixe de partes de produtos finais, independente de onde sejam produzidas.
Outro objetivo, não menos importante, está na melhoria do nível de vida das popula-
ções por meio do consumo de produtos com qualidade, da preservação da segurança,
da saúde e do meio ambiente.
Qual o papel da metrologia na organização?
A Metrologia garante a qualidade do produto final favorecendo as negociações pela
confiança do cliente, sendo um diferenciador tecnológico e comercial para as empresas.
Reduz o consumo e o desperdício de matéria-prima pela calibração de componentes e
equipamentos, aumentando a produtividade. E ainda reduz a possibilidade de rejeição
do produto, resguardando os princípios éticos e morais da empresa no atendimento
das necessidades da sociedade em que está inserida, evitando desgastes que podem
comprometer sua imagem no mercado.
Fonte: Metrologia… (on-line)3.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais a respeito da relação entre qualidade e metrologia, bem como
conceitos de rastreabilidade e calibração, acesse o conteúdo disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_STO_091_615_13247.pdf>.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
MEDIÇÃO. Curso item 7. 6 da norma ISO9001: 2008, com ênfase em análise de cer-
tificados de calibração. Medição Soluções Metrológicas Integradas: Maringá, 2008.
PINTO, L. F. M. A função metrológica em um sistema de gestão. Metrologia: Ges-
tão. Disponível em: < http://banasmetrologia.com.br/wp.../08/BQ-253_ A-função-
-metrológica.pdf > Acesso em: 19 fev. 2016.
PUC-RIO. Fundamentos da metrologia e da normalização. Disponível em: <http://
www.maxwell.vrac.puc-rio.br/6654/6654_3.PDF> Acesso em: 14 de abr. 2016.
SILVA, E. A.; CAMPOS, R. Análise da demanda por serviços de calibração em labo-
ratórios de metrologia. ENEGEP- Encontro Nacional de Engenharia de Produção.
Curitiba, 2002.
SILVEIRA, C. V. Apostila de metrologia: Condições ambientais, sistemas metrológi-
cos e padrões. Departamento acadêmico de mecânica. CEFET-PR, 2005.
Referências Online
¹Em: <http://www.simplessolucoes.com.br/blog/2012/03/qual-e-a-diferenca-en-
tre-afericao-e-calibracao/ > Acesso em: 3 jun. 2016.
²Em: <http://www.accpr.com.br/por-que-fazer-a-calibracao-de-equipamentos-de-
-medicao/> Acesso em: 3 jun. 2016.
³Em: < http://www.imetropara.pa.gov.br/node/80> Acesso em: 29 ago. 2016.
GABARITO
1. Alternativa B
2. O aluno pode citar 3 das 6 vantagens da calibração descritas a seguir:
-- Fornecem informações válidas e úteis que podem auxiliar no processo de toma-
da de decisão.
-- Garante que os equipamentos sejam capazes de fornecer os resultados deseja-
dos de forma precisa.
-- Manter o nível de desempenho das máquinas e equipamentos.
-- Auxiliar nos requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade deixando os disposi-
tivos sempre em constante disponibilidade.
-- Redução de custo retrabalho, refugos, melhoria contínua e aprimoramento dos
processos.
-- Satisfação dos clientes e aumento da produtividade.
3. O ajuste deve ser realizado quando o equipamento não atender aos requisitos
definidos, podendo ser definido como uma operação corretiva (manutenção)
destinada a fazer que um equipamento de medição tenha desempenho compa-
tível com o seu uso.
4. Alternativa E.
5. Alternativa D.
169
CONCLUSÃO
Prezado(a) aluno(a), chegamos ao final de mais uma etapa, juntamente com este
material da disciplina de Controle da Qualidade e Metrologia. Espero que você te-
nha aprendido um pouco mais a respeito desses dois assuntos tão importantes da
área da qualidade.
Você pode observar que a qualidade deve ser buscada por todas as organizações,
pois os clientes estão cada vez mais exigentes e as empresas precisam ser competi-
tivas. Com a qualidade as empresas conseguem produtos mais padronizados, pro-
cessos de trabalhos mais organizados, menores custos e, consequentemente, uma
maior satisfação dos seus clientes.
Ao definirmos qualidade, abordamos muitos conceitos, uma vez que qualidade é
algo subjetivo, isto é, o que é qualidade para mim, pode não ser para você. No en-
tanto, exprimindo todas as definições expostas, podemos dizer que qualidade são
características de um produto ou serviço que atende à necessidade dos clientes e
também suas especificações técnicas, não apresentando problemas.
Deixamos claro que a qualidade é essencial em todas as etapas do processo produ-
tivo, não se restringindo apenas ao produto final, mas sim desde o desenvolvimento
do produto até as atividades pós venda. Por isso, a necessidade de realizar um efe-
tivo Controle da Qualidade.
O Controle da Qualidade é responsável por planejar, manter e melhorar a qualidade
do cliente, sendo a inspeção da qualidade uma forma de realizar este controle, po-
dendo ser aplicada a qualquer produto de qualquer empresa.
Vimos que a metrologia é considerada um dos pilares de sustentação da Qualidade,
que objetiva fornecer confiabilidade, universalidade e qualidade às medidas, sendo
estas unidades de medida padronizadas mundialmente pelo Sistema Internacional
de Unidades (SI). Também conhecemos como é organizada a estrutura do sistema
metrológico, bem como as áreas três da metrologia (legal, industrial e científica).
Para melhor compreensão da metrologia e sobre a medição, abordamos nesse livro
o tema Sistemas de Medição, no qual identificamos seus os componentes, análise,
variação e qualidade. Os erros de medição foram definidos, assim como a incerte-
za de medição, onde foi possível verificar que o conhecimento desses valores são
extremamente importantes para avaliarmos quantitativamente os resultados da
medição.
Outra questão acompanhada foi a utilização da metrologia como requisito dos sis-
temas de gestão da qualidade e, você pode compreender que a metrologia visa
assegurar resultados confiáveis nos processos de monitoramento e medição na pro-
dução de produtos e serviços das empresas que buscam implantar um Sistema de
Gestão da Qualidade, como por exemplo, a ISO9001.
Espero que você aproveite ao máximo os conteúdos expostos e busque de forma
contínua o conhecimento. Sucesso!