13 de Outubro de 2020

Mundo registou mais desastres climáticos nos últimos vinte anos

Desastres climáticos marcam os primeiros 20 anos do século 21. Segundo o relatório da Organização das Nações
Unidas sobre Redução de Risco de Desastres, registaram-se, nas últimas duas décadas, em todo o mundo 7.348
desastres, que levaram a morte de aproximadamente 1,23 milhão de pessoas. O número equivale a cerca de 60 mil
mortes por ano. Os dados do relatório mostram que as nações mais pobres tiveram taxas de mortalidade mais de
quatro vezes superiores às economias mais ricas. Em comparação com os anteriores 20 anos, as últimas duas
decadas registaram um aumento de cerca de 3.000 desastres. Para os autores do relatório, esta é uma prova do
impacto da subida da temperatura média global, registada em 2019 como 1,1º C acima do período pré-industrial.
Ainda segundo o relatorio, os factos são evidenciados na maior frequência de ondas de calor, secas, inundações,
tempestades de inverno, furacões e incêndios florestais. Em comunicado, a representante do secretário-geral para
Redução de Risco de Desastres, Mami Mizutori, disse que as agências de gestão de desastres conseguiram salvar
muitas vidas.

CDC África estabelece meta de imunização de 40 a 60 por cento da população

O director do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana (África CDC) John Nkengasong,
estabeleceu, ontem, como meta a imunização de 40 a 60 por cento da população do continente africano com a
futura vacina para a COVID-19. De acordo com Nkengasong, o processo seria feito em fases, vacinando, primeiro as
populações vulneráveis e a depois o resto da população. O Director do Africa CDC adiantou que, através da
plataforma Covax, foram prometidas a África 220 milhões de doses de uma futura vacina para a COVID-19. A Covax
é um mecanismo para a aquisição conjunta das novas vacinas para a COVID-19 coordenado pela Aliança Global
para as Vacinas com o objectivo de assegurar o acesso justo e equitativo dos medicamentos. Por outro lado,
Nkengasong defendeu a necessidade de começar desde já a preparar a forma como essa futura vacina será
distribuída no terreno. O África CDC tem em curso um estudo para avaliar a perceção da população relativamente
à vacinação. A Organização Mundial de Saúde estima que até final deste ano ou início do próximo seja possível ter
uma vacina contra a COVID-19 e os países africanos não querem ficar para trás, numa altura em que os países ricos
estão já a fazer uma pré-compra de milhões de doses.

CISM prepara um estudo para analisar a malária assintomática

O Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) está a preparar um estudo que visa analisar a malária
assintomática. O estudo denominado "Asintonantic Malaria" (°AsintMal) baseou-se em dados do distrito da
Manhiça que mostraram que as infecções assintomáticas representam mais de 70 por cento das infecções
detectadas na comunidade, confirmadas pelo Teste de Diagnostico Rápido -RDT. Na maioria dos casos, as
infecções permanecem por mais de 1 mês. De acordo com o CISM, o conhecimento limitado sobre as relações
Parasita-Hospedeiro de longo prazo em infecções assintomáticas representa uma barreira para direccionar de
forma eficiente as acções médicas. Segundo o Técnico Superior do Laboratório do CISM, Arlindo Chidimatembue, o
estudo vai abrangir 475 adultos moçambicanos, com idades compreendidas entre 18-60 anos que tenham malária
assintomática. O público-alvo do estudo será avaliado durante 28 dias, onde serão colhidas amostras de sangue
para diferentes determinações de laboratório. De acordo com Chidimatembue, as pessoas com malária
assintomática não procuram cuidados médicos e por isso não são tratadas.
SABIA QUE…
Aos 9 meses, o bebé deve ser capaz de sentar-se sem apoio, passar objectos de uma mão para outra e fazer
alguns sons? Nesta idade, o bebé também já brinca de “esconde-achou”, isto é, se tapar a cara com uma
capulana, o bebé vai tentar procurar-lhe atrás da capulana. Caso o bebé não esteja a fazer alguma destas acções
aos 9 meses, pode ser que ele tenha algum problema de desenvolvimento. Neste caso, partilhe o que observou
com o profissional de saúde na próxima consulta da criança. Muitos problemas podem ser tratados se forem
descobertos mais cedo.
Este boletim informativo é gentilmente distribuído pela Associação h2n para as Rádios Comunitárias membro da plataforma Xipalapala.