SEX 02 OUT 2020 * EDIÇÃO 5000 * ANO XXIII - editor/proprietário: salvador raimundo honwana
Expresso da Tarde
002/GABINFO-DE/99–Z. Verde Q.27, 1509 - expressodatarde@gmail.com-Editor: 846608329 - 848792572-salvadoraimundo@gmail.com- Moçambique
Lançado 1o leilão das renováveis
O Ministério dos Recursos Minerais e
Energia lançou, esta quinta-feira (01),
o primeiro projecto de leilão de ener-
gias renováveis referente a central so-
lar de 30 MW, a ser implantada no
distrito de Dondo, província de Sofala,
zona centro de Moçambique.
O leilão para Dondo segue-se ao
anúncio feito anteontem pelo presiden-
te Filipe Nyusi, por ocasião do lança-
mento público do Programa de Leilões
de Energia Renováveis (PROLER), inici-
ativa do Governo que tem como objec-
tivos, entre outros, expandir o acesso
à energia e promover competitividade
na atribuição de licenças para novos
projectos de geração de energias reno-
váveis.
No âmbito do PROLER, o Governo
irá promover a construção de mais
duas centrais solares, localizadas na
cidade de Lichinga, província do Nias-
sa e Manje na província de Tete, nas
regiões Norte e Centro do país, e uma
central eólica de 40 MW, na província
de Inhambane. O investimento agrega-
do estimado para os quatro projectos
é de 200 milhões de Euros.
Com efeito, serão lançados concur-
sos individuais para cada um dos qua-
tro projectos, num cronograma estabe-
lecido e os investidores serão selecci-
onados tendo em conta o cumpri-
mento de requisitos técnicos especifica-
dos e, sobretudo, a capacidade de
apresentarem tarifas mais atractivas,
com benefícios para os consumidores.
A futura central solar de Dondo,
avaliada em cerca de 387 milhões
de dólares americanos, deverá en-
trar em operação em finais de 2022
e, durante a fase de construção, vai
gerar 400 postos de trabalho, na
maioria moçambicanos.
O desenvolvimento de leilões
conta, por um lado, com uma con-
tribuição financeira da União Euro-
peia na ordem de 37 milhões de
Euros, montante que servirá para
reduzir os custos associados a es-
truturação dos projectos que in-
cluem a preparação dos estudos de
viabilidade e o financiamento de li-
gação à rede, e por outro, com pa-
cote de garantias da Agência Fran-
cesa de Desenvolvimento (AFD).
“Este modelo de leilões repre-
senta um novo paradigma na cri-
ação de um processo de atribuição
de licenças para o desenvolvimento
Prime Rate mantém 15.9%
SEGundo informe da Associação
Moçambicana de Bancos (AMB) e
o Banco de Moçambique, a Prime
Rate do Sistema Financeiro naci-
onal vai situar-se em 15.9% no mês
de Outubro do corrente ano. Pelo
terceiro mês consecutivo, a Prime
Rate vai manter-se constante, o que
representa uma manutenção do
custo de obtenção do crédito no
mercado bancário.
Comparativamente ao início do
presente ano, esta taxa apresentou
de novas infraestruturas de geração
de energias renováveis, priorizando-
-se projectos com menores custos e
que apresentam melhores garantias
de execução”, diz o ministro dos Re-
cursos Minerais e Energia, Max Tone-
la.
O investimento em soluções de
energias novas renováveis é uma res-
posta à crescente demanda de ener-
gia eléctrica no país, cujas projecções
apontam para um crescimento a
uma média anual de cerca 8 por cen-
to nos próximos 25 anos.
O Programa de Promoção de Le-
ilões para Energias Renováveis (PRO-
LER) é implementado pela Agência
Francesa de Desenvolvimento (AFD),
em parceria com a empresa pública
Electricidade de Moçambique (EDM),
e conta com o co-financiamento da
União Europeia. col
uma diminuição de 2.1 pontos per-
centuais (18% em Janeiro de 2020),
igual redução quando comparada
com o mesmo período do ano ante-
rior (18% em Outubro de 2019).
A Prime Rate do Sistema Finan-
ceiro é a taxa de juro de referência
para a concessão de créditos de taxa
de juro variável no mercado bancá-
rio, sendo resultante da soma de
duas outras taxas: Indexante Único
(calculada pelo Banco de Moçambi-
que) e Prémio de Custo (calculada
pela Associação Moçambica-
na de Bancos).
O Indexante Único é a ta-
xa de juro média obtida nas
operações efectuadas no Mer-
cado Monetário Interbancário
(MMI) para o prazo de venci-
mento de um dia útil (prazo
overnight), as quais se desta-
cam: operações realizadas
com taxa de juro de Política
Monetária – taxa MIMO, ope-
rações repo entre os bancos,
e, operações de permutas de
liquidez.
O Prémio de Custo é a ta-
xa de juro que representa os
factores de risco da actividade
INE na Comissão
(Islâmica) Estatística
EM representação de Moçam-
bique, a presidente do Instituto
Nacional de Estatística (INE),
Eliza Mónica Magaua, partici-
pou na 9ª sessão da Comissão
de Estatística da Organização
da Cooperação Islâmica (OIC-
StatCom), evento que decor-
reu virtualmente até ontem,
quinta-feira (01).
A OIC-StatCom é uma pla-
taforma de intercâmbio de
experiências e melhores práti-
cas entre os países membros
para construir capacidade es-
Greve
OS transportadores (motoris-
tas) de longo curso paraliza-
ram a actividade, ontem, exi-
gindo da classe patronal, o
cumprimento de cinco pontos.
Eles querem receber sub-
sídio de risco, seguro, multas
a transitar para o patronato
(pneus careca…), segurança
rodoviária e harmonia.
As autoridades governa-
mentais estudam uma plata-
forma de entendimento entre
as partes, o que pode aconte-
cer a qualquer momento. red
maputo, sexta-feira - 02.10.2020
bancária do país que não são
reflectidos nas operações do
mercado interbancário, obtida
com base na variação das se-
guintes variáveis: risco do país,
percentagem do crédito em
incumprimento e percentagem
de crédito saneado, e, taxa de
reservas obrigatórias para pas-
sivos em moeda nacional.
A Prime Rate aplica-se às
operações de crédito realiza-
das entre os Bancos Comerci-
ais e demais Instituições de Cré-
dito (novas, renovações e rene-
gociações) com os seus clien-
tes, a qual poderá ser adici-
onada ou subtraída uma mar-
tatística efetiva a nível da Or-
ganização.
Anualmente a OIC-Sta-
tCom, reúne-se numa sessão
no qual participam represen-
tantes de todos os países mem-
bros e convidados das Organi-
zações Internacacionais.
Dentre vários temas a se-
rem apreciados e debatidos na
presente sessão importa desta-
car os seguintes: avaliação da
implementação da Resolução
da 8ª Sessão da OIC-StatCom
e adopção da Visão Estraté-
gica da OIC-StatCom para 20-
30 e Programa de Acção 20-
21-2025.
Entretanto, para além dos
temas supracitados, os partici-
pantes terão a oportunidade
de debater e partilhar as suas
experiências sobre outros te-
mas como por exemplo: abor-
dagens emergentes para for-
talecer as capacidades dos Sis-
temas Estatísticos Nacionais;
produção de indicadores dos
ODS a partir dos dados dos
Censos da População e Ha-
bitação e Agrícola; e Monito-
ramento de Indicadores dos
ODS. red
expresso
gem (spread), mediante análise goria de crédito e/ou perfil to-
de risco inerente a cada cate- mador de crédito. col
Xícara de Café
salvador raimundo
HÁ uma forte possibilidade de o regime normal de exames ser
substituído pelas chamadas passagens automáticas. Razão: im-
pacto negativo do novo coronavírus.
Mas que tamanha asneira. É que o vírus não pode, nem de-
ve, ser mimado do modo como tem vindo a ser, sob o risco de
o futuro das crianças ser entortecido.
Ao se tentar evitar o pior, o governo acaba cometendo erros
crassos. Em poucas palavras, estámos diante de uma situação
em que os moçambicanos correm o sério risco de morrerem
pela cura, não necessariamente pela doença dos chinocas.
Carmelita Namashulua, quando da sua nomeação para mi-
nistra da Educação e Desenvolvimento Humano, tratou de es-
clarecer aos detractores, que é docente de profissão, com passa-
gem pela Escola Secundária Josina Machel, em Maputo, chegan-
do a directora pedagógica.
Ou seja, mesmo sabendo das consquências nefastas de levar
crianças a passarem de classe sem saberem nada, Namashulua
pode não hesitar e mandar avançar nessa direcção - das passa-
gens automáticas.
Qual a razão que move esta filha de antigos combatentes
da luta de libertação nacional, de pretender empurrar a criança-
da para o abismo?
A ter que avançar para esta aberrante ideia, esperemos do
governo que o mesmo método seja também usado nos filhos
dos ministros, dos directores nacionais e de todos aqueles indiví-
duos de apelido parecido que não confia no sistema educativo
nacional e tratou de transferir os seus para os melhores ensinos,
aquí e lá fora.
Afinal de conta, quem passa de classe sem saber nada, acaba
mergulhado no tráfico de estupefacientes, no terrorismo e no
banditismo - diziam os mais velhos, lá em casa.
Aliás, adicionalmente, alguns estudos sobre Cabo Delgado
trazem à superfície os tristes exemplos, relatando o fraco acesso
aos serviços básicos, pelos miúdos, da independência aos nossos
dias, face às demais províncias moçambicanas.
Abrir parêntesis: nos anos que se seguiram à revolução, os
filhos e as esposas dos libertadores frequentaram o primário, o
secundário e o superior, consoante os dotes trazidos das zonas
libertadas. Anos mais tarde, as cidades moçambicanas ficaram
inundadas de licenciados. Aquilo era ‘doutor’ para aquí, ‘doutor’
para acolá, que nunca mais acabava. O que se dizia é que estes
alunos não hesitavam e ameaçavam os professores, para terem
notas e assim foram progredindo. Algumas alunas sem pestane-
jar diziam aos professores que não estavam alí para repetirem
de classe…. Fechar parêntesis.
Não surpreende, pois, que os nossos políticos priorizem esta-
tísticas, em detrimento da qualidade do ensino das crianças,
contrariando, inclusive, muitos pais que são pela reedição do
ano lectivo, contra as malditas passagens automáticas.
Mas que tamanha aberração. sr
edição nr. 5000 - Pág 2/4
CDelgado: Chissano sugere maior investigação
MPM, 02 OUT - O antigo
presidente, Joaquim Chissa-
no, defende a necessidade
de uma investigação pro-
funda sobre os ataques ter-
roristas em Cabo Delgado,
com vista a se encontrar for-
mas da sua erradicação e
restituição da normalidade.
Chissano fez este pro-
nunciamento, esta quinta-
-feira (01), durante o debate
sobre os 30 anos da Demo-
cracia Multipartidária intro-
duzida pela constituição de
1990, tendo sublinhado que
deve-se cavar a fundo a ra-
zão desta guerra e procurar
os seus mentores para se
poder compreender as
suas reais reivindicações.
“Eu não chamaria actos
de terrorismo como guerra.
Por que a guerra é declara-
da e se conhece o opositor
e as razões de enveredar
pela guerra”, diz Chissano,
sublinhando que mesmo as-
sim há necessidade de en-
volvimento de todos os mo-
çambicanos nesta luta para
que o país conheça dias me-
lhores para o seu desenvol-
vimento.
Chissano refuta que os
motivos dos ataques em
Cabo Delgado sejam a
abundância de recursos na-
turais e explica que a exis-
tência destes recursos, num
determinado território, não
é de per si condição para
que haja guerra, dando
exemplos de diversos pa-
íses que têm gás e petróleo,
mas não estão em guerra,
como são os casos de Con-
go, Gabão, Guine Equatorial,
Indonésia e Timor Leste,
que possuem diversos re-
cursos naturais mas vivem
em paz.
“Temos que fazer um di-
maputo, sexta-feira - 02.10.2020
agnóstico claro sobre este
caso e nunca se pôr de lado
a possibilidade do diálogo
para a resolução de qual-
quer conflito que seja, mas
devemos encontrar, prime-
iro, com quem dialogar e de
quê devemos dialogar ”,
refere Chissano, lembrando
que foi assim que Moçam-
bique fez com os portugue-
ses, aquando do colonialis-
mo, e com a Renamo, para
por f im aos 16 anos da
guerra de desestabilização.
Questionado sobre a
“partidarização” das institui-
ções eleitorais, o antigo es-
tadista explica que aquando
das primeiras eleições, a
oposição é que definiu a or-
ganização, constituição e
funcionamento dos órgãos
eleitorais, contudo, depois
das eleições, os mesmos
partidos políticos foram os
primeiros a contestar e a co-
locar em causa estes ór-
gãos.
Para Chissano é preciso
que se crie leis que devem
ser respeitadas por todos
e sobretudo respeitar as
instituições que estas leis
criam e que contribuam pa-
ra a nomeação de dirigen-
tes que devem ser respeita-
dos por todos.
“Devemos fazer um de-
bate franco, aberto e ho-
nesto para se encontrar ins-
tituições que todos respe-
itam”, indica Chissano, sub-
linhando que as instituições
devem ser isentas, não olhar
nem para a etnia, a raça,
muito menos para a cor
partidária, porque se assim
o fizerem não estariam a ir
de encontro com aquilo
que foi o ideário da cons-
trução de um Estado de
direito democrático de um
expresso
país forte, unido e indepen-
dente.
O debate sobre “ Géne-
ro das Transformações Po-
liticas em Moçambique, no
âmbito da Constituição de
1990”, foi organizado pelo
Ministério da Justiça, As-
suntos Constitucionais e
Religiosos e Instituto para
“País de acordos”?
MPM, 02 OUT - No âmbito
das celebrações dos Acor-
dos de Lusaka, 07 de Se-
tembro, e de Roma, 04 de
Outubro, a Universidade
Pedagógica de Maputo
(UP-Maputo) realiza, esta
manhã, em Maputo, debate
público com os principais
intervenientes nas negoci-
ações dos Acordos de Ro-
ma que colocaram fim ao
conflito armado que durava
há dezasseis anos, opondo
a Renamo e o Governo de
Moçambique.
Renamo pede
inquérito parlamentar
MPM, 02 OUT – A Renamo
acaba de lançar o desafio
ao arqui-rival Frelimo, e pe-
de que ao nível da Assem-
bleia da República, seja cri-
ada uma comissão parla-
mentar de inquérito para
investigar casos de abusos
dos direitos humanos nas
províncias de Cabo Delga-
do, Niassa, Manica e Sofala.
Venâncio Mondlane
alerta que esta iniciativa já
sido apresentada junto dos
pares parlamentares, mas
o documento ficou arqui-
vado, por a Frelimo não ter
acolhido com animosidade
a proposta da maior oposi-
a Democracia Multipartidá-
ria (IMD), em coordenação
com o Instituto de Governa-
ção Paz e Segurança, com a
participação de diversas per-
sonalidades nacionais de ín-
dole política, académicos e
jornalistas, pelos 30 anos da
instituição da democracia
multipartidária no país. col
O debate que terá como
oradores, os políticos, Raúl
Domingos e Teodato Hungu-
ana, sob a moderação do jor-
nalista Tomás Vieira Mário,
com o tema: “Moçambique:
Um país de acordos?”
O evento decorrerá na
Biblioteca Central da UPMa-
puto, com acesso limitado
para 50 pessoas, e também
terá transmissão, em directo,
no Microsoft Teams, poden-
do solicitar-se o registo envi-
ando email para reito-
ria@up.ac.mz. red
ção.
A proposta da Renamo
surge numa altura que den-
tro e fora do país se pede,
quase em coro, investigação
independente e aturada aos
alegados abusos dos direitos
humanos que estariam a ser
praticados pelos agentes das
forças de defesa e segurança
– governamentais.
Num primeiro momento o
executivo se esquivou, aca-
bando por dar o braço a tor-
cer, admitindo abrir os canais
para uma investigação, que
no entanto ainda não avan-
çou, pelo menos até aos nos-
sos dias. red
edição nr. 5000 - Pág 3/4
 Penso, Logo existo
Ivete Maibaze *
+ Biodiversidade
ASSumimos o compromisso de
dar continuidade ao processo
de registo massivo de DUATs
no âmbito do programa do
Governo “Terra Segura” visan-
do a entrega do título de DU-
AT nr 600.000, até a realização
do próximo Conselho Coorde-
nador deste ministério. Conti-
nuaremos a implementar as
acções de fiscalização de ter-
ras, no que se refere ao cum-
primento dos planos de explo-
ração, com vista a recupera-
ção de terra ociosa.
Com aprovação pelo Con-
selho de Ministros do Plano
Nacional de Desenvolvimento
Territorial (PNDT), perspecti-
vamos assegurar a sua imple-
mentação em todo território
nacional, por forma a garantir
uma planificação estratégica
do uso de terra contribuindo
para a redução das assimetrias
regionais no desenvolvimento
do País.
Iremos, ainda, assegurar
que no âmbito do PES 2021, o
Governo aprove uma nova Po-
lítica Nacional de Terras elabo-
rada de forma inclusiva, parti-
cipativa e que inclua as pre-
ocupações legítimas e patri-
óticas dos moçambicanos,
mantendo a propriedade do
Estado sobre a terra, prote-
gendo os direitos adquiridos
dos moçambicanos e mais ain-
da, priorize a mulher no aces-
so, gestão, posse e uso da terra
e dos recursos naturais.
Um dos desafios dos Go-
vernos provinciais e das Secre-
tarias de Estado nos seus PES
2021 é a divulgação do Plano
Nacional de Desenvolvimento
Territorial (PNDT) e elaboração
dos Planos Provinciais.
Embora sejam notáveis os
maputo, sexta-feira - 02.10.2020
progressos alcançados na
Conservação da Biodiversida-
de, no exercício do PES 2020,
ainda há muito que se espera
neste domínio. Iremos conti-
nuar com a actividade da fis-
calização dos recursos da vida
selvagem, com vista ao com-
bate da caça furtiva, apostan-
do na intensificação de acções
de capacitação institucional e
emprego de soluções tecnoló-
gicas para a monitoria da in-
tegridade das áreas de conser-
vação e da fauna No âmbito
das parcerias-público, pers-
pectivamos aumentar o núme-
ro de acordos de co-gestão das
Áreas de Conservação.
No domínio do Ambiente e
Mudanças Climáticas, perspec-
tivamos continuar com as
campanhas de educação, ges-
tão ambiental integrada e sus-
tentável das áreas marinhas e
costeiras, rurais e urbanas pa-
ra a preservação e conserva-
ção da qualidade ambiental.
Assumimos o compromisso
de implementar acções priori-
tárias dos Planos Locais de
Adaptação as Mudanças Cli-
máticas, através de construção
de infraestruturas resilientes,
uma maternidade, uma esta-
ção meteorológica, dois Siste-
mas de abastecimento de água
e três de aulas, em Estação
Memba, Morrumbala e em
Mossuril, para além da imple-
mentação da iniciativa presi-
dencial de construção de ater-
ros sanitários (um aterro em
cada província).
A gestão florestal no PES
2021, será marcada pelo pro-
cesso de consulta pública dos
anteprojectos da Lei florestal
e respectivo regulamento, que
deverão garantir a perpectua-
expresso
ção do património florestal e
geração de benefícios deriva-
dos de bens e serviços ambi-
entais através do refloresta-
mento, restauração, uso sus-
tentável e agregação de valor
dos produtos florestais, incen-
Maibaze lança
Chimanimani
SSM, 02 OUT - A ministra da
Terra e Ambiente, Ivete Ma-
ibaze, dirige, esta manhã, no
Parque Nacional de Chima-
nimani, a cerimónia de Lan-
çamento do Parque Naci-
onal de Chimanimani (PNC),
localizado no distrito de
Sussundenga, na província
de Manica.
O Parque Nacional tem
uma área total de 2.368 km²
assim distribuídos: Área de
Protecção Total 685 Km² e
Zona Tampão 1.683 km² e
foi estabelecido inicialmente
como Reserva Nacional de
Chimanimani pelo Decreto
n.º 34/2003 de 19 de Agos-
to, para salvaguardar a pro-
tecção do ecossistema que
se caracteriza por uma rica
biodiversidade, o endemis-
mo da flora, a importância
do maciço de Chimanimani
nas nascentes de vários rios.
Ao abrigo do artigo 64
da Lei n.º 16/2014 de 20 de
Junho, alterada e republica-
da pela Lei n.º 5/2017 de 11
de Maio, passaram a vigo-
rar dez categorias de áreas
de conservação, sendo três
de conservação total (Reser-
va Natural Integral, Parque
Nacional e Monumento Nat-
ural e Cultural) e sete de uso
sustentável (Reserva Espe-
cial, área de Protecção Ambi-
ental, Coutada oficial, Área
de conservação comunitá-
ria, Santuário, Fazenda do
bravio e Parque ecológico
municipal). Foi nestes ter-
tivando a gestão inclusiva e
participativa para o benefício
económico, social e ambiental
das actuais e futuras gerações
dos moçambicanos. * minis-
tra da Terra e Ambiente -
extractos discurso recente
mos que em aplicação da no-
va legislação sobre as áreas
de conservação e na se-
quência de um processo que
envolveu consultas públicas
no Distrito, Província e a har-
monização com diferentes
sectores, o Conselho de Mi-
nistros decidiu através do
Decreto número 43/2020 de
17 de Junho, pela re-catego-
rização de Reserva a Parque
Nacional de Chimanimani, cu-
jo objectivo é de garantir a
protecção das espécies de
flora e fauna, dos locais his-
tóricos e culturais, do pano-
rama e do ecossistema exis-
tente nesta paisagem.
O Parque Nacional de
Chimanimani é caracterizado
por uma vegetação de afro-
montanha, com mosaicos de
Miombo e é o sexto centro
de endemismo de flora a ní-
vel da África Austral (o Parque
possui pelo menos 73 espé-
cies de plantas que não se
podem encontrar em nen-
hum outro lugar do mundo).
Destaca-se como uma das
poucas áreas com elefantes
de Montanha e outras espé-
cies de mamíferos de médio
e pequeno porte, bem como
de 164 espécies de peixes de
água doce.
“Possui também espécies
únicas de aves, répteis e
borboletas e é uma zona de
nascentes, que alimentam os
principais rios das províncias
de Manica e Sofala”, sublinha
comunicado. col
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